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Drones: como o uso da tecnologia está ajudando na vacinação de crianças em Vanuatu

Recentemente, um drone decolou de um canto de uma ilha remota em Vanuatu e entregou vacinas a uma clínica de saúde em outra parte da ilha – uma jornada que normalmente exigiria caminhadas por quilômetros de trilhas rústicas e lamacentas ou um passeio de barco caro. Foi o segundo mês de testes deste sistema que pode ajudar a vacinar milhares de crianças que vivem nas mais difíceis localidades de se alcançar no arquipélago do Pacífico.

Vanuatu, que fica a centenas de quilômetros a oeste de Fiji, no Pacífico, é composta por cerca de 80 ilhas montanhosas separadas por mares agitados, com poucos lugares para ancorar um barco. Em qualquer ilha, é difícil viajar entre as comunidades. “Se você precisar de uma vacina em um centro de saúde rural, as chances de conseguir são poucas”, diz Shelton Yett, representante do UNICEF, que fez uma parceria com o governo de Vanuatu para testar os drones. “Se estiver chovendo, como está agora, você pode passar muito tempo sem reabastecer as clínicas. Por isso, estamos sempre procurando novas formas de melhorar a cadeia de suprimentos e de obter vacinas para as crianças que mais precisam delas”.

O governo fez progressos na melhoria das taxas de vacinação, mas cerca de 20% das crianças não foram vacinadas contra doenças potencialmente fatais. O UNICEF – que já havia feito esse experimento com drones em outros países – achou que isso poderia ajudar. Em parceria com a Swoop Aero, a primeira companhia de drones a participar, os primeiros voos aconteceram em dezembro do ano passado. Os drones, com uma envergadura de 8 pés, podem voar na chuva e em rajadas de vento, e além disso, ele consegue carregar até cinco quilos de vacinas, bolsas de gelo e um monitor que garante que a vacina permaneça na faixa de temperatura adequada para sua conservação.

A empresa só é paga se as vacinas forem entregues com sucesso. “É o primeiro sistema comercialmente sustentável”, diz Yett. Nos testes, o governo está observando se os drones podem fornecer vacinas de forma confiável quando as clínicas fizerem uma solicitação, se as vacinas chegam seguramente e se há algum tipo de intervenção durante o trajeto. Até o momento, cerca de 40 crianças foram vacinadas.

Em algumas semanas, o primeiro experimento terminará e o governo decidirá se quer ir para a próxima etapa, que envolverá o treinamento de operadores de drones locais. Os drones também poderiam ser parcialmente impressos em 3D, em Vanuatu. “A tecnologia”, diz Yett, “não é a resposta completa.” Ainda é necessário educar os pais sobre a importância da vacinação – e porque é essencial comparecer às clínicas com um cronograma definido -, treinar enfermeiras e manter a cadeia de suprimentos. Mas os drones são uma solução promissora para uma parte do problema.

A utilização de drones na área da saúde também tem sido adotada em outros lugares. A Zipline, uma startup que começou a usar essa tecnologia na distribuição de sangue para transfusões em Ruanda, em 2016, recentemente começou a testar as entregas de vacinas e lançará um serviço regular nas próximas semanas. A empresa também planeja fornecer outros suprimentos médicos quando começar a operar em Gana, na primavera. As entregas de vacinas por drone também podem começar a acontecer em outras regiões remotas. “Se isso funcionar em Vanuatu, pode funcionar em qualquer lugar”, diz Yett.

*Traduzido e adaptado de Fast Company

Leia também: Como o mundo VUCA tem impactado as empresas? Entenda mais sobre ele

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Fintech: o novo modelo de negócio que está ganhando o mercado

Você consegue se lembrar quando foi a última vez que teve que ir pessoalmente a um banco? A mobilidade e as transformações digitais tornaram as transações bancárias um ato que pode ser realizado a qualquer hora, em qualquer lugar e com apenas um toque.

Tanta facilidade fez com que as Fintechs crescessem e se tornassem a nova tendência de mercado para os próximos anos. Se há 10 anos, o consumidor ainda tinha receio de fazer qualquer compra online por meio do cartão de crédito, atualmente, nem do cartão de crédito ele precisa mais para poder pagar uma conta no restaurante, podendo usar a tecnologia de pagamento por aproximação de celular.

Essa mudança de comportamento aconteceu de uma maneira assustadoramente rápida. Segundo uma pesquisa sobre “Confiança na internet”, da NCC Group – empresa global de segurança de informações –, feita em 2014 (apenas 5 anos atrás), 77% dos consumidores ainda não se sentiam seguros em fazer compras pela internet. Além disso, o estudo também concluiu que 64% dos usuários ainda tinham medo de serem vítimas de hackers e de ter seus dados pessoais e financeiros expostos na rede. E mesmo com o crescimento do comércio eletrônico, de 10.000 entrevistados nos EUA e no Reino Unido, apenas 41% deles se sentia confortável em compartilhar essas informações online na hora de realizar uma compra.

Além das compras online, o número de usuários que tinha o costume de usar internet banking – seja pelo seu celular ou ainda através do seu computador doméstico – para consultar seu saldo ou realizar outros serviços bancários, cresceu 39% de 2007 para 2018, apenas da Grã-Bretanha, segundo dados coletados.

Porém, ao contrário do que muitos pensam, Fintech não se refere somente ao aplicativo do banco que você tem no celular para facilitar sua vida em meio a correria do dia a dia. Em poucas palavras: Fintech, também conhecida como empresa de tecnologia financeira, é uma indústria composta por empresas que usam a tecnologia para tornar os serviços financeiros mais eficientes, como por exemplo, o Nubank e o PayPal (apesar deste último não ter tido muito sucesso no Brasil).

E esta é a grande aposta do mercado para 2019!

Quais são os fatores responsáveis pelo crescimento das Fintechs?

Desde que os primeiros sistemas seguros de internet para operações financeiras se tornaram disponíveis em grande escala, o acesso à conta bancária online para realizar transações, pagamento de cartões de crédito, estabelecimento de linhas de crédito ou investimento em poupança fez com que essas empresas de tecnologia financeira se tornassem um dos setores de maior crescimento dos últimos tempos.



Outros fatores importantes foram a popularização dos smartphones, o crescimento da computação em rede e o surgimento do Big Data, que influenciaram na redução de custos, fazendo surgir novos modelos negócios.

A Fintech desempenha um papel significativo na determinação de como o setor financeiro pode avançar nos próximos anos. Hoje, essas empresas estão mudando a forma como tudo funciona – empréstimos, pagamentos, segurança, liquidações de crédito e muito mais. Ao mesmo tempo, tem sido um ponto de atenção e preocupação para bancos e instituições financeiras tradicionais que, com o objetivo de não ficarem para trás, já estão fazendo parcerias com empresas financeiras de tecnologia ou desenvolvendo e implementando suas próprias soluções. Um relatório da PwC, intitulado “Financial services technology 2020 and beyond: Embracing disruption”, afirma que os investimentos globais em Fintech mais do que triplicaram desde 2014, ultrapassando US$ 12 bilhões, e tende aumentar ainda mais até 2020. No Brasil, só em 2018, foram registradas 480 empresas de tecnologia financeira brasileiras, 4 vezes mais que o número de 120, registrado em 2015.

Setores financeiros e startups veem a Fintech como uma porta de entrada para aumentar as oportunidades de negócios, entretanto, há uma preocupação muito grande em desenvolver aplicativos e tecnologia que possam oferecer a segurança necessária para que os dados dos usuários não sofram ameaças, nem sejam hackeados.


Segurança de dados e Blockchain

Empresas financeiras são mais sobre confiança do que qualquer outra coisa. Desde as origens do sistema bancário, essa característica desempenhou um papel fundamental para os bancos no que diz respeito às suas funções de guardar e depositar dinheiro. Já nas empresas de tecnologia financeira – onde praticamente todo o serviço é feito online –, a confiança é uma característica ainda mais importante e, tratando-se de uma inovação, muitos ainda temem com relação à sua segurança.


Entretanto, alguns analistas afirmam que a crise de Wall Street, em 2008, impactou no crescimento das Fintechs, pelo fato de fazer com que muitas pessoas perdessem a confiança nos bancos e nas instituições financeiras. Chris Britt, ex-gerente de produtos da Visa e SVP, afirmou em entrevista:

“O novo setor está sendo impulsionado pela desconfiança fundamental e pela abertura dos jovens à tecnologia. Antigamente, você confiava em seu banco porque tinha um edifício de ótima aparência na frente, com pilares que faziam com que você se sentisse seguro. Empresas como nós são um resultado direto do que aconteceu em 2008, que expôs e despertou a desconfiança entre tantos consumidores e as instituições tradicionais.”

Nessa disputa por quem oferece serviços melhores, mais rápidos e mais seguros é onde entra a tamanha relevância do Blockchain. Muito associado ao Bitcoin, essa é uma tecnologia composta por bases de registros e dados distribuídos e compartilhados, que têm a função de criar um índice global para todas as transações que ocorrem em um determinado mercado. Sem a necessidade de intermediação por terceiros, ela cria uma comunicação direta e segura entre duas partes, tornando as transações financeiras realizadas por meio digital menos burocráticas.

Projetado para ser imutável, à prova de falsificação e democrático, o Blockchain oferece uma enorme segurança contra fraudes, característica que faz com que ele seja o motor principal para o sucesso e o crescimento das criptomoedas e Fintechs.

E se antigamente ter um banco como intermediário de transações financeiras era o que nos garantia essa sensação de confiabilidade e segurança, agora com a combinação destas novas tecnologias, o futuro parece estar cada vez mais nas mãos das Fintechs!

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Tecnologia 5G: 5 razões pelas quais o futuro pode depender dela

A tecnologia sem fio é considerada um salto disruptivo na história, impactando a sociedade, a forma como vivemos e o mercado. É por meio dela que o mundo todo vive conectado, seja pelo smartphone, tablet, notebook ou qualquer outra ferramenta. O que mudou de quando foi descoberta para agora foi sua velocidade. A 3G, quando surgiu, ofereceu maior velocidade na transferência de dados, além de proporcionar suporte para uma gama mais ampla de aplicativos e aumentar a transmissão de dados a um custo menor.

Com o aumento do uso da internet, principalmente por meio dos smartphones, 2010 marcou a chegada da internet 4G, que tinha como objetivo fornecer alta velocidade, qualidade e capacidade de dados, melhorando a segurança e reduzindo o custo dos serviços de voz, dados e multimídia.

Há pouco tempo começou a se falar da tecnologia 5G, que assim como as outras, certamente impactará ainda mais a sociedade e transformará os negócios. Fornecendo uma enorme capacidade de dados e velocidade ainda mais rápida, pesquisadores acreditam que essa nova tecnologia marcará um grande salto na corrida por mais inovações.

A 5G promete não apenas aumentar a eficiência e liberar o potencial da automação, mas também nos permitirá explorar tecnologias em desenvolvimento, como realidade virtual (VR) e realidade aumentada (AR). As primeiras redes 5G tem previsão para chegar em 2020, resultando em níveis incomparáveis de disrupção.

Esta conectividade da próxima geração está pronta para reinventar o mundo e afetar diretamente o mercado. Veja 5 razões que indicam que ela será a próxima grande transformação que impactará na sociedade!

1. Carros autônomos

A tecnologia 5G é absolutamente essencial para o futuro dos carros autônomos. Esses veículos precisarão detectar obstáculos, interagir com sinais inteligentes, seguir mapas precisos e se comunicar uns com os outros.

Grandes quantidades de dados precisarão ser transmitidas e processadas em tempo real para garantir a s