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Demissões nas big techs: confira a avalição dos experts da SU

Nas últimas semanas, a crise macroeconômica tem levado as big techs, como são conhecidas as grandes empresas de tecnologia, a fazer grandes cortes de pessoal. Empresas como Google, Meta e Microsoft anunciaram cortes em massa em seus quadros de funcionários. Neste artigo, dois especialistas da SingularityU Brazil fazem uma avaliação sobre este cenário e apontam o que muda em relação às tendências anteriormente previstas.

Cenário atual

Para Alexandre Nascimento, empreendedor em série e expert da Singularity, as gigantes de Tecnologia saíram de um ciclo longo de valorização de suas ações. “Na minha opinião, sem entrarmos no detalhe do mercado de cada uma, há uma tendência de valorização dessas empresas que se mantinha constante por conta da mudança de paradigma que estamos vivendo e o grau de importância delas na sociedade atual. É possível visualizar essa tendência de crescimento no gráfico histórico de cotação de suas ações pré-pandemia”.

Nascimento afirma que apesar desta tendência de crescimento, durante a pandemia, percebeu-se que essa valorização foi extremamente acelerada. “Houve uma mudança de padrão acentuada, em que as atividades econômicas e as nossas vidas passaram a ter um grau de dependência ainda maior dessas empresas por conta das restrições físicas impostas pelos lockdowns. Isso adicionou um novo fator que acelerou ainda mais esta valorização. Agora, no entanto, como o pior parece ter passado e a vida aos poucos está voltando ao normal, estamos observando uma correção dos valores. Essa inversão, criou uma pressão por otimização e produtividade desses negócios, que estavam numa escala massiva de contratações há muitos anos. Ou seja, neste momento, o que vemos significa apenas uma correção”.

Já para Eduardo Ibrahim, empreendedor e Global Faculty da Singularity, esses cortes foram pensados como uma medida de segurança e proteção para essas empresas. “Fazendo uma contextualização, a necessidade da digitalização ocorrida por conta do isolamento social vivido na pandemia fez com que a demanda dessas empresas de tecnologia crescesse rapidamente, ocorrendo muitas contratações de funcionários”.

Ibrahim acredita que hoje vivemos uma situação em que os preços e as taxas de juros dos bancos centrais mundiais subiram e isto atinge diretamente a capacidade de investimento dessas empresas, fazendo com que elas contenham custos e, consequentemente, “entrem” nesta onda de demissão. “Mas não podemos descartar o investimento crescente em tecnologias cada vez mais presentes em todos os setores da econômica como, por exemplo, Inteligência Artificial e Blockchain”.

Tendências

Para Nascimento, vale ressaltar que, olhando para cada caso, há transformações ocorrendo que também são drivers de uma correção de rumo em cada um dos mercados das gigantes. “Sob a ótica da valorização, houve uma mudança importante, pois nós voltamos a usar mais o mundo físico e o virtual coexiste. Ou seja, aquela aceleração na valorização das empresas está sendo corrigida. No entanto, eu vejo que após esta correção, a tendência é de uma valorização, caso elas continuem fazendo a lição de casa de corrigir constantemente o rumo de seus negócios por meio da inovação em seus mercados”.

Nascimento acredita ainda que “nesse segundo ponto, podemos imaginar que é possível mudar algumas tendências por conta dessas correções. Apenas para ilustrar, TikTok hoje se tornou a fonte de busca de informações para várias pessoas, drenando uma atenção que naturalmente iria para o Google ou para redes sociais tradicionais. Isso mostrou que existia espaço para mudar a forma como as pessoas buscam e consomem informação e drenou receita de propaganda dos players tradicionais”.

Ele explica “por exemplo, projeta-se que a receita de ads vá ultrapassar a receita da Meta em 2027. Ou seja, essas gigantes de TI – que tinham o domínio desta importante fonte de receita – repentinamente, viram um grande risco e estão buscando se adequar. Naturalmente, com o tamanho que atingiram elas perderam competitividade, o que ajudou a fazerem escolhas e, consequentemente, os lay-offs. Outro fator foi o movimento da Apple com o seu sistema operacional que dá mais controle aos seus usuários sobre a privacidade de seus dados, o que também causou a perda de receita de ads para o Facebook e Google, ameaçando o duopólio de ads online. Estima-se que esta mudança tenha custado $10Bi para o Facebook em 2022”.

E conclui, “portanto, a forma de interagir dos usuários, a disponibilidade de informações e o mercado de ads estão mudando. A tendência é vermos outras plataformas aproveitando o momento e desenvolvendo soluções que advoguem mais pelo interesse dos usuários, como a própria Apple fez, por exemplo. E isso, consequentemente, ocasionará a redução desse tipo de receita de algumas gigantes de TI”.

Nascimento traz ainda um outro ponto importante: “as empresas tiveram dificuldade de fazer os funcionários retornarem para os escritórios após o relaxamento dos lockdowns. Muitos queriam manter o trabalho à distância. Vimos esse problema ocorrer com frequência aqui no Vale do Silício. Agora, com as demissões, talvez tenhamos uma reversão nessa tendência. A verdade é que, no geral, o entusiasmo exacerbado com as empresas digitais, incluindo as startups, estão acompanhando esta tendência. Ou seja, elas se ajustam ao novo apetite de investidores diante de um novo cenário de mercado”.

Já no ponto de vista de Ibrahim, os investimentos em tecnologia não devem parar de crescer. “No meu livro, o “Economia Exponencial”, há um gráfico que mostra a diferença de crescimento do PIB de países que investem mais em tecnologia. Esses países se mantêm na frente há anos e isso não deve mudar. Eles têm uma taxa de desemprego menor, quando analisado no longo prazo. Estamos passando por uma transição das estruturas econômicas nunca vista, mas que ocorre em ritmo diferente em cada país. Portanto, os investimentos em tecnologia não devem parar de crescer, mesmo que a velocidade se ajuste ao momento macroeconômico”.

Ibrahim completa afirmando que “a tendência é que cada vez mais empresas tenham inovação e sustentabilidade (ou inovabilidade) em seu core business. Ao passar pelos ajustes dos momentos cíclicos, a tecnologia deverá continuar sendo prioridade para empresas e governos avançarem nas áreas sociais e econômicas nos próximos anos”.

Para finalizar, Nascimento afirma que “outras tendências devem se fortalecer como, por exemplo, a importância das empresas se apoiarem em Inteligência Artificial para evoluir seus negócios e obter sucesso em um novo cenário competitivo. É importante que as empresas entendam que elas precisam, cada vez mais, utilizar esses modelos para apoiar as decisões dos gestores de curto, médio e longo prazo”.

Conheça os experts da SU

Alexandre Nascimento

Alexandre Nascimento é empreendedor em série e visionário. Fundou várias empresas baseadas em aplicações de tecnologias inovadoras tanto no Brasil como no Vale do Silício, onde reside atualmente. Foi diretor da divisão de IoT da Samsung no Vale do Silício. Expert da Singularity University com mais de 20 anos de experiência no desenvolvimento de produtos e plataformas tecnológicas inovadoras. Afiliado à Universidade de Stanford, realiza pesquisas aplicadas em vários temas, como adoção e aplicações da Inteligência Artificial e suas interfaces com outros domínios, como computação quântica, dispositivos autônomos inteligentes e metaverso, buscando entender seus impactos nos negócios. Atuou no desenvolvimento de inovações junto a empresas de diversos setores nos EUA, Europa e Brasil resultando em diversas patentes. Criou uma metodologia para adoção acelerada de inteligência artificial nas empresas e desenvolveu um programa de inovação sistemática para geração de pipeline de produtos inovadores baseado num funil de ventures que tem sido adotado por organizações no Vale do Silício. Alexandre é um PhD com eclética formação acadêmica em negócios, inteligência artificial, engenharia e comportamento humano, tendo passado por instituições renomadas no Brasil e no exterior, como USP, FGV, Renmin University of China, MIT, Berkeley, Harvard e Stanford University. Colunista da MIT Sloan Management Review Brasil e com blog no Link do Estadão, coleciona dezenas de prêmios e publicações nacionais e internacionais entre artigos científicos e livros, tendo feito sua primeira publicação aos 13 anos de idade em um livro para computação.

Eduardo Ibrahim

Executivo e empreendedor com passagens pelas indústrias de energia, transporte, saúde, tecnologia e finanças. Se tornou Faculty da Singularity University depois de fazer parte do programa de inovação mais procurado do mundo no campus da NASA no Vale do Silício, onde incorporou sua primeira empresa de Inteligência Artificial. TEDx Speaker, autor do livro “Economia Exponencial – Da Disrupção à Abundância em um mundo repleto de máquinas” e maior referência do assunto no país. Ele é professor convidado da Escola de Economia de São Paulo e alumni da Harvard Business School. Ibrahim foi o primeiro brasileiro a palestrar no Executive Program Global nos EUA e apresenta uma nova equação de crescimento econômico exponencial demonstrando movimentos disruptivos que estão reconstruindo a economia como conhecemos.

Leia também sobre o impacto do ChatGPT para as empresas.

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Gestão de Tecnologia da Informação: conheça a área e saiba como ela funciona

A gestão da tecnologia da informação é um campo cada vez mais importante no mundo digital de hoje. 

Ela envolve a supervisão do uso de sistemas de informação para assegurar que eles sejam usados eficiente e efetivamente dentro de uma organização.

Sob os cuidados de um gestor de TI, ela será responsável por diversas atividades na empresa, como a implementação de novas tecnologias e aplicações de software.

Até por sua importância, o mercado de trabalho para gestor de tecnologia da informação vem crescendo significativamente ao longo dos anos.

Neste post, nós discutiremos o que é Gestão da Tecnologia da Informação, o papel do gestor, o mercado de trabalho e outros pontos.

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O que é Gestão de Tecnologia da Informação?

A Gestão de Tecnologia da Informação é a prática de gerenciar sistemas de informação para apoiar as operações e objetivos comerciais. 

Ela inclui planejamento, organização, implementação, controle e manutenção de sistemas de TI, bem como a avaliação de sua eficácia.

Em outras palavras, essa gestão é uma forma de gerenciar softwares e hardwares que auxiliam as empresas a alcançarem maior eficiência sem deixar de lado a segurança de dados.

Objetivos e benefícios da Gestão de Tecnologia da Informação

Ao compreender o que é gestão de tecnologia da informação, é possível perceber seu papel fundamental na otimização de processos de uma empresa a partir da tecnologia, certo?

Este é o seu principal objetivo, que se traduz em diversos benefícios, como: 

  • otimizar e melhorar os processos internos;
  • aumentar a produtividade dos profissionais;
  • melhorar a competitividade da empresa no mercado;
  • utilizar os recursos tecnológicos de forma inteligente;
  • garantir a segurança da informação e a conformidade com a LGPD.

A gestão de TI é, portanto, uma área estratégica para o negócio e essencial para o sucesso da organização.

Mas para que isso seja verdade, a empresa deve contar com um bom gestor. E quais são as atribuições desse profissional? 

O que faz um gestor em Tecnologia da Informação?

Função do gestor em Tecnologia da Informção

A grosso modo, pode-se dizer que um gestor em Tecnologia da Informação se certifica de que a empresa está utilizando tecnologia de forma eficiente.

De maneira técnica, ele é o encarregado pelo processamento das informações empresariais, o que demanda identificar as melhores estratégias e ferramentas para uso, armazenamento e monitoramento dos dados da organização. 

Para entender suas atribuições, é essencial conhecer as principais áreas e funções da TI. Veja:

  • Administração de banco de dados: gerenciamento e monitoramento de dados empresariais.
  • Suporte técnico: propor soluções e resolver imprevistos relacionados a eventuais problemas.
  • Programação: desenvolvimento de softwares, portais eletrônicos e sites, bem como sua manutenção.
  • Desenvolvimento de e-commerce: desenvolvimento de sistema das lojas virtuais como um todo.
  • Segurança: proteção do ambiente tecnológico, de modo a evitar ciberataques, monitorar tentativas de invasão e uso inadequado dos serviços.

A partir desta divisão, pode-se especificar algumas atribuições do gestor de TI, que podem variar conforme o tamanho e as necessidades da organização. São elas:

  • Solucionar problemas técnicos;
  • Desenvolver políticas relacionadas ao uso da tecnologia;
  • Implantar novos sistemas de TI e aplicações de software;
  • Fornecendo suporte técnico ao usuário conforme demanda;
  • Gerenciar orçamentos para projetos de tecnologia da informação;
  • Supervisionar o desempenho do sistema, o que inclui o monitoramento dos níveis de segurança e integridade dos dados.

Para adquirir essas habilidades e conhecimento, o profissional interessado deve se capacitar. Mas o que é o curso de gestão de Tecnologia da Informação? O que se estuda nele?

O que se estuda no curso de Gestão de TI?

Um bom curso de Gestão de TI ensina os fundamentos da tecnologia da informação, o que inclui arquitetura de hardware e software, redes de dados, linguagens de programação, segurança do sistema e administração. 

Além disso, os cursos podem cobrir tópicos como análise de negócios e gerenciamento de projetos, metodologia ágil e temas que envolvem o universo corporativo.

O foco do curso é pensar nas diversas áreas de atuação para Gestão da Tecnologia da Informação. É possível dividi-lo em três eixos temáticos:

  1. Fundamentos de Computação e Infraestrutura: fornece a base conceitual em Computação que o possibilita elaborar, implantar e gerenciar uma infraestrutura de TI.
  2. Gestão de Dados e Pessoas: eixo de desenvolvimento de competências relacionadas à gestão ética de dados e à gestão de pessoas. 
  3. Gestão da Melhoria Contínua: tem como objetivo desenvolver no aluno as competências relacionadas a normas e padrões empregados na gestão de TI.

Dentro desses eixos, é comum encontrar disciplinas como Administração de Banco de Dados, Estatística, Fundamentos de Sistemas Operacionais, Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação, Segurança da Informação e outras.

Em suma, o curso prepara o profissional para administrar softwares, hardwares, bancos de dados e pessoas de uma organização para melhorar e otimizar seus processos. 

Leia também: Como encontrar o equilíbrio entre planejamento e execução?

O mercado de trabalho em Gestão de Tecnologia da Informação

Mercado de trabalho em Gestão de Tecnologia da Informação

Um bom profissional de Gestão da Tecnologia da Informação possui um perfil multifacetado, fruto da capacitação diversa que o curso proporciona. 

Isso faz com que o mercado de trabalho para gestor de tecnologia da informação seja cheio de possibilidades e remunerações.

Esse profissional, bem como os tecnólogos, estão em alta demanda por sua capacidade de ajudar as empresas a permanecerem competitivas. 

Eles podem avaliar os sistemas atuais, solucionar problemas e ajudar a projetar soluções de TI mais eficientes. Isto os torna inestimáveis para qualquer organização que depende de tecnologia para se manter à frente da curva

Dados da Brasscom apontam que a procura por profissionais na área de TI será de 420 mil pessoas, até 2024, no Brasil. Porém, o Brasil forma apenas 46 mil profissionais com perfil tecnológico por ano. 

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de 2020 mostram que as profissões na área da TI foram algumas das mais bem remuneradas (entre cerca de R$ 10 mil e R$ 24 mil)

Em resumo, a Gestão da Tecnologia da Informação é um campo com muitas oportunidades de crescimento, desde que se desenvolvam as competências corretas.

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Competências para atuar na área de Gestão de Tecnologia da Informação

Competências para atuar na área de Gestão de Tecnologia da Informação

Um gerente de TI precisa de fortes habilidades técnicas e de comunicação a fim de executar efetivamente suas responsabilidades.

Ele deve ser capaz de identificar oportunidades de melhorias nos processos da organização e implantar soluções de TI que contribuam para a otimização.

Mais do que isso, precisam ter uma postura corporativa, que entenda a estratégia do negócio para buscar as melhores ferramentas para a organização.

Confira a seguir as principais competências para atuar na área de Gestão de Tecnologia da Informação:

Liderar

Habilidade essencial para qualquer pessoa em posição de gerência, a liderança é uma competência que pode ser desenvolvida por qualquer profissional.

No caso do gestor de TI, cuja demanda é gerenciar projetos, orientar e influenciar pessoas, a capacidade de liderança é essencial para bons resultados. 

Isso envolve visão estratégica, comunicação objetiva e clara, capacidade de motivação e outras habilidades.

Ter visão estratégica

Para ser bem sucedido nas diversas áreas de atuação para gestão da tecnologia da informação, é preciso ter visão estratégica do negócio e do futuro.

Um gerente de TI deve ter uma ideia clara sobre o objetivo da organização e como a tecnologia pode ajudá-la a chegar lá. 

Além disso, deve ter também uma visão estratégica do futuro. O profissional deve ser capaz de antecipar tendências, identificar oportunidades e alavancar o que a tecnologia pode fazer pela organização. 

Conhecer técnicas de motivação de equipe

Uma das atribuições de um gestor de TI é fazer a gestão de pessoas. Por isso, ele deve ter a capacidade de motivar e liderar uma equipe, funções que vão além do conhecimento técnico. 

Isto significa entender como delegar tarefas, fornecer feedback e criar uma atmosfera de colaboração e responsabilidade. É a melhor forma de manter os profissionais motivados.

Manter-se atualizado sobre as últimas inovações e tendências em gerenciamento de equipes, tais como metodologia ágil, é uma obrigação constante.

Mas existe uma técnica que sempre deverá ser considerada: a comunicação clara para saber o que motiva os membros de sua equipe, o que impulsiona seus objetivos e visão, e que expectativas eles têm de um líder de TI os ajudará a atingir a máxima produtividade. 

Saber negociar

Negociações são uma habilidade-chave para os gestores de TI. 

Eles devem ter a habilidade de negociar com fornecedores e outros interessados a fim de obter os melhores negócios em hardware, software e serviços.

Além de negociar com os membros da equipe e com fornecedores, o gestor precisa negociar também com a alta cúpula. 

Isso exige um profundo entendimento da tecnologia, habilidade de comunicação e criatividade.

Lembre-se sempre de que as negociações são essenciais para assegurar que todas as partes envolvidas em um projeto ou processo de TI cheguem a um acordo amigável e que beneficia ambos os lados da mesa.

Ter habilidades de comunicação

Habilidades para trabalhar com Gestão de Tecnologia da Informação

Uma boa comunicação é essencial para o sucesso dos gestores de TI em diversos aspectos. Podemos citar:

  • Identificação de pontos de melhoria a partir do diálogo, bem como a colaboração com outros departamentos;
  • Entendimento sobre as necessidades da equipe (coletiva e individualmente) e capacidade de comunicar efetivamente essas necessidades;
  • Capacidade de comunicar conceitos técnicos em termos simples e explicar a qualquer um como a tecnologia pode ajudar a resolver os desafios do negócio;
  • Manutenção da sincronia com o resto da organização, o que garante que todos estejam na mesma página quando se trata de iniciativas tecnológicas. 

Todos esses elementos se combinam para criar uma boa compreensão entre a administração e a equipe de TI, assegurando que todos estejam sempre trabalhando para obter os melhores resultados para o negócio.

Conhecer as novas tecnologias

A tecnologia da informação continua a avançar exponencialmente. Bons gestores de TI estão atentos ao avanço e são capazes de utilizar as novidades em seu próprio benefício. 

Em outras palavras, o profissional de Gestão da Tecnologia da Informação é uma peça-chave para empresas inovadoras.

Aqueles que compreendem as tecnologias exponenciais e navegam na nova economia podem posicionar suas organizações e negócios para serem focalizados no futuro e capturar as oportunidades que estão surgindo rapidamente. 

Saber como essas tecnologias interagem com as decisões comerciais pode apoiar objetivos estratégicos. 

Neste caso, o gestor consegue ganhar vantagem na racionalização de processos digitais e tirar proveito desses avanços inovadores e revolucionários. 

Portanto, é essencial que um gerente de TI conheça as novidades tecnológicas e entenda como combinar a Gestão de Tecnologia da Informação com tecnologias exponenciais a fim de ter sucesso em um mercado em rápida mudança.

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Conclusão

A Gestão de Tecnologia da Informação envolve organização, planejamento, implementação, monitoramento e manutenção de sistemas de TI.

Seu principal objetivo é otimizar processos de uma organização a partir de soluções tecnológicas capazes de trazer maior eficiência ao negócio.

Com um bom gestor de TI, que conhece fundamentos de computação e infraestrutura e sabe fazer gestão de dados e pessoas, o setor tem tudo para ser estratégico para as organizações.

Não à toa, o mercado de trabalho da área está em crescimento, e as empresas buscarão cada vez mais profissionais habilidosos e atualizados com as inovações tecnológicas.

Para estar à altura das demandas empresariais, a capacitação é fundamental para o desenvolvimento das habilidades técnicas e comportamentais.

Uma das competências a serem desenvolvidas é exatamente habilidade de liderar. Veja como a liderança liberal impacta nas empresas!

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Exponencialidade: saiba o que é, os benefícios e os impactos nos negócios

Exponencialidade é o conceito matemático da função exponencial que explica como um crescimento ocorre de maneira rápida e impactante. 

Em um gráfico, ela é representada como uma curva exponencial, em contraste com o crescimento linear (uma linha constante no gráfico).

No ambiente dos negócios, o conceito é utilizado para falar da evolução tecnológica das últimas décadas. Termos como disrupção e desmonetização são comuns neste caso.

Para compreender melhor o tema, preparamos um artigo para explicar o que é exponencialidade, quais são seus benefícios e seus impactos nas organizações.

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O que é exponencialidade?

Exponencialidade ou crescimento exponencial (exponential growth) é um padrão de natureza multiplicativa que indica que, com o mesmo ou menos recurso, é possível produzir o dobro de resultado em um período de tempo. 

São melhorias significativas que podem ser representadas por uma curva de crescimento de uma função exponencial. 

Em um exemplo que relaciona negócios, exponencialidade e transformação digital, pense que, no início dos anos 2000, utilizávamos a internet discada. Com pouco mais de 20 anos, a conexão de internet envolve terabytes e computação em nuvem. 

A expressão “exponential growth” foi popularizada pelo cientista da computação Ray Kurzweil, autor do livro “The Singularity Is Near: When Humans Transcend Biology” (2005), e cofundador da Singularity University.

Estamos vivendo então a era da exponencialidade?

A era da exponencialidade

A era da exponencialidade

A era exponencial chegou com a Quarta Revolução Industrial e a digitalização dos negócios e da sociedade. A principal característica é o rompimento com os paradigmas tradicionais já conhecidos e o advento de inovações em todos os campos. 

A informação e os dados são exponenciais, o que demanda das empresas o desenvolvimento de um pensamento na mesma velocidade. 

E o que as organizações devem fazer para se integrar à era da exponencialidade? Como ter a capacidade de desempenhar as atividades de forma exponencialmente mais rápida com investimentos iguais ou menores?

Empresas exponenciais devem pensar em quatro aspectos: digitalização, disrupção, desmonetização e democratização.

Digitalização

A digitalização é a transformação de processos e produtos para o ambiente virtual. Ou seja, passar de dados analógicos para dados digitais.

Como a informação cresce de forma exponencial, é preciso utilizar a digitalização para acompanhar a era da exponencialidade. 

As soluções tecnológicas viabilizam essa transformação para que os dados sejam armazenados, manipulados e compartilhados com facilidade.

Assim, eles também estarão sujeitos à escalabilidade necessária.

Disrupção

A relação entre tecnologia e inovação, especialmente na era da exponencialidade, é íntima, Essas soluções são capazes de substituir aquelas existentes ao apresentar maior efetividade e menor custo, conceito base do crescimento exponencial.

Com isso, podem causar disrupção, que é uma forma de inovar nova ou surpreendente que pode romper com o paradigma atual. 

Ou seja, provoca um abalo em um mercado já consolidado, como fizeram Spotify, Netflix, Uber e outras organizações.

Os serviços de streaming sob demanda, como Netflix e Spotify, representaram uma mudança no consumo de produtos audiovisuais e músicas. 

Ou seja, romperam com o modelo tradicional, mesmo diante dos riscos, para criar um novo hábito de consumo. Isso é próprio da disrupção.

Desmonetização

Graças à tecnologia e à disrupção, o custo de operações, produtos e serviços é menor. A desmonetização é exatamente este processo de diminuição do preço, o que facilita o acesso do usuário. 

O Skype, por exemplo, permite que os usuários façam chamadas de longa distância de forma gratuita. O mesmo ocorre com a Wikipedia, que não cobra pelo acesso à “enciclopédia virtual”

Outro bom exemplo é a possibilidade de contratar conexões de internet de alta velocidade por um custo acessível. 

A desmonetização é fundamental para que a era exponencial se consolide.

Democratização

Por fim, como resultado da disrupção e da desmonetização, temos a democratização. Indivíduos de diversas condições sociais podem acessar os inúmeros benefícios que as tecnologias exponenciais proporcionam.

Os smartphones, por exemplo, são produzidos por vários fornecedores, que diversificam suas funcionalidades para apresentar modelos de diferentes preços.

Assim, conseguem entregar ao menos as funcionalidades básicas para pessoas com baixo poder financeiro. É a democratização do consumo.

Percebe como é evidente a relação entre exponencialidade e transformação digital? Esses quatro aspectos também explicam a finalidade do crescimento acelerado.

Para que serve a exponencialidade?

Para que serve a exponencialidade

A era exponencial é retratada pelo avanço das tecnologias e do fluxo de informações. As empresas que se adaptam a essas transformações são as chamadas organizações exponenciais. 

Elas conseguem ser melhores, mais rápidas e econômicas em relação às demais. Assim, conseguem transformar suas operações e o comportamento de compra. 

Essa é a principal finalidade da exponencialidade: aprimorar negócios.

Até pouco tempo, as tecnologias disruptivas, além de serem mais raras, enfrentavam uma série de desafios, como o processo vagaroso de digitalização e a resistência à mudança de mindset. 

Já na era exponencial, com o processo de digitalização avançado, as tecnologias que surgem são absorvidas de forma ágil pelas pessoas. 

Empresas inovadoras sabem disso e investem em atualizações para liderar seu mercado e oferecer ao público a melhor experiência possível. Elas acompanham a nova era para se manterem relevantes e se desenvolverem de forma sólida e sustentável.

Ao aproveitar a exponencialidade em suas operações e produtos, as empresas podem criar retornos que vão além do que seria possível por meio do crescimento linear. 

Em outras palavras, o potencial exponencial da oportunidade é estendido ao próprio negócio, criando um poderoso gerador de resultados.

Os benefícios da exponencialidade

Benefícios da exponencialidade

Como visto, o crescimento acelerado está relacionado a digitalização, disrupção, desmonetização e democratização. 

No processo para se tornar exponencial, uma organização precisa mudar sua forma de operação para otimizar os recursos e trazer resultados surpreendentes.

Neste caminho, a mudança para um mindset inovador traz inúmeros benefícios. Veja a seguir!

Liberdade criativa

A liberdade criativa é uma das ferramentas mais poderosas à disposição de uma organização exponencial. Quando os profissionais são livres para explorar suas idéias, os resultados podem apresentar ótimo desempenho. 

Incentivar um comportamento que apoia o pensamento disruptivo, a tomada de riscos e a exploração de novas ideias é, assim, fundamental para empresas que desejam ter um crescimento acelerado.

A implementação desse princípio leva a soluções mais criativas, a objetivos mais progressistas e a novas habilidades a partir de equipes diversas orientadas à inovação. 

Com liberdade criativa, vem a responsabilidade da liderança de proteger as ideias de cada colaborador e proporcionar um ambiente em que todos se sintam seguros para pensar fora da caixa. 

Agilidade

Organizações exponenciais devem fomentar a agilidade em suas operações, e esse é um dos grandes benefícios desta nova era. 

A agilidade dá a esses negócios o dinamismo ao tomar decisões em resposta às mudanças e às demandas do mercado e dos clientes, bem como em relação aos avanços tecnológicos

Em um mundo VUCA, isso é primordial. Ao adotar processos decisórios de ritmo acelerado, essas organizações podem capitalizar oportunidades à medida que surgem e, com isso, se colocam à frente de seus concorrentes. 

Essa abordagem de vanguarda reduz os riscos associados a grandes projetos e facilita a alocação eficaz de recursos por parte das empresas. 

O resultado são ciclos de desenvolvimento acelerados que produzem clientes mais felizes enquanto geram mais receita e melhores margens de lucratividade. 

Flexibilidade

A flexibilidade é um grande benefício organizacional das empresas que estão à frente na era da exponencialidade.

Empresas flexíveis conseguem atuar com agilidade diante de mudanças perturbadoras no mercado, o que lhes permite tomar decisões rápidas sem a restrição de processos ineficientes ou inflexíveis. 

Alimentar a cultura de flexibilidade é, também, entregar ferramentas às equipes de trabalho de modo que consigam colaborar em tempo real e ter dados para suportar as decisões. 

Espírito colaborativo

O sucesso em negócios modernos depende do poder de colaboração entre diferentes equipes e indivíduos. Organizações exponenciais reconhecem esse potencial e facilitam o acesso a ele, criando um espírito de colaboração entre seus colaboradores. 

As vantagens do espírito colaborativo para as empresas são inúmeras, como: 

  • Partilhar conhecimentos;
  • Melhorar a comunicação;
  • Promover uma melhor resolução de problemas;
  • Engajar e motivar profissionais na execução de tarefas.

A motivação dos funcionários pode vir, inclusive, por meio de recompensas compartilhadas, tais como o reconhecimento por idéias criativas ou o crescimento intelectual. 

Ao manter uma cultura que encoraja ativamente a colaboração construtiva, as organizações exponenciais ganham vantagem sobre aquelas que se concentram apenas no desempenho individual. 

Centricidade no cliente

Por fim, o último dos benefícios da exponencialidade é a centricidade no cliente. 

Organizações exponenciais pensam na atividade econômica com o cliente no centro para serem capazes de gerar soluções que realmente resolvam um problema ou uma demanda.

Com ferramentas e inovações tecnológicas, processos de digitalização e disrupção, as organizações conseguem oferecer experiências melhores e, assim, ter um crescimento acelerado devido a maior captação e fidelização.

A centricidade no cliente pode, inclusive, ser encarada como um dos importantes impactos do crescimento exponencial.

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Quais são os impactos da exponencialidade para as empresas?

Impactos da exponencialidade

A era da exponencialidade trouxe mudanças nas estruturas das empresas para que elas se tornem organizações exponenciais. 

Uma das principais características é a mudança no perfil do colaborador, uma vez que a tecnologia passa a assumir atividades rotineiras e repetitivas. Com isso, exige do profissional uma atuação mais estratégica e relevante para a tomada de decisões.

No mesmo sentido, temos a diminuição de determinadas vagas de empregos, e a geração de outras formas de trabalho.

Há também outros impactos interessantes que merecem destaque: a divisão das empresas conforme atributos internos e externos (IDEAS e SCALE), o fomento à cultura disruptiva e a adoção de um propósito transformador.

Entenda também como estudar o mercado financeiro.

Divisão das empresas conforme atributos internos e externos

As empresas exponenciais conseguem criar um modelo inteligente e escalável para atingir um crescimento acelerado. Neste tipo de empresa, é possível dividir seus atributos em internos e externos:

  • SCALE: são as cinco características externas, como, comunidade e público, equipe sob demanda, algoritmos, engajamento e ativos alavancados.
  • IDEAS: são os cinco atributos internos, também chamados de gestão de abundância. São eles as interfaces ou plataformas, a experimentação, os dashboards, a autonomia, as tecnologias sociais e a flexibilização nos processos.

Fomento à cultura disruptiva

A obtenção de resultados significativos em uma organização exponencial depende diretamente de sua capacidade de ser disruptiva. 

Por isso, um dos impactos que a era da exponencialidade traz é o fomento à cultura disruptiva, que é um atributo próprio deste tipo de empresa. 

Otimizar as competências existentes por meio dos atributos internos e externos (SCALE E IDEAS) é o que permite explorar novas oportunidades e aproveitar as transformações do mercado em benefício do próprio.

Ao contrário das organizações lineares, que buscam um crescimento constante, mas pequeno (se relacionado às exponenciais), as empresas de crescimento acelerado nascem com uma cultura disruptiva e a valorizam inclusive com o reconhecimento profissional.

Adoção de propósito transformador massivo

A compreensão sobre o modelo de negócio das empresas de crescimento acelerado dão uma ideia de um impacto evidente da exponencialidade no mundo dos negócios: a adoção de um propósito transformador massivo.

Em outras palavras, são empresas que nascem buscando uma mudança cultural relevante, uma disrupção que traga uma proposta de valor robusta. 

Para tanto, há uma busca constante para atender às demandas dos clientes, dos stakeholders e do mercado nos ecossistemas onde atuam. 

Essa característica faz com que os profissionais trabalhem motivados a atingirem resultados e metas alinhados com o propósito que os move.

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Conclusão

A exponencialidade e a transformação digital possuem uma íntima relação. Afinal, uma empresa só pode experimentar um crescimento acelerado e exponencial se tiver um mindset orientado à inovação e utilizar soluções tecnológicas inteligentes.

A disrupção tecnológica dos setores da economia é uma prova disso.

Na economia digital, a incorporação de tecnologias na atividade econômica conseguem aprimorar a capacidade das organizações e, consequentemente, levá-las ao crescimento exponencial.

Entenda o que é economia digital!

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Inovação radical: o que é, objetivos e exemplos

O conceito de inovação radical traz a ideia de pensar totalmente “fora da caixa” e, dentro da realidade dos empreendedores, esse é o grande desafio.

As empresas que estão, constantemente, em busca de criar um novo produto ou serviço que entrega exatamente o que o cliente precisa de um jeito único podem abraçar esse rótulo de inovadores radicais.

Mas como se pode imaginar, não é nada simples reinventar a roda. 

Embora não seja fácil, é possível adotar essa mudança de pensamento que gera novas oportunidades de mercado, modelos de negócios e expansão do público-alvo.

Se você deseja se aprofundar no assunto, confira abaixo as principais características da estratégia e quando saber se é o momento certo de dar novos passos.

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O que é inovação radical?

Inovação radical é a prática de oferecer produtos e serviços que não são disponibilizados pelas empresas.

Em outras palavras, significa mudar o público-alvo da empresa, o seu modelo de negócio e o mercado para o qual ela fornece produtos ou serviços.

Trata-se de uma ideia que nasce do livro “Capitalismo, Socialismo e Democracia“, do economista austríaco Joseph Schumpeter e dos conceitos de “destruição criadora” e ganha popularidade a partir dos anos 1950.

No livro, o autor argumenta que “o processo de destruição criadora é o fato essencial do capitalismo” e a inovação radical envolve justamente cenários como esse.

É o tipo de inovação que muda o cenário de uma marca, seja do ponto de vista do mercado ou da dinâmica empresarial.

Os tipos de inovação

Para entender melhor a inovação radical, é importante entender os outros dois tipos de inovação: a incremental e a disruptiva. Veja um pouco mais sobre cada uma delas a seguir:

Radical

É um tipo de inovação que muda a raiz do negócio, ou seja, o cenário de uma empresa, quem serão seus parceiros, consumidores e público alvo ou seja, mudar completamente de mercado e dinâmica empresarial.

A inovação radical pode ocorrer por conta de uma mudança completa no posicionamento da empresa, pela forma de trabalho, pelos processos, pelos serviços e produtos oferecidos ou pela maneira como a empresa escolhe se relacionar com seus clientes.

Um exemplo claro disso é o iPhone da Apple que, quando surgiu, criou características no produto que mudaram completamente o mercado e foram responsáveis por popularizar ainda mais os smartphones na sociedade.

Incremental

A inovação incremental, por sua vez, é aquele em que se adicionam novidades aos produtos, à marca, aos métodos de produção, sem que a mudança seja muito brusca.

Normalmente, trata-se de um tipo de inovação realizada pela própria marca, de modo a complementar e oferecer melhorias para os colaboradores, clientes e ao negócio.

Um exemplo de inovação incremental muito famoso é o Gmail, que surgiu com a finalidade de entregar emails rapidamente e, com o passar do tempo, recebeu várias novas funcionalidades para melhorar a experiência do usuário e tornar a aplicação mais útil e competitiva.

Disruptiva

Por fim, as inovações disruptivas são aquelas que acompanham mais o mercado do que uma marca, produto ou serviço específico.

A inovação disruptiva ocorre por diversos motivos, como uma empresa que ganhou espaço, mas de maneira geral, é escalável, ou seja, atinge múltiplas pessoas ao mesmo tempo.

Um exemplo claro é a Netflix. Antes, o mercado se baseava em locadoras de filmes, como a Blockbuster.

A Netflix entrou no cenário oferecendo DVDs por correspondência, mas inovou e começou a oferecer vídeo por streaming por meio de uma assinatura mensal, o que teve como consequência uma transformação que tirou a Blockbuster do mercado.

Ou seja, a inovação disruptiva é aquela que é capaz de criar algo tão inovador que as soluções que existiam anteriormente se tornam obsoletas.

Quais são os objetivos da inovação radical?

Objetivos da inovação radical

Veja a seguir os principais objetivos da inovação radical:

Pioneirismo

A inovação radical tem como um dos seus principais objetivos fazer com que a empresa se torne pioneira no mercado.

Essa não é uma tarefa fácil. Além de ser financeiramente bastante arriscado, esse tipo de inovação pode custar a reputação de uma corporação caso não seja bem aceita, algo que pode até mesmo ameaçar a continuidade do negócio.

Entretanto, se a inovação radical for bem-sucedida, ela coloca a empresa à frente do mercado e traz uma série de vantagens, como lucros exponenciais, reputação ilibada no mercado e clientes fiéis e apaixonados pela marca.

Maior lucro em um mercado não explorado

Outro objetivo é encontrar novas formas de lucrar em um mercado inexplorado, ou seja, criar novas conexões dentro do mercado e criar uma nova demanda.

Por isso, trata-se de um tipo de inovação que exige bastante pesquisa, testes, estrutura para a realização dos estudos e equipes multidisciplinares de profissionais capacitados e capazes de prever as possíveis reações do mercado para cada nova proposta.

Estabelecer uma nova relação entre cliente e produto ou serviço

A inovação radical também tem o objetivo de criar uma nova maneira de relacionamento entre cliente e produto ou serviço, muitas vezes até mesmo apelando para uma mudança total ou parcial de público-alvo.

Em outras palavras, ao passar por uma inovação radical, os produtos ou serviços devem ser capazes de gerar valor para os clientes, estabelecendo uma relação de credibilidade no curto e médio prazos e, no longo prazo, de fidelidade e promoção.

Quando investir em inovação radical?

Quando investir em inovação radical

Não existe uma resposta exata para essa pergunta, afinal, tudo depende do contexto e do cenário em que a sua empresa se encontra neste momento.

A conclusão de que é preciso criar uma inovação radical só pode ser feita após alguns estudos, como análise de perfil de consumidor, processos da própria empresa e, principalmente, a análise da concorrência e do mercado.

Somente com todas essas informações e dados em mãos é que será possível ponderar com segurança se a empresa se encontra estagnada ou não. E também se há a necessidade e capacidade de explorar novos mercados e desenvolver um novo produto do zero.

Ou seja, é essencial entender se há uma real necessidade de reinventar a empresa ou se a solução oferecida já é suficientemente competitiva no mercado.

Lembre-se: a inovação radical envolve um nível alto de investimento de tempo e dinheiro, e esses recursos podem não estar sempre disponíveis.

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Entenda também a diferença entre a criatividade e inovação e como promover na sua empresa.

5 exemplos de inovação radical na prática

Veja agora 5 exemplos de inovação radical na prática:

1. RIOT Games

Inovação radical da RIOT Games

A RIOT Games é a criadora do famoso jogo League of Legends, ou simplesmente LOL. Além do enorme sucesso no mundo dos games, em 2014, a empresa iniciou em um novo mercado no qual nunca teve nenhuma experiência: o mercado musical.

Com a finalidade de divulgar os itens customizáveis dos seus jogos, a RIOT começou a produzir vídeos de divulgação diferentes, com direito a videoclipes, perfis nas redes sociais e até mesmo álbum no Spotify com selo de verificado e apresentação ao vivo de hologramas.

Foi aí que nasceu um grupo de cantoras virtuais K/DA.

O quarteto musical tem vozes de cantoras e artistas reais. E não são essas pessoas que dão as caras na banda, mas sim as personagens do jogo mais famoso da empresa.

Trata-se de uma estratégia que poderia ter dado muito errado, pois não é qualquer empresa que possui tecnologia e conhecimento para criar uma obra tão surpreendente a ponto de envolver o seu público e conquistar um exército de fãs.

Hoje, o grupo tem mais de 3 milhões de ouvintes mensais no Spotify e mais de centenas de milhões de visualizações em seus vídeos no YouTube.

Veja a seguir um dos clipes mais famosos da banda, que tem mais de 500 milhões de views:

2. Rent the Runway

Inovação radical da Rent The Runway

A Rent the Runway é, hoje, uma startup unicórnio com uma ideia simples: aluguel de roupas de grife para mulheres que querem se vestir bem sem gastar muito.

O mais interessante sobre a história da empresa é que, em vez de pensar em um plano de negócios elaborado, fazer projeções ou uma pesquisa de mercado com uma empresa especializada, a Rent the Runway simplesmente entrou no mercado apenas como uma ideia, quase sem preparo nenhum.

Na época do seu lançamento, em 2009, a grande questão era: será que alguém aceitaria alugar uma roupa e devolver em bom estado?

Hoje em dia esse modelo de negócios se mostrou um sucesso e já atingiu mais de 1 bilhão de dólares em valor de mercado.

3. PicPay

Inovação radical do PicPay

O PicPay é uma fintech criada em 2012 e mudou completamente o modo de pagar amigos, estabelecimentos e boletos de muitos brasileiros, quase que “antecipando” o pix enquanto método de pagamento.

Nos últimos anos, a empresa teve um crescimento exponencial e chegou a fazer diversas parcerias com o Governo Federal para facilitar o recebimento de benefícios sociais na época da crise de coronavírus.

Mas isso tudo só veio depois de a empresa desenvolver diversas parcerias com grandes marcas, permitindo que boletos, estacionamentos, cash em jogos e até mesmo crédito em aplicativos de terceiros fossem pagos pelo seu app.

O grande desafio da empresa foi ganhar a confiança das pessoas para que realizassem as suas operações financeiras no meio digital. Foi preciso um grande esforço para que as pessoas entendessem que a empresa mantinha os seus dados pessoais seguros.

A forma como a empresa utilizou as mídias digitais para divulgar o produto transmitiu tanta segurança que, em 2020, o negócio atingiu mais de 20 milhões de usuários.

Por mais que hoje existam concorrentes no meio de pagamentos online, o PicPay foi tão inovador na disponibilização de pagamentos online através do celular que se estabeleceu como uma das maiores empresas do país.

4. Airbnb

Inovação radical do Airbnb

O Airbnb é uma empresa criada em 2008 com a ideia de promover um impacto positivo na sociedade, facilitando o contato entre hóspedes e anfitriões de uma maneira muito mais simples e que envolva menos processos burocráticos.

Nela, o usuário não encontra hotéis ou pousadas de luxo, pois o diferencial da empresa é o fato de oferecer acomodações comunitárias.

Seja no computador ou no celular, o usuário do Airbnb que estiver interessado em pesquisar por locais para se hospedar consegue encontrar preços mais acessíveis que hotéis, uma vez que a empresa oferece casas e apartamentos comuns de outras pessoas querendo uma renda extra.

Então uma família, por exemplo, pode alugar um dos quartos extras da casa para um casal que está vindo a cidade apenas a passeio, por exemplo.

A facilidade de poder fazer tudo isso usando apenas o celular tornou a plataforma um sucesso no mundo todo e fez com que a Airbnb se tornasse líder nesse novo mercado que começou a explorar.

5. Dog Hero

Inovação radical da Dog Hero

Por fim, a Dog Hero é uma startup internacional que atua no Brasil, México e Argentina e tem o intuito de conectar pessoas apaixonadas por cães e tutores profissionais.

Inicialmente, a plataforma buscava oferecer apenas hospedagens e passeios, mas hoje já conta com opções como visita em casa (“pet sitter”), creche para passar o dia e consulta com veterinários.

Quando a pessoa se cadastra na DogHero, ela pode se registrar como dona de um pet ou como cuidadora. Para prestar serviços, a pessoa deve ser maior de idade e passar por uma avaliação criteriosa.

Já no caso de creches e hospedagens, a pessoa deve ter residência própria, além de enviar fotos do local para que a equipe avalie se é ou não um bom lugar para cães.

A função do veterinário ainda é novidade, mas funciona de forma parecida, sendo que o profissional precisa se cadastrar para prestar serviços aos tutores de forma personalizada, indo direto na casa do animal para realizar o atendimento.

O grande case dessa empresa é a forma como ela enxergou uma maneira de atender uma demanda de pessoas que têm animais em casa, mas nem sempre estão disponíveis para ficar cuidando deles. Assim, lançou um programa focado em suprir as necessidades desse grupo.

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Conclusão

Em conclusão, podemos dizer que a inovação radical demanda esforços coletivos de todos que fazem parte de um projeto ou, nesse caso, de uma determinada organização.

Além da dedicação financeira e de tempo, para que seja possível criar soluções pioneiras e com retorno lucrativo, também é necessário avaliar o momento certo para dar esse próximo passo.

Também é importante avaliar se outros modelos de inovação, como a incremental e disruptiva, não fazem mais sentido com o seu modelo de negócio e público-alvo.

Independente do caminho de inovação, o resultado desejado será o mesmo, que é conquistar um melhor relacionamento com o cliente, tornar a empresa mais tecnológica, lucrativa e fornecer maior visibilidade à marca.

E se você quiser ver mais exemplos de inovação, leia também este texto: O que faz as empresas inovadoras? Conheça grandes nomes e o que as diferencia

Leia também: O que são as empresas exponenciais e como entendê-las?

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Empreendedorismo e inovação: Relação e Diferenças

Empreendedorismo e inovação são dois conceitos que são frequentemente utilizados em contextos similares, como se compartilhassem um relacionamento próximo.

Mas, na verdade, existe uma dinâmica complexa entre os dois termos – tanto conexão quanto distinção – que precisa ser compreendida se você quiser se beneficiar deles para seu negócio.

Neste artigo, vamos discutir como os empresários podem diferenciar empreendedorismo e inovação para criar abordagens de sucesso para suas organizações.

Ao explorar as nuances de cada termo e como eles se relacionam, entenderemos por que a compreensão de suas características distintivas é crucial para encontrar soluções criativas que tenham potencial de sucesso a longo prazo. Boa leitura!

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O que é inovação?

Inovação é o ato de criar algo novo, que tenha utilidade, que seja diferente daquilo que já existe e que tenha mercado, pois a inovação envolve a geração de lucros.

Esse é conceito que também está relacionado à criação de soluções e quebra de padrões, ou seja, a inovação representa tanto a elaboração de um novo modelo de negócio, como também o desenvolvimento de novos produtos e serviços.

Por conta dos recentes avanços tecnológicos registrados nos últimos anos, algumas tendências começaram a tomar conta do cenário mundial de inovação, como, por exemplo, o uso de softwares em nuvem para o gerenciamento de equipes e atendimento ao cliente.

Outros exemplos de inovação recentes são a criação de novos espaços de trabalho em grupo, os coworkings, que incentivam a criatividade e o contato com outros profissionais, e a produção de soluções para o desenvolvimento de cidades inteligentes.

Qual é a importância da inovação?

A inovação é algo que tem sido parte integral do desenvolvimento da civilização desde os primórdios dos tempos.

Todo avanço que a sociedade fez, do fogo à tecnologia moderna, foi o resultado dos pensamentos e idéias de alguém.

É a inovação que permite ao ser humano continuar avançando, criando novos produtos, serviços e soluções para problemas imprevistos.

Sem a inovação, nada do que temos hoje existiria, nada seria capaz de tirar o ser humano da estagnação ou permitir avanços na ciência ou na indústria.

A inovação ajuda as pessoas a crescer como indivíduos e sociedades, despertando a imaginação e abrindo horizontes, permitindo que a humanidade explore possibilidades nunca antes imaginadas.

Em essência, o progresso da espécie humana depende da inovação. Sem ela, não haveria progresso algum.

Dentro do contexto das empresas, ela é mais importante ainda, afinal, a palavra empreendedorismo diz respeito a um comportamento de liderança, iniciativa e descobertas.

Ser capaz de desenvolver essas habilidades é fundamental não apenas para os gestores, empresários ou donos de um negócio, mas também para os colaboradores.

Os funcionários das empresas podem e devem agir sempre no intuito de aperfeiçoar o produto ou serviço da empresa e devem buscar desenvolver soluções para problemas ou novas formas mais eficientes de executar uma determinada atividade.

Não por acaso, a busca por colaboradores com mentalidade empreendedora vem crescendo no mercado de trabalho atual.

Qual é a relação entre empreendedorismo e inovação?

Empreendedorismo e inovação são dois conceitos que andam juntos, pois, para empreender, é preciso ter espaço para criar, colocar ideias em prática e inovar de fato.

Para garantir o sucesso no longo prazo, as empresas não podem ficar “engessadas” no tempo, insistindo em ideias ou metodologias que não são mais tão produtivas.

Basta observar a grande quantidade de empreendimentos que foram atingidos por novas tecnologias, como locadoras de filmes, por exemplo.

Esses eram negócios altamente populares e lucrativos que foram, da noite para o dia, praticamente extintos por conta de novas tecnologias, como os serviços de streaming e assinaturas online.

Em contrapartida, aqueles empreendimentos que decidiram inovar, oferecendo experiências novas aos clientes, como espaços diferenciados, o investimento em nichos específicos (como filmes estrangeiros, clássicos e cults) têmtem sobrevivido.

Ou seja, empresas que não investem em inovação estão fadadas a sumir do mercado depois de um determinado período de tempo.

Quais as diferenças entre empreendedorismo e inovação?

Diferenças entre empreendedorismo e inovação

Empreendedorismo e inovação são dois conceitos que se relacionam entre si, mas não são a mesma coisa.

Empreendedorismo é o ato de tomar a iniciativa de transformar uma ideia em realidade sem seguir os métodos tradicionais de fazer as coisas, enquanto inovação se refere a criar algo novo ou melhorar os processos e sistemas existentes.

Para que empreendedores bem-sucedidos possam criar soluções com um impacto duradouro e sustentável, é importante entender o conceito de inovação e o colocá-lo em prática em seus negócios.

A principal diferença entre empreendedorismo e inovação está no foco na implementação versus criação.

Enquanto os empreendedores estão interessados em colocar as ideias em ação, os inovadores estão focados no desenvolvimento de soluções ou abordagens inovadoras.

Em última instância, a combinação destas duas pode ser extremamente benéfica: empreendedores precisam do olhar criativo dos inovadores para identificar oportunidades ou conceber soluções criativas, enquanto os inovadores precisam da estrutura dos empreendedores para garantir que sua visão possa efetivamente se tornar uma realidade.

Por que investir em inovação para seu empreendimento?

Investir em inovação é fundamental para qualquer empresa que queira se manter à frente da concorrência.

A inovação pode trazer avanços em eficiência, qualidade do produto e satisfação do consumidor, pois isso é pensar no futuro.

Empresas que pensam no futuro são mais bem sucedidas, pois são mais capazes de antecipar e de girar quando as tendências do consumidor mudam.

Além disso, uma empresa inovadora estará melhor equipada para enfrentar os difíceis desafios e oportunidades que possam surgir.

Os negócios que são capazes de inovar efetivamente também têm retornos significativamente maiores sobre o investimento inicial, pois exploram uma tendência assim que ela nasce e, assim, tem mais tempo de lucrar.

Com a inovação vem maior eficiência, menores custos, maior produtividade, mais facilidade na identificação e solução de problemas e operações mais suaves.

Como os problemas são encontrados e resolvidos mais rapidamente com estratégias inovadoras que aproveitam as tecnologias e recursos modernos, as empresas podem economizar tempo enquanto se preparam para o futuro.

Além do benefício financeiro, a inovação capacita os funcionários dando-lhes uma oportunidade de crescer criativamente, acrescenta um elemento de diversão no local de trabalho e mantém o moral elevado.

Em última análise, investir em inovação é essencial para se manter competitivo no mercado atual e se preparar para o sucesso a longo prazo.

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Quanto custa investir em inovação?

Quanto custa investir em inovação?

A inovação é possível sem ter de se gastar nem um centavo. Ela não depende necessariamente de grandes investimentos ou de tecnologia de ponta.

Uma simples mudança de hábito ou de processos já pode ter um impacto positivo nas empresas, mudando completamente a maneira como as coisas funcionam.

O simples ato de observar o comportamento dos consumidores já é o primeiro passo para quem deseja inovar dentro da sua área.

É preciso estar atento sobre quais as principais necessidades e interesses do público para criar soluções novas que atendam essas demandas.

Ao reconhecer quais são as demandas não atendidas, a sua empresa pode inovar com um atendimento diferenciado ou apoiando alguma causa social, só para citar alguns exemplos.

As soluções vão desde a disposição dos itens de uma loja nas vitrines (online ou offline) até mudanças no próprio produto e suas funcionalidades.

Mais importante do que grandes quantidades de investimento é o uso da criatividade para ouvir os clientes e a equipe e ser capaz de desenvolver soluções melhores.

Como aliar empreendedorismo e inovação?

Agora veja algumas dicas para aliar empreendedorismo e inovação:

1. Conheça seus concorrentes

Uma das melhores maneiras de encontrar soluções criativas e inovadoras é observando as iniciativas dos concorrentes e mesmo de empresas de outros segmentos e nacionalidades.

Por meio da internet, você pode encontrar muitos exemplos de sucesso ou fracasso de negócios e, assim, estudar o mercado para criar uma solução melhor.

Além disso, é importante notar que, quando um concorrente dá o primeiro passo, é possível aprender com os erros que ele cometer e aplicar esse aprendizado na criação e execução das suas próprias ações.

2. Estabeleça os objetivos da empresa

Outro fator determinante para aliar o empreendedorismo com a inovação é saber exatamente quais são os seus objetivos, pois isso ajuda a definir quais os caminhos que deverão ser percorridos.

Em outras palavras, o empreendedor não deve tomar atitudes – nem dedicar tempo e esforço das suas equipes – em ações que não ajudam na conquista dos objetivos.

Por isso, é preciso não só definir e estabelecer quais são os objetivos, mas alinhar as suas expectativas com as dos seus colaboradores, pois isso vai tornar o caminho mais fácil.

3. Estimule a criatividade das equipes

Como aliar empreendedorismo e inovação?

Como vimos, a inovação é um objetivo compartilhado, que não precisa partir somente do dono da empresa ou das pessoas em cargos superiores.

Todos os profissionais envolvidos na operação da empresa podem contribuir com as suas ideias, mas, para isso, é importante que a organização seja capaz de criar um ambiente em que as pessoas se sintam confortáveis para expressar seus pontos de vista.

Portanto, busque desenvolver atividades de estímulo à criatividade e incentive seus colaboradores a apresentar soluções para os problemas da empresa.

Quanto mais ideias forem apresentadas, maiores serão as chances de acertar em uma nova solução ou na criação de um novo produto ou serviço.

4. Invista em capacitação

Outra forma de aumentar a inovação e a criatividade na sua empresa é apostar no desenvolvimento de novas habilidades para seu corpo de colaboradores.

A melhor parte é que não é necessário investir muito dinheiro para atingir esse objetivo, pois existem diversas plataformas que oferecem cursos e treinamentos gratuitos e conteúdos básicos para quem deseja aprender novas habilidades.

Além disso, é possível negociar com as empresas que vendem cursos por preços mais acessíveis e oferecer os treinamentos para vários colaboradores ao mesmo tempo.

Outra fonte essencial de ideias para melhorar a eficiência da empresa é a contratação de consultorias e o contato direto com profissionais do segmento e de diferentes segmentos em feiras, eventos e concursos de empreendedorismo e inovação.

5. Ofereça recompensas para a equipe

Recompensas como premiações, benefícios ou até mesmo aumentos de salário são uma boa forma de estimular o seu corpo de colaboradores a buscar soluções inovadoras para o seu negócio, mas é importante ter algumas coisas em mente.

Seus colaboradores não podem ser estimulados a contribuir apenas para ganhar algo em troca. A empresa deve promover uma cultura de inovação e colaboração.

As recompensas, por sua vez, devem ser oferecidas de fato quando a empresa tiver ganhos significativos com uma mudança sugerida.

6. Consuma conteúdo

Se você realmente deseja inovar, então é fundamental ter disposição para buscar inspiração e curiosidade para sempre buscar saber mais.

Portanto, fique atento à exposições de arte, música, teatro, leia artigos em revistas e sites, converse com as pessoas, observe os locais que sua base de clientes gosta de frequentar e fique atento a tudo que está ao seu redor.

Consuma conteúdo de várias fontes e gêneros diferentes, ou seja, filmes, documentários, séries, vídeos, revistas e outros materiais, pois, por meio desses conteúdos, é possível ter novas ideias de como empreender no seu próprio negócio.

Toda e qualquer fonte de informação e conteúdo pode gerar insights que ajudam a promover a inovação no seu negócio.

7. Tenha seu cliente como foco

Por fim, de nada adianta investir em inovação e buscar soluções para criar produtos melhores se as soluções que você inventar não atenderem às necessidades reais e materiais da sua base de clientes.

Diversas empresas erram ao tentar inovar para tentar ganhar destaque na mídia e acabam esquecendo do verdadeiro valor para o seu negócio: seus clientes.

Caso você desenvolva uma solução ou produto que seja inovador para os clientes, então você será capaz de atrair a atenção de mais pessoas e alcançar o sucesso que deseja.

Por isso, lembre-se de focar nos seus clientes, então estude seu público, saiba o que ele está consumindo, quais são os seus problemas e desejos.

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Conclusão

Como vimos ao longo deste texto, empreendedorismo e inovação são dois conceitos que se relacionam diretamente, mas que são diferentes entre si.

De maneira geral, empreendedorismo é o ato de criar algo novo, enquanto inovação é melhorar algo que já existe.

No entanto, os dois conceitos não são mutuamente exclusivos – um empreendedor pode ser inovador e um inovador pode ser empreendedor.

A principal diferença entre os dois reside em sua abordagem: um empreendedor começa com uma visão e depois cria um plano para torná-la realidade, enquanto um inovador pega um produto ou serviço existente e descobre como torná-lo melhor.

Quer você esteja começando do zero ou procurando maneiras de melhorar seu modelo de negócios atual, compreender a relação entre empreendedorismo e inovação o ajudará a formar uma estratégia de sucesso para o crescimento a longo prazo.

E se você desejar aprender mais sobre empreendedorismo e inovação, leia também estes outros artigos do blog:

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O quanto a gestão da inovação impacta as empresas? Entenda mais sobre esse modelo de negócio

Inovar é o melhor caminho para que sua empresa não deixe de crescer e, principalmente, de ter destaque no mercado. Por mais que ainda seja vista apenas como um diferencial, investir em uma gestão da inovação é o que vai dar sustentabilidade aos negócios.

No entanto, essa perspectiva inovadora vai muito além de ter uma equipe com alguns colaboradores criativos. Estamos falando da busca e criação de novos produtos e processos internos. 

São as ideias inovadoras dentro do fluxo de atividades que trazem soluções capazes de mudar o rumo de um negócio. Mas elas dependem de uma cultura fortemente pautada na inovação contínua como modelo empresarial.  

Ou seja, vai ser preciso muito mais do que bons insights para sustentar essa gestão em um mercado competitivo. Então, fica a dúvida: como desenvolver a habilidade de tornar esse modo de gerenciamento possível? 

O primeiro passo é entender como a gestão de inovação funciona — e sua real importância — para que, assim, se possa fazer mudanças práticas dentro da organização. Vamos explicar tudo isso ao longo do texto!

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O que é gestão de inovação?

A gestão de inovação consiste em um conjunto de processos e práticas que buscam estimular a criação de novas ideias, transformando-as em soluções concretas para o negócio. 

O seu próprio conceito é bastante desafiador: encontrar maneiras de organizar aquilo que nem sempre é sistemático, ou seja, a “ideação” de algum projeto.

Isso significa que a estruturação vai seguir uma lógica, com entradas (começo), processamento (meio) e saídas (fim). O mais fundamental desse ordenamento é fazer com que tudo isso tenha foco no resultado e estratégias específicas para alcançá-lo. 

Com isso, uma gestão de inovação é capaz de atingir um dos seus grandes objetivos dentro de uma estratégia organizacional: geração de valor.

E por mais que seja algo, à primeira vista, abstrato, esse valor pode também ser tangível. No final das contas, então, tudo vai depender de uma gestão que suporte o processo inovativo. 

Aqui vale explicar que essa gestão, embora seja muito forte no nicho de tecnologia pela necessidade de soluções inovadores, não precisa se limitar a ele. Todas as empresas podem ganhar com essa sistematização das ideias. 

E também é essencial dizer já de antemão que esse não é um papel limitado à liderança ou ao departamento de recursos humanos. Na verdade, é algo que vai ser necessário a participação de pessoas de todos os setores.

Tipos de inovação: disruptiva, radical e incremental

Os principais tipos de inovação

Para que a gestão de inovação possa fazer o trabalho proposto, é fundamental entender os tipos possíveis de inovação. São eles:

  • inovação disruptiva: aqui nos referimos ao surgimento de uma ideia que se torna tão inovadora e poderosa que causa mudanças significativas no mercado. Ou seja, ela é capaz de derrubar tudo o que já existe para criar algo melhor;
  • inovação radical: ela acontece quando um projeto é desenvolvido para mudar o status quo de determinado setor, muitas vezes, envolvendo a transformação completa de um produto ou serviço, mas que não causa uma grande revolução — como a disruptiva; 
  • inovação incremental: essa tipificação se dá quando se trata da melhoria de um serviço ou produto, mas não gera uma novidade. Aqui se foca mais na qualidade do que na criação de algo externo ao setor.

Muitas vezes, a disrupção é o caminho mais interessante para empresas visionárias. Afinal, essa inovação é capaz de influenciar o mercado a um nível muito maior, ao mesmo tempo que abre espaço para que os gestores se destaquem em seus segmentos.

A importância da gestão de inovação nas empresas

O que torna a gestão da inovação tão cobiçada no ambiente corporativo? Ela é essencial para que as empresas se mantenham competitivas, pois ela incentiva a criação e implementação de novas ideias.

Estimular o pensamento criativo, colaborar com outras equipes e setores da empresa e ter programas de incentivo são algumas das práticas básicas para que isso aconteça. E o diferencial em mercados tão competitivos vai fazer com que ela se mostre tão importante.

Mas há um elemento indiscutível para que essa gestão possa ser viável — e, consequentemente, também fundamental — para as empresas: o apoio das tecnologias.

É por isso que 62% das empresas de alto crescimento planejam investir em tecnologias que levem a taxas mais altas de inovação, em comparação com 54% das outras empresas, como mostra estudo da Accenture.

Esse aumento no investimento acontece, do ponto de vista também do estudo, porque as empresas de alto crescimento entendem a importância da inovação para se manterem competitivas.

Logo, é a junção da força dos colaboradores com ferramentas que vão fazer com que esse novo modelo de gestão se torne tão fundamental para as empresas.

Quais são os benefícios da gestão de inovação?

Benefícios da gestão da inovação

Apesar de termos falado sobre sua importância, também é interessante destrinchar alguns dos principais benefícios da gestão da inovação.

Entre eles, estão o aumento da vantagem competitiva, a maior lucratividade financeira, a abertura de novos mercados e, claro, a atração e retenção de talentos na empresa. Vamos entender cada um desses ganhos?

Aumento da vantagem competitiva

Um dos benefícios da gestão da inovação é que ela aumenta a vantagem competitiva do negócio. Mas de que forma? 

Justamente por sistematizar ideias inovadoras em soluções inovadoras, que podem ser serviços ou produtos capazes de gerar uma grande demanda no mercado.

Isso significa que a empresa consegue se destacar das demais, valorizando a marca e aumentando seu reconhecimento. 

Se só sua empresa oferece alguma coisa no mercado, é natural que ela se torne a maior referência para aquilo, principalmente se considerarmos o fator pioneirismo.

Maior lucratividade financeira

Conseguindo gerar valor ao produto ou serviço que oferece, a empresa aumenta a chance de atrair consumidores que vão se dispor a pagar mais por eles. É aqui que entra a lucratividade.

O produto ou serviço torna-se mais valioso para o mercado, e consequentemente para a empresa, que pode se beneficiar disso financeiramente.

Ainda falando sobre lucro, a gestão da inovação também pode ter retorno financeiro por facilitar processos internos — ou seja, a inovação não precisa se limitar ao produto.

Por exemplo, ao gerar a redução de custos nas operações, por meio da automatização e criação de processos inteligentes, a empresa tem menos gastos, o que vai influenciar positivamente no lucro da empresa.

Abertura de novos mercados

Um outro benefício que a gestão de inovação, principalmente disruptiva, é criar mercados que antes não existiam, justamente por criar modelos de negócios novos.

Com ela, é possível explorar carências e deficiências de setores que vão gerar novas demandas. Essa gestão da inovação pode ser também responsável por impactar positivamente muitos setores que não são necessariamente aqueles relacionados à área de atuação.

Um bom exemplo foi o Uber. Como o táxi era um serviço com muitos entraves, a empresa foi atrás disso para trazer sua solução. Esse primeiro serviço, por exemplo, não estava disponível a qualquer momento na palma da mão. 

A empresa aproveitou para investir na junção de aplicativo e GPS. A partir daí, um mercado emergiu, conectando pessoas com carros para dirigir a pessoas que precisam chegar a algum lugar.

Atração e retenção de talentos

Por fim, gestão de inovação também tem como benefício a atração, e, consequentemente, a retenção de talentos — já que os profissionais só vão querer ficar na empresa se ela for capaz de oferecer algo interessante para sua carreira.

E como um ambiente criativo pode trazer desafios e novidades que engajem os colaboradores, isso contribui muito para que o clima organizacional seja positivo e mantenha esses talentos por perto. 

Apesar de já termos falado que essa gestão não depende só de pessoas criativas, esse movimento de atrair pessoas que fogem da zona de conforto também vai ser fundamental para que a cultura de inovação realmente se torne algo real.

Selecionar talentos na empresa — além de mantê-los — que consigam trazer novos caminhos para o negócio, quebrando padrões e criando soluções inteligentes sempre vai ser uma vantagem para a empresa.

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Como fazer a gestão da inovação nas empresas?

Como fazer gestão da informação?

A gestão da inovação nas empresas deve ser realizada de forma a promover o crescimento contínuo, melhorando processos internos e gerando novas ideias que possam se tornar produtos inovadores para o mercado. 

Mas como fazer isso? Vamos trazer 5 dicas para que você possa aplicar dentro da sua organização!

Tenha a inovação como estratégia empresarial

Inovação é uma palavra de ordem para as empresas que buscam trazer esse tipo de gestão para dentro dela. Isso significa que o direcionamento de qualquer plano da empresa precisa abranger ações de inovação, trazendo sinergia em relação aos objetivos do negócio.

É preciso ter coragem para reinventar as formas de trabalho que já existem, mas é ela quem vai levar ao crescimento do negócio. E se isso não fizer parte desde o primeiro planejamento, dificilmente vai se executar a partir da estratégia da empresa.

Fomente a cultura de inovação nos colaboradores

A gestão da inovação nem sempre é só sobre trazer algo novo para o mercado. Ela trata também de desenvolver as habilidades das pessoas, criando um ambiente que incentive a troca de ideias e permita que elas possam se tornar realidade.

É preciso investir no desenvolvimento do time, promovendo treinamentos que estimulem o raciocínio lógico e criativo, por exemplo. Dificilmente uma empresa vai ter uma gestão efetiva se não estimular isso no coração da empresa: seus colaboradores.

Procure recursos e parcerias para viabilizar ideias

Dicas para fazer gestão da inovação

A gestão da inovação também passa pela aplicação de recursos — que não são apenas financeiros. Parcerias, por exemplo, são uma ótima forma de encontrar soluções para problemas complexos.

As possibilidades são muitas: desde consultorias especializadas até universidades e financiadoras de pequenas empresas. Dessa maneira é possível reunir conhecimento e capacidade de quem já tem expertise em algo e, claro, sempre há o que aprender. 

Estruture bem o processo de inovação 

Do ponto de vista técnico, como vai acontecer o sequenciamento de etapas para criar um processo inovador? É isso que você deve se preocupar ao estruturar suas ideias dentro de uma gestão da inovação.

Por isso, é fundamental definir quantas etapas e quais serão as rotinas necessárias. São muitas fases: criação, seleção, análise e viabilização. Organizar uma ordem de atividades vai ajudar a manter o processo mais ágil e garantir que as metas sejam cumpridas de forma satisfatória.

Determine indicadores de desempenho 

A gestão de inovação não é algo que acontece da noite para o dia. É preciso tempo, esforço e dedicação para ter sucesso na implementação desse modelo dentro da empresa. E como se diz no mundo de administração, “aquilo não é medido, não é gerenciado”.

Para tanto, mensurar os resultados das ações vai exigir que você defina indicadores de desempenho específicos e constantemente revise-os para verificar se está tudo caminhando conforme o planejado. Somente a empresa vai entender se o objetivo foi alcançado.

E os tipos de indicadores usados vão sempre depender de onde se quer chegar. Por exemplo, se uma inovação tivesse como principal ganho a redução de custos, então o indicador ideal a ser usado é o de economia financeira. E assim vai.

Exemplos de gestão de inovação

Descobrir como a gestão de inovação pode ser aplicada em contextos reais é fundamental. Muitas vezes, são programas de aceleração corporativa que marcam empresas pautas na gestão da inovação. 

Aqui estão alguns exemplos bem-sucedidos que você pode conhecer:

  1. O caso da Amazon, uma das principais empresas do setor de varejo online mundialmente reconhecida por sempre buscar novas ideias para melhorar seus a entrega dos serviços, principalmente integrando o meio virtual com o físico;
  2. A gestão de inovação na Microsoft é um grande exemplo de gestão da inovação, sendo responsável por trazer novas soluções para a tecnologia e gestão de projetos. A marca é reconhecida mundialmente como referência nesse sentido;
  3. Por fim, o caso mais conhecido é o da Apple, que desenvolve produtos e serviços inovadores para seus clientes com um design diferenciado. A empresa se destaca por criar soluções que envolvem experiências únicas aos usuários.
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Conclusão

Ideias boas devem sempre ser aproveitadas, mas somente com uma gestão da inovação será possível estruturá-las para se tornar soluções reais. Por isso, ela se torna um processo essencial para o crescimento e sucesso de qualquer empresa.

As organizações podem fortalecer uma cultura positiva, incentivando os colaboradores a pensarem em iniciativas disruptivas para os problemas.

Para tanto, elas devem ter a inovação como estratégia empresarial, estruturar bem o processo de gestão e determinar indicadores de desempenho.

Organizações como a Amazon, Microsoft e Apple são ótimos exemplos para entender como funciona uma gestão da inovação.

Leia também sobre como o empreendedorismo e inovação se relacionam e quais suas principais diferenças.

Conheça também sobre como funciona a gestão da tecnologia da informação e sua importância para as empresas.

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Criatividade e inovação: diferença e como promover na sua empresa?

As empresas de hoje em dia estão sempre evoluindo e, para se manterem à frente da concorrência, precisam encontrar maneiras de incentivar a criatividade e a inovação.

Mas qual é a diferença entre estes dois conceitos? A criatividade foi definida como o surgimento de soluções inovadoras, enquanto a inovação consiste em tomar essas idéias e colocá-las em ação.

Embora relacionadas, é importante que as empresas entendam que cada uma delas requer estratégias diferentes para fomentar o crescimento dentro de sua organização.

Neste artigo vamos explorar a distinção entre criatividade e inovação, discutir por que elas são tão importantes e fornecer métodos inovadores para promover ambas dentro de sua empresa.

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O que é criatividade?

Criatividade é sinônimo de inventividade, inteligência e talento – nato ou adquirido – para criar, inventar e inovar. Ela pode ser explorada no campo artístico, científico, esportivo ou tecnológico.

Isto é, trata-se da capacidade de criar, imaginar ou produzir algo novo e diferente.

Desde nossos primeiros anos de vida, somos incentivados a trabalhar a criatividade, pois durante a infância, principalmente, possuímos uma alta capacidade de pensar fora da caixa e uma curiosidade natural sobre as coisas, o que ajuda a propor novos olhares sobre aquilo que todos já conhecem.

Contudo, conforme vamos crescendo, as responsabilidades aumentam e a adequação às convenções sociais fazem com que esse potencial se enfraqueça. É algo natural. Não à toa, muitos adultos costumam se descrever como pessoas pouco criativas.

Mas mesmo que a criatividade seja uma característica que naturalmente perca a sua potência ao longo dos anos, nunca é tarde demais para recuperá-la, pois ela é como um músculo: ao exercitá-la, fica mais fácil utilizá-la quando necessário.

Não se trata de um dom que ilumina algumas pessoas e outras não. Todas as pessoas têm capacidade de ser criativas e a grande diferença é que algumas pessoas exercitam mais esse “músculo” do que as outras, então conseguem pensar mais facilmente em inovações.

O que é inovação?

A inovação, por outro lado, é um efeito da criatividade. Em um primeiro momento, inovação pode parecer apenas aquelas descobertas ou criações mais geniais, mas esse não é o caso.

É claro, esses grandes feitos têm grandes quantidades de inovação envolvidos no seu DNA, mas o conceito de inovação é um pouco mais simples e se aplica a diversas outras áreas.

A palavra “inovação” vem do latim “innovatio” e diz respeito a uma ideia, método ou objeto que é criado e que não se assemelha aos padrões anteriores.

O conceito está muito associado à aplicabilidade, isto é, a capacidade de criar algo novo que atenda a uma necessidade real, impactando positivamente a qualidade de vida e o desenvolvimento humano de alguma forma.

No contexto de empresas, por exemplo, inovação é uma ideia que foi implementada e trouxe bons resultados, seja aumentando a produtividade e a lucratividade ou simplesmente melhorando a qualidade de vida no ambiente de trabalho.

Inovação é sobre encontrar formas de fazer mais com menos e implementar mudanças para aumentar a eficiência dos processos administrativos e financeiros, mas não é só isso.

Inovação é transformação.

Atualmente, costumamos associar muito a inovação com a tecnologia, o que não está, de fato, errado, mas a inovação não é um processo puramente tecnológico.

Independentemente do uso de tecnologia ou não, quando falamos de inovação, estamos falando sobre alguma mudança que tenha impacto positivo na vida das pessoas e na maneira como desempenham seu trabalho.

Qual é a relação entre criatividade e inovação?

Como vimos, inovação e criatividade têm diversos pontos em comum, mas é importante notar que os dois conceitos não são a mesma coisa.

Apesar de serem complementares e que se relacionam em muitos aspectos, não é possível utilizar as duas palavras como sinônimos.

Criatividade diz respeito a uma capacidade humana, que pode ser treinada e exercitada, enquanto a inovação é um produto da criatividade.

Entenda mais sobre essas diferenças a seguir:

As diferenças entre criatividade e inovação

Enquanto a criatividade é a capacidade de produzir ideias novas e inéditas, o conceito de inovação diz respeito à realização dessas abstrações, ou seja, a inovação é a criatividade posta em prática.

A criatividade é uma habilidade, um potencial subjetivo de cada indivíduo e que é liberada pela mente de acordo com determinadas situações e estímulos.

Trata-se de algo que existe dentro da mente humana, que existe dentro do nosso aparelho psíquico e que pode ser canalizada ou não para uma ação concreta na materialidade.

Já a inovação tem relação direta com a ação sobre o mundo real. Trata-se do momento em que a ideia gerada pela criatividade é colocada em prática e passa a ter impacto na vida das pessoas, seja ele positivo ou negativo.

Em outras palavras, a inovação é o produto da criatividade, a criatividade é o combustível da inovação.

Como a criatividade e a inovação funcionam nas empresas?

Por mais novo ou inovador que um negócio seja, dificilmente essa empresa irá existir em um cenário sem concorrentes com ideias parecidas ou até mesmo melhores.

Uma das grandes verdades da vida é que o mercado, nas mais diferentes áreas, é muito competitivo, o que faz com que os fatores de destaque das organizações sejam justamente os seus diferenciais em relação à concorrência.

Clientes, parceiros, colaboradores e fornecedores de qualidade normalmente dão mais preferência a negócios inovadores e criativos, pois essas competências proporcionam confiança nos seus produtos e serviços, além de mostrar que a organização é capaz de ter ideias para se sustentar e manter a competitividade no mercado.

Mas para que as empresas se tornem mais inovadoras e criativas, é necessário desenvolver a habilidade de resolver problemas de maneira inteligente e eficiente, encontrando novas perspectivas para fazer com que a corporação se desenvolva de maneira sustentável financeiramente.

A inovação e a criatividade, portanto, devem partir da gestão, mas também é imprescindível que todos os colaboradores estejam engajados nessa proposta.

Isto é, a empresa como um todo deve estar empenhada em estabelecer processos mais criativos e inovadores em busca melhorar cada vez mais os serviços e produtos.

Como estimular e desenvolver a criatividade e a inovação?

Como estimular a criatividade e inovação?

Agora veja algumas dicas para estimular e desenvolver tanto a criatividade, quanto a inovação na sua vida pessoal e profissional, na sua empresa:

Teste novas abordagens

A palavra-chave para estimular e desenvolver a criatividade e inovação na sua empresa deve ser “teste”. Quando novas ideias surgirem, nem as descarte nem as implemente de maneira definitiva: comece pequeno fazendo um teste.

Se a ideia realmente for boa, ela vai sair da fase de testes e se tornará parte da rotina da sua empresa, enquanto se for ruim, não será adotada e não correrá o risco de trazer prejuízos como se fosse implementada integralmente sem passar por um teste antes.

Comece pequeno

Muitas pessoas acreditam que ser inovador e criativo significa ter ideias grandiosas que impactam a vida de milhares de pessoas e que trazem reconhecimento e admiração.

Como vimos, criatividade e inovação são conceitos que, com certeza, estão nos grandes feitos e descobertas da humanidade, mas também estão nas coisas pequenas do dia a dia.

Tão importante quanto as ideias grandiosas são aquelas que propõem mudanças positivas na rotina da empresa, pois essas têm a capacidade de melhorar não só a produtividade da empresa, mas também a qualidade de vida dos colaboradores.

Ofereça um ambiente de trabalho propício

Um dos fatores que ajuda a melhorar a criatividade e a inovação na sua empresa é a criação de um ambiente de trabalho estimulante, que incentive esses aspectos nas suas equipes.

Isso vai muito além de simplesmente decorar o escritório com um estilo criativo e inovador, mas envolve diferenciar a sua empresa por meio de pequenas ações como organizar treinamentos, criar incentivos financeiros e gerar oportunidades para a equipe participar de eventos.

É muito importante que você também ofereça um bom equilíbrio entre a vida profissional e a pessoa, pois essa ação ajuda a eliminar o estresse e a criar um ambiente propício para a criatividade e inovação.

A lógica é que, ao criar um ambiente de trabalho mais confortável e humano, você possibilita que seus funcionários foquem no desenvolvimento pessoal e criem soluções para melhorar a produtividade da empresa.

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Encoraje a autonomia

Dicas para desenvolver a criatividade e inovação

Mesmo que todos os processos da sua empresa sejam muito bem definidos, é muito importante que você proporcione autonomia para os seus colaboradores.

Hoje em dia, é fundamental que a sua equipe sinta que tem a liberdade necessária para sugerir ideias e realizar tarefas da melhor forma, mesmo que, muitas vezes, essa forma não seja a que usualmente é utilizada pela empresa.

É só por meio da autonomia que você consegue estimular a sua equipe a criar novas soluções para os clientes e aflorar a criatividade e a inovação, fazendo com que deixem de ser meros conceitos e tomem conta do ambiente de trabalho, surgindo cada vez mais ideias.

Invista em cursos e capacitações

A criatividade pode ser estimulada de diversas formas. Uma das vias para pensar fora da caixa e ser mais inovador é buscando especializações e cursos de capacitação, que podem ser na sua área de atuação ou não.

Muitas vezes, as inspirações podem vir de atividades que não são correlatas ao que você exercita no seu dia a dia. 

Se você é um desenvolvedor de aplicativos, por exemplo, talvez seja mais frutífero para a criatividade buscar também especializações em outros campos de conhecimento, como a filosofia, sociologia, artes visuais, história, entre outros.

Além de buscar cursos, outra forma de expandir a mente é a partir de encontros com outras pessoas, em eventos que possibilitem a troca de experiências e ideias.

Para os empreendedores que desejam ter equipes mais criativas, vale a dica de separar parte do orçamento para treinamentos, eventos, workshops e outras atividades que incentivam o crescimento e pensamento inovador dos colaboradores.

Foque na integração das equipes

Ninguém é capaz de promover a criatividade e a inovação em uma empresa sozinho, portanto, é necessário que você encontre formas de integrar as equipes para diferentes times trabalharem juntos.

A sua empresa pode até ter várias áreas bastante distintas entre si, mas nada impede que você e seus colaboradores busquem por inovações juntos.

Essa é a verdadeira chave para alcançar a inovação, pois todos têm conhecimentos e experiências diferentes, por isso, o diálogo entre profissionais de diferentes campos é sempre benéfico, seja para deixar a criatividade fluir, ou seja só para aumentar a integração.

Valorize a diversidade

Dicas para desenvolver e estimular a criatividade e inovação nas empresas

Você já deve ter ouvido o ditado de que duas mentes pensam melhor do que uma, não é mesmo? Esse dito popular, embora não esteja errado, nesse contexto aqui se mostra incompleto.

Se a ideia é pensar diferente, visualize ao seu redor se os espaços que você frequenta ou trabalha valorizam a diversidade.

Será muito mais difícil pensar diferente em um ambiente que todos apresentam o mesmo ponto de vista, visão de mundo, qualificação, experiências e vivências.

A diversidade fortalece o poder criativo, pois a pluralidade é capaz de enriquecer os debates. Ou seja, se você quer estimular pensamentos inventivos, valorize espaços com pessoas que têm ideias diferentes.

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Conclusão

Para promover a criatividade e inovação na sua empresa, você precisa ter a mente aberta e testar novas abordagens sempre encorajando a autonomia dos seus colaboradores.

Esses fatores são o que irá diferenciar sua empresa das demais e permitirá continuar a crescer. Muitas vezes, as pessoas usam estes termos de forma intercambiável, mas eles são diferentes.

Como vimos, a criatividade é o combustível da inovação, enquanto a inovação é o produto da criatividade na realidade material.

Veja outros textos do blog sobre inovação para aprender mais sobre o assunto:

Leia também sobre as características das organizações exponenciais.

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Confira os destaques do relatório do World Economic Forum 2023

A 18ª edição do “The Global Risks Report” destaca riscos globais na economia, polarização social e crises climáticas.

O Fórum Econômico Mundial (World Economic Forum) começou nesta semana, em Davos, na Suíça, e já divulgou o seu tão aguardado Relatório Global de Riscos. Como destaques, o report demonstrou uma grande preocupação com a situação da economia global, as polarizações políticas e um “hiato” nas medidas para conter as mudanças climáticas nos próximos 2 anos.

O relatório aponta um cenário de piora das condições econômicas, com aumento do custo de vida em diversos países. Este fator pode ser explicado pela disparada da inflação, que também vem acometendo a Europa e os países da América do Norte. Além disso, o material prevê desastres naturais e eventos climáticos extremos, confrontos geoeconômicos e piora da polarização social.

Já no horizonte de dez anos, o documento menciona, entre outros, o risco de fracasso para mitigar as mudanças climáticas; diversos desastres naturais; perda de biodiversidade; imigração involuntária em larga escala e crises em recursos naturais. O material produzido pela entidade adverte ainda para o grande risco de “policrises”, definidas como um conjunto de crises e riscos globais que se mesclam e tem como resultado um impacto total ainda maior. Ou seja, os efeitos deste fenômeno são ainda mais devastadores.

Para finalizar, o relatório apoia uma organização estruturada para identificar e mitigar futuros problemas em potencial e, também, destaca a importância da cooperação como fator fundamental para lidar com os riscos globais. O report completo, que reúne as avaliações de cerca de 1.200 líderes políticos, empresariais, acadêmicos e ativistas de 121 países, está disponível aqui: https://www.weforum.org/reports/global-risks-report-2023/in-full

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Finanças corporativas e a sua importância nas empresas

Se uma empresa tem planos de ter longevidade, as finanças corporativas devem ser uma das suas principais preocupações e, ainda, dedicações. Claro que essa não é a única equação para o sucesso, mas sem ela, esse objetivo fica comprometido.

A lógica é a mesma para o orçamento pessoal: cada família deve se preocupar com todo o dinheiro que entra e sai de casa. A diferença é que aqui estamos falando de tudo que envolve o capital de uma empresa. 

E é otimizando esse aspecto que o negócio vai conseguir ter uma excelente geração de retorno. Mas como essas finanças funcionam no seio corporativo? Quais são os indicadores que fazem parte? Como ter um bom planejamento dela? É o que você vai ver a seguir. Boa leitura!

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O que são finanças corporativas? 

As finanças corporativas envolvem todas as atividades financeiras da empresa, sendo a área responsável por gerenciar os recursos da organização. É aqui que essa administração mostra seu grande trabalho a ser feito: encontrar as melhores maneiras de usar os recursos que tem.

O objetivo desse segmento da empresa sempre será assegurar a alocação correta dos recursos e fazer com que os resultados sejam bons para o negócio.

No entanto, quem fica a papel disso vai variar de acordo com o cenário corporativo. Quando o negócio é pequeno, as finanças podem se resumir a uma pessoa, muitas vezes o empresário do negócio.

Mas quando estamos falando de uma grande corporação, é preciso de um departamento financeiro próprio para isso, contando tanto com um diretor financeiro como uma equipe de profissionais.

É também esse setor que vai ter a responsabilidade de prestar contas por meio dos demonstrativos financeiros. E a partir deles, líderes podem usar esses dados para tomarem suas decisões.

Indicadores de finanças corporativas

Indicadores de finanças corporativas

Ao lidar com as finanças corporativas, é preciso acompanhar diferentes indicadores financeiros que servem para avaliar a saúde empresarial. Entre eles, estão os custos fixos e variáveis, faturamento e retorno sobre investimento (ROI), por exemplo.

No entanto, existem outras métricas também importantes de serem observadas por gestores empresariais. Pensando nisso, vamos trazer algumas das principais nos próximos tópicos. Acompanhe!

Custos fixos e variáveis

Muitos empreendedores que estão começando acreditam que esse é o único indicador das finanças corporativas. Mas essa é uma visão ultrapassada. Eles são essenciais, porém não estão sozinhos.

Os custos fixos são aqueles que não variam de acordo com a produção ou venda dos produtos.

Mais especificamente, são os gastos necessários para manter o negócio funcionando, mesmo que nada seja vendido. 

Como exemplo, temos a energia elétrica da sede da empresa e o salário dos funcionários. Ambos os gastos vão existir, independente do faturamento mensal da empresa.

Já os custos variáveis andam lado a lado da operação da empresa. Isso porque são aqueles gastos que aumentam proporcionalmente à quantidade de produtos produzidos ou vendidos. Por essa razão, eles nem sempre aparecem no mesmo patamar mês a mês.

Faturamento

O faturamento é outro indicador que não pode ser deixado de lado nas finanças corporativas. Inclusive, citamos ele antes porque tem relação direta com os custos fixos e variáveis de uma empresa.

Esse indicador diz respeito ao valor total que a empresa recebe com as suas vendas – podendo ser produtos ou serviços – durante um determinado período. No geral, o faturamento é avaliado mensalmente, mas também passa por uma análise anual.

Seu grande papel como indicador é ajudar na compreensão de como está o desempenho financeiro do negócio, ou seja, o quanto ele está conseguindo atingir seu objetivo em relação ao que vende.

Para saber se as finanças da organização estão indo bem, também é preciso comparar o faturamento com os custos fixos e variáveis. Quando essa proporção entre receitas x despesas é positiva, isso pode significar que o negócio consegue ter maior viabilidade de lucro.

Retorno sobre investimento (ROI)

Finanças corporativas e o ROI

O Retorno do Investimento, ou ROI, é um importante indicador de finanças corporativas que mostra se a empresa está investindo bem o seu dinheiro. Isso significa que ele considera todos os recursos investidos em certo objetivo e o compara com o retorno efetivo dele.

Basicamente, o resultado deste cálculo vai dizer à empresa se seus investimentos estão trazendo um retorno financeiro satisfatório. 

Seus usos são diversos, podendo servir para qualquer tipo de investimento feito pelo negócio, como a contratação de novos membros pelo RH ou a compra de novas máquinas.

Avaliando estes indicadores financeiros corporativos regularmente, a empresa consegue ter uma melhor compreensão se o negócio está andando na direção certa. Só assim é possível identificar onde devem ser feitos ajustes no que se está investindo.

Ticket médio

Outro indicador importante para finanças corporativas é o ticket médio. Ele diz respeito à quantia média que os clientes (aqui, pessoas ou empresas) gastam comprando com sua empresa durante algum determinado período.

O ticket médio pode ser calculado pelo valor total de vendas, ou seja, o faturamento do período, dividido pela quantidade de pedidos nesse mesmo intervalo. Quanto maior for a quantidade, melhor fica a saúde financeira do negócio.

Ele também permite ter uma análise mais adequada sobre a demanda por seus produtos. É possível saber se os preços estão bons e quais são os tipos de vendas que a empresa pode investir para melhorar sua receita.

Esse indicador, ainda, consegue ajudar a entender se é preciso adaptar as estratégias de vendas da empresa para aumentar esse valor e, assim, melhorar os resultados.

Grau de endividamento

Finanças corporativas e o grau de endividamento

O grau de endividamento é outro indicador importante para as finanças corporativas. Ele mostra o quanto de dívida a empresa está sofrendo, bem como se ela consegue pagar todos esses compromissos.

Esse cálculo é feito dividindo o valor total dos financiamentos que a organização assumiu pelo montante de patrimônio líquido dela. Quanto menor for este resultado, melhor fica a situação da empresa, uma vez que significa que ela tem mais dinheiro para financiar seus projetos.

O grau de endividamento também pode ajudar a empresa a ter uma noção das oportunidades financeiras que ela tem à disposição e como poderá financiar novos investimentos para melhorar os resultados.

Portanto, é importante monitorar esse indicador regularmente para avaliar se está tudo bem nas finanças corporativas da empresa.

Ponto de equilíbrio

O ponto de equilíbrio é mais um indicador fundamental para as finanças corporativas. Basicamente, ele marca qual a quantia que a empresa precisa vender no mínimo para conseguir cobrir todos os seus custos e ter lucro.

Em outras palavras, é quando o total de custos fixos e variáveis e a receita total em determinado período se equiparam.

Esse cálculo tem o objetivo de mostrar quando é que as finanças da organização serão suficientes para alcançar um lucro satisfatório. Isso significa que, após atingir esse número, todas as vendas feitas acima disso trarão lucro para a empresa.

Assim, essa é uma boa maneira de entender como gerir os financiamentos da empresa e para saber qual o limite de vendas necessário para ter lucro. É importante monitorar esse número regularmente para ver se está tudo dentro dos parâmetros desejados.

Investimentos

Os investimentos, por fim, também são importantes para as finanças corporativas. Isso acontece porque eles ajudam a empresa a crescer, desenvolver seus negócios ou financiar novos projetos.

Os líderes das organizações devem se preocupar com isso periodicamente para saber quais são as melhores maneiras de financiar um projeto. É possível avaliar opções como financiamento bancário, lucros reinvestidos da empresa e financiamento de terceiros, por exemplo.

Monitorar os investimentos também é essencial para saber se as finanças da empresa conseguem suportar um uma nova iniciativa e se há dinheiro de sobra para financiar novas demandas.

Além disso, quando estamos falando de uma grande empresa, ter um equilíbrio nas finanças corporativas vai trazer um bom retorno aos acionistas e, assim, mais investimentos.

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Qual é a importância das finanças corporativas?

A importância das finanças corporativas

As finanças corporativas são essenciais para o sucesso da empresa, pois elas permitem que a organização possa financiar seus projetos e pagamentos.

Não é à toa que, quase 25% das empresas no Brasil fecham as portas em menos de 2 anos, de acordo com o relatório compilado do Sebrae. E esse percentual pode chegar até a 50% quando se considera os estabelecimentos com menos de quatro anos.

Mas qual é um dos fatores que leva a esse fechamento prematuro? Dificuldades com finanças. Não ter um bom planejamento financeiro — ou gerenciar mal as finanças corporativas da empresa — pode levar a organização à falência.

Somente acompanhando o que está acontecendo e monitorando de perto indicadores como grau de endividamento e ponto de equilíbrio, por exemplo, a empresa vai poder ter muitos anos de vida.

Além disso, também é fundamental ter um bom controle sobre os investimentos para financiar novos projetos e garantir uma boa saúde financeira. Portanto, finanças corporativas são um setor que todo líder deve se preocupar para garantir a estabilidade e o sucesso da sua empresa.

Como planejar as finanças corporativas?

Como planejar as finanças corporativas?

Para ter sucesso nas finanças corporativas da empresa, é preciso montar um bom plano, que depende de algumas boas práticas empresariais. Veja quais são elas:

  1. Tenha um planejamento estratégico estruturado;
  2. Coloque no orçamento todos os gastos;
  3. Monitore o fluxo de caixa atentamente;
  4. Não misture contas pessoas com as da empresa.

A seguir vamos explicar o que cada uma delas significa!

Tenha um planejamento estratégico estruturado

Um planejamento estratégico bem feito é essencial para organizar as finanças da empresa. Isso porque ele permite conhecer sua organização, seus mercados-alvo, desenvolver o plano de negócios e avaliar a saúde financeira.

Tudo isso possibilita que você tenha uma boa ideia sobre como financiar os projetos da empresa, ter um bom controle de dinheiro e identificar possíveis investimentos para crescer. Logo, o primeiro passo para qualquer setor financeiro corporativo é ter um plano de negócios. 

Coloque no orçamento todos os gastos 

De nada adianta ter um plano de negócios se você não tiver noção do quanto vai gastar. Assim, é fundamental contabilizar todos os custos da empresa para saber como financiar suas despesas e manter a saúde financeira.

Na verdade, esse passo é a execução do planejamento estratégico: você vai quantificar, com detalhes, o seu plano, montando orçamentos mensais de receitas e despesas. Por meio de orçamentos projetados, é possível identificar as diversas alternativas de crescimento.

Monitore o fluxo de caixa atentamente

Monitorar as finanças da empresa significa saber quais são as entradas e saídas de dinheiro da conta bancária da empresa. Você precisa estar ciente dessas informações se quiser ter um bom controle financeiro e financiar qualquer projeto que a empresa deseje realizar.

Isso é fundamental para que a empresa não viva com base na expectativa e sim na realidade. Também é acompanhando o fluxo de caixa que se vai entender a administração do capital de   giro, ou seja, o dinheiro  que a empresa precisa ter para manter suas atividades, na prática.

Não misture contas pessoas com as da empresa

Em último lugar, aqui vai uma dica muito válida principalmente para negócios menores que estão começando e que o empresário controla financeiro: não misture as finanças pessoais com as finanças da empresa.

Isso é um erro muito comum e que leva a grandes prejuízos, já que você não vai ter noção de qual o custo real de cada projeto.

Além disso, não colocar dinheiro pessoal nas finanças da empresa ajuda a manter o controle dos investimentos, possibilitando uma gestão profissional e responsável dessa área. Portanto, guarde para você mesmo todos os investimentos pessoais e mantenha as finanças separadas.

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Conclusão

Estabilidade e o sucesso empresarial: essas são as duas consequências positivas para quem procura ter as finanças corporativas em dia. O caminho inverso, no entanto, pode levar até mesmo ao fechamento da empresa, como falamos.

Por isso, é importante que os líderes tomem cuidado com esse setor e estabeleçam um plano estratégico bem amarrado, orcem os gastos corretamente e façam uma excelente gestão de dinheiro.

Com esses passos é possível ter controle sobre as finanças da empresa e garantir que ela continue crescendo.  E pra continuar aprendendo sobre liderança e economia, não deixe de acompanhar nosso blog!

A propósito, você já conhece como funciona a liderança transacional?

A propósito, que tal aprender agora sobre os diferentes tipos de liderança?

Você já ouviu falar em DeFi? Entenda também o conceito de finanças descentralizadas.

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Conheça 3 tipos de inovação e veja como implementá-las na organização

No contexto empresarial, existem diferentes tipos de inovação que podem ser utilizadas em um negócio. Inovar nem sempre envolve algo revolucionário para o mercado, mas certamente é uma mudança que agrega valor, de alguma maneira, à organização.

Executivos e empreendedores sabem da importância da inovação para a criação e o desenvolvimento de produtos e serviços. 

Afinal, é preciso se manter relevante no mercado e conquistar o público, sem deixar de lado o crescimento sustentável da empresa.

Em tempos atuais, a inovação está intimamente ligada ao uso inteligente de tecnologias, mas vai muito além. 

Por isso, é importante entender os principais conceitos sobre o tema e saber como aplicar os tipos de inovação.

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O que é inovação?

Inovação é o processo de criar soluções para os desafios usando novas ideias ou maneiras de pensar. Ela pode ser definida como a implementação de uma alternativa àquela existente, algo que traz benefícios para a vida das pessoas e organizações em geral. 

As diferentes formas de inovação podem ser relacionadas a tudo que provoca uma transformação que se torna indispensável, como um processo, serviço, produto, mercado, tecnologia ou meios de produção.

Nas empresas, a inovação é, em muitos casos, vista como o principal motor do crescimento e da competitividade. Afinal, é responsável por criar novos produtos e serviços, aumentar a produtividade , reduzir custos e riscos,  e aumentar os níveis de satisfação dos clientes.

A tecnologia, a propósito, é o que suporta e viabiliza os processos de inovação em tempos de transformação digital.  

Para entender como aplicar os tipos de inovação na empresa, é fundamental entender as etapas deste processo.

As etapas do processo de inovação

Etapas do processo de inovação

O processo de inovação, de maneira resumida, funciona da seguinte forma: geração de novas ideias, avaliação, teste, viabilidade e comercialização. 

Na abordagem do Design Thinking, que foca no desejo e na necessidade do usuário para gerar valor para o negócio, teríamos um processo de inovação estruturado da seguinte forma:

  1. Imersão: estágio onde ideias e conceitos são explorados e analisados para  identificar oportunidades de inovação. Nele, é importante mergulhar na indústria ou campo em que se está tentando inovar e na compreensão sobre o público-alvo.
  2. Análise e síntese: etapa de estudo e compreensão de um problema ou oportunidade existente e como eles afetam diferentes partes interessadas. Ocorre a análise de fatores internos e externos relevantes para o projeto.
  3. Ideação: estágio onde novas idéias ou soluções são geradas em resposta à análise e síntese que foi feita anteriormente. É um processo criativo e colaborativo, onde profissionais de diferentes origens trabalham juntos para gerar idéias inovadoras que atendam às necessidades e oportunidades identificadas.
  4. Prototipagem: as ideias e os conceitos iniciais são desenvolvidos em protótipos tangíveis que podem ser testados com usuários ou clientes potenciais. Inclui a validação do mercado, para testar o produto ou serviço e compreender seu potencial valor comercial.
  5. Implementação: a fase final do processo de inovação, durante a qual um uma nova ideia ou produto é lançado no mercado. Isto pode envolver a colaboração com uma variedade de partes interessadas, incluindo investidores, clientes e parceiros.

Quais são os tipos de inovação?

Um relatório da KPMG de 2020 realizou entrevistas com diversas empresas sobre o impacto da inovação nos negócios.

Dentre todos os respondentes, 48% investem em inovação incremental, ao passo que 26% investem nas inovações disruptivas.  Nas empresas focadas em inovação, a porcentagem muda: 40% e 37% respectivamente.

Essas são duas das várias formas de inovação, pois ela varia de acordo com o mercado, o nicho, a essência da marca, e os serviços e produtos oferecidos.

Confira a seguir os três tipos de inovação mais comuns!

Inovação disruptiva

As inovações disruptivas são aquelas que representam uma mudança significativa ou uma ruptura na maneira como as coisas são feitas.

Elas tipicamente introduzem novos produtos ou serviços que perturbam os modelos de negócios existentes e desafiam os players existentes em uma indústria ou mercado. Ou seja, decretam o fim do mercado tradicional.

Seu conceito surgiu com Clayton Christensen, professor da Harvard Business School (HBS), na década de 1990. Suas principais características são:

  • A disrupção não acontece de uma hora para outra;
  • De maneira geral, é um movimento escalável, que atinge muitas pessoas simultaneamente;
  • É mais comum que ela aconteça em empresas mais modernas do que em organizações consolidadas e tradicionais;
  • É um tipo de inovação que desestabiliza o mercado, transforma seu modo de operação e impulsiona o surgimento de novas inovações.

Inovação incremental

Inovações incrementais são pequenas ou contínuas melhorias a um produto ou serviço existente. Isto pode envolver mudanças incrementais em um processo, tecnologia, modelo de negócio ou projeto de produto para alcançar maior eficiência ou melhor desempenho.

O Gmail é um ótimo exemplo. Ele tinha uma função já conhecida (enviar e receber e-mails rapidamente), mas trouxe funcionalidades que melhoram a experiência do usuário, como o chat e o amplo armazenamento.

A partir desse conceito, podemos listar algumas características da inovação incremental: 

  • Este tipo de inovação apresenta menor risco e baixo custo;  
  • A cada melhoria, o valor do negócio cresce de forma gradativa; 
  • Tem como objetivo a melhoria do produto existente sem que seja necessário realizar mudanças radicais;
  • O produto ou serviço da empresa não fica defasado no mercado por estar recebendo melhorias continuamente.

Inovação radical

As inovações radicais são aquelas que mudam significativamente a maneira como as coisas são feitas e desafiam as suposições existentes sobre o que é possível.

Elas podem incluir novas tecnologias, produtos ou modelos de negócios que alteram fundamentalmente a maneira como o mercado enxerga um serviço, um produto ou uma marca. É o caso de criar uma unidade de negócio ou lançar um produto completamente novo.

Algumas características da inovação radical são:

  • Existe uma mudança radical em modelo de negócio, produto e forma de consumo;
  • É bastante similar à inovação disruptiva, mas não existe uma “ruptura” na forma como algo era feito antes;
  • O grau de incerteza é maior, pois a tecnologia associada à inovação radical ainda está em desenvolvimento;
  • As necessidades dos clientes não são completamente conhecidas, pois um novo produto depende de criar um hábito de consumo.

Seja qual for a busca da empresa por um ou outro tipo de inovação, é importante ter uma compreensão clara do processo e ser capaz de aplicar as ferramentas e técnicas corretas a fim de gerar ideias inovadoras que realmente entreguem  valor para o seu negócio e clientes.

Dessa forma, ela poderá obter as vantagens da inovação.

Leia também: Finanças corporativas e a sua importância nas empresas

Conheça os diferentes tipos de benchmarking com exemplos práticos.

4 vantagens da inovação

Vantagens da inovação

Inovar é uma estratégia relevante para qualquer negócio atual, especialmente se considerarmos a dinamicidade do mundo e do mercado.

Confira a seguir quatro benefícios que a empresa usufrui ao utilizar os tipos de inovação mais comuns em seu empreendimento.

Desenvolve a criatividade

Em qualquer forma de inovação, os responsáveis devem ter um profundo entendimento das necessidades e desafios do seu mercado alvo, assim como pensamento criativo e habilidade para encontrar novas ideias e soluções.

Para tanto, a empresa incorpora o ideal inovador em sua cultura organizacional, se mostrando aberta a mudanças e incentivando a postura criativa de seus colaboradores.

Estabelece a organização dos processos

Empresas inovadoras geralmente têm processos altamente estruturados para a idealização,  prototipagem e implementação. Isso significa executar processos com o auxílio da tecnologia a partir de padrões e sistematização do modo de trabalho.

Assim, conseguem desenvolver produtos ou serviços de forma mais rápida e eficiente.

Aumenta a produtividade

A inovação também pode ajudar a aumentar a produtividade geral, eliminando ineficiências e racionalizando os processos. Isto pode reduzir custos, aumentar a lucratividade e melhorar a competitividade no mercado.

Aumenta a competitividade

Finalmente, a inovação pode ajudar a aumentar a competitividade ao possibilitar novos produtos, serviços ou modelos de negócios que melhor atendam as necessidades e expectativas dos clientes.

Ao permanecer à frente da curva e se adaptar constantemente às novas tendências e condições de mercado, as empresas conseguem se manter relevantes e prosperar no ambiente de negócios dinâmico de hoje.

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Exemplos de inovação

Larry Keeley, Ryan Pikkel, Helen Walters e Brian Quinn escreveram o livro “Dez Tipos de Inovação” para segmentá-las em três grupos:

  • Oferta: produtos ofertados pela empresa;
  • Experiência: relação da empresa com usuários e consumidores;
  • Configuração: voltadas para modelos de negócios ou processos internos da empresa.

Caso deseje conhecer mais sobre o tema, recomendamos a palestra de Larry Keeley no SingularityU South Africa Summit:

10 Types of Innovation | Larry Keeley | SingularityU South Africa Summit

Partindo dessa classificação, podemos encontrar muitos exemplos de inovação, que você vê a seguir.

Logística

Com as inovações do setor de logística, empresas e distribuidoras conseguiram encontrar soluções para diminuir o tempo e otimizar as entregas. 

Centros de distribuição e pontos de armazenamento estratégicos, entrega de produtos via aplicativos e delivery via drones são algumas medidas inovadoras.

Tecnológica

A inovação tecnológica é a base de muitos outros tipos de inovações atualmente. 

Softwares e tecnologias disruptivas, como inteligência artificial e internet das coisas, integram a Indústria 4.0 e 5.0 e revolucionaram produtos, serviços e o comportamento da sociedade.

Organizacional

As mudanças estruturais e práticas que aprimoram o desempenho de uma empresa são as inovações organizacionais. Elas melhoram a produtividade e a entrega de serviços, produtos e processos.

O home office, os ERPs e os chatbots são bons exemplos de inovação organizacional.

Separamos um conteúdo completo sobre Moonshot thinking para você, confira!

No marketing

Exemplo de inovação no marketing

A captação de clientes também sofreu mudanças relevantes e inovadoras no setor do marketing. Com as redes sociais, as marcas passaram a anunciar nas plataformas ao invés de fazer publicidade em jornais e televisão.

Com os exemplos em mente, já é possível imaginar como aplicar os tipos de inovação na empresa, certo?

De serviços

Inovação de serviço é o delivery de comidas ou o pedido de motorista por aplicativo. A oferta do serviço mudou completamente para atender à demanda do consumidor, que agora consegue pedir uma refeição ou um carro pelo smartphone.

De produto

A inovação de produto pode ser incremental, radical ou disruptiva. 

A televisão, quando lançada, foi uma inovação radical que se tornou disruptiva e ainda hoje vem sofrendo mudanças pequenas (incremental). 

Tivemos a televisão a cores, mudamos da TV de tubo para a tela plana e, hoje, temos a Smart TV.

No modelo de negócio

Startups são empresas que realizam inovação em modelos de negócio, como acontece nos marketplaces. Lojas como Amazon ou Magazine Luiza intermedeiam compradores e vendedores para aumentar sua lucratividade.

Os bancos virtuais também são um bom exemplo de inovação, pois todas as transações acontecem online.

Nos processos de produção

A mudança no processo produtivo pode ser permeada por inovação, como aconteceu nas empresas que passaram a se pautar pela sustentabilidade. 

A Natura, por exemplo, além de lançar linhas de produtos cruelty free, tem opções feitas com materiais reciclados e biodegradáveis.

Como implementar a inovação na sua organização?

Como implementar inovação?

A inovação nos negócios é um desafio corporativo, pois pode envolver uma mudança brusca no modelo de negócios. 

Entretanto, seguindo as etapas do processo de inovação e algumas práticas, os executivos conseguem adotar essa mentalidade com maior facilidade. Conheça algumas:

  • Observe o mercado e os concorrentes: as estratégias de inovação de terceiros devem ser avaliadas, porque trazem boas práticas e visibilidade sobre as oportunidades.
  • Crie uma cultura de inovação na empresa: os líderes devem desenvolver um ambiente propício para a inovação, com liberdade de criação e fomento às novas ideias e à flexibilidade no trabalho. 
  • Invista tempo na inovação: novos pensamentos e ideias surgem quando os times têm tempo disponível para se dedicar ao tema de interesse. O “ócio criativo” é um dos principais geradores de ideias.
  • Tenha um planejamento: a inovação só contribuirá para a sustentabilidade da empresa se for planejada. Estudos de viabilidade financeira e MVP (minimum viable product) são fundamentais. 
  • Analise as demandas do consumidor: seu público-alvo é o melhor termômetro para entender qual a necessidade que deve ser atendida.  Ao analisá-lo, é possível descobrir o que faz sentido para a realidade dos clientes. 
  • Promova a autonomia: a gestão horizontal, baseada em autonomia, contribui para criar um ambiente favorável à inovação. Os líderes estabelecem as metas e as tarefas, mas deixam os profissionais livres para entregar os resultados e atuam como facilitadores.
  • Incentive a experimentação: experimentar e errar são parte do processo de inovação e ajudam a construir uma cultura inovadora mais sólida. Isso porque a permissão para errar motiva as ideias mais ousadas por melhores resultados. O Moonshot Thinking é uma boa opção.
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Conclusão

Grandes empresas se utilizam dos diversos tipos de inovação conforme o estágio em que se encontram ou o objetivo do negócio.

Enquanto a inovação incremental traz melhorias a partir de pequenas mudanças, há inovações que causam uma alteração radical ou disruptiva na empresa e no mercado.

Seja qual for a forma escolhida, se bem implementada, o negócio experimentará diversos benefícios, como o aumento da competitividade.

Continue se aprofundando no tema e entenda a diferença entre tecnologia e inovação!