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A área de Gente e Gestão está pronta para lidar com a desafiadora Inteligência Artificial (IA)?

Por Ivan Cruz, cofundador da Athon Consulting e da Mereo

Este artigo que você está lendo poderia ter sido pensado e escrito por uma máquina, e não por um humano. Pudera: a inteligência artificial (AI, na sigla em inglês) saiu dos filmes de ficção e está cada vez mais presentes no nosso dia a dia e nas companhias. De acordo com a empresa de pesquisa e consultoria Gartner, até 2025, 30% das mensagens enviadas por grandes organizações serão geradas por AI.

Em linhas gerais, esse tipo de inteligência está relacionada ao desenvolvimento de sistemas de computador capazes de realizar tarefas que exigem inteligência humana, caso da percepção visual, do reconhecimento de fala, da tomada de decisão e da tradução entre idiomas. Envolve a criação de algoritmos e modelos que permitem que as máquinas processem informações, aprendam com dados, tomem decisões, resolvam problemas e interajam com o ambiente de maneira inteligente. No Brasil, 41% das empresas já a incorporaram, apontam dados da IBM, e a tendência é de crescimento, uma vez que a adoção está se tornando mais acessível às empresas, há crescente incorporação em aplicativos de negócios padrão e a necessidade de reduzir custos e automatizar processos-chave.

Mas onde entra o setor de Gente e Gestão neste processo? Essa tecnologia é capaz de automatizar uma série de tarefas inerentes ao setor, como recrutamento e seleção, gestão de conhecimento e avaliação de desempenho. Para se ter uma ideia, 40% dos funcionários de PMEs afirmam que a empresa onde trabalham estão usando a tecnologia na área de Gente e Gestão – os dados são da Capterra. Isso denota, de certa forma, que o setor tem se realinhado nas suas prioridades, refletindo as novas necessidades da força de trabalho moderna.

Algumas empresas do setor tem ido mais além e trabalhado com o que chamamos de IA generativa. São, de acordo com Fernandes (2023), tecnologias capazes de impactar todo tipo de empresa e de qualquer porte, sejam no segmento industrial, comércio ou, até, na prestação de serviços, tendo em vista sua imensa capacidade de contribuição ao trabalho já realizado pelos colaboradores atualmente em diferentes âmbitos de seus trabalhos. O uso massivo das ferramentas em IA Generativa vem, explica Ramos (2023), principalmente, impulsionado pelos usuários colaboradores devido à sua simplicidade. Com uma interface de linguagem natural, como um chat, por exemplo, tem tornado a tecnologia mais acessível, até para os usuários com pouco ou sem conhecimento em IA.

Hoje, pontuam especialistas do MIT Technology Review, a integração eficaz dessas tecnologias é crucial para o êxito da estratégia de negócios das empresas. Apesar da rápida evolução tecnológica, do interesse das empresas sobre o tema e da crescente presença dessas ferramentas no ambiente corporativo, ainda há desafios significativos na implementação bem-sucedida da IA generativa. Porém, também tem se demonstrado não uniforme, apontam estudiosos do tema, com determinadas empresas e setores demonstrado maior capacidade de absorver e implementar essas tecnologias.

A ideia de incorporar AI generativa implica na busca por simplificar e agilizar a análise de dados, fornecendo aos usuários uma ferramenta poderosa para obter os dados de maneira mais rápida e precisa. O objetivo não é apenas aumentar a produtividade do colaborador, mas sim facilitar o entendimento dos dados, possibilitando a identificação de tendências, padrões e oportunidades de melhoria de maneira mais eficiente. Como resposta, as pessoas são impulsionadas e, consequentemente, as organizações.

Exemplos de empresas que estão inserindo a IA generativa nos seus processos não faltam. Cito alguns casos:

● O Carrefour utiliza o bot Hopla, que auxilia clientes a escolher produtos em sua plataforma de comércio eletrônico na França de acordo com seu orçamento e seus hábitos de consumo, oferecendo sugestões para evitar desperdícios;

● A Linx, especialista em tecnologia para o varejo, desenvolveu o Linx Chat Commerce, que utiliza uma rede neural própria e o ChatGPT para solucionar demandas específicas dos varejistas de diversos segmentos, como aumentar o engajamento do consumidor e melhorar as conversões;

● A construtora MRV Engenharia utiliza a tecnologia desde o atendimento ao consumidor até o processo de compras de materiais. Exemplo: quando o consumidor entra no site da companhia, se interessa por um imóvel e clica no botão “chat 24 horas”, há um chatbot atendendo. Com isso, a MRV consegue manter uma central de atendimento com estrutura mais enxuta e menos atendentes;

● O Bradesco conta com a BIA, uma inteligência artificial que funciona como uma assistente pessoal para os clientes. Ela permite a execução de atividades como transferências e pagamentos usando a identificação por voz, por exemplo;

● A Uber usa a inteligência artificial em um chatbot, que responde a 30 mil mensagens por semana, com índice de satisfação maior que 95%, segundo a empresa;

● O Itaú usa ferramentas de inteligência artificial em diversas áreas, como na parte jurídica do banco, na qual a IA é usada para leitura de cerca de 70 mil processos por mês.

Motivos para usar a IA generativa não faltam. Considerando que uma das tendências é um setor mais voltado para o People Analytics, a criação de relatórios de desempenho individualizados para colaboradores, certamente, trará um retorno considerável sobre a identificação de oportunidades de desenvolvimento. Essa tecnologia pode ser peça-chave na jornada do colaborador na empresa, uma vez que oferece uma valiosa assistência aos gerentes na criação de informações, análise e resumo de feedback extenso e baseado em critérios, como avaliações numéricas e outros indicadores de desempenho respaldados por dados. Nesse caso, a um clique, os gestores podem obter um resumo que destaca os aspectos mais relevantes e predominantes do desempenho de um funcionário ao longo da sua jornada. Este resumo servirá como um guia para os gerentes, que podem ter uma condução mais correta com seus liderados, permitindo a identificação do crescimento e a definição de oportunidades de desenvolvimento para o futuro.

A AI generativa também é fundamental no alcance de metas. Organizações com dificuldade no planejamento estratégico e na definição de seus indicadores podem utilizar a tecnologia para auxiliar os gestores na formulação de metas específicas, mensuráveis, alcançáveis e relevantes para seus negócios. A plataforma pode gerar sugestões de metas e ações com base no histórico e em dados de mercado, tornando o processo de estabelecimento de metas muito mais eficaz, além de facilitar a leitura de dados e a assertividade na tomada de decisões.

De acordo com Viola (2023), há três métodos principais de implementação desta tecnologia: 1) aquisição de software com IA integrada; 2) uso de modelos de terceiros via integrações; 3) desenvolvimento de modelos próprios com dados públicos e privados. Muitas organizações preferem as duas primeiras opções, em razão da baixa complexidade de uso da tecnologia, custos baixos de implantação e até a necessidade de mão de obra. Outras acabam por escolher a terceira via, pois maximizam as vantagens competitivas, permitindo controle total sobre a IA, desde treinamento até governança, visando proteger dados e cumprir padrões éticos e legais, ou até garantindo propriedade e controle sobre modelos cruciais para inovação e monetização.

Logo, ter infraestrutura, talento e acesso a dados são fundamentais para estar na fronteira da inovação em IA generativa. Porém, não é uma tarefa fácil definir a maneira correta de se implementar a tecnologia. Para Bersin (2023), ao se tratar de implementar a IA generativa no RH, por exemplo, é fundamental pensar em um problema de cada vez. Ou seja, qual é o objetivo da implementação”. É essencial identificar os principais desafios ou áreas nas quais é preciso otimizar e melhorar a eficiência e avaliar as necessidades específicas da organização, desde o recrutamento até o treinamento e desenvolvimento. Ainda, buscar uma solução escalável, planejada a longo prazo. Escolher uma solução que possa crescer com as necessidades da companhia. Além disso, é preciso envolver a equipe responsável por colocar a implementação dessa tecnologia em ação, capacitando a equipe para que atue com a tecnologia. As soluções baseadas em IA precisam de cuidados e alimentação contínuos.

Dados de 2023 do Capgemini Research Institute’s mostram que a grande maioria das empresas, que ainda estão entendendo como aderir à tecnologia aos seus produtos e serviços, tem um uso mais simplificado das ferramentas de IA disponíveis e abertas no mercado. Utilizando o ChatGPT, Copilot, Bard, entre outras, os colaboradores enxergam a IA generativa como um meio para aumentar a eficiência, se liberando de tarefas rotineiras e possibilitando a concentração em aspectos mais estratégicos do trabalho.

Embora seja algo muito novo e desafiador, a AI veio para ficar e pode avançar a passos largos. Executivos precisam entender olhar para a tecnologia e compreender de que forma ela pode impulsionar a inovação, a tomada de decisões e a eficiência, e também onde ela não pode fornecer valor. É necessário, também, ter presente as distinções entre restrições técnicas e organizacionais, como barreiras culturais, escassez de pessoal capacitado e o desafio de incorporar a IA em produtos e processos. Fato é que a implementação de tecnologias avançadas, como a IA generativa, traz consigo potenciais riscos que precisam ser cuidadosamente considerados e mitigados, pondera Sears (2023). Eles podem estar diretamente ligados à própria tecnologia, por isso é crucial, por exemplo, estabelecer proteções regulamentares, de conformidade, de segurança cibernética e de privacidade eficientes para que as ferramentas de IA generativa possam acessar fontes de dados variadas, com segurança.

Este texto não foi escrito por uma máquina, e sim por um humano entusiasta da AI. Vejo nessa tecnologia um potencial gigantesco de redução de custos, operações mais eficientes, agilidade nos processos e aumento da produtividade. Ou seja, uma oportunidade para gestores, investidores e colaboradores. E pelo jeito todo mundo ganha.

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Todos preparados para o SXSW 2024?

O South by Southwest (SXSW) é um dos maiores eventos de tecnologia, música, cinema e cultura do mundo, sediado anualmente na cidade de Austin, Texas. Sua história remonta a 1987, quando foi fundado por Roland Swenson, Louis Jay Meyers, Louis Black e Nick Barbaro, ainda como um festival musical. No Upload do SXSW 2024 feito no Learning Village, a White Rabbit destacou o quanto este evento ainda é reconhecido desta maneira pelos moradores de Austin. Porém, com sua grandeza, rapidamente expandiu-se para incluir as indústrias de cinema e tecnologia, tornando-se um ponto de encontro para profissionais e entusiastas de diversas áreas.

Ao longo dos anos, o evento cresceu exponencialmente, atraindo milhares de participantes de todo o mundo. O evento é conhecido por sua atmosfera única de criatividade e inovação, proporcionando uma plataforma para artistas emergentes, startups promissoras e figuras proeminentes das indústrias de entretenimento e tecnologia. Desde palestras inspiradoras até shows musicais memoráveis, o SXSW oferece uma variedade de experiências enriquecedoras para seus participantes.

Uma das características distintivas do SXSW é seu formato multidisciplinar, que permite a interação entre diferentes setores e o cruzamento de ideias. Isso resulta em colaborações inovadoras e oportunidades de networking incomparáveis, onde empreendedores podem se conectar com investidores, cineastas podem encontrar distribuidores e músicos podem alcançar novos públicos.

Ao longo dos anos, o SXSW também se tornou um palco para importantes lançamentos e anúncios, com grandes empresas de tecnologia revelando suas últimas inovações e tendências emergentes sendo debatidas e exploradas em profundidade. Além disso, o evento desempenha um papel significativo no impulso da economia local de Austin, gerando receita para empresas locais e promovendo o turismo na região.

Como o SXSW é mais do que apenas um evento, teremos cobertura in loco deste evento. Será um ponto de encontro para mentes criativas e visionárias de todo o mundo e não poderíamos estar de fora dessa. Sua história de sucesso reflete a capacidade de unir diversas indústrias em um ambiente de colaboração e inspiração, impulsionando a inovação e influenciando a cultura global de maneiras profundas e significativas.

Mais SXSW dentro do SXSW

O empreendedorismo e a inovação serão temas recorrentes no SXSW 2024, com uma ênfase especial na criação de empresas e soluções que abordem desafios globais. Startups e empresas de tecnologia terão a oportunidade de apresentar suas ideias e produtos inovadores, enquanto investidores e mentores oferecerão orientação e suporte para impulsionar o crescimento e o sucesso. Também serão discutidas questões relacionadas ao financiamento de startups, estratégias de crescimento e a ética nos negócios.

Porém, o que poucos sabem é que há outras temáticas distintas durante o evento. Por exemplo, o SXSW Edu começa antes do evento principal. Neste momento, dado a necessidade de letramento e transformação na área de educação, será discutido como as organizações podem se adaptar e preparar seus colaboradores para os desafios do futuro. Além disso, serão exploradas novas abordagens para o ensino e a aprendizagem, incluindo o papel da tecnologia na educação remota e no desenvolvimento de habilidades para a era digital.

Além disso, o SXSW 2024 destacará questões relacionadas à sustentabilidade e responsabilidade social. Com crescente preocupação com as mudanças climáticas e o impacto ambiental das atividades humanas, o evento irá abordar soluções inovadoras para promover práticas sustentáveis nos negócios, design urbano, agricultura e outras áreas. Também serão discutidas estratégias para promover a equidade social e a inclusão, visando construir comunidades mais justas e acessíveis para todos.

A arte e a cultura ocuparão um lugar central no SXSW de 2024, com uma variedade de painéis, performances e exibições que celebram a criatividade em suas diversas formas. Desde música e cinema até literatura e artes visuais, o evento oferecerá uma plataforma para artistas emergentes e estabelecidos compartilharem seus trabalhos e explorarem novas ideias. Também será dado destaque ao papel da cultura na promoção do diálogo intercultural e na construção de pontes entre comunidades diversas.

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Para além da transformação digital: um olhar para os Sistemas Sociais

Alcançar práticas mais coerentes passam por entender desafios complexos além do sistema mecânico que uma empresa possui

Por Alexandre Magno

 A transformação digital frequentemente é interpretada como um fenômeno estritamente tecnológico, no entanto, sua essência transcende a mera aplicação de inovações. A verdadeira transformação – dentro, e fora das organizações -, reside na reconfiguração profunda dos sistemas sociais, que impacta não apenas o cenário tecnológico, mas também as interações humanas.

O avanço da maturidade digital é, sem dúvidas, mais do que necessário para que as empresas possam impulsionar suas posições no mercado de forma mais significativa. Na pesquisa conduzida pelo Opinion Box em parceria com a Ploomes, que demostra essa realidade, . os dados apontam uma notável transformação digital no cenário B2B brasileiro, em que 68% das companhias evidenciaram um aumento em sua presença digital desde o início da pandemia.

Especificamente, 73% delas incorporaram mais ferramentas digitais em suas operações, indicando uma resposta ágil e adaptativa às mudanças no ambiente de negócios. Esse dado não apenas ressalta a rápida adoção de tecnologias, mas também sinaliza uma mudança significativa na mentalidade e nas estratégias utilizadas, impactando diretamente os mais diversos sistemas sociais.

Quando nos referimos a sistemas sociais, estamos, na verdade, explorando a intrincada rede de relações, processos e estruturas que compõem uma comunidade. Esses sistemas manifestam-se em diversas formas e escalas, desde pequenos grupos até comunidades e situações mais amplas e complexas.

Aspectos cruciais incluem relações interpessoais, restrições do sistema – que podem restringir ou mesmo habilitar possibilidades -, normas e valores, influência, papéis e identidades sociais, traços culturais, adaptação, conflitos e cooperação. Compreender essa dinâmica é essencial, pois exerce uma influência significativa no comportamento humano e nas dinâmicas desses grupos.

O framework Cynefin como uma bússola para compreender os sistemas sociais em transformação

Há mais de duas décadas, Dave Snowden desenvolveu o Cynefin, um framework que se tornou uma ferramenta valiosa para compreender a complexidade dos sistemas sociais e agir de forma apropriada em determinadas ocasiões.

O Cynefin destaca a necessidade de uma abordagem contextualizada e menos simplificada para promover transformações positivas em situações específicas. Afinal, a resolução ou exploração dos problemas dentro desses sistemas exige o reconhecimento e a compreensão de sua real complexidade. O framework posiciona os problemas em cinco domínios distintos:

  1. Claro (Clear): que têm causas e efeitos claros, e a solução é evidente. Aqui, as melhores práticas e padrões podem ser aplicados.
  2. Complicado (Complicated): têm uma solução, mas ela pode exigir especialização ou análise mais aprofundada. Especialistas e boas práticas podem ser decisivos nesse domínio.
  3. Complexo (Complex): não têm uma solução clara, e as relações causais só são compreendidas em retrospectiva. Sondagem e  experimentação disciplinada são necessárias para encontrar soluções.
  4. Caótico (Chaotic): além de não haver relação clara entre causa e efeito, a ação imediata para estabilizar a situação se faz necessário – idealmente em uma transição para o domínio complexo para que se entenda melhor a situação.
  5. Confuso (Aporetic/Confused): um estado intencional ou acidental de desconhecimento, onde a natureza, ou mesmo existência do problema ainda não está clara, e a abordagem apropriada precisa ser determinada.

Sendo o Cynefin um framework a ser aplicado em sistemas sociais, reconhecemos que os desafios enfrentados em interações humanas muitas vezes, para nosso desgosto, se enquadram no domínio complexo. A complexidade das relações, a diversidade de valores, e a influência de fatores culturais tornam difícil prever e controlar os resultados. 

A armadilha da transformação genérica

No mundo corporativo, por exemplo, é comum ver empresas adotando uma única abordagem de transformação para todos os setores como a implementação generalizada de squads, OKRs ou design.

No entanto, essa prática pode não se mostrar eficaz na dinâmica atual das organizações. Segundo a teoria da complexidade, muitos dos nossos sistemas sociais, como as empresas, operam em uma dinâmica altamente complexa, onde o que funciona em um contexto pode ser ineficaz em outro e o sucesso de ontem pode ser um obstáculo hoje.

Portanto, a transformação, seja ela tecnológica ou não, não pode ser abordada de maneira uniforme, ou puramente inspirada em uma história de sucesso, por exemplo, “se a Amazon ou a Apple fazem desta maneira, quero fazer também”. 

A complexidade dos sistemas sociais exige uma compreensão profunda de cada contexto organizacional. Aqueles que buscam a inovação devem abandonar a mentalidade de “tamanho único” e adotar abordagens mais contextualizadas, flexíveis e adaptáveis.

Empresas complexas precisam entender a complexidade, e não tentar evitá-la

A grande maioria dos executivos que lideram uma transformação digital na sua empresa, concordam quanto à complexidade encontrada ao longo dessa jornada – aliás, pouquíssimos diriam que tem em mãos um desafio de clara e simples resolução. E é nessa contradição que temos um grande desafio comportamental para a liderança moderna: se reconhecemos que nossos desafios são complexos por que insistimos em implementar soluções simples? 

Nessa linha, olhar para a empresa como um sistema social que é, e não como um sistema mecânico, ajudará a alcançar uma prática mais coerente.  O Cynefin pode ajudar o executivo a não apenas entender em qual contexto social se encontra e sobre seu grau de complexidade, mas, principalmente, em como agir de forma apropriada em cada um desses contextos.