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Que curso fazer para trabalhar com inteligência artificial?

“Tenho interesse em aprender sobre novas tecnologias, mas que curso fazer para trabalhar com inteligência artificial?”

Essa é uma pergunta feita por empresários de diversos segmentos que sabem que a IA é uma peça-chave da indústria atual. Dos órgãos governamentais ao varejo, há sistemas em uso para diversas finalidades.

Dados da Statista apontam que o mercado global de IA atingirá US $ 500 bilhões até 2024 e mais de US $1,5 trilhão até 2030.

Percebe como essa disrupção, fruto da transformação digital pela qual passamos, merece bastante atenção? O mercado de trabalho para inteligência artificial crescerá, e o estudo e a capacitação são fundamentais para compreendê-la e utilizar todo o seu potencial.

Por isso, preparamos um artigo para esclarecer as principais dúvidas sobre como trabalhar com inteligência artificial.

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O que é inteligência artificial?

A inteligência artificial (IA) é o processo de programação de computadores para simular a inteligência humana e tomar decisões por si mesmo. 

A máquina parte de um conjunto de regras (algoritmo) definido para agir diante de novas situações que encontra. Isso pode incluir tarefas como o reconhecimento de padrões e a compreensão da linguagem. 

Nos últimos anos, a IA tem feito progressos incríveis, graças a avanços em campos tais como o aprendizado de máquinas (machine learning) e grandes dados. Como resultado, a tecnologia está sendo usada em um número crescente de indústrias, do varejo à saúde. 

Aplicações da inteligência artificial

Quando surgiu, a inteligência artificial (I.A.) foi considerada uma inovação disruptiva capaz de mudar muitos aspectos da sociedade. E não sem razão.

Por simular a ação humana, é uma tecnologia com aplicações que podem ser encontradas em uma variedade de campos, incluindo segurança, marketing e muito mais.

A seguir, apontamos os usos comuns da I.A. no dia a dia empresarial.

Análise Preditiva

Os sistemas de análise preditiva são baseados em inteligência artificial. Eles usam dados passados para fazer previsões sobre eventos futuros. 

Essas informações podem ser usadas para tomar decisões sobre tudo, desde preços de ações até padrões meteorológicos. Um uso comum da análise preditiva atualmente é realizado por escritórios de advocacia, dentro da chamada jurimetria.

Assistente pessoal

Assistente pessoal é mais uma aplicação dos sistemas de inteligência artificial que pode ser utilizada nas empresas e já faz parte da vida pessoal de muitos indivíduos.

O foco da assistente, como a Siri ou a Alexa, é ajudar os usuários a administrar suas tarefas diárias, fornecendo-lhes lembretes, marcando compromissos e até mesmo fazendo recomendações com base em suas preferências.

Atendimento ao cliente

O atendimento ao cliente é outra área que é atendida pela I.A.  Os chamados “chatbots” ou robôs de conversação podem lidar com as consultas dos clientes e fornecer recomendações sem a necessidade de intervenção humana.

Uma pesquisa da Forrester revelou que 89% dos entrevistados acharam os chatbots úteis ou muito úteis para personalizar as interações com os clientes.

Aplicações da Inteligência Artificial

Prevenção de fraudes

A prevenção de fraudes é uma das aplicações mais populares dos sistemas de inteligência artificial. A tecnologia consegue analisar grandes conjuntos de dados para identificar padrões e relações que possam indicar atividade fraudulenta. 

Isso permite às empresas assinalar potenciais fraudadores antes que tenham a chance de cometer qualquer crime. Além disso, o sistema consegue detectar erros, falhas e incoerências nos perfis de colaboradores e clientes para evitar fraude.

Reconhecimento facial

Outra aplicação comum da inteligência artificial são os sistemas de reconhecimento facial. Eles usam algoritmos para comparar rostos em um banco de dados para encontrar correspondências. 

Essa tecnologia é frequentemente usada para fins de segurança, tais como identificar criminosos ou manter o controle de funcionários em uma instalação segura.

Porém, há outros segmentos que utilizam esse sistema, como autenticação de clientes, acompanhamento de atendimento e pagamentos. 

Segurança da informação

A inteligência artificial está sendo cada vez mais usada para aumentar a segurança da informação. 

Ao analisar grandes conjuntos de dados, a IA pode ajudar a identificar padrões de comportamento que podem indicar uma ameaça à segurança. 

Por exemplo, a tecnologia consegue detectar atividade incomum de login ou transações financeiras fraudulentas. Pode, também, ser usada para bloquear automaticamente conteúdo malicioso e proteger contra ataques de phishing. 

Ao aproveitar o poder da inteligência artificial, as empresas podem fortalecer suas defesas contra os crimes cibernéticos.

Supply chain

Finalmente, a gestão da cadeia de abastecimento (supply chain) é mais um campo em que as soluções baseadas em I.A estão se tornando populares. 

A tecnologia ajuda as empresas a acompanhar seus níveis de estoque, prever a demanda, e até mesmo otimizar seus processos de produção.

Este controle exige uma análise de dados minuciosa, e a inteligência artificial contribui para otimizar essa atividade e melhorar a produtividade do profissional responsável.

Diante de tantas aplicações, que curso fazer para trabalhar com inteligência artificial?

Que curso fazer para trabalhar com inteligência artificial?

Que curso fazer para trabalhar com Inteligência Artificial?

A área de inteligência artificial é vasta e está em rápido crescimento. Como base para trabalhar nela, o profissional precisa saber análise de dados, programação e outros conteúdos.

Considerando isso, que curso fazer para trabalhar com inteligência artificial? 

Algumas profissões, como engenheiros de softwares, cientistas de dados ou pessoas com experiência com machine learning, saem na frente por terem adquirido o conhecimento formal.

Para quem não possui familiaridade com a área, há alguns cursos introdutórios que podem dar a base necessária para iniciar a carreira.

Um curso sobre aprendizagem de máquinas dá ao profissional uma compreensão de como os algoritmos de IA funcionam e como eles podem ser usados para atingir objetivos específicos. 

Ele também aborda os diferentes tipos de dados que podem ser usados para treinar modelos de aprendizagem de máquinas e como fazer o pré-processamento desses dados para obter o máximo proveito deles. 

Paralelamente, será necessário aprender linguagens de programação, como Python.

Algumas boas opções são:

Após solidificar o conhecimento em machine learning, é possível se especializar em uma área de inteligência artificial, como processamento de linguagem natural ou mineração de textos. 

A opção mais interessante para quem já está no ambiente corporativo é buscar programas de desenvolvimento para líderes ou cursos de inteligência artificial aplicada a negócios.

Afinal, o conteúdo programático é pensado exclusivamente para a aplicação da tecnologia para a realidade corporativa.

Com tantas opções, o profissional também pode se perguntar se é necessário uma formação mais longa. Neste caso, o que cursar para trabalhar com Inteligência Artificial? Será que existe uma faculdade específica?

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Leia também 5 dicas práticas de como estudar o mercado financeiro.

Qual faculdade fazer para mexer com Inteligência Artificial?

Faculdade para mexer com Inteligência Artificial

Como apontado, cursos da área de tecnologia são mais propensos a abordar os conhecimentos de IA. Dentre eles, estão:

  • Ciências de Dados
  • Sistemas para Internet
  • Sistemas de Informação
  • Ciências da Computação
  • Engenharia de Computação
  • Análise e Desenvolvimento de Sistemas de Informação

A faculdade confere uma base sólida de conhecimentos técnicos, mas é preciso lembrar que são quatro ou cinco anos de graduação. Além disso, há matérias abordadas que não são utilizadas na prática.

Por isso, para quem deseja entrar no mercado de trabalho para inteligência artificial, mas já possui um diploma, o interessante é buscar o aperfeiçoamento nesta área específica.

Existem pós-graduações na área, MBA, especializações e cursos que abordam conteúdos mais especializados e avançados. A escolha por um ou outro depende do objetivo profissional. 

Após entender que curso fazer para trabalhar com inteligência artificial, é interessante conhecer os conteúdos estudados na área.

Conteúdos estudados na área de inteligência artificial

O que um especialista em inteligência artificial estuda para se tornar um bom profissional? Existem conteúdos fundamentais para uma atuação de excelência, tais como:

  • Linguagens de programação, como Python e R, que possibilitam a construção de algoritmos;
  • Estatística e probabilidade, que é a base para compreender como funcionam os algoritmos de inteligência artificial;
  • Aprendizado de máquina (machine learning), que é o processo de ensinar computadores a reconhecer padrões e fazer previsões com base em dados. 

Outros conceitos e processos que integram o conteúdo programático dos cursos de IA são construção de redes neurais, deep learning, redes convolucionais, dentre outros.

No caso das abordagens voltadas para a aplicação de IA nos negócios, os conteúdos trazem um caráter mais prático, envolvendo os desafios e os mitos da inteligência artificial em empresas, bem como seu uso em diversas indústrias.

Como funciona o mercado de trabalho na área de inteligência artificial?

Mercado de trabalho na área de Inteligência Artificial

O mercado de trabalho para a inteligência artificial está crescendo a um ritmo sem precedentes. 

De acordo com relatório da MarketsAndMarkets, ele crescerá de US$ 86,9 bilhões em 2022 para US$ 407 bilhões em 2027. É uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 36,2% no período. 

Esse crescimento está sendo impulsionado pelo uso crescente de inteligência artificial em uma variedade de indústrias, incluindo saúde, finanças e manufatura. 

Importante destacar que existe uma demanda por profissionais da área em empresas voltadas à economia exponencial, mas também nas companhias mais tradicionais, que buscam redução de custos operacionais e eficiência.

No entanto, o número limitado de especialistas em inteligência artificial é um desafio para o mercado. Ao mesmo tempo, é também uma oportunidade para profissionais que se interessam pela área. E qual o perfil do especialista em inteligência artificial?

As empresas buscam por candidatos qualificados que combinam habilidades técnicas e comportamentais, além de experiência em ambiente corporativo. 

Lideranças capacitadas podem fazer a diferença neste mercado, pois têm habilidade para se comunicar eficazmente e promover o trabalho colaborativo. 

Diante deste contexto, o futuro do mercado de trabalho para inteligência artificial é muito promissor. 

As Big Techs, como Amazon, Google, Meta, Microsoft, Apple, IBM, Samsung e Sony, investem no campo continuamente para encontrar as melhores soluções para os usuários. E isso depende diretamente do trabalho dos especialistas na área.

Salário de um especialista em inteligência artificial

O especialista em inteligência artificial pode ter um salário variado, dependendo da sua área de atuação. 

Cientistas e engenheiros de machine learning ganham um salário médio mensal de quase R$ 7.500,00, o arquiteto de dados chega a mais de R$ 9 mil por mês.

De acordo com o Guia Salarial Robert Half de 2023,  os desenvolvedores em início de carreira ganham entre R$ 6.200,00 e R$ 8.950,00. Mas os experientes ganham entre R$ 12.250 e R$ 20.600.

Nos cargos de liderança, um Gerente de Dados novo no cargo ou em desenvolvimento ganha R$ 21.600. Já o experiente pode atingir R$ 36.100. 

Com esse panorama, é possível entender melhor as diversas possibilidades salariais conforme o cargo e a experiência.

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Conclusão

Como visto, aprender sobre que curso fazer para trabalhar com inteligência artificial depende do objetivo profissional e do momento de carreira.

Há bacharelados que entram a fundo em determinadas áreas, mas que pouco agregam para um profissional já formado com experiência no ambiente corporativo.

Por outro lado, existem boas opções para quem não é da área de inteligência artificial, mas deseja aproveitar seus conhecimentos para ingressar nela.

Os contextos são diversos, e a única certeza é que somente o estudo pode formar líderes capazes de lidar com as tecnologias e transformá-las para o aprimoramento da gestão.

Veja exemplos de aplicação de machine learning nas empresas e amplie seus conhecimentos sobre a IA!

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OpenAI diz que DALL-E está gerando mais de 2 milhões de imagens por dia – e isso é apenas uma estimativa

O venerável site de imagens, Getty, possui um catálogo de 80 milhões de imagens. A Shutterstock, rival da Getty, oferece 415 milhões de imagens. Demorou algumas décadas para construir essas bibliotecas prodigiosas.

Agora, parece que teremos que redefinir prodigioso. Em uma postagem no blog na semana passada, a OpenAI disse que seu algoritmo de aprendizado de máquina, DALL-E 2, está gerando mais de dois milhões de imagens por dia. Nesse ritmo, sua produção seria igual à Getty e Shutterstock combinadas em oito meses. O algoritmo está produzindo quase tantas imagens diariamente quanto toda a coleção de imagens gratuitas do site Unsplash.

E isso foi antes do OpenAI abrir o DALL-E 2 para todos. Até a semana passada, o acesso era restrito e havia uma lista de espera de pessoas ansiosas para colocar as mãos no algoritmo. O objetivo da postagem no blog em que o número apareceu era anunciar que DALL-E 2 agora está aberto ao público em geral.

Algoritmos semelhantes, entretanto, já estão disponíveis gratuitamente. O ritmo, então, provavelmente vai acelerar a partir daqui.

Claro, vale ressaltar que esta é uma comparação imperfeita. A qualidade da sua imagem média da Shutterstock ou da Getty é principalmente mais alta, e os sites também oferecem imagens editoriais de eventos atuais. Enquanto isso, o DALL-E 2 e outros algoritmos geram várias imagens para cada prompt, a qualidade da imagem varia muito e o melhor trabalho requer polimento por uma mão experiente.

Ainda assim, está claro que DALL-E e outros são máquinas de criação de imagens sem precedentes.

Um lançamento em fases
DALL-E 2, lançado no início deste ano, tem sido o assunto do mundo da tecnologia.

Ao contrário de seu antecessor, que o OpenAI revelou pela primeira vez em 2021 e produziu criações visivelmente imperfeitas, o DALL-E 2 cria imagens fotorrealistas com um prompt de texto. Os usuários podem misturar e combinar elementos, como solicitar um astronauta andando a cavalo, e estilos, como uma lontra marinha no estilo de Garota com Brinco de Pérola de Johannes Vermeer.

Para limitar o uso indevido e filtrar melhor a saída do algoritmo, a OpenAI buscou um lançamento em fases. Treinado em milhões de imagens e legendas on-line, o DALL-E 2 e outros algoritmos semelhantes são suscetíveis a vieses em seus conjuntos de dados, bem como ao uso indevido pelos usuários. A OpenAI publicou um artigo sobre DALL-E 2 em abril e visualizou o algoritmo para 200 artistas, pesquisadores e outros usuários. Eles expandiram a visualização em 1.000 usuários por semana no mês seguinte e, em seguida, estenderam o acesso ao algoritmo em versão beta, com preços, para um milhão de pessoas.

“Escalar com responsabilidade um sistema tão poderoso e complexo quanto o DALL-E – enquanto aprende sobre todas as maneiras criativas em que ele pode ser usado e mal utilizado – exigiu uma abordagem de implantação iterativa”, escreveu a empresa no post do blog.

Durante o lançamento, a OpenAI recebeu o feedback dos usuários e o traduziu em correções técnicas para reduzir preconceitos e filtros para evitar conteúdo inadequado. Eles também estão empregando uma equipe de moderadores para acompanhar as coisas. O quão bem essa abordagem será dimensionada, à medida que milhões de imagens se tornarem dezenas de milhões ou mais, ainda não se sabe, mas a equipe estava confiante o suficiente no produto até agora para avançar com uma versão completa.

Arte de IA em ascensão
O resto do mundo da IA ​​não ficou parado nesse meio tempo. Os concorrentes rapidamente seguiram os passos de DALL-E. Primeiro foi o DALL-E Mini – agora Craiyon – um gerador de imagens de qualidade inferior, mas gratuito, aproveitado pela internet para fabricar memes. Algoritmos de maior qualidade incluem Midjourney e Stable Diffusion. O Google até entrou no jogo com seu algoritmo Imagen (embora a empresa até agora o tenha mantido em segredo).

Adicione-os à saída do DALL-E 2 e o volume de arte de IA deverá crescer rapidamente.

No início deste verão, a Stable Diffusion disse que seu algoritmo já estava produzindo dois milhões de imagens por dia durante os testes. Quando a plataforma atingiu um milhão de usuários em meados de setembro, o fundador da Stable Diffusion, Emad Mostaque, twittou: “Devemos bater um bilhão de imagens por dia mais cedo ou mais tarde, imagino, especialmente quando ativarmos a animação, etc.”

O rápido surgimento da arte da IA ​​não rolou sem controvérsia.

Uma peça de arte de IA gerada em Midjourney por Jason Allen ganhou recentemente a fita azul para arte digital na Feira Estadual do Colorado. Não é difícil perceber porquê. A peça é linda e chamativa. Mas muitos artistas foram ao Twitter para expressar seu descontentamento.

Alguns temem que os algoritmos reduzam a quantidade de trabalho aberta aos designers gráficos. A combinação de qualidade, velocidade e volume com habilidades especializadas limitadas exigidas pode significar que as empresas optam por uma criação algorítmica rápida em vez de contratar um designer.

Recentemente, a Ars Technica informou que a Shutterstock já abrigava milhares de imagens da IA. Não muito tempo depois, apareceu que o site estava derrubando alguns. Enquanto isso, a Getty baniu completamente a arte da IA ​​em sua plataforma, citando preocupações com direitos autorais. O cenário legal ainda é obscuro e passível de mudança.

“No momento, o conteúdo gerado por IA será revisado da mesma forma que qualquer outro tipo de envio de ilustração digital”, disse Shutterstock ao Quartz na semana passada. “Isso pode mudar a qualquer momento à medida que aprendemos mais sobre imagens sintéticas”.

Outros temem que a capacidade de imitar de perto o estilo de um artista em atividade possa impactar negativamente o valor e a visibilidade de seu trabalho. Também não está claro o que se deve aos artistas cujas criações ajudaram a treinar os algoritmos. Os desenvolvedores expressaram uma preocupação semelhante no ano passado, quando a OpenAI lançou algoritmos de codificação treinados em repositórios abertos de código.

Mas nem todos concordam que a arte da IA ​​substituirá tão facilmente designers e artistas habilidosos depois que a novidade acabar. E a comunidade pode resolver ainda mais questões, como decidir treinar algoritmos apenas em obras de domínio público ou permitir que artistas optem por não participar. (Já existe uma ferramenta para os artistas verem se suas criações estão incluídas nos dados de treinamento.)

Quando a poeira baixar
Algoritmos de aprendizado de máquina geraram imagens e textos estranhos, novos, mas não particularmente úteis por anos. A IA que poderia gerar um trabalho de qualidade realmente entrou em cena em 2020, quando a OpenAI lançou o algoritmo de linguagem natural GPT-3. O algoritmo podia produzir texto que às vezes era quase indistinguível de algo escrito por um humano. GPT-3 é agora, como DALL-E 2, um produto pago e também um produtor prodigioso.

Mas mesmo tão grande quanto o GPT-3, DALL-E 2 pode assumir a liderança. “Vimos muito mais interesse do que prevíamos, muito maior do que o GPT-3”, disse o vice-presidente de produtos e parcerias da OpenAI, Peter Welinder, ao MIT Technology Review em julho.

A tendência provavelmente não terminará com imagens. Os desenvolvedores de IA já estão de olho no vídeo. Na semana passada, o Meta lançou talvez o algoritmo mais avançado até agora. Embora sua produção ainda esteja longe de ser perfeita, o ritmo de melhoria sugere que não teremos esperar muito.

Quando a poeira baixar, é possível que esses algoritmos se estabeleçam como uma nova forma de arte. A fotografia enfrentou resistência semelhante em sua chegada no século XIX e, finalmente, em vez de suplantar as formas de arte existentes, juntou-se a elas.

“O que é verdade desde pelo menos o advento da fotografia ainda é verdade agora: a arte que nasce pela metade é a mais emocionante. Ninguém sabe o que pode ser uma nova forma de arte até que alguém descubra o que é”, escreveu Stephen March recentemente no Atlantic. “Descobrir o que é a arte da IA ​​será tremendamente difícil, tremendamente alegre. Vamos começar agora.”

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Mundo bani: por que devemos conhecê-lo e o que ele muda nas empresas?

O mundo VUCA foi criado como uma forma de responder uma realidade que dialoga com todos os setores da sociedade: a constante transformação. No entanto, com o passar do tempo, ele parou de conseguir refletir as novas mudanças, dando lugar ao mundo BANI.

Considerado uma evolução do primeiro, esse “novo mundo” está associado a fragilidade, ansiedade, não-linearidade e compreensividade que marca o contexto humano.

Assim como o primeiro, foi criado para tentar guiar as pessoas diante das dúvidas e dificuldades e, também por isso, é fundamental no mundo dos negócios. Afinal, como as pessoas podem se preparar para o amanhã se elas não o compreendem?

Pensando nesses desafios que fazem parte da nova realidade, criamos um conteúdo para que as pessoas — sejam líderes, gestores ou colaboradores — pudessem entender mais sobre o mundo BANI. E, claro, como isso vai impactar as empresas.

Boa leitura!

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O que é o mundo BANI?

O mundo BANI é aquele da constante mudança. Mas, além de entender todas as incertezas do VUCA, ele leva esse nome, pois é percebido como um mundo também frágil (brittle), ansioso (anxious), não-linear (nonlinear), incompreensível (incomprehensible).

Para entendermos como cada um desses aspectos está presente nessa nova realidade, vamos esclarecer nos próximos tópicos!

Brittle (frágil)

O mundo BANI é frágil, ou quebradiço, porque tudo pode ser colocado à prova em uma velocidade impensável.

Sendo assim, algo totalmente positivo pode, quando se menos espera, tomar um outro rumo. Em outras palavras, o que temos certeza hoje pode já ter sido desmentido amanhã.

Talvez o maior exemplo dessa fragilidade tenha sido a covid-19. Algo invisível, como um vírus, foi capaz de mudar a forma do mundo viver em questão de meses.

É interessante perceber que uma pessoa poderia perder o emprego em razão do isolamento social na mesma medida que poderia perdê-lo por uma atitude equivocada e exposta na internet.

E isso tudo mostra que estamos sob um sistema pode parecer forte, mas não é, afinal, tudo está a um ponto de ruptura.

Anxious (ansioso)

É muito comum ouvir pessoas dizerem que, hoje em dia, “todo mundo é ansioso”. Mas a verdade é que a ansiedade já faz parte da nossa rotina e essa percepção não é à toa.

O que o mundo BANI fez foi apenas amplificar essa sensação de medo e apreensão diante das circunstâncias. Afinal, a incerteza gera, naturalmente, ansiedade. É como se o mundo ansioso estivesse, por sua fragilidade também, à espera do próximo desastre.

Novamente trazendo a pandemia, onde o medo se fortaleceu, esse contexto ansioso ganhou corpo: segundo a empresa de análise de dados Bites, a palavra “ansiedade” teve seu volume de busca aumentado em 5 vezes no Google em relação ao ano de 2014.

Junta isso, não podemos esquecer do fenômeno da infodemia, ou seja, o excesso de informações que todas as pessoas estão sujeitas atualmente.

Como consequência disso, esse novo mundo também gera a sensação de impotência, já que alguns contextos podem gerar a falsa sensação de que não há mais nada que se possa fazer.

Nonlinear (não linear)

O mundo BANI é também não-linear. Ou seja, muitos eventos acontecem ao mesmo tempo e não há, necessariamente, um sentido único entre eles.

Logo, a visão de linha do tempo também cai por terra. Ou seja, acontece uma dissolução na noção “início, meio e fim.” No atual cenário, as ações que foram executadas e as que não foram não entram em equilíbrio.

Muitos exemplos podem ser citados para explicar essa ausência de linearidade. Um deles é o mundo da tecnologia, afinal, o tempo entre o surgimento de uma novidade e outra não espera que a anterior finalize.

Além disso, a própria pandemia da covid-19, mais uma vez, também foi uma luta contra a não-linearidade, principalmente em relação à forma tão rápida que a infecção se espalhou nos primeiros meses. E o próprio conceito de “achatar a curva” foi contra essa lógica.

Essa desconexão, além da fragilidade e a ansiedade, pode fazer com que uma pequena ação tenha uma grande consequência e, por outro lado, uma grande ação nem sempre cause um impacto tão considerável.

Incomprehensible (incompreensível)

Por último, mas não menos importante, o mundo BANI é incompreensível. Ainda que possa parecer um mundo regido pelas leis da lógica, a verdade é que essas não são suficientes para explicar o que está acontecendo.

É algo bastante paradoxal, pois mesmo com tantas informações, a incompreensão ainda existe. Isso acontece porque há falta de sentido em algumas respostas, muitas vezes em razão da capacidade de entendimento ser menor que a complexidade do evento.

A ciência, por exemplo, é uma das áreas mais afetadas por esse mundo incompreensível. O próprio conceito de incerteza científica é um reflexo disso. Ou seja, diante de tantos dados, esse campo de estudo, às vezes, não tem como chegar a uma resposta única e absoluta.

No entanto, dentro desse mundoI, isso passa a ser visto como parte do processo. Afinal, tudo se constrói sobre a incerteza. Por isso, essa área sempre terá espaço para crescer e evoluir.

Quem desenvolveu o conceito do Mundo BANI?

A percepção do mundo em contínua evolução é a uma noção antiga e a primeira visão sobre isso veio com o mundo VUCA, nos anos 80, durante a Guerra Fria.

Mas com as novas adversidades, foi surgindo a necessidade de trazer mais análises sobre os novos tempos. Por isso, o mundo BANI foi criado pelo antropólogo e futurologista norte-americano Jamais Cascio, ganhando força em 2020.

Nas palavras do próprio criador, “BANI é uma forma de melhor enquadrar e responder ao estado atual do mundo.”

Para ele, muitas mudanças que vemos acontecendo já são familiares, no entanto, há também aquelas que não são, se mostrando surpreendentes e completamente desorientadoras. 

Por isso, na sua perspectiva, elas “não apenas aumentam o estresse que experimentamos, mas também o multiplicam”

É por isso que o mundo BANI aparece como mais uma resposta: não no sentido de resolução, mas de contínua compreensão do que se pode fazer diante dos problemas.

Mundo BANI X Mundo VUCA: qual é a relação e as diferenças?

Mundo BANI x Mundo VUCA

A grande diferença entre o mundo BANI e o mundo VUCA é que o primeiro é uma evolução do segundo.

Enquanto o mundo VUCA era baseado nas siglas Volatility (volatilidade), Uncertainty (incerteza), Complexity (complexidade) e Ambiguity (ambiguidade), o mundo BANI acrescenta mais siglas para as letras que definem esse momento da sociedade.

Sendo assim, a fragilidade, a ansiedade, a não linearidade e a incompreensibilidade se somam a esse contexto para facilitar o entendimento do mundo atual.

O mundo conectado que vivemos passa a ser inerentemente VUCA. Sendo assim, o BANI se torna uma forma de enquadrar a um mundo ainda mais difícil: o caos.

A relação entre o mundo BANI e os impactos da pandemia

Como já falamos um pouco sobre, a pandemia da covid-19 se torna o grande evento que marca o mundo BANI.

A verdade é que todos os setores foram impactados por ela, seja de forma positiva ou negativa. É interessante perceber, inclusive, que diante desse processo o mundo VUCA já não consegue mais dar conta de abranger o fenômeno como o BANI.

Sendo assim, esse período de isolamento social, mortes em grande quantidade e crise econômica fizeram com que os aspectos dessa sigla viessem à tona como nunca.

Talvez nunca tenha sido tão difícil, seja sobre um nível pessoal ou profissional, pensar o que iria acontecer no futuro. Mas é a partir daí que se pode pensar em como isso pode impactar a visão da sociedade nos próximos anos, fortalecendo a entrada do mundo BANI.

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Efeitos do mundo BANI no mundo corporativo

Todas as áreas foram afetadas pelo BANI. No mundo corporativo, isso não seria diferente.

Talvez o principal aspecto disso seja o fato de que os negócios estão cada vez mais ligados à tecnologia. Esse processo, naturalmente, começou pelo mundo VUCA, mas o cenário do BANI fortaleceu isso.

A tecnologia surge como a grande aliada das empresas para que elas possam lidar com os problemas de forma mais ágil, principalmente em relação à Business Intelligence. 

No entanto, além disso, as empresas podem criar soluções realmente inovadoras para seus nichos, mas que acompanhem a necessidade de adaptação.

Juntamente com isso, uma realidade mais ansiosa e frágil vai demandar gestores com maior preparo para as adversidades. Dessa forma, essa se torna uma nova demanda do mercado, que deve ser atendida pelos profissionais.

Como lidar com o Mundo BANI nas empresas?

O Mundo BANI nas empresas

Para Cascio, “quando você tem sistemas que são incapazes de funcionar sob estresse, você obtém BANI”. Somente com isso percebemos que não é tão simples lidar com esse novo contexto, mas, sem sombra de dúvidas, é necessário.

O primeiro passo é entender como esse mundo funciona. Mas é preciso ir além disso. É necessário criar um mundo corporativo que consiga lidar com todos os impactos sem perder de vista a essência do negócio.

Para isso, algumas medidas podem ser tomadas são:

  • Criar um ambiente de trabalho seguro: isso significa, entre outras coisas , cuidar da saúde dos funcionários. Dessa forma, é possível pensar em formatos de trabalho como o home office e benefícios que tornem o ambiente de trabalho favorável à confiança;
  • Capacitar a equipe para lidar com as adversidades: isso inclui treinamentos, capacitações e workshops que mostrem como se preparar para o mundo BANI. Além disso, também é importante criar um clima de confiança para que a equipe se sinta acolhida para lidar com os problemas;
  • Dominar e fazer uso das tecnologias auxiliares: a tecnologia surge como a grande aliada das organizações, mas ela deve ser usada de forma estratégica pelos gestores da empresa, de forma que os objetivos sejam alcançados mesmo com episódios inesperados.

Como se destacar no mundo BANI?

Ainda falando sobre o que fazer na hora de se preparar para o mundo BANI no ambiente corporativo, podemos pensar especificamente nas habilidades que podem ser desenvolvidas para cada aspecto.

Para cada uma das letras do BANI, há algo que se pode trabalhar para ter sucesso nessa nova realidade.

Quando pensamos na fragilidade, é preciso ter resiliência. Ou seja, é necessário saber lidar com as adversidades e superar os desafios para executar um projeto.

Já diante da ansiedade, o controle emocional é a grande chave. É com equilíbrio que se pode tomar a decisão mais indicada. Mas, além disso, é preciso desenvolver a empatia e atenção plena, pois estamos falando de problemas coletivos de uma empresa.

Para a não-linearidade, a flexibilidade é o ponto de partida. É ela que vai permitir que seu planejamento se adapte às mudanças, sem perder de vista o objetivo, mas considerando os problemas.

Por fim, em relação à incompreensão, há muito o que pode ser trabalhado: tanto a transparência, com a intuição são bem vindas, além da aceitação de que é possível “aprender a aprender“. Somente assim vamos aceitar que algumas coisas fogem do nosso controle.

Quais são as tendências do futuro no Mundo BANI?

Tendências do Mundo BANI

As tendências mundiais já mostram o caminho para que possamos lidar com o mundo BANI. A primeira delas é a crescente importância da saúde e bem-estar, uma vez que essa é uma das fragilidades do mundo atual.

Mas a tendência que chama atenção é a criação de ambientes de trabalho mais flexíveis e inovadores, que priorizem o bem-estar dos funcionários, mas também do seu público — quando pensamos em empresas de varejo, por exemplo.

Dessa forma, as empresas buscam soluções criativas para atender às necessidades do mundo BANI. E aqui, mais uma vez, a tecnologia entra em cena. Alguns dos exemplos práticos do uso dela são:

  • uso de realidade aumentada e virtual para criar ambientes inovadores;
  • plataformas de colaboração online para equipes remotas;
  • soluções de big data e inteligência artificial para tomar decisões estratégicas.
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Conclusão sobre o Mundo BANI

Como falamos, o mundo BANI é o grande caminho para tentar entender o atual contexto que se vive e trabalha.

E como os aspectos e tendências para o mundo BANI são muitos, cabe às empresas dar atenção a esse fenômeno e, assim, escolher fazer aquilo que mais se adequa aos seus objetivos.

O importante é incorporar essa realidade dentro da gestão corporativa para que os projetos e planos da empresa passem a dar certo mesmo com esses dilemas.

Para continuar aprendendo com esses conteúdos sobre inovação e empresas, não deixe de acompanhar nosso blog!

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Empreendedorismo digital: qual é sua importância no mercado e como ele é aplicado?

O ano de 2020 foi marcado por inúmeros episódios que mudaram, de forma disruptiva, a forma como as pessoas vivem em sociedade. Como efeitos da pandemia, um campo que acabou acelerando devido a covid-19 foi o empreendedorismo digital.

Junto com ele, o desenvolvimento da tecnologia, que poderia ser visto como um diferencial competitivo antes, agora é uma condição básica para a sobrevivência dos negócios.

Não é à toa que, de acordo com dados do DT Index 2020, quase 90% das empresas instaladas no Brasil fizeram alguma iniciativa voltada à transformação digital neste ano.

As oportunidades de empreender digitalmente têm sido aproveitadas por muitas pessoas. Isso fez com que esse tópico precisasse ser mais entendido por quem quem já atua ou quer começar a atuar e, principalmente, líderes e gestores de negócios.

Nesse conteúdo vamos trazer essa visão do empreendedorismo digital, mostrando como funciona, sua importância e, ainda, quais são os tipos que podem ser explorados. Boa leitura!

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O que é empreendedorismo digital?

O empreendedorismo digital é uma forma de empreender que usa tecnologias da informação e comunicação para criar e oferecer produtos ou serviços inovadores.

Ao contrário do empreendedorismo tradicional, que costuma se relacionar à criação de empresas físicas e uso de mão de obra, o empreendedorismo digital é baseado em processos digitais. 

Ele engloba tanto a criação do produto ou serviço quanto a sua divulgação e venda. Na prática, estamos falando de montar um negócio online para que se possa vender serviços ou produtos sem necessariamente um espaço físico.

Por essa razão, nesse formato, costumam ser trabalhados e-commerces, jogos, aplicativos, cursos onlines e  consultorias, por exemplo.. Todos eles irão ser explicados mais à frente.

Em resumo: empreender digitalmente é iniciar um negócio em que a digitalização, a tecnologia e a inovação são os principais canais de relacionamento com o público-alvo.

Empreendedorismo digital no Brasil

Quando pensamos no Brasil, como já dito, há um terreno muito fértil para esse tipo de proposta. A pandemia adaptou-se às empresas que já existiam da mesma maneira que fez com que muitas nascessem a partir disso.

E é aí que entra o empreendedorismo digital. Segundo a pesquisa Panorama de Negócios Digitais Brasil 2020, promovida pela Spark Hero, 54% dos empreendedores digitais começaram seus negócios em um intervalo de 12 meses considerando esse ano.

Além disso, 71% são fundadores, donos ou sócios-proprietários da empresa, o que mostra como a liderança é crucial para essa mudança.

Ao mesmo tempo, essa preocupação em criar negócios, de forma geral, mostra o impacto que existe no Brasil. Segundo o levantamento feito pelo GEM (Global Entrepreneurship Monitor), o Brasil ficou, em 2021, em 5.º lugar no ranking global na taxa de empreendedorismo total.

Tudo isso leva ao entendimento de que há um cenário positivo para a criação de negócios focados em inovação, principalmente digital. 

Empreendedorismo digital: vantagens e desvantagens

Vantagens e desvantagens do empreendedorismo digital

Agora que entendemos o conceito, vamos falar sobre as vantagens e desvantagens do empreendedorismo digital.

No entanto, vale ressaltar que, embora existam alguns contras em relação a esse tipo de negócio, as vantagens superam em muito. Principalmente quando o empreendedorismo digital é feito de forma correta.

De toda forma, a seguir, vamos apresentar esses dois lados desse modelo de negócio.

Vantagens de empreender digitalmente

O empreendedorismo digital apresenta diversas vantagens, principalmente em relação ao empreendedorismo tradicional. Entre elas, podemos destacar:

  • Menores custos para começar: nesse tipo de empreendimento, é possível começar com um investimento muito menor em relação a empresas tradicionais. Não há necessidade de alugar um espaço físico, comprar móveis e equipamentos ou mesmo pagar salários para funcionários;
  • Menor burocracia: ao empreender digitalmente, o empreendedor também tem que lidar com menos burocracias. Geralmente as empresas não precisam de alvarás e outros documentos para funcionar como no espaço físico;
  • Maior agilidade: em empreendimentos digitais, as decisões são tomadas de forma mais rápida, o que faz com que a empresa seja mais ágil. Além disso, também é possível implementar mudanças em relação ao produto ou serviço oferecido de maneira mais ágil;
  • Maior alcance: ao empreender digitalmente, é possível ter um alcance muito maior em relação ao público-alvo. Isso ocorre, pois, geralmente, essas empresas utilizam as redes sociais e outras ferramentas da internet para se comunicar com o público.

Desvantagens de empreender digitalmente

Apesar de todas as vantagens apresentadas, empreender digitalmente também apresenta algumas dificuldades, mas que podem ser superadas. Elas são:

  • Concorrência: ao empreender digitalmente, é possível que o empreendedor se depare com uma concorrência muito grande. Geralmente, esses empreendimentos são mais baratos e podem ser feitos por qualquer pessoa;
  • Falta de controle: ao empreender digitalmente, é possível que o empreendedor sinta falta de controle em relação ao negócio. Isso se dá porque as redes sociais e outras ferramentas da internet podem não oferecer um domínio completo;
  • Possibilidade de riscos: geralmente, esses empreendimentos dependem de terceiros, como provedores de serviços de internet e hospedagem, o que traz riscos. Além disso, também há o risco de a empresa sofrer ataques cibernéticos.

O que é necessário para ser um empreendedor digital?

Como ser empreendedor digital?

Mas afinal, como começar no empreendedorismo digital? Para isso, o primeiro passo é ter domínio e conhecimento sobre as tecnologias usadas. Isso não quer dizer que você precisa ser programador nem nada parecido.

Na verdade, isso indica que você precisa entender a maneira como o seu cliente vai acessar o seu produto, de acordo com o ambiente por trás do negócio.

O segundo passo é ter em mente que, empreender digitalmente, requer muita dedicação. Isso significa que você precisa estar disposto a trabalhar duro e enfrentar os desafios do negócio.

Por fim, é importante lembrar que o empreendedorismo digital também envolve inovação, ou seja, você precisa estar disposto a pensar fora da caixa para conquistar o sucesso.

E empreender digitalmente é justamente isso: um modelo de negócio que utiliza as tecnologias da internet para oferecer produtos e serviços.

Características de um empreendedor digital de sucesso

Como em qualquer outro modelo de negócio, empreender digitalmente também requer algumas características em seus empreendedores. São elas:

  • Criatividade: é ela que vai ajudá-lo a conquistar o sucesso. Isso significa que o empreendedor precisa pensar fora da caixa e inovar em seus produtos e serviços;
  • Persistência: também é importante saber ser persistente para superar os desafios do negócio. Pessoas empreendedores não podem existir facilmente e deve sempre buscar soluções para os problemas enfrentados;
  • Iniciativa: o empreendedor digital precisa ter iniciativa para montar e gerir o seu negócio. Isso significa que ele deve tomar as decisões necessárias para o crescimento da empresa;
  • Visão ampla de negócio: ter uma visão ampla de negócio para conseguir enxergar as oportunidades e criar estratégias para alcançá-las também é essencial na jornada de sucesso;
  • Autoconfiança: empreender digitalmente requer que o empreendedor seja autoconfiante para lidar com os desafios do negócio. Isso significa que ele precisa ter certeza de que é capaz de superar as adversidades;
  • Boa comunicação: também é importante saber se comunicar se quiser ter sucesso no negócio. Ser claro e conciso em suas mensagens vai fazer toda a diferença para que seja compreendido.

Além de tudo isso, ter domínio das novas tecnologias é vital, sabendo usá-las ao seu favor. Isso significa que ele precisa estar sempre atualizado com as novidades e saber como aplicá-las em seu modelo de negócio.

3 motivos para apostar no empreendedorismo digital

Apesar de já termos trazido algumas vantagens desse modelo de negócio, vamos trazer ainda mais 3 motivos para apostar nesse caminho.

Entre eles, algumas das razões que fazem valer a pena é o fato de ser um modelo em fase de crescimento, existir um grande espaço para inovação e, claro, a possibilidade de trabalhar em qualquer lugar. Vamos entender melhor cada uma delas.

Modelo em fase de crescimento

Como já falamos algumas vezes aqui, estamos falando de uma tendência bastante favorável no Brasil. Isso significa que é uma possibilidade em ascensão e ainda há caminhos para explorar, oferecendo rentabilidade e escalabilidade.

Empreender em um modelo em crescimento é uma ótima oportunidade, pois você ainda pode trazer diferenças em sua oferta e conquistar mercados ainda não explorados.

É interessante perceber que o crescimento também se dá pela entrada de mais pessoas ao ambiente digital ao longo dos anos.

A expansão da Internet, juntamente com o acesso ao mundo virtual através de dispositivos como smartphones e tablets, cria oportunidades não só para promover produtos e serviços, mas também para desenvolver negócios totalmente digitais.

De acordo com dados da pesquisa TIC Domicílios 2021, 82% da população brasileira possui acesso à internet. Isso mostra, então, que há ainda mais pessoas para adentrar esse universo.

Grande espaço para inovação

Um segundo aspecto para se considerar, sendo também um motivo para empreender digitalmente, é que existem muitas possibilidades de inovação.

Dentro do empreendedorismo digital, é possível criar processos, oferecer novos produtos e até desenvolver modelos de negócio originais. Tudo isso sem a necessidade de grandes investimentos.

A verdade é que a inovação não acontece apenas com o digital, mas é mais fácil de conseguir isso em um ambiente virtual. Esse motivo é justamente porque a internet é um meio em constante evolução, o que estimula as pessoas a inovarem.

Além disso, existem muitas ferramentas na web que facilitam a vida do empreendedor, sendo possível automatizar diversas tarefas.

Operação a partir de qualquer lugar

O terceiro motivo para empreender digitalmente é a flexibilidade para trabalhar em qualquer lugar. Isso significa que o empreendedor não está preso a um escritório ou a uma determinada cidade para gerir sua empresa.

Esse fator dá grande abertura ao nomadismo digital, em que as pessoas podem viajar o mundo e ainda assim trabalhar em seus negócios, bastando apenas um computador e uma conexão com a internet.

Com isso, é possível gerir uma empresa do conforto da sua casa, de um café ou até mesmo em qualquer lugar do mundo. Essa flexibilidade oferece muitas vantagens ao empreendedor, principalmente em relação ao seu bem-estar e à sua qualidade de vida.

Caso tenha uma equipe, esse benefício vai além da liderança. Afinal, se o empreendedor tem a liberdade de trabalhar de onde quiser, consequentemente os colaboradores também podem fazer o mesmo.

Naturalmente, se tem uma maior satisfação no ambiente de trabalho, o que, como efeito, faz com que a produtividade também aumente.

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A importância de escolher o melhor nicho no mercado digital

Nichos do mercado digital

É impossível falar sobre esse tema e não trabalhar a questão da escolha do nicho de mercado. Mas por que saber selecioná-lo é tão importante?

Pois bem, empreender em um nicho de mercado é uma das maneiras de conquistar mais clientes em potencial e aumentar as vendas em seu negócio.

Tudo isso acontece porque o empreendedor tem a chance de atuar em um público mais específico, o que facilita em muito as ações de marketing e vendas.

Além disso, atuar em um nicho de mercado também auxilia na criação de uma marca forte e reconhecida. Afinal, quanto mais específico o nicho em questão, maior a chance de se destacar em meio à concorrência.

Em suma, o sucesso se traduz a partir dessa escolha, sempre se apoiando nas novas tecnologias e como elas vão fazer parte da empresa. Para decidir qual vai ser seu nicho de mercado, vale considerar alguns aspectos, como:

  • os temas que você mais gosta: empreender em algo em que você se identifica, torna a jornada mais prazerosa e motivadora;
  • a sua expertise: escolher um nicho em que você seja especialista facilita a comunicação com os clientes em potencial, dessa forma, você pode unir o que gosta com o que você já tem know how;
  • os seus objetivos: por fim, pensar em como conquistar os objetivos empresariais é o caminho mais eficiente, por isso, use suas metas como referência para que o nicho ajude você a chegar onde quer chegar.

Como funciona a monetização no empreendedorismo digital?

Mas afinal, como o empreendedorismo digital funciona? E mais, como sua monetização acontece? É fundamental pensar em formas de ganhar dinheiro com sua iniciativa.

Contudo, a forma como a empresa vai gerar receita pelo seu produto ou serviço vai depender do seu campo de atuação.

  • Quanto minha empresa vai cobrar pelo serviço ou produto oferecido?
  • Esse valor cobrado é o suficiente para bancar os gastos da empresa?
  • Quais são as formas de pagamento que vão ser disponibilizadas?
  • Vai existir alguma política de troca ou devolução em caso de problemas?
  • A cobrança vai ser feita por um valor fixo ou por um valor mensal, trimestral ou anual?

Além disso, algumas formas de monetizar também podem ser por meio de negócios freemium, ou seja, o produto ou serviço é oferecido de maneira gratuita, mas para obter recursos adicionais, é preciso pagar algo.

Da mesma maneira, outras formas de gerar receita podem ser por publicitado, onde há espaço para os anunciantes, e por comissão, como em caso de marketplaces, gerando uma renda a partir de cada venda feita na plataforma.

Exemplos de empreendedorismo digital

Mas afinal, quais são os tipos de empreendedorismo digital que existem na prática? Nesse tópico, vamos elencar as principais formas de empreender nesse meio e criar um negócio rentável. Acompanhe!

E-commerce

Empreendedorismo digital e e-commerce

Talvez o principal exemplo de empreendedorismo digital seja o e-commerce. Ele nada mais é do que uma loja virtual em que se pode vender produtos e serviços de maneira online, por meio da internet.

De acordo com um levantamento da empresa Neotrust, o e-commerce brasileiro faturou R$161 bilhões em 2021. Do ponto de vista prático, isso representa um crescimento de quase 27% em relação ao ano anterior, que já foi bastante significativo para o setor.

Para começar um negócio do e-commerce, é preciso desenvolver uma plataforma segura para as compras, criar uma estrutura de logística que permita a entrega dos produtos em diferentes regiões do país e, claro, investir em marketing digital para divulgar o negócio.

A fim de simplificar esse negócio, uma dica é utilizar plataformas prontas para esse tipo de negócio, como o Shopify.  Isso é um bom exemplo de como a tecnologia pode ser usada a favor para tornar as atividades mais fáceis.

Jogos

O segundo exemplo de empreendedorismo digital são os jogos. Aqui estamos falando daqueles criados para o uso digital, como computadores, celulares e videogames.

Trata-se de uma excelente aposta, afinal, é um mercado que está em alta há bastante tempo e, em 2021, por exemplo, faturou US$175 bilhões em todo o mundo. E a perspectiva é que isso continue aumentando nos próximos anos.

Para empreender nessa área, é preciso montar uma equipe de designers e programadores que trabalhem em conjunto para desenvolver o produto final. Além disso, também é necessário investir em divulgação, a fim de alcançar o público-alvo.

É interessante perceber também que os jogos costumam gerar uma receita em diferentes formatos, como venda do produto final, oferta de conteúdos extras para quem já comprou o game e publicidade.

Sites ou blogs especializados

Seguindo com os exemplos, outra forma de empreender na internet é com a criação de sites ou blogs especializados em determinado tema. Muitas vezes, é possível trabalhar produzindo conteúdo para portais também.

Nesse caso, o empreendedor precisa escolher um nicho de mercado para atuar, além de pensar em uma estratégia para conquistar os leitores e fidelizá-los. Aqui, vale investir em conteúdos relevantes, bem escritos e que tragam soluções para as dores do público.

Uma boa maneira de monetizar esse tipo de empreendimento é por meio da venda de produtos ou serviços, assim como também pode-se pensar em oferecer espaço para anunciantes.

Aplicativos

Um nicho que merece destaque no empreendedorismo digital é o desenvolvimento de aplicativos. Com a popularização dos smartphones, isso se tornou uma grande oportunidade de negócio.

De acordo com o relatório do Grand View Research, o tamanho do mercado global de aplicativos móveis totalizou US$187,58 bilhões em 2021 e está projetado para crescer a uma taxa de crescimento anual composta de 13,4% de 2022 até 2030.

Para empreender nessa área, é importante pensar em uma ideia inovadora que possa ser transformada em um aplicativo. Nesse nicho, a criatividade é fundamental para o sucesso.

Também é necessário investir em uma equipe de desenvolvedores qualificados para transformar a ideia em realidade e, claro, em marketing digital para divulgar o produto final.

Cursos online

Empreendedorismo digital e cursos online

Os cursos onlines também são um excelente exemplo de empreendedorismo digital. Dentro dele, existem mais outros diversos nichos, pois é possível criar conteúdo audiovisual de ensino para qualquer área.

Aqui, um dado interessante para entender a inserção desse tipo de conhecimento: na pesquisa Panorama de Negócios Digitais Brasil 2020 que falamos, antes, 55% dos próprios empreendedores usam esse meio para aprender.

Considerando isso, para empreender nesse ramo, é importante escolher um tema para trabalhar e, a partir daí, dividi-lo em diferentes módulos. No entanto, é preciso ter bastante conhecimento na área para passar o conteúdo de forma clara e didática.

E assim como em qualquer outro empreendimento digital, na hora de divulgar, é necessário investir em marketing digital. Uma boa alternativa é utilizar as redes sociais para fazer isso de forma gratuita.

Consultoria

Para finalizar, outra ótima ideia de empreendedorismo digital é investir em uma consultoria. O grande diferencial aqui, assim como os cursos, é a possibilidade de atuar em diversas áreas e com diferentes perfis de clientes.

Ou seja, você pode aproveitar o seu conhecimento em determinada área — e que talvez você já faça de modo presencial — para ajudar empresas ou pessoas a melhorar os seus negócios.

Para empreender nesse tipo de atividade, é essencial montar um portfólio com todos os seus cases de sucesso, para que o cliente possa ter uma noção do seu trabalho.

Desse modo, fica mais fácil conquistar a confiança dele e, consequentemente, fechar negócio. A consultoria também é uma excelente maneira de introduzir sua empresa e, assim, vender outros produtos a partir dela.

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Conclusão

O empreendedorismo digital é um novo elemento para o mundo empresarial e, com isso, surgem novas oportunidades de negócios, por meio da internet.

Mas como falamos, seus principais aspectos residem na tecnologia e na inovação. Isso envolve trazer soluções diferenciadas, como e-commerces, jogos, aplicativos ou consultorias.

Entre os grandes benefícios desse modelo, além de ser um modelo em fase de crescimento, está justamente o fato de existir menos custos para começar e, claro, a possibilidade de trabalhar em qualquer lugar.

E para tudo isso sair do papel, é fundamental a participação de líderes e gestores antenados para escolher um bom nicho de mercado e usar todas as ferramentas ao seu favor.

Para continuar aprendendo sobre inovação, mercado e tecnologia, não deixe de acompanhar nosso blog!

Leia também: O que faz as empresas inovadoras? Conheça grandes nomes e o que as diferencia

Conheça o conceito gestão de negócios, sua importância e seus tipos!

Confira também como a liderança transformacional pode ser utilizada no empreendedorismo digital.

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Como o cérebro aprende? Entenda como ele funciona e como estimular!

O cérebro é um órgão complexo que desempenha muitas funções vitais. Uma de suas responsabilidades é o aprendizado, e entender como o cérebro aprende é um importante passo para adquirir conhecimento de forma eficiente.

Pesquisas têm mostrado que o órgão apresenta capacidade de se adaptar à medida que aprendemos coisas novas, um fenômeno conhecido como neuroplasticidade. 

Ou seja, nós continuamos aprendendo ao longo de nossas vidas, especialmente se explorarmos as muitas maneiras de estimular o cérebro no aprendizado. 

As lideranças empresariais sabem disso e buscam novas formas de pensar para encontrar soluções transformadoras.

Existe uma relação clara entre neurociência e educação. Por isso, que tal saber como é que nós aprendemos? Explicamos neste artigo as funções do cérebro, as partes do órgão responsáveis pela aprendizagem e como estimular o órgão.

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Quais são as funções do cérebro?

Para entender como o cérebro aprende, é preciso analisar o fluxo da informação. Vamos a um exemplo? 

Em 1956, John McCarthy, cientista da computação, definiu de forma inicial a inteligência artificial na famosa conferência de Dartmouth. 

Um empresário que escutou o termo pela primeira vez recebe essa informação e armazena o novo termo em seu vocabulário. 

Em seguida, pensa em como ela poderá resolver problemas reais e, finalmente, chega a uma conclusão ou ação.

Em suma, o cérebro é responsável por receber, armazenar, analisar e emitir informações. Essas são suas funções básicas, que explicamos a seguir.

Recepção

O cérebro está constantemente recebendo informações do ambiente por meio dos sentidos e organizando-as em um todo coeso. Isto acontece por meio de um processo de reconhecimento de padrões. 

O órgão reconhece padrões na informação que recebe e os armazena na memória, o que permite que o indivíduo se lembre rapidamente dela quando for necessária. 

Portanto, ao pensar como funciona o cérebro humano no aprendizado, começamos pela função de recepção. Ela é essencial para aprender e lembrar a informação.

Armazenamento

A segunda etapa para entender como o cérebro aprende é o armazenamento. Quando aceitamos novas informações, o orgão é capaz de armazená-las de diferentes maneiras. 

No exemplo do termo “inteligência artificial”, ocorreu o armazenamento da palavra no vocabulário.  Com isso, o indivíduo poderá lembrar-se dela em momento posterior. 

Dependendo do grau de importância, o armazenamento ocorrerá por mais tempo. No entanto, é também possível esquecer totalmente a informação caso ela não seja utilizada 

Diante destas possibilidades, vamos à outra etapa sobre como funciona o cérebro humano: a análise.

As funções do cérebro

Análise

O processamento de informação no cérebro ocorre de diversas formas, como visto. Para realmente aprender algo, é preciso acessar a informação e usá-la de uma maneira significativa. É aqui que entra a função de análise do cérebro.

O órgão separa e categoriza as informações para que elas façam algum sentido. Quando estamos diante de uma nova situação, ocorre uma análise do que é relevante a fim de encontrar uma solução. 

Este processo ocorre de maneira rápida e, em alguns casos, imediata aos nossos olhos. Se uma pessoa lançar uma boa na sua direção, o tempo entre a recepção e a análise é instantâneo para que você pegue o objeto. 

Em essência, a função de análise do cérebro nos permite pegar a informação que temos armazenada em nossas memórias e usá-la para resolver problemas no mundo real.

Saída

Por fim, finalizando nossa compreensão sobre como as pessoas aprendem, chegamos à última função do cérebro: saída.

Quando encontramos uma tarefa ou situação pela primeira vez, nossos cérebros precisam aprender como responder. 

Uma vez que isto acontece, o órgão pode então produzir esta resposta na forma de comportamento, seja por meio da fala, da escrita ou de outra ação.

Desta maneira, ele está constantemente modificando sua saída a fim de se adaptar a novas situações e demandas.

Conhecer as funções do cérebro é o primeiro passo para compreender como o cérebro aprende. O segundo é saber quais são as partes do órgão responsáveis pela aprendizagem.

Partes do cérebro responsáveis pela aprendizagem

Cada área do cérebro tem um papel específico na forma como as pessoas aprendem. Isso envolve, como acabamos de apresentar, as funções cerebrais de recepção, armazenamento, análise e saída.

Em outras palavras, o processamento de informações no cérebro acontece em diversas partes, motivo pelo qual é preciso compreendê-las para entender seu funcionamento.

Área temporal

A área temporal do cérebro é responsável pelo processamento da informação auditiva.

Esta região tem um papel vital na forma como aprendemos e lembramos de novas informações, pois é o centro de toda a linguagem do cérebro.

Quando ouvimos um som, os sinais auditivos são enviados para o lobo temporal onde são interpretados. O cérebro então armazena esta informação na memória a longo prazo para que possamos lembrá-la posteriormente.

Este lobo também é responsável pelo processamento da linguagem e pela compreensão de como as palavras são usadas no contexto.

Área frontal

A área frontal do cérebro é responsável por uma variedade de funções, incluindo controle motor, organização, análise, tomada de decisões e planejamento.

Quando um indivíduo se encontra em uma nova situação, a área frontal do cérebro o ajuda a fazer um plano de como responder a ela. 

Um erro, por exemplo, ocorre normalmente porque a área frontal do cérebro não tinha toda a informação necessária para tomar uma decisão informada.

Entretanto, com a prática e a experiência, esta região cerebral consegue perceber as falhas e construir correções para melhorar a tomada de decisões.

Algo fundamental no ambiente corporativo, não?

Área occipital

A área occipital é responsável pela visão e é dividida em duas partes que trabalham em conjunto para processar o que vemos: 

  • Córtex visual primário: responsável por informações visuais básicas, como forma, cor e movimento
  • Outras áreas visuais: responsáveis por tarefas mais complexas, como reconhecimento facial e identificação de objetos.

Um ponto interessante sobre a área occipital é que ela é constantemente ativa, mesmo quando não estamos vendo nada de forma consciente. 

Isso acontece porque o cérebro está continuamente fazendo previsões sobre o que veremos a seguir, com base em experiências passadas.

Por exemplo, quando entramos numa sala, ele começa imediatamente a preencher os detalhes da sala, com base no que esperamos ver. 

É o que possibilita mover-nos pelo mundo de maneira mais eficiente, eliminando a necessidade de processar cada pequeno detalhe.

No entanto, isso também significa que nosso cérebro pode, às vezes, preencher os detalhes errados, o que pode levar a ilusões perceptivas.

Área parietal

A área parietal do cérebro é responsável pelo processamento das informações sensoriais, o que aborda tanto a informação visual quanto a táctil.

Por isso, na hora de entender como o cérebro aprende, considera-se que essa área se conecta à sensibilidade geral.

Ao aprender a andar de bicicleta, por exemplo, a região nos ajuda a processar o movimento do nosso corpo e o equilíbrio. Em outras palavras, contribui para a coordenação espacial.

Partes do cérebro ligadas à aprendizagem

Conhecidas as características de cada área, já é possível ter uma noção melhor sobre como funciona o cérebro humano, certo?

No entanto, tenha em mente que as partes funcionam de forma interdependentes, pois estão conectadas pelas redes neurais.

Vamos ver então como o cérebro aprende?

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Como o cérebro aprende?

O cérebro é um órgão complexo, e os cientistas ainda estão descobrindo detalhes sobre o processo de aprendizagem.

Quando nascemos, nossos cérebros são como uma lousa em branco, prontos para serem preenchidos com informações. 

Por isso, o aprendizado na infância é tão importante. E como o cérebro adulto aprende? De forma semelhante, mas com menos eficiência e, possivelmente, com mais dificuldade.

Ouvir passivamente uma palestra é menos eficiente do que estar ativamente empenhado em uma ação. O foco é, então, buscar a melhor forma para aprender enquanto adultos. 

Tenha em mente que, seja em qual idade for, o processo se dá seguindo a ideia das funções cerebrais mencionadas: a partir de um input sensorial, a informação é armazenada e analisada, e o indivíduo executa uma ação ou forma um pensamento sobre ela (saída).

Entrando mais na relação entre neurociência e educação, pense que o cérebro aprende a partir da combinação de diferentes estímulos. 

Podemos dividir o órgão em dois lados, que estão em sintonia:

  • Lado esquerdo: perfil acadêmico, que traz a fala, o raciocínio lógico e a matemática. É responsável por ler, falar, ouvir e observar. Ao ler um artigo científico sozinho, você está estimulando essa área.
  • Lado direito: perfil criativo, que traz a arte, a coletividade e a dança. Quando você debate o artigo com um colega, seu aprendizado é aprimorado, pois o cérebro está se esforçando para criar um raciocínio coerente e estruturar a resposta da informação absorvida.

Além de considerar a sintonia entre esses lados, existe outro aspecto anatômico que ajuda a explicar como o cérebro aprende: os neurônios.

Essas células do sistema nervoso se ligam entre si e formam sinapses (circuitos neurais). Como os neurônios estão constantemente testando novas conexões, os circuitos neurais continuam se desenvolvendo.

Uma conexão funcional permanece conforme a quantidade de uso da informação. Por isso, podemos compreender a importância da prática no aprendizado. 

E é neste contexto que foi desenvolvida a teoria da Pirâmide de Aprendizagem de William Glasser.

A teoria da Pirâmide de Aprendizagem

Teoria da Pirâmide de Aprendizagem

A teoria da Pirâmide de Aprendizagem postula que diferentes tipos de aprendizagem têm diferentes taxas de eficácia.

A ideia básica é que quanto mais ativo e engajado for um aprendiz, mais provável é que ele retenha informações. 

Ou seja, ouvir uma palestra é menos eficaz do que participar de uma atividade prática.

Embora os números exatos variem dependendo da fonte, acredita-se que as formas passivas de aprendizagem (ler, ouvir ou observar) têm uma taxa de eficiência de cerca de 10%, enquanto formas ativas de aprendizagem (debater, agir ou ensinar aos outros) têm uma taxa de eficiência de cerca de 90%.

Portanto, a Pirâmide de Aprendizagem fornece uma estrutura útil para entender como diferentes tipos de aprendizagem podem ser usados para maximizar a retenção e compreensão.

Outra questão interessante acerca do processamento de informação no cérebro é a chamada neuroplasticidade.

Neuroplasticidade: até quando o cérebro aprende?

O cérebro é um órgão surpreendente, que está sempre aprendendo e crescendo. Essa capacidade do cérebro de mudar, se adaptar e se transformar é chamada de neuroplasticidade.

Ela ocorre ao longo de nossa vida, mas é especialmente pronunciada durante a infância e a adolescência, que é quando o cérebro é mais flexível e capaz de aprender coisas novas.

Porém, não há idade limite para a capacidade de aprendizado do cérebro. 

Ele pode se reorganizar quanto às funções (neuroplasticidade funcional) e alterar sua estrutura física (neuroplasticidade estrutural).

Lembra-se das sinapses, que são responsáveis pela comunicação entre os neurônios? Com treino e memorização, elas são fortalecidas, o que confere ao indivíduo maior agilidade na hora de aprender.

Por outro lado, se o exercício relacionado à nova informação, as sinapses se enfraquecem, e conhecimento sobre o aprendizado pode, inclusive, deixar de existir.

Diante disso, é preciso se perguntar: como ativar o cérebro para aprender?

Como estimular o cérebro?

Como estimular o cérebro?
Close-up of graphs and charts analyzed by businesspeople

O conhecimento sobre como funciona o cérebro humano nos ajuda a perceber como ele pode ser estimulado no processo de aprendizagem.

O desenvolvimento do órgão passa por incentivá-lo a lidar com novas habilidades e a utilizá-las de forma correta.

Existem técnicas específicas para aprimorar o aprendizado e ajudar na retenção de conteúdo, como por exemplo as plataformas de aprendizado que trazem metodologias adequadas.

Na infância, uma criança pode lidar com desafios e oportunidades por meio de quebra-cabeças, jogos e livros.

No ambiente empresarial, as lideranças podem aproveitar os cursos online ou presenciais para seu próprio crescimento profissional e provocar inovações disruptivas

Seja qual for a forma de estímulo, a ideia central é tirar proveito da capacidade do cérebro de mudar e crescer. Em outras palavras, é fundamental continuar a desafiá-lo com novas experiências.

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Conclusão

Entender como o cérebro aprende é o ponto de partida para adotar estímulos que ajudam a promover o seu desenvolvimento.

Lembre-se de que o aprendizado contínuo requer tempo, esforço e motivação, independentemente da idade.

É preciso estar disposto a se comprometer com o processo de aprendizagem ao longo da vida a fim de tirar o máximo proveito dos poderes neuroplásticos do cérebro.

Que tal começar desafiando o órgão mais poderoso do sistema nervoso com uma mudança de mindset?

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Qual é o poder da mudança de mindset? Entenda a importância dele para seu negócio

A mudança de mindset é uma grande estrada ao caminho contrário da zona de conforto. Como qualquer transformação, ela exige tempo, mas também nos permite descobrir outras possibilidades.

Passando de uma mentalidade estagnada para uma aberta ao novo, encontramos novas formas de conquistar os nossos objetivos..

Isso é especialmente fundamental para as empresas. E é por essa razão que ele tem sido tão buscado por líderes e gestores que desejam, de fato, modificar o espaço que atuam.

A mudança de mindset não é algo que se constrói da noite para o dia, pois não é rapidamente que mudamos nosso sistema de crenças. Mas é ela que será fundamental para que as pessoas sejam capazes de encontrar verdadeiras  soluções para os seus problemas.

Pensando em como isso pode transformar uma empresa — aqui, estamos falando do mindset de crescimento, claro —, resolvemos trazer um conteúdo para explorar esse universo.

Afinal, o que é mindset e como podemos mudá-lo? A seguir, com base no pensamento de Carol Dweck, vamos trazer essa e muitas outras respostas sobre o tema.

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O que é mindset?

Um mindset é, à primeira vista, um conjunto de suposições, valores e crenças que determinam como nós vemos o mundo e nosso lugar nele. Inclusive, ele pode ser traduzido para “mentalidade” em português.

No entanto, apesar de ter um sentido individual, muitas vezes o mindset também pode ser percebido e aplicado à organização de uma empresa, ou seja, algo coletivo e corporativo.

Ele vai interferir no modo que as pessoas interpretam as situações ao seu redor e, consequentemente, como agem diante delas.

Segundo Carol Dweck, autora do livro “A nova psicologia do sucesso” e responsável por popularizar o termo nesse sentido mais amplo, estamos falando de algo muito maior do que um traço de personalidade.

Na visão dela, é o mindset quem define nossa relação com o trabalho e com as pessoas. Ele é um fator decisivo para que todo o nosso potencial seja explorado.

A mudança de mindset, portanto, pode ser definida como uma mudança da nossa postura diante de tudo, inclusive, do ambiente profissional.

Mas antes mesmo de falarmos sobre mudança, é importante entender que existem 2 tipos de mindset. Vamos falar sobre eles a seguir.

Os dois tipos de mindset

Tipos de mindset

Carol Dweck também fala sobre os dois tipos de mentalidade que existem. Eles são o mindset fixo e o mindset de crescimento. Naturalmente, há um mais interessante que o outro para o ambiente corporativo. A partir da visão dela, vamos esclarecer o que difere um do outro.

Mindset fixo

A mentalidade fixa é baseada na crença de que nossas qualidades e habilidades são imutáveis. Ou seja, nós nascemos com uma certa quantidade de talentos e não há nada que possamos fazer para mudá-los.

À primeira vista, isso pode até fazer sentido porque, de certa forma, é verdade. Não podemos mudar algumas das nossas características — de forma permanente, ao menos — como, a cor dos nossos olhos ou a curvatura do nosso cabelo.

Pessoas que têm essa visão costumam acreditar que alguém apenas canta bem porque nasceu com esse dom nato, por exemplo.

Mas, no contexto profissional, não se trata apenas daquilo com que nascemos. A mentalidade fixa também significa que resistimos à mudança e a adversidades. Se nossas habilidades são imutáveis, não faz sentido correr riscos: nunca seremos melhores do que já somos.

No contexto profissional, tudo isso pode significar que nos tornamos reféns da nossa zona de conforto porque temos medo de novos desafios. Afinal, se não temos o que é preciso para vencê-los, é melhor nem tentar.

Além disso, na visão de Carol, acreditar que suas qualidades imutáveis também cria uma necessidade constante de provar a si mesmo seu valor.

“Se você possui apenas uma quantidade limitada de inteligência, determinada de personalidade e certo caráter moral, terá que provar a si mesmo que essas dores são saudáveis”.

Ou seja, essas características precisam ser, em algum nível, positivas, considerando que você não terá como mudá-las. E isso vai de contra à autocrítica.

Mindset de crescimento

Por outro lado, o mindset de crescimento se baseia na crença de que nossos talentos e habilidades podem ser desenvolvidos ao longo do tempo através da prática, aprendendo coisas novas e enfrentando desafios.

As pessoas com uma mentalidade de crescimento sabem que sempre podem melhorar no que fazem. Elas entendem que seu desempenho não é definido por alguma característica imutável, mas por sua disposição de investir em seu desenvolvimento profissional.

No contexto das empresas, isso significa que os colaboradores não têm medo de mudanças ou dificuldades no caminho. Pelo contrário, eles os vêem como oportunidades de crescimento pessoal e profissional.

Segundo Carol, “as cartas recebidas constituem apenas o ponto de partida do desenvolvimento.” Todos nós somos capazes de cultivar nossas qualidades básicas a partir do nosso esforço.

“Embora as pessoas possam se diferenciar umas das outras de muitas maneiras — em seus talentos e aptidões iniciais, interesses ou temperamentos —, cada um de nós é capaz de se modificar e desenvolver.”

A partir daí, dá para perceber como tudo isso muda a forma como nós agimos. Enquanto a crença de que as qualidades são imutáveis gera diferentes pensamentos e atos, a crença de que elas são suscetíveis de serem cultivadas vai gerar pensamentos e atos até mesmo opostos.

Em resumo: cada mindset guia a pessoa por um caminho completamente distinto.

É possível mudar de mindset?

Agora falando de mudança de mindset, fica a dúvida: é possível mudá-lo? Se tivermos uma mentalidade fixa, dificilmente iremos pensar que sim. Mas a verdade é que nada nos impede de enxergar as coisas diferentes.

E se estamos falando de mudança de mindset, seria no mínimo estranho falarmos que não é viável isso acontecer. Mas também não significa que seja uma tarefa fácil e rápida.

A verdade é que para mudar, primeiro, é preciso ter interesse nisso. Você deve avaliar todas as questões que envolvem a sua satisfação com suas escolhas até o momento. Se você enxerga como positivo, dificilmente verá sentido em mudar isso.

Mas caso opte por mudar — pela lógica, de uma mentalidade fixa para de crescimento —, haverá um caminho a pecorrer.

Como saber qual é meu mindset?

Como saber qual é o seu mindset?

Em geral, as pessoas tendem a ter uma mentalidade mais fica.Mas como você sabe se esse é o seu caso? Fazer algumas perguntas que podem lhe ajudar com isso:

  • Desiste facilmente quando as coisas ficam difíceis?
  • Acredita que a inteligência é algo estático?
  • Acha que as pessoas nascem talentosas e que não há nada que elas possam fazer para mudar isso?
  • Acredita que o esforço é para os perdedores?
  • Pensa que o sucesso é uma questão de sorte?

Se você disse sim para esses questionamentos, você tem um mindset fixo. Se não, provavelmente você tem um mindset de crescimento.

Qual é a importância da mudança de mindset para o crescimento de um negócio?

A mudança da mentalidade fixa para a de crescimento é essencial para o crescimento de um negócio. Até porque, se não há espaço para o esforço, dificilmente há espaço para o sucesso.

A primeira mentalidade limita sua capacidade de mudança e adaptação a novas circunstâncias, o que pode ser desastroso no atual mundo dos negócios em rápida mudança, como o mundo BANI.

É a visão de desenvolvimento que vai fazer com que você abrace os desafios como oportunidades de aprendizado e crescimento do time. Você se torna mais aberto à mudança, a novas ideias e maneiras de fazer as coisas.

Uma mentalidade de crescimento também tornará você mais resistente diante de contratempos, porque você os verá como parte do processo de aprendizado ao invés de fracassos.

Logo, essa visão é essencial para qualquer empresário que queira fazer crescer seus negócios. A partir daí será preciso fazer uma mudança de mindset para ter, então, um mindset de mudança.

O mindset de mudança é uma outra forma de mentalidade associada ao de crescimento essencial para as empresas. Como o nome sugere, é uma mentalidade focada nas transformações, nos avanços e nas novidades.

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Leia também sobre como a liderança transformacional pode ajudar os líderes a motivarem suas equipes.

Conheça os diferentes tipos de benchmarking com exemplos práticos.

5 dicas práticas para uma mudança de mindset para empresas

Como promover uma mudança de mindset nas empresas?

Chegamos agora a um ponto crucial do texto: como mudar o mindset? Quando pensamos em empresas, não é suficiente transformar a mentalidade de um gestor,, mas também é necessário mudar a mentalidade da organização como um todo.

E essa  não é uma tarefa fácil. Ela requer muito esforço — o que faz parte dessa nova postura — de todos os envolvidos. Para isso, algumas boa práticas são::

  • Construa uma equipe eficiente;
  • Procure novos objetivos e metas;
  • Encare as adversidades do caminho;
  • Seja flexível e adaptável às mudanças;
  • Incentive uma cultura de feedback.

Nos próximos tópicos, iremos explicar como aplicar cada uma delas.

Construa uma equipe eficiente

O primeiro passo para mudar a mentalidade de uma empresa é a construção de uma equipe eficaz. Isso significa que cada membro deve estar alinhado com a nova mentalidade e estar disposto a trabalhar para isso.

Também é essencial que todos conheçam seu papel e suas responsabilidades dentro da equipe. Desta forma, eles saberão o que é esperado deles e serão capazes de trabalhar para os mesmos propósitos.

Finalmente, é importante criar um clima de confiança e respeito entre os membros da equipe. Essa postura vai fazer com que se sintam confortáveis para se comunicarem uns com os outros e trabalharem juntos em direção a um objetivo comum, ainda que precise melhorar.

Procure novos objetivos e metas

Muitas vezes, os objetivos que uma empresa tem com uma mentalidade fixa não cabe mais em uma mentalidade de crescimento. Isso se dá porque geralmente são metas de curto prazo que não contribuem para o desenvolvimento da empresa.

Portanto, é essencial buscar novas metas que estejam mais alinhados com essa visão, pois ela também impacta a percepção do negócio. Podem ser objetivos relacionados ao aprendizado, como o desenvolvimento de novas habilidades dos profissionais ou da melhoria dos processos.

Da mesma maneira, também podem ser explorados aqueles objetivos relacionados à mudança, como a implementação de novas tecnologias ou a expansão para novos mercados. Em um contexto de econômica exponencial, isso é fundamental.

Encare as adversidades do caminho

As adversidades são uma parte natural de qualquer processo de mudança (mas que também aparecem em qualquer planejamento e execução singularity). Portanto, é essencial que as empresas estejam preparadas para enfrentá-las e saibam como superá-las.

Uma maneira de fazer isso é criar uma cultura de aprender com os erros. Em outras palavras: quando algo dá errado, isso é visto como uma oportunidade de aprender e melhorar, antes mesmo de haver qualquer tipo de represália às partes envolvidas.

Também é essencial ter um plano B pronto caso a mudança não ocorra como planejado. É essa redução de riscos que vai ajudar a minimizar o impacto de potenciais problemas e manter as operações da empresa.

Seja flexível e adaptável às mudanças

Flexibilidade e adaptabilidade são duas qualidades-chave para qualquer empresa que queira mudar sua mentalidade. E a visão de crescimento parte muito desse princípio.

No mundo BANI em que vivemos, a mudança é a única constante, e as empresas devem estar preparadas para mudar suas estratégias, processos e até mesmo modelos de negócios quando necessário.

Para isso, é essencial ter uma equipe que esteja aberta à mudança e disposta a experimentar novas abordagens.

E para saber passar pelas mudanças, é possível também retornar às âncoras, ou seja, momentos em que foi dada uma solução para alguma dificuldade e, assim, se teve confiança.

Incentive uma cultura de feedback

A cultura de feedback para uma mudança de mindset

Finalmente, é essencial criar uma cultura de feedback dentro da empresa. Mas ela precisa ser realmente implementada. Ou seja, os funcionários devem se sentir confortáveis para dar e receber feedback, sem medo de alguma retaliação por isso.

O feedback é essencial para qualquer organização que queira melhorar. Ele permite que os gestores e líderes do projeto ou campanha consiga identificar o que está funcionando bem e o que precisa ser melhorado.

Também permite que os funcionários se sintam ouvidos e valorizados, o que os torna mais motivados a continuar contribuindo para o sucesso da empresa. É um conjunto de fatores que, assim, também promove o crescimento.

Exemplos de mudança de mindset

Há vários exemplos de mudança de mentalidade. Aqui, vamos dar exemplos de algumas posturas que podem fazer parte desse caminho para a transformação.

  • “Eu não posso fazer isso” para “Eu vou tentar”: Esta é uma mudança de mentalidade muito comum. Geralmente é o primeiro passo que precisa ser dado para que alguém comece a acreditar na sua capacidade de ter sucesso;
  • “Eu não sei como” para “Eu vou aprender“: Esta é outra mudança de mentalidade que é essencial para qualquer um que queira crescer e se desenvolver. O aprendizado é um processo sem fim, e aqueles que abraçam esta mentalidade estão sempre avançando;
  • “É muito difícil” para “Vale a pena”: Esta mudança de mentalidade é fundamental para qualquer um que queira alcançar algo difícil. Só acreditando que algo é possível é que seremos capazes de executar;
  • “Eu não sou bom o suficiente” para “Eu sou capaz”: Esta é uma mudança de mentalidade que é essencial para qualquer um que queira desenvolver autoconfiança. Todos nós temos a capacidade de mudar e melhorar, mas precisamos acreditar em nós mesmos primeiro;
  • “Eu não posso mudar” para “Eu posso mudar”: Esta é uma mudança de mentalidade muito poderosa. Só acreditando que somos sensíveis a mudanças é que vamos conseguir fazer isso.

Fazer uma mudança de mentalidade não é fácil, mas é possível. É preciso dar o primeiro passo: tentar. Ele envolve compromisso e esforço, mas definitivamente será positivo.

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Conclusão

Somente mudando a maneira como pensamos e agimos seremos capazes de conquistar certos objetivos. E isso passa, claro, pela mudança de mindset, que, como Carol Dweck explicou em seu livro, pode ser configurado de dois modos.

E passar do primeiro para o segundo, ou seja, de uma mentalidade fixa para a de crescimento é possível. 

Mas é preciso agir: seja construindo uma equipe eficiente, encarando as diversidades do caminho ou incentivando uma cultura de feedback.

Bons líderes e gestores devem trilhar esse caminho se querem realmente fazer parte do amanhã com suas empresas.

E para continuar aprendendo sobre esse tema, leia também sobre inovação disruptiva!

Leia também: Como o cérebro aprende? Entenda como ele funciona e como estimular!

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O que faz as empresas inovadoras? Conheça grandes nomes e o que as diferencia

Inovação é um dos atributos mais importantes e desejados pelas empresas que realmente querem construir pontos para o futuro — e, assim, ter prosperidade no mercado. Mas são todos os negócios criados que se tornam empresas inovadoras.

Essas organizações causam impacto, seja interno ou externo, mudando as regras do jogo e quebrando paradigmas, muitas vezes, por meio da tecnologia. 

Por essa razão, entender o que torna uma empresa inovadora e quais são os grandes cases de sucesso é fundamental.

Nesse artigo vamos nos debruçar sobre isso: além de explicar o que são empresas inovadoras, vamos trazer diversos exemplos internacionais e nacionais delas. Ainda, vamos dar algumas dicas para que você possa fazer com que sua empresa trilhe esse caminho. Boa leitura!

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O que são empresas inovadoras?

Para empreender em um mundo cada dia mais competitivo, é preciso desenvolver novas soluções ou melhorias em produtos e processos. Nesse sentido, a inovação surge como uma estratégia valiosa para empresas que desejam crescer e se destacar em determinado mercado.

O termo “inovação” pode ser usado com diversos significados, mas, em geral, é entendido como um processo empreendedor que leva a empresa a criar valor para o seu negócio, clientes e sociedade.

A Inovação pode ser tanto em relação a produtos quanto em relação a processos internos de uma empresa.

Por isso, as empresas inovadoras são aquelas que estão em constante movimento, criando e recriando o seu modelo de negócio para atender às necessidades do mercado.

Uma das principais características de uma empresa inovadora é a capacidade de oferecer e fazer as coisas de forma diferente, muitas vezes, direcionando novos caminhos para o comportamento dos consumidores.

Qual é a importância das empresas inovadoras para o mundo?

As empresas inovadoras são fundamentais em um mundo em constante mudança, principalmente a partir do  mundo BANI.

Isso acontece porque, a cada dia, surgem novas demandas — e desafios — em relação a produtos e serviços, e apenas as organizações que estão dispostas a se adaptar conseguem prosperar em meio à concorrência.

E isso também é algo percebido pelos próprios gestores e líderes. De acordo com a McKinsey, 80% dos executivos acham que seus modelos de negócios atuais correm o risco de serem interrompidos em um futuro próximo.

Além disso, 84% dos executivos dizem que a inovação é importante para sua estratégia de crescimento. Sendo assim, investir em inovação se tornou uma das principais preocupações de empresas de todos os tamanhos nos mais diversos lugares do mundo.

6 exemplos das empresas inovadoras no mundo

Há uma série de listas na internet para classificar as empresas mais inovadoras do mundo e, claro, não há necessariamente um consenso. Mas algumas dessas referências se repetem com frequência e, por suas características, vamos trazer como bons cases de empreendedorismo e inovação. Acompanhe!

Apple

Apple

É muito difícil falar de inovação sem citar a Apple. A empresa, que é uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, é dona de um dos modelos de negócios mais bem-sucedidos e duradouros da história.

A Apple tem sido sinônimo de inovação em diversos setores, como música, vídeo e design. A empresa também é reconhecida por criar produtos extremamente intuitivos e fáceis de usar, o que ajudou a popularizar sua marca, além da sofisticação.

A empresa tem um histórico de lançamentos que mudam o mercado. Desde o iMac, em 1998, passando pelos iPods e Macbooks até chegar aos Iphones em 2007, a empresa ditou muitas tendências e continua fazendo isso com os novos produtos.

Netflix

A Netflix começou como uma empresa de locação de DVDs e, hoje, é uma das principais plataformas streaming do mundo. A empresa inovou ao oferecer um serviço de qualidade para assistir filmes e séries em um mercado em que a oferta era limitada e cara.

Além de conseguir sobreviver à popularização do streaming, a empresa cresceu em escala e lançou uma série de conteúdos originais, o que ajudou a solidificar ainda mais o seu negócio.

A empresa também aposta muito na inteligência artificial. Um exemplo disso é o recurso de sugestão de conteúdo, em que o algoritmo da Netflix analisa o histórico de visualizações de cada usuário para oferecer conteúdos similares.

Nike

Na moda, a empresa de artigos esportivos Nike é uma das mais inovadoras. Avaliada em avaliada em US $83,7 bilhões em 2021, a empresa tem uma forte presença digital, além de apostar no omnichannel.

Uma das suas inovações que tem agregado valor a marca é o seu aplicativo de treinos online, Nike Training Club. Ele oferece planos de treinos customizados e ainda conta com uma rede social para que os usuários possam se motivar uns aos outros.

A empresa também inovou com o Nike Adapt BB, tênis inteligente que aprende com o dono, tornando capaz de se ajustar. Além de oferecer conexão com o app da marca, ele consegue alterar a resistência da sola e a força do cadarço, por exemplo.

Conheça os diferentes tipos de benchmarking com exemplos práticos.

Pfizer-BioNTech

Pfizer-BioNTech

Em um contexto de pandemia covid-19, não poderíamos deixar de trazer a inovação de empresas na ciência para acelerar a produção das vacinas. Em 2020, empresas farmacêuticas em todo o mundo lideraram o esforço para criar essa solução em um ritmo recorde.

Um exemplo é a Pfizer-BioNTech, empresa responsável pela primeira vacina de mRNA aprovada para uso em humanos, sendo 95% eficaz após duas doses em testes.

Sediada em Nova York, e em parceria com a fabricante alemã BioNTech, a empresa conseguiu aprovar a vacina em menos de um ano, o que representou uma conquista histórica na ciência.

Shopify

Outros ramos também se destacam pela inovação. Não é à toa que a Shopify foi eleita pela Fast Company, em 2021, como uma das mais inovadoras por incorporar soluções criativas de problemas.

Essa empresa conseguiu fazer com que muitos varejistas lançassem operações online, transformando os pontos de venda em comércio eletrônico. Com a plataforma, empresas de todos os tamanhos conseguem abrir suas lojas virtuais e competir em um mercado global.

A empresa também ajuda os comerciantes a administrar suas vendas em diferentes canais, além de gerenciar pedidos e inventário.

SpaceX

Na categoria empresas espaciais a SpaceX é uma das inovadoras que mais se destacam. Ela é, inclusive, dona de um recorde: em 2021, foi a primeira empresa privada a enviar astronautas da NASA para a Estação Espacial Internacional.

A empresa, fundada em 2002 pelo empreendedor Elon Musk, é responsável pelo lançamento de foguetes e satélites, além de atuar em pesquisas para o desenvolvimento de tecnologias avançadas.

Ela também investe fortemente em I&D (Investigação & Desenvolvimento) no setor espacial privado. Um dos seus principais lançamentos, o Falcon 9, é um foguete que pode ser reutilizado em várias missões.

Você sabe o quanto a gestão da inovação impacta as empresas? Entenda mais sobre esse modelo de negócio

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Exemplos de empresas inovadoras do Brasil para ficar de olho

Quando voltamos nossos olhos para o território nacional, também existem diversas marcas inovadoras que merecem destaque por transformarem algum setor do mercado. A seguir, vamos apresentá-las para que você comece a acompanhá-las!

Nubank

Nubank

O Nubank é uma empresa que foi criada em 2013 com o objetivo de simplificar a vida dos consumidores em relação aos bancos tradicionais. Ela é considerada uma startup brasileira pioneira nesta solução.

Em 2021, ela inovou ao dar um pedaço da sua empresa pelo IPO no mercado de ações norte-americano. Com um aplicativo intuitivo e diversas facilidades em seu uso, o banco já é conhecido por dar mais controle ao cliente sobre sua própria vida financeira.

Além disso, o Nubank costuma oferecer maior transparência em suas taxas em relação aos outros bancos do mercado. O seu cartão de crédito também chama atenção por não ter anuidade, tendo sido um dos primeiros bancos a fazer isso de forma generalizada.

JusBrasil

O JusBrasil é uma empresa que oferece um serviço inovador: um buscador de jurisprudência e legislação. Em um país com leis tão complexas quanto o nosso, essa plataforma tornou-se indispensável para advogados, estudantes e empresas que lidam com questões jurídicas.

A ideia é aproximar clientes de profissionais específicos da área do Direito, o que fez com que o acesso a esse tipo de serviço se popularizasse.

Além da busca, o JusBrasil ainda disponibiliza uma ferramenta de criação de alertas em caso de alterações em determinadas leis ou jurisprudências, juntamente com uma comunidade para troca de experiências.

Quinto Andar

O Quinto Andar é uma startup que também inovou o mercado imobiliário ao disponibilizar um aplicativo para alugar imóveis. A startup oferece uma solução prática para quem quer encontrar um lugar para viver.

A empresa disponibiliza uma grande variedade de imóveis em diversas localidades do país, facilitando a vida dos usuários. Além da comodidade, o Quinto Andar costuma oferecer preços mais em conta em relação a outras opções do mercado.

Para encontrar um imóvel pelo aplicativo, o usuário precisa apenas fazer um cadastro e selecionar os critérios de busca. Não é preciso fiador ou calção, nesse caso, é preciso pagar uma taxa ao Quinto Andar para alugar.

Magazine Luiza

Uma das gigantes do varejo, a Magazine Luiza é uma empresa que inova a cada ano para melhor atender seus clientes. A empresa, fundada em 1957, é especializada na venda de eletrônicos, móveis e artigos para o lar.

Em 2018, a empresa foi eleita pela Fast Company como uma das mais inovadoras da América Latina. E ela segue fazendo isso, ano após ano, com novas tecnologias e soluções em seus processos.

A empresa também teve uma grande iniciativa que foi além dos próprios produtos e serviços, que é criar o botão de denúncia em seu aplicativo para combater a violência doméstica de forma discreta, dando segurança à vítima.

Ambev

Ambev

No mundo das bebidas, a Ambev merece grande destaque. A empresa, que é uma das maiores do mundo em sua área de atuação, está sempre em busca da inovação.

Um exemplo disso é o machine learning na empresa, usado para garantir o percentual de oxigênio nas garrafas, além da análise de dados em tempo real em seus processos produtivos.

Mas a sua grande criação, sem dúvidas, foi a Zx Ventures, uma unidade dedicada aos projetos de inovação e tecnologia. Ela deu origem ao serviço Zé Delivery, que torna a vida mais fácil para os consumidores de bebidas, levando a bebida até a casa deles.

Amaro

A Amaro é uma empresa brasileira que é inovadora não só nos produtos que vende, mas também em todo o seu conceito. A loja é especializada na venda de roupas para mulheres que querem sentir-se bem com o seu corpo, juntamente com a sustentabilidade.

Os diferenciais de Amaro são cortes e tecidos inovadores, que valorizam o corpo feminino, para além de uma grande variedade de produtos, desde o básico até às peças mais inovadoras.

Um ponto que chama atenção é sua estratégia omnichannel: guide shops. Essas são pontos físicos (showroom) que permitem ao cliente provar a roupa da coleção online e, então, comprar virtualmente para receber em casa.

iFood

Para finalizar, não podemos deixar de falar da startup iFood e sua revolução no food service. A empresa, que foi fundada em 2010, é uma plataforma de entrega de comida online que tem mais de 15 mil parceiros de restaurante.

Para além do grande número de opções para os usuários, o que torna o iFood inovador é o seu foco na tecnologia e eficiência nas operações. A empresa usa um software que racionaliza todo o processo, desde a recepção de encomendas até à realização de entregas.

O iFood está constantemente a inovar para facilitar a vida dos seus utilizadores. Um exemplo disto é o lançamento do serviço iFood Market, que fornece não só comida mas também outros itens, como mercearias e produtos de higiene pessoal.

Como construir uma empresa inovadora?

Após ver tantos exemplos de empresas inovadoras, você pode estar se perguntando: como posso criar uma?

A boa notícia é que não é tão complicado quanto parece. Por isso, vamos reunir algumas dicas sobre como tornar o teu negócio mais inovador:

  • Encoraje a criatividade na equipe: inovação é um processo criativo. Por isso, estimule a sua equipe a pensar fora da caixinha e ter novas ideias. Para isso, pode ser útil fazer brainstormings regulares e dar espaço para que as pessoas experimentem e testem novas soluções;
  • Pense em longo prazo: a inovação é um processo que leva tempo e é importante ter paciência. Não espere resultados imediatos e esteja sempre disposto a aprender com os erros;
  • Invista em tecnologia: as novas tecnologias estão mais presentes em nosso dia a dia e podem ser ótimas aliadas na hora de inovar. Aproveite as ferramentas que estão disponíveis para facilitar o processo de inovação;
  • Fique de olho nas tendências: esteja sempre atento aos novos movimentos do mercado e busque inspiração em outros setores. Isso vai ajudar a identificar oportunidades de inovação para o seu negócio!
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Conclusão

A inovação é a palavra de ordem para empresas que querem se destacar no mercado. Seja em pequenas startups ou grandes empresas, todos estão em busca de soluções criativas para os seus problemas.

E o bom é que inovar não precisa ser complicado ou caro, desde que você trilhe o caminho ideal para seu negócio.

Compreender e dominar as novas tecnologias, por exemplo, é fundamental para os líderes e gestores de uma organização.

Portanto, se você quer continuar aprendendo sobre inovação, tecnologia e gestão, não deixe de acompanhar nosso blog!

Leia também: Qual é o poder da mudança de mindset? Entenda a importância dele para seu negócio

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O lançamento do Artemis da NASA dá início a uma nova era na exploração espacial

O voo espacial humano sofreu uma pausa significativa desde as missões revolucionárias Apollo das décadas de 1960 e 1970. Mas isso parece prestes a mudar após o lançamento bem-sucedido da missão Artemis I da NASA, um primeiro passo crucial para levar os astronautas de volta à lua.

Desde que o ônibus espacial fez sua última viagem em 2011, a NASA contou com as cápsulas russas Soyuz e, mais recentemente, com a espaçonave Crew Dragon da SpaceX, para levar seus astronautas ao espaço. E as missões tripuladas têm sido pouco ambiciosas, normalmente apenas transportando a tripulação de e para a Estação Espacial Internacional.

Mas nesta quarta-feira a agência deu um grande passo para revigorar seu programa de voos espaciais tripulados. Às 1h47, horário do leste, o Sistema de Lançamento Espacial (SLS) da NASA decolou com sucesso de Cabo Canaveral, Flórida, pela primeira vez, carregando uma espaçonave Orion não tripulada, que eventualmente levará os humanos de volta à lua e a Marte ainda neste século.

“Demorou muito para chegar aqui, mas Orion está agora a caminho da lua”, disse Jim Free, vice-administrador associado da NASA para o Exploration Systems Development Mission Directorate, em um comunicado à imprensa. “Este lançamento bem-sucedido significa que a NASA e nossos parceiros estão no caminho para explorar mais longe no espaço do que nunca, para o benefício da humanidade.”

O lançamento demorou muito. O SLS – o foguete mais poderoso já construído – inicialmente deveria estar pronto em 2017, mas sofreu anos de atrasos e bilhões de dólares em estouros de orçamento.

Mesmo depois de liberado para o lançamento, o sistema sofreu repetidos contratempos, com tentativas de lançamento em 29 de agosto e 4 de setembro canceladas devido a um sensor de temperatura com defeito e vazamento de hidrogênio líquido, respectivamente. O lançamento de quarta-feira também teve que lidar com alguns empecilhos de última hora, com as tripulações tendo que consertar uma válvula com vazamento e um comutador de Ethernet com defeito horas antes da decolagem.

Por fim, tudo correu conforme o planejado, com o SLS elevando com sucesso a cápsula Orion a uma altitude de cerca de 2.500 milhas antes de se separar e cair de volta à Terra. A espaçonave não tripulada agora viajará 40.000 milhas além da lua e retornará à Terra nos próximos 25 dias, dando à NASA a chance de avaliar o desempenho de seus sistemas antes de transportar os astronautas.

Separamos um conteúdo completo sobre Moonshot thinking para você, confira!

Um dos testes mais cruciais será ver como o escudo térmico do veículo resiste a temperaturas de até 5.000 graus Fahrenheit ao reentrar na atmosfera da Terra. Ele também transportará vários manequins carregados com sensores projetados para medir as forças e a radiação a que os astronautas humanos serão expostos a bordo.

Supondo que tudo corra conforme o planejado, a missão preparará o terreno para o Artemis II, que levará uma tripulação humana ao redor da lua sem pousar em 2024, de acordo com os cronogramas atuais. Isso será seguido em 2025 por Artemis III, que levará a primeira mulher e a primeira pessoa de cor na lua.

Essa terceira missão dependerá de mais do que apenas a NASA. A agência espacial contratou a SpaceX para criar uma versão modificada da espaçonave Starship que está desenvolvendo atualmente para atuar como um módulo de pouso. Uma tripulação de quatro astronautas voará para a lua a bordo do Orion, mas dois serão transferidos para o chamado “Sistema de Aterrissagem Humana” em órbita antes de descer à superfície.

Até então, a NASA também espera ter uma pequena estação espacial chamada Lunar Gateway orbitando a lua. O plano é que ambas as espaçonaves se encaixem na estação durante a transferência da tripulação, embora também seja possível que as duas se encaixem diretamente caso o Gateway não esteja pronto a tempo. De qualquer forma, é provável que a estação desempenhe um papel importante para futuras missões, como uma escala para os astronautas que se dirigem à superfície lunar e, eventualmente, como um ponto de parada para viagens a Marte.

Ainda há pontos de interrogação sobre se a NASA pode realmente cumprir suas ambiciosas metas de retorno à lua, com seu cão de guarda recentemente dizendo aos legisladores que atrasos no desenvolvimento de sistemas-chave significam que o Artemis III será realmente lançado até 2026, no mínimo. E as missões a Marte provavelmente não estarão nos planos até pelo menos o final da década de 2030, de acordo com o administrador da NASA, Bill Nelson.

Mas o lançamento do Artemis I é, no entanto, um marco significativo na exploração espacial e marca o início de uma nova e emocionante era de voos espaciais tripulados que pode nos levar mais longe no sistema solar do que nunca.

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Moonshot thinking: conheça essa estratégia e veja como aplicá-la na empresa!

A estratégia de moonshot thinking faz alusão ao projeto que levou o homem à lua pela primeira vez (Apolo XI). Para que o voo acontecesse, a Nasa precisou elevar o nível de inovações disruptivas que permitissem a concretização do objetivo.

Mesmo sem as tecnologias necessárias, a meta estava traçada. A partir daí, buscaram a solução e o desenvolvimento de tudo que permitiu a chegada do homem à lua. 

Esse pensamento de ousadia entrou no mundo corporativo para inspirar líderes a se concentrarem em metas ambiciosas. E como aplicar o moonshot thinking? 

Para responder à pergunta, é fundamental entender inicialmente o que é essa estratégia e a importância da inovação para ela.

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O que é moonshot thinking?

Moonshot thinking é um tipo de abordagem criativa e estratégica para a solução de problemas empresariais que se concentra em metas ambiciosas. Este conceito incentiva soluções inovadoras para problemas difíceis que muitas vezes parecem impossíveis ou inalcançáveis. 

Na origem do termo, destaca-se o discurso “We choose to go to the moon”, de John Kennedy em 1962, quando anunciou que os Estados Unidos estavam empenhados em mandar um homem à Lua ainda na década de 60. 

Ou seja, existia um objetivo incrível, que parecia inalcançável, traçado em um prazo restrito (a ideia era executar o projeto ainda na década de 60). 

Essa é a ideia básica do “pensamento do voo à Lua”: mesmo as ideias mais irrealistas podem se tornar tangíveis com determinação e trabalho duro. 

Entendeu o que é moonshot thinking? Para nos aprofundarmos neste conceito, vamos a algumas características dessa estratégia.

Características da estratégia de moonshot thinking

Este pensamento orientado à inovação e à busca de soluções disruptivas pode ser aplicado em muitos cenários diferentes, desde startups a antigas empresas conservadoras. Basta que exista um problema a ser resolvido.

Para entender melhor os exemplos de moonshot thinking, é importante saber quais são suas principais características. São elas:

  • Rejeição dos limites das estratégias convencionais de tomada de decisão;
  • Profissionais com maior percepção e liberdade de pensamento ao enfrentar tarefas difíceis;
  • Gestão de problemas a partir de de ângulos inesperados com o potencial de mudar os resultados do jogo;
  • Fracasso como parte do processo, o que inclui considerar pequenos passos ao longo do caminho como sucesso em si mesmos;
  • Proposição de ações de grande impacto para a empresa e para a sociedade, na tentativa de alcançar resultados 10 vezes melhores do que aqueles considerados no projeto original. 

Percebe como a inovação é intrínseca a esta estratégia? Ela é essencial para que as empresas permaneçam competitivas e se mantenha à frente no mercado.

A importância da inovação

A importância da inovação

A inovação é a chave para que as empresas encontrem maneiras de permanecer relevantes em um ambiente de ritmo acelerado e em constante mudança. 

Organizações inovadoras são capazes de preencher a lacuna entre avanços tecnológicos, necessidades dos clientes e tendências de mercado, criando novas oportunidades para o sucesso. 

Enquanto algumas têm como objetivo melhorar incrementalmente as ofertas existentes, outras buscam criar produtos ou serviços verdadeiramente únicos que os clientes nunca souberam que precisavam. 

Em ambos os casos, a inovação é inestimável para ajudar a organização a se distinguir da concorrência por meio da criação de propostas de valor únicas. 

Com a abordagem estratégica correta para a inovação, como o moonshot thinking, até mesmo empresas estabelecidas podem se mudar para mercados inexplorados ou lançar novos produtos inovadores que podem mudar uma indústria. 

E quando aplicar o moonshot thinking?

Quando aplicar o moonshot thinking?

O pensamento moonshot é uma abordagem inovadora para a solução de problemas que encoraja os líderes a pensarem “fora da caixa” para alcançar objetivos ambiciosos e grandiosos. Ela envolve desafiar processos e mentalidades existentes, bem como abraçar ideias ousadas.

Considerando isso, quando aplicar moonshot thinking? A empresa deve considerar essa estratégia quando: 

  • for preciso explorar novos mercados e fazer apostas agressivas;
  • as metas ambiciosas pedem mais recursos do que os disponíveis;
  • uma interrupção completa é necessária para elevar o nível, como a entrada no mercado ou o desenvolvimento da indústria;
  • estiver diante de decisões de alta participação, tais como a estruturação de uma equipe executiva ou o desenvolvimento de novos produtos a partir do zero. 
  • estiver enfrentando um desafio significativo, que pode incluir grandes transformações, tais como a inclusão de inteligência artificial ou operações de digitalização. 

De modo geral, a estratégia devem ser consideradas quando as práticas convencionais de administração não estão dando os resultados desejados 

Vamos a alguns exemplos de moonshot thinking?

3 empresas que utilizam moonshot thinking

A estratégia de moonshot thinking pode levar a mudanças revolucionárias em uma empresa quando ela é implantada com paciência e precisão. Em outras palavras, ela dá às organizações a capacidade de chegar muito além do que elas imaginavam ser possível. 

Quer conhecer algumas empresas que se utilizam dessa estratégia? Veja a seguir!

Google

Moonshot Thinking do Google

O Google é o maior exemplo de aplicação do pensamento moonshot por variadas razões:

  • Lançamento de projetos inovadores, como o Google Glass e o carro autônomo (Waymo);
  • Revolução nos mecanismos de busca (fim da década de 1990) para proporcionar buscas 10 vezes melhores e conquistar o domínio mundial do setor;
  • Criação do Google X, o laboratório de projetos de inovação semi-secretos que utiliza a metodologia para desenvolver soluções para problemas globais;
  • Criação do Projeto Loon, que é o uso de balões atmosféricos que levam conexão à internet a áreas remotas do planeta para melhorar a comunicação de populações pobres ou isoladas.

Amazon

Moonshot Thinking da Amazon

A Amazon é uma grande pioneira no e-commerce, e um motivo especial é a inovação nos processos logísticos. A empresa utiliza drones para otimizar as entregas e evitar questões sensíveis, como altos custos com transporte e trânsito.

Além disso, desenvolveu uma espécie de comanda digital (“Just walk out”) para melhorar a experiência do consumidor nas lojas físicas.

Por meio do aplicativo, o cliente utiliza seu smartphone para se identificar ao entrar no estabelecimento. Em seguida, basta colocar os produtos na bolsa e levá-los para a casa, pois a conta chega diretamente no celular.

SpaceX

Moonshot Thinking da SpaceX

A estratégia de otimização de processos com moonshot thinking se aplica a muitas indústrias, inclusive àquelas relacionadas à sua origem: o homem no espaço.

A SpaceX, organização especializada em lançamentos de foguetes projetados para o transporte de cargas, adota a mesma lógica para conseguir atingir resultados improváveis.

Um deles foi desenvolver uma tecnologia pioneira que reutiliza os foguetes lançados na órbita terrestre. 

Se você se inspirou nos exemplos, deve estar se perguntando: como aplicar o moonshot thinking?

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Como utilizar o moonshot thinking?

Quando o objetivo é enfrentar projetos ambiciosos e cultivar uma cultura de inovação, o pensamento moonshot é um instrumento essencial. 

Esta metodologia encoraja as equipes a imaginar e buscar soluções que tenham a possibilidade de resolver problemas complexos por meio de abordagens inovadoras. 

Para tanto, deve existir três fatores essenciais para construir este pensamento:

  1. Um grande problema; 
  2. O uso de uma tecnologia disruptiva
  3. Uma ideia difícil de ser executada, mas cujo resultado seria incrível para a organização e/ou para a sociedade.

Vamos ver então como aplicar moonshot thinking?

Promova uma mudança na cultura organizacional da empresa

Quando se trata de levar uma organização para o próximo nível de inovação com o pensamento moonshot, o primeiro passo é encorajar os profissionais a serem ousados e a pensar “grande”, além das limitações existentes. 

Por isso, é preciso promover uma mudança na cultura organizacional para incentivar a imaginação e a criatividade e criar um progresso significativo em sua missão e valores.

Ela envolve também a criação de uma visão clara e a evolução dos processos existentes, fornecendo autonomia e apoio contínuo às mentes criativas. Em suma, é fundamental fortalecer a ideia de inovação como valor empresarial.

Identifique os principais problemas internos

O moonshot só será eficaz se a organização tiver identificado e tratado primeiro de seus principais problemas internos. 

Antes que qualquer iniciativa seja lançada, é essencial que todas as partes interessadas tenham uma compreensão precisa de onde a empresa está internamente. 

Questões como a motivação dos profissionais, o planejamento estratégico e a comunicação devem ser identificadas e tratadas, se for o caso. 

Ter uma avaliação precisa dos pontos fortes e fracos da organização antes de se envolver em atividades disruptivas proporciona melhor clareza sobre como as mudanças devem ser implementadas corretamente para o máximo efeito dentro do ambiente da organização.  

Em suma, a compreensão sobre o status empresarial permite que as novas ideias não apenas assegurem que as iniciativas contribuam positivamente, mas também verdadeiramente para o aumento da produtividade.

Escolha um desafio e estude-o

Consciente do atual momento da empresa, os líderes devem escolher o desafio que será vencido, seja de impacto global ou compreendendo o modelo de negócio da organização. 

O Google, por exemplo, definiu que o desafio a ser vencido era o acesso à internet por populações vulneráveis ou isoladas. 

Para encontrar a solução, foi preciso entender o problema com profundidade, especialmente quanto ao seu impacto na vida das pessoas. 

Portanto, o estudo cumpre um papel importante na hora de utilizar o moonshot thinking nas empresas.

Desenvolva soluções disruptivas

Com o desafio traçado e devidamente estudado, é o momento de desenhar as soluções que resolvem o problema. 

É neste momento que o incentivo à criatividade e à inovação fará a diferença. Na prática, a liderança deve reunir um grupo de pessoas multidisciplinares e convidá-lo a sugerir ações e resoluções.

Com as potenciais soluções em mãos, é preciso estruturar a ideia central e apresentá-la aos demais executivos. É, basicamente, construir a proposta a partir do uso de determinada tecnologia para tornar o projeto tangível. 

Ao abraçar o pensamento moonshot e desenvolver abordagens inovadoras para resolver problemas, as empresas podem se reinventar e explorar novas fontes potenciais de receita, inclusive. 

Além disso, a organização consegue abalar o status quo e assumir riscos que serão compensados a longo prazo. Isso incentiva a experimentação, o que resulta em maior eficiência e melhor desempenho por parte dos profissionais. 

Mantenha a equipe motivada

Uma das características do moonshot thinking é entender o fracasso como parte do processo, certo? Na tentativa de desenvolver soluções disruptivas, há uma certeza: os profissionais envolvidos errarão em algum momento.

Por isso, ao longo do processo, um importante papel dos líderes é mantê-los motivados, concentrando-se no progresso e não na perfeição. 

Em cada passo, devem verificar o progresso em relação a objetivos pré definidos, bem como os benchmarks de sucesso. Dessa forma, poderão contribuir na criação de planos acionáveis e manter o moral da equipe elevado. 

Vale lembrar que profissionais motivados são mais propensos a pensar criticamente, a desafiar idéias convencionais e olhar muito além do horizonte. 

Além disso, a motivação faz com que eles se vejam como atores-chave para o sucesso organizacional, inspirando-os a apresentar novas idéias que podem ser benéficas para a empresa. 

Colete insights rapidamente

A abordagem do pensamento moonshot envolve a assunção de riscos, fracassos e, claro, acertos. Durante este processo, os envolvidos produzem continuamente insights que podem ser úteis para a organização, ainda que aparentemente não sirvam àquele objetivo específico.

Diante disso, os líderes que conduzem este processo devem criar um ambiente que favoreça esses insights úteis ao máximo e promova sua coleta. 

Ter em mente que as soluções devem ser primeiramente definidas para, então, pensar em como torná-las realidade é essencial.

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Conclusão

A estratégia de moonshot thinking leva as empresas para um caminho inovador, pois se baseia em tornar tangível algo que pode parecer irrealista. 

Google, Amazon e Space X são apenas algumas organizações que promovem disrupções continuamente com a adoção desta metodologia.

Um bom líder também pode ser inovador ao utilizar o pensamento moonshot. Basta conduzir a mudança na cultura organizacional, identificar o status quo da organização, definir um desafio com sua equipe e incentivá-la à criação.

Aproveite para entender o que é inovação disruptiva e continue aprendendo sobre novas formas de liderança no mundo guiado pela transformação digital!

Leia também: O que faz as empresas inovadoras? Conheça grandes nomes e o que as diferencia

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Novas economias: entenda o conceito e veja como elas transformam os negócios

As novas economias estão entre nós desde o fim dos anos 1990, mas foi a transformação digital e a Indústria 4.0 que as colocou nos holofotes nos dias atuais.

A automação empresarial vem para assumir as tarefas operacionais e dar aos profissionais mais tempo para se dedicar ao cliente. 

É, na prática, o aumento da eficiência de produtos e serviços, com a consequente diminuição de custos com recursos.

Com o foco no cliente e as inovações advindas do processo de transformação, as empresas modernas passam a se guiar por uma nova perspectiva.

E como se destacar no cenário das novas economias? Como elas transformam os negócios? A proposta deste artigo é responder essas e outras questões.

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O que são as novas economias?

As novas economias são uma diferente lógica de mercado pela qual as empresas estão passando atualmente, cuja principal característica é o uso da tecnologia e da colaboração para promover uma cultura centrada em pessoas.

Elas descrevem aspectos ou setores de uma economia que estão produzindo ou intensamente usando tecnologias inovadoras ou novas soluções tecnológicas.

Para tanto, os modelos de negócio adotam ferramentas para automatizar atividades rotineiras e personalizar produtos e serviços de acordo com as preferências e os desejos do usuário.

Além dessa característica da nova economia, é preciso apontar sua íntima relação com o desenvolvimento sustentável

A busca pela evolução do negócio deve se dar em harmonia com a preservação ambiental e os avanços sociais.

A sustentabilidade se tornou, assim, um objetivo para organizações que prezam pela competitividade, o que depende de uma gestão de negócios atenta aos recursos humanos e naturais.

E como surgiram as novas economias?

Surgimento das novas economias

Em 1983, o jornalista Charles P. Alexander escreveu um artigo (“The New Economy”) para a revista Time em que definia a new economy da seguinte forma:

“É uma economia de duas camadas marcada por mudanças rápidas e contrastes acentuados. Enquanto as indústrias tradicionais de fumo estão se recuperando da concorrência estrangeira, as empresas de alta tecnologia estão liderando o mundo em inovação”.

Em 1996, Michael J. Mandel escreveu um artigo (“The Triumph of the New Economy – A powerful payoff from globalization and the Info Revolution“) para a revista BusinessWeek que abordava o mesmo tema.

O contexto era o recorde do mercado de ações dos EUA que, para Michael, poderia ser explicado pela new economy, “construída sobre a base dos mercados globais e da Revolução da Informação”

Para o autor, o crescimento da produtividade decorre do uso da tecnologia da informação pelas empresas para cortar custos e competir nos mercados globais. 

Apesar das previsões otimistas que partiram desse pensamento sobre a globalização, os anos 2000 levaram o mercado norte-americano à recessão. 

Mesmo assim, as características das novas economias já estavam germinando, o que impulsionou negócios disruptivos e inovadores, como as startups.

Neste contexto, percebe a importância de analisar o que se entende por velha e nova economia?

Nova economia x velha economia: quais as diferenças?

Nova economia x velha economia

A new economy é uma nova forma de pensar e realizar a produção e o consumo de bens e serviços, com uma lógica diferente daquelas que norteiam a economia tradicional ou velha economia. Ele é caracterizada por:

  • Crescimento exponencial;
  • Foco na venda de serviços;
  • Desenvolvimento de novos modelos de negócios;
  • Inovação, criatividade e colaboração, com autonomia e valorização do conhecimento;
  • Uso intensivo de novas tecnologias da informação e comunicação (TICs).

A chamada economia tradicional ou velha economia tem outras características, como:

  • Crescimento linear;
  • Foco na venda de produtos;
  • Hierarquia e valorização do capital;
  • Produção industrial de bens materiais, seguindo uma lógica linear de “extrair – transformar – comercializar”. 

Para compreender melhor essa diferença, é preciso conhecer os tipos de negócios na new economy.

Tipos de negócios na nova economia

A new economy, como já apontado, é um modelo inovador, que propõe uma nova perspectiva de negócios. A partir do uso de tecnologia, tem como foco a promoção do bem-estar do usuário.

E quais são os tipos de negócios na nova economia? Veja:

  • Negócios sociais ou de impacto: negócios cujo foco é gerar impactos positivos na comunidade a partir de uma gestão eficiente;
  • Negócios escaláveis: são negócios com crescimento exponencial, que geram lucros rapidamente, tem produção em grande escala e alta materialização do lucro;
  • Negócios criativos: negócios que trabalham com bens intangíveis, que atendem aos desejos dos sócios por propósito e equilíbrio, e lucram com o que gostam;
  • Negócios inovadores: são negócios com colaboradores que praticam o empreendedorismo interno, que utilizam o dinheiro dos acionistas da empresa para empreender.

Entendeu quais os aspectos e valores definem as chamadas novas economias? O conhecimento sobre seus princípios traz mais luz ao conceito e ao funcionamento desses negócios.

Princípios das novas economias

Princípios das novas economias

A new economy baseia-se em grandes investimentos no encantamento do cliente, sendo necessário ter um negócio com propósito e criar demandas de mercado. 

As adaptações rápidas e flexíveis para corrigir erros também são características importantes, bem como a crença de que sempre há o que melhorar. 

Outro ponto relevante é a criação de oportunidades em momentos de crise e incerteza, por meio das constantes transformações e inovações. 

Estes princípios permitem que new economy seja mais dinâmica e adaptável às mudanças do mercado.

Confira mais detalhadamente os princípios desta economia.

Você sabe o quanto a gestão da inovação impacta as empresas? Entenda mais sobre esse modelo de negócio

Grandes investimentos no encantamento do cliente

Você conhece a abordagem de experiência do cliente praticada pela Disney? Em 2018, os parques tiveram 157 milhões de visitantes, com uma incrível taxa de retorno de 70% dos hóspedes iniciantes. 

De acordo com a Forbes, existem cinco lições que as empresas devem aprender com a Disney para encantar seu público:

  1. Aproveitar a tecnologia: aplicativos e experiências móveis, Wi-Fi gratuito em todos os parques e hotéis, aplicativo My Disney Experience são tecnologias que somam à experiência do hóspede.
  2. Envolver todos os funcionários: todos os funcionários dos resorts Disney são treinados para criar felicidade e ter ferramentas para atender melhor os clientes e resolver problemas da maneira mais mágica possível. 
  3. Criar experiências imersivas: entrar em um parque temático da Disney é basicamente entrar em outro mundo. Para se ter uma ideia, a empresa usa mais de 15.000 alto-falantes e algoritmos complexos para tocar música ambiente em um volume constante em todo o parque. 
  4. Manter os parques limpos: a tecnologia contribui para acionar funcionários quando os lixos estão cheios, e existe até rede subterrânea de tubos para conectar as lixeiras e esvaziá-las a cada 20 minutos. O foco é cuidar de cada detalhe e remover coisas que prejudicam a experiência do cliente.
  5. Levar a personalização para o próximo nível: a Disney trata todos os convidados como um VIP, e isso vem da compreensão dos hóspedes e da personalização da experiência para atender às suas necessidades. Para isso, a empresa coleta enormes quantidades de dados para entender seu público de forma individualizada.

Isso é investir por completo no encantamento do cliente, com práticas focadas em conhecê-lo e satisfazer suas necessidades.

Você já ouviu falar em moonshot thinking? Preparamos um conteúdo completo sobre o tema.

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Criação de demandas de mercado

Uma empresa pode perceber uma necessidade do mercado e desenvolver produtos ou serviços para atendê-la. Essa é a lógica da velha economia.

No entanto, ao atuar dentro das características das novas economias, é possível criar demandas. 

Quando utilizávamos os celulares tradicionais, como o Blackberry, não sabíamos que havia uma necessidade de ter um smartphone para responder e-mails ou se conectar às redes sociais pelo aparelho.

Adaptações rápidas e flexibilidade para corrigir erros

Na Sociedade 4.0, as transformações ocorrem em alta velocidade, e é preciso desenvolver adaptabilidade e flexibilidade para ser competitivo no mercado. 

São características que permitem uma empresa aproveitar oportunidades do momento e corrigir as rotas caso seja necessário.

É uma lógica que considera a possibilidade de falhas, mas que as entende como algo que faz parte do processo. Ou seja, os erros não devem ser temidos. Pelo contrário, eles podem ser a engrenagem necessária de uma inovação.

É necessário ter um negócio com propósito

Novas economias e sustentabilidade

Uma organização de sucesso deste novo contexto econômico não se baseia em indicadores financeiros, como lucro e faturamento. 

O negócio deve ter um propósito que motive sua construção, uma causa maior de existência que fundamenta a visão, a missão e os valores.

É a melhor forma de estabelecer um relacionamento de qualidade com clientes, considerando que o público atual se baseia em um consumo consciente.

Sempre há o que melhorar

A constante transformação na qual está inserida a new economy faz com que uma solução nunca esteja pronta. Sempre há o que melhorar.

Diante deste cenário de incertezas, que é decorrência do monitoramento contínuo do consumidor, é interessante ter estratégias para se resguardar. 

O Produto Mínimo Viável é um bom exemplo, pois constrói uma versão mais simples que será aprimorada a partir de testes e feedbacks de potenciais clientes.

Criação de oportunidades em momentos de crise e incerteza

As tecnologias disruptivas e as inovações costumam aparecer em momentos de dificuldades e crises. As mudanças de comportamento que ocorrem nestes cenários motivam as empresas a pensar em oportunidades não exploradas.

O crescimento do e-commerce e as lives culturais durante a pandemia do novo coronavírus é um excelente retrato disso.

Transformações e inovações frequentes

A necessidade de se adaptar e ter flexibilidade é, como vimos, um princípio importante das new economy

Neste mesmo sentido, as transformações rápidas também demandam inovação por parte das empresas para que se mantenham relevantes no mercado.

Maiores desafios das novas economias

Desafios das novas economias

A new economy enfrenta uma série de desafios, o maior dos quais provavelmente é como vincular as empresas à tecnologia. 

Com o advento da internet, e-commerce e mídias sociais, não basta ter apenas um ótimo produto ou serviço – as empresas precisam ser capazes de fazer uso dessas novas plataformas para atingir seus públicos-alvo. 

Isso geralmente significa romper com os modelos tradicionais de gestão e entender como as pessoas interagem com as marcas online. 

Além disso, é preciso se concentrar na produtividade e nos resultados, em vez de simplesmente gerenciar entradas e saídas. 

Por fim, é importante dar autonomia e flexibilidade aos funcionários para que possam se adaptar às mudanças e inovar. 

Ao enfrentar esses desafios, as empresas conseguem se posicionar para o sucesso e garantir sua competitividade no mercado.

Como é a relação entre a nova economia e o comportamento do cliente?

A globalização provocou uma enorme mudança no comportamento do cliente. Com a facilidade no acesso à informação, o consumidor se empoderou e adquiriu conhecimento por conta própria.

A internet ampliou seus horizontes e o fez perceber que existem empresas que se identificam mais ou menos com seus valores. Além disso, ele conheceu novas soluções que passaram a integrar seu cotidiano.

Esse progresso trouxe inúmeras oportunidades para o consumidor e deu a ela maior poder de escolha e decisão. Seu conhecimento é a moeda da new economy

Ou seja, ele exerce esse poder ao escolher o que for mais adequado a seus interesses, orçamento e momento de vida. Caso opte por algo e não fique satisfeito, o cliente buscará outro fornecedor.

O consumidor atual tem preocupação com a sustentabilidade, com a legalidade dos aspectos da linha produção, com a diversidade e outras questões. 

Portanto, para saber como se destacar no cenário das novas economias, as empresas devem se atentar para o que é importante para o cliente e promover um encantamento constante.

As principais tendências para negócios das novas economias

As tendências da nova economia orientam o comportamento de empresas bem-sucedidas nesta era de transformação digital. E quais são as principais? Confira:

  • Consciência social;
  • Pensamento dos governos como aliados;
  • Ascensão da economia compartilhada, impulsionada por empresas como Airbnb e Uber;
  • Diversidade, como um movimento que busca igualar o acesso de minorias ao negócio;
  • Ênfase crescente no impacto social, com empresas focadas nos critérios ESG e que se esforçam para criar mudanças positivas no mundo;
  • Economia gig, em que os trabalhadores são contratados como autônomos ou contratados para concluir tarefas ou projetos específicos. 

Com a compreensão sobre as características e as tendências da nova economia, é possível perceber que a tecnologia tem um papel importante neste processo.

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Conclusão

As novas economias propõem uma lógica de mercado centrada em pessoas e que preza pelo desenvolvimento sustentável.

O foco no produto dá lugar ao encantamento do cliente, e as empresas passam a criar demandas ao invés de apenas atendê-las.

É uma mudança no próprio modelo de negócios, que passa a trabalhar sob uma ótica inovadora e de propósito.

Neste contexto, os executivos precisam se inteirar cada vez mais sobre tudo aquilo que pode transformar soluções para atingir mais pessoas.

Você sabe o que é inovação disruptiva?

Leia também: O que faz as empresas inovadoras? Conheça grandes nomes e o que as diferencia

Separamos um conteúdo bem interessante para você: Entenda o que é Neurociência comportamental e veja como utilizá-la como estratégia empresarial