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A referencialidade como fator de diretriz ao futuro

No último dia de Executive Program, em parceria com o Sest Senat, Sally Dominguez, inventora, futurista e expert global da SingularityU, participou a manhã inteira convidando os empresários do transporte nacional a pensarem sobre o futuro das mobilidades.

Como característica de suas palestras, Sally trouxe diferentes tecnologias que já estão sendo criadas e cada vez mais o público se assustava com tamanha criatividade e criação de novos produtos.

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O que Sally destacou em sua palestra é que apenas os pensamentos sobre mobilidade, direcionados ao futuro, se sustentarão se houver uma preocupação relacionada às cidades e a expectativa de cada vez mais chegar rápido aos destinos.

Nesse sentido, as maiores inovações que estão crescendo exponencialmente se destacam pelo transporte vertical. Cada vez mais teremos drones e veículos que permitam esta locomoção, o que, consequentemente, transformará a estrutura das nossas cidades.

Afinal, há material para isso. Os tetos podem se transformar em colmeias com produtos que serão entregues sem a necessidade de uma cadeia de organização humana. Os carros podem se transformar em células de aglomeração destes produtos, por exemplo, sem a necessidade de saída de um motorista, que logo se tornará autônomo e fará outro serviço nele.

E, diferente de uma angústia e medo, a tarefa é cada vez mais pensar nas possibilidades de jeitos simples, que acolham e passam pelo entendimento da solução. Afinal, o que queremos precisa ser preponderante e maior do que todos os outros processos.

Ideias além dos setores e lucros ainda invisíveis

Outro insight maravilhoso proposto por Sally foi entender que diferentes disrupções podem criar mercados fantásticos e com situações que podem ser otimizadas.

Conforme a eletrificação for tomando forma em nossa existência, cada vez mais os espaços de estacionamento de shoppings, por exemplo, vão se tornar espaços de carregamento, centros de delivery e até sustentação de processos que já são criados.

Afinal, são polos de serviços e, muitas vezes, semelhantes. Por isso, precisarão se redesenhar para atrair atenção e cada vez mais serem práticos, senão, perderão dinheiro, oportunidade e negócio. Energias limpas, como a solar, cada vez mais estarão próximas e de maneira prática. Com terrenos grandes como este estabelecimento, é possível se tornar também um polo produtivo de energia.

Além disso, Sally mostrou como pensamos o uso de hidrogênio ainda de uma maneira extremamente abstrata, mas que pode ser próxima e ainda solucionar outro problema grande que temos em nossa sociedade.

O Brasil desperdiça muito alimento. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, 33% da produção mundial de alimentos é perdida por ano. No Brasil, desperdiçamos 30% dos nossos alimentos, com um número por volta de 46 milhões de toneladas por ano.

Isso poderia ser revertido em centros de produção de energia de biomassa. Segundo Sally, é possível produzir 800kg de hidrogênio renovável por dia com pelo menos 20.000 toneladas de biomassa. Ou seja: é possível resolver um problema, lucrar com ele e ainda resolver a questão da queima de combustíveis fósseis.

A tarefa do futuro seria ainda liar isso com uma combustão que não produzisse CO2, porém, se há essa curiosidade, compreensão de diferentes setores e a proposta, por que não achar uma solução?

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“Chegou a hora de pensarmos muito além do que nossa história permite”, destaca Sally Dominguez

Falar de um tempo em que ainda chegará exige cuidado e muito acolhimento. É um trabalho de pensamento que comprime vontades com extremas responsabilidades para que o caminho que seja tomado não seja infindável ou maléfico.

Para uma futurista e inventora, isso é algo cotidiano e se torna um padrão mental de compreender o futuro. Por isso, o trabalho é também mostrar aos outros como isso pode ser possível.

Este foi o trabalho de Sally Dominguez, faculty global da SingularityU, que atualmente trabalha com a NASA no Centro de Pesquisa Langley construindo a visão de 2040 da empresa. Com mais background próximo de lideranças globais, Sally tem responsabilidade, cuidado e extrema expertise ao tratar do assunto.

Desta vez o assunto principal foi transformar a maneira com que pensamos transporte. Mobilidade é algo a se pensar individualmente, de exoesqueletos, por exemplo, até a questão de repensar a infraestrutura para manter sustentável sistemas autônomos.

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Porém, para Sally, o destaque e que deve ser principal neste momento é não inibirmos com a concepção de realidade que possuímos no momento. Afinal, como Carla Tieppo e Thomas Brieu mostraram, nosso cérebro se constitui majoritariamente de padrões de sobrevivência.

Esperança como inclinação para uma boa liderança

Em sua fala, Sally Dominguez tratou de destacar um ponto extremamente importante para pensarmos o futuro: nosso comportamento como líderes. Diferentemente de olhar apenas execuções, Sally destaca como uma liderança que compreenda o outro e que se permite pensar sobre o futuro é fundamental para criar novas perspectivas.

Afinal, quando há uma esperança e capacidade de olhar o futuro com cuidado, a liderança atua de maneira compreensiva e passa a questionar a si própria nestes cenário. É neste ponto em que nascem as propostas genuínas e que podem ser inovadoras.

Nesse sentido, a inventora e futurista destacou várias abordagens que podem ser colocadas para praticar inovação e disrupção, mas, em todas elas, o primeiro eixo diferencial era a proposição de cada um.

“Terceirizar responsabilização não é escopo do futuro e depende da nossa atuação atual”, ressalta a expert.

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“Você não deve usar I.A. para problemas antigos”, destaca professor de Columbia e Expert SU Global