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AI Agents e a personalização do comércio eletrônico

Por William Colen, atual Diretor de Inteligência Artificial na Blip.

Explorando como os AI Agents estão transformando a experiência de compra digital com personalização e automação em escala, inspirados nas interações de atendimento ao cliente no mundo físico.

Imagine um consumidor conversando com uma Inteligência Artificial que conheça suas preferências de compra, e que sugira um leque de todas as opções que podem agradá-lo, além de indicar possibilidades de pagamento de acordo com o que foi usado no passado. Isso está em vias de se concretizar.

Essa tecnologia pode ser encontrada num formato dentro do contato inteligente e é uma forma de aplicação do AI Agent, que funciona a partir de Inteligência Artificial com a intenção de tornar a experiência de compra ainda mais atrativa e personalizada, dentro de um canal de mensagem. Diferentemente de um chatbot comum, a proposta desse agente é possibilitar uma conversa fluida e hiperpersonalizada.

O conceito não é novo. Vem do mundo real, a partir das experiências de compra que os clientes têm em lojas físicas. É aquela relação mais próxima e cativante, na qual o vendedor chama o cliente pelo nome e conhece seus gostos. Agora, o que as empresas de tecnologia estão fazendo é justamente transpor essa mesma experiência para o mundo digital.

Conhecer o histórico do consumidor já é uma prática dentro de sistemas de contato inteligente. Porém, o AI Agent consegue trazer ainda mais personalização de atendimento e compra associado a sistemas de recomendação, a proposta dessa tecnologia é tornar essa experiência ainda mais próxima, em um contexto conversacional.

Ou seja, quando estiverem mais evoluídos, os AI Agents no comércio eletrônico podem ser semelhantes à figura do assistente de compras, em inglês personal shopper, que guia e conduz o cliente em sua jornada de compra. Esse tipo de personalização no mundo antes da IA generativa era difícil, mas agora, a tecnologia nos permite apoiar em toda a memória de conversas entre a marca e o consumidor, criando uma diálogo cada vez mais inteligente.

Experiência personalizada automática e em escala

Agora, vamos a outro exemplo: suponha acessar um site e fazer uma compra online numa loja de roupas. Eles oferecem sistema de busca, mas, nesse caso, é preciso saber o que será pesquisado. Com um catálogo imenso de produtos, esse primeiro passo pode se tornar uma barreira para o cliente que pode desistir de comprar.

No entanto, a partir de um sistema conversacional liderado pelo AI Agent, bastam poucas informações para que o consumidor encontre o que busca, seja um item específico ou similar. Por exemplo, o usuário pode buscar algo como “aquela bolsa com alça listrada” ou até mesmo encontrar o produto fornecendo uma imagem. Se em uma loja física, um vendedor humano desempenha esse papel, no ambiente digital é a inteligência artificial quem faz ou fará isso.

É importante frisar, contudo, que não se trata de um processo “máquinas versus humanos”. Nesse caso, a automatização visa auxiliar o vendedor de “carne e osso”, que poderá se concentrar em um atendimento ainda mais certeiro e personalizado, o qual será previamente filtrado pela tecnologia. Assim sendo, o transbordo humano tende a auxiliar a experiência de compra, especialmente em contextos nos quais o vendedor tem uma alta demanda de atendimentos a realizar.

A tecnologia pode auxiliar fazendo o aquecimento e a triagem da venda, conectando mundo físico e digital, ou vice-versa, sem perder o engajamento do consumidor. O que, por sua vez, pode ampliar a conversão.

AI Agents aceleram a transformação digital

Por ser multimodal, um agente de inteligência artificial pode “conversar” de diferentes formas: fazendo uma ligação como se fosse uma pessoa, digitando em um chat, decodificando áudios enviados por quem prefere se comunicar nessa via, ou até interpretando imagens estáticas ou em movimento. Em uma perspectiva futurista, um AI Agent pode entender o contexto de uma interação por vídeo e adaptar as suas respostas. O GP- 4o da OpenAI e o Gemini 1.5 Pro do Google já apresentam essas habilidades.

Enquanto isso, as marcas precisam começar a explorar todas as vertentes possíveis, antecipando esse futuro em que um AI Agent consegue desempenhar diversas habilidades e guiar a relação do consumidor com as marcas, abrangendo toda a jornada do consumidor, desde o atendimento, dúvidas, compra, recompras e por aí vai… inclusive na mediação de diferentes formatos de pagamento.

A experiência tende a ser completa quando ela compreende todo o ciclo, desde a sugestão de compra até a assistência e venda, gerando confiança para que, no futuro, esse consumidor volte a comprar. Tudo por meio de uma experiência fluida e que seja boa para todas as partes envolvidas.

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Inteligência artificial no trabalho: estratégia ou desespero?

Por Marcelo Murilo, Co-Fundador e VP de Inovação e Tecnologia do Grupo Benner.

A inteligência artificial (IA) está no centro de uma das maiores revoluções tecnológicas da nossa era, transformando indústrias e redefinindo modelos de negócios. No entanto, é crucial perguntar: a sua estratégia de IA é um movimento desesperado para agradar o mercado ou uma abordagem estruturada, com métricas claras e foco em resultados concretos?

Nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) deixou de ser uma tecnologia emergente para se tornar uma força motriz na transformação digital das empresas. A promessa de eficiência operacional, inovação em produtos e serviços, e insights valiosos a partir de grandes volumes de dados, tem impulsionado investimentos massivos em IA em todos os setores. Estimativas recentes da International Data Corporation (IDC) projetam que os gastos globais com IA alcançarão a marca de US$ 500 bilhões até 2024, um aumento substancial em relação aos US$ 342 bilhões registrados em 2021.

Essa corrida para adotar IA é impulsionada não apenas pelo potencial de transformação, mas também pela pressão competitiva. Organizações em todo o mundo sentem a necessidade de incorporar IA para não ficarem para trás, especialmente quando competidores estão relatando ganhos significativos de eficiência e novas capacidades habilitadas pela IA. No entanto, a rapidez com que muitas empresas estão adotando essa tecnologia levanta preocupações sobre a profundidade de seu planejamento e compreensão.

O mercado global de IA tem mostrado um crescimento exponencial, com empresas relatando melhorias significativas em áreas como atendimento ao cliente, manutenção preditiva e otimização de cadeias de suprimento. Relatórios da McKinsey indicam que 57% das empresas que adotaram IA observaram um aumento na produtividade, enquanto 45% relataram melhorias substanciais na experiência do cliente.

Contudo, a adoção desenfreada de IA sem uma estratégia bem delineada pode levar a desilusões. O Hype Cycle do Gartner para IA ilustra bem essa situação, onde muitas tecnologias emergentes passam pelo “Pico de Expectativas Infladas” antes de entrar no “Vale da Desilusão”. Isso ocorre quando as limitações da tecnologia se tornam evidentes e as expectativas não são atendidas, resultando em frustração e perdas financeiras.

Além disso, a implementação de IA não é isenta de desafios técnicos e culturais. A integração de sistemas de IA com as infraestruturas de TI existentes, a falta de talentos qualificados e as questões de ética e privacidade são barreiras significativas que as empresas precisam superar. De acordo com uma pesquisa da Deloitte, 48% das empresas relataram dificuldades em integrar IA com suas operações existentes, enquanto 39% mencionaram a escassez de profissionais capacitados como um grande obstáculo.

No Brasil, a adoção de IA também está crescendo, embora com desafios específicos. Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) aponta que o mercado de IA no Brasil deverá movimentar cerca de R$ 21 bilhões até 2025. No entanto, muitas empresas brasileiras ainda lutam com a falta de infraestrutura adequada e a necessidade de qualificação profissional.

A transformação impulsionada pela IA é inegável e inevitável. No entanto, para colher os benefícios dessa tecnologia, é fundamental que as empresas adotem uma abordagem estratégica e estruturada. A promessa da IA é grande, mas para realizá-la, as organizações precisam evitar a adoção precipitada e garantir que suas iniciativas estejam alinhadas com objetivos claros e realistas.

Adoção da IA: Entre o Hype e a Realidade

A adoção da inteligência artificial (IA) nas empresas tem sido amplamente impulsionada por uma combinação de expectativas elevadas e pressões competitivas. A promessa de que a IA pode revolucionar processos, criar novos produtos e serviços, e proporcionar insights valiosos a partir de grandes volumes de dados, tem levado muitas organizações a embarcarem nessa jornada tecnológica. No entanto, é crucial distinguir entre a adoção bem-sucedida da IA e os projetos que falham por não atingirem as expectativas.

O Gartner Hype Cycle, uma ferramenta desenvolvida para mapear a maturidade, adoção e aplicação comercial de tecnologias específicas, ilustra bem o ciclo de entusiasmo exagerado seguido por desilusão. No “Pico de Expectativas Infladas”, muitas empresas adotam tecnologias emergentes como a IA com uma visão otimista, mas muitas vezes irrealista, das suas capacidades. As expectativas elevadas frequentemente resultam em frustração quando as limitações da tecnologia e a complexidade de sua implementação se tornam evidentes, levando as empresas ao “Vale da Desilusão”.

Segundo um estudo da Forrester Research, cerca de 60% dos projetos de IA falham devido à falta de alinhamento com os objetivos estratégicos da empresa. Este dado alarmante destaca a importância de uma abordagem planejada e estruturada para a adoção da IA. Empresas que investem em IA sem uma estratégia clara frequentemente enfrentam desafios significativos, incluindo a falta de infraestrutura adequada, a ausência de talentos qualificados e a dificuldade em integrar novas tecnologias com sistemas existentes.

O fenômeno do Hype Cycle também pode ser observado em diversos casos reais. Por exemplo, uma empresa global de telecomunicações investiu milhões de dólares em uma solução de IA para melhorar o atendimento ao cliente, mas enfrentou uma série de desafios técnicos e operacionais que impediram o alcance dos resultados esperados. Sem uma análise detalhada das necessidades específicas e das capacidades reais da tecnologia, o projeto resultou em frustração e perdas financeiras significativas.

No Brasil, a realidade não é diferente. Muitas empresas brasileiras adotam a IA com o objetivo de não ficarem atrás de seus concorrentes, mas sem uma preparação adequada. A pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revela que a maioria das empresas no país enfrenta dificuldades semelhantes, incluindo a falta de conhecimento técnico e a necessidade de infraestrutura robusta. Esta adoção precipitada frequentemente resulta em altos custos sem os retornos esperados.

A Deloitte aponta que apenas 25% das empresas que implementaram IA por pressão externa conseguiram alcançar os resultados desejados. Esta estatística sublinha a importância de uma abordagem estratégica e estruturada. A pressão para adotar IA sem um entendimento claro de suas capacidades e limitações pode levar a investimentos mal direcionados e expectativas irrealistas.

A verdadeira inovação com IA não vem do simples fato de seguir modismos, mas da integração cuidadosa e estratégica dessa tecnologia nos processos de negócios. Para colher os benefícios da IA, é essencial que as empresas alinhem suas iniciativas com objetivos claros e mensuráveis, garantindo que cada projeto de IA tenha um propósito definido e contribua para os objetivos estratégicos da organização.

A adoção precipitada de IA, sem um planejamento adequado, pode resultar em mais problemas do que benefícios. As empresas que desejam aproveitar ao máximo essa tecnologia devem focar em uma abordagem estruturada, evitando a armadilha do hype e garantindo que suas iniciativas estejam alinhadas com suas metas de negócios a longo prazo.

Impactos Negativos da Adoção Precipitada

A adoção precipitada de inteligência artificial (IA) pode acarretar uma série de impactos negativos, tanto financeiros quanto operacionais, que comprometem a viabilidade e a reputação das empresas. Sem uma estratégia clara e objetivos bem definidos, os projetos de IA correm o risco de se tornar investimentos dispendiosos que não entregam os resultados esperados.

Perdas Financeiras

A primeira e mais evidente consequência da adoção precipitada de IA é a perda financeira. Empresas investem milhões em tecnologias de IA, atraídas pelo potencial de transformação, mas frequentemente sem uma análise detalhada de custo-benefício. Dados da Deloitte indicam que apenas 25% das empresas que implementaram IA por pressão externa conseguiram alcançar os resultados desejados. Essa estatística sublinha a necessidade de um planejamento adequado e objetivos claros para evitar desperdício de recursos.

Danos à Reputação

Além das perdas financeiras, os projetos de IA malsucedidos podem causar danos significativos à reputação das empresas. Promessas não cumpridas e expectativas não atendidas podem levar à desconfiança dos stakeholders, incluindo clientes, investidores e parceiros de negócios. No cenário competitivo atual, a reputação é um ativo crucial que pode ser severamente comprometido por falhas tecnológicas.

Ineficiências Operacionais

A adoção de IA sem uma estratégia bem delineada pode levar a ineficiências operacionais significativas. Sistemas mal integrados e a falta de treinamento adequado para os funcionários resultam em processos fragmentados e falhas na execução. De acordo com uma pesquisa da McKinsey, 48% das empresas relataram dificuldades em integrar IA com suas operações existentes, o que pode causar interrupções nas atividades diárias e afetar a produtividade geral.

No Brasil, um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou que muitas empresas enfrentam desafios semelhantes. A falta de infraestrutura adequada e a necessidade de qualificação profissional são barreiras significativas para a implementação eficaz da IA. Sem superar essas barreiras, as empresas correm o risco de ver suas operações se tornarem mais complicadas e menos eficientes.

Questões Éticas e de Privacidade

A implementação apressada de IA também pode levantar questões éticas e de privacidade, especialmente se as políticas de governança e proteção de dados não forem adequadamente estabelecidas. A pressão para adotar IA rapidamente pode levar as empresas a negligenciarem aspectos críticos de privacidade dos dados e ética no uso de algoritmos.

Por exemplo, o uso inadequado de IA em processos de recrutamento pode resultar em discriminação algorítmica, onde os vieses existentes nos dados de treinamento são amplificados pelas decisões automatizadas. Isso não só prejudica a imagem da empresa, mas também pode levar a litígios e multas regulatórias. De acordo com o relatório da Forrester, cerca de 22% das empresas relataram enfrentar problemas legais devido à implementação inadequada de IA, destacando a importância de uma abordagem ética e responsável.

Perda de Oportunidades

Finalmente, a adoção precipitada de IA pode resultar na perda de oportunidades valiosas. Quando os projetos de IA falham, as empresas não apenas perdem o investimento inicial, mas também o tempo e os recursos que poderiam ter sido direcionados para iniciativas mais estratégicas e bem planejadas. Essa perda de oportunidades pode ser particularmente prejudicial em mercados altamente competitivos, onde a capacidade de inovar e adaptar-se rapidamente é crucial para o sucesso a longo prazo.

A adoção bem-sucedida de IA requer uma análise cuidadosa, planejamento detalhado e uma compreensão clara das capacidades e limitações da tecnologia. As empresas devem evitar a tentação de seguir tendências sem uma preparação adequada, garantindo que suas iniciativas de IA estejam alinhadas com objetivos estratégicos claros e mensuráveis.

Implementação Estruturada: O Caminho para o Sucesso

Para garantir o sucesso na adoção da inteligência artificial (IA), as empresas precisam seguir uma abordagem estruturada que envolve planejamento detalhado, definição clara de objetivos, capacitação de equipes e monitoramento contínuo. Essa abordagem ajuda a mitigar os riscos associados à implementação precipitada e maximiza os benefícios potenciais da IA.

Conhecimento e Capacitação

A base de uma implementação bem-sucedida de IA começa com o conhecimento e a capacitação dos líderes empresariais. É essencial que executivos e gerentes compreendam não apenas os conceitos básicos de IA, como aprendizado de máquina e processamento de linguagem natural, mas também as suas capacidades e limitações. Investir em educação contínua e treinamento é crucial para assegurar que todos os envolvidos tenham um entendimento sólido da tecnologia.

Por exemplo, a McKinsey recomenda programas de capacitação que incluam workshops, cursos online e colaborações com universidades e institutos de pesquisa. Empresas que investem em capacitação tendem a ter uma implementação mais suave e eficiente de IA, pois suas equipes estão melhor preparadas para enfrentar os desafios técnicos e operacionais que surgem.

Definição de Objetivos Claros e Mensuráveis

Antes de iniciar qualquer projeto de IA, é fundamental estabelecer objetivos específicos e mensuráveis. As empresas devem se perguntar: quais problemas a IA resolverá? Quais são os resultados esperados? Esses objetivos devem estar alinhados com a estratégia geral da empresa e devem ser revisados regularmente para garantir que a implementação está no caminho certo.

A abordagem da Boston Consulting Group (BCG) enfatiza a importância de definir métricas claras de sucesso desde o início. Isso inclui indicadores de desempenho chave (KPIs) que possam monitorar o progresso e o impacto das iniciativas de IA. Por exemplo, uma empresa de logística pode definir como objetivo a redução do tempo de entrega em 20% através da otimização de rotas com IA utilizando KPIs específicos para medir essa melhoria.

Criação de Políticas e Governança de IA

Desenvolver políticas claras sobre o uso de IA é essencial para garantir a ética e a responsabilidade. Isso inclui a proteção de dados, a transparência no uso de algoritmos e a garantia de que a IA está sendo utilizada de maneira que respeite a privacidade e os direitos dos indivíduos.

Diretrizes de governança robustas, como as sugeridas pelo IEEE, ajudam a estabelecer um quadro ético para a implementação de IA. Essas diretrizes incluem práticas recomendadas para a coleta e uso de dados, a necessidade de auditorias regulares e a importância de manter a transparência com stakeholders. Empresas que adotam uma governança forte estão melhor posicionadas para evitar problemas legais e éticos, além de fortalecer a confiança dos clientes e investidores.

Integração com Sistemas Existentes

A integração de sistemas de IA com as infraestruturas de TI existentes é um dos maiores desafios para muitas empresas. É crucial planejar essa integração cuidadosamente para evitar interrupções nas operações e garantir que a nova tecnologia possa operar de forma eficiente com os sistemas já em uso.

Estudos de caso mostram que empresas que investem em soluções de integração robustas, como middleware e plataformas de gerenciamento de dados, conseguem uma implementação mais suave. Por exemplo, uma grande empresa de manufatura conseguiu integrar sua solução de IA para manutenção preditiva com seu sistema de gerenciamento de ativos, resultando em uma redução significativa de falhas de equipamentos e aumento da eficiência operacional.

Monitoramento e Avaliação Contínua

A implementação de IA não é um evento único, mas um processo contínuo que requer monitoramento e avaliação constantes. Empresas devem estabelecer métricas e indicadores de desempenho para acompanhar o progresso e o impacto das iniciativas de IA. Esses indicadores podem incluir a eficiência operacional, a satisfação do cliente e o impacto no ambiente de trabalho.

Empresas bem-sucedidas utilizam dados de mercado e avaliações internas para ajustar suas estratégias de IA conforme necessário. Isso envolve a análise regular dos KPIs e a disposição para fazer mudanças quando os resultados não estão de acordo com as expectativas. A Deloitte sugere que as empresas realizem revisões trimestrais para garantir que suas iniciativas de IA estejam no caminho certo e para identificar áreas de melhoria.

Por fim…

A verdadeira inovação com inteligência artificial (IA) não vem da adoção precipitada ou do seguimento de modismos, mas da integração cuidadosa e estratégica dessa tecnologia nos processos de negócios. Empresas que desejam aproveitar ao máximo os benefícios da IA precisam abordar sua implementação com um planejamento detalhado, capacitação contínua, governança robusta e um foco constante na ética e na transparência.

Os desafios e as armadilhas da adoção precipitada de IA são claros. Sem uma estratégia bem delineada, as organizações correm o risco de desperdício financeiro, danos à reputação, ineficiências operacionais e até problemas legais. Estudos de caso, tanto de sucesso quanto de fracasso, destacam a importância de alinhar as expectativas com as capacidades reais da tecnologia, garantir a qualidade dos dados e promover uma cultura de inovação e adaptação contínua.

No Brasil, as oportunidades para a implementação bem-sucedida de IA são vastas, especialmente em setores como agronegócio, saúde e finanças. No entanto, as empresas devem estar preparadas para enfrentar desafios específicos, como a infraestrutura tecnológica inadequada, a escassez de profissionais qualificados e a resistência à mudança. Investir em capacitação, melhorar a infraestrutura e desenvolver estratégias de gestão de mudança são passos cruciais para superar esses obstáculos.

Para garantir que a IA seja utilizada de maneira ética e responsável, é fundamental que as empresas estabeleçam políticas claras de governança e proteção de dados, implementem auditorias regulares e promovam a transparência e a explicabilidade dos algoritmos. A responsabilidade e a accountability devem ser claramente definidas para evitar problemas legais e éticos, e o feedback dos usuários deve ser continuamente incorporado para melhorar as soluções de IA.

Finalmente, a colaboração entre empresas, governos e instituições acadêmicas pode acelerar a adoção de IA e promover a inovação. Parcerias público-privadas, incentivos fiscais e a criação de ecossistemas de inovação são estratégias que podem ajudar a superar os desafios e criar um ambiente propício para o crescimento sustentável da IA.

Ao seguir essas recomendações e adotar uma abordagem estruturada e estratégica, as empresas estarão mais bem posicionadas para colher os frutos da IA, transformando suas operações, melhorando a satisfação dos clientes e ganhando uma vantagem competitiva sustentável no mercado.

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Quais são os erros mais comuns no uso da Inteligência Artificial?

Por Rafael Rez, Fundador e CMO da Web Estratégica.

A GenAI é uma ótima opção para nos ajudar em questões cotidianas, principalmente em nossos negócios. Porém, precisamos ter cautela e parar essa reprodutibilidade desenfreada.

A revolução digital impulsionada pela inteligência artificial promete transformar setores, otimizar processos e agilizar tarefas. Particularmente, tenho acompanhado de perto a adoção e o uso dessa tecnologia, mas, à medida que avançamos nesta jornada de IA, é essencial reconhecer e aprender com os erros que acompanham esse avanço tecnológico.

Um dos erros mais comuns que observo é a falta de compreensão sobre as capacidades, mas principalmente as limitações da inteligência artificial. Muitos gestores e profissionais de marketing se empolgam com a promessa de automação e eficiência proporcionada pela IA, sem considerar os contextos específicos em que ela pode ou não ser aplicada com sucesso. Isso leva a expectativas irreais e, consequentemente, a projetos mal planejados, mal executados e resultados decepcionantes.

Dados em massa

Outro equívoco comum é subestimar a importância do treinamento e da qualidade dos dados. As ferramentas de IA dependem fortemente de conjuntos de dados de alta qualidade para funcionar de maneira eficaz. Ignorar esse aspecto pode resultar em decisões inadequadas, o que não só compromete os resultados esperados, mas também pode causar danos à reputação da marca.

Aqui, também podemos citar o uso de prompts mal pensados, que acabam gerando respostas sem resultados positivos e, na maioria das vezes, frases prolixas. Por mais que a IA seja mais rápida que um ser humano no levantamento de novas ideias, no qualitativo, o ser humano é indispensável.

Sempre revisar o que foi feito, por um ser humano especialista e experiente no assunto

Muitas empresas cometem o erro de não envolver especialistas humanos na implementação e uso de sistemas baseados em IA. A tecnologia, por mais avançada que seja, ainda requer a supervisão e o conhecimento humano para interpretar os resultados e garantir que nenhuma citação esteja errada. Para mim, este é o maior erro no uso de IA: não se atentar à revisão.

Verificar a qualidade do produto final é essencial, pois não podemos esperar que a tecnologia tenha noção se o conteúdo no qual ela está se referenciando tem algum viés ou que ela crie algo sem precedentes. Por conta de seu grande banco de dados, as informações que a tecnologia fornece são cruzadas e acabam sendo criadas sem que realmente possam ser comprovadas. Para essa comprovação, é preciso da checagem e validação das informações, o que somente o ser humano pode fazer.

Além disso, é importante também uma revisão simples, mas muito necessária, do texto, eliminando rebuscamentos, repetições e outros problemas de linguagem que frequentemente a IA acaba trazendo nos textos.

Vieses mascarados

Um erro que tem implicações profundas para o funcionamento a longo prazo das soluções de IA é a negligência em não considerar suas consequências éticas. Desde questões de privacidade até preocupações com viés algorítmico, é fundamental que as empresas incorporem uma abordagem ética em todas as fases de uso de soluções baseadas em IA.

Como a IA não possui discernimento sobre o que ela realmente está escrevendo, a ferramenta acaba, muitas vezes, por tomar um viés político ou social, com base em seus milhares de dados, sem saber que aquilo é um viés. Isso, na maioria das vezes, acaba fazendo com que os conteúdos fiquem presos às mesmas ideias e aos mesmos vícios de linguagem.

Usar a ferramenta como substituto do humano

Em todos esses pontos, o erro mais comum e mais grave é acreditar que a ferramenta substitui o elemento humano. Ela agrega uma agilidade impressionante e pode acelerar muitos os processos, mas o centro de uma estratégia é o elemento humano, que vai direcionar a ferramenta para obter esses bons resultados, e precisa ser um especialista para fazer isso com sucesso.

Costumo dizer que um conteúdo deve cumprir uma função: oferecer um ponto de vista, uma opinião ou um direcionamento. Esse tipo de valor precisa ser agregado por um ser humano, que traga originalidade ao material base gerado pela IA.

Quando aplicada estrategicamente, a inteligência artificial oferece um potencial enorme para impulsionar o crescimento e a inovação de empresas. No entanto, devemos abordá-la com cuidado, entendendo seus desafios, para que seus principais benefícios possam ser absorvidos com sucesso.

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“Você não deve usar I.A. para problemas antigos”, destaca professor de Columbia e Expert SU Global

Mesmo parecendo algo extremamente contraintuitivo, Hod Lipson, Professor de Robótica da Universidade de Columbia, iniciou o terceiro dia do Executive Program, em parceria com o Sest Senat, derrubando algums mitos que o hype em inteligência artificial propõe sobre seus usos.

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A principal corrida que se estabeleceu neste ano foi a tentativa de uso de uma inteligência artificial em nossos processos cotidianos. Por conta das falas, muitos acharam que já era hora de utilizar esta ferramenta e introduzi-la, mas não é assim que funciona.

O crescimento exponencial desta tecnologia é extremamente acelerado. Este movimento não vai mudar e, em um futuro não distante, cada vez mais entenderemos que ela fará parte das nossas experiências, escolhas, estratégias e diretrizes de comportamento.

Por isso, não necessariamente precisamos colocá-las em nossos processos. Na verdade, precisamos entender, segundo Hod Lipson, que a principal função dela é resolver novos problemas e ajudar em soluções que ainda serão necessárias.

O olhar para o futuro

Para Hod Lipson, existem três tipos de tecnologias que as inteligências artificiais estão proporcionando uma realização mais rápida.

Além das questões de tomada de decisão e até simulação de alguns panoramas, essa tecnologia exponencial, aplicada à robótica, tem se mostrado extremamente eficiente na produção de atividades paralelas, fotônicas e quântica.

A I.A. já participa destas construções em processo que podem ser feitos mimetizados ou até para ajudar os já existentes. Ao mesmo tempo, as tecnologias que utilizam de luz para alguns processos de execução (como em lasers) e até para rever sua própria atividade, com a computação quântica e ir além do machine learning (data-driven) tão utilizado hoje.

Os dados hoje são principais matérias-primas e fontes de riqueza para as empresas. Quanto mais o tempo passa, cada vez mais há uma construção de ambientes para a leitura das plataformas e que permitam uma nova leitura dataficada do mundo.

Porém, o futuro é algo além disso e a tentativa, tal como Alexandre Nascimento mostrou no dia anterior, é até anteriorizar este processo e sugestionar o que pode ser necessário para cada um.

Portanto, neste momento histórico, a nossa tentativa é compreender de que maneira estaremos dentro deste movimento de inovação e de que jeito pode ser benéfico para nossos próximos passos. Por isso, reconhecer e ter diagnósticos sobre os problemas que já existem são importantes, para entendermos como a I.A. pode servir como algo muito maior do que apenas uma solução pontual.

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“Não adianta investir em segurança se a sua tecnologia está obsoleta”, destaca staff engineer global do Google

A digitalização é presente em nossa vida e será, cada vez mais, algo extremamente participativo da nossa experiência como indivíduos.

Quem não compreender isso, ficará de fora do jogo global. As inovações com inteligência artificial, principalmente, tratarão de participar de todas as formas de empoderamento das empresas: desde as tomadas de decisão, cuidado, dados e informações.

O nível operacional, tático e estratégico passará por uma leitura de dados, por isso, cada vez mais, é necessário que também possamos nos proteger dessa nova fronteira que está se estabelecendo.

A palestra de Marcelo Pinheiro, staff engineer do Google, trouxe essa concepção para lidarmos com o que o futuro nos apresentará. Para acalmar corações, a primeira estratégia é compreender e reconhecer as vulnerabilidades que existem em nossos negócios.

Cibersegurança é lidar com prevenção e, em algumas oportunidades, perdas. O risco é algo que sempre teremos e nossas ações antecipadas serão direcionadores se haverá algum incidente ou não.

Mais do que isso: a diretriz do negócio que vai decidir o que acontece. Proteção não é algo da área de tecnologia e muito menos algo passageiro. É preciso conhecer desde o conselho e dos meandros de governança administrativa, a fim de que as principais proteções sejam acionadas, colocadas e escolhidas.

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Quem está nos mirando?

Essa pergunta foi respondida com facilidade por Marcelo Pinheiro. Constantemente e em quase todos os instantes de nossa vida, as proteções de informação sofrem ataques. Como o especialista brincou: “É uma série de auditorias”.

Os criminosos são parte destas ações, mas, hoje em dia, os ativistas, ataques entre nações, conflitos de interesses e até motivações individuais estão neste front de batalha. E isso não acontece de maneira distinta.

Todos os setores de transporte são afetados. O marítimo tem uma proteção diferente por conta de sua geolocalização em alguns momentos, mas também está tão suscetível quanto as outras.

Afinal, na cadeia mais frágil de acesso está o humano. Phishing e e-mails ainda são majoritariamente os caminhos de ataques (94%). As táticas rápidas são mudadas, fornecidas e até facilmente mudadas enquanto está sendo acessado.

Por isso, Marcelo dá dicas para a construção de uma criação permanente de Conselho sobre Cibersegurança no Setor do Transporte. Afinal, a reunião de dados e cuidado são questões similares nesta área, mas exige uma complexidade de entendimento dos aparatos de trabalho existente – Principalmente pelo modo como os trabalhadores se comportam.

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Expert da SU Brazil marca presença no lançamento de hub de Inteligência Artificial no Learning Village

Com a presença de Alexandre Nascimento, expert da SingularityU Brazil, a CI&T e Learning Village se uniram para criar o hub de Inteligência Artificial nesta quinta-feira (28/09).

A proposta é atrair e convidar cada vez mais negócios para se estruturar com este tipo de tecnologia exponencial. Porém, como podemos entender que uma IA pode ser utilizada em negócios?

Foi essa a tarefa do faculty da SingularityU Global. É necessário entender que a I.A. é extremamente ampla e está além do que é mostrado hoje para nós. A Gartner e outras consultorias que procuram estudar futuro atentam-se aos modelos regenerativos, mas Alexandre Nascimento já destaca: “Isso é apenas uma página, mas não resolve todo nosso problema. Precisamos olhar outras coisas.”

Além da palestra de Alexandre Nascimento, houve uma dinâmica para entender os temas que gostariam de ser tratados neste hub
Além da palestra de Alexandre Nascimento, houve uma dinâmica para entender os temas que gostariam de ser tratados neste hub

Ficou interessado? Entre em contato conosco aqui.

É necessário transformar a cadeia de produção de uma maneira inteligente. Há vários níveis de impacto e isso pode ser visto em gestão de empresa, modelos de negócio, produtos físicos e digitais. A inteligência artificial fará com que os produtos sejam tratados de maneira personalizada e não mais como padrão e média.

A provocação deste hub é ir além dos produtos que são criados: como pensaremos nossos negócios a partir disso? Qual o nosso comportamento e pensamento sobre este ponto? Qual o limite da nossa rigidez para conseguir fazer isso? Como prepararmos a isso?

A I.A. consegue, por exemplo, construir um futuro possível. Não será algo concreto, mas é um simulacro e uma imagem que possa nos mostrar passos que podemos lidar e até riscos que podemos tomar. Não se trata de usar sem parâmetro e sim utilizar isso como uma estratégia de compreender qual diretriz pode ser tomada.

No evento, Alexandre Nascimento destacou diversas vezes o quanto isso não é para assuntar. Se trata de entender que as questões estão sendo mostradas e construídas por aqueles que estão jogando este jogo e obtendo sucesso. Por isso, o hub se torna cada vez mais importante.

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“Foi no EP que me diziam: ‘”seu negócio precisa dar certo para nossa sociedade se desenvolver'”

Ademir Piccoli é referência em inovação, futuro e direito. Por conta de sua atuação em todas as regiões do nosso país, quando falamos de tecnologia e processos jurídicos, raramente a J.Ex não é mencionada. Inclusive, seus eventos são extremamente importantes para circulação de perspectivas de melhora na justiça brasileira.

Ao lado da SingularityU Brazil, seu propósito empreendedor de trazer inovações e expertises em tecnologia cresceu exponencialmente e hoje impacta praticamente todas as regiões do país no campo da justiça.

Em entrevista para o especial 10 edições de EP, o mais interessante da conversa é que o caminho parecia ser desenhado, mas é ‘fácil ser engenheiro de obra pronta’.

Por isso, o papo interessante foi mostrando os caminhos que Piccoli foi tomando até chegar em um momento em que viu o quanto a demanda era grande. Isso aconteceu no 1º Executive Program da SingularityU Brazil, em 2020.

Este papo você confere, na íntegra, abaixo!

Por conta do xTech Legal, Piccoli esteve em diversas imersões do Executive Program e está sempre procurando mais desenvolvimento, atualização e inovação para a justiça brasileira.

SingularityU Brazil: Piccoli, por favor, se apresente para todos.

Ademir Piccoli: Sou Ademir Piccoli, idealizador e CEO do J.Ex, que é uma empresa que atua no mercado jurídico, no segmento de justiça, com educação, consultoria, conteúdo e eventos.

O Ademir, mais conhecido como Piccoli, é uma pessoa inquieta, ansiosa, agitada e que gosta de experimentar coisas novas. Ao mesmo tempo que gosta de se conectar com o futuro. Gosto de dar o nome de “investigador do futuro”, porque estou sempre prospectando e entendendo onde a gente pode aplicar novas tecnologias e aproveitar este momento de transformação para avançarmos.

Penso nisso tudo para aproveitarmos tudo isso que está se desenvolvendo e aproveitarmos como pessoa, consultoria e empresa. Tudo isso de acordo com o conceito que o Peter Diamandis, da Singularity, tem sobre escassez e abundância, proporcionadas pelas tecnologias exponenciais.

SU Brazil: E como a J.Ex surgiu?

Piccoli: Eu sou advogado de formação, só que eu tive uma experiência muito interessante no setor público, quando fui convidado para gerir a maior empresa de processamento de dados de tecnologia da informação, chamada PROSERGS. Passei 08 anos na administração e presidência. Passei a gostar de tecnologia.

Então, se entendermos o desenho, eu era do campo do direito, passei a estar conectado com tecnologia até o fim da minha jornada na empresa. Depois fui para o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul assessorar a presidência neste ponto de encontro: direito, tecnologia e inovação.

A partir daí eu resolvi trilhar este caminho, de forma privada. Eu saí do setor público em 2014 e comecei minha jornada na J.Ex, que está completando 10 anos de empreendedorismo nesta área de direito, tecnologia e inovação.

SU Brazil: E como você chegou até a SingularityU Brazil?
Piccoli:
Na verdade, foram nestas pesquisas e experiências com tecnologia e inovação, que eu descobri através de palestras de outros lugares e até procurando online. Eu cheguei até a SingularityU, fui falar com pessoas que já tinham contato com ela e ido para um Executive Program.

É um grande investimento, então eu estava ali naquele momento de preparo para até a imersão, internacional. Foi nesse momento em que chegou a notícia que teria uma SingularityU aqui no Brasil e que também teria um curso de imersão. De repente anunciaram o Executive Program em 2020.

Era quase no ‘quintal da minha casa’. Eu sou gaúcho. Aconteceu lá na serra de Bento Gonçalves, perto de onde eu morava. Obviamente eu tive que participar.

O Executive Program é uma imersão de 3 dias e meio, nas tecnologias exponenciais que estão moldando o futuro dos negócios. O principal programa da SingularityU Brazil ocorrerá entre os dias 24 a 28 de setembro, no Hotel Almenat Embu das Artes – SP. Garanta sua participação na última turma do ano clicando aqui

SU Brazil: Foi neste momento que a J.Ex uniu forças com a SingularityU Brazil e criaram o xTech Legal?

Piccoli: Sim! A partir daquela imersão, o xTech Legal foi criado.

E foi interessante, porque quando eu fiz o pitch, falando do meu negócio, me chamou muita atenção que várias empresas, com seus diretores e fundadores, vieram falar comigo e diziam: “Preciso que seu negócio dê certo, porque isso é bom para mim.”

Afinal, nosso trabalho impacta em toda a justiça brasileira. Nosso trabalho é reduzir o tempo de fluxo de um processo judicial. Se trata de diminuir o tempo que uma sentença possa acontecer. Se trata de melhorar a expectativa de justiça do cidadão brasileiro.

Então, quando isso acontece, reduz o custo para as empresas e do próprio país, porque melhora também a visão do setor público, como algo que funciona direito. Então temos observado a grande evolução que acontece a partir do nosso trabalho. Vemos os resultados, as pessoas retornam com isso e até agradecem.

A economia gerada em estados diferentes, segmentos diferentes, setores distintos vão se conectando e aproveitando o investimento e ação que o outro está fazendo, principalmente neste tipo de letramento que o xTech Legal oferece.

Quando eu falei isso, em 2020, no 1º Executive Program da SingularityU Brazil, vários executivos me diziam: “Precisa dar certo. Você sabe disso, né? Porque precisamos nos desenvolver como sociedade. Isso vai resolver muitos problemas”.

Então ali a ficha caiu e me deu mais energia para avançar um pouco mais. Quando tive aquela experiência, aqueles conteúdos de alto nível, com grandes professores, que trazem visão em inteligência artificial, blockchain, big data analytics e tudo mais, mostra o potencial de transformação.

Então eu entendi que aquelas tecnologias exponencias poderiam se construir em uma versão para a área do direito. De imediato eu comecei a tratar esta ideia com a SingularityU Brazil e criarmos uma versão jurídica.

A ideia prosperou e, no final de 2021, um pouco depois da pandemia, fizemos a 1ª turma. Hoje (agosto de 2023) fizemos a 6ª turma. É um sucesso absoluto: temos mais de 300 alunos formados no assunto de justiça pela SingularityU Brazil. Os líderes de alto nível da justiça no Brasil são impactados pela SU Brazil, uma forma não imaginada.

SU Brazil: Você tinha ideia de que seria tanto sucesso?
Piccoli:
Sinceramente não.

A ideia é que fosse uma turma por ano, mas estamos na sexta turma em 2 anos. Já há uma comunidade muito grande. A comunidade do xTech Legal é grande e está impactando o Brasil inteiro, em diferentes estados.

É um programa que formou líderes que tiveram este letramento que a SingularityU e a J.Ex criou e estão levando para seus colaboradores. As instituições estão sendo afetadas por tudo isso que criamos, com uma visão arrojada, do pensamento exponencial, mudança de mindset, necessidade de inovação e desenvolvimento como sociedade, a partir da tecnologia.

SU Brazil: Você fez mais algum EP?
Piccoli:
Eu participei em outras edições, até como parceiro, para entender a evolução.

Em abril de 2023 eu participei novamente, para me atualizar, estar neste networking e também enxergar como melhorar o meu negócio.

É importante até para ver as visões que estão sendo criadas e alimentar o xTech Legal. Os assuntos são próximos e os conteúdos riquíssimos, então faz parte do DNA da SingularityU Brazil mostrar futuros, tecnologias novas, discussões atuais. Uma imersão é assim.

Chegamos até convidar convidados para o xTech Legal e para o J.Ex, entende? Vários eventos que produzimos são pessoas que estiveram no EP e nos encantaram. Isso é ótimo. Alimenta a mim e o nosso projeto. Afinal, o valor pode ser agregado e construído junto, né?

Um exemplo foi a Gláucia Guarcello, que não está no xTech Legal, mas é professora do EP e palestrou sobre o contexto de inovação em um evento do J.Ex. A Wilma Bolsoni, da Flow School, também partipou. Trouxemos o exercício da respiração em alguns eventos. Isso é importante.

Sempre estamos próximos para nos alimentarmos com mais novidades, entender novas possibilidades e outros agentes que podem nos ajudar, né? E as startups disruptivas também. Sempre é importante!

SU Brazil: O que você diria para quem quer fazer o EP?

Piccoli: Mergulha e vai para cima, porque o resultado é incrível e é uma experiência que todos deveriam ter.

Todos deveriam ter oportunidades para mudar a maneira de ver, entender e fazer as coisas. Se não, seremos robôs e repetiremos os mesmos padrões. Se a gente sai e vai para uma imersão de 3-4 dias, você sai diferente.

E o mais importante de tudo: precisa aplicar o que a gente aprende, senão a gente perde.  

SU Brazil: E agora o que você diria para o Piccoli de 2020, próximo ao EP 1?

Piccoli: Parabéns por ter feito! O resultado foi muito maior do que imaginávamos, principalmente no impacto que continua sendo gerado.

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Blog Empreendedorismo Liderança

“É um erro dizer que dados apenas objetificam os colaboradores”, aponta vice-presidente da Falconi

É impossível dar conta das grandiosidades da empresa, diferentes complexidades exigidas entre o mundo físico e digital, sem dados para analisar a melhor tomada de decisão.

Diferente do que era antes, as empresas, muitas vezes, estão com diversos setores, áreas que se desmembraram em outros grupos, novos prédios e até variações dos prédios existentes.

Fernando Ladeira, que é vice-presidente da Falconi, destacou essa percepção para deixar clara a necessidade de People analytics, como forma de inteligência para que você consiga entender as necessidades dos colaboradores presentes.

Em seu painel no Sest Senat Summit, o vice-presidente da Falconi destacou quanto o algoritmo, inserido na inteligência artificial que maneja estes dados, consegue produzir uma alternativa para dar conta das rotinas existentes.

Com este tipo de manejo para a gestão de pessoas, foi possível compreender algumas previsibilidades, antecipar tomadas de decisões, enxergar questões problemáticas e, ao mesmo tempo, conseguir lidar com a economia dos recursos existentes.

Fernando destaca o quanto este trabalho ainda consegue compreender quem não está pronto para alguma função. Seja pela repetição do erro ou pelo que é perceptível, há uma questão que é sinalizada por este tipo de análise e que pode ser cuidada.

Quando não há essa informação e se perde em uma gama de pessoas e hierarquias, a situação extremamente frágil e as decisões são baseadas em padrões antigos, que talvez já não façam sentido.

“Percebam como é possível que as soluções se tornem customizáveis e personalizáveis. Eu posso lidar com todos os colaboradores da minha empresa e enxergar onde estão os entraves. Administrar recursos é algo extremamente necessário e só é possível com mapeamentos estratégicos.  A economia de recursos tem mostrado uma compreensão e é possível um crescimento, mas ainda tratam isso como tabu e precisa constantemente ser rebatido.”

A melhor forma do RH ser estratégico é se conectar com as dores reais do negócio e entender o que realmente está ocorrendo na empresa, de forma individual também. Por isso, é necessário construir um sistema, com diversidades e outras inteligências, para que consigam trabalhar com o montante de dados e consiga criar insights para isso.

Fernando Ladeira, Vice-presidente da Falconi, deixou clara a necessidade dos usos de dado na área de RH, em seu painel no Sest Summit Senat 2023

O papel do RH hoje

O vice-presidente da Falconi destaca que há uma a complexa função e desejo das empresas nesta área. Em suma, conseguiu identificar que esperam que este setor consiga: acelerar; conseguir desenvolver e enxergar a capacidade de talento; coletar informações; e permitir que o talento tenha seu espaço.

Mas, em sua fala, Fernando destaca que, hoje, só consegue tudo isso graças aos dados.

Com o rastreio, é possível um mapeamento, criação de insights e entendimento sobre a realidade da organização, inclusive nos processos de diretriz e governança da empresa.

Além disso, em seu painel, deixou claro como é necessário expandir esta ideia de gestão de pessoas para todas as áreas da organização. É necessário compreender que o RH hoje precisa de outras inteligências, como a necessidade de um cientista de dados para curar a situação de acordo com os regimentos e diretrizes das questões necessárias de cada área.

Ter uma área que se situe alienada não funciona mais: precisa participar e estar atenta em todos os meandros da organização, com uma integração dos dados trabalhados para que se alinhem em conversas necessárias no exercício de seu trabalho nas empresas.

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Blog Tecnologia

“Estamos em outro momento e precisamos alinhar os dados às nossas decisões “, aponta professor de Stanford

A convergência tecnológica está mudando o mundo. Graças à digitalização, diferentes tecnologias criaram um emaranhado digital, no qual, em seu substrato, há registros de dados utilizados em todos os meandros dos acontecimento da nossa realidade.

Essa é uma questão que envolve diretamente o big data, que, por definição, se trata de “um modo de compreender que há um alto volume de dados distribuídos nas realizações digitais, que precisam de elaboração para serem transformadas em informação”, de acordo com Leandro Matos, expert da SingularityU Brazil, em sua fala no Sest Senat Summit.

Com este acúmulo, é possível gerir um processo denominado dataficação: utilizar os dados e fazer deles uma inteligência, na tentativa de análise ou até de captação de recursos. Reconhecer este tipo de realização é perceber que há uma riqueza de produtos que podem se transformar, em benefício de uma empresa ou de um propósito.

Por exemplo, as cidades já estão atuando desta maneira. Os dados registrados a partir de fotos de radares, câmeras de segurança e marcações em redes sociais, recuperados dos aplicativos, são compilados em tempo real, por inteligências artificiais, que ainda produzem leituras para tomada de decisões.

Utilização de centralização dos dados por algumas gerências e países também estão se tornando comuns. No caso, Leandro Matos mostrou uma cooperação relacionada ao país Singapura, onde utiliza a centralização dos dados para navegação dos automóveis. Isso atua também na questão de segurança, preços dinâmicos de pedágio e até a preocupação com os locais que ambos estão se movimentando.

Leandro Matos participou do Sest Senat Summit no painel “Big data aplicado à tomada de decisão no transporte”

Hoje uma das questões complicadas é o armazenamento. Há 90% dos dados mundiais que não são utilizados. É preciso dar volume, sentido e usos à eles. Porém, a maior questão, é que não há manejo pelos próprios donos destes princípios de informações.

O uso de serviços digitais compete já uma dataficação, porém, o que poucos sabem, é que estes dados vão apenas para as empresas que são donas destes serviços. Por isso, Ram Rajagopal, professor de Stanford, e Leandro Matos destacam a importância da diretriz que alia big data nos processos produtivos do trabalho no transporte.

Oportunidades para o uso de big data no Brasil

No Sest Senat, o professor Ram destacou a importância de compreender o momento de acumulação de dados. Afinal, é possível tratá-los, fazer essa gestão de análise, entender que partes precisam de uma atenção maior e otimização pela empresa. Possivelmente até uma automação, de acordo com a infraestrutura.

O especialista destaca que isso já é um acontecimento e não há volta. É necessário se aliar às questões de dataficação. Quando falamos do transporte, ter essa análise de dados é ir além dos processos intuitivos de decisão e de conhecimento empírico histórico.

Os dados são importantes para uma leitura diferente do que já existe e de uma descentralização das tomadas de decisão. Há particularidades que precisem da experiência, mas há também questões que só são mapeadas de acordo com uma captação de grandes cenários, que apenas um grande volume de dados (big data) tratados garante.

Gerenciamento e otimização é uma questão de necessidade e, se estamos perdendo estes dados, pois não estão ao alcance da empresa ou não são possíveis de ser lidos, há uma falha de clareza e perspectivas do próprio negócio.

Professor Ram Rajagopal esteve presente no Sest Senat Summit e deu uma aula sobre “Tecnologias de infraestrutura: desafios e soluções para mobilidade inteligente em áreas urbanas”

Outro ponto é usar os dados para análises de questões que até hoje eram impensáveis, como o futuro. Existe uma estratégia de uso planejamento e previsibilidade de processos, que pode se define como Gêmeos Digitais.

Em sua definição, este programa digital pode mapear os modelos de operação e que toma decisões de planejamento e suporte. Dependendo dos dados que possui e com a captação constante, pode gerir e fazer simulações sobre cadeia de suprimentos, construções, simulações de caminhos e atualizações de planejamento.

Uma questão extremamente interessante é que o mundo caminha para uma digitalização de toda a experiência. O 6G está chegando com otimismo no mercado, com extremo alcance, conexão e oportunidade de constituir uma malha digital em quase todos os principais locais do mundo, diferente do 5G, há uma questão de eficiência e que retira as dificuldades digitais de conexão.

Com esta infraestrutura, cada vez mais dados serão criados e novas leituras podem ser proporcionadas, em diferentes dimensões, já que estamos digitalizando até questões corpóreas. Com este tipo de tecnologia, precisaremos estar atrelados às diretrizes de big data para dar conta destas oportunidades.

Por fim, algo que foi trazido pelo professor Ram Rajagopal, é a construção de centros de distribuição inteligentes, de forma co-criada por outros players. Hoje, no Brasil, segundo o especialista, há uma dificuldade em lidar com os dados por conta da transparência.

Há um medo sobre o que farão com esses dados e há uma preocupação que impede a integração dos dados necessários. Mas, o que não compreendem segundo ele, é que “dado não tem valor algum, apenas os insights e é necessário misturá-los com as inteligências dentro da empresa e sociedade”.

Por isso, construir, de forma conjunta, áreas de abastecimento (de energia e produtos) conjuntas, conectadas com os dados distribuídos entre players. Existe um processamento e gerenciamento que pode ser benéfico, principalmente em lidar com menor impacto ao meio ambiente, controle e otimização do tempo de cada um dos transportadores.

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“Minha vida se divide entre antes e depois do Executive Program”

O Executive Program da Singularity Brazil chega a sua 10ª edição em setembro. Foram mais de 500 líderes em todas estas edições, mais de 480 horas de pura imersão e uma incontável mudança na vida individual de cada uma das pessoas que participaram do programa.

Vários CEOs, Diretores, Conselheiros, Fundadores e diferentes executivos estiveram presentes, aproveitando todo o conhecimento que os especialistas da Singularity University proporcionaram, além de produzir mais conhecimento sobre si, sobre nosso contexto atual e sobre as mais novas tecnologias exponenciais utilizadas no universo do empreendedorismo atual.

Por isso, preparamos um especial de 10 edições de Executive Program SingularityU Brazil, trazendo 10 histórias de pessoas que aproveitaram (como ninguém) tudo que este curso proporciona.

A primeira convidada a nos alimentar com sua história foi Renata Brasil, que foi Superintendente de Marketing no Banco Itaú, até abril de 2023, quando o Executive Program da Singularity Brazil transformou, em suas palavras, sua “mente, corpo e me inspirou a seguir nesta nova etapa da minha vida”.

Renata teve diversas passagens na diretoria de grandes bancos, como Bradesco, BNP Paribas, grandes empresas como Rede Globo e Agência África de publicidade. Dedicou integralmente seu tempo às diversas formações internacionais sobre marketing e conta que foi uma decisão difícil ter esta transição de carreira, se tornando mentora de pessoas e empresas.

Além disso, no bate-papo, a Consultora de Marketing conta que Carla Tieppo foi sua grande inspiradora neste processo e o Executive Program da Singularity Brazil ajudou a transformar toda sua angústia em pulsões criativas, direcionando seus esforços em estudos cognitivos, psicanálise e aliando todo seu conhecimento com a experiência que tem no seu trabalho.

Outro ponto interessante desta conversa foi a sua percepção e parecer analítico sobre o choque de gerações que está acontecendo. Você confere esse bate-papo e tudo que Renata Brasil nos contou na entrevista abaixo.

Renata Brasil participou do 8º EP, que aconteceu em abril de 2023.

SingularityU Brazil: Por favor, se apresente às pessoas, Renata.

Renata Brasil: Bem, meu nome é Renata Brasil, ou pelo menos é assim que sou conhecida no mercado desde o começo da carreira. Sempre trabalhei com Marketing e tenho formação internacional nesta área. Passei por vários setores, como bem de consumo, varejo, telecomunicações, internet e mercado financeiro nas minhas últimas experiências. Em abril de 2023, Renata saiu do Itaú e abriu sua consultoria.

Estou estudando muito e fazendo alguns projetos para me tornar uma consultora de empresas e de pessoas. Antes disso, eu já fazia muita mentoria, mas agora estou estudando para entrar mais afinco nestes pontos de.

Isso tudo ocorreu graças à Carla Tieppo, que foi minha grande inspiradora. Eu estou em um momento muito rico da minha vida, pessoalmente e profissionalmente. Tudo o que eu tinha uma certa angústia, no Executive Program da Singularity Brazil eu encontrei espaço para desenvolver, entender e colho os frutos neste momento.

SU: Então… a “culpa” é da Carla Tieppo?

Renata Brasil: Super! Quando fui na 8ª edição do Executive Program (EP) foi um marco para mim, principalmente pelo momento que eu estava. A qualidade do programa me acessou e proporcionou mais insights para mim. Minha vida se divide em antes do EP e depois do EP.

SU: … E como era este momento que você estava?

Renata Brasil: Eu confesso que estava muito pensativa. Eu adoro trabalhar com marketing, sou apaixonada pela minha área e pelo que faço, então, tinha mania, quando entrava nas empresas, de vivenciar com intensidade a vida nela e me doar 100% para viver isso.

Por isso, no EP eu me dei conta que estava muito fechada para o mundo e estudando coisas muito específicas da minha área, sem compreender outras coisas que também poderiam me ajudar.

A imersão que o Executive Program proporciona foi o que abriu minha cabeça para olhar outras coisas e ver que eu também posso e gostava de estudar questões diversas. Eu já estava estudando psicanálise e em uma pós-graduação em neurociência. Mas, não era a mesma coisa.

Quando estava lá no EP, no meio de um processo de transição de carreira, todo o conteúdo e tudo que ali me foi mostrado, deixou claro que quanto mais nos aprofundamos em tecnologia e os avanço tecnológicos, mais a parte humana precisamos entender.

Eu já estava estudando psicanálise e neurociência, mas foi ali que eu entendi o anseio. Eu lembro de estar na imersão e tudo aquilo… A Carla Tieppo… A Wilma Bolsoni, do Flow… Elas trazendo esse lado humano para pensarmos… Foi ali que tudo ficou muito claro para mim e me interessou muito essa questão da parte humana. Afinal, precisamos preparar as novas gerações e nós mesmos para encararmos este novo momento de avanço tecnológico.

SU: Como você percebeu que isso estava se modificando naquele momento de imersão?

Renata Brasil: Naquele momento, tudo isso me tirou de uma angústia e me colocou como curiosa para entender tudo que estava sendo dito, principalmente o que se conectava com o que eu estava pensando.

Fiquei mais inclinada para a criatividade, querendo entender este momento e desbravar todos os assuntos de comportamento humano e neurociência que era falado, principalmente quando falamos de inteligência artificial.

Nos estudos que tenho feito, ando percebendo que tem os lados dos pessimistas e otimistas. Sempre aparece isso. Por um lado, é assustador de fato essas mudanças das tecnologias exponenciais.

Recentemente teve o comercial da Volkswagen, com a Elis Regina. Foi muito debatido e é uma série de questões não-regulamentadas que a gente vai ter que evoluir em conjunto e aprender ao mesmo tempo, o que é certo e errado, o que é ético e o que não é.

Mas, de fato, este momento de mais uma revolução tecnológica e cognitiva me posicionou para uma transição da minha vida, com o foco em desbravar este conhecimento novo e olhar novas teorias, em uma área que eu desconhecia da neurociência, da psicanálise e da filosofia.

Eu estou acompanhando mais profundamente estas questões, sem abandonar o lado performático, entendendo que a tecnologia precisa dar resultados e a minha área do marketing proporciona isso.

O que percebi é há uma dificuldade em unir a tecnologia e a questão humana. Com o tempo, caso não entendam isso direito, não estar a par da disrupção que a inteligência artificial trará com impactos na mente humana, vai fazer com que as organizações falhem.

Além disso, ao mesmo tempo, é necessário que precisem entender a parte humana. O cérebro reage de uma maneira diferente e as redes neurais da tecnologia e do ser humano vão estar conectadas de uma maneira mais profunda.

Há um campo enorme para estudar. Eu estou só começando, mas já estou apaixonada e, para mim, o Executive Program foi um marco para compreender isso e ir além.

As atividades proporcionadas por Wilma Bolsoni, do Flow School, são importantes para retornar a essência criadora de cada indivíduo presente.

SU: E o que você tem percebido neste momento?

Renata Brasil: Está tudo muito novo. Vejo bastante curiosidade das pessoas. Percebo que alguns avanços das empresas, investindo e colocando IAs em questões operacionais e de atendimento, onde rapidamente faz diferença. Por outro lado, ando um pouco assustada para entender onde isso vai parar, principalmente com a questão dos dados utilizados.

Acho que está todo mundo com essa apreensão, como no início de toda revolução, sem entender para onde estamos indo, com muito desconhecimento. São poucas as pessoas com certezas e a maioria está investigando, como os experts do EP, só que eles estão mais a frente.

É tudo muito rápido, novo. Em horas se acessa milhões de pessoas. A Thread (rede social) mostrou isso. As barreiras parecem menores, inclusive. As pessoas de 60 e 80 anos já tem mais responsividade no acesso para tecnologias eletrônicas. Não tem mais aquele susto. Claro, tem os resistentes, mas há muitos curiosos.

SU: Quando que você entendeu que o EP estava te mudando e te colocou essa curiosidade?

Renata Brasil: Olha, desde o ano passado eu já tinha tudo isso em mente, só que pouco organizado e materializado. Essa vontade de estudar, esses questionamentos já estavam comigo. Eles só foram aumentando durante o tempo, até que o EP que fiz, em abril de 2023, acelerou tudo.

Foi um catalizador e, durante todo o momento, uma voz me dizia: “É isso, vai fundo no que sente!”. A imersão me proporcionou um grande momento para alavancar todas as minhas dúvidas, entender outros caminhos que eu poderia percorrer e quais estudos eu poderia seguir. Foi fenomenal.

Eu digo que sou a embaixadora da SingularityU Brazil por conta do EP. Eu falo para todos e recomendo sempre, por conta da mudança que fez em mim.

SU: Você tinha essa expectativa?

Renata Brasil: Não… Na verdade não. Eu sempre acompanhei a SingularityU, sempre tive oportunidade para participar do programa, mas não sabia que tinha no Brasil.

Depois fiquei sabendo e, por acaso, eu estava em um momento que o algoritmo me encontrou. Confesso que me ”cutucou” e eu pensei: “É agora. Eu vou!”. Eu decidi uma semana antes.

Vou te dizer que dei sorte. Não só por ser um programa espetacular, claro, mas pelo grupo que estava. Fiz várias amizades com os participantes. Reencontrei alguns ex-diretores, amigas… Foi muito rico e interessante.

Conheci um pessoal incrível e mantemos o grupo até hoje. Foi muito bom, em termos de networking, que pra mim é essencial. Eu já fiz cursos lá fora e é difícil dar sorte em achar um grupo com tanta afinidade.

SU: E por que isso é importante?

Renata Brasil: Para haver troca! Com mais afinidade, você troca mais. Porque, além da conversa que você tem com as pessoas, você consegue ter essa troca depois. Além do conteúdo, você tem a oportunidade de sentar na mesa e tomar um vinho com os palestrantes, professores, pessoas que estão convidadas para falar e todos os participantes.

Então eu acho que eram pessoas de áreas diferentes, que eu aprendi muito, que foi muito rico, que trocaram… Foi muito rico. Já fiz cursos que não foram assim.

Eu sou muito extrovertida e preciso disso. Tem cursos que não tive isso, porque não conectou, não tive assunto, foi complicado. No EP foi uma delícia. Tinha gente que ficava até 3 da manhã conversando. Eu só não ficava porque precisava dormir.

O Executive Program é uma imersão de 3 dias e meio, nas tecnologias exponenciais que estão moldando o futuro dos negócios. O principal programa da SingularityU Brazil ocorrerá entre os dias 24 a 28 de setembro, no Hotel Almenat Embu das Artes – SP. Garanta sua participação na última turma do ano clicando aqui

SU: Mas o que torna o Executive Program da SingularityU Brazil tão diferente?

Renata Brasil: Acho que o diferencial do EP é que te qualifica, seleciona e te coloca em um contexto e ambiente com pessoas mais alinhadas com o seu objetivo. Faz diferença. Eu tenho experimentado muitos cursos nos últimos tempos.

Faz diferença fazer um Executive Program e faz diferença escolher um que te alinhe com diversas questões, tanto de conteúdo como networking. Como as pessoas estão precisando de informação, ansiosas e inseguras, famintas por informação, vários cursos se aproveitam disso e nem sempre entregam coisas muito boas.

O EP da Singularity Brazil entrega e muito bem. O selo Singularity já é o primeiro filtro, depois tem a HSM e todos ao redor. Isso te coloca em um nível melhor e coloca bons participantes ao lado. Não há problema em ter outras pessoas e a diversidade é melhor, mas, em certos momentos, precisa ter esse recorte para conectar os mesmos anseios.

SU: E você lembra como você se sentia pós-EP?

Renata Brasil: Eu lembro de tudo. Lembro que voltei extremamente otimista, curiosa, com uma energia criativa e de trabalho muito bom. O Flow, que a CEO é a Wilma Bolsoni, ajudou muito nisso.

Estar em um momento de transição de carreira, sempre dá muitas dúvidas e eu questionava se era a opção certa. O EP me mostrou que eu estava no caminho certo. Então, eu voltei animada e muito alegre para colocar tudo isso em ordem, estudar, trabalhar com as coisas com que acredito e foi realmente revigorante.

Foi um marco para mim. Eu sempre falo: eu estava no meu momento e foi muito importante fazer este Executive Program. Confesso que sinto até hoje que dei muita sorte: porque foram muito bem escolhidos, a qualidade foi boa e o grupo que estive estava espetacular. Foi uma experiência singular.

SU: Qual a diferença da Renata Brasil que foi fazer o EP e a de hoje?

Renata Brasil: Olha, eu gosto do mundo corporativo, mas nos últimos cinco anos, as pessoas me procuram muito para mentoria e a questão da saúde mental, nas organizações, é uma questão muito grave.

Eu vi muita gente doente, muita gente pedindo ajuda, então eu sei que estão adoecendo e é uma questão importante que as organizações tentam olhar e cuidar, mas é assustador como o ambiente corporativo está cada vez mais tóxico.

É um ambiente de pressão. Veio melhorando com as novas gerações, diversidade e tudo mais. Mas, mesmo assim, não sei por conta da pandemia, as pessoas estão mais sensíveis. A própria sociedade está mais sensível. O Brasil tem altas taxas de ansiosos e depressivos.

Então isso reflete isso nas organizações, ao mesmo tempo que precisam entregar resultado, cortar custo… E as pessoas surtam nas empresas. Eu venho percebendo isso.

Hoje, cada vez mais, as novas gerações já estão em um formato de não ter um emprego, mas ter um trabalho, projetos. Hoje estou estudando e tirando várias certificações para compreender isso.

Estou com três clientes apenas para estudar, coisa que não aconteceria antes, porque tinha uma dedicação 100% integral para aquela empresa, de cursos até aprendizados. Sinto uma liberdade até intelectual muito interessante e fazer a minha própria vida, colocar minhas prioridades.

Está sendo um exercício diferente e um aprendizado diferente. Acredito que a Nova Geração já tem esse entendimento. Quando entram nas organizações e as obrigam a entrar no sistema, não ficam muito tempo. Tem menos resiliência, menos paciência. É uma geração que em 3 anos ou 5 já discute se quer isso ou não para a própria vida.

É uma geração que chega e não fica, enquanto a geração 40+ está cheia de energia e conhecimento, mas é expurgada pelo mercado.

Após mais de 20 anos em cargos de diretoria, Renata Brasil é consultora https://www.linkedin.com/in/renatabrasil/?locale=pt_BR

SU: O que você diria para quem fará o EP? Há uma maneira de se preparar?

Renata Brasil: Acho que, para aproveitar – e eu tive isso de uma forma inconsciente – é olhar para onde está indo. Ir porque é da SingularityU Brazil e são bons pela tecnologia é só um ponto.

O que eu diria é: vá para o Executive Program estudado, lendo o material recomendado e pensa na sua vida pessoal e profissional neste momento. Pensa no seu momento. Faça uma reflexão sobre si. Para você aproveitar mais, precisa ter esse momento de entendimento próprio. O que aconteceu nos últimos anos da sua vida? Quais foram os momentos mais incríveis que você se lembra? Quais foram os momentos mais difíceis?

É uma técnica que faz trazer nossa consciência para o presente. É aqui que entendemos o que nos conecta agora. Escolhe uma destes momentos que você pensou. Isso com certeza é uma coisa que no seu presente está te construindo. É importante parar e entender isso.

A HSM traz um lado humano muito interessante com a Wilma Bolsoni, do Flow. Então, falar sobre a energia do coração, falar sobre si mesmo é algo único. Por isso a pessoa que fará o EP precisa chegar com um olhar não só profissional ou pensando em como impactar o maior número de pessoas positivamente, mas olhando para si e tentando entender qual o nosso impacto neste mundo.

Eu saí desnorteada após a última palestra, quando me questionaram: “O que você está esperando para mudar o mundo acabar?” Por isso precisa entender tudo. Olhar para o planeta, mas olhar para o seu entorno, para o seu filho, seu parceiro, amigos e entender o legado que você vai deixar nessa Terra.

O EP mexe muito com isso. Se você for com a blindagem executiva, você não vai tirar o melhor dessa experiência de imersão. Você fica apenas no executive e não aproveita o program. Leva sua história e pensa no que quer daqui para frente, porque temos, diante de nós, uma longevidade maior e podemos pensar sobre isso.

Precisamos refletir sobre isso. Ciclone no Brasil, verão pior, inverso seco e ao mesmo tempo muito quente… Precisamos falar sobre sustentabilidade, ESG, olhar para o planeta. Há 20 anos falamos disso. Agora continua o mesmo e o EP continua provocando e convocando às pessoas a isso.

Este programa nos convoca. É fantástico. Eu já estudava isso, mas depois o EP eu vi que precisamos cuidar do ser humano e tentar colocar isso em prática, de uma maneira mais sustentável, ambiental e ajudar o coletivo.

As pessoas sempre pensam no amanhã, mas o negócio está acontecendo hoje. O que você vai fazer pela catástrofe climática? Pelo planeta? Pelo aquecimento? Eu levo isso nas empresas. Poucos estão preparados, mas nosso trabalho é esse.

SU: O que você diria para aquela Renata do primeiro dia de Executive Program?

Renata Brasil: Aproveita. É uma oportunidade única e de privilégio. Aproveite muito, pelas pessoas, pelo vinho, pelo programa. Tenha esse espírito curioso. Aproveite o quanto puder. O conselho que posso dar também é: desliga o celular. Entre em imersão. Não somos capazes de absorver tudo ao mesmo tempo. Participe da plenária, participe dos restaurantes. Sei que há o vício e demanda, mas desliga o celular, coloca no quarto. Faça diferente. Aproveite todos os dias do melhor jeito possível. O conteúdo é ótimo, a vivência é profunda e maravilhosa.