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Liderança

9 tipos de perfil de liderança para você conhecer e dicas para desenvolver

Imagine uma situação: você entra em uma sala e, de repente, todos os olhares voltam para você. O ambiente está em silêncio, à espera de suas palavras. 

Você é esperado como um líder. Mas você está pronto para agir como um?

Nem todas as pessoas têm, de fato, perfil de liderança e, ao mesmo tempo, muitas que têm, nem sabem que possuem.

No imaginário mais comum, ao entrar nesse ambiente, é esperado que sua plateia fique em silêncio, maravilhada pela presença magnética e pela sua habilidade de influenciar hipnótica.

Porém, existem vários tipos de perfis de liderança para além do “carismático”, e todos essas formas são capazes de conduzir equipes rumo ao sucesso, desafiando limites e alcançando resultados excepcionais.

Neste artigo, vamos apresentar os atributos essenciais que compõem esse verdadeiro trunfo para as lideranças e conhecer as formas que uma boa liderança pode se manifestar.

Descubra o que há por trás daqueles que lideram com maestria e deixam uma marca nas organizações que passam!

Leia também: Liderança e gestão de pessoas: como elas se relacionam?

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O que é um perfil de liderança?

Um perfil de liderança é muito mais do que uma posição ou título ocupado dentro de uma organização. Trata-se de um conjunto de características, habilidades e comportamentos que distinguem os líderes excepcionais dos demais. 

É também a essência que impulsiona a capacidade de inspirar, influenciar e guiar equipes em direção a objetivos comuns.

Isso quer dizer que essa postura vai além das habilidades técnicas e conhecimentos específicos e envolve também competências emocionais, inteligência interpessoal e uma visão estratégica. 

Desenvolver um perfil de liderança, o que é possível para muitas pessoas, é uma jornada de autodesenvolvimento, aprendizado contínuo e busca pela excelência. 

Ao compreender e cultivar essas características, os líderes empresariais podem se destacar e impactar positivamente suas equipes e organizações.

Qual a personalidade de um líder?

A personalidade de um líder é um fator fundamental que influencia seu estilo de liderança e sua capacidade de engajar e inspirar os outros. 

Embora cada líder tenha uma personalidade única, existem certos traços comuns que são frequentemente associados a líderes eficazes.

Um desses traços é o carisma e empatia. Líderes carismáticos possuem um magnetismo natural que atrai as pessoas ao seu redor. 

 Eles têm a habilidade de se conectar emocionalmente com os membros da equipe, demonstrando empatia, compreensão e cuidado genuíno. Mas esse não é o único traço.

Outro importante é a resiliência e determinação. Liderança requer resiliência para enfrentar desafios e superar obstáculos. Figuras resilientes não desistem facilmente e demonstram determinação em buscar soluções, mesmo diante de adversidades.

A inteligência emocional é também um traço essencial de um líder eficaz. Por exemplo, a capacidade de compreender e gerenciar as próprias emoções, assim como responder às emoções dos outros são formas de ter relacionamentos saudáveis com as equipes.

Ainda, bons líderes têm a capacidade de enxergar além do presente e desenvolver uma visão clara do futuro. 

Eles possuem uma visão estratégica e são capazes de definir metas desafiadoras, traçar estratégias e orientar suas equipes em direção a esse objetivo.

A habilidade de se expressar de forma clara, persuasiva e inspiradora também é fundamental para um líder. 

Essas pessoas são excelentes comunicadores, capazes de transmitir suas ideias e visões de forma convincente, motivando e engajando suas equipes.

Finalmente, um perfil de liderança também passa pela capacidade de tomar decisões difíceis e assertivas, considerando múltiplos fatores e avaliando riscos. 

Ou seja, é alguém que consegue analisar informações, ouvir diferentes perspectivas e tomar decisões que beneficiem a organização como um todo.

Tipos de perfis de liderança com exemplos

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Após nosso apanhado geral sobre a personalidade de um líder, podemos nos debruçar com mais aprofundamento sobre cada tipo de liderança:

  • Determinado;
  • Investidor;
  • Carismático;
  • Contagiante;
  • Paternalista;
  • Coercitivo;
  • Técnico;
  • Situacional;
  • Democrático.

A seguir entenda melhor sobre cada um.

Lider Determinado

Os líderes determinados são altamente focados e orientados a resultados. Eles estabelecem metas desafiadoras e estão comprometidos em alcançá-las. 

Possuem uma visão clara do que desejam conquistar e são persistentes na busca pelos objetivos estabelecidos. 

São resolutos, corajosos e inspiram sua equipe a superar obstáculos e enfrentar desafios com determinação.

Jeff Bezos, fundador da Amazon, é conhecido por sua determinação em inovar e expandir os negócios da empresa, estabelecendo metas audaciosas e mantendo o foco na execução.

Um outro exemplo atual de líder determinado é Elon Musk, CEO da SpaceX e Tesla, conhecido por sua determinação em revolucionar as indústrias espacial e automobilística.

Lider Investidor

Os líderes investidores acreditam no potencial de crescimento e desenvolvimento de seus colaboradores. 

Eles dedicam tempo e recursos para capacitar e desenvolver suas equipes, proporcionando oportunidades de aprendizado e crescimento profissional. 

Também valorizam o desenvolvimento individual e coletivo, buscando o fortalecimento das competências e habilidades dos membros da equipe.

Um exemplo de líder investidor é Bill Gates, cofundador da Microsoft, que investe em programas de treinamento e desenvolvimento para capacitar os funcionários de sua empresa.

Lider Carismático

Os líderes carismáticos possuem um magnetismo pessoal que atrai e inspira as pessoas ao seu redor. 

Possuem habilidades de comunicação excepcionais e são persuasivos na transmissão de sua visão e objetivos. São pessoas que sabem cativar e envolver a equipe, despertando entusiasmo e comprometimento.

Um exemplo de líder carismático é Richard Branson, fundador do grupo Virgin, conhecido por sua personalidade carismática e capacidade de motivar seus funcionários.

Lider Contagiante

Os líderes contagiantes são capazes de criar um ambiente positivo e motivador. Possuem uma energia contagiante que inspira e energiza a equipe. 

No geral, eles são otimistas, encorajadores e demonstram entusiasmo em relação ao trabalho e aos objetivos da organização. A atitude positiva deles também influencia e motiva os membros da equipe a darem o melhor de si.

Um exemplo de líder contagiante muito famoso é Oprah Winfrey, renomada apresentadora de televisão, que inspira e motiva milhões de pessoas em todo o mundo com sua positividade.

Lider Paternalista

Líderes paternalistas, como o nome sugere, têm uma abordagem mais cuidadosa e protetora em relação aos membros de sua equipe. 

Eles se preocupam com o bem-estar e o desenvolvimento pessoal de seus colaboradores. Estão disponíveis para ouvir e aconselhar, e valorizam o relacionamento próximo com sua equipe.

E o melhor: procuram criar um ambiente de trabalho harmonioso e estão dispostos a tomar decisões considerando o impacto na saúde dos colaboradores.

Um exemplo de líder paternalista é Howard Schultz, ex-CEO da Starbucks, conhecido por seu estilo de liderança centrado nas pessoas e preocupação com o bem-estar de seus funcionários.

Lider Coercitivo

 Líderes coercitivos são aqueles que tomam decisões rápidas e assertivas e esperam obediência imediata. Eles definem altos padrões de desempenho e podem ser exigentes com seus colaboradores. 

Por isso, também, eles esperam obediência e rápida execução das tarefas, além de tenderem a tomar decisões de forma autocrática, sem envolver a equipe no processo de decisão. 

Esse estilo de liderança pode ser eficaz em situações de emergência ou quando é necessária uma ação imediata. No entanto, também pode ter um resultado negativo para o time em alguns casos.

Um exemplo de líder que pode ser considerado coercitivo é Steve Jobs, cofundador da Apple, conhecido por sua exigência e busca pela perfeição.

Lider Técnico

Os líderes técnicos possuem um profundo conhecimento e experiência na área de atuação. 

Eles são verdadeiros especialistas em suas respectivas áreas e são valorizados por sua expertise técnica — que os levou para o lado da liderança. 

Eles atuam pelo exemplo, demonstrando habilidades técnicas e conhecimento especializado que inspiram a equipe.

Um exemplo de líder técnico é Sundar Pichai, CEO do Google, que é conhecido por sua profunda compreensão do setor de tecnologia e sua habilidade em liderar equipes altamente qualificadas.

Lider Situacional

 Líderes situacionais são flexíveis e adaptáveis, ajustando sua abordagem de liderança de acordo com as demandas e necessidades da situação. 

Eles avaliam cuidadosamente cada contexto e adotam um estilo de liderança que melhor se adequa às circunstâncias.

Um exemplo de líder situacional é Angela Merkel, ex-chanceler alemã, conhecida por sua habilidade em lidar com diferentes desafios políticos e adaptar sua liderança conforme necessário.

Lider Democrático

Líderes democráticos valorizam a participação e a colaboração de sua equipe. Muitas vezes, esse é o time de liderança mais procurado por organizações abertas.

Essas figuras envolvem os membros da equipe nas decisões, promovendo um ambiente de participação e compartilhamento de ideias. 

Um exemplo de líder democrático é Indra Nooyi, ex-CEO da PepsiCo, que é conhecida por seu estilo de liderança colaborativo e por incentivar a diversidade de perspectivas.

Cada tipo de perfil de liderança possui características e abordagens distintas, e é importante lembrar que um líder pode ter uma combinação de estilos, adaptando-se às diferentes situações e necessidades da equipe.

Qual é o melhor perfil de liderança?

Não existe um perfil de liderança universalmente melhor do que os outros. 

Cada perfil tem suas próprias vantagens e desafios, e o estilo de liderança mais adequado dependerá do contexto, das necessidades da equipe e dos objetivos organizacionais — principalmente em momentos de mudanças e incertezas.

O melhor líder é aquele que consegue adaptar-se e utilizar diferentes estilos de liderança de acordo com as circunstâncias, sendo flexível e capaz de extrair o melhor de cada perfil para inovar e ter sucesso.

Como desenvolver um perfil de liderança?

como desenvolver um perfil de liderança

Não há uma única forma de desenvolver um perfil de liderança, mas há bons caminhos para seguir se você quer encontrar o seu. Veja a seguir!

Invista em autoconhecimento e desenvolvimento pessoal

O autoconhecimento é o primeiro passo para desenvolver um perfil de liderança sólido. Conhecer suas próprias habilidades, pontos fortes e áreas de melhoria é essencial para identificar o tipo de líder que você deseja ser e definir metas de desenvolvimento. 

Invista em atividades de autoavaliação, como avaliações de competências, feedbacks e coaching, para aprimorar suas habilidades e trabalhar em áreas específicas.

Desenvolva habilidades de comunicação eficaz

A comunicação é o que faz um líder eficaz. Aprenda a se comunicar de forma clara, assertiva e empática, tanto na transmissão de informações quanto na escuta ativa. 

Você pode fazer isso trabalhando habilidades de comunicação verbal e escrita, aprimorando sua capacidade de se expressar com clareza e buscando inspirar confiança e engajamento em sua equipe.

Desenvolva habilidades de gestão de pessoas

A gestão de pessoas envolve habilidades como liderança, motivação, feedback construtivo e resolução de conflitos. É o momento de investir no desenvolvimento dessas habilidades para ser capaz de inspirar, engajar e desenvolver sua equipe de forma efetiva. 

Aprenda a identificar as necessidades e expectativas dos colaboradores, oferecer suporte e reconhecimento, e criar um ambiente de trabalho positivo e produtivo.

Busque conhecimento e atualização constante

A liderança está em constante evolução, e é essencial manter-se atualizado sobre as tendências e práticas de liderança. 

Portanto, busque oportunidades de aprendizado, como cursos, workshops e leitura de livros e artigos especializados. Por exemplo, apostar no campo da inovação e tecnologia é uma forma de acompanhar o que há de novo no mercado.

Também esteja aberto a novas ideias, perspectivas e abordagens, e esteja disposto a experimentar e aprender com os desafios e experiências do dia a dia.

Desenvolva habilidades de resolução de problemas e tomada de decisão

Líderes eficazes são capazes de enfrentar desafios, tomar decisões assertivas e resolver problemas de forma eficiente. 

Desenvolva habilidades de análise crítica, pensamento estratégico e capacidade de tomar decisões fundamentadas. Mais do que isso: saiba lidar com situações complexas, identificar soluções viáveis e implementar ações eficazes para alcançar resultados positivos.

Cultive habilidades de liderança inspiradora

Um perfil de liderança inspirador é capaz de motivar, engajar e mobilizar sua equipe em direção a objetivos comuns. 

Cultive habilidades de liderança inspiradora, como a capacidade de estabelecer uma visão clara, criar um ambiente de confiança e colaboração, reconhecer e valorizar o trabalho da equipe, e incentivar o crescimento e desenvolvimento de cada membro.

Finalmente: Lembre-se de que o desenvolvimento de um perfil de liderança é um processo contínuo, e requer dedicação, prática e aprendizado ao longo do tempo. 

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Conclusão

Cada líder tem sua própria jornada e estilo de liderança, e não existe uma fórmula única para o sucesso. 

O mais importante é estar disposto a se adaptar, aprender com os desafios e buscar constantemente se desenvolver como líder. 

Com dedicação, empenho e uma visão clara de seus objetivos, você estará no caminho certo. Para isso, também, você pode contar com o apoio de programas executivos que foram líderes e pensam no amanhã.

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“Grandes empresas não fazem disrupção: esse é o trabalho das startups”, afirma David Roberts

O 9º Executive Program chegou ao fim nesta quinta-feira (21/06). Com isso, vários insights e aprendizagens ainda estão borbulhando na cabeça dos participantes e há muito o que colocar em prática.

Mas, antes do “até logo”, já pensando na próxima edição, David Roberts, expert da SingularityU e premiado CEO, fez questão de dar destaques ao modelo de negócio de startups.

Por conta de sua construção e posição no mercado, o especialista em empreendedorismo destacou tamanha capacidade, plasticidade e oportunidade que este tipo de negócio permite. Com uma organização disposta diferente, as startups conseguem produzir disrupções com mais facilidade.

Ao afirmar isso, David trouxe também a reflexão sobre a diferença entre inovação e disrupção. Para o especialista, fazer as mesmas coisas, só que de uma forma mais eficiente, é uma capacidade de inovar. Enquanto que a forma disruptiva está em fazer novas coisas e tornar as antigas obsoletas.

“Estamos falando sobre disrupção inovativa há mais de 30 anos, mas as duas coisas não são a mesma coisa”, deixou claro o especialista da SingularityU.

A guerra interna nas organizações

Para o premiado CEO, as empresas grandes normalmente se dividem em departamentos, de níveis hierárquicos, que acabam separando e alienando cada área existente.

Nesse sentido, se há uma ideia proposta por um setor, ela ou demorará para chegar em outros ou terá uma grande rigidez que vai reprimir a ideia disruptiva: “Assim, as ideias morrem sem nem colocarem-na em prática”.

Afinal, há um medo. Disrupção significa que há a necessidade de tentar entender uma questão da sociedade, que pode ainda não ter um mercado completamente definido e, por isso, se torna um tanto quanto imprevisível. Por isso, é necessário trazer consumidores, enquanto revê seus próprios planos, e ter uma ação flexível, que garanta a segurança desta empreitada.

Enquanto isso, a inovação está pensando sobre um problema já entendido, em um mercado estruturado, com métodos tradicionais e que precisam de uma execução da organização.

São concepções diferentes e que exigem nosso maior entendimento para assimilarmos as dificuldades dessa jornada que é empreender. Uma empresa se intimida com essa situação. Mas, como David retoma, as tecnologias exponenciais e novas ferramentas que estarão no mundo trarão transformações, com mais maleabilidade e flexibilidade.

Com o tempo, estes instrumentos digitais estarão presentes em todos os setores da sociedade. Para o especialista, será algo necessário para as organizações:

“Nós seremos incrivelmente poderosos com este tipo de tecnologia, de uma forma que ninguém imagina. Podemos até não gostar do que estamos nos tornando ou do que já somos, mas podemos fazer diferente se começarmos a procurar a disrupção com um propósito e não apenas aumentar nossa eficiência.”

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“Existem dois tipos principais de inovação: melhorar o que já faço e criar coisas novas”, menciona estrategista da Deloitte 

Ao longo do ano de 2023, diversas vezes tratamos sobre os assuntos de venture capital, principalmente como uma alternativa estratégica, onde pode ser adotada nas organizações para construir laboratórios de inovação.

Algumas grandes empresas, como Nestle e Tetra Park, participaram de eventos no Learning Village onde contaram sobre seus modelos de negócio de inovação aberta. A ideia, nestes casos, é que não haja apenas uma gestão de inovação ou uma área supervisionando estas questões: é ampliar os horizontes da empresa, trazendo parceiros de fora e prospectando novas oportunidades e produções.

Nesse sentido, permitiram construir e investir em startups que estão conseguindo solucionar alguns de seus problemas: desde questões de poluição e sustentabilidade, até problemas de governança e interações nos sistemas das organizações.

Tal como no 9º Digital on Board, quando foi falado sobre o conceito de Ambidestria e Venture Capital, Glaucia Guarcello, que é Innovation & Lead Partner na Deloitte e Expert na SingularityU Brazil, trouxe o assunto para o 9º Executive Program. Neste caso específico, além de trazer este modelo de gestão como uma estratégia de inovação que envolve toda a organização, a especialista trouxe uma perspectiva de olhar a historicidade do mundo e construir ações para garantir um ambiente de inovação.

Para a expert, a questão da historicidade surge por conta das revoluções tecnológicas que a sociedade sofre. Entender o desenvolvimento gráfico, de alocação de dados, manejos produtivos, e até de capilarização no meio social, é algo crucial para compreender se há necessidade de continuar com o direcionamento de inovação.

Por isso, as inovações abertas surgem como alternativas de gestão, pois permitem um tempo para análise das questões estabelecidas. Uma organização que patrocina e financia projetos, se torna próxima e transparente sobre as reais soluções de vários problemas que existem e podem vir a existir.

Conforme há o investimento e esse laboratório de aprendizados (com tentativas e reorganização das diretrizes), é possível enxergar quais serão as tecnologias adotadas e se serão efetivas neste momento histórico. Um exemplo dado foi o investimento em metaverso há alguns anos, que ainda terá seu momento, mas ainda não aconteceu.

Atualmente, em meio às transformações que as tecnologias exponenciais estão proporcionando, Glaucia retoma essa ideia para mostrar que é possível melhorar os processos produtivos já constituídos e destacou que “toda empresa passa por mudanças em seus processos”.

Com este olhar atento, maneiras de gestão podem ser melhoradas com estas iniciativas. Mas, destaca que só será possível pelo entendimento do momento e por isso traz o pensamento exponencial: para compreender o futuro, quanto aos usos de tecnologias digitais e em realidade virtual, informações automatizadas e distribuídas em diversas plataformas, diferentes infraestruturas de segurança e a adoção de inteligências artificiais nas produções cotidianas.

Ao mesmo tempo, estar atento aos processos que vão mudar é trazer estas preocupações para uma clareza e até criar novas alternativas para o que está por vir.

Os lucros, redes de conexão, estrutura da empresa, processos de produção, desempenho, sistema, serviços, canais de informação, os próprios valores de marca e o envolvimento do cliente no consumo serão completamente afetados com as novas transformações. Por isso, há diversas áreas para garantir estes desenvolvimentos e toda a organização precisa estar alinhada com esta ideia.

Modelos de inovação aberta

Este tipo de direcionamento vai exigir alguns processos de gerenciamento, desenho de gestão e suporte da jornada que será tomada, principalmente com métricas que garantam transparência nos processos adotados. Mas, antes disso, há a necessidade de definir uma agenda e dar diretrizes aos sistemas estratégicos que garantam o aporte de inovação.

A expert da SingularityU Brazil trouxe quatro tipos de modelo de negócio com inovação aberta, na tentativa de criar uma percepção ao público do 9º Executive Program. Além disso, trouxe resultados deste tipo de estratégia de mercado com cases de sucesso.

A adoção do venture client consiste em fazer compras de produtos feitos por outras startups, a fim de obter benefícios estratégicos e financeiros imediatos, ao mesmo tempo que são mensuráveis.

Com esse mecanismo, é possível resolver problemas internos e obter um resoltado a curto prazo.

Com o corporate venture capital, o investimento em startups que se alinhem ao seu objetivo pode garantir um retorno estratégico e financeiro no futuro da organização.

É algo que permite uma assimilação maior, mas exige um pouco de tempo e também aporte financeiro para a aceleração da empresa que resolverá seu problema.

O venture building consiste em criar novas empresas dentro da mesma, como um ‘braço de negócios’. É possível alinhar isso com outras entidades e até fazer parcerias, mas caso haja um problema diagnosticado, pode ser criado do zero.

Por fim, a fusão ou M&A, trata-se de fundir-se a outra empresa, tentando incorporar seus recursos, eficiências, visibilidade de mercado e até valores. É uma maneira de ampliar a capacidade de inovação e construir mais aporte para dispor em um futuro.

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Blog Empreendedorismo Liderança Tecnologia

“Quando você encontra propósito, você percebe como fazer um impacto positivo no mundo”, enfatiza Gary Bolles, ao falar sobre o futuro do trabalho

Uma das temáticas mais faladas na 9ª edição do Executive Program estava aliada às questões dos trabalhadores. O medo que se paira sobre a aplicação da inteligência artificial ainda ultrapassa as realizações e a maneira com que podemos ser beneficiados por esta nova tecnologia.

Por isso, Gary Bolles, especialista em Futuro do Trabalho pela SingularityU, destacou o quanto o papel de um bom líder é fazer com que seus colaboradores consigam enxergar esta ajuda. O “tsunami silencioso de IA”, como o próprio especialista nomeia, já está transformando cada um de nós e seu painel é ajudar todos os presentes a entender como aproveitar estes grandes avanços tecnológicos.

Mas isso não é uma responsabilidade do trabalhador. Gary destacou o quanto há a necessidade de treinamento, para que os mais habilidosos continuem com seus espaços e se aproveitem deste maquinário para operacionalizar algumas de suas ações.

Reconhecer a necessidade de uma liderança é colocar clareza na questão de governança, afinal, um líder não é necessariamente um gestor de área. Por isso, há todo um trabalho dentro de uma organização, dos conselheiros até os gestores de time, para proporcionarem diretrizes que encabecem este tipo de característica.

De início, o especialista em futuro do trabalho destacou que o ponto mais importante neste momento histórico é entender como aliar esta tecnologia exponencial ao trabalho, entendendo onde ocorrerão as substituições e como podemos ter trabalhadores que se utilizem de seus manejos.

É um trabalho que existe visão e percepção do que pode ocorrer. Por isso, Bolles dedicou seu tempo a mostrar que a I.A continuará dependente de nossa habilidade (skill) e, por isso, saber se utilizar dela será um diferencial. Ao mesmo tempo, precisaremos retornar aos propósitos e principais questões focais do nosso trabalho, com um propósito e objetivo claro, pois não podemos nos perder mais do que já ocorre.

Simultaneamente, Gary retoma a visão individual para falar sobre a necessidade de compreender a flexibilidade do trabalho. As lideranças precisam entender que há uma gama de atividades que não precisam necessariamente serem feitas no mesmo lugar e ao mesmo tempo. Em linhas gerais, o expert em Futuro do Trabalho mostra como há maneiras de fazer um trabalho, que não tem as mesmas preocupações, necessidades e atribuições.

Por isso, antes de tudo, é necessário ter um entendimento mútuo de execução e também saudável. Uma reunião pode acontecer online – ou até se tornar um e-mail -, enquanto uma demanda pode ser assíncrona em sua cadeia de produção, em lugares totalmente diferentes.

Isso é mais do que empatia: é cuidado de entender o outro. Afinal, mesmo que haja um objetivo coletivo, quando falamos de propósitos, há as características privadas. Cada ser individual tem suas necessidades e desejos, por isso, o papel hoje é compreender como isso pode ocorrer e a produção continue. Afinal, um indivíduo saudável é também um ser que continua com sua boa execução.

Esta é uma das principais regras que o mundo dos negócios precisa priorizar neste momento, segundo Bolles. Junto a isso, é necessário compreender qual a cadeia de governança que se cria na organização, a função transparente de cada um, a continuidade das diretrizes, o pensamento de crescimento e utilização das tecnologias exponenciais, enquanto há o adaptive skillset: a maneira na qual as gestões precisam entender a diversidade e peculiaridade das necessidades de cada um.

Quais são os próximos passos que deveremos ter?

A principal ação é compreender e destrinchar cada um dos elementos mencionados na organização. Nesse sentido, entender qual o foco de desenvolvimento que será dado (seja ele de mindset, de habilidades ou de tecnologias) e procurar o crescimento na sua empresa.

Ao mesmo tempo, criar regras de trabalhos flexíveis e que consigam cooperar mutuamente. A IA ajudará na operacionalização, por isso, Bolles destaca a necessidade de reconhecer a maneira como cada um dos colaboradores trabalham e tirar o melhor desta situação, definindo seus principais pontos de função.

Outra questão é definir e trabalhar com problemas, como uma maneira de antecipar e prever situações que podem não ser benéficas. Com essa precaução, a organização consegue diminuir seus danos e ter ações prontas para os acontecimentos possíveis. Com isso, junto ao treinamento e motivações dos times, o crescimento pode ser efetivo e as mudanças podem acontecer sem que a organização passe por uma tormenta desnecessária.

“Sempre há oportunidades e precisamos entender como fazer deste uso para que mais humanos consigam trabalhar com um bem-estar, assim o poder se transformará em solução”.

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Confira as 7 principais tendências para os negócios nos próximos anos!

O fim do semestre está chegando e nessa jornada de 2023 vários eventos nos ajudaram a construir um panorama mais claro sobre o mundo dos negócios. Tivemos o South by Southwest (SXSW) e Web Summit Rio, que reuniram grandes nomes do universo de inovação e criatividade. O que não faltou foram grandes insights e aprendizados!

Por isso, Learning Village, o 1º Hub de Inovação e Tecnologia, com foco em Educação e Desenvolvimento de Pessoas da América Latina, HSM e SingularityU Brasil resolveram reunir as principais tendências para os próximos anos, trazendo takeways deste primeiro semestre para nos mantermos alinhados com as principais considerações deste ano!

Para ter acesso ao report completo, basta fazer o download abaixo:

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Tecnologia

O que é Robotic Process Automation e o que ela pode fazer pelas empresas

Imagine um mundo onde as tarefas rotineiras e repetitivas são realizadas por robôs, liberando as mentes das lideranças empresariais para se concentrarem em atividades de maior valor. 

Bem-vindo ao mundo da Robotic Process Automation (RPA), uma revolução tecnológica que está transformando a forma como as empresas operam.

Assim como os robôs físicos têm a capacidade de executar tarefas complexas e precisas, essa tecnologia permite que as organizações automatizam processos de negócios utilizando software de RPA inteligente. 

Esses “robôs virtuais” são capazes de executar tarefas repetitivas, lidar com volumes de dados enormes e realizar interações em sistemas diferentes — tudo isso com uma precisão e eficiência impressionantes.

Neste artigo, exploraremos os fundamentos da Robotic Process Automation e como ela está revolucionando os processos de negócios em empresas de diferentes setores. Vamos mergulhar nesse universo!

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O que é Robotic Process Automation (RPA)?

Robotic Process Automation, ou RPA, é uma tecnologia que permite automatizar tarefas e processos de negócios por meio do uso de software inteligente. 

Essa abordagem utiliza “robôs virtuais” para executar atividades repetitivas e de baixo valor agregado, liberando as equipes de trabalho para se concentrarem em tarefas mais estratégicas e complexas.

Ao contrário da automação tradicional, que requer desenvolvimento de software personalizado, a RPA permite que as empresas automatizam processos sem a necessidade de modificar seus sistemas existentes. 

Essa flexibilidade é possível graças ao uso de ferramentas de software que interagem com as interfaces gráficas dos aplicativos, executando tarefas como preenchimento de formulários, extração e manipulação de dados, integração entre sistemas e muito mais.

Como funciona o Robotic Process Automation?

O Robotic Process Automation (RPA) funciona por meio de “robôs virtuais”, configurados para interagir com os sistemas e aplicativos existentes nas empresas, simulando as ações humanas em interfaces gráficas e realizando operações em diferentes sistemas e aplicativos.

A implementação da RPA começa com a identificação dos processos e tarefas que podem se beneficiar da automação. 

A partir daí, os robôs são então programados para seguir os passos necessários para a execução dessas tarefas, seguindo regras e procedimentos predefinidos. 

Eles podem realizar uma ampla gama de atividades, como coletar e analisar dados, preencher formulários, enviar e-mails, realizar cálculos complexos, entre outros.

Um exemplo prático de aplicação da RPA pode ser na área de gerenciamento de documentos. 

Imagine uma empresa que recebe centenas de faturas por dia. 

Em vez de um funcionário ter que abrir cada fatura, verificar os detalhes, inserir as informações em um sistema e arquivar o documento, um robô virtual pode ser programado para executar todo esse processo de forma automatizada.

Ele pode ler as informações da fatura, atualizar os dados no sistema, gerar um comprovante de pagamento e até mesmo arquivar o documento eletronicamente.

Objetivos do RPA

objetivos do robotic process automation

O objetivo principal do Robotic Process Automation (RPA) é aumentar a eficiência e a produtividade das empresas por meio da automação de processos repetitivos e rotineiros. 

Ao utilizar robôs virtuais para executar tarefas operacionais, as organizações podem reduzir erros, minimizar o tempo gasto em atividades manuais e liberar seus colaboradores para se concentrarem em tarefas mais estratégicas.

Mas falaremos mais sobre isso a seguir.

Robotic Process Automation é Inteligência Artificial?

Robotic Process Automation (RPA) não é exatamente a mesma coisa que inteligência artificial (IA), mas está relacionado a ela. 

Enquanto a IA se refere à capacidade de máquinas aprenderem e realizar tarefas complexas de forma inteligente, a RPA está mais focada na automação de processos objetivos.

A RPA utiliza algoritmos e regras predefinidas para automatizar tarefas repetitivas, seguindo um fluxo lógico e executando ações de acordo com instruções específicas. 

Em outras palavras: é uma tecnologia baseada em regras e não requer necessariamente um nível avançado de inteligência.

No entanto, isso não quer dizer que a RPA não possa se beneficiar da integração com técnicas de IA, como processamento de linguagem natural e machine learning. 

Isso permite que os robôs virtuais sejam treinados para lidar com situações mais complexas e tomar decisões com base em dados.

Ou seja, embora a RPA não seja IA em si, ela pode trabalhar em conjunto com a IA para melhorar ainda mais a eficiência e a inteligência dos processos automatizados. 

Por exemplo, a combinação de RPA com técnicas de IA pode permitir que os robôs virtuais identifiquem padrões, tomem decisões com base em análise de dados e até mesmo aprendam com experiências anteriores.

Quais setores podem usar Robotic Process Automation?

A aplicação da RPA é ampla e pode beneficiar diversos setores da indústria. A seguir, vamos explorar alguns exemplos de uso da RPA em diferentes áreas.

Setor financeiro

A RPA pode ser utilizada para otimizar processos como reconciliação de contas, processamento de pagamentos e detecção de fraudes. 

Além disso, os robôs virtuais podem auxiliar na geração de relatórios financeiros precisos e na análise de dados para tomada de decisões estratégicas.

Saúde e farmacêutica

Nesse setor, a RPA pode agilizar tarefas como registro e atualização de prontuários médicos, processamento de reembolsos de seguros e monitoramento de estoques de medicamentos. 

Com a automação dessas atividades, é possível melhorar a eficiência dos serviços de saúde e garantir um atendimento mais rápido e preciso aos pacientes.

Varejo e e-commerce

A automação de processos com RPA pode beneficiar o varejo ao agilizar tarefas como processamento de pedidos, gerenciamento de inventário, atendimento ao cliente e personalização de ofertas. 

Isso resulta em uma experiência de compra aprimorada, redução de erros e aumento da satisfação do cliente.

Indústria manufatureira

A RPA pode ser aplicada na otimização de processos de fabricação, como controle de qualidade, rastreamento de produtos e gerenciamento de cadeia de suprimentos. 

Como efeito disso, as empresas conseguem aumentar a produtividade, reduzir custos e melhorar a eficiência operacional.

Serviços de telecomunicações

A RPA pode auxiliar na automação de processos como provisionamento de serviços, gerenciamento de faturas e atendimento ao cliente. 

Essas empresas conseguem, por exemplo, melhorar a qualidade do serviço, reduzir o tempo de resposta aos clientes e aumentar a eficiência das operações.

De toda forma, vale um disclaimer: esses são apenas alguns exemplos dos setores que podem se beneficiar da aplicação da RPA. 

Cada setor tem suas próprias particularidades e desafios, e a automação de processos com RPA pode ser adaptada para atender às necessidades específicas de cada uma deles.

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Principais vantagens do RPA

vantagens do robotic process automation

O RPA traz diversos benefícios para os negócios e os números mostram isso.

Segundo uma pesquisa global feita pela Deloitte em 2018, em menos de 12 meses, as empresas já obtiveram bons retornos, com uma média de 20% da capacidade equivalente a tempo integral (FTE) fornecida por robôs. 

Além disso, ela superou em vários sentidos: qualidade e precisão aprimorada (90%), produtividade aprimorada (86%), redução de custos (59%). Vamos entender melhor o que cada um desses benefícios significa.

Qualidade e precisão aprimorada 

Uma das principais vantagens do RPA é a redução dos erros humanos nas atividades realizadas pelos robôs.

 Ao automatizar tarefas repetitivas e seguir as regras estabelecidas, os robôs executam as atividades de forma consistente e precisa, eliminando a probabilidade de falhas ou inconsistências.

Um exemplo simples: processamento de faturas. Por meio do RPA, é possível extrair automaticamente os dados das faturas e compará-los com as informações do sistema. Os robôs podem identificar discrepâncias e erros, garantindo a precisão dos registros financeiros.

Isso resulta em uma maior qualidade nos resultados obtidos, pois as tarefas são realizadas de maneira padronizada e livre de erros.

A precisão aprimorada do RPA também contribui para a redução do retrabalho, pois as atividades são realizadas corretamente desde o início, evitando a necessidade de corrigir erros posteriormente.

Produtividade aprimorada

Outro grande benefício do Robotic Process Automation é a sua capacidade de realizar tarefas de forma rápida e eficiente resultar em um aumento significativo na produtividade das equipes. 

Como já dito, os robôs podem executar tarefas repetitivas, monótonas e demoradas em uma fração do tempo que um ser humano levaria.

Para visualizarmos melhor, nesse caso, podemos pensar no processamento de pedidos em uma empresa de comércio eletrônico. 

Com o RPA, os robôs podem receber automaticamente os pedidos dos clientes, verificar os estoques, emitir notas fiscais, atualizar o sistema de estoque e até mesmo gerar etiquetas de envio. 

Essas tarefas, que poderiam levar horas para serem concluídas manualmente, são realizadas de forma ágil e precisa pelos robôs, liberando a equipe para se concentrar em atividades mais estratégicas.

Além disso, o RPA também permite a execução de tarefas 24/7, sem interrupção. Enquanto os seres humanos precisam descansar, os robôs podem trabalhar continuamente.

Redução de custos empresariais

Com a automação de tarefas através do RPA, as empresas e as lideranças podem obter uma redução considerável nos custos operacionais.

Isso acontece porque os robôs são capazes de fazer, basicamente, tudo que já falamos antes: tem alta velocidade, eliminam erros humanos, reduzem a necessidade de retrabalho, trabalham 24 horas por dia e assim vai.

Um exemplo prático para esse benefício é a área de processamento de faturas e pagamentos. 

Os robôs podem realizar a leitura e extração dos dados das faturas, verificar sua conformidade, realizar a conciliação com os pedidos de compra e até mesmo executar o pagamento automaticamente. 

Isso elimina a necessidade de intervenção manual e, consequentemente, apresenta uma economia significativa de custos operacionais.

Sem entrar em um aspecto de futuro do trabalho, também não há como ignorar que a redução de custos com o RPA também está relacionada à redução de despesas com mão de obra, realocação de recursos humanos para atividades mais estratégicas.

Tudo isso contribui para uma melhor gestão financeira e uma vantagem competitiva para as empresas.

Como implementar o Robotic Process Automation nas organizações?

Os especialistas prevêem o crescimento do mercado global de automação de processos robóticos de US$ 10,01 bilhões em 2022 para US$ 43,52 bilhões em 2029, com um CAGR de 23,4%, segundo os dados da Fortune Business Insights.

Ou seja, além de todas as vantagens que já apresentamos aqui, a demanda própria já está em um caminho de crescimento. É por isso que muitas empresas devem se atentar sobre como torná-lo uma realidade dentro das empresas. 

A seguir, veja algumas dicas de como implementar o Robotic Process Automation.

Mapeie as necessidades

O primeiro passo para essa jornada é realizar um levantamento detalhado dos processos existentes na organização. Identifique aqueles que são repetitivos, suscetíveis a erros ou que consomem muito tempo. 

Por exemplo, um processo de reconciliação manual de dados financeiros pode ser um candidato ideal para automação, pois envolve a verificação e conciliação de grandes volumes de dados.

Avalie softwares RPA

Em seguida, faça uma análise comparativa dos softwares RPA disponíveis no mercado. Considere fatores como funcionalidades, facilidade de uso, escalabilidade e suporte técnico. 

Se a organização possui um sistema legado complexo, certifique-se de que o software RPA escolhido tenha integração adequada com esse sistema.

Implemente um piloto

Uma boa dica é começar um projeto piloto para testar a solução RPA em um ambiente controlado. Selecione um processo adequado e avalie a eficácia da automação. P

Por exemplo, no varejo, automatizar o processo de entrada de dados em um sistema de gerenciamento de pedidos pode ser um bom ponto de partida.

Envolva as partes interessadas

Envolver as partes interessadas é essencial para garantir o sucesso da implementação do RPA. Para conquistar isso, trabalhe em estreita colaboração com as equipes envolvidas nos processos automatizados, oferecendo treinamento e suporte adequados. 

Uma forma prática de fazer isso é capacitando os funcionários a trabalharem em conjunto com os robôs, auxiliando-os a entender como monitorar e interagir com os robôs durante o processo.

Monitore e otimize sempre que puder

 Após a implementação do RPA, monitore continuamente o desempenho dos robôs e busque oportunidades de otimização. O caminho mais seguro para isso é analisando os resultados obtidos e fazendo ajustes conforme necessário. 

Por exemplo, se houver algum gargalo ou inconsistência no processo automatizado, identifique a causa raiz e faça melhorias para otimizar ainda mais a eficiência.

No final das contas, vale lembrar que essas são apenas algumas diretrizes gerais para a implementação do RPA. 

Cada organização terá suas necessidades e desafios específicos, portanto, é importante adaptar essas dicas de acordo com o contexto empresarial. 

O suporte de especialistas em RPA e a colaboração de equipes multidisciplinares também são recursos valiosos para garantir uma implementação bem-sucedida e maximizar os benefícios do Robotic Process Automation.

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Conclusão

A tecnologia RPA oferece um novo horizonte de oportunidades para as lideranças empresariais, permitindo que elas direcionam seus esforços para atividades de alto valor agregado.

Com a automação de tarefas repetitivas e sujeitas a erros humanos, os gestores podem direcionar seus esforços para atividades de maior valor agregado, impulsionando o crescimento dos negócios.

Mas isso não quer dizer que a implementação de RPA não demande uma análise cuidadosa dos processos, seleção do software adequado e, claro, o envolvimento das partes interessadas. 

Com boas práticas, as organizações podem aproveitar os benefícios da automação das novas tecnologias e ganhar vantagem competitiva no mercado.

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 Quais são as alternativas ao Chat GPT? Conheça 13 opções

O Chat GPT é o novo queridinho de quem usa IA para facilitar tarefas e aumentar a produtividade. Desde criar textos de email marketing até ajudar no recrutamento de candidatos, há muito o que explorar nesse chat conversacional.

Inclusive, para as empresas.

No entanto, muitas vezes, ele pode ser limitado — tanto no seu banco de dados quanto na sua acessibilidade. 

Mas a boa notícia é que existem já várias alternativas ao Chat GPT (algumas até anteriores a ele, mas que não tem tanta fama) e todas elas podem ser usadas quando ele não for  viável.

Se você quer conhecer essas opções, continue lendo o material e descubra!

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Por que usar alternativas ao Chat GPT?

Usar alternativas ao Chat GPT pode ser interessante porque o Chat GPT é limitado em seu uso. Apesar de ter a opção gratuita, ele pode não aguentar toda a demanda e, assim, ficar sobrecarregado e indisponível para o usuário.

Mas além disso, é bom lembrar que algumas soluções oferecem recursos mais avançados, como reconhecimento de voz, suporte para vários idiomas e integração com outros sistemas de atendimento ao cliente, por exemplo.

Outra razão para isso é que algumas alternativas ao Chat GPT podem obter informações e dados atualizados da Internet em tempo real, algo que o Chat GPT não pode fazer — enquanto outros tipos de inteligências artificiais podem.

Vale dizer que toda a sua sua base de dados é limitada a setembro de 2021. Ou seja, o seu conhecimento pré-programado é limitado e, em assuntos atuais, ele não pode fornecer informações. 

Aliás, ele pode gerar informações que não são verdadeiras (mas esse é um problema que também está presente em maior ou menor medida em outras opções de IA também).

13 melhores alternativas ao Chat GPT

Existem várias soluções de chatbot alternativo ao Chat GPT (ou não exatamente um chatbot, mas que tem funções similares). 

Vamos conhecer as melhores alternativas ao Chat GPT de 2023.

Bing AI

bing ai como alternativa ao chat gpt

O nome mais conhecido e associado ao Chat GPT, sem dúvidas, é o Bing AI. Ele é um chat conversacional que funciona ao mesmo tempo como um buscador inteligente.

Mais especificamente, é a tecnologia de inteligência artificial que alimenta o mecanismo de busca Bing da Microsoft. E a ideia é que o Bing também passe a alimentar o Chat GPT com o conteúdo mais recente.

O Bing AI usa o modelo de linguagem GPT-4, da OpenAI, para gerar respostas atualizadas e relevantes para as consultas dos usuários. 

Diferentemente do Chat GPT, ele  oferece recursos como a criação de imagens, com a ajuda do Image Creator from Microsoft Bing — é um serviço experimental que usa o modelo DALL·E, da OpenAI.

Ele também tem a integração direta com o Windows  e um widget para a tela inicial do telefone

YouChat

Menos conhecido que o Bing, mas mais antigo que ele, o YouChat é uma plataforma desenvolvida por ex-funcionários da Salesforce — que também é gratuita.

E no mesmo formato que o concorrente, ele é alimentado pelo GPT-3.5 da OpenAI e tem acesso à Internet e pode obter informações e dados atualizados dos sites que você pesquisa.

Um dos seus destaques vão para a capacidade dele de integrar aplicativos como Reddit e YouTube, nas respostas do chatbot.

O nome para essa funcionalidade em específico é chat “multimodal”. Ela consiste em permitir que chatbot aceite entradas além de texto e forneça saídas além dele também.

Auto GPT

O Auto GPT pode ser entendido como uma variante do Chat GPT. Ele funciona como um aplicativo de código aberto que usa o modelo GPT-4, da OpenAI, para realizar tarefas específicas de forma autônoma.

A grande diferença, inclusive, é essa: autonomia. Nesse formato, você vai apenas definir chatbot como o tema que é do seu interesse, por exemplo, um relatório empresarial.

 Em seguida, o chatbot vai fazer a configuração de todas as tarefas, perguntando e respondendo a solicitações de acompanhamento para a criação desse documento.

É como se ele não precisasse perguntar a você e já seguisse com as próximas perguntas, tornando o processo mais rápido.

O Auto GPT pode interagir com aplicativos, softwares, serviços online e locais, como navegadores da web e processadores de texto também. 

Google Bard

o google bard é uma alternativa ao chat gpt

O Google Bard é a resposta da empresa para o sucesso do Chat GPT e do Bing. Mesmo em fases de testes e disponível em apenas alguns países, ele já é uma grande promessa.

Ele funciona como um serviço de conversação experimental de IA alimentado pelo LAMDA (Language Model for Dialogue Applications). 

O objetivo é bem semelhante ao do concorrente: receber prompts e devolver respostas em escrito contextualizadas e atualizadas. 

O grande destaque dessa ferramenta é que ela vai ser uma revolução dentro da pesquisa do próprio Google. A IA vai aprimorar a experiência do usuário na SERP — mas também em outras áreas, como Analytics.

Outro diferencial é que o LaMDA do Bardo recebe ajuda de pessoas que “anotam” dados para identificar o que é verdade ou não.

StableLM

Mais um nome na concorrência como alternativa ao Chat GPT é o StableLM, ferramenta de código aberto da Stability AI. 

Ele foi disponibilizado no GitHub e é capaz de gerar textos prevendo qual o próximo fragmento de palavra.

No entanto, ele tem algumas limitações de dados em relação à ferramenta da OpenAI. Por exemplo, ele não é treinado na mesma quantidade de informações. 

No momento, o StableLM tem versões de 3 bilhões e 7 bilhões de parâmetros,  mas está com  modelos de 15 bilhões a 65 bilhões de parâmetros previstos para o futuro.

Além disso, ele não responde ao treinamento de reforço que melhora consistentemente a ferramenta. De toda forma, é  uma aposta para o futuro, já que promete evoluir.

Perplexity AI

Minimalista, simples e gratuito, o Perplexity AI é mais uma solução alternativa. Ele responde dúvidas e dá soluções para o dia a dia, atuando como um mecanismo de busca.

Ele é bem focado em ser eficiente para pesquisas, oferecendo menos interação pessoal e personalizada em relação a outros chatbots.

Um dos seus diferenciais é a capacidade de citar as fontes usadas para obter a informação solicitada — o Chat GPT pode fazer isso de forma errônea muitas vezes.

No final do chat ele também oferece algumas outras referências de pesquisas relacionadas ao tema.

Poe

Sete chatbots em uma interface de usuário, o Poe é uma alternativa bem completa em relação ao Chat GPT. Seu criador é o Quora, um site de perguntas e respostas.

Conheça alguns deles.

  • Sage: esse chatbot roda no GPT-3.5 turbo LLM da OpenAI, sendo útil para outros idiomas além do inglês e também para tarefas de programação;
  • Claude Plus e Claude-instant: desenvolvidos pela Anthropic, são ferramentas para instruções de escrita criativa e entregam respostas mais detalhadas (oPlus tem maior suporte para outros idiomas além do inglês). 
  • Dragonfly: sua base é o modelo davinci da OpenAI, sendo útil para respostas curtas e que melhora a qualidade quando se oferece um conteúdo rico dos prompts. 
  • NeevaAI: focado em encontrar informações na internet, sendo um grande competidor do Bing AI.

ChatSonic

Mais um que entra na lista de alternativas ao Chat GPT é o Chat Sonic, desenvolvido pela empresa Write Sonic. 

É uma opção gratuita que também tem a proposta de criação de conteúdo, mas se difere por oferecer pesquisas de dados (inclusive, do Google), imagens e voz em tempo real.

Ele também tem bons resultados em conversas, o que o torna útil para operações de atendimento ao cliente. 

Além disso, oferece integrações de terceiros,ou seja, uma opção de Chat GPT para empresas que desejam integrar o inteligência artificial com o sistema utilizado por elas.

Copy.ai

Na mesma linha do anterior, o Copy.ai (como o nome sugere) tem foco total em copy para redes sociais, blogs, anúncios e sites no geral. Ele faz uso do GPT 3.0 como modelo de linguagem.

É gratuito mas tem uma versão paga. Como a maioria das ferramentas, atua melhor em inglês, mas também pode entregar respostas em português.

 Recentemente, introduziu o chat conversacional nas suas funcionalidades.  Nesse formato, ele consegue entregar informações atualizadas e trazer também as fontes das notícias.

Jasper.ai

jasper é uma alternativa ao chat gpt

Outro tipo de alternativa ao ChatGPT é o Jasper.aI, sendo uma ferramenta IA focada em escrita que ajuda a criar conteúdo para diferentes fins, como blog, redes sociais, e-mail e mais.

Ele usa o modelo GPT-3, da OpenAI, e combina com outros modelos de linguagem para gerar conteúdo exclusivo e personalizado baseado na voz da marca, no tom de voz e nas instruções do usuário.

O forte dele é escrever no modelo do formato do texto, complementando o conteúdo que o escritor coloca na plataforma, a partir do briefing.

A ferramenta recentemente passou a oferecer recursos como chat conversacional. É uma das alternativas ao Chat GPT pagas que pode ser usada por empresas também.

Bloom

O Bloom entra no rol de alternativas ao Chat GPT de código aberto. Esse modelo de linguagem multilíngue oferece sistemas de PNL sólidos mas tem diferenças em relação ao concorrente: foram mais de mil  especialistas em IA para criá-lo.

Isso demandou mais de  384 placas gráficas com uma memória total de 80 gigabytes e 176 bilhões de parâmetros para construir o Bloom. Em outras palavras, um bilhão a mais do que o GPT-3.

O modelo também tem treinamento para linguagem de 46 idiomas e 13 idiomas de codificação. Por outro lado, ele pode processar cerca de 8.000 mensagens por segundo, enquanto o Chat GPT processa 10.000 mensagens

É uma opção atraente para desenvolvedores, oferecendo recursos como scripts dinâmicos para criar aplicativos complexos.

CoPilot

Falando em programadores, o CoPilot do Github  é uma alternativa focada nesse público. Ele conta com recursos de preenchimento automático e automação.

É também compatível com diversas plataformas de codificação, como o Neovim, Jetbrains e VS Code. Seu treinamento contempla todas as linguagens de programação. No entanto, o quanto a resposta de cada linguagem é assertiva depende da popularidade dela. 

Estudantes de programação e semelhantes podem usar o Copilot de maneira gratuita, no entanto, para as demais pessoas, é uma opção paga.

CharacterAI

Para fechar as opções, uma alternativa mais ousada é o CharacterAI. Ele se diferencia por 

permitir os usuários “conversarem” com diferentes personalidades:personagens de filmes e séries, celebridades, políticos e por aí vai.

Alguns desses famosos são Elon Musk, Bille Eilish, Albert Einstein e até mesmo os personagens fictícios Loki ou Tony Stark. 

Além de figuras relevantes, há a opção de conversar com certos tipos de profissionais, como professores, filósofos e psicólogos. Como tem código aberto, os próprios usuários podem criar personagens personalizados. É uma opção totalmente gratuita.

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Conclusão

Bing, Auto GPT, Bard,  Chat Sonic, Bloom e por aí vai. São muitas alternativas do Chat GPT que tem surgido diante do cenário de inteligência artificial generativa.

Por tanto, se você não tem como usar o Chat GPT, não é razão para você deixar de aproveitar os benefícios da IA.

Você está pronto para o futuro e as novas tecnologias? 

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“Blockchain vai muito além de criptomoedas e tem o poder de transformar grandes setores”, declara Cofundador da Hub1601

A palavra do momento é inteligência artificial, mas se fizermos o exercício de lembrar a moda das narrativas passadas, o NFT já foi um assunto em alta. Naquele momento, com o mundo em pandemia, houve um alvoroço nas redes sociais para questionar se uma arte digital fazia sentido ou não, por conta das possibilidades de cópia. Enquanto isso, outros aproveitavam a discussão e faziam transações com seus produtos, ‘surfando’ pelas oportunidades de mercado.

Este cenário se acalmou. É um assunto que, socialmente, não tem a mesma circulação que antes, mas o que perpetuou nesse movimento foi a importância do blockchain: a solução criada para eliminar cópia e alteração de dados em ambientes digitais.

Por definição, o blockchain é uma tecnologia que usa um banco de dados extremamente avançado, onde permite comunicações de informações, produtos e ações com transparência. Edu Paraske, cofundador da Hub 1601, fez questão de defini-la ao público do 9º Executive Program, como uma “corrente de blocos de dados, onde as informações ficam armazenadas, de maneira incorruptível e imutável, com um controle descentralizado”.

Mas, então, como isso poderia acontecer em um meio digital tão “assustador e terra de ninguém”?

É nesta “terra de ninguém” que esta nova tecnologia assegura uma identificação segura para “alguéns”.

Por exemplo, suponhamos que há uma transação (de ativos, criptomoedas ou até informações). Esta demanda passa por uma validação de uma rede de conferências, na tentativa de reconhecer quem está fazendo esta negociação e se há uma garantia.

Dinâmica feita por Edu Paraske, Cofundador da Hub1601, para mostrar como funciona uma validação de blockchain no 9º Executive Program (2023)

Com ela verificada e aceita pelos algoritmos de reconhecimento – que estão trabalhando na prova do usuário e transação, junto a outros que analisam a participação -, essa ação é adicionada auma cadeia de blockchain, que é permanente e inalterada. Só então, após todas estas etapas e confirmação, que a transação ocorre, com sua identificação própria.

É, com esta garantia coletiva, que a Web3 se estrutura: este tipo de tecnologia dá base para que a autenticidade e segurança continuem confirmadas. Isso permite que as criptomoedas e os smart contracts sejam feitos entre as pessoas, sem a necessidade de um intermediário como um governo ou Estado – por isso a descentralização.

Então, uma cadeia de suprimentos, negociação de contratos e até análises constantes da leitura de uma própria organização estão em um aglomerado de informações seguras, transparentes e confiáveis. Como Paraske pontua, essa nova tecnologia garante segurança, interoperabilidade, escalabilidade, diminuição do custo, a criação de uma comunidade e uma governança com ações diferentes.

Além disso, outro problema crucial que é resolvido com este tipo de tecnologia, é o controle sobre nossos próprios dados. Hoje a experiência humana passa, em sua maioria das vezes, por uma governança de grandes empresas de plataformas digitais, conectadas em nossos celulares e que conseguem rastrear algumas ações dos usuários.

Como Edu Paraske mostrou, isso muda para uma relação fechada entre os membros destes locais em que a transação pode ser feita. Hoje já existem dois tipos de blockchains. Os públicos (DLT), que estão atrelados a um serviço específico, como mostrado na foto abaixo.

Transição de ecossistemas da Web 2.0 para a Web 3.0, só possível utilizando blockchains (Edu Paraske)

E há também quem já está criando redes privadas de blockchain, para garantir uma confidencialidade e organização das próprias transações de uma maneira mais segura e transparente para seu próprio ecossistema.

Para o empresário, o blockchain só tem a contribuir: “Eu posso até financiar um apartamento sem juros abusivos, mas se eu pedir 1 real para 400 mil pessoas no mundo? Eu descentralizo e consigo mais fluidez na negociação”; e ainda salienta tamanha eficiência: “Para quem trabalha mundialmente, sempre teremos validadores e as negociações se tornam mais rápidas”.

Não deixe de conferir a cobertura do Executive Program pelas redes sociais da SingularityU Brazil!

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“Não existem indústrias estáveis e todos os segmentos precisarão estar preparados para diversas disrupções”, destaca David Roberts

A única certeza que temos em nossa existência é a movimentação e transformação. Com essa premissa e toda sua história de vida, opremiado CEO David Roberts trouxe ao 9º Executive Program perspectivas sobre acontecimentos históricos e em como isso se assemelha ao processo que estamos vivendo de inovação disruptiva.

No 2º dia do curso promovido pela Singularity Brasil, David retornou à história conhecida de Cristovão Colombo. O que poucos sabem é que o lendário navegador passou anos tentado angariar fundos para construir sua caravela e descobrir “uma nova rota para as Índias”. Todos sabemos o resultado disso e se fosse um fracasso, ele não seria lembrado.

Uma ação empreendedora em um tempo em que isso não “existia de fato” e mesmo assim foi feito. E qual o impacto disso na história do mercado? A disrupção que causou este novo campo de produção e modelo de relação comercial.

As moedas de troca e o que uma nação era capaz de produzir, agora, estavam aliadas aos espaços que conquistavam no processo de colonização e não mais dependentes das rotas pelo Oriente Médio, monopolizada pelos diferentes Impérios Árabes.

David Roberts destacou o trabalho empreendedor e disruptivo de Cristovão Colombo na 9ª edição do Executive Program (2023)
David Roberts destacou o trabalho empreendedor e disruptivo de Cristovão Colombo na 9ª edição do Executive Program (2023)

Portanto, a tecnologia das caravelas permitiu que as Grandes Navegações ocorressem. As especiarias passaram a ser temperos, modos de conservar a alimentação e até troca de produtos. As mercadorias se diferenciaram e um novo mercado foi construído, graças às matérias-primas encontradas na natureza riquíssima da América e África Subsaariana.

É necessário pensar por este ponto de mudança para explorar o momento histórico em que estamos vivendo. Como aconteceu naquela época, a tecnologia está fazendo parte e é protagonista das mudanças sociais que ainda vamos encarar.

Por conta da característica tão perene e fora do comum destas transformações, David Roberts transforma a teoria da Inovação Disruptiva e introduz seu novo pensamento: A Teoria de Disrupção.

7 pontos cruciais da Teoria de Disrupção

De início, é necessário destacar que esta teoria tem como principal ponto o entendimento de que haverá uma diversidade de transformações. Nesse sentido, não podemos pensar que será apenas em um campo ou que é proporcionado por uma área de produção. Se trata de compreender que as mudanças se desdobrarão em diversas áreas existentes em nossa experiência social.

A Nova Teoria da Disrupção de David Roberts e seus 7 principais pontos
A Nova Teoria da Disrupção de David Roberts e seus 7 principais pontos

O mundo plataformizado, permeado por essa digitalização constante, faz com que as conexões estabelecidas estejam em todos os campos de nossa vivência. Desde as relações sociais, recuperação de dados, atendimento, localização e até consumo. O offline hoje também já serve de dados para os constructos digitalizados.

Então, os modelos de negócios precisarão compreender que as mudanças nos campos de empreendedorismo e até em eficiência produtiva serão transformados. Por isso, há a necessidade de cuidar destes desdobramentos, entendendo quais os limites e quais serão suas ações diante destas oportunidades de mercado.

Afinal, para dar conta das constantes disrupções, será necessária uma inovação complexa no processo de apreensão para dar conta de tantas necessidades. David propõe rever as áreas que estão presentes na organização e que podem ser desenvolvidas – com inovações abertas e CVC, por exemplo –, ao mesmo tempo em que há a necessidade de desenvolver e reajustar a contínua performance produtiva da empresa.

Afinal, como foi bem apontado por Alexandre Nascimento, expert da SingularityU Brazil, no Executive Program, a inteligência artificial redesenhará toda a indústria e é necessário perceber quais campos precisarão de uma atenção maior. É uma tarefa difícil e complexa, mas que exige o entendimento desta completude para dar conta dos novos mercados que surgem e vão continuar a surgir.

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“O futuro não é tão difícil de prever se você estiver preparado para pensar em como criá-lo”, destaca Jeffrey Rodgers

Todos nós somos seres complexos. Desde a maneira como entendemos o mundo até a tradução da realidade em que vivemos em apenas uma fala ou pensamento, percorremos vários caminhos afetivos-mentais para tentar desenvolver raciocínios que deem conta da complexidade que é viver.

Somos um corpo em constante ebulição, contrastes, vontades e desejos que se confluem. Estamos em uma sociedade diversa, com choques de poder e contínuo atrito entre cada indivíduo existente nesse coletivo, que precisa de cada indivíduo para sobreviver. Habitamos um mundo com diversos segredos ainda desconhecidos e cada vez mais tentamos decifrá-los, mesmo parecendo distante. O tempo nem definição tem: apenas estamos inseridos nele.

Talvez seja difícil compreender o que pode vir a acontecer. A angústia do desconhecido é comum. Quando falamos de criar, empreender, é neste vazio de incertezas que nos projetamos. Mas, antes disso, precisamos lembrar de uma coisa: a segurança na essência da vontade criadora, que é o propósito do empreendedorismo.

Foi assim que o 1º dia de imersão presencial do Executive Program 2023, da SingularityU Brazil, se iniciou. O frio no Bendito Cacao Resort & SPA, em Campos do Jordão, deu espaço para uma combustão criativa de tentar compreender e criar maneiras de entender como conseguir olhar para o futuro.

É, exatamente pela preocupação com os parâmetros de criação de um futuro que Jeffrey Rogers, diretor da Be Radical e parceiro da SingularityU, trouxe o pensamento exponencial para que todos os presentes entendam o contexto que estamos vivendo. Assim, deu o pontapé inicial para a empreitada que é se preparar pelo que vem à frente.

Jeffrey Rodgers no Executive Program 2023
Jeffrey Rodgers no Executive Program 2023

Por isso, o facilitador trouxe dinâmicas para que os presentes no Executive Program 2023 pensassem sobre o futuro complexo de cada um e que enxergassem a própria maneira criativa que individualmente trouxeram. Com este trabalho e o foco desejado pelos executivos, todos os presentes na imersão tomaram seu rumo à construção dos próximos passos, com muita cautela:

“Só é possível criar um futuro quando enxergamos as consequências que daremos a ele, com o nosso objetivo bem desenhado”, destacou Jeffrey durante sua apresentação.

A exponencialidade é a janela para o horizonte que está se formando

Se temos o objetivo de construir um futuro, é necessário que entendamos o nosso presente. Então, precisamos sim destacar que este momento é permeado por uma constante digitalização, com inteligências artificiais dispostas em nossa experiência cotidiana e a automação cada vez mais se torna um processo comum da nossa realidade.

Por isso, é necessário trazer a Teoria da Abundância, formalizada por Peter Diamandis.

No livro, o cofundador da Singularity University introduz a ideia do pensamento exponencial e seus 6Ds, para ajudar as empresas a entenderem o que está acontecendo hoje: a transformação do modelo industrial de produção para o tecnológico, em que as novas tecnologias são moldadas por nós e participa da construção social humana.

Por isso, há a necessidade dos líderes do futuro em compreender o que significa o pensamento exponencial, principalmente para passar a mudar sua própria mentalidade. Os novos instrumentos de trabalho transformam as nossas interações e a maneira pela qual socialmente nos portamos. Por isso, as empresas precisam entender o contexto atual, para só então continuar produzindo e conquistando espaço socialmente.

Hoje a sustentabilidade e questão ambiental cada vez mais é algo crucial e que as empresas precisam atender seus quesitos para não sofrerem sanções e negativas do público. A diversidade é um assunto que se estabeleceu frente às preocupações de complexidade e saúde da sociedade. Junto a isso, as novas jornadas de trabalho se estabeleceram e um líder precisa ter uma mentalidade diferente para lidar com estas transformações. Ao mesmo tempo, o imediatismo continua exigindo mais da nossa produção.

Não compreender isso é um erro grosseiro e que pode deixar organizações pelo caminho. Por isso, o Executive Program toma o cuidado e continua no empenho em formar lideranças que estejam preparados para os principais paradigmas que hoje estamos enfrentando.

Jeffrey mostrou em seu painel maneiras de lidar com a construção de um futuro e que ainda consiga lidar com outras questões tão em voga, como ESG, inteligência artificial, metaverso, saúde, impacto global da digitalização e neurociência.

Além disso, o diretor da Be Radical destacou outro ponto importante que é a coletivização. Por isso, a criação do vínculo e das relações empreendedoras é muito importante, pois precisamos nos ajudar neste momento tão único na nossa jornada da humanidade.

Por isso, exponencialidade precisa ter nosso olhar atento e se tornar parte de nossa percepção, afinal, o seu futuro leva em conta todos estes aspectos para ser pensado?