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“Existem dois tipos principais de inovação: melhorar o que já faço e criar coisas novas”, menciona estrategista da Deloitte 

Ao longo do ano de 2023, diversas vezes tratamos sobre os assuntos de venture capital, principalmente como uma alternativa estratégica, onde pode ser adotada nas organizações para construir laboratórios de inovação.

Algumas grandes empresas, como Nestle e Tetra Park, participaram de eventos no Learning Village onde contaram sobre seus modelos de negócio de inovação aberta. A ideia, nestes casos, é que não haja apenas uma gestão de inovação ou uma área supervisionando estas questões: é ampliar os horizontes da empresa, trazendo parceiros de fora e prospectando novas oportunidades e produções.

Nesse sentido, permitiram construir e investir em startups que estão conseguindo solucionar alguns de seus problemas: desde questões de poluição e sustentabilidade, até problemas de governança e interações nos sistemas das organizações.

Tal como no 9º Digital on Board, quando foi falado sobre o conceito de Ambidestria e Venture Capital, Glaucia Guarcello, que é Innovation & Lead Partner na Deloitte e Expert na SingularityU Brazil, trouxe o assunto para o 9º Executive Program. Neste caso específico, além de trazer este modelo de gestão como uma estratégia de inovação que envolve toda a organização, a especialista trouxe uma perspectiva de olhar a historicidade do mundo e construir ações para garantir um ambiente de inovação.

Para a expert, a questão da historicidade surge por conta das revoluções tecnológicas que a sociedade sofre. Entender o desenvolvimento gráfico, de alocação de dados, manejos produtivos, e até de capilarização no meio social, é algo crucial para compreender se há necessidade de continuar com o direcionamento de inovação.

Por isso, as inovações abertas surgem como alternativas de gestão, pois permitem um tempo para análise das questões estabelecidas. Uma organização que patrocina e financia projetos, se torna próxima e transparente sobre as reais soluções de vários problemas que existem e podem vir a existir.

Conforme há o investimento e esse laboratório de aprendizados (com tentativas e reorganização das diretrizes), é possível enxergar quais serão as tecnologias adotadas e se serão efetivas neste momento histórico. Um exemplo dado foi o investimento em metaverso há alguns anos, que ainda terá seu momento, mas ainda não aconteceu.

Atualmente, em meio às transformações que as tecnologias exponenciais estão proporcionando, Glaucia retoma essa ideia para mostrar que é possível melhorar os processos produtivos já constituídos e destacou que “toda empresa passa por mudanças em seus processos”.

Com este olhar atento, maneiras de gestão podem ser melhoradas com estas iniciativas. Mas, destaca que só será possível pelo entendimento do momento e por isso traz o pensamento exponencial: para compreender o futuro, quanto aos usos de tecnologias digitais e em realidade virtual, informações automatizadas e distribuídas em diversas plataformas, diferentes infraestruturas de segurança e a adoção de inteligências artificiais nas produções cotidianas.

Ao mesmo tempo, estar atento aos processos que vão mudar é trazer estas preocupações para uma clareza e até criar novas alternativas para o que está por vir.

Os lucros, redes de conexão, estrutura da empresa, processos de produção, desempenho, sistema, serviços, canais de informação, os próprios valores de marca e o envolvimento do cliente no consumo serão completamente afetados com as novas transformações. Por isso, há diversas áreas para garantir estes desenvolvimentos e toda a organização precisa estar alinhada com esta ideia.

Modelos de inovação aberta

Este tipo de direcionamento vai exigir alguns processos de gerenciamento, desenho de gestão e suporte da jornada que será tomada, principalmente com métricas que garantam transparência nos processos adotados. Mas, antes disso, há a necessidade de definir uma agenda e dar diretrizes aos sistemas estratégicos que garantam o aporte de inovação.

A expert da SingularityU Brazil trouxe quatro tipos de modelo de negócio com inovação aberta, na tentativa de criar uma percepção ao público do 9º Executive Program. Além disso, trouxe resultados deste tipo de estratégia de mercado com cases de sucesso.

A adoção do venture client consiste em fazer compras de produtos feitos por outras startups, a fim de obter benefícios estratégicos e financeiros imediatos, ao mesmo tempo que são mensuráveis.

Com esse mecanismo, é possível resolver problemas internos e obter um resoltado a curto prazo.

Com o corporate venture capital, o investimento em startups que se alinhem ao seu objetivo pode garantir um retorno estratégico e financeiro no futuro da organização.

É algo que permite uma assimilação maior, mas exige um pouco de tempo e também aporte financeiro para a aceleração da empresa que resolverá seu problema.

O venture building consiste em criar novas empresas dentro da mesma, como um ‘braço de negócios’. É possível alinhar isso com outras entidades e até fazer parcerias, mas caso haja um problema diagnosticado, pode ser criado do zero.

Por fim, a fusão ou M&A, trata-se de fundir-se a outra empresa, tentando incorporar seus recursos, eficiências, visibilidade de mercado e até valores. É uma maneira de ampliar a capacidade de inovação e construir mais aporte para dispor em um futuro.

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