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AI Agents e a personalização do comércio eletrônico

Por William Colen, atual Diretor de Inteligência Artificial na Blip.

Explorando como os AI Agents estão transformando a experiência de compra digital com personalização e automação em escala, inspirados nas interações de atendimento ao cliente no mundo físico.

Imagine um consumidor conversando com uma Inteligência Artificial que conheça suas preferências de compra, e que sugira um leque de todas as opções que podem agradá-lo, além de indicar possibilidades de pagamento de acordo com o que foi usado no passado. Isso está em vias de se concretizar.

Essa tecnologia pode ser encontrada num formato dentro do contato inteligente e é uma forma de aplicação do AI Agent, que funciona a partir de Inteligência Artificial com a intenção de tornar a experiência de compra ainda mais atrativa e personalizada, dentro de um canal de mensagem. Diferentemente de um chatbot comum, a proposta desse agente é possibilitar uma conversa fluida e hiperpersonalizada.

O conceito não é novo. Vem do mundo real, a partir das experiências de compra que os clientes têm em lojas físicas. É aquela relação mais próxima e cativante, na qual o vendedor chama o cliente pelo nome e conhece seus gostos. Agora, o que as empresas de tecnologia estão fazendo é justamente transpor essa mesma experiência para o mundo digital.

Conhecer o histórico do consumidor já é uma prática dentro de sistemas de contato inteligente. Porém, o AI Agent consegue trazer ainda mais personalização de atendimento e compra associado a sistemas de recomendação, a proposta dessa tecnologia é tornar essa experiência ainda mais próxima, em um contexto conversacional.

Ou seja, quando estiverem mais evoluídos, os AI Agents no comércio eletrônico podem ser semelhantes à figura do assistente de compras, em inglês personal shopper, que guia e conduz o cliente em sua jornada de compra. Esse tipo de personalização no mundo antes da IA generativa era difícil, mas agora, a tecnologia nos permite apoiar em toda a memória de conversas entre a marca e o consumidor, criando uma diálogo cada vez mais inteligente.

Experiência personalizada automática e em escala

Agora, vamos a outro exemplo: suponha acessar um site e fazer uma compra online numa loja de roupas. Eles oferecem sistema de busca, mas, nesse caso, é preciso saber o que será pesquisado. Com um catálogo imenso de produtos, esse primeiro passo pode se tornar uma barreira para o cliente que pode desistir de comprar.

No entanto, a partir de um sistema conversacional liderado pelo AI Agent, bastam poucas informações para que o consumidor encontre o que busca, seja um item específico ou similar. Por exemplo, o usuário pode buscar algo como “aquela bolsa com alça listrada” ou até mesmo encontrar o produto fornecendo uma imagem. Se em uma loja física, um vendedor humano desempenha esse papel, no ambiente digital é a inteligência artificial quem faz ou fará isso.

É importante frisar, contudo, que não se trata de um processo “máquinas versus humanos”. Nesse caso, a automatização visa auxiliar o vendedor de “carne e osso”, que poderá se concentrar em um atendimento ainda mais certeiro e personalizado, o qual será previamente filtrado pela tecnologia. Assim sendo, o transbordo humano tende a auxiliar a experiência de compra, especialmente em contextos nos quais o vendedor tem uma alta demanda de atendimentos a realizar.

A tecnologia pode auxiliar fazendo o aquecimento e a triagem da venda, conectando mundo físico e digital, ou vice-versa, sem perder o engajamento do consumidor. O que, por sua vez, pode ampliar a conversão.

AI Agents aceleram a transformação digital

Por ser multimodal, um agente de inteligência artificial pode “conversar” de diferentes formas: fazendo uma ligação como se fosse uma pessoa, digitando em um chat, decodificando áudios enviados por quem prefere se comunicar nessa via, ou até interpretando imagens estáticas ou em movimento. Em uma perspectiva futurista, um AI Agent pode entender o contexto de uma interação por vídeo e adaptar as suas respostas. O GP- 4o da OpenAI e o Gemini 1.5 Pro do Google já apresentam essas habilidades.

Enquanto isso, as marcas precisam começar a explorar todas as vertentes possíveis, antecipando esse futuro em que um AI Agent consegue desempenhar diversas habilidades e guiar a relação do consumidor com as marcas, abrangendo toda a jornada do consumidor, desde o atendimento, dúvidas, compra, recompras e por aí vai… inclusive na mediação de diferentes formatos de pagamento.

A experiência tende a ser completa quando ela compreende todo o ciclo, desde a sugestão de compra até a assistência e venda, gerando confiança para que, no futuro, esse consumidor volte a comprar. Tudo por meio de uma experiência fluida e que seja boa para todas as partes envolvidas.

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Inteligência artificial no trabalho: estratégia ou desespero?

Por Marcelo Murilo, Co-Fundador e VP de Inovação e Tecnologia do Grupo Benner.

A inteligência artificial (IA) está no centro de uma das maiores revoluções tecnológicas da nossa era, transformando indústrias e redefinindo modelos de negócios. No entanto, é crucial perguntar: a sua estratégia de IA é um movimento desesperado para agradar o mercado ou uma abordagem estruturada, com métricas claras e foco em resultados concretos?

Nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) deixou de ser uma tecnologia emergente para se tornar uma força motriz na transformação digital das empresas. A promessa de eficiência operacional, inovação em produtos e serviços, e insights valiosos a partir de grandes volumes de dados, tem impulsionado investimentos massivos em IA em todos os setores. Estimativas recentes da International Data Corporation (IDC) projetam que os gastos globais com IA alcançarão a marca de US$ 500 bilhões até 2024, um aumento substancial em relação aos US$ 342 bilhões registrados em 2021.

Essa corrida para adotar IA é impulsionada não apenas pelo potencial de transformação, mas também pela pressão competitiva. Organizações em todo o mundo sentem a necessidade de incorporar IA para não ficarem para trás, especialmente quando competidores estão relatando ganhos significativos de eficiência e novas capacidades habilitadas pela IA. No entanto, a rapidez com que muitas empresas estão adotando essa tecnologia levanta preocupações sobre a profundidade de seu planejamento e compreensão.

O mercado global de IA tem mostrado um crescimento exponencial, com empresas relatando melhorias significativas em áreas como atendimento ao cliente, manutenção preditiva e otimização de cadeias de suprimento. Relatórios da McKinsey indicam que 57% das empresas que adotaram IA observaram um aumento na produtividade, enquanto 45% relataram melhorias substanciais na experiência do cliente.

Contudo, a adoção desenfreada de IA sem uma estratégia bem delineada pode levar a desilusões. O Hype Cycle do Gartner para IA ilustra bem essa situação, onde muitas tecnologias emergentes passam pelo “Pico de Expectativas Infladas” antes de entrar no “Vale da Desilusão”. Isso ocorre quando as limitações da tecnologia se tornam evidentes e as expectativas não são atendidas, resultando em frustração e perdas financeiras.

Além disso, a implementação de IA não é isenta de desafios técnicos e culturais. A integração de sistemas de IA com as infraestruturas de TI existentes, a falta de talentos qualificados e as questões de ética e privacidade são barreiras significativas que as empresas precisam superar. De acordo com uma pesquisa da Deloitte, 48% das empresas relataram dificuldades em integrar IA com suas operações existentes, enquanto 39% mencionaram a escassez de profissionais capacitados como um grande obstáculo.

No Brasil, a adoção de IA também está crescendo, embora com desafios específicos. Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) aponta que o mercado de IA no Brasil deverá movimentar cerca de R$ 21 bilhões até 2025. No entanto, muitas empresas brasileiras ainda lutam com a falta de infraestrutura adequada e a necessidade de qualificação profissional.

A transformação impulsionada pela IA é inegável e inevitável. No entanto, para colher os benefícios dessa tecnologia, é fundamental que as empresas adotem uma abordagem estratégica e estruturada. A promessa da IA é grande, mas para realizá-la, as organizações precisam evitar a adoção precipitada e garantir que suas iniciativas estejam alinhadas com objetivos claros e realistas.

Adoção da IA: Entre o Hype e a Realidade

A adoção da inteligência artificial (IA) nas empresas tem sido amplamente impulsionada por uma combinação de expectativas elevadas e pressões competitivas. A promessa de que a IA pode revolucionar processos, criar novos produtos e serviços, e proporcionar insights valiosos a partir de grandes volumes de dados, tem levado muitas organizações a embarcarem nessa jornada tecnológica. No entanto, é crucial distinguir entre a adoção bem-sucedida da IA e os projetos que falham por não atingirem as expectativas.

O Gartner Hype Cycle, uma ferramenta desenvolvida para mapear a maturidade, adoção e aplicação comercial de tecnologias específicas, ilustra bem o ciclo de entusiasmo exagerado seguido por desilusão. No “Pico de Expectativas Infladas”, muitas empresas adotam tecnologias emergentes como a IA com uma visão otimista, mas muitas vezes irrealista, das suas capacidades. As expectativas elevadas frequentemente resultam em frustração quando as limitações da tecnologia e a complexidade de sua implementação se tornam evidentes, levando as empresas ao “Vale da Desilusão”.

Segundo um estudo da Forrester Research, cerca de 60% dos projetos de IA falham devido à falta de alinhamento com os objetivos estratégicos da empresa. Este dado alarmante destaca a importância de uma abordagem planejada e estruturada para a adoção da IA. Empresas que investem em IA sem uma estratégia clara frequentemente enfrentam desafios significativos, incluindo a falta de infraestrutura adequada, a ausência de talentos qualificados e a dificuldade em integrar novas tecnologias com sistemas existentes.

O fenômeno do Hype Cycle também pode ser observado em diversos casos reais. Por exemplo, uma empresa global de telecomunicações investiu milhões de dólares em uma solução de IA para melhorar o atendimento ao cliente, mas enfrentou uma série de desafios técnicos e operacionais que impediram o alcance dos resultados esperados. Sem uma análise detalhada das necessidades específicas e das capacidades reais da tecnologia, o projeto resultou em frustração e perdas financeiras significativas.

No Brasil, a realidade não é diferente. Muitas empresas brasileiras adotam a IA com o objetivo de não ficarem atrás de seus concorrentes, mas sem uma preparação adequada. A pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revela que a maioria das empresas no país enfrenta dificuldades semelhantes, incluindo a falta de conhecimento técnico e a necessidade de infraestrutura robusta. Esta adoção precipitada frequentemente resulta em altos custos sem os retornos esperados.

A Deloitte aponta que apenas 25% das empresas que implementaram IA por pressão externa conseguiram alcançar os resultados desejados. Esta estatística sublinha a importância de uma abordagem estratégica e estruturada. A pressão para adotar IA sem um entendimento claro de suas capacidades e limitações pode levar a investimentos mal direcionados e expectativas irrealistas.

A verdadeira inovação com IA não vem do simples fato de seguir modismos, mas da integração cuidadosa e estratégica dessa tecnologia nos processos de negócios. Para colher os benefícios da IA, é essencial que as empresas alinhem suas iniciativas com objetivos claros e mensuráveis, garantindo que cada projeto de IA tenha um propósito definido e contribua para os objetivos estratégicos da organização.

A adoção precipitada de IA, sem um planejamento adequado, pode resultar em mais problemas do que benefícios. As empresas que desejam aproveitar ao máximo essa tecnologia devem focar em uma abordagem estruturada, evitando a armadilha do hype e garantindo que suas iniciativas estejam alinhadas com suas metas de negócios a longo prazo.

Impactos Negativos da Adoção Precipitada

A adoção precipitada de inteligência artificial (IA) pode acarretar uma série de impactos negativos, tanto financeiros quanto operacionais, que comprometem a viabilidade e a reputação das empresas. Sem uma estratégia clara e objetivos bem definidos, os projetos de IA correm o risco de se tornar investimentos dispendiosos que não entregam os resultados esperados.

Perdas Financeiras

A primeira e mais evidente consequência da adoção precipitada de IA é a perda financeira. Empresas investem milhões em tecnologias de IA, atraídas pelo potencial de transformação, mas frequentemente sem uma análise detalhada de custo-benefício. Dados da Deloitte indicam que apenas 25% das empresas que implementaram IA por pressão externa conseguiram alcançar os resultados desejados. Essa estatística sublinha a necessidade de um planejamento adequado e objetivos claros para evitar desperdício de recursos.

Danos à Reputação

Além das perdas financeiras, os projetos de IA malsucedidos podem causar danos significativos à reputação das empresas. Promessas não cumpridas e expectativas não atendidas podem levar à desconfiança dos stakeholders, incluindo clientes, investidores e parceiros de negócios. No cenário competitivo atual, a reputação é um ativo crucial que pode ser severamente comprometido por falhas tecnológicas.

Ineficiências Operacionais

A adoção de IA sem uma estratégia bem delineada pode levar a ineficiências operacionais significativas. Sistemas mal integrados e a falta de treinamento adequado para os funcionários resultam em processos fragmentados e falhas na execução. De acordo com uma pesquisa da McKinsey, 48% das empresas relataram dificuldades em integrar IA com suas operações existentes, o que pode causar interrupções nas atividades diárias e afetar a produtividade geral.

No Brasil, um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou que muitas empresas enfrentam desafios semelhantes. A falta de infraestrutura adequada e a necessidade de qualificação profissional são barreiras significativas para a implementação eficaz da IA. Sem superar essas barreiras, as empresas correm o risco de ver suas operações se tornarem mais complicadas e menos eficientes.

Questões Éticas e de Privacidade

A implementação apressada de IA também pode levantar questões éticas e de privacidade, especialmente se as políticas de governança e proteção de dados não forem adequadamente estabelecidas. A pressão para adotar IA rapidamente pode levar as empresas a negligenciarem aspectos críticos de privacidade dos dados e ética no uso de algoritmos.

Por exemplo, o uso inadequado de IA em processos de recrutamento pode resultar em discriminação algorítmica, onde os vieses existentes nos dados de treinamento são amplificados pelas decisões automatizadas. Isso não só prejudica a imagem da empresa, mas também pode levar a litígios e multas regulatórias. De acordo com o relatório da Forrester, cerca de 22% das empresas relataram enfrentar problemas legais devido à implementação inadequada de IA, destacando a importância de uma abordagem ética e responsável.

Perda de Oportunidades

Finalmente, a adoção precipitada de IA pode resultar na perda de oportunidades valiosas. Quando os projetos de IA falham, as empresas não apenas perdem o investimento inicial, mas também o tempo e os recursos que poderiam ter sido direcionados para iniciativas mais estratégicas e bem planejadas. Essa perda de oportunidades pode ser particularmente prejudicial em mercados altamente competitivos, onde a capacidade de inovar e adaptar-se rapidamente é crucial para o sucesso a longo prazo.

A adoção bem-sucedida de IA requer uma análise cuidadosa, planejamento detalhado e uma compreensão clara das capacidades e limitações da tecnologia. As empresas devem evitar a tentação de seguir tendências sem uma preparação adequada, garantindo que suas iniciativas de IA estejam alinhadas com objetivos estratégicos claros e mensuráveis.

Implementação Estruturada: O Caminho para o Sucesso

Para garantir o sucesso na adoção da inteligência artificial (IA), as empresas precisam seguir uma abordagem estruturada que envolve planejamento detalhado, definição clara de objetivos, capacitação de equipes e monitoramento contínuo. Essa abordagem ajuda a mitigar os riscos associados à implementação precipitada e maximiza os benefícios potenciais da IA.

Conhecimento e Capacitação

A base de uma implementação bem-sucedida de IA começa com o conhecimento e a capacitação dos líderes empresariais. É essencial que executivos e gerentes compreendam não apenas os conceitos básicos de IA, como aprendizado de máquina e processamento de linguagem natural, mas também as suas capacidades e limitações. Investir em educação contínua e treinamento é crucial para assegurar que todos os envolvidos tenham um entendimento sólido da tecnologia.

Por exemplo, a McKinsey recomenda programas de capacitação que incluam workshops, cursos online e colaborações com universidades e institutos de pesquisa. Empresas que investem em capacitação tendem a ter uma implementação mais suave e eficiente de IA, pois suas equipes estão melhor preparadas para enfrentar os desafios técnicos e operacionais que surgem.

Definição de Objetivos Claros e Mensuráveis

Antes de iniciar qualquer projeto de IA, é fundamental estabelecer objetivos específicos e mensuráveis. As empresas devem se perguntar: quais problemas a IA resolverá? Quais são os resultados esperados? Esses objetivos devem estar alinhados com a estratégia geral da empresa e devem ser revisados regularmente para garantir que a implementação está no caminho certo.

A abordagem da Boston Consulting Group (BCG) enfatiza a importância de definir métricas claras de sucesso desde o início. Isso inclui indicadores de desempenho chave (KPIs) que possam monitorar o progresso e o impacto das iniciativas de IA. Por exemplo, uma empresa de logística pode definir como objetivo a redução do tempo de entrega em 20% através da otimização de rotas com IA utilizando KPIs específicos para medir essa melhoria.

Criação de Políticas e Governança de IA

Desenvolver políticas claras sobre o uso de IA é essencial para garantir a ética e a responsabilidade. Isso inclui a proteção de dados, a transparência no uso de algoritmos e a garantia de que a IA está sendo utilizada de maneira que respeite a privacidade e os direitos dos indivíduos.

Diretrizes de governança robustas, como as sugeridas pelo IEEE, ajudam a estabelecer um quadro ético para a implementação de IA. Essas diretrizes incluem práticas recomendadas para a coleta e uso de dados, a necessidade de auditorias regulares e a importância de manter a transparência com stakeholders. Empresas que adotam uma governança forte estão melhor posicionadas para evitar problemas legais e éticos, além de fortalecer a confiança dos clientes e investidores.

Integração com Sistemas Existentes

A integração de sistemas de IA com as infraestruturas de TI existentes é um dos maiores desafios para muitas empresas. É crucial planejar essa integração cuidadosamente para evitar interrupções nas operações e garantir que a nova tecnologia possa operar de forma eficiente com os sistemas já em uso.

Estudos de caso mostram que empresas que investem em soluções de integração robustas, como middleware e plataformas de gerenciamento de dados, conseguem uma implementação mais suave. Por exemplo, uma grande empresa de manufatura conseguiu integrar sua solução de IA para manutenção preditiva com seu sistema de gerenciamento de ativos, resultando em uma redução significativa de falhas de equipamentos e aumento da eficiência operacional.

Monitoramento e Avaliação Contínua

A implementação de IA não é um evento único, mas um processo contínuo que requer monitoramento e avaliação constantes. Empresas devem estabelecer métricas e indicadores de desempenho para acompanhar o progresso e o impacto das iniciativas de IA. Esses indicadores podem incluir a eficiência operacional, a satisfação do cliente e o impacto no ambiente de trabalho.

Empresas bem-sucedidas utilizam dados de mercado e avaliações internas para ajustar suas estratégias de IA conforme necessário. Isso envolve a análise regular dos KPIs e a disposição para fazer mudanças quando os resultados não estão de acordo com as expectativas. A Deloitte sugere que as empresas realizem revisões trimestrais para garantir que suas iniciativas de IA estejam no caminho certo e para identificar áreas de melhoria.

Por fim…

A verdadeira inovação com inteligência artificial (IA) não vem da adoção precipitada ou do seguimento de modismos, mas da integração cuidadosa e estratégica dessa tecnologia nos processos de negócios. Empresas que desejam aproveitar ao máximo os benefícios da IA precisam abordar sua implementação com um planejamento detalhado, capacitação contínua, governança robusta e um foco constante na ética e na transparência.

Os desafios e as armadilhas da adoção precipitada de IA são claros. Sem uma estratégia bem delineada, as organizações correm o risco de desperdício financeiro, danos à reputação, ineficiências operacionais e até problemas legais. Estudos de caso, tanto de sucesso quanto de fracasso, destacam a importância de alinhar as expectativas com as capacidades reais da tecnologia, garantir a qualidade dos dados e promover uma cultura de inovação e adaptação contínua.

No Brasil, as oportunidades para a implementação bem-sucedida de IA são vastas, especialmente em setores como agronegócio, saúde e finanças. No entanto, as empresas devem estar preparadas para enfrentar desafios específicos, como a infraestrutura tecnológica inadequada, a escassez de profissionais qualificados e a resistência à mudança. Investir em capacitação, melhorar a infraestrutura e desenvolver estratégias de gestão de mudança são passos cruciais para superar esses obstáculos.

Para garantir que a IA seja utilizada de maneira ética e responsável, é fundamental que as empresas estabeleçam políticas claras de governança e proteção de dados, implementem auditorias regulares e promovam a transparência e a explicabilidade dos algoritmos. A responsabilidade e a accountability devem ser claramente definidas para evitar problemas legais e éticos, e o feedback dos usuários deve ser continuamente incorporado para melhorar as soluções de IA.

Finalmente, a colaboração entre empresas, governos e instituições acadêmicas pode acelerar a adoção de IA e promover a inovação. Parcerias público-privadas, incentivos fiscais e a criação de ecossistemas de inovação são estratégias que podem ajudar a superar os desafios e criar um ambiente propício para o crescimento sustentável da IA.

Ao seguir essas recomendações e adotar uma abordagem estruturada e estratégica, as empresas estarão mais bem posicionadas para colher os frutos da IA, transformando suas operações, melhorando a satisfação dos clientes e ganhando uma vantagem competitiva sustentável no mercado.

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Quais são os erros mais comuns no uso da Inteligência Artificial?

Por Rafael Rez, Fundador e CMO da Web Estratégica.

A GenAI é uma ótima opção para nos ajudar em questões cotidianas, principalmente em nossos negócios. Porém, precisamos ter cautela e parar essa reprodutibilidade desenfreada.

A revolução digital impulsionada pela inteligência artificial promete transformar setores, otimizar processos e agilizar tarefas. Particularmente, tenho acompanhado de perto a adoção e o uso dessa tecnologia, mas, à medida que avançamos nesta jornada de IA, é essencial reconhecer e aprender com os erros que acompanham esse avanço tecnológico.

Um dos erros mais comuns que observo é a falta de compreensão sobre as capacidades, mas principalmente as limitações da inteligência artificial. Muitos gestores e profissionais de marketing se empolgam com a promessa de automação e eficiência proporcionada pela IA, sem considerar os contextos específicos em que ela pode ou não ser aplicada com sucesso. Isso leva a expectativas irreais e, consequentemente, a projetos mal planejados, mal executados e resultados decepcionantes.

Dados em massa

Outro equívoco comum é subestimar a importância do treinamento e da qualidade dos dados. As ferramentas de IA dependem fortemente de conjuntos de dados de alta qualidade para funcionar de maneira eficaz. Ignorar esse aspecto pode resultar em decisões inadequadas, o que não só compromete os resultados esperados, mas também pode causar danos à reputação da marca.

Aqui, também podemos citar o uso de prompts mal pensados, que acabam gerando respostas sem resultados positivos e, na maioria das vezes, frases prolixas. Por mais que a IA seja mais rápida que um ser humano no levantamento de novas ideias, no qualitativo, o ser humano é indispensável.

Sempre revisar o que foi feito, por um ser humano especialista e experiente no assunto

Muitas empresas cometem o erro de não envolver especialistas humanos na implementação e uso de sistemas baseados em IA. A tecnologia, por mais avançada que seja, ainda requer a supervisão e o conhecimento humano para interpretar os resultados e garantir que nenhuma citação esteja errada. Para mim, este é o maior erro no uso de IA: não se atentar à revisão.

Verificar a qualidade do produto final é essencial, pois não podemos esperar que a tecnologia tenha noção se o conteúdo no qual ela está se referenciando tem algum viés ou que ela crie algo sem precedentes. Por conta de seu grande banco de dados, as informações que a tecnologia fornece são cruzadas e acabam sendo criadas sem que realmente possam ser comprovadas. Para essa comprovação, é preciso da checagem e validação das informações, o que somente o ser humano pode fazer.

Além disso, é importante também uma revisão simples, mas muito necessária, do texto, eliminando rebuscamentos, repetições e outros problemas de linguagem que frequentemente a IA acaba trazendo nos textos.

Vieses mascarados

Um erro que tem implicações profundas para o funcionamento a longo prazo das soluções de IA é a negligência em não considerar suas consequências éticas. Desde questões de privacidade até preocupações com viés algorítmico, é fundamental que as empresas incorporem uma abordagem ética em todas as fases de uso de soluções baseadas em IA.

Como a IA não possui discernimento sobre o que ela realmente está escrevendo, a ferramenta acaba, muitas vezes, por tomar um viés político ou social, com base em seus milhares de dados, sem saber que aquilo é um viés. Isso, na maioria das vezes, acaba fazendo com que os conteúdos fiquem presos às mesmas ideias e aos mesmos vícios de linguagem.

Usar a ferramenta como substituto do humano

Em todos esses pontos, o erro mais comum e mais grave é acreditar que a ferramenta substitui o elemento humano. Ela agrega uma agilidade impressionante e pode acelerar muitos os processos, mas o centro de uma estratégia é o elemento humano, que vai direcionar a ferramenta para obter esses bons resultados, e precisa ser um especialista para fazer isso com sucesso.

Costumo dizer que um conteúdo deve cumprir uma função: oferecer um ponto de vista, uma opinião ou um direcionamento. Esse tipo de valor precisa ser agregado por um ser humano, que traga originalidade ao material base gerado pela IA.

Quando aplicada estrategicamente, a inteligência artificial oferece um potencial enorme para impulsionar o crescimento e a inovação de empresas. No entanto, devemos abordá-la com cuidado, entendendo seus desafios, para que seus principais benefícios possam ser absorvidos com sucesso.

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Desumanização algorítmica: qual o impacto da gestão automatizada nas mulheres que trabalham no mercado digital?

Por Carine Roos, CEO e fundadora da Newa Consultoria.

A gestão algorítmica está transformando o mundo do trabalho com o uso de algoritmos para monitorar e tomar decisões, mas levanta preocupações sobre desumanização e equidade, especialmente para as mulheres. A implementação ética e supervisão humana são essenciais para garantir justiça e dignidade no ambiente de trabalho.

Conforme vamos evoluindo como sociedade, o mundo do trabalho está passando por uma transformação significativa. O avanço tecnológico e o surgimento da Inteligência Artificial (IA) estão redefinindo a forma como as empresas gerenciam seus trabalhadores e tomam decisões relacionadas ao trabalho. Em resposta a essas mudanças, muitas empresas estão adotando uma gestão algorítmica.

A gestão algorítmica refere-se ao uso de algoritmos para gerenciar trabalhadores, monitorar desempenho, atribuir tarefas e tomar decisões relacionadas ao trabalho. Esta prática tem se tornado cada vez mais comum em plataformas digitais de trabalho, como aplicativos de entrega e transporte. Embora a gestão algorítmica possa aumentar a eficiência operacional, ela também levanta sérias preocupações sobre desumanização, especialmente na ausência de supervisão significativa e automatização da gestão.

Isso porque quando as decisões de gerenciamento são totalmente automatizadas e baseadas em algoritmos, a interação humana e a supervisão direta são minimizadas ou eliminadas. Isso pode criar uma sensação de alienação entre os trabalhadores, que se veem como meros números ou componentes de um sistema, em vez de seres humanos com necessidades e direitos. A falta de supervisão humana significa que questões como justiça, contexto pessoal e ética no trabalho são muitas vezes negligenciados. Os trabalhadores podem sentir-se desumanizados quando suas circunstâncias individuais não são consideradas nos processos de gestão.

Ainda a automatização da gestão pode levar à fragmentação do trabalho, onde tarefas são divididas em partes menores e altamente específicas. Isso pode resultar em um ambiente de trabalho onde os trabalhadores têm pouca ou nenhuma visibilidade sobre o processo geral ou os objetivos da empresa. A automatização também pode significar que decisões importantes, como demissões ou avaliações de desempenho, são tomadas sem consideração por nuances humanas. Esse tipo de gestão reduz os trabalhadores a engrenagens de uma máquina, desconsiderando suas competências, aspirações e necessidades específicas.

Impacto sobre as mulheres

As mulheres são particularmente vulneráveis a esses impactos desumanizantes por várias razões:

1) Subrepresentação em papéis de supervisão: Mulheres frequentemente têm menor representação em cargos de liderança e supervisão, o que significa que a perspectiva feminina é frequentemente ausente nas decisões de gestão algorítmica. Isso pode levar a políticas que não consideram adequadamente as necessidades ou desafios específicos enfrentados pelas mulheres no local de trabalho.

2) Segmentação em trabalhos precarizados: As mulheres são frequentemente empurradas para trabalhos que são mais propensos a serem controlados por algoritmos, como serviço ao cliente, cuidado e assistência, que são frequentemente mal pagos e precarizados. A gestão algorítmica nesses setores pode exacerbar a precariedade, implementando rigorosos sistemas de monitoramento e avaliação que ignoram as complexidades dos cuidados pessoais e sociais.

3) Invisibilidade e trabalho não remunerado: A gestão algorítmica pode ignorar ou subvalorizar o trabalho não remunerado que muitas mulheres realizam, como cuidados domésticos, filhos, idosos, pessoas doentes ou comunitários. Isso reforça as desigualdades de gênero, já que as plataformas digitais de trabalho muitas vezes não reconhecem ou recompensam adequadamente essas contribuições.

Supervisão humana e justiça algorítmica

Alguns caminhos para promover uma maior humanização do trabalho no contexto de gestão alogorítmica são:

1) Desenvolvimento de algoritmos éticos: as empresas devem garantir que os algoritmos sejam desenvolvidos com princípios éticos que considerem a dignidade humana, justiça e igualdade. Isso inclui incorporar análises de impacto de gênero e outras interseccionalidades para garantir que as decisões automatizadas não perpetuem discriminações ou desigualdades.

2) Transparência nos critérios de automatização: as empresas devem ser transparentes sobre como os algoritmos são usados e quais critérios são considerados nas decisões automatizadas. É essencial que os trabalhadores compreendam como suas performances são avaliadas e tenham acesso a explicações claras e compreensíveis sobre como os algoritmos funcionam.

3) Supervisão humana: manter elementos humanos na supervisão dos processos algorítmicos é crucial. Supervisores humanos devem ter o poder de revisar e, se necessário, contestar decisões automatizadas que possam ser injustas ou inadequadas. Isso ajuda a garantir que as nuances e contextos individuais dos trabalhadores sejam considerados.

4) Participação dos trabalhadores: incluir trabalhadores no processo de desenvolvimento e implementação de sistemas de gestão algorítmica pode ajudar a identificar e corrigir potenciais problemas antes que eles ocorram. Isso também empodera os trabalhadores, permitindo-lhes influenciar diretamente as políticas que afetam seu trabalho diário.

5) Revisão e avaliação contínua: as empresas devem realizar revisões periódicas dos sistemas de gestão algorítmica para identificar possíveis falhas ou efeitos adversos. Essas avaliações devem incluir análises de impacto social e de gênero para garantir que os sistemas estejam funcionando de maneira justa e equitativa.

6) Políticas de diversidade e inclusão: implementar políticas robustas de diversidade e inclusão pode ajudar a garantir que as decisões algorítmicas não excluam ou marginalizem grupos específicos, como mulheres. Isso inclui promover a equidade de gênero em todos os níveis da organização e garantir que os algoritmos não reforcem estereótipos ou vieses.

Ao adotar essas estratégias, as empresas podem mitigar os efeitos desumanizantes da gestão algorítmica e criar um ambiente de trabalho mais justo e humano para todos os trabalhadores, com atenção especial às necessidades e desafios específicos enfrentados pelas mulheres.

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“Você não deve usar I.A. para problemas antigos”, destaca professor de Columbia e Expert SU Global

Mesmo parecendo algo extremamente contraintuitivo, Hod Lipson, Professor de Robótica da Universidade de Columbia, iniciou o terceiro dia do Executive Program, em parceria com o Sest Senat, derrubando algums mitos que o hype em inteligência artificial propõe sobre seus usos.

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A principal corrida que se estabeleceu neste ano foi a tentativa de uso de uma inteligência artificial em nossos processos cotidianos. Por conta das falas, muitos acharam que já era hora de utilizar esta ferramenta e introduzi-la, mas não é assim que funciona.

O crescimento exponencial desta tecnologia é extremamente acelerado. Este movimento não vai mudar e, em um futuro não distante, cada vez mais entenderemos que ela fará parte das nossas experiências, escolhas, estratégias e diretrizes de comportamento.

Por isso, não necessariamente precisamos colocá-las em nossos processos. Na verdade, precisamos entender, segundo Hod Lipson, que a principal função dela é resolver novos problemas e ajudar em soluções que ainda serão necessárias.

O olhar para o futuro

Para Hod Lipson, existem três tipos de tecnologias que as inteligências artificiais estão proporcionando uma realização mais rápida.

Além das questões de tomada de decisão e até simulação de alguns panoramas, essa tecnologia exponencial, aplicada à robótica, tem se mostrado extremamente eficiente na produção de atividades paralelas, fotônicas e quântica.

A I.A. já participa destas construções em processo que podem ser feitos mimetizados ou até para ajudar os já existentes. Ao mesmo tempo, as tecnologias que utilizam de luz para alguns processos de execução (como em lasers) e até para rever sua própria atividade, com a computação quântica e ir além do machine learning (data-driven) tão utilizado hoje.

Os dados hoje são principais matérias-primas e fontes de riqueza para as empresas. Quanto mais o tempo passa, cada vez mais há uma construção de ambientes para a leitura das plataformas e que permitam uma nova leitura dataficada do mundo.

Porém, o futuro é algo além disso e a tentativa, tal como Alexandre Nascimento mostrou no dia anterior, é até anteriorizar este processo e sugestionar o que pode ser necessário para cada um.

Portanto, neste momento histórico, a nossa tentativa é compreender de que maneira estaremos dentro deste movimento de inovação e de que jeito pode ser benéfico para nossos próximos passos. Por isso, reconhecer e ter diagnósticos sobre os problemas que já existem são importantes, para entendermos como a I.A. pode servir como algo muito maior do que apenas uma solução pontual.

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“Não adianta investir em segurança se a sua tecnologia está obsoleta”, destaca staff engineer global do Google

A digitalização é presente em nossa vida e será, cada vez mais, algo extremamente participativo da nossa experiência como indivíduos.

Quem não compreender isso, ficará de fora do jogo global. As inovações com inteligência artificial, principalmente, tratarão de participar de todas as formas de empoderamento das empresas: desde as tomadas de decisão, cuidado, dados e informações.

O nível operacional, tático e estratégico passará por uma leitura de dados, por isso, cada vez mais, é necessário que também possamos nos proteger dessa nova fronteira que está se estabelecendo.

A palestra de Marcelo Pinheiro, staff engineer do Google, trouxe essa concepção para lidarmos com o que o futuro nos apresentará. Para acalmar corações, a primeira estratégia é compreender e reconhecer as vulnerabilidades que existem em nossos negócios.

Cibersegurança é lidar com prevenção e, em algumas oportunidades, perdas. O risco é algo que sempre teremos e nossas ações antecipadas serão direcionadores se haverá algum incidente ou não.

Mais do que isso: a diretriz do negócio que vai decidir o que acontece. Proteção não é algo da área de tecnologia e muito menos algo passageiro. É preciso conhecer desde o conselho e dos meandros de governança administrativa, a fim de que as principais proteções sejam acionadas, colocadas e escolhidas.

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Quem está nos mirando?

Essa pergunta foi respondida com facilidade por Marcelo Pinheiro. Constantemente e em quase todos os instantes de nossa vida, as proteções de informação sofrem ataques. Como o especialista brincou: “É uma série de auditorias”.

Os criminosos são parte destas ações, mas, hoje em dia, os ativistas, ataques entre nações, conflitos de interesses e até motivações individuais estão neste front de batalha. E isso não acontece de maneira distinta.

Todos os setores de transporte são afetados. O marítimo tem uma proteção diferente por conta de sua geolocalização em alguns momentos, mas também está tão suscetível quanto as outras.

Afinal, na cadeia mais frágil de acesso está o humano. Phishing e e-mails ainda são majoritariamente os caminhos de ataques (94%). As táticas rápidas são mudadas, fornecidas e até facilmente mudadas enquanto está sendo acessado.

Por isso, Marcelo dá dicas para a construção de uma criação permanente de Conselho sobre Cibersegurança no Setor do Transporte. Afinal, a reunião de dados e cuidado são questões similares nesta área, mas exige uma complexidade de entendimento dos aparatos de trabalho existente – Principalmente pelo modo como os trabalhadores se comportam.

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Blog Empreendedorismo Liderança

“É um erro dizer que dados apenas objetificam os colaboradores”, aponta vice-presidente da Falconi

É impossível dar conta das grandiosidades da empresa, diferentes complexidades exigidas entre o mundo físico e digital, sem dados para analisar a melhor tomada de decisão.

Diferente do que era antes, as empresas, muitas vezes, estão com diversos setores, áreas que se desmembraram em outros grupos, novos prédios e até variações dos prédios existentes.

Fernando Ladeira, que é vice-presidente da Falconi, destacou essa percepção para deixar clara a necessidade de People analytics, como forma de inteligência para que você consiga entender as necessidades dos colaboradores presentes.

Em seu painel no Sest Senat Summit, o vice-presidente da Falconi destacou quanto o algoritmo, inserido na inteligência artificial que maneja estes dados, consegue produzir uma alternativa para dar conta das rotinas existentes.

Com este tipo de manejo para a gestão de pessoas, foi possível compreender algumas previsibilidades, antecipar tomadas de decisões, enxergar questões problemáticas e, ao mesmo tempo, conseguir lidar com a economia dos recursos existentes.

Fernando destaca o quanto este trabalho ainda consegue compreender quem não está pronto para alguma função. Seja pela repetição do erro ou pelo que é perceptível, há uma questão que é sinalizada por este tipo de análise e que pode ser cuidada.

Quando não há essa informação e se perde em uma gama de pessoas e hierarquias, a situação extremamente frágil e as decisões são baseadas em padrões antigos, que talvez já não façam sentido.

“Percebam como é possível que as soluções se tornem customizáveis e personalizáveis. Eu posso lidar com todos os colaboradores da minha empresa e enxergar onde estão os entraves. Administrar recursos é algo extremamente necessário e só é possível com mapeamentos estratégicos.  A economia de recursos tem mostrado uma compreensão e é possível um crescimento, mas ainda tratam isso como tabu e precisa constantemente ser rebatido.”

A melhor forma do RH ser estratégico é se conectar com as dores reais do negócio e entender o que realmente está ocorrendo na empresa, de forma individual também. Por isso, é necessário construir um sistema, com diversidades e outras inteligências, para que consigam trabalhar com o montante de dados e consiga criar insights para isso.

Fernando Ladeira, Vice-presidente da Falconi, deixou clara a necessidade dos usos de dado na área de RH, em seu painel no Sest Summit Senat 2023

O papel do RH hoje

O vice-presidente da Falconi destaca que há uma a complexa função e desejo das empresas nesta área. Em suma, conseguiu identificar que esperam que este setor consiga: acelerar; conseguir desenvolver e enxergar a capacidade de talento; coletar informações; e permitir que o talento tenha seu espaço.

Mas, em sua fala, Fernando destaca que, hoje, só consegue tudo isso graças aos dados.

Com o rastreio, é possível um mapeamento, criação de insights e entendimento sobre a realidade da organização, inclusive nos processos de diretriz e governança da empresa.

Além disso, em seu painel, deixou claro como é necessário expandir esta ideia de gestão de pessoas para todas as áreas da organização. É necessário compreender que o RH hoje precisa de outras inteligências, como a necessidade de um cientista de dados para curar a situação de acordo com os regimentos e diretrizes das questões necessárias de cada área.

Ter uma área que se situe alienada não funciona mais: precisa participar e estar atenta em todos os meandros da organização, com uma integração dos dados trabalhados para que se alinhem em conversas necessárias no exercício de seu trabalho nas empresas.

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Blog Tecnologia

“Estamos em outro momento e precisamos alinhar os dados às nossas decisões “, aponta professor de Stanford

A convergência tecnológica está mudando o mundo. Graças à digitalização, diferentes tecnologias criaram um emaranhado digital, no qual, em seu substrato, há registros de dados utilizados em todos os meandros dos acontecimento da nossa realidade.

Essa é uma questão que envolve diretamente o big data, que, por definição, se trata de “um modo de compreender que há um alto volume de dados distribuídos nas realizações digitais, que precisam de elaboração para serem transformadas em informação”, de acordo com Leandro Matos, expert da SingularityU Brazil, em sua fala no Sest Senat Summit.

Com este acúmulo, é possível gerir um processo denominado dataficação: utilizar os dados e fazer deles uma inteligência, na tentativa de análise ou até de captação de recursos. Reconhecer este tipo de realização é perceber que há uma riqueza de produtos que podem se transformar, em benefício de uma empresa ou de um propósito.

Por exemplo, as cidades já estão atuando desta maneira. Os dados registrados a partir de fotos de radares, câmeras de segurança e marcações em redes sociais, recuperados dos aplicativos, são compilados em tempo real, por inteligências artificiais, que ainda produzem leituras para tomada de decisões.

Utilização de centralização dos dados por algumas gerências e países também estão se tornando comuns. No caso, Leandro Matos mostrou uma cooperação relacionada ao país Singapura, onde utiliza a centralização dos dados para navegação dos automóveis. Isso atua também na questão de segurança, preços dinâmicos de pedágio e até a preocupação com os locais que ambos estão se movimentando.

Leandro Matos participou do Sest Senat Summit no painel “Big data aplicado à tomada de decisão no transporte”

Hoje uma das questões complicadas é o armazenamento. Há 90% dos dados mundiais que não são utilizados. É preciso dar volume, sentido e usos à eles. Porém, a maior questão, é que não há manejo pelos próprios donos destes princípios de informações.

O uso de serviços digitais compete já uma dataficação, porém, o que poucos sabem, é que estes dados vão apenas para as empresas que são donas destes serviços. Por isso, Ram Rajagopal, professor de Stanford, e Leandro Matos destacam a importância da diretriz que alia big data nos processos produtivos do trabalho no transporte.

Oportunidades para o uso de big data no Brasil

No Sest Senat, o professor Ram destacou a importância de compreender o momento de acumulação de dados. Afinal, é possível tratá-los, fazer essa gestão de análise, entender que partes precisam de uma atenção maior e otimização pela empresa. Possivelmente até uma automação, de acordo com a infraestrutura.

O especialista destaca que isso já é um acontecimento e não há volta. É necessário se aliar às questões de dataficação. Quando falamos do transporte, ter essa análise de dados é ir além dos processos intuitivos de decisão e de conhecimento empírico histórico.

Os dados são importantes para uma leitura diferente do que já existe e de uma descentralização das tomadas de decisão. Há particularidades que precisem da experiência, mas há também questões que só são mapeadas de acordo com uma captação de grandes cenários, que apenas um grande volume de dados (big data) tratados garante.

Gerenciamento e otimização é uma questão de necessidade e, se estamos perdendo estes dados, pois não estão ao alcance da empresa ou não são possíveis de ser lidos, há uma falha de clareza e perspectivas do próprio negócio.

Professor Ram Rajagopal esteve presente no Sest Senat Summit e deu uma aula sobre “Tecnologias de infraestrutura: desafios e soluções para mobilidade inteligente em áreas urbanas”

Outro ponto é usar os dados para análises de questões que até hoje eram impensáveis, como o futuro. Existe uma estratégia de uso planejamento e previsibilidade de processos, que pode se define como Gêmeos Digitais.

Em sua definição, este programa digital pode mapear os modelos de operação e que toma decisões de planejamento e suporte. Dependendo dos dados que possui e com a captação constante, pode gerir e fazer simulações sobre cadeia de suprimentos, construções, simulações de caminhos e atualizações de planejamento.

Uma questão extremamente interessante é que o mundo caminha para uma digitalização de toda a experiência. O 6G está chegando com otimismo no mercado, com extremo alcance, conexão e oportunidade de constituir uma malha digital em quase todos os principais locais do mundo, diferente do 5G, há uma questão de eficiência e que retira as dificuldades digitais de conexão.

Com esta infraestrutura, cada vez mais dados serão criados e novas leituras podem ser proporcionadas, em diferentes dimensões, já que estamos digitalizando até questões corpóreas. Com este tipo de tecnologia, precisaremos estar atrelados às diretrizes de big data para dar conta destas oportunidades.

Por fim, algo que foi trazido pelo professor Ram Rajagopal, é a construção de centros de distribuição inteligentes, de forma co-criada por outros players. Hoje, no Brasil, segundo o especialista, há uma dificuldade em lidar com os dados por conta da transparência.

Há um medo sobre o que farão com esses dados e há uma preocupação que impede a integração dos dados necessários. Mas, o que não compreendem segundo ele, é que “dado não tem valor algum, apenas os insights e é necessário misturá-los com as inteligências dentro da empresa e sociedade”.

Por isso, construir, de forma conjunta, áreas de abastecimento (de energia e produtos) conjuntas, conectadas com os dados distribuídos entre players. Existe um processamento e gerenciamento que pode ser benéfico, principalmente em lidar com menor impacto ao meio ambiente, controle e otimização do tempo de cada um dos transportadores.

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Tecnologia

Aprenda como criar uma inteligência artificial

As inovações tecnológicas interferem diretamente como as organizações operam e se posicionam no mercado. E, no momento, a inteligência artificial é o cerne desse assunto.

Todo mundo que já leu sobre IA certamente tem uma noção de que ela tem um potencial gigantesco para impulsionar o crescimento e a eficiência dos negócios. 

No entanto, muitos líderes empresariais ainda estão se familiarizando com o tema e, por isso, se perguntam como criar sua uma inteligência artificial para atender às suas necessidades específicas. 

Neste artigo, vamos falar sobre esse tema, fornecendo insights e orientações para ajudar você a dar os primeiros passos nessa jornada rumo à inovação tecnológica. 

Prepare-se para mergulhar no universo da IA e descobrir como seu negócio pode se beneficiar dessa poderosa ferramenta!

Afinal, o que é inteligência artificial?

Inteligência artificial (IA) é um campo da ciência da computação que se concentra no desenvolvimento de sistemas capazes de realizar tarefas que normalmente requerem inteligência humana.

Ela envolve o uso de algoritmos e técnicas avançadas para permitir que máquinas aprendam, raciocinem, tomem decisões e interajam com o ambiente de maneira semelhante aos seres humanos.

De forma geral, ela tem 3 grandes técnicas envolvidas. Quais são elas? Aprendizado de máquina, Redes Neurais Artificiais e Processamento de Linguagem Natural. 

Veja a seguir.

  • Aprendizado de máquina (machine learning): é uma abordagem em que os sistemas são treinados em grandes conjuntos de dados para reconhecer padrões e aprender com eles. Os algoritmos de aprendizado de máquina são capazes de melhorar seu desempenho ao longo do tempo, ajustando seus parâmetros com base nos exemplos fornecidos;
  • Redes Neurais Artificiais: são modelos inspirados no funcionamento do cérebro humano, compostos por camadas de neurônios interconectados. Eles podem aprender a partir de dados de treinamento, identificando padrões e relacionamentos complexos. As redes neurais são amplamente utilizadas em tarefas como reconhecimento de imagens, processamento de linguagem natural e tomada de decisões;
  • Processamento de Linguagem Natural (Natural Language Processing – NLP): é uma área da IA que lida com a interação entre computadores e linguagem humana. Os sistemas de NLP são projetados para entender, interpretar e gerar linguagem natural, permitindo a comunicação efetiva entre humanos e máquinas.

No contexto empresarial, a inteligência artificial pode ser aplicada em diversas áreas, desde a automação de processos até a análise de dados complexos, permitindo insights valiosos para a tomada de decisões estratégicas.

Ela também possibilita que as organizações realizem tarefas de forma mais eficiente, melhorem a qualidade de produtos e serviços, personalizem experiências para os clientes e impulsionem a inovação. Mas veremos melhor mais a frente.

Entender o conceito de inteligência artificial é o primeiro passo para explorar seu potencial e encontrar oportunidades de aplicação em seu negócio.

Por que criar uma inteligência artificial?

Criar uma inteligência artificial pode trazer inúmeros benefícios e vantagens para as organizações, principalmente para as lideranças empresariais. 

Aqui estão algumas razões pelas quais investir na criação de uma IA pode ser altamente vantajoso:

  • eficiência operacional aprimorada: uma IA pode automatizar tarefas repetitivas e de baixo valor agregado, permitindo que os colaboradores se concentrem em atividades mais estratégicas. Isso resulta em um aumento significativo da eficiência operacional, redução de erros e otimização dos processos internos;
  • tomada de decisão embasada em dados: com uma IA bem desenvolvida, é possível coletar, processar e analisar grandes volumes de dados de forma rápida e precisa. Isso fornece insights valiosos para embasar as decisões empresariais, identificar tendências, antecipar demandas e identificar oportunidades de crescimento;
  • personalização e experiência do cliente aprimoradas: essa inteligência pode ser usada para entender melhor as preferências e necessidades dos clientes, permitindo a criação de experiências personalizadas e sob medida. Isso resulta em um maior engajamento do cliente, satisfação e fidelidade à marca.
  • melhoria da segurança e prevenção de fraudes: essa tecnologia pode ser aplicada para detectar atividades suspeitas, identificar possíveis ameaças de segurança e prevenir fraudes. Algoritmos avançados podem analisar comportamentos, padrões e anomalias, fornecendo uma camada adicional de proteção para os negócios;
  • inovação e competitividade no mercado: a capacidade de desenvolver e aplicar inteligência artificial de forma eficaz permite que as organizações se destaquem no mercado, impulsionando a inovação e a diferenciação. A IA pode abrir portas para novos produtos, serviços e modelos de negócios, permitindo que as empresas estejam na vanguarda da transformação digital.

Para resumir tudo que foi dito, então: criar uma inteligência artificial oferece oportunidades de melhorar a eficiência operacional, tomar decisões mais embasadas, aprimorar a experiência do cliente, fortalecer a segurança e impulsionar a inovação. 

Esses benefícios combinados, consequentemente, podem levar as lideranças empresariais a alcançar um maior sucesso e crescimento sustentável em um mercado cada vez mais competitivo e tecnológico.

5 exemplos de inteligência artificial

Os exemplos são muitos, mas, aqui, vamos trazer 5 que podem ilustrar como as organizações podem aproveitar ao criar uma IA.

  • atendimento ao cliente personalizado: muitas empresas estão utilizando IA para criar assistentes virtuais que podem interagir com os clientes, responder perguntas comuns e fornecer suporte personalizado. Esses assistentes virtuais são capazes de entender a linguagem natural, adaptar-se ao contexto e oferecer soluções rápidas e eficientes;
  • análise de dados avançada: a IA permite que as empresas processem grandes volumes de dados de maneira rápida e precisa. Algoritmos avançados podem identificar padrões, tendências e insights ocultos nos dados, ajudando as empresas a tomar decisões mais informadas e estratégicas;
  • manufatura e automação: essa tecnologia está sendo amplamente utilizada na indústria para melhorar a eficiência e a precisão dos processos de produção. Por meio de sistemas de visão computacional e robótica avançada, a IA é capaz de realizar tarefas complexas com alta precisão, reduzindo erros e aumentando a produtividade;
  • marketing e publicidade inteligente: ela também está revolucionando a forma como as empresas realizam campanhas de marketing e publicidade. Com base em análises de dados, a IA pode segmentar audiências, personalizar mensagens, otimizar campanhas e prever o comportamento do consumidor, maximizando o impacto das estratégias de marketing;
  • previsão e análise de demanda: a inteligência pode ajudar as empresas a prever a demanda futura com base em diversos fatores, como histórico de vendas, tendências do mercado, eventos sazonais e até mesmo condições climáticas. Essas previsões precisas permitem que as empresas ajustem seus estoques, planejem suas operações e atendam às necessidades dos clientes de forma mais eficiente.

Saber como criar inteligência artificial oferece oportunidades significativas para melhorar processos, aprimorar a tomada de decisões e impulsionar o crescimento. 

À medida que a tecnologia continua evoluindo, novas aplicações da IA estão surgindo e transformando a forma como as empresas operam em diversos setores.

Como criar uma inteligência artificial?

Finalmente, como criar uma inteligência artificial? É o que vamos ver nos passos a seguir!

Estude sobre IA e inovação

Para criar uma inteligência artificial, é fundamental iniciar estudando sobre IA e inovação. Isso pode ser feito por meio de cursos, workshops, treinamentos e por aí vai.

Aprofunde-se nos conceitos fundamentais, como aprendizado de máquina, algoritmos de IA e redes neurais. Sem isso, você dificilmente terá bons avanços, certo?

Também familiarize-se com os diferentes tipos de IA, como IA baseada em regras, IA simbólica e aprendizado de máquina. 

Outro ponto essencial é se manter atualizado sobre as últimas tendências e avanços nessa área em constante evolução.

Os cursos da Singularity Brazil são uma ótima opção para começar e aprofundar os estudos.

Defina o problema inicial do projeto

Na hora de fazer uma inteligência artificial, é importante definir claramente o problema inicial que você pretende resolver. Identifique os desafios específicos que sua empresa enfrenta e que podem se beneficiar do uso da IA.

 Analise os processos existentes, identifique as áreas que podem ser otimizadas ou aprimoradas por meio da automação ou da tomada de decisão baseada em dados. 

Aproveite também para criar metas claras e mensuráveis para o projeto de IA, para que você possa avaliar seu sucesso posteriormente.

Suponha que você seja o líder de uma empresa de varejo e esteja enfrentando um desafio com relação à previsão de demanda de produtos. 

Você pode definir o problema inicial como desenvolver um sistema de IA capaz de prever com maior precisão as vendas futuras, levando em consideração fatores sazonais, eventos especiais e comportamento do consumidor.

 Ao definir o problema dessa forma, você está estabelecendo uma meta específica e direcionando seus esforços para criar uma solução de IA que possa abordar essa questão específica de previsão de demanda.

Tenha uma estratégia na criação

O terceiro passo é ter uma estratégia bem definida. Isso envolve planejar como você irá desenvolver e implementar a IA, considerando recursos, prazos e objetivos. 

Defina as etapas do projeto, estabeleça as responsabilidades das equipes envolvidas e crie um cronograma realista. 

Além disso, é o momento de considerar os aspectos éticos e legais relacionados à IA, como a privacidade dos dados e a conformidade com regulamentos específicos.

Aqui, suponha que você seja um líder em uma empresa de assistência médica e deseje criar uma IA para auxiliar no diagnóstico médico. 

Sua estratégia pode envolver a formação de uma equipe multidisciplinar composta por médicos, cientistas de dados e engenheiros de software.

Você pode definir etapas como coleta e análise de dados médicos relevantes, desenvolvimento de algoritmos de aprendizado de máquina e criação de um protótipo funcional. 

Além disso, você deve considerar a conformidade com as regulamentações de proteção de dados, garantindo a privacidade dos pacientes e a segurança das informações médicas. 

Tenha em mente: uma estratégia clara permitirá que você conduza o projeto de forma eficiente e eficaz.

Decida se vai desenvolver ou usar uma IA pronta

Quando se está criando uma IA, você tem a opção de desenvolvê-la internamente ou usar uma IA pronta disponível no mercado. 

Essa decisão dependerá das necessidades específicas do seu negócio, recursos disponíveis e expertise da sua equipe.

 Desenvolver uma IA internamente pode oferecer maior controle e personalização, permitindo que você adapte a tecnologia às suas demandas específicas. 

Por outro lado, utilizar uma IA pronta pode acelerar o processo de implementação e reduzir custos, aproveitando as soluções já desenvolvidas por especialistas.

Imagine que você seja um líder em uma empresa de e-commerce e queira implementar uma IA para recomendação de produtos aos clientes. 

Você pode optar por desenvolver uma IA internamente, caso tenha uma equipe de cientistas de dados e engenheiros com habilidades relevantes, certo?

Isso permitiria que você criasse algoritmos personalizados e ajustasse a IA de acordo com as necessidades exclusivas da sua empresa. 

No entanto, se você tiver recursos limitados ou prazos restritos, também é possível optar por utilizar uma IA pronta, como um serviço de recomendação de terceiros. 

Isso permitiria que você se beneficiasse de soluções já consolidadas no mercado, economizando tempo e esforço na implementação da IA. 

A decisão dependerá das suas prioridades e da capacidade da sua empresa em desenvolver internamente a tecnologia necessária.

Continue acompanhando os resultados

Após implementar sua inteligência artificial, é essencial acompanhar de perto os resultados e realizar análises contínuas.

 Isso permite identificar possíveis ajustes, otimizar o desempenho e garantir que a IA esteja atingindo os objetivos estabelecidos. 

Avaliar os resultados também ajuda a identificar oportunidades de melhoria e identificar novas necessidades ou demandas que possam surgir ao longo do tempo.

Nesse caso, vamos pensar que você atua em uma empresa de atendimento ao cliente que tenha implementado um chatbot com IA para responder às perguntas dos clientes de forma automática. 

Ao acompanhar os resultados, você percebe que a taxa de satisfação dos clientes diminuiu significativamente após a implementação do chatbot.

Já ao analisar os dados e receber feedback dos clientes, você identifica que o chatbot não está compreendendo corretamente algumas perguntas complexas e fornecendo respostas imprecisas. 

Com base nesses insights, você realiza ajustes na IA, treina o modelo com mais dados e melhora a capacidade de compreensão e resposta do chatbot. 

Estar sempre observando os resultados é uma etapa fundamental para aperfeiçoar a IA, alinhar as expectativas e garantir que ela esteja alinhada com as metas e objetivos do negócio.

Quais plataformas servem para criar uma inteligência artificial?

Existem várias plataformas de inteligência artificial disponíveis que podem ser utilizadas para criar uma. 

Essas plataformas oferecem uma variedade de recursos e ferramentas que permitem aos desenvolvedores e equipes de negócios criar e implantar IA de forma mais eficiente. 

Alguns exemplos de plataformas populares são:

  1. TensorFlow: é uma biblioteca de software de código aberto amplamente utilizada para desenvolver modelos de IA, especialmente para aprendizado de máquina. Oferece suporte a diversas linguagens de programação e possui uma comunidade ativa;
  2. OpenAI: é uma plataforma que oferece modelos de inteligência artificial avançados e de código aberto, como o GPT-3, o DALL-E e o CLIP, que podem gerar textos, imagens e classificações a partir de linguagem natural;
  3. Google Cloud AI Platform: é uma plataforma de nuvem fornecida pelo Google, que oferece um conjunto de ferramentas para desenvolvimento e implantação de modelos de IA. Possui recursos avançados de aprendizado de máquina e oferece integração com outras ferramentas do ecossistema do Google.
  4. Caffe: é uma plataforma de código aberto que permite criar e treinar modelos de deep learning, especialmente para visão computacional e reconhecimento de imagem;
  5. Deeplearning4j: é uma plataforma de código aberto que permite criar e treinar modelos de deep learning em Java e Scala, usando redes neurais artificiais e algoritmos distribuídos.

Essas são apenas algumas das ferramentas de inteligência artificial disponíveis, e a escolha depende das necessidades específicas do projeto e dos recursos que melhor atendem aos objetivos da empresa.

Ou seja, é importante avaliar as funcionalidades, a facilidade de uso, a escalabilidade e o suporte oferecido por cada plataforma ao decidir qual delas utilizar para criar uma inteligência artificial, certo?

Conclusão

A criação de uma inteligência artificial pode ser desafiadora, mas com o conhecimento certo e uma abordagem estratégica, é possível alcançar resultados surpreendentes. 

Em um mundo cada vez mais digital e competitivo, a inteligência artificial se torna um diferencial estratégico para as empresas que buscam se destacar e se adaptar às demandas do mercado. 

Líderes precisam estar preparados para inovar, experimentar, aprender com os erros e continuar aprimorando sua IA ao longo do tempo.

O futuro está nas mãos daqueles que ousam criar e moldar a inteligência artificial de forma inteligente e responsável. Se você quer fazer parte dele, conheça o nosso programa Futur.e Me!

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“Esse exemplo de deep fake é apenas a ponta do iceberg do que iremos ver nos próximos anos”, destaca expert da SingularityU Brazil

O Deep Fake é um tipo de Inteligência Artificial que cada vez mais circula na nossa sociedade. Principalmente por conta do entretenimento, há várias maneiras de se utilizar deste instrumento tecnológico e que pode ser aproveitado também em diversas esferas sociais.

De questões políticas até propagandas comerciais, esta nova maneira de produzir conteúdos tem levantado várias questões éticas sobre direito a imagem, quem é a pessoa que se beneficia (em royalties) com esta realização e qual o limite para essa produção de conteúdo.

Nesta semana, a Volkswagen lançou uma campanha institucional sobre os 70 anos da empresa. Nela, Elis Regina, dirigindo uma Kombi de sua época, aparece junto de sua filha, Maria Rita, dirigindo uma Kombi mais recente e elétrica.

O par produz um dueto que emociona e toca os corações para quem entende a relação entre elas e se apega na realização entre mãe e filha. Alguns fazem críticas sobre o sentido de uso da música “Como nossos pais”, de Belchior, que dá liga entre o vínculo das duas personagens. Outros se perguntam se é correto utilizar imagem, corpo, movimentação e voz de alguém que não é mais presente.

Em meio a esta complexa relação com o produto comunicacional, o especialista em Inteligência Artificial da SingularityU Brazil, Alexandre Nascimento, nos concedeu uma entrevista sobre o caso. Em suas falas, o expert faz uma análise sobre o produto e ainda destaca algumas atenções necessárias.

Confira a entrevista na íntegra:

A propaganda da Volkswagen apresenta um bom exemplo do potencial do uso da IA na indústria criativa?

Alexandre Nascimento: Sim, é um excelente exemplo. O custo de fazer esse tipo de criação ficou muito menor e mais acessível, bem como o produto final está muito bem exec utado. Antes, o investimento necessário para fazer alguns efeitos era proibitivo (caro) para a maior parte dos anunciantes. Hoje, estamos vendo uma democratização e até comoditização de vários efeitos, que, portanto, passam a estar ao alcance de muitos, senão todos.

Mas vale ressaltar que esse exemplo é apenas a ponta do iceberg do que iremos ver nos próximos anos. A indústria publicitária vai ser completamente transformada com o uso da inteligência artificial, como tive o prazer de comentar recentemente numa entrevista que dei para o Meio & Mensagem (última questão).

Alexandre Nascimento é expert da Singularity University, com mais de 20 anos de experiência no desenvolvimento de produtos e plataformas tecnológicas inovadoras.
Alexandre Nascimento é expert da Singularity University, com mais de 20 anos de experiência no desenvolvimento de produtos e plataformas tecnológicas inovadoras.

Podemos chamar a peça publicitária de um “bom” exemplo quando se discute deep fake? Quais seriam os maus exemplos? Que tipo de dilema ético sobre “ressuscitar” pessoas com uso de IA a gente se depara em um momento como esse? Como podemos ter essa discussão?

Alexandre Nascimento: Do ponto de vista da criação: sim. Podemos dizer que é um bom exemplo. E, sem dúvida, quando vemos a utilização da mesma tecnologia para criar vídeos falsos, com pessoas dizendo algo que não disseram, em qualquer contexto que gere impressões negativas e opiniões sobre uma pessoa, que não fez algo e não disse o que foi criado, isso é extremamente preocupante. Infelizmente se tornou mais comum do que muitos podem acreditar. Tais recursos estão sendo utilizados há um bom tempo na política, na desinformação, e, para suportar teorias da conspiração, que criam sentimentos negativos e desinformação para o público em geral.

Mas, há um aspecto importante que vai além do “bom” uso sob a ótica da maravilha tecnológica a serviço da criação. De fato, desde 2019, há uma discussão muito grande sobre a nova indústria da imortalidade digital e principalmente seus aspectos éticos.

Em 2020, a Microsoft patenteou uma técnica que permite imortalizar alguma pessoa à partir de suas imagens e conteúdos deixados em redes sociais, permitindo que qualquer um de nós possamos ter uma versão eletrônica imortal. Do ponto de vista tecnológico, é espetacular. Do ponto de vista ético, há muita discussão.

Por exemplo, no caso do comercial, sem dúvida é uma belíssima peça publicitária, que provoca uma emoção muito positiva no público. Por outro lado, a Elise Regina não teve oportunidade de decidir pelo uso de sua imagem, pois imagino que ela não tenha deixado isso em um testamento ou em algum documento com seus desejos, de forma explícita, visto que seria muito difícil prever este estágio de desenvolvimento da tecnologia.

Então, há muita gente que questione mesmo este exemplo de boa utilização, quando se trata de associar uma pessoa falecida com uma marca ou com uma geração de conteúdo que tenha fins comerciais.

Trata-se de um assunto polêmico e muito complexo, em que eu mesmo tenho opinião dividida, pois os dois lados têm argumentos, muito bons inclusive. E, é esse tipo de paradoxo que estamos vivendo hoje e que é tema da apresentação que faço no xTech Legal da SU, onde membros do judiciário como juízes, promotores, analistas e desembargadores participam.

O fato é que começaremos a ver uma regulação desse tipo de coisa, e, provavelmente vamos ter que expressar nossos desejos de forma oficial sobre o que autorizamos a fazer com nossa imagem antes de morrermos. Por exemplo, eu não gostaria de que uma imagem digital minha fosse associada à algumas marcas que não admiro e que não tenho alinhamento de valores, mesmo que seja uma peça publicitária incrível e que desperte emoções positivas em todos. Trata-se de um desejo pessoal meu que eu quero que seja respeitado. Por outro lado, eu autorizaria o uso de minha imagem para outras organizações com propósitos que eu acredito.

Em suma, trata-se de um tema que está sendo fruto de discussão há alguns anos e vai perdurar.

O Deep Fake (embedar o texto anterior) é um tipo de Inteligência Artificial que cada vez mais circula na nossa sociedade. Principalmente por conta do entretenimento, há várias maneiras de se utilizar deste instrumento tecnológico e que pode ser aproveitado também em diversas esferas sociais.

De questões políticas até propagandas comerciais, esta nova maneira de produzir conteúdos tem levantado várias questões éticas sobre direito a imagem, quem é a pessoa que se beneficia (em royalties) com esta realização e qual o limite para essa produção de conteúdo.

Nesta semana, a Volkswagen lançou uma campanha institucional sobre os 70 anos da empresa. Nela, Elis Regina, dirigindo uma Kombi de sua época, aparece junto de sua filha, Maria Rita, dirigindo uma Kombi mais recente e elétrica.

O par produz um dueto que emociona e toca os corações para quem entende a relação entre elas e se apega na realização entre mãe e filha. Alguns fazem críticas sobre o sentido de uso da música “Como nossos pais”, de Belchior, que dá liga entre o vínculo das duas personagens. Outros se perguntam se é correto utilizar imagem, corpo, movimentação e voz de alguém que não é mais presente.

Em meio a esta complexa relação com o produto comunicacional, o especialista em Inteligência Artificial da SingularityU Brazil, Alexandre Nascimento, nos concedeu uma entrevista sobre o caso. Em suas falas, o expert faz uma análise sobre o produto e ainda destaca algumas atenções necessárias.

Confira a entrevista na íntegra:

A propaganda da Volkswagen apresenta um bom exemplo do potencial do uso da IA na indústria criativa?

Alexandre Nascimento: Sim, é um excelente exemplo. O custo de fazer esse tipo de criação ficou muito menor e mais acessível, bem como o produto final está muito bem exec utado. Antes, o investimento necessário para fazer alguns efeitos era proibitivo (caro) para a maior parte dos anunciantes. Hoje, estamos vendo uma democratização e até comoditização de vários efeitos, que, portanto, passam a estar ao alcance de muitos, senão todos.

Mas vale ressaltar que esse exemplo é apenas a ponta do iceberg do que iremos ver nos próximos anos. A indústria publicitária vai ser completamente transformada com o uso da inteligência artificial, como tive o prazer de comentar recentemente numa entrevista que dei para o Meio & Mensagem (última questão).

Podemos chamar a peça publicitária de um “bom” exemplo quando se discute deep fake? Quais seriam os maus exemplos? Que tipo de dilema ético sobre “ressuscitar” pessoas com uso de IA a gente se depara em um momento como esse? Como podemos ter essa discussão?

Alexandre Nascimento: Do ponto de vista da criação: sim. Podemos dizer que é um bom exemplo. E, sem dúvida, quando vemos a utilização da mesma tecnologia para criar vídeos falsos, com pessoas dizendo algo que não disseram, em qualquer contexto que gere impressões negativas e opiniões sobre uma pessoa, que não fez algo e não disse o que foi criado, isso é extremamente preocupante. Infelizmente se tornou mais comum do que muitos podem acreditar. Tais recursos estão sendo utilizados há um bom tempo na política, na desinformação, e, para suportar teorias da conspiração, que criam sentimentos negativos e desinformação para o público em geral.

Mas, há um aspecto importante que vai além do “bom” uso sob a ótica da maravilha tecnológica a serviço da criação. De fato, desde 2019, há uma discussão muito grande sobre a nova indústria da imortalidade digital e principalmente seus aspectos éticos.

Em 2020, a Microsoft patenteou uma técnica que permite imortalizar alguma pessoa à partir de suas imagens e conteúdos deixados em redes sociais, permitindo que qualquer um de nós possamos ter uma versão eletrônica imortal. Do ponto de vista tecnológico, é espetacular. Do ponto de vista ético, há muita discussão.

Por exemplo, no caso do comercial, sem dúvida é uma belíssima peça publicitária, que provoca uma emoção muito positiva no público. Por outro lado, a Elise Regina não teve oportunidade de decidir pelo uso de sua imagem, pois imagino que ela não tenha deixado isso em um testamento ou em algum documento com seus desejos, de forma explícita, visto que seria muito difícil prever este estágio de desenvolvimento da tecnologia.

Então, há muita gente que questione mesmo este exemplo de boa utilização, quando se trata de associar uma pessoa falecida com uma marca ou com uma geração de conteúdo que tenha fins comerciais.

Trata-se de um assunto polêmico e muito complexo, em que eu mesmo tenho opinião dividida, pois os dois lados têm argumentos, muito bons inclusive. E, é esse tipo de paradoxo que estamos vivendo hoje e que é tema da apresentação que faço no xTech Legal da SU, onde membros do judiciário como juízes, promotores, analistas e desembargadores participam.

O fato é que começaremos a ver uma regulação desse tipo de coisa, e, provavelmente vamos ter que expressar nossos desejos de forma oficial sobre o que autorizamos a fazer com nossa imagem antes de morrermos. Por exemplo, eu não gostaria de que uma imagem digital minha fosse associada à algumas marcas que não admiro e que não tenho alinhamento de valores, mesmo que seja uma peça publicitária incrível e que desperte emoções positivas em todos. Trata-se de um desejo pessoal meu que eu quero que seja respeitado. Por outro lado, eu autorizaria o uso de minha imagem para outras organizações com propósitos que eu acredito.

Em suma, trata-se de um tema que está sendo fruto de discussão há alguns anos e vai perdurar.