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Treinamento de liderança: quais temas podem ser abordados e como fazer um?

Um líder tem o papel de orientar seus liderados para atuarem da melhor maneira dentro da empresa. Mas também é preciso que um negócio seja capaz de criar outros líderes. E é aí que entra o treinamento de liderança.

A questão aqui é que esse tipo de capacitação nem sempre é tão simples. Elaborar um bom treinamento para que os líderes possam se desenvolver pode se tornar um desafio na organização. 

Então, como realmente capacitar profissionais para estar à frente das suas equipes?

Nesse artigo, vamos falar sobre isso: explicaremos o que é um treinamento de liderança, quais temas podem ser abordados e, principalmente, dicas para uma empresa fazer uma capacitação que gere bons resultados. Vamos lá? Tenha uma boa leitura!

Leia também: o que são Organizações Autônomas Descentralizadas (DAO) e como funcionam?

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O que é um treinamento de liderança?

O treinamento de liderança é um conjunto de programas, ações e atividades que visam capacitar profissionais para exercerem cargos de liderança.

Estamos falando de cursos, palestras, workshops ou qualquer outro formato que tenha a capacidade de oferecer uma capacitação a um profissional.

Nesse processo, o gestor ou executivo vai desenvolver habilidades de liderança que vai ocupar ou que já ocupa. É comum que esses treinamentos envolvem tanto hard skills (conhecimentos técnicos) como soft skills, como habilidades interpessoais — mais a frente falaremos disso.

Um ponto fundamental aqui é que o treinamento de liderança sempre é algo contextual. Ou seja, ele funciona desde que seja escolhido para suprir alguma demanda da organização em relação ao nível de liderança.

Por exemplo, para treinar um novo líder de vendas é preciso de atividades e temas que sejam relevantes para este contexto, como técnica de persuasão e negociação.

Mas para treinar líderes do setor de marketing, os tópicos a serem abordados são outros, como storytelling, ferramentas de marketing digital e processos de tomada de decisões. Na área financeira, da mesma forma, e assim sucessivamente.

Sendo assim, é possível treinar líderes de diferentes áreas para desenvolverem seu potencial.

Qual é o objetivo dos treinamentos de liderança?

O treinamento de liderança tem como objetivo criar líderes mais qualificados e preparados para conduzir equipes, projetos e atividades.

Ou seja, a capacitação busca formar profissionais que estejam prontos para motivar e guide as pessoas de uma maneira que gere a melhor performance.

Isso serve também para quem está começando, quem já está a um tempo na organização como para quem está almejando um novo cargo.

Nele, o foco é fazer tudo de maneira estratégica. Logo, todo o desenvolvimento de competências que um determinado líder deve ter precisa passar por um planejamento prévio. Para resumir, o objetivo, então, do treinamento de liderança é:

  • aperfeiçoar habilidades dos líderes;
  • desenvolver novas competências;
  • oferecer trocas de conhecimento.

Qual é a importância do treinamento de liderança? Por que investir em um?

a importância do treinamento de lideranças

O treinamento de liderança é importante porque ele ajuda a construir um líder, mas não só isso: ele ajuda a dar uma dimensão maior de qual é o papel dessa pessoa.

Em outras palavras, o gestor entende o que é preciso para ter uma boa performance diante do seu nível, seja ele novo nisso ou não.

Se as empresas querem ter ganhos de produtividade, treinar líderes vai ajudar com isso, afinal, terá alguém com mais capacidade para guiar os liderados.

Inclusive, esse é um grande gap das empresas. No relatório Global Human Capital Trends 2019 publicado pela Deloitte, 41% dos líderes empresariais acreditam que suas organizações não atendem aos padrões de liderança necessários.

Logo, treinar líderes é fazer um investimento a longo prazo para a empresa, trazendo o negócio para um patamar mais elevado, com profissionais continuamente melhores para lidar com as responsabilidades alinhadas à liderança.

Quais temas podem ser tratados nos treinamentos de liderança? Veja 5

Finalmente, vamos falar sobre o que pode se tornar conteúdo dentro de um treinamento de liderança. Reunimos aqui 6 temas interessantes para que sua organização use como foco da capacitação. São eles:

  1. Conhecimentos técnicos;
  2. Gestão de equipes e pessoas;
  3. Mentoria e orientação;
  4. Gestão de crises e conflitos;
  5. Acompanhamento de metas.

A seguir, iremos explicar sobre cada um deles!

1. Conhecimentos técnicos

Líderes precisam dominar a parte técnica do setor que eles lideram. Não há como ser um bom líder do time de vendas se o gestor não domina esse tema — e mais do que isso, também é importante ter experiência profissional enquanto vendedor.

Essa bagagem é o que vai trazer um olhar diferenciado para a liderança, afinal, essa pessoa já passou por situações e desafios que podem servir como referência para o time.

Sendo assim, os treinamentos podem ser tanto reciclagem de temas que o líder deve ser especialista como também a inovação de novos conteúdos técnicos que vão agregar à liderança. Quanto mais conhecimento, melhor será para esse papel.

2. Gestão de equipes e pessoas

Bons líderes precisam saber gerir pessoas e equipes. Isso significa que eles precisam saber quando dar feedback correto, entender formas de motivar inteligentemente e, obviamente, guiar esses profissionais.

A melhora da performance do time pode ser uma métrica trabalhada por um líder, considerando que ele será responsável direta e indiretamente por ela. Mas o foco aqui é dominar todas as ferramentas de comunicação interpessoal e usá-las quando for adequado.

Isso é importante para quebrar a visão de que apenas os recursos humanos devem se preocupar com isso. A liderança também tem uma relação forte com gestão de pessoas, afinal, um líder sempre está próximo aos colaboradores.

3. Mentoria e orientação

temas para treinamento de liderança

Já falamos aqui diversas vezes que o líder carrega consigo o compromisso de influenciar os seus liderados. Logo, a mentoria e a orientação são duas características que precisam fazer parte da postura dele.

Temas como esses podem ser explorados nos treinamentos de liderança, para que aqueles que estão preparando-se para o cargo entendam quais são os caminhos e como alcançar essa postura de mentor.

Existem abordagens que funcionam melhor em determinados tipos de empresas, então a forma de guiar a capacitação para esses líderes vai depender diretamente disso.

Programas de mentoria podem ser feitos junto com mentores mais experientes, sendo uma ótima oportunidade de troca de conhecimento.

4. Gestão de crises e conflitos

Líderes também precisam dominar a gestão de crises e conflitos. Embora não seja um papel principal seu e nem somente sua responsabilidade, a maneira como ele colabora para evitar — e contornar — essas situações dentro de uma organização é fundamental.

Estamos falando de boas práticas em situações emergenciais, como uma maneira de reduzir os impactos negativos de um erro dentro da empresa. 

Da mesma forma, saber fazer uma boa gestão de conflitos pode indicar oportunidades de melhorar a organização como um todo.

Se o líder não é capaz de reavaliar a estratégia que está escolhendo e que resultou em uma situação conflituosa, dificilmente ele vai saber como sair desse contexto com sucesso e com o menor prejuízo possível.

5. Acompanhamento de metas

Outro tema que pode ser tratado no treinamento de liderança é a capacidade de acompanhar metas. Esse é um ponto que depende fortemente de quão bem definido está o planejamento estratégico de uma empresa.

É a partir dele que os líderes devem entender como o time é capaz de alcançarem suas metas — mas não só isso: avaliar também como está sendo o desempenho de cada um. E isso tudo depende de um bom acompanhamento dos objetivos de cada projeto.

Sejam metas internas ou metas externas, é papel dessa figura saber, controlar e, principalmente, mensurar os resultados dos esforços que os colaboradores dedicam para determinada tarefa.

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Dicas para fazer um treinamento de liderança eficiente

dicas para treinamento de liderança

Chegamos então na hora de fazer as melhores dicas quanto a execução de um treinamento de liderança. Entre elas, podemos destacar:

  1. Tenha foco na finalidade do treinamento;
  2. Identifique os profissionais adequados;
  3. Avalie o formato mais indicado;
  4. Sempre busque programas atualizados;
  5. Trace um plano de acompanhamento;
  6. Faça avaliações dos resultados desejados.

Daqui em diante, iremos falar um pouco sobre cada uma dessas práticas. Acompanhe!

Tenha foco na finalidade do treinamento

É importante mapear a finalidade do treinamento de liderança, para que o conteúdo desenvolvido atenda às necessidades da empresa e dos participantes.

É preciso pensar no treinamento como um todo — e não como treinos avulsos — para que ele seja realmente eficiente.Lembre-se também que o tipo de liderança influencia aqui.

Para isso, a empresa deve se preocupar em fazer uma pesquisa de levantamento de necessidade para identificar o que se deve melhorar nos atuais líderes ou desenvolver nos novos. Sempre considerando as expectativas da empresa.

Identifique os profissionais adequados

Após levantar as necessidades do treinamento de liderança, é hora de identificar os profissionais adequados para treinar. Isso inclui tanto aqueles que ocupam cargos de liderança, quanto aqueles que estão aprendendo para isso.

Essa é uma prática da empresa para todos os setores? Ou então estamos falando de um departamento que precisa muito mais do que os outros?

De toda forma, sempre foque em selecionar quem realmente vai ser impactado por isso. Não faz sentido investir em um treinamento se a pessoa não tiver o aproveitamento que se deveria ter naquele momento.

Avalie o formato mais indicado

Além das pessoas que irão participar, você precisa pensar no formato. Afinal, é melhor investir em um curso online? Em uma palestra presencial? Em um workshop de 3 dias seguidos?

Como treinamentos de liderança podem ser mais extensos, é importante considerar a empresa para escolher o tipo de capacitação adequada aqui.

Por exemplo, um treinamento presencial pode ser mais adequado para algumas habilidades que exigem interação com outros profissionais, como vendedores de ambientes físicos.

Sempre busque programas atualizados

como fazer um treinamento de liderança com eficiência

Na hora de escolher os programas de treinamento de liderança, sua organização deve buscar o que há de mais novo no mercado.

Isso significa, em outras palavras, pensar no futuro: o que deve vir como tendência nos próximos anos para esse setor de liderança? Focar na gestão da inovação e em tecnologia podem ser excelentes maneiras de se atualizar no contexto atual.

Quais caminhos de liderança estão emergindo? Além disso, buscar treinamentos atualizados é uma forma de assegurar que você tem os melhores conteúdos para oferecer a seus líderes.

Trace um plano de acompanhamento

Aqui entra uma responsabilidade que já falamos algumas vezes: acompanhar o sucesso da capacitação do líder.

Não adianta treinar líderes sem um planejamento, a partir de um modelo de gestão. Portanto, é fundamental que sempre exista um plano de carreira para todos os líderes (e isso se estende para os colaboradores também).

O plano de carreira precisa acompanhar os treinamentos, as habilidades desenvolvidas e até mesmo as metas alcançadas. Assim, fica muito mais simples controlar o progresso do treinamento de liderança. 

Faça avaliações dos resultados desejados

Além de treinar os líderes, é importante avaliar se eles atingiram os resultados desejados.Aqui entram práticas como verificar melhorias na produtividade dos treinamentos e monitorar a satisfação dos treinados.

Essa verificação dos resultados é importante para mensurar o sucesso do treinamento e saber se valeu a pena investir nesse tipo específico de capacitação.

Também é interessante fazer um diagnóstico do cenário prévio para que possa comparar com o depois do treinamento para se certificar que foi vantajoso.

Conclusão

O treinamento de liderança é uma grande oportunidade para as empresas. Com ele, se pode preparar bons profissionais, prontos para guiar equipes e tornar o ambiente empresarial melhor.

Líderes mais preparados e mais qualificados também vão trazer melhores resultados para a organização.

Portanto, para se ter sucesso no treinamento, é fundamental que se tenha foco no objetivo da capacitação, identifique os profissionais e quadros, avalie o melhor formato e se faça avaliações dos resultados.

No entanto, não podemos esquecer: buscar programas atualizados e completos também deve ser uma prioridade da empresa. É por isso que o Future Me é uma capacitação ideal para os líderes do amanhã.

O programa é ideal para líderes que querem entender como as tecnologias exponenciais estão transformando o mundo e como se portar diante desse cenário, usando ideias ousadas e inovadoras. Faça parte do futuro!

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Governança ESG: conheça a importância para as empresas e como adotar suas boas práticas

A governança ESG, dos pilares “Meio Ambiente”, “Social” e “Governança”, é a adoção de práticas e processos que conduzem uma organização ao atendimento de suas políticas corporativas de forma efetiva, de modo a garantir a transparência e o combate aos comportamentos ilícitos e/ou ilegais.

Governança ESG é um tema que tem ganhado cada vez mais destaque no mundo empresarial. 

Essa abordagem busca a adoção de boas práticas corporativas para que uma organização consiga atender de forma efetiva às suas políticas, o que envolve implementação de código de conduta e ações anticorrupção, por exemplo.

Diante de sua importância, é essencial discutir os princípios da governança corporativa e seus impactos nas empresas e na sociedade como um todo. 

Além dessa reflexão, explicamos como a adoção de boas práticas de governança ESG pode trazer benefícios tanto para as organizações quanto para a comunidade em geral. Finalizamos com algumas dicas para adotá-las em seu negócio.

Ter conhecimento sobre o tema é o primeiro passo para estar atualizado e preparado para o futuro empresarial. 

Por isso, preparamos um curso para que você seja capaz de identificar novas oportunidades com o uso da tecnologia e traçar caminhos para a sua empresa, gerando abundância e impacto positivo. 

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O que é governança ESG?

A governança ESG é a adoção de práticas e processos que conduzem uma organização ao atendimento de suas políticas corporativas de forma efetiva, de modo a garantir a transparência e o combate aos comportamentos ilícitos e/ou ilegais. 

Junto com os pilares “Meio Ambiente” e “Social”, a governança forma os princípios ESG e tem como base o cumprimento de leis e normas durante a execução das atividades empresariais. 

Ela contribuiu para que o mercado superasse a noção de que as empresas existem apenas para gerar lucro. Atualmente, a governança corporativa, junto com as questões sociais e ambientais, são o que definem uma boa organização.

Para compreender melhor o assunto, vamos ver o que significa ESG?

O conceito ESG

o conceito ESG

ESG é um conjunto de padrões e práticas desejáveis para quem uma empresa seja considerada socialmente sustentável, bem gerenciada e consciente.

É, assim, uma forma de medir a sustentabilidade empresarial para além das métricas financeiras.

E o que significa ESG? Quais são os pilares do ESG? Veja:  

  • Environmental (Ambiental): analisa a atuação corporativa no que diz respeito aos problemas ambientais e às suas práticas sustentáveis;
  • Social (Social): abrange todo o impacto social (interno e externo) que a empresa produz, desde ações de saúde e segurança do trabalho ao relacionamento com a comunidade e os clientes;
  • Governance (Governança): diz respeito a política empresarial, ética, transparência, direitos dos acionistas, ética e políticas de combate à corrupção. Ela garante a coesão entre as atividades corporativas e os objetivos do negócio, buscando decisões que consideram o meio ambiente e o bem-estar social. 

A partir desse conceito, você consegue compreender o que é governança em ESG?  Para ter mais conhecimento sobre suas práticas, é interessante conhecer seus princípios!

Quais são os princípios da governança corporativa?

Os princípios da governança corporativa são um conjunto de valores e práticas que buscam garantir a transparência, a responsabilidade e a eficiência na gestão das empresas. 

De acordo com o Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), temos quatro princípios:

Equidade

A equidade é um princípio que busca garantir que todos os acionistas e demais partes interessadas (stakeholders) da empresa sejam tratados de forma justa e igualitária. 

Isso inclui, por exemplo, o respeito aos direitos dos acionistas minoritários e a adoção de práticas de remuneração justas e transparentes.

Transparência

A transparência é um princípio que visa garantir que todas as informações relevantes sobre a empresa, e não apenas aquelas impostas por lei ou regulamentos, sejam divulgadas de forma clara, precisa e tempestiva às partes interessadas. 

Portanto, a divulgação de informações financeiras, operacionais e estratégicas, bem como a adoção de políticas claras de divulgação de informações, é fundamental para a governança ESG.

Responsabilidade corporativa

Responsabilidade corporativa busca garantir que as empresas assumam a responsabilidade pelos impactos de suas atividades na sociedade e no meio ambiente. 

É uma reflexão sobre a própria imagem da organização, que a leva à adoção de práticas sustentáveis e à promoção da diversidade, da inclusão e dos direitos humanos, por exemplo.

De acordo com o IBGC, responsabilidade corporativa é: 

“zelar pela viabilidade econômico-financeira das organizações, reduzir as externalidades negativas de seus negócios e suas operações e aumentar as positivas, levando em consideração, no seu modelo de negócios, os diversos capitais (financeiro, manufaturado, intelectual, humano, social, ambiental, reputacional, etc.) no curto, médio e longo prazos.”

Prestação de contas

princípios da governança ESG

Por fim, a prestação de contas é um princípio que tem como objetivo garantir que a empresa seja responsável por seus atos e omissões e atue com responsabilidade e diligência. 

Para tanto, ela deve adotar práticas de auditoria independentes e avaliar periodicamente a eficácia das políticas e dos controles internos da empresa.

Em resumo, os princípios da governança corporativa são um conjunto de valores e práticas que buscam garantir a transparência, a responsabilidade e a eficiência na gestão das empresas. 

Sua adoção pode trazer benefícios tanto para as empresas quanto para a sociedade como um todo, ajudando a promover uma gestão empresarial mais responsável, transparente e sustentável.

Começou a entender o que a governança corporativa tem a ver com ESG? Vamos esclarecer o impacto desses pilares nas empresas!

Os impactos do ESG nas empresas

Entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2022, o interesse de busca pelo termo ESG triplicou no Brasil. As buscas cresceram 150% conforme levantamento do Google Trends realizado a pedido do portal Valor Econômico. 

O que explica um crescimento tão relevante? A mudança de mentalidade dos investidores e a pressão da sociedade civil, que impactaram diretamente na forma de atuação das empresas.

Quanto ao primeiro ponto, os fundos de investimento passaram a colocar a responsabilidade socioambiental como condição para aportes financeiros. 

Sobre isso, vale a leitura sobre investimentos sustentáveis. De acordo com a Forbes, existem mais de 500 fundos de índice focados nesta pauta somente nos Estados Unidos.

Quanto à pressão social, o novo perfil de consumidor pode explicar o impacto nas atividades empresariais. Atualmente, os clientes se engajam com causas que devem, necessariamente, ser abraçadas pelas organizações.

Não existe mais disposição em comprar produtos ou serviços de fornecedores que desrespeitam as regras ambientais e sociais, por exemplo.

A governança tem, assim, um papel primordial para a concretização dos demais pilares (ambiental e social).

Para saber mais sobre qual é a importância da governança ESG, confira a seguir seus benefícios para as empresas e para a sociedade!

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Benefícios da governança ESG

benefícios da governança ESG

Para empresas

Uma pesquisa da consultoria McKinsey aponta que 83% dos líderes executivos e profissionais de investimento acreditam que as práticas ESG nas empresas contribuirão para o aumento de valor para os acionistas nos próximos anos, conforme publicado no Valor Econômico.

Mas esse não é o único benefício que a governança corporativa traz para as empresas. Veja outras vantagens:

  • Descentralização e aprimoramento da gestão;
  • Maior credibilidade junto aos envolvidos com o negócio;
  • Melhor posicionamento da marca empresarial, o que traz maior valorização e oportunidades de negócio;
  • Maior eficiência nos processos internos e, consequentemente, redução nas falhas e possibilidades de fraudes;
  • Consolidação da reputação corporativa no mercado consumidor e de investidores, o que atrai mais investimentos e garante a longevidade no mercado. 

Para a sociedade

Uma empresa ambiental e socialmente responsável, transparente e ética traz muitos benefícios para a sociedade. 

O próprio estímulo à manutenção de atividades atentas às questões sociais e ambientais representa um cuidado com toda a comunidade, certo?

Essa geração de valor ao longo do tempo, vale destacar, não se restringe ao meio ambiente, pois envolve também uma cultura organizacional de diversidade e inclusão.

Isso traz um impacto positivo no mercado de trabalho e ajuda a criar um relacionamento mais forte com os consumidores, uma vez que a marca estará mais forte.

Entendeu qual é a importância da governança ESG? Então é hora de conhecer quais são as boas práticas que sua empresa pode adotar!

Como adotar boas práticas de governança ESG na sua empresa?

como adotar governança esg

Adotar boas práticas de governança ESG na empresa pode ajudar a promover uma gestão mais responsável, transparente e sustentável. 

Entre as práticas recomendadas, destacam-se:

Defina um código de conduta

Um código de conduta é um conjunto de normas e valores que orientam o comportamento dos colaboradores e da empresa como um todo, independentemente da função, do cargo ou do ou nível hierárquico. 

Ele pode abordar temas como ética, integridade, responsabilidade social e ambiental, entre outros. 

A adoção deste código pode ajudar a orientar as decisões da empresa de forma mais consciente e ética.

Crie canais de denúncia

A criação de canais de denúncia é uma prática importante de governança ESG para permitir que colaboradores, fornecedores, clientes e demais partes interessadas possam relatar suspeitas de violações éticas, legais ou ambientais. 

Esses canais devem ser seguros e confidenciais para garantir que as denúncias sejam tratadas de forma adequada e que não haja retaliações contra os denunciantes.

Deve existir, também, um conselho independente para apurar as denúncias e aplicar as penalidades definidas no código de conduta.

Organize a prestação de contas

A prestação de contas é uma prática de governança corporativa fundamental para garantir a transparência e a responsabilidade da empresa. 

Como apontado, isso envolve divulgar informações financeiras, operacionais e estratégicas de forma precisa e clara. 

Além disso, a empresa deve avaliar regularmente seus processos, políticas e controles internos para garantir a efetividade da gestão e a mitigação de riscos.

Promova a diversidade e a inclusão

A promoção da diversidade e inclusão é uma das práticas de governança ESG essencial para garantir um ambiente de trabalho mais justo e igualitário, além de estimular a inovação e a criatividade

A empresa pode adotar políticas de contratação de pessoas com diferentes origens étnicas, culturais e socioeconômicas, investir em programas de capacitação e desenvolvimento profissional, e promover  ações que valorizem a diversidade e a inclusão dentro da empresa.

Defina metas e indicadores de sustentabilidade

Seguindo com as práticas de governança ESG nas empresas, temos a definição de metas e indicadores de sustentabilidade.

Isso é importante para orientar a gestão e monitorar o desempenho da empresa em relação a temas ambientais, sociais e de governança. 

Esses indicadores podem incluir, por exemplo, a redução de emissões de gases de efeito estufa, o aumento da diversidade de gênero na liderança da empresa, o investimento em projetos sociais nas comunidades onde a empresa atua, entre outros.

Promova o engajamento com stakeholders

engajamento com stakeholders ESG

O engajamento com stakeholders consiste em estabelecer um diálogo e uma relação de confiança com as partes interessadas na empresa, como clientes, fornecedores, acionistas, colaboradores e comunidades locais. 

Para tanto, a organização pode realizar consultas públicas, ter participação em fóruns e grupos de discussão, adotar a transparência na comunicação e estabelecer parcerias com organizações da sociedade civil.

Avalie o impacto socioambiental dos negócios

A avaliação do impacto socioambiental dos negócios é uma prática de governança ESG  importante para entender os efeitos que as atividades da empresa têm sobre a sociedade e o meio ambiente. 

Isso pode envolver a realização de estudos de impacto ambiental, a análise de riscos socioambientais, e a definição de estratégias para minimizar os impactos negativos e maximizar os impactos positivos da empresa.

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Conclusão

Nos dias atuais, as empresas têm um papel importante na sociedade e ele fica mais evidente quando se pensa em governança ESG.

As organizações devem assumir a responsabilidade de promover práticas sustentáveis e éticas, dentro dos princípios de equidade, transparência, prestação de contas e responsabilidade corporativa, a fim de proteger o meio ambiente e promover uma sociedade mais justa e equilibrada. 

Vale destacar ainda que investidores e consumidores impactaram na forma de atuação das empresas. Isso porque estão cada vez mais atentos a questões como mudanças climáticas, diversidade, direitos humanos, entre outros.

Diante deste contexto, é possível concluir que a governança ESG é uma forma de atender a essas demandas e promover uma gestão empresarial mais responsável e transparente. 

Por isso, é uma tendência que tem ganhado cada vez mais destaque no mundo empresarial, sendo vista como uma forma de gerar valor para os negócios e para a sociedade como um todo.

Quer se preparar cada vez mais para o ESG nas empresas? 

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Inovação

Qual é a sustentabilidade no agronegócio e como promovê-la?

A FAO prevê que até 2050, quando a população mundial ultrapassará 9.7 bilhões de pessoas, haverá uma necessidade adicional de 60% na produção alimentícia global – um grande desafio considerando os recursos disponíveis para suprir tal demanda.

Para alcançar crescimento econômico duradouro, organizações de diversos setores têm buscado implementar o desenvolvimento sustentável. 

Nessa jornada, modelos de performance como ESG vem se tornando um padrão frequente para avaliar a viabilidade dos negócios. 

E no agronegócio especificamente, o caminho para isso envolve aumentar a eficiência no campo e garantir a preservação do meio-ambiente.

Pensando nesses dois elementos como aliados, resolvemos então trabalhar um tema fundamental na atualidade: a sustentabilidade no agronegócio.

A seguir, vamos entender o que isso significa, quais são seus pilares, qual é a importância e como promover essa relação nos negócios. Tenha uma excelente leitura!

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O que é sustentabilidade no agronegócio?

A sustentabilidade no agronegócio pode ser entendida como um modelo de produção que visa à sustentabilidade econômica, social e ambiental na agricultura e pecuária.

Na visão da ONU, a sustentabilidade corresponde ao desenvolvimento que “encontra as necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidades.”

É o equilíbrio entre a proteção do meio-ambiente, o uso sustentável dos recursos naturais e a geração de resultados sustentáveis para as partes interessadas, como os produtores, trabalhadores rurais, governos e empreendimentos.

Para que o agronegócio consiga ser sustentável, o seu propósito deve girar em torno objetivo de atender às demandas de produção e a qualidade de vida das pessoas.

Pilares da sustentabilidade

Além de entender a relação da sustentabilidade com o agronegócio, é fundamental compreender o que o pensamento sustentável se baseia.

A seguir, vamos apresentar os três pilares desse conceito: ambiental, social e econômico. Acompanhe!

Ambiental

O primeiro pilar é relacionado à sustentabilidade ambiental, que tem por objetivo reduzir os danos ambientais causados pelas atividades agrícolas, como a poluição do solo e da água.

Ou seja, as boas práticas socioambientais na agricultura, na pecuária e nas demais atividades rurais visam, antes de tudo, a conservação da vida ambiental associada a ela.

Isso envolve o uso sustentável da terra e das águas, além da preservação de ecossistemas e espécies animais. Enfim, todos esses fatores precisam ser considerados para a realização de atividades agrícolas baseadas nessa pauta.

Social

O segundo pilar é a sustentabilidade social, que busca promover melhores padrões de qualidade de vida para as pessoas que trabalham no campo e para quem consome os produtos a partir dele.

A sustentabilidade social considera questões como a proteção dos direitos humanos, o programa de segurança alimentar, a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável das comunidades rurais.

Sendo assim, o desenvolvimento sustentável no agronegócio exige repensar as formas de trabalho dentro dessa dinâmica.

Econômico

Em último lugar, temos o pilar econômico. Esse terceiro aspecto refere-se à sustentabilidade financeira do setor agrícola, que visa proporcionar retornos sustentáveis para as empresas, através da otimização da produção e dos lucros.

A sustentabilidade econômica do agronegócio tem muito a ver com a produtividade. Quando se faz um uso inteligente de recursos, aliado à tecnologia, por exemplo, a sustentabilidade econômica significa redução de custos e mais lucratividade.

Vale dizer que isso vai além de garantir que um negócio permaneça rentável, mas também fazer com que esses ganhos sejam alcançados a partir de uma governança adequada com os demais pilares.

Qual é a importância da sustentabilidade para o setor agrícola?

importânicia da sustentabilidade para o agronegócio

A sustentabilidade é importante para o setor agrícola por vários fatores. Pode parecer até mesmo óbvio falar que preservar o meio ambiente é importante, mas não deixa de ser um ponto fundamental dessa prática.

De acordo com a FAO, como falamos, a população mundial irá crescer consideravelmente até 2050, o que vai gerar também mais demanda.

Isso significa que se não houver uma preocupação generalizada com a conservação dos recursos naturais, o setor agrícola será prejudicado e, ao mesmo tempo, cada vez mais prejudicial — seja pelos agrotóxicos, pelo desmatamento ou pela poluição em geral.

No entanto, a importância ainda vai além disso. Estamos falando de melhorar as condições dos trabalhadores, otimizar a produtividade no campo e, ainda, proporcionar alimentos saudáveis para o consumo das pessoas.

A sustentabilidade no agronegócio brasileiro

Apesar de estarmos falando do agronegócio de maneira geral, a participação da sustentabilidade nesse setor brasileiro também é um ponto muito importante.

A grande disponibilidade de terra adequada para atividades agropecuárias faz do Brasil um setor crucial da agricultura e da pecuária, com um gigantesco retorno financeiro.

Somente em relação ao valor bruto da produção agropecuária em 2022, estamos falando de R$ 1,19 trilhões.

Mas onde entra a sustentabilidade nesse processo? Ainda que exista um longo caminho e complexo a percorrer, existem iniciativas importantes para essa jornada.

Dados de 2022 mostraram que durante os processos de produção agropecuária, desde o plantio até a colheita, o Brasil está entre os países que mais reduzem a emissão de gases de efeito estufa.

Esse estudo foi feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base na projeção da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Além disso, de acordo com dados da Secretaria Executiva da Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão (CBAP) quase 70% das propriedades agrícolas do país usam alguma tecnologia — podendo ser na área de gestão no cultivo e colheita da produção.

Ou seja, o apoio da tecnologia como ferramenta de produtividade e sustentabilidade tem ganhado mais espaço. 

E ainda em relação a ações governamentais, podemos citar também o Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC), por exemplo.

Ele foi criado em 2010, oferecendo uma linha de crédito para financiar práticas sustentáveis na produção agropecuária.

Em dez anos, essa ação conseguiu implantar 6 tecnologias descarbonizantes em mais de 52 milhões de hectares e evitou a emissão de mais de 170 milhões de toneladas de carbono. Mas há um aspecto mais particular que precisamos abordar.

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Participação da tecnologia na sustentabilidade e agronegócio

O grande elo que facilita a relação entre esses dois personagens, dentro e fora do Brasil, é a tecnologia. O avanço científico e o incentivo à criação de ferramentas são grandes impulsionadores da sustentabilidade da atividade agropecuária.

A inovação é o que tem feito com que o desejo de “produzir mais em uma mesma área” tenha se tornado realidade.

Dessa forma, termos como “agricultura digital” ou “agricultura 4.0” ecoam cada vez mais no mercado.

 E é por isso que muitas iniciativas têm emergido nos últimos anos, inclusive no Brasil, com foco na criação de produtos e soluções inovadores para o setor. Essas são as chamadas “AgTechs”, ou startups do agronegócio.

Softwares de gestão, equipamentos de sensoriamento remoto e produtos à base de organismos biológicos são algumas das principais soluções oferecidas por elas.

Por sua alta tecnologia, elas têm se desenvolvido, principalmente, próximas de regiões produtoras ou de instituições de pesquisa reconhecidas pela atuação no agro.

Esse é o caso do Instituto Agronômico de Campinas (Campinas – SP), e da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – ESALQ/USP (Piracicaba – SP).

Esse crescimento, inclusive, já é quantificado: segundo o Radar AgTech Brasil 2020/21, existem 1574 startups do agronegócio no Brasil.

Quais são os principais desafios da sustentabilidade no agronegócio brasileiro?

Ainda que tenhamos apresentado diversos pontos, não podemos deixar de falar também sobre os principais desafios que existem dentro dessa aliança. A seguir, vamos abordar os três principais.

Contextos legados e contrários à tecnologia

A conciliação entre a demanda de alimentos, grãos e materiais para infraestrutura rural com a necessidade de se valorizar e preservar os produtos ambientais pode ser facilitada com elementos tecnológicos.

É por isso que o primeiro ponto é que existem contextos culturais mais resistentes ao avanço tecnológico, especialmente nos pequenos produtores. Nesse caso, trata-se da dificuldade de absorver as inovações — principalmente as mais modernas — que requerem conhecimento.

Custo elevado da implementação

Além disso, há ainda o desafio dos custos: as novas tecnologias podem ter um custo inicial mais elevado. Isso acaba por excluir os produtores que não possuem recursos o suficiente para sustentar essas soluções.

Em outros casos, acaba por criar uma barreira para a mentalidade de “custo mínimo e lucro máximo”. Ou seja, até mesmo quando existe o dinheiro, esse pode ser um desafio na hora de implementar.

Necessidade de uma mudança coletiva de pensamento

O último desafio é de ordem mental: mudar o pensamento da sociedade brasileira em relação à sustentabilidade no agronegócio. De modo geral, as pessoas tendem a associá-lo apenas a pensar mais no meio ambiente.

Embora isso já seja um motivo por si só, a sustentabilidade não é apenas uma questão de uso sustentável da terra e das energias renováveis. Ela também abrange as relações coletivas, a produtividade, o emprego sustentável, a saúde e bem-estar dos trabalhadores e consumidores.

Como promover a sustentabilidade no agronegócio?

como promover a sustentabilidade no agronegócio

Aqui está o grande papel da sustentabilidade nesse setor: estimular o crescimento e reduzir as emissões. Claro que a tecnologia é parte essencial para a promoção da sustentabilidade no agronegócio. Mas é preciso entender como é esse uso.

Existe um conjunto de práticas que podem tornar o cultivo, a pecuária e qualquer outra atividade rural mais sustentável. Além do que falamos antes, vamos exemplificar alguns aspectos nos próximos tópicos!

Uso de energia renovável

As fontes de energia renováveis, incluindo eólica, solar e hidrelétrica, são algumas das soluções de sustentabilidade mais eficientes no agronegócio.

Ao investir nessas fontes, as empresas podem reduzir o seu impacto ambiental ao mesmo tempo que melhoram a rentabilidade.

Instalação de sistemas de captação da água

O uso sustentável da água é outra preocupação para o agronegócio. Para isso, as empresas têm investido cada vez mais em sistemas de captação, como cisternas e outros reservatórios. Isso permite que elas economizem água, pois aproveitam a fonte pluvial.

Utilização de estações meteorológicas

As estações meteorológicas fornecem dados confiáveis ​​sobre temperatura, umidade e chuvas, que ajudam as empresas do agronegócio a programar sua produção. Ou seja, dá para saber usar no momento e a quantidade certa de água na cultura.

Adoção de softwares de monitoramento de gado

Os softwares de monitoramento de gado são novas tecnologias fundamentais. Eles permitem que as empresas rastreiem o desempenho dos animais, proporcionando um melhor controle e planejamento de pastos.

Esses sistemas podem entregar dados como doenças, consumo de água e ganho de peso, por exemplo.

Uso de drones nas atividades diárias

o uso de drone para a sustentabilidade no agronegócio

Os drones também têm papel na sustentabilidade. Por exemplo, eles podem ser usados ​​para monitorar o pasto de gado, avaliar a qualidade do solo, controlar as ervas daninhas na região.

Investimento em agricultura vertical

A agricultura vertical tem se mostrado uma alternativa sustentável para os agronegócios. Ela permite um melhor uso dos recursos, reduzindo o impacto ambiental, além de economizar tempo e água.

Apoio da inteligência artificial

Dados da Statista apontam que até 2030, todos os setores do agronegócio vão contar com mais de 25 milhões de dispositivos conectados à inteligência artificial para otimizar seus serviços.

O grande benefício da IA é gerar estudos sobre o clima e fornecer informações para facilitar na tomada de decisão. Como ela é uma inteligência capaz de aprender, com o tempo, vai se tornando ainda mais eficiente para o local de plantio ou pecuária. 

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Conclusão

A sustentabilidade no agronegócio é fundamental para garantir a continuidade do setor. É esse desenvolvimento, por meio da união dos pilares econômicos, ambientais e sociais, que consegue fazer grandes mudanças nesse meio a longo prazo.

Estamos falando de um contexto futuro de grande crescimento mundial e a necessidade de acompanhar esse ritmo na produção agrícola.

Para tanto, o grande nome por trás disso é tecnologia. Por isso, desde o uso de energia renovável até o apoio da inteligência artificial, há muito o que se ganhar com o investimento dela.

Se você quer continuar aprendendo sobre tecnologia, sustentabilidade e negociação, leia também nosso artigo sobre ESG e cursos!

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Quais são as principais habilidades de liderança? Conheça 9

O que faz um bom líder? A resposta dessa pergunta pode não ser tão simples, mas ela com certeza envolve o desenvolvimento de habilidades de liderança. Sem as competências necessárias, dificilmente ele será capaz de liderar pessoas.

Por mais que o papel de liderança não dependa somente disso, há uma grande quantidade de características que precisam ser cultivadas por quem almeja estar nessa posição.

Estamos falando de motivação, flexibilidade, resolutividade e muitas outras habilidades.

Ao longo do texto, iremos falar sobre as principais competências de liderança, além de mostrar o que difere um líder de um chefe e, claro, dar dicas para melhorar as habilidades que podem ser desenvolvidas. Vamos lá? Tenha uma excelente leitura!

Leia também: 4 tipos de benchmarking e exemplos práticos!

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Líder x chefe: quais são as diferenças?

Antes de começarmos a falar sobre habilidades de liderança, vamos entender bem o que diferencia um líder de um chefe.

Há uma certa positividade na ideia de líder que não se vê na ideia de chefe.É por isso que se torna importante ter clareza sobre o que cada um significa. 

Um líder é aquele que guia as pessoas, mesmo que não haja hierarquia propriamente dita. Ele tem habilidades para motivar e inspirar os membros de sua equipe a tomar decisões importantes.

Por outro lado, um chefe é aquele que possui mais autoridade na equipe a partir do cargo que ocupa. É comum encontrar chefes em ambientes de hierarquia e pouca autonomia para as equipes subordinadas.

Basicamente: nem todo chefe é, de fato, um líder. A capacidade de liderar não depende que a pessoa esteja em um cargo de supervisão, mas sim no conhecimento, experiência e, finalmente, habilidade para isso.

No final das contas, ambos lidam com pessoas, mas a forma como eles são percebidos não é a mesma. Por isso, entender as competências de um bom líder se torna tão essencial na trajetória de um profissional que aspira esse papel.

Quais são as principais habilidades de liderança com exemplos

principais habilidades de liderança

Finalmente, quais são as competências de liderança que um líder deve trabalhar? Há uma grande quantidade de habilidades, mas aqui nos concentramos nas principais:

  1. Motivação;
  2. Responsabilidade;
  3. Empatia;
  4. Flexibilidade;
  5. Credibilidade;
  6. Comunicação;
  7. Criatividade;
  8. Diplomacia;

A seguir, vamos explicar cada uma delas e mostrar um exemplo de como essa capacidade pode ser usada dentro de uma organização. Acompanhe!

Motivação

Motivação deve ser a característica mais básica de um líder. Afinal, essa é basicamente a sua função: inspira seus liderados a seguir o caminho mais interessante em relação aos objetivos da empresa.

Ou seja, além de pensar estrategicamente na empresa, ele vai motivar que cada uma das pessoas faça o mesmo. 

Essa habilidade vai residir na postura positiva desse personagem, de maneira que consiga aumentar o nível de bem-estar dos seus liderados.Mas como um líder pode motivar seu time?

Bom, imagine que a empresa acaba de passar por um momento difícil financeiramente e isso tenha gerado cortes na empresa. O papel dele, aqui, será passar confiança à equipe e mostrar que é uma situação momentânea.

Ele pode ser reconhecer o trabalho dos funcionários mesmo diante desse processo. O importante é manter o entusiasmo e ânimo para continuar colocando os projetos em ação e, assim, melhorar o cenário do negócio.

Responsabilidade

Não há como alguém irresponsável liderar pessoas, principalmente considerando uma organização, que depende de prazos e entregas. Portanto, a responsabilidade é uma habilidade de liderança essencial.

Aqui também entra a capacidade de comprometimento, que diz respeito a cumprir aquilo que foi prometido. Se um gestor sempre atrasa aquilo que ele promete, o exemplo que ele deixa para os liderados é negativo.

Claro que também existem imprevistos. Nesse caso, essa pessoa precisa também precisa saber assumir o que foi feito sob sua liderança, independentemente do resultado das ações.

Um exemplo básico: vamos supor que o líder da equipe de criação de produtos tenha prometido a entrega de um protótipo antes da data acordada.

Porém, por algum motivo, não foi possível entregar naquele prazo. Nesse caso, ele precisa assumir e dar explicações da situação, oferecendo um novo prazo.

Empatia

empatia é uma das habilidades de liderança

Outra habilidade de liderança que se preza fortemente é a empatia. E ela não está “em alta” sem razão: ela tem a ver com a prática de entender as pessoas e se colocar no lugar delas, mesmo que o líder não passe por aquilo.

É o que o senso comum chama de calçar os sapatos dos outros. Quando se faz isso, dá para entender melhor o caminho que essa pessoa percorre. 

Essa é uma habilidade progressiva também: quanto mais se desenvolve a inteligência emocional, mais fácil é praticar essa capacidade.

De forma prática: se um líder consegue entender os principais medos da sua equipe, ele pode desenvolver habilidades para lidar com situações delicadas da maneira mais positiva possível.

Assim, a habilidade de empatia também é importante para que haja uma relação saudável entre os liderados e o líder. 

É com ela que uma liderança consegue levar em conta os fatores emocionais de uma equipe e pensar como as ações podem afetar os outros.

Flexibilidade

O ambiente corporativo requer flexibilidade para que possa ser bem liderado. Isso se dá porque, naturalmente, acontecem momentos que demandam mudanças repentinas e necessidades inesperadas.

Sendo assim, o líder precisa ter habilidade para se adaptar a esses fatores de forma rápida e inteligente. Ou seja: ele deve saber pensar e agir ao mesmo tempo, lidando com as mudanças sem desorganizar os processos.

Na prática, a flexibilidade de um líder pode ser percebida quando ele adapta um modelo de trabalho diante de uma situação que um membro da equipe passou ou, então, quando ele muda um projeto porque houve uma perda de recurso durante o processo.

Flexibilizar também pode ser entendido, no fim das contas, como uma prática de negociação. É durante essas adaptações que se busca o melhor meio de atingir os objetivos, mesmo havendo algum imprevisto.

Credibilidade

Sem credibilidade, dificilmente um líder vai longe. Por isso, quando se fala em habilidades de liderança, essa é uma das principais competências também.

É necessário que o líder tenha integridade para falar a verdade e cumprir aquilo que ele diz. É com isso que se conquista a confiança dos liderados, o que é um pilar para haver uma boa relação entre eles — tão fundamental como a empatia.

Além disso, ter credibilidade também exige que haja habilidade para fazer críticas. Já que, quando houver um defeito na entrega de algum projeto, é importante saber expressar isso de forma construtiva — e não destruindo a motivação da equipe.

Mas o melhor exemplo dessa habilidade é a presença. Quando ocorrem reuniões, palestras ou quaisquer outras atividades que envolvem os liderados, é importante que ele esteja lá e, claro, haja consistência entre o discurso e a prática.

Como ele vai motivar a equipe se ele nem mostra que participa do que acontece na empresa? É o seu envolvimento que vai mostrar às pessoas que o líder realmente acredita no projeto que ele propõe.

Comunicação

uma das habilidades de liderança é comunicação

Todo bom líder sabe se comunicar com seus liderados. E essa habilidade vai além de ter uma boa dicção: é preciso ser claro, objetivo em todo tipo de diálogo.

No entanto, isso não significa que você deve falar pouco toda vez que for explicar alguma coisa. Na verdade, entre exagerar e faltar, é ainda melhor comunicar mais do que o necessário do que deixar a desejar.

Se você precisa dar as coordenadas à sua equipe sobre como um projeto vai funcionar, por exemplo, não basta trazer alguns tópicos e achar que eles vão entender. 

É preciso transmitir as informações da melhor forma possível, pois isso evita confusões e retrabalhos. Um exemplo disso é estar preparado para escolher a melhor linguagem a depender do tipo de time que você lidera. 

Se for algo mais técnico, o recurso visual pode ser um grande aliado da fala. Da mesma forma, ao terminar a explicação, ele deve abrir espaço para dúvidas da equipe.

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Criatividade

Muitas pessoas acreditam que a criatividade não é uma habilidade que possa ser desenvolvida, mas essa é uma visão bastante limitada. Essa competência diz respeito a saber criar soluções diferentes para os problemas.

Ou seja, ser criativo tem muito a ver com ser resolutivo. Ao procurar novos caminhos para realizar um tipo de atividade ou apostar em uma forma não convencional de criar um produto, um líder está sendo criativo.

É importante que a liderança seja criativa para que ela possa inspirar essa competência também nos seus liderados. A inovação também acaba sendo um reflexo da criatividade ou, na verdade, uma retroalimentação.

Bons líderes sempre buscam inovar e também se manter abertos às ideias dos liderados. É isso que cria um ambiente de criatividade. Em um cenário de grande competitividade e tecnologia, sair da caixa faz toda a diferença.

Diplomacia

Por fim, entre as competências de liderança, não podemos deixar de falar sobre diplomacia. Em empresas sempre vão existir conflitos entre as pessoas. Por isso, saber lidar com eles é fundamental.

Diplomacia mostra que o líder sabe encontrar o equilíbrio entre a coerção e a submissão. Ou seja, ele sabe interceder entre as partes quando elas não conseguem se entender.

É necessário haver habilidade para ouvir e, ao mesmo tempo, ter argumentos para convencer os outros. Também é importante haver um senso de justiça na hora das decisões.

Imagine que um líder seja radical demais, impondo suas visões sem haver espaço para reflexão. Isso pode gerar desconfiança e afastamento por parte da equipe.

Da mesma forma, se ele encontra um liderado dessa forma, será um fator negativo. É a diplomacia que possibilita haver o entendimento entre as pessoas. E isso influencia tanto na postura dele como dos que são liderados por ele.

Como melhorar suas competências de liderança?

Como melhorar as competências de liderança?

Além de desenvolver as competências que falamos, você pode se preparar para melhorar a sua habilidade. Para isso, existem algumas boas práticas. A seguir, vamos falar sobre elas!

Saiba qual é o seu estilo de liderança

O primeiro passo para melhorar as habilidades de liderança é saber por qual caminho você quer ir. Em outras palavras: qual é sua forma de liderar? Existem vários tipos de liderança. São elas:

  • autocrática: é o tipo em que o líder mais se aproxima de um chefe e acaba havendo uma maior distância entre ele e os liderados, sempre priorizando a execução;
  • democrática: aqui, o líder se preocupa com a motivação dos colaboradores, havendo mais espaço para discussões e diálogos;
  • transformacional: nesse caso, o foco é na mudança; a liderança busca inspirar e motivar os liderados ao mesmo que tem uma troca forte com eles;
  • carismática: uma das mais difíceis, pois consiste em fascinar as outras pessoas tão fortemente que é possível inspirá-las e influenciá-las todos os dias;
  • situacional: o líder tem de ser capaz de identificar a situação e adaptar a atitude apropriada de um líder, ou seja, há uma mescla nos tipos de abordagem;
  • técnica: este é o tipo de liderança que se concentra mais nos aspectos técnicos e menos nas pessoas, mas muito baseada no exemplo;
  • liberal: aqui o líder oferece um maior grau de liberdade para os liderados na hora de tomar decisões, sendo também conhecida como liderança laissez-faire;
  • paternalista: neste caso, o líder é como um pai para os seus liderados, por isso, a relação interpessoal com os colaboradores costuma ser muito forte
  • transacional: nesse modelo, o líder oferece algo em recompensa pela boa performance dos liderados, isto é, quando as metas são alcançadas.

Busque conhecimento de diversas formas

Depois que você sabe qual é o seu estilo de liderança, pode buscar conhecimento sobre como melhorar habilidades específicas.

É importante usar diversas fontes para isso, como livros e aulas sobre o tema. Há também podcasts, palestras e muita informação na internet.

Outra prática de conhecimento importante é procurar por feedback dos seus liderados. Dessa forma você vai entender se sua atuação tem sido eficiente.

Faça treinamentos de liderança periodicamente

Para sermos mais específicos quanto ao conhecimento, vale destacar um tipo de estudo fundamental: treinamentos de liderança. Toda pessoa que aspira ou atua nessa posição deve buscar se capacitar dessa maneira.

Eles são importantes principalmente porque podem ser específicos para a realidade de uma empresa, considerando o setor de atuação. Além disso, pode ser uma maneira de atualizar a expertise do líder diante das novas tendências do setor.

Conclusão

Todo líder precisa se preocupar em desenvolver suas habilidades. Não importa se ele está começando em um cargo de influência agora ou se já está a mais tempo: sempre há o que aprender.

E como falamos, motivação, responsabilidade, empatia e muitas outras competências são fundamentais para fazer com que o líder realmente aja como um e consiga fazer do seu ambiente de trabalho um lugar positivo e produtivo.

Esse é um caminho de aprendizagem contínua, por isso, entender qual tipo de liderança é a sua, busca conhecimento e, principalmente, fazer treinamentos são as melhores maneiras de sempre trazer melhores resultados.

No final das contas, um líder que quer ter boas competências precisa estar pronto para o amanhã. No programa Leading the Future, você vai descobrir as principais tecnologias e analisar seus impactos nas pessoas, nos negócios e no mundo. Conheça e faça parte!

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SXSW 2023 e a Era da Convergência

Confira os 10 principais takeaways do SXSW 2023!

Artigo escrito por Poliana Abreu, Head da SingularityU Brazil e Diretora de Conteúdo da HSM.

O South by Southwest 2023 – principal festival de inovação e criatividade do mundo que acontece anualmente em Austin, no Texas – acabou, mas o seu “efeito colateral” vai demorar a passar. Foram dias intensos de informação e muita conexão.

Arrisco a dizer que o tema “transversal” do evento foi “a conexão entre pessoas e máquinas”. Uma aparente ambiguidade, mas que, no fundo, retrata a realidade como ela é: complexa, dual, complementar e convergente.

O evento por si só é sobre convergência. Música, cinema, inovação, negócios. Foram dias de muitas reflexões, mostrando o presente e visões de futuro catastróficas, realistas e otimistas.

Ficou claro que vivemos a era do “e” e não do “ou”. É sobre humanos e máquinas; sobre o futuro e o resgate da ancestralidade; sobre inteligência artificial generativa e relações humanas verdadeiras; sobre crescer exponencialmente e regenerar o meio ambiente. Não é apenas sobre inteligência artificial, computação quântica, realidade virtual ou blockchain. A força e as oportunidades de mudança estão na convergência entre essas e tantas outras tecnologias exponenciais e não numa aposta isolada.  Esta complexidade clama por novas lideranças ambidestras e regenerativas.

Abaixo, elegi os 10 principais takeaways do SXSW que reforçam que estamos na era da convergência:

1- “A Internet, como conhecemos, está morta”

A frase acima foi dita por Amy Webb, CEO do Future Today Institute e um dos nomes mais aguardados do evento. Amy apresentou o Tech Trend Report, um relatório com 666 tendências e, dessas, ela escolheu 35 para mergulhar o seu conteúdo.

Para a futurista, precisamos de foco. Negócios e pessoas precisam analisar tendências convergentes e o momento atual da inteligência artificial para definir se teremos um futuro catastrófico ou humanizado.

As IAs generativas vão se desenvolver em velocidade muito além da imaginada nos próximos anos. A convergência entre Web3, Computação em Nuvem e Inteligência Artificial desencadeará uma reformulação dos negócios e da sociedade. Para Webb, estamos entrando no que ela chama de “AIOSMOSIS”, a era em que a IA tem interação com absolutamente tudo ao redor, puxando informações sobre tudo e todos.

2- Nova Relação Homem-Máquina e a “Destruição Criativa”: Open AI & ChatGPT e os Organoides

Por um lado, a “destruição criativa” da Inteligência Artificial (ChatGPT, entre outras) causa temor em muitos profissionais. Por outro, a pesquisa com organoides avança para buscar a cura de doenças. Amy Webb explicou:

O lado otimista tem a IA centrada nas pessoas e gerenciamento de dados voltado para o bem comum, em uma configuração transparente e descentralizada, com o compartilhamento de dados opcional.

Já o pessimista é onde nossas pegadas digitais são constantemente transformadas em modelos, levando a curadoria e recomendações agressivas, em vez da verdadeira escolha do usuário. Nele, somos cercados por informações, e elas nos impedirão de obter o que realmente buscamos.

Destaque extra para Alysson Muotri, diretor do programa de células-tronco do Instituto de Medicina Genômica, da Universidade de San Diego, que está criando “Organoides”, estruturas tridimensionais criadas em laboratório para imitar características e funções de um órgão ou tecido específico, para testar medicamentos e efeitos colaterais.

3- O Futuro é Coletivo

“Não basta dizermos um monte de coisas inteligentes. Temos que recuar e trazer outras pessoas para mesa, é sobre como discutir o futuro juntos”, Ian Beacraft

A inteligência artificial será de grande valor para muitas indústrias, mas precisará de serem humanos preparados para lidar com elas. O grande salto tecnológico será a junção da inteligência artificial com a computação quântica. Para Whurley, fundador e CEO of Strangeworks, ações básicas como otimizações e agilidade na tomada de decisão dividirão espaço com grandes conquistas como, por exemplo, uma verdadeira disrupção econômica e melhor gerenciamento do sistema bancário e financeiro.

Greg Brockman, presidente co-fundador da Open AI, reforçou que é preciso “colocar todos na mesa” para que a inteligência artificial seja usada de forma ética e responsável. É fundamental que a sociedade se adapte e que os formuladores de políticas publicas estejam envolvidos nas conversas. Regulação é um tema coletivo.

Destaque também para as 5 mulheres com papéis relevantes na NASA. Uma junção de mulheres e pessoas de todo o mundo, trabalhando em grupo, e garantindo as mais impressionantes e complexas imagens telescópicas da história do mundo. Isso envolve o trabalho de mais de 20 mil pessoas, em 14 países, e 29 estados ao redor do mundo. “É um trabalho em grupo com um time impressionante, onde não importa a nacionalidade”, afirma Macarena Garcia Marin.

4 – Realidade virtual e imersiva como ferramenta para empatia

O que mais chamou a atenção foi a quantidade de experiências voltadas ao sentimento de empatia.

Uma delas foi a “Body of Mine”, que coloca o usuário no corpo de outro gênero para uma experiência que combina rastreamento de corpo, rosto e olhos para trazer a sensação de uma pessoa trans ao estar num corpo que não corresponde ao seu gênero.

Além desta, a mais emocionante foi a experiência “les pieds em haut”. Criada por duas mães de crianças autistas, a experiência reproduz no usuário as sensações de uma criança com autismo (vídeo demonstrativo da experiência está disponível aqui).

Além de todas as aplicabilidades da realidade virtual para educação, treinamento, entretenimento, saí das experiências do SXW, esperançosa que existe um caminho para ensinar e viver a empatia.

5 – A Cura pela Ancestralidade

Muitos painéis trouxeram o resgate das sabedorias ancestrais para endereçar desafios modernos como a saúde mental, por exemplo.

Paul Stamets, micologista, empreendedor e escritor, é um dos pioneiros nas pesquisas sobre o uso de cogumelos para fins medicinais e reforçou: “esse conhecimento é apenas uma continuação do que os povos indígenas falam há milhares de anos”.

Statmets criou um aplicativo que reúne pessoas que utilizam microdoses de cogumelos psicotrópicos para tratamentos como alcoolismo e depressão. A ideia, segundo ele, é levantar dados para “provar que os indígenas sempre estiveram certos”.

Além disso, algumas sessões mostraram o poder das músicas e mantras ancestrais como ferramenta para a cura. Artistas, facilitadores, cientistas e até um monge Dj, mostraram que a música, desde os tempos mais remotos, tem o potencial de ser um grande aliado nos tratamentos de saúde mental.

6- Psicodélicos como aposta para os tratamentos na área da Saúde Mental 

O festival teve uma trilha de conteúdo exclusiva sobre o mercado global de psicodélicos para tratamentos de saúde mental.

Diversas startups que trabalham dentro dos limites legais dos psicodélicos, assim como diversos pesquisadores, mostraram o potencial de algumas substâncias como uso terapêutico para depressão, ansiedade e estresse pós-traumático.

O tamanho do mercado chama atenção: ele já movimentou US$ 4 bilhões em 2021 e tem potencial de chegar a US$ 7,58 bilhões até 2026.

Para Deepak Chopra,  autor indiano, estudioso da medicina alternativa – e que ganhou uma importante fama após levantar teses afirmando que as pessoas podem, sim, atingir a saúde perfeita se cuidarem de seu corpo de forma holística, incluindo matéria e energia – existem pessoas que já não respondem aos tratamentos da medicina tradicional, inclusive porque a maioria sente reações adversas.

Chopra acredita na necessidade da humanidade se concentrar no trabalho interno para buscar a cura. Para ele, é por meio da conexão entre terapia com psicodélicos e consciência que vamos encontrar um caminho que faça sentido para aqueles que buscam qualidade em saúde mental. 

7- Upskilling como imperativo

Em algum grau, todas as palestras e painéis falaram sobre necessidade do aprendizado ao longo da vida para navegarmos num mercado que demanda profissionais generalistas e criativos.

Existe uma urgência de mudarmos mindsets e comportamentos para estarmos preparados para a reinvenção. Precisamos todos, sem exceção, de upskilling – uma reciclagem completa de aprendizados e novas competências.

Tendo isso em mente, Tim Ferris, autor de best-sellers e conhecido como um verdadeiro fenômeno por ter cerca de 1 bilhão de downloads e muitos seguidores, falou sobre a importância de se investir em oportunidades que te abram novas portas e possibilidades de aprendizado.

8- Humanidade como principal Stakeholder

Tanto nos debates sobre ética e limites da tecnologia, como em conversas sobre sustentabilidade e negócios regenerativos. A mensagem foi muito clara:  o principal stakeholder deverá ser sempre a humanidade.

Para Greg Brockman, cofundador e presidente da OpenAI, empresa responsável pelo ChatGPT, a ferramenta só é considerada um “killer app”, pois é uma interface simples e acessível, que democratizou o acesso à inteligência artificial.

Segundo ele, a humanidade é o stakeholder mais importante quando se trata de inteligência artificial. E medir o impacto da tecnologia na sociedade é crucial para garantir que ela seja usada de forma benéfica. O principal erro que pode ocorrer é, justamente, não entender os humanos.

Para o futurista Rohit Bhargava, “Pessoas que entendem de pessoas, sempre ganham”. Tim Ferris, deixou claro que ao escolher investir num determinado projeto, ele antes de tudo, “escolhe pessoas”.

9 – “Perdemos o direito de sermos pessimistas”  

Esta frase, dita por Ryan Gallet, CEO da Patagonia, refere-se ao contexto da crise climática. Estamos diante de um cenário que não cabe falarmos de preservação e, sim, de regeneração. Regeneração dos ecossistemas naturais, dos negócios e das pessoas. Não temos tempo (e nem direito!) de sermos pessimistas. É necessário agir!

A mesma necessidade de otimismo foi trazida por outros speakers, sob a ótica da evolução exponencial tecnológica.

O olhar sob o otimismo, inclusive, foi a temática de abertura do SXSW. Na fala de Simran Jeet Singh, diretor executivo no programa de Religião e Sociedade do Aspen Institute e autor do bestseller “The Light we Give: How Sikh Wisdom Can Transform Your Life”:

“Luta e fuga são as duas respostas mais naturais, mas elas não nos dão a satisfação que precisamos. Na nossa tradição temos o “chardi kala”, que é o otimismo eterno. Não é escapismo, não é positividade tóxica. É sobre reconhecer os desafios pelo que eles são, e encará-los com os nossos valores. É sobre encontrar a luz dentro desses momentos”.

10 – Resgate das relações verdadeiras

Trazer consciência para o fato que estamos cada vez mais conectados e sozinhos. Segundo Esther Perrel, estamos o tempo todo olhando para o celular, desconectados do presente, fingindo que ouvimos o outro.

De acordo com a psicoterapeuta Esther Perrel, inevitavelmente, a tecnologia afeta as verdadeiras relações. “Por melhor que for a tecnologia, a melhor versão virtual de uma pessoa não superará a pessoa em si. A virtual pode estar disponível 24/7 e responder tudo que você perguntar, mas ela não levará em consideração suas novas experiências e sentimentos que mudam a cada dia. Estamos em constante mudança e isso é a maravilha do ser humano real”.

A psicoterapeuta entende que o foco atual dos seres humanos é o de tentar se livrar de grandes (e pequenos também) desconfortos e que isso, de fato, está facilitando a vida das pessoas, mas, ao mesmo tempo, ela acredita que isso deixa as pessoas despreparadas para as inconveniências cotidianas.

Além disso, para Josh D’Amaro, CEO da Disney, apenas juntas, de verdade, as pessoas conseguem criar uma profunda conexão entre elas. Para Josh, “ver o mundo acompanhado é sempre melhor do que sozinho”.

No fim, esta semana foi um chamado para a consciência. É necessário ter muita informação e clareza para navegar num mundo repleto de oportunidades, mas também de muita responsabilidade.

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Como funciona o pipeline de liderança e por que trazê-lo para empresa?

Um pipeline de liderança é um processo contínuo e estruturado para desenvolver líderes em todos os níveis da empresa. O objetivo de um pipeline de liderança é criar um fluxo constante de líderes qualificados e prontos para assumir posições de liderança à medida que surgem oportunidades na organização.

O engajamento do time, a motivação dos funcionários e o desempenho das atividades depende, fortemente, da atuação da liderança. Há diversas formas de desenvolver um líder de alto nível e o pipeline de liderança é uma delas.

Mas o que torna essa metodologia tão interessante? 

Isso acontece porque ela foi pensada para organizar as etapas de formação de bons líderes de maneira sucessiva. Logo, é também um processo que se divide em fases, de acordo com as próprias aptidões do profissional.

Bons gestores devem sempre almejar a habilidade de liderança.

Pensando nisso, nesse artigo, vamos trabalhar diversos pontos desse pipeline para que você possa entender como funciona e como pode fazer sentido para a sua empresa. Vamos lá? Tenha uma ótima leitura!

Leia também: quais são os modelos de gestão e como escolher o melhor para a empresa?

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O que é pipeline de liderança?

Um pipeline de liderança é um processo contínuo e estruturado para desenvolver líderes em todos os níveis da empresa.

O termo pipeline dá uma boa ideia do que isso significa: quando algo já está em andamento, no processo de ser feito em breve, é possível se referir como “in the pipeline”, termo também associado ao transporte de óleo por oleoduto.

Ou seja, estamos falando de uma “linha de produção” de líderes, onde os profissionais são identificados e desenvolvidos continuamente para assumirem papéis em diferentes momentos e níveis da organização.

Isso permite que a empresa crie um caminho de transições — podendo ser classificadas em 6 etapas — que vão desde liderar a si mesmo até ser um administrador da empresa.

O pipeline também  inclui atividades como avaliação do desempenho de líderes existentes, desenvolvimento contínuo, recrutamento interno e externo, orientação sobre habilidades comportamentais, além da análise das tendências de gestão.

Vale dizer que o pipeline de liderança não é um processo exclusivo para executivos ou altos gestores. 

O desenvolvimento de liderança deve ser uma preocupação de todos os níveis da organização, desde os líderes de equipe até os líderes de projetos e departamentos.

Isso significa que qualquer pessoa pode e deve buscar oportunidades para desenvolver suas habilidades e contribuir para a cultura de liderança da organização.

Como surgiu a ideia de pipeline de liderança?

O conceito de pipeline de liderança surgiu como uma abordagem estratégica para desenvolver e preparar líderes para assumir cargos de maior responsabilidade dentro de uma organização.

E a pessoa responsável por essa ideia foi o consultor de negócios Ram Charan.

Junto com Stephen Drotter e James Noal, ele lançou o livro The Leadership Pipeline: How to Build the Leadership Powered Company. Originalmente, a obra foi publicada em 2000, mas ganhou força posteriormente.

Para que serve o pipeline de liderança?

para que serve o pipeline de liderança?

O objetivo de um pipeline de liderança é criar um fluxo constante de líderes qualificados e prontos para assumir posições de liderança à medida que surgem oportunidades na organização, desde a “entrada” até o nível mais alto.

Só que isso acaba sendo extremamente útil para evitar problemas diante de lacunas no topo da hierarquia. Ou seja, essa preparação contínua faz com que existam sempre líderes emergentes para substituir aqueles que saem da organização.

Investindo nessa metodologia, o processo sucessório não vai depender de indicações por amizade ou familiaridade, mas sim por nível de preparação da pessoa para aquela função.

Ao aproveitar transformações e transições comuns dentro de um ambiente corporativo para moldar profissionais a caminho da liderança, as organizações conseguem identificar, desenvolver e preparar os líderes do futuro.

Como o pipeline de liderança funciona?

Ao investir nesse desenvolvimento, as organizações podem criar uma cultura de liderança forte, que é capaz de enfrentar os desafios em constante mudança do mercado e maximizar o potencial de crescimento e sucesso da organização.

Os líderes são identificados através de avaliações cuidadosas de habilidades, competências e experiências anteriores, e vão desenvolver habilidades, incluindo comunicação, gestão de equipes, resolução de conflitos e tomada de decisão.

À medida que eles avançam no pipeline, assumem responsabilidades cada vez maiores, até chegar a posições de liderança sênior. Mas como esse processo funciona, na prática?

A partir de 6 tipos de fases preparatórias, que se sucedem de forma transicional:

  • Gestor de si para gestor dos outros;
  • Gestor dos outros para gestor de gerentes;
  • Gestor de gerentes para gestor funcional;
  • Gestor funcional para gestor de negócios;
  • Gestor de negócios para gestor de grupos;
  • Gestor de grupos para gestor corporativo.

A seguir, vamos entender melhor o que cada uma dessas etapas significa dentro da organização.

Gestor de si para gestor dos outros

A primeira etapa de um pipeline de liderança envolve a capacidade completa de se autogerenciar e autorregular. 

Isso inclui ter conhecimento sobre si mesmo, desenvolvendo habilidades como inteligência emocional, autoconfiança e autocontrole.

Quando passam a dominar a autogestão, a primeira transição do pipeline de liderança vai ser justamente essa transição do colaborador individual para seu primeiro cargo de gestão, nesse caso, de outras pessoas.

É normal que pessoas se destaquem e quando esses membros começam a se sobressair dentro da equipe, eles passam a receber novas responsabilidades até que estejam aptos para uma promoção.

É comum que exista uma resistência no início — mesmo que a pessoa seja capacitada — pois, estamos falando de alguém que nunca teve essa experiência antes.

Gestor dos outros para gestor de gerentes

O principal objetivo dessa preparação aqui é aprender a gerir pessoas. Em vez de atuar individualmente, como fazia na outra fase, ele passa a exercer somente o papel de gestão.

Esse desapego da sua função original é importante para que o profissional passe a ter uma visão mais estratégica de como ele deve atuar.

Sua função também está em desenvolver os novos líderes da empresa que estão na fase anterior a dele no pipeline. Outra atuação sua também é a capacidade de identificar os profissionais que, de fato, querem seguir o caminho da liderança.

Assim, em vez de saber gerenciar outros, o líder passa a saber gerenciar outros gestores, atuando como mentores: delegam funções gerenciais aos futuros líderes, acompanham seu progresso e as orientam da melhor forma.

Gestor de gerentes para gestor funcional

como o pipeline de liderança funciona?

A terceira fase do pipeline de liderança diz respeito a transição de gestor de gerentes para gestor de uma função, o que vai demandar um nível de maturidade maior do profissional.

O desenvolvimento do líder funcional será o momento em que ele vai deixar de gerenciar gerentes e vai gerenciar uma área inteira do negócio: comercial, marketing, vendas, RH, TI ou qualquer outra.

Isso significa que, nesse estágio, o líder precisa ter um profundo conhecimento sobre a área de gestão. Não só sobre a parte técnica, mas em relação à tomada de decisão nesse setor, em diálogo com os objetivos empresariais.

Por isso também, é papel dele sempre estar em contato com as outras áreas, participando de reuniões com os demais líderes para alinhar metas e estratégias, além de integrar as atividades.

Gestor funcional para gestor de negócios

O gestor de uma função, para dar um passo à frente, vai passar a se preparar para ser um gestor de negócios.Isso significa que o profissional tem o objetivo de administrar toda a empresa e não mais focar somente em uma área. 

Essa é considerada uma das transições mais importantes dentro de uma organização, além de ser um grande momento para o profissional.

A partir daí, o líder fica responsável por integrar áreas e coordenar seus gestores. Ele precisa entender mais sobre os diferentes setores e ter competências adequadas para um contexto muito maior, pois são muitas equipes envolvidas.

Nesse momento, entra também um elemento central: resultados financeiros. Em vez de acompanhar apenas indicadores da sua área, ele precisa aprender a monitorar métricas de negócio, como a participação de mercado, rentabilidade e lucratividade.

Gestor de negócios para gestor de grupos

Depois do gestor do negócio, a próxima fase é de se tornar um gestor de grupo. O nível de experiência e competências necessárias para este cargo cresce ainda mais em comparação com o anterior.

O principal objetivo neste ponto é tornar-se um líder que possa gerir várias unidades de negócio simultaneamente, a fim de alcançar resultados a longo prazo.

O grande desafio é gerenciar várias empresas ao mesmo tempo e conseguir atender às demandas de seus gestores de negócios, sem interferir na liderança deles ou prejudicar a coordenação do grupo.

É essencial que ele alinhe os gestores empresariais ao mesmo tempo que considere os objetivos do coletivo. É um nível de liderança elevadíssimo, porque as escolhas têm um peso muito maior — a lucratividade de todas as partes.

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Gestor de grupos para gestor corporativo.

Finalmente, chegamos a última transição possível dentro do pipeline de liderança, que é a mudança de gestor de grupos para gestor corporativo ou administrador da empresa.

Basicamente, é o posto mais alto da empresa, também conhecido como CEO. Somente um líder que passou por todas as transições com maestria pode estar pronto para ficar no topo da hierarquia.

Esse momento diz menos sobre as competências — pois elas já foram largamente trabalhadas — e mais sobre os valores do profissional.

É preciso haver uma mudança de mindset desse líder, totalmente voltado para uma visão estratégica de longo prazo, baseado fortemente na inovação.

O objetivo é cultivar uma perspectiva global e, ao mesmo tempo, personificar a marca, pois ele passa a ser o grande representante da empresa em qualquer cenário. 

Tudo isso exige não só uma atualização constante dos conhecimentos como uma postura totalmente adequada.

Como implementar o pipeline de liderança na sua empresa?

como implementar o pipeline de liderança?

Muitas empresas enfrentam um grande desafio: líderes não estão prontos para liderar as empresas. Na verdade, segundo um relatório do State of Leadership Development 2015, do Brandon Hall Group, 71% dos negócios acreditam nisso.

Ainda, somente 25% das organizações disseram ter um sucessor preparado e apto para uma das 10 posições críticas de liderança. Então, mais do que nunca organizações precisam se preocupar com isso.

E só há um caminho para implementar um pipeline de liderança: o treinamento. É essencial investir no desenvolvimento de habilidades e competências dos futuros líderes.

Esta formação deve se concentrar em áreas essenciais, como habilidades interpessoais, cultura organizacional e compreensão da estratégia. Ao mesmo tempo, é necessário que os profissionais tenham espaço para praticar o que aprendem dentro da empresa.

Para cada nível de preparação, deve haver uma capacitação específica para isso, com um plano bem estruturado. E um dos elementos centrais de todo treinamento deve ser a gestão de inovação.

Benefícios do pipeline de liderança

benefícios do pipeline de liderança

Ter uma estrutura de pipeline de liderança é fundamental para que sua empresa esteja preparada para os constantes desafios organizacionais.

E como efeito disso, a empresa ganha na mesma medida que o líder se desenvolve: tem mais agilidade nos processos, clareza nas atribuições de tarefas, facilidade no planejamento e senso de responsabilidade.

Agilidade nos processos

Estruturar o pipeline de liderança é bom para simplificar os processos e torná-los mais ágeis. Ao seguir um padrão, sua empresa pode estar preparada para lidar com mudanças rapidamente.

E se caso aconteça alguma perda repentina, você não vai sofrer tanto com as transições, pois o profissional não só está pronto para o papel como está integrado à empresa.

Clareza na atribuição de tarefas

Com a estrutura do pipeline, cada líder tem sua área de responsabilidade devidamente delimitada.

Isso ajuda os colaboradores internos e externos a entender quem é responsável por cada processo e evita que líderes desempenhem mais ou menos do que deveriam.

Facilidade de planejamento

O planejamento empresarial também ganha com o pipeline de liderança. Ao ter uma estrutura organizada de como cada líder se encaixa na empresa, fica mais fácil estabelecer metas a longo prazo para a organização.

Conclusão

O pipeline de liderança é uma estrutura essencial para empresas que querem crescer e modernizar seus processos.

O objetivo é garantir que a empresa tenha um fluxo contínuo de líderes capazes de assumir responsabilidades em diferentes níveis e áreas de atuação.

Isso evita problemas de sucessão e crise dentro da organização, ao mesmo tempo que traz mais agilidade, clareza e planejamento.

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Liderança

Liderança e gestão de pessoas: como elas se relacionam?

Liderança significa muitas coisas. Mas há uma relação incontestável sobre esse assunto: um líder sempre vai liderar pessoas, por isso, há uma aproximação necessária entre essas partes.

Isso significa que a liderança e a gestão de pessoas devem sempre caminhar juntas em qualquer contexto e, principalmente, dentro de uma empresa.

Mas qual é o papel desse líder dentro da empresa? O que difere um líder de um gestor? E como criar líderes que realmente saibam lidar com as pessoas?

Essas são dúvidas que qualquer pessoa em um cargo como esse deve se perguntar e, eventualmente, saber as respostas. Pensando nisso, criamos um conteúdo focado nesse tema. Se você quiser aprender mais sobre, continue lendo!

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O que é liderança e gestão de pessoas?

Liderança e gestão de pessoas dizem respeito à capacidade de liderar, motivar e gerenciar equipes para alcançar resultados. No entanto, apesar de andarem juntos, esses termos também têm sentidos individuais.

Quando pensamos em liderança, nos referimos ao líder como figura motivacional e inspiradora que nutre o desenvolvimento dos liderados.

Já a gestão de pessoas envolve a ideia de recursos humanos, sendo um conceito abrangente para o gerenciamento dos colaboradores de uma empresa.

Para ter sucesso, liderança e gestão de pessoas precisam andar lado a lado. Afinal, o líder é responsável por distinguir as necessidades do time e alinhar as metas para que elas sejam alcançadas e somente gerenciando as pessoas isso é possível.

Entre as principais funções que podem estar associadas a liderança e gestão de pessoas, podemos destacar:

  • Formação de equipes de trabalho;
  • Motivação de colaboradores e equipes;
  • Desenvolvimento dos profissionais;
  • Criação da cultura organizacional;
  • Retenção de talentos.

Qual é o papel do líder na gestão de equipes?

o papel do líder na gestão de equipes

O líder tem um papel fundamental na gestão de equipes. É ele quem lidera, estimula e motiva os liderados para alcançar os resultados desejados. O líder é aquele que acredita no potencial da equipe e guia o time para obter sucesso.

Ele lida com as diferentes necessidades dos liderados e tem a capacidade de agregar valor em cada colaborador, incentivando-os a usarem o seu melhor potencial.

Podemos pensar o líder como uma ponte entre as pessoas e a empresa. Para fazer uma boa gestão de equipes, é preciso alinhar as necessidades dos colaboradores aos objetivos da organização.

Também é enquanto líder que você vai ter a responsabilidade de criar um ambiente estimulante para os liderados e lhes dar as ferramentas necessárias para alcançarem as metas.

Dessa maneira, as equipes vão ser capazes de desenvolver o sentimento de pertencimento e vão trabalhar com entusiasmo.

Relação entre líder e gestor

Depois de falarmos diversas vezes sobre gestão de pessoas — ou equipes —, pode vir uma dúvida bastante coerente: onde entra o gestor nesse processo?

O gestor é aquele que tem a responsabilidade de gerir pessoas, desenvolver processos e pensar nos prazos e metas. Neste sentido, podemos pensar no líder como uma figura que pode ou não fazer parte do gestor.

Muitas vezes, sem capacidade de liderança, os gestores seriam incapazes de motivar as suas equipes. Por isso, a liderança e gestão acabam sendo objeto de desejo na mesma medida, quando colocadas à disposição.

Diferença entre líder e gestor

Embora tenham uma relação muito próxima, líder e gestor não são necessariamente sinônimos — ainda que existam pessoas que possam ser essas duas coisas ao mesmo tempo.

Nem todos os gestores são líderes, mas todos os líderes são gestores. A verdade é que a liderança tem a ver com uma característica que pessoas da empresa conseguem desenvolver.

Os líderes não só vão motivar os funcionários, mas pensar na promoção da qualidade de trabalho dos funcionários, na construção do clima organizacional e na manutenção de uma visão de longo prazo.

Sendo assim, o gestor acaba sendo o papel oficial, mais associado à supervisão das atividades, além de ser formalmente uma figura hierárquica.

Finalmente, alguém que é visto como liderança orienta a equipe e, ao mesmo tempo, consegue se fazer parecer parte da equipe ao guiá-la.

Como criar líderes eficientes em gestão de pessoas?

como criar líderes eficientes

Criar líderes eficientes em gestão de pessoas não é uma tarefa fácil e simples, mas sempre será possível. E um dos melhores caminhos para isso é o treinamento e a capacitação.

Isso se dá porque, além do repertório que a pessoa já desenvolveu com outras experiências, sempre há a possibilidade de se aprender e crescer profissionalmente. 

Claro que algumas habilidades são mais naturais que outras, mas há muitas skills possíveis de serem desenvolvidas.

É justamente a capacitação que vai trazer uma oportunidade de pessoas gestoras trocarem ideias, perceber o que precisam melhorar e, assim, avançar com as habilidades técnicas comportamentais de liderança.

Se estamos falando de alguém capaz de motivar e influenciar outras pessoas do time, é fundamental que essa pessoa tenha uma postura adequada para isso. Mas quais são as características para isso?

Características de um bom líder e gestor de pessoas

A liderança pode sempre ser mais bem executada quando se tem mais habilidade para exercê-la. Por isso, algumas boas características que devem ser cultivadas por essas pessoas são:

  • Comunicação interpessoal;
  • Orientação para resultados;
  • Responsabilidade e compromisso;
  • Capacidade de integração;
  • Oferecimento de feedbacks;
  • Gerenciamento de conflitos.

A seguir, vamos falar um pouco mais sobre cada um desses aspectos!

Comunicação interpessoal

Todos os líderes devem saber comunicar bem, seja liderando uma reunião ou simplesmente passando mensagens. Afinal, mais uma vez, para que possam influenciar as pessoas, é preciso que essas figuras sejam claramente compreendidas por elas.

Orientação para resultados

Esse líder deve ter em mente que o resultado é um dos aspectos mais importantes e que, assim, todas as estratégias e ações tem que estar relacionadas para atingi-lo. É preciso pensar nos prós e contras de cada escolha, para que se maximize as metas de maneira coletiva.

Responsabilidade e compromisso

Para liderar, é necessário ter responsabilidade e compromisso com o time, para que os resultados sejam alcançados. Por isso, um líder deve ser coerente e trabalhar pela reputação da equipe sempre.

Capacidade de integração

Um líder deve conseguir trazer união entre as pessoas, para que a sua liderança seja muito mais efetiva. É importante que esse líder saiba como integrar todos os membros da equipe e de setores diferentes, de maneira a alcançar o melhor resultado.

Oferecimento de feedbacks

Oferecer feedbacks é um dos pontos fundamentais para líderes. É preciso que essas figuras saibam como dar feedbacks positivos, e também saberem reconhecer os erros e apontá-los de modo construtivo para que sejam corrigidos.

Gerenciamento de conflitos

Em último lugar, líderes e gestores de pessoas precisam saber como gerenciar conflitos internos. É importante que estes liderem o processo de resolução das divergências da empresa, mantendo a equipe focada nos resultados e em harmonia.

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Quais são os principais desafios na gestão de pessoas?

os principais desafios na gestão de pessoas

Gerir pessoas é um desafio por si só. Indivíduos são complexos, múltiplos e incertos. É por isso que os obstáculos da gestão de pessoas começam já mesmo na recrutamento dos colaboradores. Esse é o primeiro contato que, quase sempre, é bastante decisivo.

Ao escolher funcionários inadequados, o líder e gestor de pessoas corre risco de liderar um time descompromissado, que não desempenha as tarefas com seu máximo potencial. Por isso, a dedicação da seleção de funcionários é primordial.

Outro desafio é manter equipes motivadas e engajadas, onde entra principalmente a figura do líder. Para isso, é preciso criar ligações entre líderes e liderados, o que torna o clima de trabalho mais amigável.

Pesquisas de clima organizacional são um grande caminho para evitar problemas como esse. Dessa maneira, dá para entender melhor como as equipes funcionam e qual é a melhor maneira da liderança influenciá-la, de fato.

5 dicas para potencializar a liderança e gestão de pessoas

dicas para liderança e gestão de pessoas

Depois de tudo que falamos, chegamos naquele momento de pensar sobre como tornar essa relação entre liderança e gestão de pessoas mais próxima e de alta qualidade. Por isso, trouxemos 5 dicas que as empresas devem acompanhar. São elas:

  • Faça tudo com base na estratégia;
  • Promova a conexão entre liderança e equipes;
  • Crie uma cultura de feedback no time;
  • Valorize a diversidade de talentos;
  • Trabalhe junto aos recursos humanos.

A seguir, vamos falar sobre cada um desses pontos!

Faça tudo com base na estratégia

Estratégia é o caminho para qualquer organização. É por isso que liderança e gestão de pessoas tem que estar alinhados com os objetivos da empresa. 

Ou seja, qualquer líder que for guiar um time precisa dominar quais são as metas e as prioridades daquele negócio.

Só assim é possível orientar os liderados com segurança e certeza, tendo em mente que todas as escolhas devem ser feitas para atingir os resultados esperados. Do mesmo jeito, as tarefas também devem ser delegadas com maior efetividade.

Promova a conexão entre liderança e equipes

O elo entre as demandas e expectativas. Essa é a função primordial de um líder. Para tanto, ele precisa promover a conexão dele com seus liderados.

Isso inclui desde a liderança e gestão de pessoas, passando pelo conhecimento das habilidades da equipe, até o respeito às opiniões e necessidades dos colaboradores. O líder precisa se colocar à disposição dos liderados para compreender e lutar pelo sucesso do time.

Essa é uma oportunidade de usar estratégias para se conectar ao time, principalmente que envolvam conhecer mais a fundo essas pessoas.

Crie uma cultura de feedback no time

Feedbacks são fundamentais para líderes e gestores de pessoas. É preciso compreender como falar sobre as dificuldades, apontar os erros para corrigi-los, e também reconhecer o trabalho bem feito.

Essa é uma das principais fontes de motivação para um colaborador. Além do mais, líderes podem usar feedbacks — e as reuniões individuais que eles podem envolver — para entender melhor como as tarefas são realizadas na prática.

Vale também ressaltar que o feedback pode ser para ambos os lados. Ou seja, o liderado também pode aproveitar esse momento para falar como percebe a atuação do líder.

Valorize a diversidade de talentos

A liderança e a gestão de pessoas não podem deixar de lado a diversidade. Seja ela de caráter cultural, identitário ou profissional, traz consigo uma riqueza intelectual enorme para um time, principalmente alimentando a criatividade e inovação.

O líder tem a função de liderar uma equipe que reflita essa diversidade, para que cada um possa contribuir com suas próprias características e habilidades.

A liderança tem aqui um papel fundamental: dar espaço para que cada liderado lidere a si mesmo, de certa forma, e abra espaço para os outros.

Trabalhe junto aos recursos humanos

Em último lugar, não podemos esquecer do RH. Os líderes devem trabalhar lado a lado com o departamento de recursos humanos para entender melhor as necessidades da equipe e, assim, fazer as escolhas certas na hora da liderança e gestão.

É esse setor que domina a estratégia empresarial, o desenvolvimento das pessoas e o controle de todos os insumos.

Essa parceria é importante para líderes que querem decifrar e adotar a melhor abordagem com as pessoas. Enquanto líderes lutam por um bom relacionamento com seus liderados, o RH traz relatórios e informações que irão contribuir para o crescimento da empresa.

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Conclusão

Liderança e gestão de pessoas são dois aspectos essenciais de qualquer negócio. Mais do que isso: atuam em conjunto para assegurar o sucesso da organização e das pessoas que fazem parte dela.

É por isso que um bom líder precisa ter uma compreensão profunda dos objetivos e estratégia da empresa, promover a ligação com a sua equipa, criar uma cultura de feedback, valorizar a diversidade de talentos, e trabalhar em estreita colaboração com os recursos humanos.

Todas estas medidas servem para líderes e liderados chegarem ao sucesso juntos — algo que vale a pena para o negócio. Fazer da liderança uma forma de desenvolvimento pessoal, profissional e organizacional é o caminho.

Portanto, se você quer continuar aprendendo sobre o tema, sugerimos que você leia também sobre tipos de liderança!

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Liderança

Por que a gestão administrativa é um pilar dos negócios? Veja tipos, vantagens e ferramentas

Sua empresa organiza muito bem os processos dela? Se sim, estamos falando de uma organização que tem uma boa gestão administrativa. 

Embora nem todos os gestores possam ter isso como prioridade, para que possa ter longevidade, é preciso dar uma grande atenção aos fluxos organizacionais. Na verdade, é isso que diferencia os excelentes dos bons líderes.

Quanto mais se melhora a forma de cumprir as atividades dos setores, melhor são as chances de resultados positivos. 

Mas como entender melhor o que é gestão administrativa, os seus princípios e até as ferramentas de apoio? Nesse artigo, vamos falar sobre tudo isso. Vamos nessa? Boa leitura!

Leia também: a busca pelo equilíbrio entre planejamento estratégico e execução!

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O que é gestão administrativa?

Gestão administrativa é o conjunto de técnicas, estratégias e processos adotados para que, com base no planejamento da gestão, possa ser alcançado um bom desempenho da organização

Essa gestão compreende a parte financeira, operacional, estratégica, pessoal e outras áreas. O objetivo final dela é otimizar as operações da empresa com um ótimo controle de custos e recursos.

Quando todas estas tarefas são combinadas harmoniosamente, organizadas de forma lógica e constantemente melhoradas, se cria um fluxo de trabalho baseado em gestão administrativa.

Naturalmente, o gerente administrativo é responsável pelo sucesso de um negócio, pois é responsável por supervisionar todos os recursos financeiros, materiais e humanos no dia-a-dia.

Isso assegura que as operações operam de forma eficiente para maximizar a produtividade e obter os melhores resultados. Assim, cabe a ele o papel de executar, organizar e acompanhar o dia a dia de uma empresa.

Qual é a diferença entre gestão administrativa e gestão financeira?

Embora estes dois conceitos sejam próximos, não estamos falando da mesma coisa. Na verdade, um é uma parte do outro. Como falamos, a gestão administrativa engloba a financeira.

Mais especificamente, a gestão financeira se responsabiliza pela gestão dos ativos, fluxo de caixa, questão fiscal e tesouraria. Ou seja, é basicamente focada no controle de receitas e despesas da empresa e tudo que for relativo às finanças.

Enquanto isso, a administrativa engloba a gestão financeira na sua rotina de forma geral, mas vai não deixa de ir além em outros sentidos: cuida de todos os processos operacionais que são fundamentais para o bom funcionamento do negócio.

Basicamente, a parte financeira entra como um fator de influência nas escolhas da administrativa, mas participa de um modo macro, pois há uma equipe dedicada especificamente para esse setor.

Tipos de gestão administrativa

tipos de gestão administrativa

Voltando para o tema central, não podemos deixar de falar sobre os dois tipos de gestão administrativa: pedagógica e reacional. A diferença entre elas está nos relacionamentos interpessoais. A seguir, veja o que cada uma significa!

Administração pedagógica

Como o nome sugere, a base dessa administração é a pedagógica. Isso significa dizer que todos os processos se organizam a partir de uma visão colaborativa e construtivista no que diz respeito aos colaboradores.

O ponto aqui é que em vez de se preocupar em ter uma abordagem punitivista ou controladora, o gestor administrativo foca nas correções necessárias diante da avaliação que faz dos fluxos de trabalho.

Por exemplo, se o gestor observa que uma tarefa está sendo realizada de forma ineficaz no campo dos recursos humanos, ele vai trazer uma experiência que possa ser mais adequada e pedir a participação dos colaboradores na resolução dos problemas para a gestão de pessoas.

Administração reacional

Por outro lado, a gestão relacional diz respeito a uma forma de administrar em que as intervenções se baseiam em uma postura reativa e resolutiva e isso envolve também levar em conta as particularidades e singularidades do contexto.

Quando empresas possuem rotinas muito flutuantes e voláteis, esse modelo pode ser a melhor opção. Por exemplo, em empresas de tecnologia, onde diariamente surgem novas demandas e desafios na elaboração de produtos.

Aqui a padronização acaba sendo mais difícil pelo aparecimento constante de demandas mais específicas e que sempre variam de acordo com cada caso.

Os princípios da gestão administrativa

princípios da gestão administrativa

Para que se possa entender a gestão administrativa em sua totalidade, também não podemos deixar de elencar os princípios dela. São eles:

  • responsabilidade;
  • divisão de tarefas;
  • remuneração;
  • disciplina;
  • hierarquia;
  • organização.

Nos próximos tópicos, vamos abordar mais profundamente cada um deles!

Responsabilidade 

Esse deve ser o pilar da gestão de qualquer empresa. A responsabilidade se dá em todas as áreas do negócio, desde o atendimento ao cliente até mesmo a parte financeira. A organização vem justamente da existência de uma gerência com autoridade diante dos funcionários.

Logo, ela precisa atuar com responsabilidade para que os funcionários aceitem as orientações que precisam seguir. Apenas assim será possível garantir o cumprimento dessas diretrizes e a execução dos trabalhos necessários.

Medir a responsabilidade dos funcionários é essencial para o sucesso de uma empresa, já que a performance anda ao lado dela. E quanto mais responsável é uma gestão, mais isso reflete nos colaboradores.

Divisão de tarefas

Todos os setores e funções da empresa devem ter a sua responsabilidade bem definida. O gestor precisa dividir as tarefas entre os colaboradores, criando um plano de ação para cada setor.

Com isso, não apenas as atividades ficam mais claras, mas também se torna possível pesar o resultado da gestão e verificar quem está executando as funções dentro do prazo.

Além disso, a gestão administrativa também se responsabiliza por monitorar o andamento desses processos para que eles estejam alinhados com os objetivos da empresa.

A empresa alcança melhores resultados quando seus trabalhadores possuem conhecimentos especializados e são desenvolvidos constantemente. E a produtividade da organização cresce com a maior eficiência dos colaboradores altamente qualificados para criar produtos e soluções.

Remuneração

É importante que a gestão administrativa tenha um sistema de remuneração justo e compatível com as necessidades dos colaboradores.

Isso significa dizer que ninguém está trabalhando além do seu limite, pois assim o gestor consegue manter o alto desempenho dos seus funcionários.

Nesse sentido, é importante que a gestão administre as expectativas de remuneração por meio de pontuações e performance para cada função, fazendo reconhecimento quando possível. É isso que mantém a equipe motivada.

Vale lembrar também que aqui estamos falando de remunerações tanto monetárias como compensação financeira e prêmios, como também não monetária, como elogios e destaques.

Disciplina

A gestão administrativa também tem responsabilidade na orientação da equipe, de forma a manter a disciplina no ambiente de trabalho.

Isso significa que os gestores precisam respeitar as regras da empresa, evitar atrasos e disciplinar os funcionários quando for necessário para fazer o mesmo.

Para ter sucesso nesse processo, é importante que os gestores sejam firmes na tomada de decisão e também saibam comunicar as regras da forma certa.

Obedecer às regras e princípios é essencial para alcançar os objetivos de uma empresa, incentivando a boa conduta dos colaboradores, bem como o respeito mútuo entre todos.

Hierarquia

A gestão administrativa também deve ter em mente a hierarquia dentro da empresa. Ou seja, quem está no cargo mais alto de gestão e quem é subordinado a ele.

A hierarquia tem a responsabilidade de estabelecer uma ordem clara e direta no que diz respeito à autoridade, definindo funções e criando um sistema estruturado de gerenciamento.

Além disso, o gestor precisa saber colocar as ordens corretamente para que cada funcionário conheça o seu papel e possa executá-lo de maneira adequada. Sem isso, não seria possível ter um ambiente corporativo favorável.

Esta qualidade também permite que todos os trabalhadores possam abordar diretamente um gestor ou superior em casos de emergência, sem comprometer a hierarquia.

Organização

Para fechar os pilares da gestão, vamos falar sobre organização. Para que os funcionários possam trabalhar de maneira eficaz, é fundamental que empresas forneçam recursos adequados para o desempenho das suas tarefas.

Os gestores são responsáveis por criar um ambiente de trabalho seguro, limpo e bem organizado. Além disso, cabe a eles assegurar que os colaboradores desenvolvam suas atividades em condições favoráveis.

A organização também diz respeito à gestão das informações para que sejam acessíveis de forma rápida e prática. Dessa forma, os gestores conseguem ter um controle maior do que está acontecendo dentro da empresa.

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Vantagens da gestão administrativa

vantagens da gestão administrativa

Mas afinal, o que faz com que se apoiar em uma gestão administrativa seja tão positivo para as organizações? Bom, entre vários fatores, podemos destacar três: organização de metas, aumento da produtividade e melhora na tomada de decisões.

Organização de metas

A importância da gestão administrativa reside no fato que ela consegue fazer a empresa consiga focar naquilo que mais importa: alcançar seus objetivos. Mas por que?

Ter um gestor administrativo qualificado no comando da empresa significa que as metas serão definidas de maneira clara para todos os setores, possibilitando a execução das atividades com maior rapidez.

Essa velocidade acontece justamente porque os colaboradores estão cientes daquilo que querem alcançar tanto a curto como a longo prazo dentro do seu papel.

Além disso, com um rastreio e documentação precisos, é muito mais simples ajustar rapidamente o rumo quando necessário e tomar decisões estratégicas nos momentos mais cruciais.

Aumento de produtividade

A equipe também é mais produtiva quando conta com uma boa gestão. Quando ela é eficaz, as tarefas são concluídas mais rapidamente, e os empregados podem concentrar-se em melhorar o seu trabalho.

Além disso, um bom fluxo organizacional também encoraja os funcionários a colaborarem entre si, atribuindo-lhes tarefas específicas que contribuirão para o sucesso da empresa como um todo.

Quando se está mais próximo do planejamento e execução, se torna mais fácil identificar o que está sendo bem feito e o que não está.

Para exemplificar, vamos imaginar uma situação hipotética em que a produtividade pode aumentar. Um gestor sabe que delegar tarefas urgentes aos colaboradores que são mais rápidos pode reduzir o tempo necessário para completá-la e evitar problemas com o cliente.

Melhora na tomada de decisões

Finalmente, a gestão administrativa ajuda os gestores a tomar melhores decisões. Esse motivo também tem forte relação com o anterior: acompanhamento mais próximo de todos os processos operacionais do negócio.

Ter um bom conhecimento do contexto da empresa aumenta a capacidade de medir riscos e oportunidades e de tomar decisões mais informadas que podem garantir melhores resultados no futuro.

Melhores escolhas também influenciam na produtividade e na organização de metas. Em último caso, então, todos os benefícios de uma gestão administrativa se retroalimentam.

Ferramentas para gestão administrativa

ferramentas para gestão administrativa

Se o papel aqui é gerir administrativamente, quais são os melhores mecanismos para isso? 

Existem 3 ferramentas que podem ser bem interessantes para esse fim e auxiliam a estratégia organizacional do negócio. São elas: SWOT, Canvas e OKR. Vamos entender cada uma a seguir!

SWOT

A análise SWOT é uma famosa ferramenta de diagnóstico empresarial. Por meio dela, é possível analisar os pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças de uma empresa.

O gestor pode entender melhor como sua organização está se comparando no mercado, quais são os seus pontos negativos e positivos, além de qual o melhor caminho para aproveitar as oportunidades.

Mais especificamente, falando de cada uma das letras, podemos entender assim:

  • strengths ou forças: são todos os aspectos que já se mostram consolidados de forma favorável a empresa, por exemplo, a existência de bons níveis de satisfação dos clientes em relação aos produtos vendidos;
  • weaknesses ou fraquezas: são aspectos internos que precisam ser melhorados, como por exemplo, ausência de um programa de capacitação ou treinamento de liderança;
  • opportunities ou oportunidades: aqui estão  estratégias que podem ajudar na expansão do negócio, como abrir novas unidades de produção ou ampliar a sua linha de produtos;
  • threats ou ameaças: são fatores externos que podem prejudicar o desenvolvimento da empresa, como a entrada de novas marcas concorrentes e as mudanças na legislação.

Canvas

O Canvas é um modelo estratégico usado para gestão administrativa que tem como objetivo desenvolver estratégias de negócios baseadas em evidências e pode ser desenvolvido em conjunto com as equipes de trabalho.

Ele apresenta nove blocos que representam o que chamamos de dimensões do negócio: proposição de valor, relacionamento com clientes, canais de distribuição, segmentação de mercado, estrutura de custos, fluxos de receita, recursos-chave, atividades-chave e parcerias.

Ao preencher cada bloco do Canvas, gestores passam a conhecer melhor seus negócios, entendendo quais recursos precisam estar presentes para garantir o sucesso do projeto.

Ele também é bastante semelhante a um organograma e serve tanto para micro tarefas como para o acompanhamento na criação de projetos grandes.

OKR

Os objetivos e metas OKR são um processo de gestão administrativa cada vez mais utilizado pelas empresas. Ele é uma forma de organizar, planejar e alcançar os objetivos da gestão.

A ideia é simplificar a organização do que se quer alcançar bem como as tarefas essenciais para conquistá-los. 

Os objetivos são resultados agregadores que a gestão deseja alcançar, enquanto as metas (ou resultados-chave) são mais específicas e precisam ser atingidas para garantir o sucesso do projeto.

Por exemplo, um gestor pode estabelecer o objetivo de aumentar em 10% as vendas do produto X e então, definir as metas necessárias para alcançar esse resultado, como investimentos em marketing e mídia paga.

O gestor define objetivos e metas para cada setor, de modo a estabelecer uma visão extensiva do negócio. Assim, é possível ter um panorama geral de todos os processos operacionais e monitorar as performances com mais qualidade.

Como fazer uma boa gestão administrativa?

como fazer gestão administrativa?

Finalmente, como uma empresa pode implementar uma boa gestão administrativa? Seguindo um conjunto de práticas baseadas nos princípios desse modelo.

Primeiro, é importante estabelecer objetivos claros para a gestão. Não adianta apenas ter uma vontade de obter resultados e não defini-los. Os gestores precisam estar focados no que desejam alcançar e usar as ferramentas necessárias para isso.

No entanto, a administração vai além disso: é importante que os líderes estejam preparados para lidar com crises e gerir pessoas, além de entender as necessidades dos clientes.

Por isso, além de planejar as metas, é preciso organizar todos os processos da empresa. Por exemplo, a gestão administrativa pode definir estratégias de gestão do tempo para que os gestores possam se concentrar nas tarefas mais importantes, como o kanban.

Outro aspecto importante é investir em treinamentos e capacitações. Estimular o desenvolvimento profissional de cada gestor é fundamental para melhores resultados.

Também não estamos falando de algo estático: é preciso ficar atento às mudanças no mercado e se adaptar. É o constante levantamento das oportunidades e ameaças envolvidas que vão elevar os processos internos da empresa.

De igual maneira, a preocupação com o acompanhamento dos resultados é fundamental. E tudo isso pode ser feito com apoio da tecnologia, principalmente em relação a metodologias inovadoras.

A inteligência artificial, por exemplo, pode dar suporte na administração, como o uso do processamento de dados e análise de tendências que podem nortear decisões de gestão.

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Conclusão

A gestão administrativa é essencial para se obter bons resultados operacionais e gerenciais de uma empresa. É ela que oferece ao negócio todos os mecanismos necessários para que ele possa crescer e desenvolver-se com sucesso.

Para isso, é preciso responsabilidade, disciplina, hierarquia e, principalmente, organização. 

Além disso, as ferramentas também são importantes, principalmente aquelas que oferecem uma visão mais completa de como a empresa funciona e como anda sua performance.

Só que para ser um bom gestor administrativo, não basta isso. É preciso pensar também no papel que a organização ocupa no futuro.

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Tecnologia

Como funciona o deep learning e onde ele é usado?

Chat GPT, imagens geradas por IA e a Alexa são alguns dos exemplos em alta quando pensamos em inteligência artificial e machine learning nos dias atuais. Mas existe um grande nome nesse universo que não está tão em evidência como os outros: o deep learning.

Como o nome sugere, ele tem uma forte relação com os outros dois conceitos. É como se eles fossem uma tríade que mimetiza a inteligência humana em busca de tornar as atividades mais simples, seja no cotidiano ou no ambiente profissional.

Mas o que significa, especificamente, o deep learning? Nos próximos tópicos, você vai descobrir. E não só isso. Vamos também falar sobre sua importância e apresentar 9 exemplos de uso dessa tecnologia. Tenha uma ótima leitura!

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O que é deep learning?

O conceito de deep learning (DL) envolve uma subárea do machine learning, que faz parte da IA, que consiste em simular a rede neural de um cérebro humano.

Ou seja, estamos falando de uma tecnologia que busca simular de maneira computacional o cérebro humano como uma máquina de aprendizado.

Ao traduzir para português, podemos entender como a aprendizagem profunda. E é essa a ideia: que ele funcione o mais próximo possível de um conhecimento orgânico.

Sendo assim, seu papel é fazer com que o computador aprenda por si mesmo e, ainda, consiga executar tarefas semelhantes às dos seres humanos.

Como esse aprendizado funciona?

Toda a base do aprendizado profundo se baseia nas redes neurais artificiais. Elas têm sido trabalhadas e aperfeiçoadas desde os anos 50 e ganham cada vez mais espaço pelo seu potencial.

Através de algoritmos profundos e camadas de processamento, cada informação que entra é usada para treinar o computador no reconhecimento de padrões. Vale lembrar que a quantidade de dados é gigantesca, certo?

As redes neurais se estruturam por camada: de entrada, escondida e de saída. Naturalmente, qualquer informação vai entrar pela primeira vez. Isso vai fazer com que uma série de neurônios artificiais sejam ativados de acordo com o tipo de dado.

Por exemplo, digamos que o objetivo é reconhecer uma linha de uma letra. Esse processo começa na entrada e segue para as camadas escondidas (podem ser bem mais que uma).

Nesse momento, as combinações de linhas vão ser processadas até que se consiga descobrir qual é a letra. Na de saída, será determinado se é A, B, C ou qualquer outra letra do alfabeto.

Com o passar do tempo e a entrada de mais dados, vai se tornar mais fácil fazer com que os sistemas de deep learning consigam identificar traços diferentes para uma mesma letra em maior grau de acerto, considerando que cada pessoa escreve de um jeito.

Qual é a diferença entre deep learning e machine learning?

As diferenças entre deep learning e machine learning

Pelo denominador comum — learning — dá para entender que as duas tecnologias dizem respeito ao aprendizado. No entanto, o que difere uma da outra é seu aprofundamento.

Ambas usam redes neurais, no entanto, enquanto o machine fica em torno de três camadas, o deep consegue ir além de 30 camadas. Sendo assim, uma diferença entre essas redes está na quantidade de neurônios e de conexões.

Os algoritmos de machine learning (ML) fazem uso de dados estruturados e rotulados para prever informações. Em outras palavras, os recursos usados se estabelecem de acordo com o modelo dos dados de entrada.

Já no caso da aprendizagem profunda, esse pré processamento de dados de maneira sistemática não existe. E é aqui que entra a grande diferença dos dois conceitos: o DL é o único capaz de processar dados não estruturados — como texto, imagens e vídeos.

Logo, os recursos podem ser extraídos de forma automatizada, sem a necessidade de interferência humana. Enquanto o ML depende da supervisão humana, o DP usa os algoritmos para processar todo e qualquer dado.

Para trazer isso, na prática, vamos mostrar um exemplo de um dado estruturado como a imagem: imagine que exista um conjunto de fotos de plantas e é preciso distingui-las.

No caso do ML, a definição dos recursos vai depender da participação de um especialista humano.

 Já os algoritmos de aprendizado profundo vão fazer uso das características importantes que diferenciam cada espécie (tamanho, fruta, flor, entre outros).

Para resumir, então, podemos perceber que a precisão e independência acaba sendo o grande fator diferencial do deep learning em relação ao machine. Afinal, o algoritmo de aprendizado é capaz de se ajustar na hora de fazer previsões, por exemplo.

Quais são as aplicações do deep learning? Veja 9 exemplos

Chegamos agora em um momento importante do texto: ver como o deep learning tem sido usado na prática. Quais são os grandes exemplos de aproveitamento? Conheça os 8 principais:

  1. Assistentes virtuais;
  2. Chatbots;
  3. Reconhecimento facial;
  4. Reconhecimento de fala;
  5. Soluções de recomendação;
  6. Diagnósticos preditivos;
  7. Carros autônomos;
  8. Previsões financeiras;
  9. Fake news e noticiabilidade.

A seguir, vamos apresentar um pouco sobre cada uma dessas aplicações do deep learning. Continue lendo!

Assistentes virtuais

As assistentes virtuais são um grande exemplo de deep learning, principalmente em relação à capacidade de processamento de linguagem natural (NLP).

Esta tecnologia é baseada justamente nos algoritmos de aprendizagem profunda, que são responsáveis por compreender a linguagem natural do utilizador — neste caso, a linguagem humana — e gerar uma resposta.

No geral, elas são usadas para tirar dúvidas e programar tarefas de quem a usa. Siri, Cortana e Alexa são as assistentes mais conhecidas.

Como o aprendizado se trata de uma tarefa contínua, quanto mais dados são fornecidos, mais adequada a linguagem se torna, além de se habituar ao usuário.

Chatbots

Os chatbots são muito usados na internet, principalmente em sites de lojas ou governamentais. Eles servem para ajudar no serviço ao cliente, seja para tirar dúvidas ou para vender produtos.

Ao utilizar técnicas de aprendizagem profunda, mais uma vez, é possível criar algoritmos que compreendam a língua do usuário e forneçam respostas automatizadas.

Muitas empresas fazem uso de chatbots, desde a Neoenergia (grupo privado do setor elétrico) até o Itaú.

Reconhecimento facial

Deep learning aplicado no reconhecimento facial

O reconhecimento facial é uma tecnologia utilizada para autenticação. Muitas vezes serve para identificação de identidade ou concessão de acesso a dispositivos.

Por meio de algoritmos de aprendizagem profunda, o computador é capaz de reconhecer rostos humanos, mesmo à distância ou em ângulos diferentes.

Esta tecnologia já está a ser utilizada em muitos dispositivos, principalmente smartphones e aplicativos dentro deles.

Esta forma de identificação utiliza tecnologia de ponta para comparar características faciais com as armazenadas dentro de uma base de dados.

Reconhecimento de voz

O reconhecimento da fala é uma aplicação que permite ao utilizador interagir com um dispositivo ou computador utilizando apenas comandos de voz.

Aqui, são aplicados algoritmos de aprendizagem profunda a fim de compreender a língua falada e gerar ações apropriadas, bem como reconhecer padrões acústicos.

Esse acaba sendo uma tecnologia que os sistemas operacionais usam para servir de apoio também às assistentes virtuais. Outro uso interessante é a transcrição de fala para texto ou mesmo a tradução de idioma.

Soluções de recomendação

As soluções de recomendação também são famosas no IA e dentro do deep learning também é possível. O DL ajuda fortemente programas de entretenimento e redes sociais nisso.

A ideia é, além de entender entender o comportamento dos clientes e quais são os gostos pessoais dos usuários, identificar padrões para a identificação de perfis semelhantes.

Vale dizer que esse estudo sobre os dados do consumidor também vai colaborar para outras situações de previsões que podem ajudar sites e ecommerces.

Dados como navegação, histórico de busca e demografia vão ajudar nisso. Empresas como Netflix e HBO fazem isso, na mesma medida que o Instagram e o TikTok.

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Diagnósticos preditivos

Na medicina, o DL também pode ter várias aplicações. Isso acontece principalmente pela capacidade preditiva dessa tecnologia.

A deep learning pode ser usada para prever a probabilidade de um paciente desenvolver uma doença, graças à análise dos dados genéticos e histórico clínico.

Dá para identificar a chance de ter problemas como câncer de mama, doença de Alzheimer, diagnóstico cardiovascular, câncer de pele ou até derrame cerebral.

Essa previsão é feita com base na modelagem de dados provenientes de exames e outras informações a fim de criar um diagnóstico o mais rápido possível.

Carros autônomos

O deep learning é responsável pela identificação de objetos em tempo real, fazendo com que a inteligência esteja automaticamente preparada para reagir a possíveis situações perigosas.

Através do DL, os carros autônomos conseguem fazer leitura de placas, identificar semáforos e entender sinais de trânsito.

O Computador Neural Diferenciável (DNC) é o mecanismo por trás disso. Ao ser apresentado mapas, linhas e paradas de ônibus, o carro inteligente consegue achar rotas menores para chegar onde se quer.

Esse tipo de tecnologia vai revolucionar a forma como as pessoas se locomovem e terá um grande impacto no setor automobilístico.

Previsões financeiras

Ainda apresentando as aplicações em nichos específicos, não poderíamos deixar de falar também sobre a previsibilidade financeira que essa tecnologia oferece.

As redes neurais de aprendizado profundo podem ser aproveitadas para prever valores de ativos e criar estratégias lucrativas.

Além disso, esse tipo de inteligência artificial também consegue identificar e prevenir fraudes e qualquer tipo de ameaça à segurança. Essa aplicação é fundamental dentro do contexto elevado de golpes e ataques cibernéticos.

Alguns dos usos atuais desse deep learning para análise de mercado são prever o desempenho dos ativos como fundos e ações, criar modelos preditivos e gerar insights mais precisos para a análise técnica.

Fake news e noticiabilidade

Para finalizar, também precisamos falar sobre a identificação de fake news que o deep learning é capaz de fazer.

Conhecidas também como notícias falsas, as fake news são matérias atreladas a veículos de informações manipuladas que se espalham pela internet com o objetivo de prejudicar algo ou alguém.

A aprendizagem profunda consegue justamente detectar notícias falsas e, principalmente, informar a existência delas ao usuário.

Paralelamente a isso, a tecnologia também consegue fazer uma curadoria de notícias de acordo com o perfil de cada usuário, facilitando a tarefa de se informar pelo meio digital.

Por que o deep learning é importante para as empresas?

a importância do deep learning para as empresas

O deep learning é uma ferramenta importante para as empresas, pois permite que elas consigam ter um maior nível de personalização e oferecer serviços mais inteligentes aos seus clientes.

Essa tecnologia faz parte das assistentes virtuais na mesma medida que consegue criar diagnósticos mais seguros. Com o DL, portanto, é possível melhorar a capacidade de reconhecer, detectar e prever ações por meio de dados.

Todas as áreas podem ganhar com isso, como segurança de dados, marketing digital, recursos humanos, fintechs, entre outros.

Principais benefícios do deep learning

Além da importância, vamos entender quais são os benefícios do deep learning? Aqui, de forma sucinta, elencamos os principais:

  • Maior nível de automação das atividades;
  • Utilização de dados complexos e diversificados;
  • Criação de modelos preditivos com maior precisão;
  • Redução da margem de erros na tomada de decisão;
  • Aumento da velocidade de processamento de dados.
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Conclusão

O deep learning tem um grande papel na melhoria de processos e atividades humanas. A diferença para o ML é que ele possui um maior nível de aprofundamento, justamente pelas redes neurais artificiais.

Como trabalha de forma a reproduzir o funcionamento do cérebro humano, ele é capaz de ir além do machine learning, o que abre ainda mais oportunidades de avanços na ciência e nos negócios.

É justamente por isso que as empresas precisam acompanhar o deep learning, entender como ele funciona e principalmente como podem aproveitar essa tecnologia dentro das suas realidades.

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Lições que o futuro nos reserva: o que os maiores futuristas do mundo trouxeram no SXSW

Por Glaucia Guarcello, CIO da Deloitte e professora convidada SingularityU Brazil

Uma das maiores contribuições do SXSW é nos ajudar a pensar o futuro. Neste quesito, Amy Webb é um dos maiores nomes. Sua disputadíssima apresentação teve um ar de preocupação diferente dos anos anteriores. Pela primeira vez, a futurista ressaltou que a convergência tecnológica tem tomado rumos em que a população nao poderá mais ser expectadora, e terá de ter um papel ativo na construção de um futuro melhor para todos. Segundo Amy, para lidar com o nosso futuro, precisaremos ter um estomago forte pois seu report deste ano traz alguns cenários de futuros assustadores.

Um ponto de atenção trazido é a tendencia das empresas se prenderem ao conhecido em momentos de incerteza e de muitos ruídos, como estamos vivendo, e ficarem míopes em relação à realidade e as ações necessárias. Precisamos treinar o olhar para vermos novos padrões.

Em sua apresentação, Amy trouxe 35 das 666 tendencias que seu relatório anual do Future Today Institute produz. Ela também ressaltou quais destas tendências são mais ou menos preocupantes para cada indústria e solicitou à audiência que classificasse as tendências em ações, decisões e monitoramento.

O primeiro cluster foi cloud computing, e a mensagem foi clara: a internet como conhecemos está morta. Esta percepção foi colaborada por outros futuristas da conferência. A internet tem se transformado em algo diferente e se aproximando cada vez mais da comunicação humana. A Web3 tem gerado identidades digitais e descentralização e menos dependência de intermediários e plataformas.

Outro tópico super relevante é a inteligência artificial, que tem se desenvolvido com reinforced learning humano. Porém, ao testarmos as ferramentas de IA em escala existentes, temos percebido que os vieses do nosso mundo físico têm sido replicados para a inteligência artificial. No fim, a IA não nasce com viés, ela é ensinado.

De alguma forma, quem tem treinado essas plataformas continua a embutir racismo, machismo e tantos outros vieses nas ferramentas. Como exemplo, os AI generalists quando solicitados a imaginar uma pessoa CEO, retornam apenas homens e brancos, até mesmo se for solicitado CEO de empresa de absorventes íntimos femininos.

Um risco hoje é o desenvolvimento das formas de lerem dados e do controle do uso desses dados. Quanto mais dados, mais poder computacional para operar. E esse círculo acaba gerando uma IA cada vez mais desenvolvida e com mais necessidade de alguma forma ser minimamente gerida em relação aos seus avanços. A estimativa é que em 2030, a inteligência artificial seja mil vezes melhor que hoje. Pesquisas mostram que até mesmo cheiros tem sido avaliado como dados. Poderemos, num futuro próximo, rastrear pessoas pelo cheiro. Várias empresas,  como o Google por exemplo, já estão investindo nessa tecnologia.

Nos próximos dois anos, a inteligência artificial generativa será o novo normal. Assim como o uso de uma calculadora, precisamos aprender a fazer as perguntas certas e utilizar as ferramentas para prosperar nesse futuro próximo.

Sairemos do “internet of everything” para o conceito de AISMOSIS, uma fusão entre AI e o humano, e dificilmente os reguladores terão tempo suficiente de reagir. Algumas reflexões cruciais são postas à mesa: qual o limite de dados que poderemos usar? Quem ditará isso?

Para os cenários em 2033, o catastrófico tem 80% de chance de ocorrer: informação nos perseguir, sistemas de marketing nos lendo todo o tempo, não teremos escolhas reais e provavelmente não acharemos de forma fácil as informações que queremos.

O segundo cluster foi o metaverso. Segundo Amy, nunca mais pensaremos por nós mesmos. Já existem tecnologias desenvolvimento escaneamento de cérebros para reconstruir imagens vistas, inclusive em mortos. Em pouco tempo esta tecnologia poderá inclusive reconstruir os nossos pensamentos. O Chat GPT ja cria um business plan em menos de 11 segundos. O upskilling agora vira até mesmo  necessidade nas crianças. Nossa sociedade vai funcionar de forma nova.

O cenário para 2038 é de 50% otimista e 50% catastrófico. No otimista, focaremos em upskilling, educação, medicina incrivelmente personalizada, virtual and real care. No catastrófico, usaremos as tecnologias apenas para lucro , aumentaremos a segregação social e tiraremos toda uma parcela da população do mercado de trabalho.

Principais takeaways:

1. Focar e treinar os olhos para os sinais;

2. Usar sempre o frame ação, decisão e monitoramento ao analisar os sinais;

3. A internet como conhecemos acabou;

4. Tudo é informação legível;

5. Entramos a era da computação assistiva;

6. Novas ferramentas não são acessíveis a todos, temos criado uma divisão digital;

7. Todos precisarão de upskilling;

8. As grandes empresas de tecnologia têm se tornado cada vez maiores e mais poderosas;

O Futuro Não-Óbvio

Ao olharmos as tendencias não-óbvias, foco do futurista Rohit Bhargava, a pergunta seria “e se tudo der certo?” e refletir sobre as lições que podemos tirar das coisas que têm tornado o mundo melhor. Segundo ele, as pessoas que entendem pessoas sempre vencem na jornada da humanidade.

Rohit compartilhou soluções como uma luva que, através de eletrodos, ensina a tocar piano em minutos e gera memoria motora no usuário. Também trouxe estudos em monitoramento de diabetes de forma não invasiva. E trouxe algo não intuitivo: o poder do fake!

Por exemplo, a empresa Upside Foods cria carne falsa em laboratório, que é mais saudável, não mata animais e é mais abundante. Há a tendência do couro sintético substituindo o couro real.

E se começássemos a celebrar o que não á autântico? Porque hoje, o não autêntico pode ser muito melhor que o original graças a tecnologia.

O futurista também lançou a byrdhouse, solução que traduz simultaneamente através de AI falas em 71 línguas, o que pode transformar nossa forma de comunicar e gerar conhecimento.