Na terceiro dia de SXSW 2024, a palestra "Criatividade em Fluxo: Arte & Inteligência Artificial", conduzida por Brooke Hopper e Debbie Millman, foram exploradas questões cruciais sobre como a arte e a inteligência artificial se entrelaçam no cenário contemporâneo. Um dos pontos centrais discutidos foi a responsabilidade das empresas na utilização de dados para treinar IA, enfatizando a necessidade premente de transparência radical nesse processo, tanto com dados licenciados quanto não licenciados. "Não vemos isso acontecendo hoje em dia. Estamos vendo processos serem construídos e cada vez mais agem por questões de ambições desconhecidas. Precisamos nos preparar para isso", destacou Hopper. Uma das ideias foi criar um tipo de sinalização para que fosse possível identificar conteúdos gerados por IA. Essa estratégia é crucial, especialmente diante dos desafios éticos impostos pelos deep fakes, onde a distinção entre realidade e falsificação torna-se cada vez mais tênue. A palestra ressaltou também a diferença fundamental entre a criatividade humana e a das máquinas, destacando que enquanto a IA pode potencializar a criatividade humana, ela não é e não será capaz de substituí-la. Essa reflexão enfatizou a importância da colaboração entre humanos e IA para gerar resultados criativos verdadeiramente inovadores. Projetando-se para o futuro, vislumbra-se uma crescente proximidade entre humanos e IA, resultando em experiências criativas mais imersivas e ricas nos próximos 10 anos. Esse avanço será impulsionado pelo design computacional e pela contínua interação entre os dois domínios, promovendo um ambiente de colaboração e crescimento mútuo. “A IA não compete com a nossa criatividade, pelo contrário, ela possibilita que consigamos fazer novas coisas com o seu uso, amplificando nossa criatividade", destacou Millman.
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