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Economia ambiental: saiba o que é, suas características e sua importância

O debate sobre o desenvolvimento sustentável ganhou força a partir da década de 60, quando surgiram alguns conceitos a ele relacionados. É o caso da economia ambiental e da economia ecológica.

Diante de um crescimento econômico desenfreado e acelerado pelas necessidades básicas da população, os danos ambientais atingiram um patamar comprometedor para as gerações futuras. 

Neste contexto, a teoria econômica vem buscando formas eficientes de utilizar os recursos naturais para a promoção do bem-estar social.

Foi exatamente isso que impulsionou os estudos entre economia e meio ambiente. Vamos abordar neste artigo algumas perguntas relacionadas ao tema. 

O que estuda economia ambiental? Qual o objetivo da economia do meio ambiente? E sua importância? E sua diferença para a economia ecológica?

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O que é economia ambiental?

A economia ambiental é um subcampo da economia que aplica a teoria econômica, seus conceitos e métodos para analisar as questões ambientais e os impactos das atividades econômicas sobre o meio ambiente

Em outras palavras, é uma área que usa os princípios da economia para estudar a gestão dos recursos ambientais.

Os chamados economistas ambientais usam estes princípios para entender como indivíduos e organizações tomam decisões sobre o uso de recursos naturais e como essas decisões afetam o meio ambiente.

E o que estuda a economia ambiental? Algumas de suas principais áreas de estudo incluem:

  • a avaliação de recursos e serviços ambientais;
  • a avaliação dos custos e benefícios das políticas ambientais;
  • a análise dos trade-offs entre crescimento econômico e proteção ambiental;
  • o projeto de instrumentos baseados no mercado para proteção ambiental (como sistemas de comércio de emissões).

Como foi desenvolvida a economia ambiental?

A disciplina surgiu na década de 60, quando a sociedade começou a entender que a vida na Terra estaria em risco devido à potencial escassez dos recursos naturais.

Para compreender isso, é fundamental ter em mente que a economia convencional não considera qualquer conectividade entre os sistemas ecológicos, o consumo e as atividades de produção. 

Ou seja, na visão dos economistas tradicionais, os fluxos monetários circulam em um sistema fechado: o dinheiro vai e vem entre produtores (empresas) e consumidores (indivíduos), e o meio ambiente é uma “externalidade”. 

Considerando esta perspectiva, o sistema econômico não precisa se preocupar com a extração de recursos para produzir bens nem com o lixo, fruto do processo econômico. 

No entanto, na década de 1970, temos uma mudança relevante nesta visão, o que derivou de três fatores:

  • aumento da poluição em países desenvolvidos, em especial Japão e Estados Unidos;
  • aumento no valor do petróleo entre 1973 a 1979, o que suscitou o debate sobre a viabilidade permanente do recurso;
  • o relatório “Os Limites do Crescimento”, que aponta que o crescimento desenfreado da população e da economia não era viável, pois o meio ecológico não teria condições de suprir a demanda de produção e consumo. 

A partir dessa constatação da realidade, o sistema econômico começou a considerar a relação entre economia e natureza, fazendo surgir conceitos como economia ambiental e economia ecológica.

E qual o objetivo da economia do meio ambiente?

Quais são os objetivos da economia ambiental?

Objetivos da economia ambiental

O principal objetivo da economia ambiental é atribuir valor aos recursos naturais e olhar a questão ambiental sob a perspectiva da economia convencional. 

Ou seja, ela valoriza o meio ambiente pelo seu potencial valor em dinheiro, e não pelas suas qualidades intrínsecas. 

Porém, por ter uma natureza interdisciplinar, esse campo de estudo acaba se desdobrando em outros objetivos que focam em enfrentar os desafios ambientais a partir da maximização do valor dos recursos.

Assim, podemos apontar como objetivos da economia ambiental:

  • Analisar os trade-offs entre o crescimento econômico e a proteção ambiental para informar as decisões políticas;
  • Avaliar os custos e benefícios das políticas ambientais, o que inclui a distribuição de benefícios e custos entre diferentes grupos da sociedade;
  • Promover o crescimento e desenvolvimento econômico sustentável, considerando os impactos de longo prazo das atividades econômicas no meio ambiente;
  • Promover a alocação eficiente de recursos, considerando os impactos das atividades econômicas no meio ambiente e o valor dos recursos e serviços ambientais;
  • Projetar políticas ambientais eficazes, como instrumentos baseados no mercado, como sistemas de comércio de emissões, impostos e regulamentações;
  • Melhorar nossa compreensão das relações entre a economia e o meio ambiente, com o estudo dos impactos das atividades econômicas e das maneiras pelas quais os fatores ambientais afetam os resultados econômicos.

Após compreender os objetivos, é hora de entender quais os princípios da economia ambiental.

Quais os princípios da economia ambiental?

Até o momento, foi possível entender como foi desenvolvida a economia ambienta enquanto subcampo da economia que estuda sua relação com o meio ambiente.

Essa área possui seu próprio conjunto de características que a diferenciam de outras áreas da economia. 

Algumas das principais características da economia ambiental incluem:

  • Análise de trade-offs: a economia ambiental reconhece que há um conflito de escolha, pois uma ação econômica pode resolver um problema e acarretar outro.
  • Abordagem baseada no mercado: este subcampo econômica usa instrumentos baseados no mercado, como preços e regulamentação, para enfrentar os desafios ambientais.
  • Natureza interdisciplinar: a área se baseia em percepções e perspectivas de campos como ecologia, economia de recursos, gestão de recursos naturais e ciência da sustentabilidade.
  • Foco no meio ambiente: o campo se preocupa com a compreensão das interações entre a economia e o meio ambiente e os impactos das atividades econômicas sobre o meio ambiente.
  • Ênfase no futuro: uma das características da economia ambiental é ter uma perspectiva de longo prazo, reconhecendo que as decisões tomadas hoje podem ter impactos nas gerações futuras e no meio ambiente.
  • Avaliação de recursos e serviços ambientais: os economistas ambientais usam métodos econômicos para avaliar os benefícios e custos dos recursos e serviços ambientais, como ar e água limpos, biodiversidade e serviços ecossistêmicos.

Como visto, as características da economia ambiental refletem a natureza interdisciplinar e prática deste campo e seu foco no uso de princípios econômicos para enfrentar os desafios ambientais do mundo real.

E isso já traz uma ideia relevante de sua importância na sociedade atual.

Entenda também como a Revolução Tecnológica se relaciona com a sustentabilidade no agronegócio.

Qual é a importância da economia ambiental?

Importância da economia ambiental

Abordar questões ambientais a partir da perspectiva econômica: essa é a importância da economia ambiental.

Com ela, é possível compreender melhor as interações entre a economia e o meio ambiente e desenvolver soluções mais eficazes para os desafios ambientais. 

Após analisar as características da economia ambiental, é também possível perceber que ela fomenta o crescimento econômico sustentável.

Este campo de estudo oferece uma base analítica para avaliar e desenvolver políticas ambientais eficazes, além de analisar como os recursos ambientais afetam a economia, incluindo as implicações para a saúde pública e a segurança alimentar, por exemplo.

Por fim, é uma área que busca promover a eficiência e a equidade na alocação de recursos, sempre considerando os impactos das atividades econômicas no meio ambiente e o valor dos recursos e serviços ambientais.

Para entender melhor como foi desenvolvida a economia ambiental, podemos pensá-la em níveis.

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Quais são os níveis da economia ambiental?

Níveis da economia ambiental

Diversos autores especialistas da economia ambiental explicam esta área de estudo de diversas maneiras. Uma delas é pensar nesta economia atuando em quatro níveis, como propõe Marjorie Hartley Ballestero, uma das referências no tema:

Nível macroeconômico

É o desenvolvimento econômico implicando em crescimento, aprimoramento do material humano e progresso tecnológico.

No nível macroeconômico, a economia ambiental foca seus esforços na relação entre desenvolvimento e meio ambiente, considerando o desenvolvimento econômico e social, e a proteção dos recursos ambientais. 

Nível setorial

O nível setorial considera as relações internacionais e aponta que as empresas mais competitivas no mercado internacional são aquelas que investem em questões ambientais. 

Estes investimentos devem estar sujeitos às mesmas regras dos demais investimentos empresariais

Nível microeconômico

O foco aqui é enfatizar a forma como as unidades de produção atuam perante o meio ambiente. 

Na prática, quem polui deve pagar, e as indústrias internalizam esses custos e evitam prejuízos ambientais por meio das inovações tecnológicas.

Nível global

Por fim, o nível global traz as preocupações com desastres ambientais, que não possuem fronteiras. 

É o caso da desertificação dos solos, mudança climática, contaminação da água e perda da biodiversidade, que afetam toda sociedade com altos custos econômicos. 

Com um bom entendimento sobre o que é este campo de estudo, só falta ver exemplos de economia ambiental, certo?

Exemplo prático de economia ambiental

Exemplo de economia ambiental

Um exemplo de economia ambiental muito conhecido atualmente é o uso de instrumentos baseados no mercado para reduzir a poluição do ar. Seu expoente famoso é o mercado de crédito de carbono.

Este mercado é uma forma de implementar o mecanismo de comércio de emissões, uma política para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. 

Nesse sistema, as emissões são limitadas por uma quantidade fixa de licenças de emissão, e as empresas precisam possuir uma licença por cada tonelada de gás de efeito estufa que emitem. 

As licenças são negociadas no mercado, permitindo que as empresas possam comprar ou vender licenças de acordo com suas necessidades.

Esse mercado incentiva as empresas a reduzirem suas emissões, pois as organizações que emitem menos do que estão autorizadas podem vender suas licenças não utilizadas para outras empresas que precisam emitir mais. 

Além disso, esse tipo de política é mais eficiente do que as regulamentações tradicionais, pois permite que o custo de redução de emissões seja distribuído de maneira mais eficiente entre as empresas, ao invés de ser imposto de forma igualitária.

Esse exemplo de economia ambiental mostra como ela pode ser usada para enfrentar desafios ambientais de forma prática, e como o uso de instrumentos baseados em mercado pode ser uma forma eficaz de abordar desafios ambientais.

Por fim, vamos compreender as diferenças entre economia ambiental, economia ecológica e economia verde?

Qual é a diferença entre economia ambiental e economia ecológica?

Diferenças entre economia ambiental e economia ecológica

A economia ambiental e a economia ecológica são campos interdisciplinares que estudam a relação entre a economia e o meio ambiente. Ambas visam a preservação do meio ambiente a partir do uso eficiente e sustentável dos recursos, com ênfase na questão social. 

No entanto, a economia ambiental usa ferramentas da economia tradicional para resolver os problemas, enquanto a economia ecológica objetiva o uso sustentável do meio ambiente.

Ou seja, o primeiro campo vê o meio ambiente como um recurso escasso que pode ser gerenciado por meio de mecanismos de mercado, como preços e regulamentação, para alcançar uma alocação mais eficiente de recursos. Assim, permanece tendo uma visão da economia como sistema fechado.

Já a economia ecológica enxerga a economia como um subsistema dentro do ecossistema maior e argumenta que a economia deve ser integrada à biosfera, em vez de separada dela. 

É, assim, uma abordagem mais holística que reconhece a interdependência dos sistemas econômico, social e ecológico. É uma visão da economia como sistema aberto.

E a economia verde?

A economia verde tem como principal objetivo a diminuição de carbono, o uso eficiente de recursos e a erradicação da pobreza. 

Ao contrário da economia ambiental, que pretende manter o sistema econômico no modo atual e internalizar os custos, a economia verde exige modificações estruturais, como a criação de “empregos verdes”. 

No entanto, ela não apresenta a radicalidade da economia ecológica, que em muitos casos dirá “não” ao crescimento econômico em benefício do meio ambiente. 

O relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) define a economia verde como:

“[…] um modelo econômico que resulta em ‘melhoria do bem-estar da humanidade e igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz significativamente riscos ambientais e escassez ecológica’”. 

Confira a seguir um quadro com as diferenças entre economia ambiental, economia ecológica e economia verde:

Características da economia ambiental, ecológica e verde

Conclusão

A economia ambiental foi um conceito que surgiu após a metade do século XX em decorrência da preocupação com o desequilíbrio entre crescimento econômico e meio ambiente.

Com o objetivo principal de atribuir valor aos recursos naturais e enxergar a questão ambiental pela ótica da economia convencional, é uma abordagem que dá um passo adiante àquela época.

No entanto, no contexto atual, é preciso olhar com mais cuidado para os recursos naturais, motivo pelo qual vimos o nascimento do conceito de economia verde. 

Ele está, inclusive, na base das questões que abordam Governança Ambiental, Social e Corporativa nas empresas.

E para compreender os princípios ESG, os cursos que abordam o tema são fundamentais.

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Criatividade humana e a revolução do ChatGPT

Que o assunto “ChatGPT” está em alta, todo mundo sabe. Mas você já parou para pensar que a inteligência artificial generativa pode, de fato, mudar o mundo? Isto porque esta tecnologia consegue avançar sobre o único território pelo qual nós sempre acreditamos estar além da capacidade das máquinas: a criatividade humana. 

Antes de explorarmos o potencial do ChatGPT, é preciso entendermos exatamente o que é esta tecnologia e como ela funciona. O ChatGPT é uma ferramenta de inteligência artificial generativa criada pela startup OpenAI. E o que é a tal “inteligência artificial generativa”?

Diferentemente das tecnologias de análises e previsões criadas a partir de bases de dados estáticas, as plataformas generativas possuem características avançadas de autoaprendizado, sendo capazes de gerar interpretações próprias de textos, imagens e obras de arte.

Para o especialista em IA da Singularity Brasil, Alexandre Nascimento, o ChatGPT tem a capacidade de mudar paradigmas na criação de novos conteúdos. “Por exemplo, eu não sou um ilustrador, mas agora eu consigo ilustrar, com um grau de qualidade bem razoável, o que imagino. Assim, a IA generativa aumenta a produtividade e reduz o custo de geração de conteúdo. Desta maneira, pessoas que não participavam desses mercados por barreiras técnicas ou financeiras agora podem participar”, explica Nascimento.

Quer saber mais como esta nova tecnologia poderá revolucionar, inclusive, o mercado publicitário? Confira a entrevista completa do Alexandre Nascimento em: https://propmark.com.br/como-a-criatividade-publicitaria-pode-ganhar-com-o-chatgpt/

Para mais informações sobre o ChatGPT, acesse: https://www.qurio.com.br/pack/post/chat-gpt-faq-de-introducao

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Perguntando ao futuro:  confie na competência humana e aprenda a perguntar e pensar de forma crítica na era da inteligência artificial generativa

Artigo escrito por Poliana Abreu, Head da SingularityU Brazil e Diretora de Conteúdo da HSM

Mais importante do que ter a resposta, é ter a sabedoria para fazer a pergunta certa. Esta é uma das máximas quando falamos em desenvolvimento de liderança em ambientes complexos e marcado por muitas mudanças. A arte de fazer perguntas e o pensamento crítico sempre foram fundamentais para o avanço do conhecimento e para a tomada de decisões. Mas, com o surgimento da inteligência artificial generativa, essa habilidade tornou-se uma premissa.

A inteligência artificial generativa, como o ChatGPT, da Open AI, é uma tecnologia que permite a criação de novos conhecimentos, insights e soluções por meio da geração automática de conteúdo. Isso significa que profissionais agora têm acesso a quantidades massivas de informações ordenadas de forma original. Mas a qualidade das respostas depende diretamente da qualidade da pergunta. Com a euforia do ChatGPT já podemos observar, inclusive, o surgimento de empresas especializadas em vender “prompts” (enunciados, perguntas que são geradas pelos usuários do ChatGPT).

Outra habilidade importante é a capacidade de analisar as perguntas de forma crítica e, também, processar as respostas. Os usuários devem ser capazes de fazer esta análise atentamente; identificar padrões e tendências; e, finalmente, buscarem, em seu próprio repertório, conexões que sejam capazes de refinar suas perguntas com base nas respostas obtidas. Os chatbots de AI generativas podem ser incríveis ferramentas para aumentar a produtividade e uma nova forma de busca de informação na web, mas ainda é uma ferramenta “generativa” – faz novas combinações com informações existentes e não essencialmente criativa. Cabe a quem utilizar a ferramenta saber direcionar o conteúdo para a autenticidade.

Formular perguntas eficazes e a fazer a conexão de pontos não óbvios não é uma tarefa fácil. É preciso ter repertório e desenvolver habilidades como empatia e leitura de contextos para saber o que e como perguntar. Além disso, é importante ter uma boa compreensão do contexto, das fontes de informação e da linguagem para que as perguntas sejam precisas e relevantes. Sherry Turkle, antropóloga, socióloga e cientista de computação do MIT, estuda há anos este tema e questiona o motivo pelo qual a sociedade tende a confiar mais nas máquinas do que nos seres humanos. Isso faz com que nos afastemos das reais habilidades humanas. A meu ver, precisamos valorizar e confiar nas características humanas para que consigamos usar a tecnologia a favor de uma relação saudável e eficiente entre homens e máquinas.

Ao escrever esta reflexão, comentei com meu querido amigo e parceiro de trabalho da SingularityU Brazil – Renan Hannouche, sobre o a importância de saber fazer a pergunta certa e ele me presenteou com um novo aprendizado: a palavra pergunta em inglês é “Question” – quest, na linguagem dos gamers, significa: objetivo, propósito, a próxima missão. As “quests podem ser simples, como encontrar um objeto específico, ou mais complexas, envolvendo uma série de desafios a serem superados para chegar a um resultado. Fica a provocação e o convite para que, enquanto organizações e sociedade, comecemos a escolher melhor as nossas “quests” e direcionar o futuro para um caminho mais consciente e coerente.

*Parte deste texto, incluindo o próprio título, foi criado via Chat GPT (fazendo as perguntas certas, claro 😉)

Quer ter acesso a um guia rápido e prático de como aprender a fazer as perguntas certas? Então, confira o guia produzido pela revista HSM Management: https://www.qurio.com.br/pack/post/como-fazer-as-perguntas-certas

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ESG: cursos para conhecer a área e qual o melhor

Para compreender os princípios ESG, os cursos que abordam o tema são fundamentais, especialmente no Brasil.

As questões que abordam Governança Ambiental, Social e Corporativa são relativamente recentes no país, o que justifica a lacuna de capacitação dos profissionais. 

No entanto, na Europa e nos Estados Unidos, o tema é bastante difundido no mundo corporativo, em especial no setor financeiro devido aos investimentos ESG. 

Felizmente, já existe um ótimo curso em ESG no país.

Mas antes de falarmos sobre as capacitações no campo, é preciso compreender o que é ESG, como ele surgiu e sua aplicabilidade nas organizações.

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O que é ESG?

ESG é um conjunto de boas práticas e padrões cujo objetivo é constatar se determinada organização é socialmente sustentável, consciente e corretamente gerenciada.  

A sigla ESG significa Environmental (Meio ambiente), Social (Social) e Governance (Governança) e reúne os três pilares desse movimento.

É, em outras palavras, uma maneira de medir o desempenho da sustentabilidade empresarial para além das métricas financeiras.

Uma empresa em conformidade com práticas ESG sabe os impactos negativos e positivos que provoca na sociedade e consegue agir sobre eles.

A empresa é realmente uma opção viável de investimentos sustentáveis? Ela é capaz de gerar impactos positivos sociais, financeiros e ambientais e está engajada para isso?

Essas perguntas podem ser respondidas a partir da avaliação dos critérios ESG. 

Como e quando surgiu o ESG?

O ESG surgiu em um relatório de 2004 elaborado pelo Pacto Global, da Organização das Nações Unidas (ONU).

O objetivo da publicação era engajar organizações a adotarem princípios nas áreas de direitos humanos, meio ambiente, trabalho e anticorrupção. 

O então secretário-geral da ONU Kofi Annan fez uma provocação a dezenas de presidentes de grandes instituições financeiras sobre a integração de fatores ambientais, sociais e de governança no mercado de capitais.

Veja o que é ESG para James Gifford, economista que liderava o grupo de trabalho do Principles for Responsible Investment (PRI), rede ligada à ONU na época:

“O ESG é apenas um subgrupo inserido no contexto maior do investimento sustentável […] Algumas pessoas usam o termo de maneira mais ampla, mas o ponto central é a incorporação de fatores socioambientais nos investimentos para gerenciar riscos. Não é mais sobre ética.”

Atualmente, o conceito de ESG e governança vem se relacionando ao chamado capitalismo de stakeholders.

Capitalismo de stakeholders

Capitalismo de stakeholder é uma visão que vai além do conceito principal do capitalismo, que é o retorno ao acionista como principal objetivo de uma companhia.

Com o ESG, a razão de existir de uma organização passa a ser a geração de valor para todas as partes interessadas na empresa (stakeholders). 

Ou seja, o capitalismo de stakeholder é o capitalismo impulsionado por relações entre a organização e clientes, fornecedores, funcionários  e comunidades, em que todos os lados se beneficiam.

Para entender melhor o que é ESG, vamos conhecer melhor seus princípios.

Quais são os princípios do ESG?

Pilares do ESG

Os princípios do ESG (ou pilares) são três: ambiental, social e governança.

Ambiental

São as práticas empresariais voltadas ao meio ambiente, como gestão de resíduos, política de desmatamento, uso de fontes de energia renováveis, posicionamento da empresa sobre mudanças climáticas etc.

Social

Refere-se ao impacto e à responsabilidade social das organizações em prol da comunidade e da sociedade. 

Trata de questões relacionadas ao respeito dos direitos humanos e das leis de trabalho, diversidade, à proteção de dados e privacidade, ao investimento social, ao relacionamento com fornecedores e com a comunidade local, entre outros.

Governança

É o aspecto focado em processos, políticas, orientações e estratégias e orientações de administração das organizações. 

Temas como conduta corporativa, composição e independência do conselho, canais de denúncias sobre casos de assédio, discriminação e corrupção, práticas anticorrupção, auditorias, transparência de dados e outros são abordados neste pilar.

Investimentos ESG: o que são?

Os investimentos ESG são aqueles feitos em organizações com bons níveis de responsabilidade ambiental, social e de governança.

Podemos abordá-los a partir de dois objetivos principais:

  • Impulsionar os setores mais sustentáveis;
  • Ser um motivador de boas práticas de gestão corporativa.

Para entender melhor o conceito, é preciso conhecer seu funcionamento. 

De forma simples, fundos de investimentos e investidores analisam, conforme seus parâmetros, o nível ESG que determinada organização se encontra. 

Não existe um framework padronizado, pois há casos em que se dá pesos diferentes aos parâmetros conforme o tipo de fundo e o setor de negócio em avaliação.

A partir da análise, a empresa entra no radar de investimento.

Por isso, os investimentos ESG são capazes de promover o crescimento de companhias que se preocupam não só com o lucro, mas com a sociedade, o mercado e a vida de seus colaboradores.

Para se ter uma ideia, a Forbes aponta a existência de mais de 500 fundos de índice focados em sustentabilidade somente nos Estados Unidos, com mais de US$250 bilhões em ativos.

Diante deste movimento, os executivos estão mais preocupados em aplicar o ESG nas empresas.

Entenda também como a Revolução Tecnológica se relaciona com a sustentabilidade no agronegócio.

ESG nas empresas

ESG nas empresas

Uma pesquisa conduzida pela consultoria Walk The Talk by La Maison, realizada com mais de 4 mil homens e mulheres de todas as regiões do Brasil e de diferentes classes sociais, abordou a percepção que elas têm sobre determinadas empresas.

Os aspectos apontados envolviam meio ambiente, sociedade e governança, além das principais preocupações da população com essas causas. Em suma, eram questões relacionadas à ESG.

A partir das respostas, a consultoria montou um ranking das empresas líderes em ESG na visão dos entrevistados.

As cinco primeiras organizações, em ordem no ranking, foram Natura, Unilever, Ypê, Boticário e Petrobrás.

Além dessa abordagem, a pesquisa apontou que 94% dos entrevistados esperam condutas de ESG das empresas, mas apenas 17% acreditam que as organizações possuem ações efetivas.

Na prática, isso demonstra a importância de aplicar ESG nas empresas para gerar um impacto positivo na sociedade. Para tanto, ela deve:

  1. Descobrir o seu propósito e o impacto positivo de sua atuação na sociedade;
  2. Realizar um levantamento de suas emissões em todos os níveis, seguido pela definição de metas de redução conforme as melhores práticas;
  3. Investir na relação com stakeholders, com canais abertos de diálogo;
  4. Implementar políticas de transparência e governança claras e objetivas.

Com isso, as organizações poderão experimentar algumas vantagens da implementação dessas práticas.

Quais são as vantagens do ESG para as empresas?

Vantagens do ESG para empresas

O ESG muda de forma fundamental e positiva a forma como as empresas se relacionam com todas as partes interessadas. 

E isso gera muitos benefícios, como:

Redução de custos

Empresas com forte desempenho em ESG são vistas como mais eficientes e melhor administradas.

Uma operação eficiente é, essencialmente, otimizada, o que provoca redução de custos.

Fidelização de clientes

O consumidor tem preferência por produtos mais sustentáveis. Essa é a conclusão do Centro para Negócios Sustentáveis da Universidade de Nova York.

Isso significa que ele está atento a todo o processo produtivo, e não somente à finalidade de determinado produto.

Uma empresa que adota o ESG em suas operações consegue atender aos anseios desse novo perfil, o que leva à maior identificação entre as partes, e fidelizá-los.

Redução do turnover

A preocupação com o aspecto social envolve muitas questões relacionadas ao respeito e ao bem-estar dos trabalhadores. 

Por isso, a empresa que incorpora o ESG tem tendência a apresentar profissionais mais satisfeitos, o que diminui o turnover.

Reputação da empresa

Retomando o conceito de capitalismo de stakeholder, vemos que as empresas já não visam somente o lucro, mas o benefício para todas as partes interessadas.

O ESG possibilita, assim, que ela seja capaz de melhorar sua reputação perante os stakeholders, o mercado e a sociedade. Afinal, eles sabem que ela está atuando em prol dos impactos positivos.

Sustentabilidade

Um dos pontos-chave das organizações comprometidas com o ESG é a adoção de políticas ambientais e que promovam a responsabilidade social.

Por isso, um benefício evidente de se adotar ESG nas empresas é a sustentabilidade de maneira geral.

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Maior atratividade para investidores

Uma recente pesquisa do Statista traz um dado interessante: a partir de 2022, mais de 40% dos investidores vêem os critérios econômico, social e de governança (ESG) como sendo completamente parte integrante da análise de crédito.

Esses investidores acreditam que o ESG desempenha um papel proeminente na solvência, influenciando a qualidade do crédito e a capacidade dos mutuários de cumprir os compromissos financeiros. 

Esse é só um exemplo de como os programas ESG contribuem para que a empresa seja vista de forma positiva no mercado.

Competitividade 

Some a redução de custos, a melhor reputação da empresa, a sustentabilidade, a fidelização de clientes, a redução de turnover e a maior atratividade para investidores que você terá uma empresa mais competitiva.

Vale pontuar também que empresas ESG, em geral, têm maior capacidade de inovação, o que contribui para o aprimoramento da gestão.

Como é o mercado de trabalho na área de ESG?

Mercado de trabalho na área de ESG

Após compreenderem o que é ESG e sua importância para as empresas, os executivos passaram a buscar profissionais capacitados para atuar na área.

Afinal, uma organização bem-sucedida nos dias atuais deve necessariamente unir o desenvolvimento econômico aos compromissos ambientais e sociais. 

Em outras palavras, para adotar uma agenda ESG, é fundamental contar com especialistas capazes de traçar estratégias que mostrem os esforços organizacionais em atender às expectativas do mercado e da sociedade.

Por este motivo, o mercado de trabalho na área de ESG e governança corporativa está em franco crescimento. 

Um relatório do CFA, organização global que certifica profissionais de investimentos e finanças, aponta para a falta de pessoas qualificadas neste campo.

De acordo com o documento, menos de 10 mil pessoas, em um universo de 1 milhão de currículos analisados no LinkedIn, apresentavam competências relacionadas a ESG.

Diante disso, a busca por cursos em ESG também está crescendo.

Além disso, há, ainda, uma preocupação organizacional em capacitar os profissionais atuais para lidar com as questões que envolvem ESG em suas decisões rotineiras, independentemente da área ou do nível hierárquico. 

E quem pode trabalhar com ESG? Quais as competências esse profissional deve ter? 

Não existe um profissional específico de alguma área de atuação, o que significa que um engenheiro e um publicitário podem atuar no campo.

O importante é:

  • Ter capacidade para engajar lideranças e equipes;
  • Atuar com visão sistêmica, buscando recursos nas diversas áreas empresariais para garantir a sustentabilidade empresarial;
  • Ter capacidade de negociação, pois será preciso mediar as necessidades dos múltiplos stakeholders envolvidos, desde acionistas à comunidade;
  • Preparar-se para lidar com questões multidisciplinares, como apoio a comunidades, transição energética, políticas de diversidade, projetos de transparência na gestão de dados.

ESG: cursos para se aperfeiçoar na área

Cursos sobre ESG

Como se especializar em ESG? Qual o melhor curso ESG?

A qualificação em ESG possibilita ao profissional pensar de maneira sistêmica, escutar as demandas da sociedade e articular as várias áreas das empresas. 

E quando o assunto é governança corporativa e ESG, os cursos na área são diversos quanto à abordagem e quanto à proposta.

Os executivos conseguem encontrar muitas opções gratuitas, é verdade. No entanto, elas costumam ser muito superficiais, o que não contribui para uma atuação de excelência.

Já os cursos pagos são bastante ecléticos quanto aos níveis e à abordagem. Há, inclusive, instituições com especializações e mestrados em temas afins, como gestão ambiental e sustentabilidade, que não tratam diretamente de ESG.

Um deles se destaca em nossa visão: a Jornada Executiva ESG, da HSM.

Jornada Executiva: o melhor curso de ESG

Fundada em 1987, a HSM é a maior plataforma de educação corporativa do país e referência internacional em gestão e negócios.

Em seu curso “Jornada Executiva ESG”, desenvolvido em parceria com “Capitalismo Consciente Brasil”, os profissionais podem aproveitar de uma jornada de aprendizagem com especialistas de mercado.

Voltado para C-Level, Diretores, VPs, Superintendentes, Gerentes e Consultores, o curso em ESG  conta com uma carga horária de 45 horas.

Por meio de vídeos, podcasts, artigos, pesquisas e atividades de reflexão, o programa aborda conceitos e cases para que os profissionais conheçam as melhores práticas para exercer uma liderança ousada, significativa e positivamente impactante para as pessoas, as organizações e o planeta.

Ao final do curso, eles serão capazes de tomar decisões assertivas, baseadas nos principais elementos do movimento ESG, implementar o modelo de governança seguindo tais critérios e aprofundar a relação entre lucro e propósito nos negócios.

Torne-se uma referência em Sustentabilidade empresarial com a Jornada Executiva ESG, da HSM. O melhor Curso de ESG do Brasil! Confira!

Conclusão

Quando um profissional quer se qualificar em ESG, os cursos são uma forma de aquisição de conhecimentos valiosos e aplicáveis à realidade corporativa.

A escolha por boas instituições de ensino é fundamental para formar um bom especialista, que será um dos responsáveis em trazer os benefícios do ESG para as empresas.

É o caso do curso Jornada Executiva ESG, da HSM. Referência internacional em gestão e negócios, a plataforma de educação corporativa traz um curso completo para capacitar líderes e transformar negócios!

Inscreva-se já no programa Jornada Executiva ESG e aprenda como provocar transformações na organização, alinhadas com os principais tópicos relacionados a ESG e Capitalismo Consciente!

Leia também sobre o que é a economia verde e sua importância.

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DeFi (finanças descentralizadas): o que são e quais as suas principais aplicações?

DeFi (finanças descentralizadas ou Decentralized Finance) é um campo da tecnologia financeira em rápido crescimento que vem ganhando impulso desde que surgiu em 2014.

É um termo guarda-chuva para uma variedade de aplicações construídas sobre redes e protocolos de blockchain, que vão desde plataformas de empréstimo a ferramentas de negociação.

Esta nova onda de tecnologias disruptivas pode modificar o modo como administramos nossas finanças pessoais e empresariais.

Com sua ampla gama de benefícios tanto para indivíduos quanto para empresas, a DeFi se tornou rapidamente uma das áreas mais promissoras dentro do espaço fintech hoje.

Neste artigo, vamos abordar as principais questões sobre o tema. O que são as finanças descentralizadas? Qual a sua importância e as principais aplicações? Como comprar DeFi?

Acompanhe!

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O que é DeFi?

DeFi (finanças descentralizadas) é um conjunto de protocolos e aplicações que são construídos em uma blockchain cujo objetivo é fornecer às pessoas acesso a serviços financeiros que não dependam de bancos tradicionais ou entidades apoiadas pelo governo.

Em outras palavras, os usuários podem realizar operações financeiras, como transferências, negociações e empréstimos, sem o intermédio de bancos ou demais instituições.

Isso se dá porque as operações são descritas e executadas por smart contracts (contratos inteligentes) e algoritmos, sendo portanto autoexecutáveis.

Um contrato de empréstimo entre duas empresas, por exemplo, pode se dar sem a participação de um banco e suas condições.

Afinal, as partes definem previamente valores, juros, forma de transferência, garantias e todas as cláusulas contratuais, e os contratos automatizados se executam conforme as condições.

Entendeu o que é o sistema DeFi? Ele remonta ao próprio surgimento do Ethereum.

Como e quando o DeFi surgiu?

O DeFi vem ganhando impulso desde a criação do Ethereum, a primeira blockchain a permitir que os desenvolvedores criassem contratos inteligentes. E quando o DeFi surgiu?

Em 2014, Vitalik Buterin publicou um white paper sobre a rede, e, a partir de então, os desenvolvedores têm sido capazes de desenvolver aplicações e protocolos sobre a cadeia de bloqueio.

O dinamarquês Rune Christensen, por exemplo, lançou no mesmo ano a MakerDAO (MKR), plataforma descentralizada de empréstimos. 

Na sequência, vieram o Compound (protocolo de empréstimos), a Uniswap (exchange descentralizada) e outros grandes projetos. 

Onde funcionam as aplicações DeFi?

Onde funcionam as DeFis?

As aplicações DeFi são implantadas em blockchain, principalmente no Ethereum, que concentra a maior parte dos projetos.

Isso acontece porque ela apresenta grande capacidade de suportar contratos inteligentes e protocolos financeiros descentralizados.

Os protocolos baseados nesta rede fornecem uma ampla gama de serviços financeiros incluindo empréstimos, plataformas de negociação, produtos de seguro, ferramentas de negociação, e muito mais.

Além disso, várias outras blockchains foram desenvolvidas para permitir aplicações DeFi, como a Solana (SOL), a Binance Smart Chain (BSC) e a Avalanche (AVAX).

Qual é a importância da DeFi?

A DeFi (finanças descentralizadas) está rapidamente se tornando uma parte importante do cenário financeiro, e suas aplicações estão crescendo rapidamente.

O uso de finanças descentralizadas foi maior em países que negociaram ou movimentaram grandes quantidades de criptomoedas, incluindo EUA e China, como mostra pesquisa da Statista.

O uso de protocolos descentralizados tem o potencial de revolucionar muitos aspectos das finanças, especialmente devido ao seu caráter de fornecer acesso a serviços sem depender de intermediários tradicionais.

Na prática, isto significa que os usuários são capazes de conduzir transações financeiras de forma mais segura e econômica, podendo acessar mercados anteriormente indisponíveis.

Em em um nível mais amplo, a DeFi tem o potencial de trazer inclusão financeira para populações que atualmente não são atendidas pelos sistemas bancários tradicionais.

Vamos esclarecer melhor essa importância falando das possibilidades que o DeFi (finanças descentralizadas) nos trazem?

O que é possível com a descentralização financeira?

A ideia principal das finanças descentralizadas é eliminar o intermediário (instituição financeira ou entidade governamental) na oferta de serviços às pessoas físicas e jurídicas.

Diante disso, podemos apontar algumas possibilidades que a DeFi traz para a sociedade, como:

  • Tomada de empréstimos de criptoativos;
  • Trocas descentralizadas de ativos digitais;
  • Investimentos que podem gerar renda passiva;
  • Obtenção de serviços de garantia financeira, como seguros e hipotecas;
  • Uso de moedas pareadas em dólar (stablecoins) sem precisar de qualquer intermediário.

A compreensão dessas possibilidades passa, inclusive, pelo conhecimento sobre as principais aplicações DeFi.

As principais aplicações DeFi

Aplicações DeFi

As aplicações DeFi podem se relacionar ao mercado de empréstimos, ao gerenciamento de ativos e a outros segmentos.

Os principais protocolos de DeFi são MakerDAO, Compound, Curve Finance, Aave, InstaDApp, Convex Finance, Uniswap, entre outras.

Conheça a seguir as três principais aplicações da descentralização financeira.

Stablecoins

Stablecoins são moedas criadas para manter um valor constante. Por isso, apesar de ter as mesmas características das moedas digitais regulares, apresenta um preço fixo.

Elas são vinculadas a um ativo, como o dólar americano (ou outro moeda fiduciária), ouro ou prata.

Isso faz delas a escolha perfeita para uso em aplicações financeiras descentralizadas e plataformas de negociação.

Dois exemplos são o USD Coin (USDC) e o Tether (USDT), e cada unidade equivale a um dólar.

Plataformas de empréstimo

As plataformas de empréstimo permitem aos usuários emprestar ativos por meio de criptomoedas. Elas são regidas por um contrato inteligente.

Os protocolos geralmente exigem que os mutuários forneçam garantias para a obtenção de crédito.

Eles também configuram sistemas automatizados que permitem aos emprestadores e mutuários interagir em um ambiente descentralizado, com baixos custos de transação e rápido tempo de processamento.

As principais plataformas são MakerDAO, Compound e Aave (AAVE). 

Exchanges descentralizadas

As exchanges descentralizadas (DEXs) permitem que os usuários negociem ativos digitais entre si (peer-to-peer) sem a necessidade de um terceiro.

Ao contrário das exchanges centralizadas, que têm uma empresa e uma equipe no controle, as DEXs são plataformas controladas por smart contracts e algoritmos.

Por isso, fornecem aos usuários maior segurança, velocidade e controle sobre seus fundos.

A Curve Finance (CRV), por exemplo, é uma exchange descentralizada de negociações de stablecoins.

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O que é DAO? Leia nosso artigo que explica o que são e como funcionaam as Organizações Autônomas Descentralizadas.

Como investir em DeFi?

Como investir em DeFi

Como o setor DeFi está crescendo exponencialmente, muitos investidores estão procurando maneiras de tirar proveito dele.

O primeiro passo é entender os riscos associados aos investimentos de DeFi e sempre fazer sua própria pesquisa antes de investir.

Isto inclui entender quais protocolos estão sendo usados, que tipos de ativos eles oferecem e que estratégias você deve usar ao investir. E qual a melhor DeFi?

Sua escolha depende da sua aversão ao risco, ou seja, como você se comporta diante da possibilidade de uma grande perda.

Uma vez que o investidor tenha feito sua pesquisa, ele pode começar a investir. A seguir, expomos uma breve passo a passo:

  1. Escolher qual será a sua carteira para armazenar as criptomoedas do projeto.
  2. Comprar criptoativos diretamente ou comprar fichas que representam uma certa parte de um protocolo DeFi (por exemplo, Aave LEND), o que pode ser feito na própria carteira ou em exchanges do mercado.
  3. Acompanhar o desempenho de seus investimentos e avaliar se eles estão ou não atingindo seus objetivos.

Formas de investir em DeFi

Para ter lucros com as finanças descentralizadas, o investidor pode adotar algumas formas de investimento, como:

  • Tokens em exchanges: é a compra de tokens de plataformas DeFi (UNI e AAVE, por exemplo) com moeda fiduciária.
  • Pools (piscinas de liquidez): o investidor deixa seus tokens para ganhar em cima das taxas de transações realizadas no protocolo.
  • Empréstimos: o investidor permitirá a disponibilização de duas criptos a terceiros e cobrará uma porcentagem de cada pessoa que pegou o valor (juros).
  • Fundos de investimento: é o investimento em produtos que aplicam recursos parcial ou integralmente em DeFi, como os fundos geridos pela QR Asset, Vitreo, Hashdex e BLP.

Com todas essas possibilidades, o DeFi (finanças descentralizadas) pode proporcionar uma oportunidade interessante para indivíduos e empresas diversificarem seus portfólios e acessarem novas fontes de renda.

As vantagens das finanças descentralizadas

Vantagens das DeFis

Entrar no universo da descentralização financeira pode trazer muitas vantagens aos interessados. Afinal, estamos falando na possibilidade de realizar negociações, empréstimos, trocas de ativos e outras transações financeiras sem intermediários.

A seguir, apontamos os principais benefícios, como flexibilidade, rapidez, transparência e abertura.

Flexibilidade

Os protocolos DeFi são baseados na tecnologia blockchain, o que permite a oferta de uma maior gama de produtos e serviços aos usuários.

Em outras palavras, é possível atuar com protocolos de diferentes segmentos, o que permite maior diversificação de investimentos.

Rapidez

As operações financeiras descentralizadas são executadas rapidamente, especialmente se comparadas com os sistemas bancários convencionais.

Isto ocorre porque a tecnologia de blockchain funciona de forma distribuída e segura, sem a necessidade de intermediários.

Ou seja, o dono dos ativos pode movê-los para qualquer lugar a qualquer momento de maneira rápida.

Transparência

A transparência é um dos pontos de destaque, pois os envolvidos conseguem ver o conjunto total de transações, algo impensável nas finanças tradicionais.

Todas as mudanças nos protocolos DeFi são tornadas públicas por meio de códigos abertos, o que aumenta a confiança entre os usuários. Além disso, todas as transações financeiras são armazenadas com segurança na cadeia de blocos.

Abertura

A abertura dos protocolos DeFi permite a qualquer pessoa acessar e interagir com o sistema. Não há restrições quanto à origem, nacionalidade ou residência.

Tudo o que você precisa é de uma conexão à internet e uma carteira compatível para começar a investir em projetos DeFi.

Por isso, é uma alternativa digital às bolsas de valores, com menor custo, o que possibilita a criação de mercados financeiros mais abertos, justos, livres e acessíveis a qualquer pessoa com conexão à internet.

Vale destacar, por fim, que o usuário não precisa se inscrever ou abrir uma conta, bastando a criação de uma carteira. E também não há necessidade de fornecer informações pessoais, como nome ou endereço de e-mail.

Os riscos da DeFi

Riscos da DeFi

Apesar das vantagens, é importante lembrar que os investimentos da DeFi estão sujeitos a certos riscos.

Comprometimento de segurança

Os protocolos desse mercado sofrem ataques constantemente devido a falhas em seus códigos, o que causa uma enorme perda financeira. Isso ocorreu recentemente com o protocolo Raydium.

De acordo com o relatório “State of DeFi Security”, da Certik, empresa especializada em segurança de blockchain, os protocolos DeFi perderam US$ 1,3 bilhão em ataques hacker em 2021.

A recomendação nestes casos é aguardar a consolidação de um projeto antes de apostar nele.Há, ainda, outro aspecto relativo à segurança dos ativos. São os próprios usuários os responsáveis pela guarda em suas carteiras.

Em caso de perda ou roubo de chaves de acesso, o investidor perderá seus ativos. 

Ocorrência de golpes

Além dos problemas de segurança, há também a presença de golpes.

Dentre os mais comuns, estão o criminoso que rouba a liquidez da DEX, o criador do projeto que rouba o investidor antes de emitir um ativo após o ICO (oferta inicial de criptomoeda), dentre outros.

Portanto, é importante pesquisar cada projeto com muito cuidado e certificar-se de que ele tenha uma base sólida antes de investir nele. Confira quem são os responsáveis por ele e busque informações em sites, jornais, fóruns e redes sociais. 

Complexidade

A natureza descentralizada dos protocolos implica em maior complexidade técnica, o que pode levar a erros e falta de compreensão. 

Além disso, há muitos conceitos relacionados à tecnologia de blockchain, como contratos inteligentes e tokens DeFi, com os quais os usuários precisam se familiarizar.

Vale pontuar, ainda, a usabilidade de certas plataformas, que não é muito amigável.

Volatilidade

O mercado DeFi é extremamente volátil e sujeito a investimentos de alto risco, o que significa que há muitas oportunidades para gerar lucros, mas também grandes perdas.

Portanto, os investidores devem estar cientes dos riscos envolvidos em cada projeto antes de investir seu capital.

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Conclusão

O DeFi (finanças descentralizadas) é um mercado em crescimento que pode oferecer grandes oportunidades aos investidores e facilidades aos usuários.

Entretanto, é importante lembrar que os riscos envolvidos são significativos, especialmente em relação à segurança. 

Por isso, é essencial fazer a pesquisa de projetos e ter ciência sobre as perdas potenciais em caso de investimento. Com pesquisa completa e compreensão do mercado de DeFi, os investidores e as empresas podem ter uma jornada de sucesso.

Tenha em mente que a descentralização financeira já é a atualidade e pode ser o futuro. Aqueles que entendem a tecnologia e seu potencial estarão melhor preparados para ela.

Você sabe o que é a nova economia? Este é um assunto que se relaciona intimamente com as tecnologias que estão mudando nossa concepção de mundo. 

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DAO: o que é, como funciona

O conceito de Organizações Autônomas Descentralizadas (DAO) vem ganhando atenção como uma forma cada vez mais popular de gerenciar operações e ativos digitais com um sistema automatizado.

Este tipo de organização é um conceito revolucionário quando se trata de instituições financeiras, empresas investidoras, empresas de mídia, e muito mais.

As DAO’s são entidades digitais criadas em blockchain que podem incluir estatutos e estruturas de governança para a execução de várias tarefas.

Elas fornecem, essencialmente, a mesma estrutura que existiria em uma corporação, mas sem o uso de intermediários ou intermediárias.

Isso faz com que essas organizações se tornem autônomas, isto é, que operam exclusivamente por meio de código e com um suporte de pagamento baseado em criptomoedas.

Neste artigo, vamos explorar o que compõe uma DAO, como elas funcionam, as vantagens da oferta em relação às estruturas corporativas tradicionais, assim como alguns exemplos reais que estão sendo implementados atualmente em todo o mundo. Boa leitura!

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O que é DAO (Decentralized autonomous organizations)?

DAO (Decentralized Autonomous Organizations, ou “organizações autônomas descentralizadas”, em português) é um sistema que usa a rede blockchain, ou seja, um banco de dados público de criptomoedas para armazenar e manter a sua base de dados de maneira imutável e inviolável, assegurando interações de forma autônoma via contratos digitais programáveis, chamados de smart contratcs.

Qual é a diferença entre DAOs e organizações tradicionais?

Existem diversas características divergentes entre o modelo operacional de organizações tradicionais e as organizações autônomas descentralizadas. 

As principais diferenças incluem o modo de transparência, modelo de hierarquia, automatização de etapas e outros elementos. Veja:

  • Transparência: o fato das DAOs serem públicas permite maior transparência entre os membros, já que as atividades podem ser acessadas por todos os envolvidos, diferentemente de organizações tradicionais que trabalham com movimentações privadas e limitadas a um público seleto;
  • Implementações automatizadas: diferente de organizações de outros modelos que exigem o uso de etapas manuais ou automação controlada de maneira centralizada, os serviços oferecidos na DAO são automatizadas;
  • Agilidade em computação de votos: em uma organização de modelo centralizado, as votações são computadas internamente e os resultados são tratados de forma manual. Nas DAOs, todo o processo ocorre de maneira automática, sem intermediários.
  • Modelo mais democrático: diante da necessidade de rever algum processo ou para implementar novos investimentos e novas tecnologias, os membros da DAO podem realizar uma votação para decisão mais democrática e transparente, não partindo da decisão de uma única pessoa em uma posição mais alta na hierarquia da organização;
  • Sem hierarquias: por fim, outra diferença é que as organizações autônomas descentralizadas não são formadas por hierarquias entre os membros, diferente de empresas tradicionais que trabalham com posições e níveis mais definidos.

Como funciona uma DAO (Decentralized Autonomous Organizations)?

Como funciona uma DAO?

Uma DAO funciona com base em um conjunto pré-programado de regras, de maneira autônoma, sendo coordenada por meio de protocolos de consenso distribuídos.

O Bitcoin foi considerado a primeira DAO totalmente funcional, mas, desde então, o uso de contratos inteligentes foi habilitado de fato na plataforma Ethereum, que tornou esse recurso mais popular com o público atual e ajudou a moldar o atual cenário.

Em linhas gerais, para ser operacional, DAOs precisam de regras codificadas em forma de contrato inteligente, que basicamente é um programa de computador que existe de forma autônoma na internet, mas que precisa de pessoas para realizar tarefas que não pode executar sozinho.

Uma vez que essas regras são estabelecidas, as DAOS entram em fase de financiamento. Nessa etapa, a DAO deve ter algum tipo de propriedade interna, ou seja, tokens que podem ser gastos pela empresa ou utilizados para recompensar atividades dentro dela.

Além disso, ao investir em uma DAO, o usuário obtém direito de voto e, por extensão, a capacidade de influenciar como ela opera.

Ao final do período de financiamento, acontece a implementação da DAO, com ela se tornando totalmente autônoma e completamente independente de seus criadores.

Trata-se de um código aberto, que pode ser visto por qualquer pessoa, sendo que todas as regras e transações financeiras são registradas na blockchain, o que faz com que essas organizações sejam totalmente transparentes, imutáveis e incorruptíveis.

Uma vez que determinada DAO entra em operação, todas as decisões sobre onde e como gastar os fundos são feitas por meio de consenso. 

Todas as pessoas que possuem uma parte da DAO podem fazer propostas em relação ao seu futuro, sendo que o principal mecanismo para evitar o bombardeio de respostas é a necessidade de fazer um depósito monetário.

Ou seja, para realizar qualquer ação, a maioria dos investidores deve votar na proposta, sendo que a vantagem para alcançar essa maioria pode variar dependendo de cada DAO, pois isso é algo especificado diretamente no código.

Em resumo: DAOs permitem que as pessoas entre si troquem seus fundos em forma de investimento, doações, levantamento de fundos, empréstimos e assim por diante.

Trata-se de um sistema capaz de fazer todas essas operações sem a necessidade de um intermediário.

A grande questão desses programas é que, se for detectada no código inicial, ela não pode ser corrigida até que a maioria vote para isso, sendo que, enquanto a votação está em processo, hackers podem usar alguma falha no código com intenções maliciosas.

Por fim, é importante esclarecer que as DAOs não são sistemas capazes de construir um produto, escrever um código ou desenvolver um hardware.

Na verdade, trata-se de um sistema de contratos inteligentes que garante um pagamento mais rápido do que o sistema bancário convencional.

Qual é a importância das DAOs para o mercado cripto?

A importância das DAOs para o mercado cripto

O conceito de DAO é muito relevante no mercado cripto, pois tem como ideal para formar a base de criação do Bitcoin a descentralização e a autonomia.

Como vimos, muitos consideram o Bitcoin a primeira grande aplicação do conceito de DAO, pois funciona com base em um conjunto de regras pré-estabelecidas, de maneira autônoma, descentralizada entre os participantes da sua rede.

Hoje em dia, a aplicação acontece em outro mercado de cripto, a rede Ethereum, por meio da implementação dos contratos inteligentes, o que levou o conceito a um público maior.

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Exemplos de DAOs

Nada melhor do que conhecer alguns exemplos de DAOs para ficar ainda mais fácil de compreender como funcionam essas organizações autônomas na prática. 

Um dos exemplos mais conhecidos é a empresa de criptomoedas Dash, que tornou-se a primeira organização descentralizada a ser criada.

A digix.io também é um caso de empresa descentralizada que trabalha com venda de ativos digitais, assim como a Bitshares, do setor financeiro, que trabalha oferecendo investimentos.

Para quem está mais próximo do tema, talvez o nome mais conhecido seja a própria The DAO, uma organização construída utilizando a blockchain do Ethereum..

Vantagens e desvantagens das DAOs

Vantagens e desvantagens das DAOs

As DAOs são sistemas que apresentam diversas vantagens e desvantagens. Dentre as principais vantagens, podemos citar:

  • Democracia: em uma DAO, todos podem propor mudanças e participar de votações sobre propostas, como decisões sobre como gastar os fundos, por exemplo. Tudo vai depender do consenso entre os participantes, ou seja, o próprio contrato inteligente garantirá que a escolha da maioria será respeitada para seguir com as devidas implementações;
  • Descentralização: a grande vantagem das DAOs é que elas eminem completamente a hierarquia, operando como organizações 100% democráticas e transparente, onde todos possuem acesso às mesmas informações e podem exercer influência sobre as escolhas a respeito do futuro da organização;
  • Amplo acesso e alcance: DAOs permitem negociações, transferência e arrecadações de fundos entre pessoas de qualquer lugar do mundo — algo que só é possível graças à rede blockchain, que funciona 24 horas por dia mundialmente, sem depender de horários bancários ou da supervisão de uma instituição financeira;
  • economia própria: toda DAO normalmente possui a sua própria unidade de valor (token) para facilitar as negociações dentro da organização. Esses tokens podem se valorizar com o tempo, de acordo com o crescimento e popularidade de uma DAO, podendo ser utilizados para recompensar os participantes de acordo com as atividades desempenhadas e dar retorno financeiro pelo seu investimento;
  • Segurança e transparência: como operam na Blockchain, as DAOs são de código aberto, ou seja, todos possuem acesso a como os fundos estão sendo gastos. A rede permite o funcionamento seguro das operações para que seus usuários não precisem depender da confiança nos outros membros, pois a própria blockchain já proporciona confiabilidade a todos.

Mas, assim como existem vantagens, as DAOs também possuem desvantagens. Veja quais são elas a seguir:

  • Código falho: a partir do momento que são implementadas, as DAOs começam a operar de maneira autônoma, automatizada e aberta a todos, entretanto, códigos podem ser implementados para que falhas não sejam percebidas e pessoas mal intencionadas podem enxergar lacunas e viabilizar um ataque hacker, por exemplo;
  • Demora nas votações: alterações para corrigir falhas só podem ser feitas por meio de votação. Isso, ao mesmo tempo que representa uma vantagem do ponto de vista da praticidade e segurança, pode complicar o processo de resolver falhas e gerar prejuízos irreversíveis para os participantes da organização;
  • Regulamentação: os cripto-ativos ainda são questões em aberto esperando discussão na maioria dos países, ou seja, uma grande fonte de incertezas. Logo, para que Startups adotem um modelo de DAO, a estruturação jurídica convencional pode ser um obstáculo a ser enfrentado por empresas que desejam adotar esse modelo.

DAOs valem a pena?

As DAOs são ferramentas tecnológicas úteis e que podem proporcionar uma grande revolução no futuro. 

Funcionam como um tipo de organização coletiva pertencente e administrada por seus membros, em um contexto em que todos têm voz, o que muda completamente como as organizações funcionam hoje.

Diversos analistas e especialistas do setor afirmam que as DAOs estão ganhando destaque e que podem, até mesmo, vir a substituir algumas empresas tradicionais.

Por isso, é fundamental que as empresas, marcas e investidores se mantenham atentos às principais tendências do mercado atual e como elas podem afetar a forma com que as marcas e os consumidores interagem.

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Conclusão

O conceito de organizações autônomas descentralizadas, quando colocado lado a lado ao de organizações tradicionais, se mostra uma alternativa bastante moderna e revolucionária.

Na prática, as DAOs representam grupos de pessoas com determinado objetivo que se organizam sem uma liderança central.

A ideia é remover o modelo de hierarquia convencional das instituições, que vem sendo adotado desde sempre como padrão, e dar lugar a um modelo que usa a rede blockchain para a tomada de decisões.

Esse tipo de proposta apresenta uma série de vantagens, como o próprio modelo descentralizado, maior transparência e a ideia de decisões tomadas de maneira mais democrática e participativa por todos os membros.

Para quem deseja fugir de propostas tradicionais e, talvez, investir em uma opção de empreendedorismo voltado à inovação radical, uma DAO pode ser um ponto de partida.

No entanto, para ter sucesso é necessário compreender com profundidade esse mercado, seus prós e contras para se adaptar e colher bons resultados.

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Modelos de gestão: conheça os principais tipos e saiba como escolher para sua empresa

Para que uma organização consiga sucesso em seus negócios é fundamental conhecer os diferentes modelos de gestão. 

Eles variam conforme fatores internos, como as metas e a cultura organizacional, mas também externos, como a tendência de mercado e a situação econômica.

A escolha certa do estilo é determinante para os resultados da empresa, pois ele interfere diretamente na forma como os processos de trabalho são conduzidos. Em outras palavras, se relaciona a processos, estrutura, política, recursos e pessoas.

Cada modelo apresenta características específicas e traz um conjunto próprio de vantagens e desvantagens. Por isso, é preciso conhecer as possibilidades e entender qual deles usar em seu tipo de negócios. 

E quais são os estilos de gestão? Como escolher o melhor modelo para sua empresa? Neste artigo, explicamos tudo sobre o tema, confira!

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O que é um modelo de gestão?

Um modelo de gestão é um conjunto de estratégias que define a condução da administração de uma organização. 

Ele inclui todos os recursos da empresa, como pessoas, finanças, tecnologia, informação e materiais, bem como princípios, estruturas, processos e atividades-chave que permitem à organização atingir seus objetivos.

Existem muitos estilos de gestão diferentes, cada um com suas características, mas todos têm um ponto em comum: manter todas as áreas da empresa em sintonia para que ela consiga um bom desempenho e atinja os resultados propostos.

Por isso, a escolha pelo modelo ideal é tão importante.

Qual é a importância dos modelos de gestão?

Os modelos de gestão são ferramentas empresariais poderosas que podem ter um impacto significativo sobre o sucesso de uma organização. Sua importância se dá em diversos aspectos. Veja:

  • Contribuem para as equipes de gestão implementarem práticas de gerenciamento eficazes e alcançar seus objetivos;
  • Estabelecem disciplina e consistência em vários processos, sistemas e atividades, a fim de promover maior eficiência e eficácia;
  • Ajudam as organizações a navegar por ambientes de negócios em mudança, fornecendo ferramentas e estratégias para se adaptar a novos desafios e oportunidades.

O empresário que está começando um novo negócio ou busca melhorar suas operações existentes precisa entender os diferentes estilos de gestão para escolher aquele que melhor se adapte às suas necessidades.

E como escolher o modelo de gestão?

Como escolher o melhor modelo de gestão para sua empresa?

Como escolher o modelo de gestão ideal para sua empresa?

Não existe um estilo de gestão que seja adequado para todos os tipos de negócio. É possível, inclusive, mesclar características de diversos modelos.

Por isso, é importante considerar cuidadosamente as necessidades empresariais, os fatores internos e externos, e escolher um tipo de administração que melhor se alinhe com elas. 

Ou seja, o primeiro passo ao aprender como escolher o modelo de gestão é fazer um diagnóstico.

Fazer um diagnóstico profundo da empresa

A escolha por um modelo de gestão passa pela compreensão sobre a organização como um todo. É fundamental conhecer suas características, bem como o atual momento. 

Uma empresa em plena expansão certamente demandará ações e ferramentas de gestão diferentes da organização que enfrenta alto índice de turnover e absenteísmo.

Um diagnóstico profundo é a ferramenta capaz de mostrar algo substancial sobre a empresa, que vai além das tendências adotadas por outras empresas. A cultura organizacional de uma gigante multinacional pode ser bem diferente da sua e pode, inclusive, não se ajustar.

E os líderes precisam se  atentar para alguns pontos neste diagnóstico, tais como:

  • Avaliação do propósito, da razão de ser e da criação da organização;
  • Análise sobre a cultura organizacional e o número de colaboradores;
  • Consideração sobre a atividade econômica desenvolvida, o mercado em que a empresa se insere e qual a sua competitividade no segmento.

Definir a forma de relacionamento desejada com os colaboradores

Um ponto fundamental na hora de escolher um ou mais tipos de gestão organizacional é a forma como a empresa deseja se relacionar com seus profissionais. Isso depende, claro, do comportamento dos gestores. 

Neste contexto, é desejável que a empresa tenha gestores que apresentem algumas características, como:

  • Liderança;
  • Disponibilidade de aprendizado;
  • Mapeamento e retenção de talentos;
  • Capacidade de gerir e mediar conflitos;
  • Capacidade de dar e receber feedback;
  • Ter proatividade, iniciativa e automotivação.

Líderes com essas características facilitam bastante o trabalho em diversos modelos de gestão, pois incentivam a comunicação na equipe.

Ajustar objetivos e expectativas

Com o diagnóstico feito, o gestor conseguirá compreender as características da empresa, bem como seu momento atual e o perfil dos colaboradores.

A partir disso, é mais fácil entender o que é necessário para aquele momento e como definir as ações e as ferramentas de gestão que farão com que as metas sejam alcançadas.

Isso, claro, traçando expectativas baseadas na realidade do negócio.

Percebe a importância de saber como escolher o modelo de gestão ideal? 

Em última análise, ele terá um impacto significativo no sucesso de sua empresa. Portanto, é fundamental tomar uma decisão informada ao decidir qual o modelo mais adequado.

Para tanto, vamos conhecer os tipos de gestão empresarial.

Os principais modelos de gestão

Principais modelos de gestão

Para gerir uma empresa com excelência, o responsável deve escolher um modelo que se encaixe nos objetivos da organização. 

Mas os estilos não são excludentes, e você pode adotar um modelo horizontal focado em resultados e processos, por exemplo.

E quais são os estilos de gestão? Conheça a seguir os principais modelos.

Gestão horizontal

Gestão horizontal, participativa ou democrática é um modelo que se concentra em capacitar os funcionários e delegar decisões de gestão a eles.  

Alocação de recursos, definição de indicadores de desempenho, dentre outras tarefas contam com a participação dos colaboradores.

Ele se baseia no princípio de que a administração deve ser descentralizada e que os colaboradores em todos os níveis devem estar envolvidos nas decisões gerenciais.

Confira algumas características deste estilo de gestão:

  • O consenso e a inclusão de ideias divergentes é o ponto central;
  • O papel do gestor é criar um ambiente favorável e aberto para que todos participem e dêem contribuições;
  • O bom ambiente permite ter baixo índice de retrabalho e maior abertura para inovação, além de criar equipes mais engajadas e produtivas.
  • Por outro lado, o maior número de discussões e contribuições por parte dos profissionais podem causar demora nas entregas dos projetos.

Você sabe o quanto a gestão da inovação impacta as empresas? Entenda mais sobre esse modelo de negócio

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Gestão vertical

Modelo de gestão vertical

A gestão vertical, hierárquica, autocrática ou autoritária é baseada no princípio da centralização. 

Ele envolve uma abordagem de gerenciamento de cima para baixo em que as decisões são tomadas no nível mais alto e depois implementadas pelos níveis mais baixos de gerenciamento.

Por isso, é um tipo de gestão empresarial que não tem muito espaço para criação e inovação, e pode engessar os colaboradores.

Outras característica do estilo são:

  • É um modelo comumente usado por grandes organizações, agências e órgãos governamentais;
  • A tomada de decisões é centralizada no gestor e requer dos gerentes uma abordagem top-down;
  • É um modelo que pode trazer mais burocracia, gerar retrabalho e, consequentemente, mais custos;
  • É um tipo de gestão modeladora que pode ser utilizado em períodos específicos que demandam padronização e organização, como no processo de adaptação de um colaborador muito jovem ou novo na equipe.

Gestão meritocrática

Modelo de gestão meritocrática

A gestão meritocrática visa promover a justiça e a igualdade, baseando as decisões de gestão em métricas objetivas de desempenho. 

Este estilo de gestão coloca ênfase na recompensa dos funcionários com base em seu desempenho real ao invés de antiguidade ou experiência. Ou seja, o profissional é valorizado conforme seu esforço e os resultados que alcança para a organização. 

Em geral, esse tipo de gestão organizacional é eficiente quando o comportamento do líder é pautado na transparência e na imparcialidade.

Conheça mais características deste modelo:

  • Apresenta maior turnover devido à cisão de time;
  • A empresa abriga alguns dos maiores talentos do seu segmento de atuação;
  • É um estilo de gestão que contribui para a motivação do profissional e, consequentemente, para os resultados da empresa;
  • Deve estar alinhada a um propósito, com as ferramentas de gestão e os processos sustentando essa identidade;
  • Pode gerar um ambiente muito competitivo dentro da empresa, o que demanda grande capacidade de gestão de pessoas por parte do líder.

Entenda como são as empresas que adotam a liderança transacional.

Gestão por resultados

Outro tipo de gestão organizacional é o gerenciamento por resultados, que é baseado no estabelecimento de metas e objetivos específicos pelo líder e por seus liderados. 

Este estilo de gerenciamento enfatiza a distribuição das responsabilidades e a medição constante do progresso em direção às metas.

Muitos especialistas entendem que deve ser um modelo transitório, assim como a gestão vertical, para que dê bons resultados. 

As principais características da gestão por resultados são:

  • A responsabilidade por alcançar ou não os resultados é de todos;
  • Demanda um perfil de líder mais participativo na hora de traçar objetivos, mas que dá autonomia à equipe e feedback constante;
  • Os setores da empresa trabalham de forma integrada e há tendência de se fortalecer o trabalho em equipe;
  • É um tipo de gestão interessante para empresas que estão em recuperação judicial ou no momento de abertura de capital (adoção em período curto de tempo);
  • Por outro lado, é um estilo que cobra bastante das equipes, que efetua corte de gastos (inclusive de áreas estratégicas) e que corre o risco de deixar o propósito da companhia de lado.

Gestão à vista

Modelo de gestão à vista

Um modelo de gestão que está ganhando popularidade nos últimos anos é o gerenciamento à vista. Ele se baseia no máximo compartilhamento de informações entre os colaboradores, o que pode ser feito com metodologias e ferramentas de gestão, como o kanban. 

Com isso, garante o feedback de curto prazo, aumenta a produtividade e a concentração dos times. 

Este estilo de gerenciamento tipicamente se baseia na análise de dados e métricas para ajudar os gerentes a identificar tendências e tomar decisões de gerenciamento informadas. 

Além disso, costuma ser utilizada com outras metodologias, sobretudo com gestões horizontal, por resultados, meritocrática e por processos.

Gestão por processos

A gestão por processos se concentra no gerenciamento e na melhoria dos processos de negócios por meio da análise sistemática e otimização de várias atividades.  

Uma das principais características do gerenciamento de processos é seu foco na melhoria contínua, que envolve a identificação e abordagem de quaisquer questões ou ineficiências à medida que elas surgem. 

Em outras palavras, é baseada no desejo de alcançar resultados pelo ganho na produtividade, diminuição de custos operacionais e satisfação do cliente. 

Veja algumas características:

  • Apresenta pouco ou quase nenhum olhar para inovação;
  • Há grande compromisso em atender às expectativas dos clientes;
  • Ferramentas de gestão, como o PDCA, suportam esse tipo de gestão empresarial; 
  • É comum em companhias que dependem muito da sua cadeia de produção para ter bom desempenho no negócio. 

Gestão por cadeia de valor

A gestão por cadeia de valor se relaciona de maneira íntima com o processo de transformação digital e com o mundo VUCA. É ele o responsável por criar as metodologias ágeis.

O ponto principal é ter o propósito da empresa e as dores do cliente (interno e externo) no centro do negócio, identificando as dores do usuário e entregando soluções para esses problemas. Isso é bastante comum na nova economia, inclusive.

As características principais da gestão por cadeia de valor são:

  • Foco nos interesses e movimentos do mercado;
  • Gestores voltados para proporcionar a melhor experiência para os colaboradores, e estes para o cliente; 
  • É um tipo de gestão organizacional que requer um desapego às noções tradicionais de hierarquia;
  • Apresenta tomadas de decisão ágeis, menos burocracia e projetos implementados mais rapidamente;
  • O modelo depende do envolvimento de toda a empresa, de uma mudança na cultura organizacional e no mindset (inclusive quanto à remuneração do profissional) por estar completamente relacionado ao propósito. 
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Conclusão

Os modelos de gestão orientam toda a atuação empresarial, desde processos a pessoas. Antes de escolher um tipo específico, é preciso fazer um diagnóstico para compreender as necessidades da organização.

Com os diversos tipos de gestão organizacional em mente, o executivo optará por aquele mais adequado ao momento – e pode escolher mais de um.

Seja com a gestão vertical em um curto espaço de tempo, seja com a gestão por cadeira de valor, as empresas devem encontrar maneiras eficazes de gerenciar suas operações a fim de alcançar o sucesso. 

Assim, podem alavancar seus negócios, atingir seus objetivos e permanecerem competitivas no ritmo atual  de inovação e mudança.

Falando em inovação, a gestão horizontal incentiva bastante a autonomia dos profissionais. Você já ouviu falar em moonshot thinking?

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Gestão de Tecnologia da Informação: conheça a área e saiba como ela funciona

A gestão da tecnologia da informação é um campo cada vez mais importante no mundo digital de hoje. 

Ela envolve a supervisão do uso de sistemas de informação para assegurar que eles sejam usados eficiente e efetivamente dentro de uma organização.

Sob os cuidados de um gestor de TI, ela será responsável por diversas atividades na empresa, como a implementação de novas tecnologias e aplicações de software.

Até por sua importância, o mercado de trabalho para gestor de tecnologia da informação vem crescendo significativamente ao longo dos anos.

Neste post, nós discutiremos o que é Gestão da Tecnologia da Informação, o papel do gestor, o mercado de trabalho e outros pontos.

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O que é Gestão de Tecnologia da Informação?

A Gestão de Tecnologia da Informação é a prática de gerenciar sistemas de informação para apoiar as operações e objetivos comerciais. 

Ela inclui planejamento, organização, implementação, controle e manutenção de sistemas de TI, bem como a avaliação de sua eficácia.

Em outras palavras, essa gestão é uma forma de gerenciar softwares e hardwares que auxiliam as empresas a alcançarem maior eficiência sem deixar de lado a segurança de dados.

Objetivos e benefícios da Gestão de Tecnologia da Informação

Ao compreender o que é gestão de tecnologia da informação, é possível perceber seu papel fundamental na otimização de processos de uma empresa a partir da tecnologia, certo?

Este é o seu principal objetivo, que se traduz em diversos benefícios, como: 

  • otimizar e melhorar os processos internos;
  • aumentar a produtividade dos profissionais;
  • melhorar a competitividade da empresa no mercado;
  • utilizar os recursos tecnológicos de forma inteligente;
  • garantir a segurança da informação e a conformidade com a LGPD.

A gestão de TI é, portanto, uma área estratégica para o negócio e essencial para o sucesso da organização.

Mas para que isso seja verdade, a empresa deve contar com um bom gestor. E quais são as atribuições desse profissional? 

O que faz um gestor em Tecnologia da Informação?

Função do gestor em Tecnologia da Informção

A grosso modo, pode-se dizer que um gestor em Tecnologia da Informação se certifica de que a empresa está utilizando tecnologia de forma eficiente.

De maneira técnica, ele é o encarregado pelo processamento das informações empresariais, o que demanda identificar as melhores estratégias e ferramentas para uso, armazenamento e monitoramento dos dados da organização. 

Para entender suas atribuições, é essencial conhecer as principais áreas e funções da TI. Veja:

  • Administração de banco de dados: gerenciamento e monitoramento de dados empresariais.
  • Suporte técnico: propor soluções e resolver imprevistos relacionados a eventuais problemas.
  • Programação: desenvolvimento de softwares, portais eletrônicos e sites, bem como sua manutenção.
  • Desenvolvimento de e-commerce: desenvolvimento de sistema das lojas virtuais como um todo.
  • Segurança: proteção do ambiente tecnológico, de modo a evitar ciberataques, monitorar tentativas de invasão e uso inadequado dos serviços.

A partir desta divisão, pode-se especificar algumas atribuições do gestor de TI, que podem variar conforme o tamanho e as necessidades da organização. São elas:

  • Solucionar problemas técnicos;
  • Desenvolver políticas relacionadas ao uso da tecnologia;
  • Implantar novos sistemas de TI e aplicações de software;
  • Fornecendo suporte técnico ao usuário conforme demanda;
  • Gerenciar orçamentos para projetos de tecnologia da informação;
  • Supervisionar o desempenho do sistema, o que inclui o monitoramento dos níveis de segurança e integridade dos dados.

Para adquirir essas habilidades e conhecimento, o profissional interessado deve se capacitar. Mas o que é o curso de gestão de Tecnologia da Informação? O que se estuda nele?

O que se estuda no curso de Gestão de TI?

Um bom curso de Gestão de TI ensina os fundamentos da tecnologia da informação, o que inclui arquitetura de hardware e software, redes de dados, linguagens de programação, segurança do sistema e administração. 

Além disso, os cursos podem cobrir tópicos como análise de negócios e gerenciamento de projetos, metodologia ágil e temas que envolvem o universo corporativo.

O foco do curso é pensar nas diversas áreas de atuação para Gestão da Tecnologia da Informação. É possível dividi-lo em três eixos temáticos:

  1. Fundamentos de Computação e Infraestrutura: fornece a base conceitual em Computação que o possibilita elaborar, implantar e gerenciar uma infraestrutura de TI.
  2. Gestão de Dados e Pessoas: eixo de desenvolvimento de competências relacionadas à gestão ética de dados e à gestão de pessoas. 
  3. Gestão da Melhoria Contínua: tem como objetivo desenvolver no aluno as competências relacionadas a normas e padrões empregados na gestão de TI.

Dentro desses eixos, é comum encontrar disciplinas como Administração de Banco de Dados, Estatística, Fundamentos de Sistemas Operacionais, Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação, Segurança da Informação e outras.

Em suma, o curso prepara o profissional para administrar softwares, hardwares, bancos de dados e pessoas de uma organização para melhorar e otimizar seus processos. 

Leia também: Como encontrar o equilíbrio entre planejamento e execução?

O mercado de trabalho em Gestão de Tecnologia da Informação

Mercado de trabalho em Gestão de Tecnologia da Informação

Um bom profissional de Gestão da Tecnologia da Informação possui um perfil multifacetado, fruto da capacitação diversa que o curso proporciona. 

Isso faz com que o mercado de trabalho para gestor de tecnologia da informação seja cheio de possibilidades e remunerações.

Esse profissional, bem como os tecnólogos, estão em alta demanda por sua capacidade de ajudar as empresas a permanecerem competitivas. 

Eles podem avaliar os sistemas atuais, solucionar problemas e ajudar a projetar soluções de TI mais eficientes. Isto os torna inestimáveis para qualquer organização que depende de tecnologia para se manter à frente da curva

Dados da Brasscom apontam que a procura por profissionais na área de TI será de 420 mil pessoas, até 2024, no Brasil. Porém, o Brasil forma apenas 46 mil profissionais com perfil tecnológico por ano. 

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de 2020 mostram que as profissões na área da TI foram algumas das mais bem remuneradas (entre cerca de R$ 10 mil e R$ 24 mil)

Em resumo, a Gestão da Tecnologia da Informação é um campo com muitas oportunidades de crescimento, desde que se desenvolvam as competências corretas.

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Competências para atuar na área de Gestão de Tecnologia da Informação

Competências para atuar na área de Gestão de Tecnologia da Informação

Um gerente de TI precisa de fortes habilidades técnicas e de comunicação a fim de executar efetivamente suas responsabilidades.

Ele deve ser capaz de identificar oportunidades de melhorias nos processos da organização e implantar soluções de TI que contribuam para a otimização.

Mais do que isso, precisam ter uma postura corporativa, que entenda a estratégia do negócio para buscar as melhores ferramentas para a organização.

Confira a seguir as principais competências para atuar na área de Gestão de Tecnologia da Informação:

Liderar

Habilidade essencial para qualquer pessoa em posição de gerência, a liderança é uma competência que pode ser desenvolvida por qualquer profissional.

No caso do gestor de TI, cuja demanda é gerenciar projetos, orientar e influenciar pessoas, a capacidade de liderança é essencial para bons resultados. 

Isso envolve visão estratégica, comunicação objetiva e clara, capacidade de motivação e outras habilidades.

Ter visão estratégica

Para ser bem sucedido nas diversas áreas de atuação para gestão da tecnologia da informação, é preciso ter visão estratégica do negócio e do futuro.

Um gerente de TI deve ter uma ideia clara sobre o objetivo da organização e como a tecnologia pode ajudá-la a chegar lá. 

Além disso, deve ter também uma visão estratégica do futuro. O profissional deve ser capaz de antecipar tendências, identificar oportunidades e alavancar o que a tecnologia pode fazer pela organização. 

Conhecer técnicas de motivação de equipe

Uma das atribuições de um gestor de TI é fazer a gestão de pessoas. Por isso, ele deve ter a capacidade de motivar e liderar uma equipe, funções que vão além do conhecimento técnico. 

Isto significa entender como delegar tarefas, fornecer feedback e criar uma atmosfera de colaboração e responsabilidade. É a melhor forma de manter os profissionais motivados.

Manter-se atualizado sobre as últimas inovações e tendências em gerenciamento de equipes, tais como metodologia ágil, é uma obrigação constante.

Mas existe uma técnica que sempre deverá ser considerada: a comunicação clara para saber o que motiva os membros de sua equipe, o que impulsiona seus objetivos e visão, e que expectativas eles têm de um líder de TI os ajudará a atingir a máxima produtividade. 

Saber negociar

Negociações são uma habilidade-chave para os gestores de TI. 

Eles devem ter a habilidade de negociar com fornecedores e outros interessados a fim de obter os melhores negócios em hardware, software e serviços.

Além de negociar com os membros da equipe e com fornecedores, o gestor precisa negociar também com a alta cúpula. 

Isso exige um profundo entendimento da tecnologia, habilidade de comunicação e criatividade.

Lembre-se sempre de que as negociações são essenciais para assegurar que todas as partes envolvidas em um projeto ou processo de TI cheguem a um acordo amigável e que beneficia ambos os lados da mesa.

Ter habilidades de comunicação

Habilidades para trabalhar com Gestão de Tecnologia da Informação

Uma boa comunicação é essencial para o sucesso dos gestores de TI em diversos aspectos. Podemos citar:

  • Identificação de pontos de melhoria a partir do diálogo, bem como a colaboração com outros departamentos;
  • Entendimento sobre as necessidades da equipe (coletiva e individualmente) e capacidade de comunicar efetivamente essas necessidades;
  • Capacidade de comunicar conceitos técnicos em termos simples e explicar a qualquer um como a tecnologia pode ajudar a resolver os desafios do negócio;
  • Manutenção da sincronia com o resto da organização, o que garante que todos estejam na mesma página quando se trata de iniciativas tecnológicas. 

Todos esses elementos se combinam para criar uma boa compreensão entre a administração e a equipe de TI, assegurando que todos estejam sempre trabalhando para obter os melhores resultados para o negócio.

Conhecer as novas tecnologias

A tecnologia da informação continua a avançar exponencialmente. Bons gestores de TI estão atentos ao avanço e são capazes de utilizar as novidades em seu próprio benefício. 

Em outras palavras, o profissional de Gestão da Tecnologia da Informação é uma peça-chave para empresas inovadoras.

Aqueles que compreendem as tecnologias exponenciais e navegam na nova economia podem posicionar suas organizações e negócios para serem focalizados no futuro e capturar as oportunidades que estão surgindo rapidamente. 

Saber como essas tecnologias interagem com as decisões comerciais pode apoiar objetivos estratégicos. 

Neste caso, o gestor consegue ganhar vantagem na racionalização de processos digitais e tirar proveito desses avanços inovadores e revolucionários. 

Portanto, é essencial que um gerente de TI conheça as novidades tecnológicas e entenda como combinar a Gestão de Tecnologia da Informação com tecnologias exponenciais a fim de ter sucesso em um mercado em rápida mudança.

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Conclusão

A Gestão de Tecnologia da Informação envolve organização, planejamento, implementação, monitoramento e manutenção de sistemas de TI.

Seu principal objetivo é otimizar processos de uma organização a partir de soluções tecnológicas capazes de trazer maior eficiência ao negócio.

Com um bom gestor de TI, que conhece fundamentos de computação e infraestrutura e sabe fazer gestão de dados e pessoas, o setor tem tudo para ser estratégico para as organizações.

Não à toa, o mercado de trabalho da área está em crescimento, e as empresas buscarão cada vez mais profissionais habilidosos e atualizados com as inovações tecnológicas.

Para estar à altura das demandas empresariais, a capacitação é fundamental para o desenvolvimento das habilidades técnicas e comportamentais.

Uma das competências a serem desenvolvidas é exatamente habilidade de liderar. Veja como a liderança liberal impacta nas empresas!

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Exponencialidade: saiba o que é, os benefícios e os impactos nos negócios

Exponencialidade é o conceito matemático da função exponencial que explica como um crescimento ocorre de maneira rápida e impactante. 

Em um gráfico, ela é representada como uma curva exponencial, em contraste com o crescimento linear (uma linha constante no gráfico).

No ambiente dos negócios, o conceito é utilizado para falar da evolução tecnológica das últimas décadas. Termos como disrupção e desmonetização são comuns neste caso.

Para compreender melhor o tema, preparamos um artigo para explicar o que é exponencialidade, quais são seus benefícios e seus impactos nas organizações.

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O que é exponencialidade?

Exponencialidade ou crescimento exponencial (exponential growth) é um padrão de natureza multiplicativa que indica que, com o mesmo ou menos recurso, é possível produzir o dobro de resultado em um período de tempo. 

São melhorias significativas que podem ser representadas por uma curva de crescimento de uma função exponencial. 

Em um exemplo que relaciona negócios, exponencialidade e transformação digital, pense que, no início dos anos 2000, utilizávamos a internet discada. Com pouco mais de 20 anos, a conexão de internet envolve terabytes e computação em nuvem. 

A expressão “exponential growth” foi popularizada pelo cientista da computação Ray Kurzweil, autor do livro “The Singularity Is Near: When Humans Transcend Biology” (2005), e cofundador da Singularity University.

Estamos vivendo então a era da exponencialidade?

A era da exponencialidade

A era da exponencialidade

A era exponencial chegou com a Quarta Revolução Industrial e a digitalização dos negócios e da sociedade. A principal característica é o rompimento com os paradigmas tradicionais já conhecidos e o advento de inovações em todos os campos. 

A informação e os dados são exponenciais, o que demanda das empresas o desenvolvimento de um pensamento na mesma velocidade. 

E o que as organizações devem fazer para se integrar à era da exponencialidade? Como ter a capacidade de desempenhar as atividades de forma exponencialmente mais rápida com investimentos iguais ou menores?

Empresas exponenciais devem pensar em quatro aspectos: digitalização, disrupção, desmonetização e democratização.

Digitalização

A digitalização é a transformação de processos e produtos para o ambiente virtual. Ou seja, passar de dados analógicos para dados digitais.

Como a informação cresce de forma exponencial, é preciso utilizar a digitalização para acompanhar a era da exponencialidade. 

As soluções tecnológicas viabilizam essa transformação para que os dados sejam armazenados, manipulados e compartilhados com facilidade.

Assim, eles também estarão sujeitos à escalabilidade necessária.

Disrupção

A relação entre tecnologia e inovação, especialmente na era da exponencialidade, é íntima, Essas soluções são capazes de substituir aquelas existentes ao apresentar maior efetividade e menor custo, conceito base do crescimento exponencial.

Com isso, podem causar disrupção, que é uma forma de inovar nova ou surpreendente que pode romper com o paradigma atual. 

Ou seja, provoca um abalo em um mercado já consolidado, como fizeram Spotify, Netflix, Uber e outras organizações.

Os serviços de streaming sob demanda, como Netflix e Spotify, representaram uma mudança no consumo de produtos audiovisuais e músicas. 

Ou seja, romperam com o modelo tradicional, mesmo diante dos riscos, para criar um novo hábito de consumo. Isso é próprio da disrupção.

Desmonetização

Graças à tecnologia e à disrupção, o custo de operações, produtos e serviços é menor. A desmonetização é exatamente este processo de diminuição do preço, o que facilita o acesso do usuário. 

O Skype, por exemplo, permite que os usuários façam chamadas de longa distância de forma gratuita. O mesmo ocorre com a Wikipedia, que não cobra pelo acesso à “enciclopédia virtual”

Outro bom exemplo é a possibilidade de contratar conexões de internet de alta velocidade por um custo acessível. 

A desmonetização é fundamental para que a era exponencial se consolide.

Democratização

Por fim, como resultado da disrupção e da desmonetização, temos a democratização. Indivíduos de diversas condições sociais podem acessar os inúmeros benefícios que as tecnologias exponenciais proporcionam.

Os smartphones, por exemplo, são produzidos por vários fornecedores, que diversificam suas funcionalidades para apresentar modelos de diferentes preços.

Assim, conseguem entregar ao menos as funcionalidades básicas para pessoas com baixo poder financeiro. É a democratização do consumo.

Percebe como é evidente a relação entre exponencialidade e transformação digital? Esses quatro aspectos também explicam a finalidade do crescimento acelerado.

Para que serve a exponencialidade?

Para que serve a exponencialidade

A era exponencial é retratada pelo avanço das tecnologias e do fluxo de informações. As empresas que se adaptam a essas transformações são as chamadas organizações exponenciais. 

Elas conseguem ser melhores, mais rápidas e econômicas em relação às demais. Assim, conseguem transformar suas operações e o comportamento de compra. 

Essa é a principal finalidade da exponencialidade: aprimorar negócios.

Até pouco tempo, as tecnologias disruptivas, além de serem mais raras, enfrentavam uma série de desafios, como o processo vagaroso de digitalização e a resistência à mudança de mindset. 

Já na era exponencial, com o processo de digitalização avançado, as tecnologias que surgem são absorvidas de forma ágil pelas pessoas. 

Empresas inovadoras sabem disso e investem em atualizações para liderar seu mercado e oferecer ao público a melhor experiência possível. Elas acompanham a nova era para se manterem relevantes e se desenvolverem de forma sólida e sustentável.

Ao aproveitar a exponencialidade em suas operações e produtos, as empresas podem criar retornos que vão além do que seria possível por meio do crescimento linear. 

Em outras palavras, o potencial exponencial da oportunidade é estendido ao próprio negócio, criando um poderoso gerador de resultados.

Os benefícios da exponencialidade

Benefícios da exponencialidade

Como visto, o crescimento acelerado está relacionado a digitalização, disrupção, desmonetização e democratização. 

No processo para se tornar exponencial, uma organização precisa mudar sua forma de operação para otimizar os recursos e trazer resultados surpreendentes.

Neste caminho, a mudança para um mindset inovador traz inúmeros benefícios. Veja a seguir!

Liberdade criativa

A liberdade criativa é uma das ferramentas mais poderosas à disposição de uma organização exponencial. Quando os profissionais são livres para explorar suas idéias, os resultados podem apresentar ótimo desempenho. 

Incentivar um comportamento que apoia o pensamento disruptivo, a tomada de riscos e a exploração de novas ideias é, assim, fundamental para empresas que desejam ter um crescimento acelerado.

A implementação desse princípio leva a soluções mais criativas, a objetivos mais progressistas e a novas habilidades a partir de equipes diversas orientadas à inovação. 

Com liberdade criativa, vem a responsabilidade da liderança de proteger as ideias de cada colaborador e proporcionar um ambiente em que todos se sintam seguros para pensar fora da caixa. 

Agilidade

Organizações exponenciais devem fomentar a agilidade em suas operações, e esse é um dos grandes benefícios desta nova era. 

A agilidade dá a esses negócios o dinamismo ao tomar decisões em resposta às mudanças e às demandas do mercado e dos clientes, bem como em relação aos avanços tecnológicos

Em um mundo VUCA, isso é primordial. Ao adotar processos decisórios de ritmo acelerado, essas organizações podem capitalizar oportunidades à medida que surgem e, com isso, se colocam à frente de seus concorrentes. 

Essa abordagem de vanguarda reduz os riscos associados a grandes projetos e facilita a alocação eficaz de recursos por parte das empresas. 

O resultado são ciclos de desenvolvimento acelerados que produzem clientes mais felizes enquanto geram mais receita e melhores margens de lucratividade. 

Flexibilidade

A flexibilidade é um grande benefício organizacional das empresas que estão à frente na era da exponencialidade.

Empresas flexíveis conseguem atuar com agilidade diante de mudanças perturbadoras no mercado, o que lhes permite tomar decisões rápidas sem a restrição de processos ineficientes ou inflexíveis. 

Alimentar a cultura de flexibilidade é, também, entregar ferramentas às equipes de trabalho de modo que consigam colaborar em tempo real e ter dados para suportar as decisões. 

Espírito colaborativo

O sucesso em negócios modernos depende do poder de colaboração entre diferentes equipes e indivíduos. Organizações exponenciais reconhecem esse potencial e facilitam o acesso a ele, criando um espírito de colaboração entre seus colaboradores. 

As vantagens do espírito colaborativo para as empresas são inúmeras, como: 

  • Partilhar conhecimentos;
  • Melhorar a comunicação;
  • Promover uma melhor resolução de problemas;
  • Engajar e motivar profissionais na execução de tarefas.

A motivação dos funcionários pode vir, inclusive, por meio de recompensas compartilhadas, tais como o reconhecimento por idéias criativas ou o crescimento intelectual. 

Ao manter uma cultura que encoraja ativamente a colaboração construtiva, as organizações exponenciais ganham vantagem sobre aquelas que se concentram apenas no desempenho individual. 

Centricidade no cliente

Por fim, o último dos benefícios da exponencialidade é a centricidade no cliente. 

Organizações exponenciais pensam na atividade econômica com o cliente no centro para serem capazes de gerar soluções que realmente resolvam um problema ou uma demanda.

Com ferramentas e inovações tecnológicas, processos de digitalização e disrupção, as organizações conseguem oferecer experiências melhores e, assim, ter um crescimento acelerado devido a maior captação e fidelização.

A centricidade no cliente pode, inclusive, ser encarada como um dos importantes impactos do crescimento exponencial.

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Quais são os impactos da exponencialidade para as empresas?

Impactos da exponencialidade

A era da exponencialidade trouxe mudanças nas estruturas das empresas para que elas se tornem organizações exponenciais. 

Uma das principais características é a mudança no perfil do colaborador, uma vez que a tecnologia passa a assumir atividades rotineiras e repetitivas. Com isso, exige do profissional uma atuação mais estratégica e relevante para a tomada de decisões.

No mesmo sentido, temos a diminuição de determinadas vagas de empregos, e a geração de outras formas de trabalho.

Há também outros impactos interessantes que merecem destaque: a divisão das empresas conforme atributos internos e externos (IDEAS e SCALE), o fomento à cultura disruptiva e a adoção de um propósito transformador.

Entenda também como estudar o mercado financeiro.

Divisão das empresas conforme atributos internos e externos

As empresas exponenciais conseguem criar um modelo inteligente e escalável para atingir um crescimento acelerado. Neste tipo de empresa, é possível dividir seus atributos em internos e externos:

  • SCALE: são as cinco características externas, como, comunidade e público, equipe sob demanda, algoritmos, engajamento e ativos alavancados.
  • IDEAS: são os cinco atributos internos, também chamados de gestão de abundância. São eles as interfaces ou plataformas, a experimentação, os dashboards, a autonomia, as tecnologias sociais e a flexibilização nos processos.

Fomento à cultura disruptiva

A obtenção de resultados significativos em uma organização exponencial depende diretamente de sua capacidade de ser disruptiva. 

Por isso, um dos impactos que a era da exponencialidade traz é o fomento à cultura disruptiva, que é um atributo próprio deste tipo de empresa. 

Otimizar as competências existentes por meio dos atributos internos e externos (SCALE E IDEAS) é o que permite explorar novas oportunidades e aproveitar as transformações do mercado em benefício do próprio.

Ao contrário das organizações lineares, que buscam um crescimento constante, mas pequeno (se relacionado às exponenciais), as empresas de crescimento acelerado nascem com uma cultura disruptiva e a valorizam inclusive com o reconhecimento profissional.

Adoção de propósito transformador massivo

A compreensão sobre o modelo de negócio das empresas de crescimento acelerado dão uma ideia de um impacto evidente da exponencialidade no mundo dos negócios: a adoção de um propósito transformador massivo.

Em outras palavras, são empresas que nascem buscando uma mudança cultural relevante, uma disrupção que traga uma proposta de valor robusta. 

Para tanto, há uma busca constante para atender às demandas dos clientes, dos stakeholders e do mercado nos ecossistemas onde atuam. 

Essa característica faz com que os profissionais trabalhem motivados a atingirem resultados e metas alinhados com o propósito que os move.

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Conclusão

A exponencialidade e a transformação digital possuem uma íntima relação. Afinal, uma empresa só pode experimentar um crescimento acelerado e exponencial se tiver um mindset orientado à inovação e utilizar soluções tecnológicas inteligentes.

A disrupção tecnológica dos setores da economia é uma prova disso.

Na economia digital, a incorporação de tecnologias na atividade econômica conseguem aprimorar a capacidade das organizações e, consequentemente, levá-las ao crescimento exponencial.

Entenda o que é economia digital!

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Inovação radical: o que é, objetivos e exemplos

O conceito de inovação radical traz a ideia de pensar totalmente “fora da caixa” e, dentro da realidade dos empreendedores, esse é o grande desafio.

As empresas que estão, constantemente, em busca de criar um novo produto ou serviço que entrega exatamente o que o cliente precisa de um jeito único podem abraçar esse rótulo de inovadores radicais.

Mas como se pode imaginar, não é nada simples reinventar a roda. 

Embora não seja fácil, é possível adotar essa mudança de pensamento que gera novas oportunidades de mercado, modelos de negócios e expansão do público-alvo.

Se você deseja se aprofundar no assunto, confira abaixo as principais características da estratégia e quando saber se é o momento certo de dar novos passos.

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O que é inovação radical?

Inovação radical é a prática de oferecer produtos e serviços que não são disponibilizados pelas empresas.

Em outras palavras, significa mudar o público-alvo da empresa, o seu modelo de negócio e o mercado para o qual ela fornece produtos ou serviços.

Trata-se de uma ideia que nasce do livro “Capitalismo, Socialismo e Democracia“, do economista austríaco Joseph Schumpeter e dos conceitos de “destruição criadora” e ganha popularidade a partir dos anos 1950.

No livro, o autor argumenta que “o processo de destruição criadora é o fato essencial do capitalismo” e a inovação radical envolve justamente cenários como esse.

É o tipo de inovação que muda o cenário de uma marca, seja do ponto de vista do mercado ou da dinâmica empresarial.

Os tipos de inovação

Para entender melhor a inovação radical, é importante entender os outros dois tipos de inovação: a incremental e a disruptiva. Veja um pouco mais sobre cada uma delas a seguir:

Radical

É um tipo de inovação que muda a raiz do negócio, ou seja, o cenário de uma empresa, quem serão seus parceiros, consumidores e público alvo ou seja, mudar completamente de mercado e dinâmica empresarial.

A inovação radical pode ocorrer por conta de uma mudança completa no posicionamento da empresa, pela forma de trabalho, pelos processos, pelos serviços e produtos oferecidos ou pela maneira como a empresa escolhe se relacionar com seus clientes.

Um exemplo claro disso é o iPhone da Apple que, quando surgiu, criou características no produto que mudaram completamente o mercado e foram responsáveis por popularizar ainda mais os smartphones na sociedade.

Incremental

A inovação incremental, por sua vez, é aquele em que se adicionam novidades aos produtos, à marca, aos métodos de produção, sem que a mudança seja muito brusca.

Normalmente, trata-se de um tipo de inovação realizada pela própria marca, de modo a complementar e oferecer melhorias para os colaboradores, clientes e ao negócio.

Um exemplo de inovação incremental muito famoso é o Gmail, que surgiu com a finalidade de entregar emails rapidamente e, com o passar do tempo, recebeu várias novas funcionalidades para melhorar a experiência do usuário e tornar a aplicação mais útil e competitiva.

Disruptiva

Por fim, as inovações disruptivas são aquelas que acompanham mais o mercado do que uma marca, produto ou serviço específico.

A inovação disruptiva ocorre por diversos motivos, como uma empresa que ganhou espaço, mas de maneira geral, é escalável, ou seja, atinge múltiplas pessoas ao mesmo tempo.

Um exemplo claro é a Netflix. Antes, o mercado se baseava em locadoras de filmes, como a Blockbuster.

A Netflix entrou no cenário oferecendo DVDs por correspondência, mas inovou e começou a oferecer vídeo por streaming por meio de uma assinatura mensal, o que teve como consequência uma transformação que tirou a Blockbuster do mercado.

Ou seja, a inovação disruptiva é aquela que é capaz de criar algo tão inovador que as soluções que existiam anteriormente se tornam obsoletas.

Quais são os objetivos da inovação radical?

Objetivos da inovação radical

Veja a seguir os principais objetivos da inovação radical:

Pioneirismo

A inovação radical tem como um dos seus principais objetivos fazer com que a empresa se torne pioneira no mercado.

Essa não é uma tarefa fácil. Além de ser financeiramente bastante arriscado, esse tipo de inovação pode custar a reputação de uma corporação caso não seja bem aceita, algo que pode até mesmo ameaçar a continuidade do negócio.

Entretanto, se a inovação radical for bem-sucedida, ela coloca a empresa à frente do mercado e traz uma série de vantagens, como lucros exponenciais, reputação ilibada no mercado e clientes fiéis e apaixonados pela marca.

Maior lucro em um mercado não explorado

Outro objetivo é encontrar novas formas de lucrar em um mercado inexplorado, ou seja, criar novas conexões dentro do mercado e criar uma nova demanda.

Por isso, trata-se de um tipo de inovação que exige bastante pesquisa, testes, estrutura para a realização dos estudos e equipes multidisciplinares de profissionais capacitados e capazes de prever as possíveis reações do mercado para cada nova proposta.

Estabelecer uma nova relação entre cliente e produto ou serviço

A inovação radical também tem o objetivo de criar uma nova maneira de relacionamento entre cliente e produto ou serviço, muitas vezes até mesmo apelando para uma mudança total ou parcial de público-alvo.

Em outras palavras, ao passar por uma inovação radical, os produtos ou serviços devem ser capazes de gerar valor para os clientes, estabelecendo uma relação de credibilidade no curto e médio prazos e, no longo prazo, de fidelidade e promoção.

Quando investir em inovação radical?

Quando investir em inovação radical

Não existe uma resposta exata para essa pergunta, afinal, tudo depende do contexto e do cenário em que a sua empresa se encontra neste momento.

A conclusão de que é preciso criar uma inovação radical só pode ser feita após alguns estudos, como análise de perfil de consumidor, processos da própria empresa e, principalmente, a análise da concorrência e do mercado.

Somente com todas essas informações e dados em mãos é que será possível ponderar com segurança se a empresa se encontra estagnada ou não. E também se há a necessidade e capacidade de explorar novos mercados e desenvolver um novo produto do zero.

Ou seja, é essencial entender se há uma real necessidade de reinventar a empresa ou se a solução oferecida já é suficientemente competitiva no mercado.

Lembre-se: a inovação radical envolve um nível alto de investimento de tempo e dinheiro, e esses recursos podem não estar sempre disponíveis.

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Entenda também a diferença entre a criatividade e inovação e como promover na sua empresa.

5 exemplos de inovação radical na prática

Veja agora 5 exemplos de inovação radical na prática:

1. RIOT Games

Inovação radical da RIOT Games

A RIOT Games é a criadora do famoso jogo League of Legends, ou simplesmente LOL. Além do enorme sucesso no mundo dos games, em 2014, a empresa iniciou em um novo mercado no qual nunca teve nenhuma experiência: o mercado musical.

Com a finalidade de divulgar os itens customizáveis dos seus jogos, a RIOT começou a produzir vídeos de divulgação diferentes, com direito a videoclipes, perfis nas redes sociais e até mesmo álbum no Spotify com selo de verificado e apresentação ao vivo de hologramas.

Foi aí que nasceu um grupo de cantoras virtuais K/DA.

O quarteto musical tem vozes de cantoras e artistas reais. E não são essas pessoas que dão as caras na banda, mas sim as personagens do jogo mais famoso da empresa.

Trata-se de uma estratégia que poderia ter dado muito errado, pois não é qualquer empresa que possui tecnologia e conhecimento para criar uma obra tão surpreendente a ponto de envolver o seu público e conquistar um exército de fãs.

Hoje, o grupo tem mais de 3 milhões de ouvintes mensais no Spotify e mais de centenas de milhões de visualizações em seus vídeos no YouTube.

Veja a seguir um dos clipes mais famosos da banda, que tem mais de 500 milhões de views:

2. Rent the Runway

Inovação radical da Rent The Runway

A Rent the Runway é, hoje, uma startup unicórnio com uma ideia simples: aluguel de roupas de grife para mulheres que querem se vestir bem sem gastar muito.

O mais interessante sobre a história da empresa é que, em vez de pensar em um plano de negócios elaborado, fazer projeções ou uma pesquisa de mercado com uma empresa especializada, a Rent the Runway simplesmente entrou no mercado apenas como uma ideia, quase sem preparo nenhum.

Na época do seu lançamento, em 2009, a grande questão era: será que alguém aceitaria alugar uma roupa e devolver em bom estado?

Hoje em dia esse modelo de negócios se mostrou um sucesso e já atingiu mais de 1 bilhão de dólares em valor de mercado.

3. PicPay

Inovação radical do PicPay

O PicPay é uma fintech criada em 2012 e mudou completamente o modo de pagar amigos, estabelecimentos e boletos de muitos brasileiros, quase que “antecipando” o pix enquanto método de pagamento.

Nos últimos anos, a empresa teve um crescimento exponencial e chegou a fazer diversas parcerias com o Governo Federal para facilitar o recebimento de benefícios sociais na época da crise de coronavírus.

Mas isso tudo só veio depois de a empresa desenvolver diversas parcerias com grandes marcas, permitindo que boletos, estacionamentos, cash em jogos e até mesmo crédito em aplicativos de terceiros fossem pagos pelo seu app.

O grande desafio da empresa foi ganhar a confiança das pessoas para que realizassem as suas operações financeiras no meio digital. Foi preciso um grande esforço para que as pessoas entendessem que a empresa mantinha os seus dados pessoais seguros.

A forma como a empresa utilizou as mídias digitais para divulgar o produto transmitiu tanta segurança que, em 2020, o negócio atingiu mais de 20 milhões de usuários.

Por mais que hoje existam concorrentes no meio de pagamentos online, o PicPay foi tão inovador na disponibilização de pagamentos online através do celular que se estabeleceu como uma das maiores empresas do país.

4. Airbnb

Inovação radical do Airbnb

O Airbnb é uma empresa criada em 2008 com a ideia de promover um impacto positivo na sociedade, facilitando o contato entre hóspedes e anfitriões de uma maneira muito mais simples e que envolva menos processos burocráticos.

Nela, o usuário não encontra hotéis ou pousadas de luxo, pois o diferencial da empresa é o fato de oferecer acomodações comunitárias.

Seja no computador ou no celular, o usuário do Airbnb que estiver interessado em pesquisar por locais para se hospedar consegue encontrar preços mais acessíveis que hotéis, uma vez que a empresa oferece casas e apartamentos comuns de outras pessoas querendo uma renda extra.

Então uma família, por exemplo, pode alugar um dos quartos extras da casa para um casal que está vindo a cidade apenas a passeio, por exemplo.

A facilidade de poder fazer tudo isso usando apenas o celular tornou a plataforma um sucesso no mundo todo e fez com que a Airbnb se tornasse líder nesse novo mercado que começou a explorar.

5. Dog Hero

Inovação radical da Dog Hero

Por fim, a Dog Hero é uma startup internacional que atua no Brasil, México e Argentina e tem o intuito de conectar pessoas apaixonadas por cães e tutores profissionais.

Inicialmente, a plataforma buscava oferecer apenas hospedagens e passeios, mas hoje já conta com opções como visita em casa (“pet sitter”), creche para passar o dia e consulta com veterinários.

Quando a pessoa se cadastra na DogHero, ela pode se registrar como dona de um pet ou como cuidadora. Para prestar serviços, a pessoa deve ser maior de idade e passar por uma avaliação criteriosa.

Já no caso de creches e hospedagens, a pessoa deve ter residência própria, além de enviar fotos do local para que a equipe avalie se é ou não um bom lugar para cães.

A função do veterinário ainda é novidade, mas funciona de forma parecida, sendo que o profissional precisa se cadastrar para prestar serviços aos tutores de forma personalizada, indo direto na casa do animal para realizar o atendimento.

O grande case dessa empresa é a forma como ela enxergou uma maneira de atender uma demanda de pessoas que têm animais em casa, mas nem sempre estão disponíveis para ficar cuidando deles. Assim, lançou um programa focado em suprir as necessidades desse grupo.

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Conclusão

Em conclusão, podemos dizer que a inovação radical demanda esforços coletivos de todos que fazem parte de um projeto ou, nesse caso, de uma determinada organização.

Além da dedicação financeira e de tempo, para que seja possível criar soluções pioneiras e com retorno lucrativo, também é necessário avaliar o momento certo para dar esse próximo passo.

Também é importante avaliar se outros modelos de inovação, como a incremental e disruptiva, não fazem mais sentido com o seu modelo de negócio e público-alvo.

Independente do caminho de inovação, o resultado desejado será o mesmo, que é conquistar um melhor relacionamento com o cliente, tornar a empresa mais tecnológica, lucrativa e fornecer maior visibilidade à marca.

E se você quiser ver mais exemplos de inovação, leia também este texto: O que faz as empresas inovadoras? Conheça grandes nomes e o que as diferencia

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