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Conheça 4 tipos de benchmarking e alguns exemplos práticos!

Os diversos tipos de benchmarking são ferramentas essenciais para organizações de todos os tipos e segmentos de atuação.

Eles ajudam a identificar áreas de melhoria, medir o progresso ao longo do tempo e entender como elas se posicionam frente a seus concorrentes. 

Ao propiciar entendimento sobre as lacunas e as oportunidades, o benchmarking permite que as empresas tomem decisões informadas sobre o melhor caminho a seguir. 

Neste blogpost, vamos discutir o que é essa ferramenta, sua importância e as vantagens. 

Também vamos fornecer exemplos práticos de benchmarking para que você possa ver como os diferentes tipos são aplicados no mundo real.

Acompanhe!

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O que é benchmarking?

Benchmarking é um processo sistemático e criativo de encontrar, compreender e adaptar as melhores práticas das organizações de classe mundial para maximizar o desempenho empresarial. 

Com ele, as empresas podem medir seus padrões em relação aos de seus concorrentes, clientes ou mesmo suas próprias práticas anteriores.

O objetivo final é obter insights sobre o que é a melhor prática atual do setor, identificando áreas de melhoria, validando novas idéias e comparando diferentes tipos de estratégias. 

Considerando isso, já é possível imaginar a importância e as vantagens do benchmarking, certo?

Qual é a importância do benchmarking?

Importância do benchmarking

O benchmarking é um instrumento essencial para as empresas que procuram se manter à frente da concorrência. 

Ele ajuda a identificar e medir tipos de desempenho, tais como produto, processo e experiência, para que as empresas possam inovar de maneira mais inteligente e eficaz. 

Imagine que você é um líder empresarial e definiu dois tipos de benchmarking que serão utilizados na organização. 

A análise considerará as melhores práticas de atendimento ao cliente. A ideia será, então, examinar de perto os concorrentes bem-sucedidos e outros líderes de mercado neste aspecto.

Seguindo a ideia da McKinsey & Company, você deverá seguir cinco etapas de benchmarking: 

  1. Mapeamento de processos;
  2. Análise de diferenças estruturais;
  3. Normalização e tradução de KPIs;
  4. Benchmarking e análise de drivers;
  5. Estimativa de lacunas e oportunidades.

Como resultado, seu negócio obterá informações fundamentais para aumentar a criação de valor, manter-se à frente no mundo digital e tomar melhores decisões. 

Vantagens do benchmarking

Apontamos anteriormente uma breve introdução de como fazer benchmarking, certo? Mas a partir do conceito é possível identificar uma série de vantagens proporcionadas pelo processo:

  • Valida e inspira novas idéias e estratégias;
  • Mede o progresso, desempenho e resultados ao longo do tempo;
  • Auxilia na identificação de pontos de melhoria e da vantagem competitiva;
  • Ajuda a otimizar as técnicas já utilizadas e elevar as práticas ao padrão do setor;
  • Compara diferentes tipos de estratégias e táticas utilizadas pelos concorrentes;
  • Motiva a equipe, pois ela passa a enxergar os objetivos organizacionais como tangíveis a partir da observação de outras empresas;
  • Contribui para que as empresas tomem decisões informadas sobre seu negócio e permaneçam competitivas em seu mercado;
  • Permite que a empresa evite erros comuns e faça um brainstorming de soluções únicas para melhor produtividade a partir das informações de outras organizações.

Como resultado das vantagens do benchmarking, a empresa experimentará um aumento de produtividade e competitividade.

Em consequência, conseguirá ampliar sua margem de lucro.

Ótimo, não? Então vamos conhecer os principais tipos de benchmarking!

Os principais tipos de benchmarking

Principais tipos de benchmarking

Existem diversos tipos de benchmarking que podem ser utilizados por uma organização. Seja qual for o escolhido, eles compartilham quatro pilares fundamentais: 

  • Reciprocidade: empresas compartilham informações e dados.
  • Validade: os dados coletados devem ser válidos e verdadeiros.
  • Analogia: a informação recebida é adaptada à realidade da empresa.
  • Medição: comparação do desempenho do padrão de referência com o da empresa.

E quais são os tipos de benchmarking? Apontamos quatro principais a seguir!

Benchmarking competitivo

O benchmarking competitivo é um dos tipos mais utilizados no ambiente corporativo. 

Ele envolve a comparação do desempenho e das práticas de sua organização com as de seus principais concorrentes para entender o posicionamento no mercado. 

Apesar do amplo uso, é um processo que enfrenta desafios em torno da coleta de informações.

Isso porque existem dados mais sigilosos, que só serão obtidos por meio de consultorias externas ou clientes ocultos.

Mesmo assim, é possível conseguir dados sobre faturamento e crescimento dessas empresas por meio das informações oficiais divulgadas ao mercado. 

Com este tipo de benchmarking, você entenderá onde sua empresa se encontra em relação aos concorrentes diretos e o que precisa ser feito para se manter competitivo no mercado.

Benchmarking interno

O benchmarking interno é um processo de comparar o desempenho e as práticas de sua organização com as de seus próprios departamentos, unidades ou filiais. 

Ao rastrear métricas individuais de desempenho, o benchmarking interno proporciona uma oportunidade para inovação e melhoria. 

Essa técnica permite às companhias identificar as melhores práticas em seu setor, bem como áreas para potencial melhoria. 

Por meio dela, as organizações podem adotar métodos mais eficientes, padronizar processos e se tornar mais produtivas.

Benchmarking genérico

Benchmarking genérico

O benchmarking genérico compara o desempenho e os indicadores de sua empresa com as organizações de outras indústrias ou setores. 

Ele ajuda você a avaliar o nível de qualidade e eficiência que pode ser alcançado a partir de diferentes tipos de estratégias, táticas e processos. 

Neste aspecto, o pilar da analogia será fundamental para pensar em como adaptar as ações bem-sucedidas de empresas de outro setor ao seu negócio.

Pela riqueza de informações e pela facilidade de acesso, esse é outro tipo de benchmarking muito utilizado na atualidade.

Benchmarking funcional

Por fim, o benchmarking funcional é um processo de comparação das práticas de seu negócio com aquelas de determinada função ou processo. 

Se existe uma organização do seu segmento que se destaca pela área de marketing, você pode utilizar o benchmarking funcional para comparar unicamente essa área.

Assim, o processo ajudará o líder a identificar maneiras de melhorar a eficiência, reduzir custos e aumentar a eficácia do marketing praticado atualmente. 

Vale destacar que a ideia principal dessa abordagem é fornecer às empresas um roteiro para otimizar o desempenho sem ter que “reinventar a roda”.

Por isso, é uma ferramenta inestimável para estimular alguns tipos de inovação.

Agora que você conheceu os principais tipos de benchmarking, é interessante ver como eles são aplicados na prática, certo?

Então vamos a alguns exemplos! 

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Exemplos práticos de benchmarking

Mais do que pensar nas etapas de benchmarking, a melhor forma de entender a ferramenta é ver como ela funciona na realidade, certo?

Separamos aqui cinco exemplos práticos de benchmarking que abordam diversos aspectos que mencionamos. 

Confira!

1. Assolan x Bombril

A Assolan surgiu em 1958 e ficou conhecida pela produção de esponjas de lã de aço. 

Atualmente, ela pertence à gigante Ypê e tem como produtos não só as esponjas, mas também panos de limpeza e saponáceos.

A empresa foi pioneira pela embalagem em saquinhos plásticos, mas nunca experimentou uma grande ascensão.

Um dos principais motivos para isso é sua maior concorrente, a Bombril, que surgiu em 1948. 

Mais do que fabricar produtos de higiene e limpeza doméstica, a Bombril estudou o mercado e potencializou os principais pontos fortes da Assolan para si mesma. 

O destaque ficou com o trabalho de marketing da marca, que entrou na cabeça dos brasileiros pelo garoto-propaganda ou pela expressão “1001 utilidades”.

2. Coca-Cola x concorrentes indiretos

Exemplo de benchmarking da Coca-Cola

Em 8 de maio de 1886 nascia uma das empresas mais famosas da atualidade. Com uma história que já dura mais de 100 anos, a Coca-Cola enfrentou desafios inusitados.

Nos dias de hoje, se você pensar no principal concorrente da Coca, certamente dirá Pepsi. Mas se você fizer a mesma pergunta para a empresa, terá uma resposta diferente: água de torneira.

Para explicar esse exemplo prático de benchmarking, vamos pensar nos concorrentes indiretos da Coca. 

Qual a utilidade do café e dos picolés de frutas? Trazer uma animação para o dia a dia (cafeína) e refrescar, certo?

Essa é a proposta principal da Coca-Cola. Por isso, ao invés de focar no mercado de refrigerantes, a marca passou a se atentar para os concorrentes diretos que absorviam seu público-alvo.

3. Gol Linhas Aéreas e benchmarking internacional

De acordo com o Anuário do Transporte Aéreo 2021 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Gol Linhas Aéreas foi a terceira companhia com maior participação no mercado doméstico, com 18,8 milhões passageiros transportados. 

E como a empresa fundada em 2001 chegou a este patamar?

De forma resumida, foi a primeira companhia brasileira a adotar o modelo de gestão de baixo custo. Adotar o “low cost” é oferecer preços acessíveis nas passagens aéreas. 

Para isso, a Gol fez um benchmarking internacional e analisou companhias que ofereciam passagens com um custo inferior ao dos concorrentes. 

É o caso da  britânica EasyJet e da irlandesa Ryanair, que obtiveram bons resultados com a prática.

Para reduzir os custos na época, a empresa eliminou alguns benefícios aos clientes, como a alimentação gratuita, e implantou cobranças para a reserva prévia de assentos.

Com isso, conseguiu abaixar o preço das passagens para um patamar bem abaixo daquele cobrado pelos concorrentes.

No entanto, atualmente, já podemos perceber que o preço é semelhante à concorrência.

4. Nubank x instituições financeiras tradicionais

benchmarking do Nubank

O Nubank se tornou o terceiro “unicórnio” do Brasil e existem vários motivos para isso.

Em uma análise do mercado financeiro tradicional, seus fundadores perceberam que existiam vários serviços oferecidos pelas instituições financeiras brasileiras que poderiam ser melhorados. 

O foco era o relacionamento com os clientes e, para isso, pensaram em uma startup que ofereceria serviços bancários sem tarifas. 

A partir de um benchmarking competitivo bem feito, a fintech inovou em diversas frentes: 

  • Pagamento antecipado e com desconto de compras parceladas;
  • Programa de benefícios (Nubank Rewards), que se tornou uma conta digital;
  • Cartão de crédito internacional sem anuidade e completamente gerenciado pelo aplicativo;
  • NuCommunity, uma plataforma de discussão que oferta exclusividades aos membros mais engajados.

Não à toa, o Nubank foi considerado o banco mais valioso da América Latina em 2022.

5. Xerox

Ainda na década de 1970, a Xerox utilizava o benchmarking para aprimorar suas operações e reduzir o preço de seus produtos para o mercado.

Suas principais concorrentes japonesas (Canon e Nashua) já ofertavam materiais a baixo custo. 

Para descobrir como isso era possível, a Xerox comprou os equipamentos dessas empresas e os desmontou. Deu certo.

O sucesso da marca foi tanto que ela se associa profundamente à ideia de fotocópia, de modo que a palavra xerox é utilizada como substantivo (máquina fotocopiadora) ou verbo (fazer uma fotocópia).

E uma curiosidade que também demonstra uma atenção especial ao mercado: o último X de Xerox só existe para dar à marca um nome de aspecto similar à outra empresa de Rochester (Nova Iorque): a Kodak.

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Conclusão

Conhecer os tipos de benchmarking é importante para que os líderes tenham ferramentas adequadas para cada contexto empresarial.

As análises comparativas, seja com seu próprio mercado ou com outros setores, podem trazer insights essenciais para um caminho de criatividade e inovação.

Casos como Nubank e Gol mostram que a percepção atenta ao mercado consumidor pode trazer frutos substanciais e elevar a empresa a outro patamar.

Portanto, os líderes empresariais devem se manter com a mente aberta para, se necessário, mudar o mindset para um novo modelo de empreendimento.

Aproveite para entender a importância da mudança de mindset para seu negócio!

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