Categorias
Liderança

Liderança transacional: o que é, características e vantagens

O cargo de líder é essencial para qualquer organização empresarial de sucesso, mas você sabia que existem diferentes maneiras e abordagens para desempenhar essa função?

Ao longo dos anos, diferentes teorias e estilos de liderança têm surgido com vários níveis de eficácia na promoção da produtividade, inovação e eficiência dentro das organizações.

Uma dessas teorias é a liderança transacional, que se concentra em uma abordagem de recompensas e punições, em que o funcionário recebe um prêmio pelo bom desempenho ou ações disciplinares por falhar no cumprimento de metas.

Este artigo irá abordar o que é liderança transacional, suas características e várias vantagens que ela pode trazer quando aplicada de forma eficaz pelos líderes.

Também vamos abordar algumas desvantagens potenciais que podem ocorrer se esta forma de liderança não for utilizada adequadamente e no cenário correto dentro da estrutura de uma organização.

Portanto, continue lendo para saber mais sobre essa que é a forma mais popular de liderança e aprenda a aplicá-la no seu dia a dia! Boa leitura!

banner-leading-the-future

O que é liderança transacional?

A liderança transacional é a forma mais comum de liderança e consiste em oferecer algo para o liderado em troca de uma boa performance, ou seja, recompensar os colaboradores conforme eles atingem metas, como uma forma de troca puramente transacional.

O propósito desse tipo de liderança é o de motivar e recompensar os funcionários conforme eles atingem bons resultados, pois uma boa performance significa melhores resultados para a empresa.

Portanto, líderes transacionais são aqueles que estabelecem metas e expectativas claras para seus subordinados, sendo que, como um líder, também deve fornecer os recursos e o apoio necessário para que essas metas sejam atingidas.

Em troca, espera-se que os funcionários atendam ou superem as expectativas e, caso o façam, serão recompensados com elogios, bonificações, comissões, aumentos, promoções e outras formas de reconhecimento.

Caso o funcionário não cumpra as expectativas, ele pode ser punido com críticas, despromoção e até mesmo o rompimento da relação profissional entre colaborador e empresa.

Ou seja, a liderança transacional é um estilo no qual o líder depende de um sistema de recompensas e punições para tentar atingir a performance necessária da equipe.

Esse estilo de liderança é baseado na ideia de que os colaboradores não possuem a devida motivação própria para realizar as suas atividades profissionais e que precisam de estrutura, estímulo, instruções e supervisão.

Trata-se de um estilo de liderança muito útil para atingir metas de curto prazo ou que sejam muito específicas.

Características da liderança transacional

Características da liderança transacional

Veja a seguir as principais características da liderança transacional:

Estabilidade do status quo

Líderes transacionais podem ser descritos como profissionais mais conservadores, ou seja, eles se concentram em manter o status quo intacto em vez de tentar mudar a maneira como as coisas funcionam e experimentar outras formas de hierarquia.

Essa abordagem pode resultar em um estilo de liderança engessado e tradicional, focado em atingir metas e objetivos, mas também pode representar uma fraqueza, dependendo da situação em que a empresa e o mercado se encontram.

Manter o status quo a fim de alcançar objetivos específicos pode ser algo necessário em diferentes ramos do mercado de trabalho, mas, em outros casos, líderes transformadores, com foco na criatividade e inovação podem ser mais adequados, especialmente nos casos em que o ramo de atividade da empresa está passando por grandes mudanças.

Nesses cenários, as empresas precisam contratar profissionais capazes de “pensar fora da caixa” e criar um ambiente livre, em que os colaboradores podem tanto fazer sugestões, quanto gozar de mais autonomia na realização das suas atividades diárias.

Recompensas por atender ou exceder expectativas

Uma das características mais fundamentais da liderança transacional está no uso de recompensas para o ato de atender ou exceder as expectativas estabelecidas.

Caso os liderados atendam ou excedam as metas esperadas pelo líder, eles são recompensados de alguma forma, seja com elogios, bonificações, comissões maiores, aumentos, promoções ou qualquer outra forma de reconhecimento.

Punições para o não cumprimento de expectativas

Na liderança transacional, caso algum colaborador não corresponda às expectativas estabelecidas pelos líderes, ele pode ser punido de alguma forma.

Essa punição pode vir na forma de críticas, despromoções, rebaixamentos e até mesmo no término do vínculo trabalhista com a empresa.

A punição é uma forma de motivação tão eficaz quanto a recompensa, mas é importante notar que ela pode levar a uma dinâmica de equipe mais negativa e ressentida.

Suposição de que a equipe não é automotivada

Como vimos, a liderança transacional baseia-se no pressuposto de que os liderados não possuem a automotivação necessária para desempenhar o trabalho com autonomia, o que é verdade em muitos setores do mercado de trabalho.

Nesse estilo de liderança, supõe-se que os funcionários precisam de estrutura, incentivo, instrução e supervisão para fazer o trabalho de forma eficaz.

Metas e expectativas claras

Outra característica importante do modelo transacional de liderança é que, nele, são estabelecidas metas e expectativas claras para os liderados.

Trata-se de um mecanismo que ajuda a garantir que todos estão na mesma página e que sabem exatamente o que é esperado de cada um.

Porém, isso também pode ter um lado negativo, já que pode levar a uma abordagem mais rígida e inflexível.

É eficaz para atingir metas e objetivos de curto prazo

Apesar do modelo transacional de liderança não ser a melhor abordagem para todas as situações, essa é uma ferramenta eficaz para atingir objetivos muito específicos, normalmente relacionados a tarefas muito repetitivas, e de curto prazo.

Isso acontece porque tarefas muito repetitivas realmente podem fazer com que o trabalhador não sinta a motivação necessária para desempenhar a atividade ao longo das oito horas de trabalho, então estabelecer metas é muito importante.

Nesses cenários, a manutenção do status quo e das cadeias hierárquicas é essencial, pois ela ajuda a criar um ambiente com metas e expectativas claras, o que ajuda na realização de tarefas que requerem uma abordagem mais estruturada e simplificada.

banner-leading-the-future

Quais são as diferenças entre liderança transacional e transformacional?

Diferenças entre a liderança transacional e a liderança transformacional

Muitas pessoas confundem os conceitos de liderança transacional e transformacional. Entenda a diferença entre os dois estilos a seguir:

Objetivos

Uma das maiores diferenças entre o modelo transacional de liderança e a liderança transformacional diz respeito ao objetivo: enquanto o modelo transacional se centra em manter o status quo, a liderança transformacional busca inovação e flexibilidade.

Por isso, podemos dizer que a liderança transacional é mais conservadora, já que visa manter as hierarquias intactas, enquanto a liderança transformacional é mais progressista, pois visa transformar as hierarquias para inovar na área.

O líder transacional tem como principal objetivo atingir uma série de metas necessárias para o sucesso da empresa, por isso precisa de uma estrutura mais rígida e hierárquica.

Já o líder transformacional está mais preocupado na construção de um relacionamento com seus funcionários, conhecendo profundamente seus colaboradores para entender como motivar a sua equipe para o sucesso.

Comunicação

Na liderança transacional, a equipe não possui um canal de comunicação aberto e direto com o líder, pois essa não é uma questão prioritária nesse modelo de liderança.

O contrário ocorre no modelo de liderança transformacional. Nele, se institui um diálogo aberto entre líder e liderado com a intenção de que o chefe seja capaz de fornecer feedbacks para os colaboradores e vice-versa.

Há uma abertura do canal de comunicação entre líderes e equipe, o que favorece a sugestão de ideias e sugestões de mudanças para melhorar a produtividade.

Forma de trabalhar

A maior diferença entre o modelo transacional de liderança e a liderança transformacional está na forma de trabalhar, ou seja, na maneira como a operação da empresa acontece.

Líderes transacionais atuam como chefes, isto é, dão ordens, impõem respeito e autoridade, enquanto o líder transformacional segue um modelo de atuação menos hierárquico.

Nesse segundo caso, o chefe atua junto com os subordinados e oferece mais autonomia para a gestão da jornada de trabalho.

O modelo transacional de liderança é mais hierarquicamente estruturado, com o uso de um sistema de recompensas e punições para estimular o trabalho.

Já a liderança transformacional é aquela em que se estabelece uma relação de confiança entre líder e liderado, sendo que o líder inspira, orienta e guia os membros da equipe.

Relacionamento com a equipe

O modelo transacional de liderança não envolve o desenvolvimento de um relacionamento entre líder e liderados, enquanto o modelo transformacional se baseia totalmente na construção dessas relações.

Como a ideia da liderança transformacional é a de inovar, então é necessário criar um canal de comunicação aberto com a equipe para ouvir novas sugestões de mudanças para melhorar a produtividade da empresa.

Vantagens e desvantagens da liderança transacional

Vantagens e desvantagens da liderança transacional

Agora veja as vantagens e desvantagens da liderança transacional:

Vantagens

Uma das vantagens do estilo transacional de liderança é que os líderes tipicamente são muito focados e orientados por metas.

Isso é muito bom para tarefas repetitivas e em uma operação muito bem estabelecida, pois resulta em melhoria de produtividade.

A lógica é simples: os funcionários trabalham com expectativas bem claras sobre a própria produtividade e sabem que serão recompensados caso atinjam ou superem os resultados. 

Da mesma forma, sabem que serão punidos caso entreguem resultados abaixo ou muito abaixo do esperado.

Isso faz com que a liderança transacional seja muito eficaz na tarefa de mobilizar recursos para atingir objetivos específicos, especialmente no curto prazo.

Além disso, líderes transacionais geralmente possuem uma boa habilidade pessoal e são capazes de construir relacionamentos fortes com seus funcionários.

Isso se dá porque esse estilo de liderança não funciona se não for promovida a devida segurança psicológica no ambiente.

Em outras palavras, para que funcione, é preciso criar um clima de positividade na empresa, para que todos sejam capazes de oferecer o melhor.

Como os líderes transacionais possuem essa visão mais clara dos objetivos, é possível ser muito inspirador e motivador para os funcionários, principalmente a partir do estabelecimento de prêmios para o cumprimento de metas.

Por fim, trata-se de um modelo de liderança muito bom para manter as hierarquias organizadas, facilitando a delegação de tarefas e responsabilidades, o que ajuda a maximizar a eficiência das equipes.

Desvantagens

Dentre as principais desvantagens da liderança transacional podem destacar o fato de que ela, muitas vezes, depende fortemente de recompensas e punições para motivar os funcionários. 

Isto é o ponto forte desse modelo de liderança também é seu ponto fraco, pois essa lógica pode criar um clima de medo e insegurança no local de trabalho.

Funcionários que são motivados apenas por recompensas ou punições podem se tornar menos envolvidos no trabalho ao longo do tempo.

Além disso, o foco exclusivo nos resultados pode acabar por ofuscar a necessidade de adaptar as metas e empresas para a realidade de cada colaborador, o que pode acarretar em um ambiente mais hostil e com muita competitividade entre os funcionários.

Esse modelo de liderança também pode não ser o mais adequado em situações em que é necessário a adaptação da empresa às circunstâncias ou objetivos em mudança.

Isso ocorre porque, em um cenário em que é necessário em que a empresa precisa mudar e se adaptar, as decisões não podem ser tomadas somente de cima para baixo.

Afinal, a capacidade de inovação da empresa acaba sendo limitada dessa forma, uma vez que não ocorre diálogo com as equipes.

banner-leading-the-future

Conclusão

A liderança transacional representa uma forma muito eficaz de gerenciar grupos de trabalho, sendo capaz de alcançar excelentes resultados graças à busca de uma estrita conformidade com os objetivos estabelecidos e a manutenção do status quo.

Como vimos, este estilo é caracterizado pela atribuição de recompensas ou algum tipo de reconhecimento àqueles que atingem as metas estabelecidas, fornecendo diretrizes e procedimentos que devem ser cumpridos e sancionando aqueles que não cumprem.

Lembre-se que é essencial que você saiba identificar o estilo de liderança que sua empresa precisa em todos os momentos para obter os melhores resultados possíveis.

Em muitas situações, um estilo de liderança mais liberal ou transformacional pode ser mais adequado, então busque conhecer outros estilos de liderança.

Veja a seguir outros textos do blog em que falamos sobre liderança e empreendedorismo:

Categorias
Liderança

Liderança transformacional: o que é, objetivos e exemplos

A liderança transformacional é um conceito poderoso que revolucionou a forma como os líderes motivam e inspiram suas equipes.

Em sua essência, este estilo de liderança se concentra na criação de mudanças significativas dentro de uma organização ou grupo, enfatizando a colaboração e a realização compartilhada como fatores-chave para o sucesso.

Por meio de estilos de comunicação estratégica e métodos inovadores, os líderes transformacionais mantêm seus seguidores engajados e motivados para alcançar níveis mais altos de produtividade.

Neste artigo, vamos explorar o que significa ser um líder transformacional, delineando os objetivos associados a esse tipo de liderança e fornecendo vários exemplos de organizações em diferentes indústrias no mundo todo. Boa leitura!

banner-leading-the-future

O que é liderança transformacional?

Liderança transformacional é um conceito que nasceu no livro “Rebel Leadership: Commitment and Charisma ina Revolutionay Process” (1973), de James V. Downton.

No entanto, só veio a ganhar maior popularidade em 1978, quando o historiador e cientista político James Macgregor Burns publicou o livro “Leadership“.

Burns define o conceito como sendo um modelo em que os líderes e os liderados se ajudam mutuamente buscando atingir algum objetivo comum.

Ou seja, na liderança transformacional, o líder cria uma conexão com seus colaboradores de modo a elevar a moral e motivação do time.

Em 1985, o pesquisador Bernard M. Bass foi além e lançou o livro “Leadership and Performance“, em que conceitua sobre a liderança transformacional como um modelo em que o líder trabalha lado a lado com os subordinados na identificação e implementação de mudanças necessárias no dia a dia.

Para Bass, esse tipo de liderança é feita por meio da inspiração e do exemplo que o líder oferece para os demais colaboradores na cadeia de comando da empresa.

Essa postura ajuda a estimular todos os envolvidos de modo que todos buscam sempre dar o seu melhor na busca por resultados cada vez mais desafiadores e satisfatórios.

Por esse motivo, no modelo de liderança transformacional, os colaboradores devem ter autonomia para tomar decisões por conta própria, pois há um vínculo de confiança uma vez que todos receberam treinamento e são devidamente capacitados para suas funções.

Elementos da liderança transformacional

Os elementos da liderança transformacional

Os quatro elementos da liderança transformacional são a motivação inspirada, a influência idealizada, o estímulo intelectual e a consideração individualizada.

Esses elementos servem para explicar melhor o conceito de liderança transformacional. Veja a seguir mais sobre cada um deles:

Motivação inspirada

Um dos pontos-chave da liderança transformacional é a inspiração transmitida pelo líder para os seus colaboradores.

Essa dinâmica relacional serve como motivo de inspiração para que os colaboradores trabalhem mais e entreguem resultados mais relevantes.

Influência idealizada

A liderança transformacional também se caracteriza por uma esfera de influência idealizada sobre os colaboradores. Em outras palavras, os liderados têm o líder como um exemplo ideal a ser seguido.

Estímulo intelectual

Os líderes transformacionais de sucesso são aqueles que são capazes de estimular os colaboradores durante o dia a dia da empresa.

Esse estímulo intelectual pode vir tanto na contribuição para resolução de problemas, quanto na concepção de soluções criativas e na transmissão de ideias, informações e conhecimentos importantes e relevantes para o trabalho sendo desempenhado.

Consideração individualizada

Por fim, líderes transformacionais de sucesso são capazes de considerar todas as individualidades de cada colaborador.

Um bom trabalho nessa área envolve o respeito às individualidades de forma que a distribuição de tarefas seja feita levando as capacidades e fragilidades de cada um, sempre buscando conciliar o desenvolvimento pessoal com o sucesso da organização.

Os principais objetivos da liderança transformacional

Objetivos da liderança transformacional

O principal objetivo do conceito de liderança transformacional é oferecer ferramentas para que gestores e donos de negócio sejam capazes de liderar pelo exemplo.

Em outros termos, a pessoa exercendo o cargo de liderança precisa ser capaz de praticar tudo aquilo que prega diariamente para o restante da equipe.

Tal estilo de liderança também tem como objetivo inspirar os colaboradores a utilizar a criatividade para implementar mudanças e promover transformações capazes de impactar positivamente tanto o time, quanto a empresa como um todo.

Um bom líder transformacional é aquele que promove uma cultura de responsabilidade, em que cada um sabe o que é esperado de si e é livre para exercer autonomia na hora de executar as suas atividades diárias.

O líder transformacional: quais são as características?

A principal característica do líder transformacional de sucesso é a capacidade de inspirar e motivar as pessoas que estão subordinadas a ele na cadeia de comando da empresa.

Trata-se de um tipo de profissional capaz de extrair o melhor de cada um dos colaboradores e consegue utilizar tudo isso a favor do desempenho coletivo.

O líder transformacional também possui uma visão estratégica e ampla, comprometida com o desenvolvimento das equipes e das habilidades para resolver problemas simples e complexos.

Profissionais que desejam exercer esse tipo de liderança precisam estar aptos a analisar o grau de maturidade profissional dos colaboradores para, a partir dessa análise, traçar planos de evolução profissional para cada um.

Ou seja, trata-se de uma liderança que acompanha de perto o desempenho dos liderados sem exercer o microgerenciamento (em que as lideranças têm um excessivo controle pela equipe).

Um bom líder transformacional oferece autonomia para seus colaboradores, estabelecendo uma relação de confiança em que eles podem exercer a criatividade e manter um controle próprio sobre o ritmo de trabalho que executam.

E, por fim, na liderança transformacional, os estímulos para trabalhar mais e melhor se dão por meio do exemplo da liderança, que oferece diversos padrões morais e éticos a serem seguidos na operação da empresa.

banner-leading-the-future

Você sabe como a liderança liberal impacta as empresas? Entenda mais sobre esse modelo

Qual é a diferença entre liderança transformacional e transacional?

A diferença entre liderança transformacional e transacional é bastante grande, afinal, esses dois conceitos fazem oposição um ao outro.

O conceito de transformacional de liderança, como vimos, possui uma pegada mais humanizada, que busca inspirar e motivar os colaboradores.

A liderança transacional, por sua vez, tem um foco muito mais voltado para os resultados que são entregues.

Os líderes transacionais não se importam muito com o exemplo que dão aos funcionários ou com o nível de suporte oferecido para pessoas abaixo de si na cadeia de comando.

A ideia é utilizar uma abordagem mais conservadora, em que evita-se mudar o que já está estabelecido e que já funciona bem.

Diferentemente da abordagem transformacional, na liderança transacional os colaboradores não possuem voz nos processos de decisão e o líder concentra o poder de decidir sobre assuntos que impactam diretamente o coletivo.

Isto é, a liderança transacional é aquela em que as decisões são tomadas de cima para baixo.

Os liderados não gozam de autonomia nesse estilo de liderança e precisam obedecer rigidamente às regras que são impostas pelo sistema em funcionamento.

A liderança transacional não abre muitos espaços para inovação nem liberdade para que os colaboradores possam exercer sua criatividade na resolução de problemas.

Colocado isso, é importante ressaltar que isso não quer dizer que a liderança transacional é ultrapassada e que a transformação deve necessariamente ser implementada.

Na verdade, existem casos e casos. Em algumas situações, a liderança transacional é mais adequada, como, por exemplo, no caso de equipes menos experientes ou em setores nos quais os processos precisam de um alto grau de padronização para evitar falhas.

A escolha entre qual estilo adotar na sua empresa depende do seu perfil de líder, das características da equipe e, principalmente, das atividades a serem desenvolvidas.

Para as diferenças ficarem ainda mais claras, vamos a uma versão resumida de tudo que vimos até aqui:

  • A liderança transacional tem foco nos resultados, enquanto a transformacional é focada nas pessoas;
  • A liderança transacional não leva em conta o exemplo, enquanto na transformacional ela é decisiva e motivo de inspiração;
  • Na liderança transacional, regras e padrões devem ser seguidos à risca, enquanto na transformacional não existe uma metodologia fixa de trabalho;
  • Na liderança transacional as decisões são feitas de cima para baixo, isto é, são impostas pela liderança aos liderados, enquanto na transformacional os liderados têm voz e podem fazer sugestões;
  • A liderança transacional não estimula a inovação, enquanto a transformacional é focada na liberdade para que os colaboradores contribuam com sugestões.

5 maneiras de praticar a liderança transformacional

Agora confira cinco maneiras de praticar a liderança transformacional na sua empresa:

1. Pense a longo prazo

O primeiro passo para praticar um estilo transformacional de liderança é pensar no longo prazo e definir uma visão e objetivos concretos e inspiradores.

Isso porque as pessoas que trabalham na sua empresa precisam de um motivo convincente para seguir a sua liderança, o que significa que o líder transformacional deve ser capaz de criar e comunicar uma visão inspiradora de futuro para as pessoas.

A visão é o que irá definir o propósito da sua equipe, isto é, os motivos que levam todos os envolvidos a se levantarem de manhã para executar suas tarefas.

É possível desenvolver isso parcialmente ao compreender os valores das pessoas que você liderar, em parte por entender as capacidades e recursos de cada um e, em parte, por ter uma visão mais ampla do ambiente, mostrando os caminhos a serem seguidos.

Se você deseja desenvolver uma visão para as suas equipes, é importante pensar no longo prazo e começar com a missão e visão da empresa, explorando as maneiras pelas quais as equipes podem contribuir diretamente com esses objetivos.

2. Delegue tarefas e treine sua equipe

O segundo passo para executar um estilo transformacional de liderança é treinar todos os seus colaboradores antes de delegar as tarefas para cada um.

Como vimos, esse estilo de liderança se baseia muito na confiança mútua e isso só pode ser atingido se todos os colaboradores estiverem devidamente treinados e capacitados para executar as tarefas para as quais foram contratados.

3. Comunique-se de maneira inspiradora

Uma vez que você tenha uma visão e missão prontas, é necessário apelar para os valores dos membros da sua equipe, mostrando para essas pessoas onde você irá levá-las e os motivos por trás dessa jornada.

Para atingir esse objetivo, é fundamental manter a visão “viva” na mente de cada membro da equipe, vinculando cada um aos objetivos e tarefas de forma a dar contexto e a sensação de que estão desenvolvendo um trabalho importante.

O estilo transformacional de liderança parte do pressuposto de que nada significativo acontece a não ser que as equipes estejam devidamente motivadas.

Logo, é fundamental estudar constantemente para aprender as diferentes formas de motivação e como utilizá-las no dia a dia da empresa.

4. Identifique oportunidades de inovação

Como vimos, um dos principais objetivos da liderança transformacional é a inovação. E um dos pilares para atingir isso é o exemplo.

O bom líder transformacional é aquele que consegue inspirar e motivar seus colaboradores por meio do exemplo.

Portanto, se você deseja estimular a criatividade e a inovação na sua empresa, é fundamental que você pratique esses dois conceitos no dia a dia.

Você deve se mostrar capaz de identificar oportunidades de inovação, pois dessa forma você irá estimular seus subordinados a fazer o mesmo.

5. Incentive a autonomia

Por fim, o estilo transformacional de liderança não obtém sucesso se o líder não focar a sua atenção na equipe e não trabalhar duro para ajudar as pessoas a alcançar seus objetivos.

Logo, é fundamental criar um relacionamento com cada colaborador, conhecendo individualmente cada membro da equipe para entender suas necessidades de desenvolvimento e ajudá-los a atingir seus objetivos.

É preciso que você seja capaz de construir uma relação de confiança e uma das melhores maneiras de fazer isso é incentivando a autonomia.

A confiança é uma via de mão dupla. Isso significa que, antes de exigir que seus funcionários confiem em você, é importante que você confie em seus funcionários.

Exemplos de liderança transformacional

Exemplos de liderança transformacional

Agora veja alguns exemplos de lideranças transformacionais:

Reed Hastings, Netflix

Reed Hastings implementou um estilo transformacional de liderança para criar uma nova forma de consumir conteúdos em audiovisual, o que provocou mudanças profundas na indústria do entretenimento como um todo.

Luiza Trajano, Magazine Luiza

Luiza Trajano é um dos melhores exemplos de líder transacional, pois é dona de um carisma e empatia que movimentam todos que estão ao seu redor a colaborar com o sucesso da sua empresa e a realização da sua visão.

Não à toa, atualmente a Magazine Luiza é uma das maiores empresas no ramo do varejo em território brasileiro.

banner-leading-the-future

Conclusão

Como vimos, o estilo de liderança transformacional é baseado na inspiração, motivação e estímulo intelectual para alcançar excelentes resultados na empresa ou organização.

É um líder que entende o que precisa ser melhorado, sabe como fazê-lo e tem as habilidades necessárias para implementar as mudanças com sucesso.

Os objetivos geralmente perseguidos por este tipo de liderança são: aumentar a produtividade, melhorar o clima de trabalho e o compromisso organizacional, a satisfação dos funcionários ou o fluxo de sangue dentro da empresa.

Se você deseja ler mais sobre liderança e empreendedorismo, veja os artigos a seguir:

Categorias
Blog

DAO: o que é, como funciona

O conceito de Organizações Autônomas Descentralizadas (DAO) vem ganhando atenção como uma forma cada vez mais popular de gerenciar operações e ativos digitais com um sistema automatizado.

Este tipo de organização é um conceito revolucionário quando se trata de instituições financeiras, empresas investidoras, empresas de mídia, e muito mais.

As DAO’s são entidades digitais criadas em blockchain que podem incluir estatutos e estruturas de governança para a execução de várias tarefas.

Elas fornecem, essencialmente, a mesma estrutura que existiria em uma corporação, mas sem o uso de intermediários ou intermediárias.

Isso faz com que essas organizações se tornem autônomas, isto é, que operam exclusivamente por meio de código e com um suporte de pagamento baseado em criptomoedas.

Neste artigo, vamos explorar o que compõe uma DAO, como elas funcionam, as vantagens da oferta em relação às estruturas corporativas tradicionais, assim como alguns exemplos reais que estão sendo implementados atualmente em todo o mundo. Boa leitura!

banner-future-me

O que é DAO (Decentralized autonomous organizations)?

DAO (Decentralized Autonomous Organizations, ou “organizações autônomas descentralizadas”, em português) é um sistema que usa a rede blockchain, ou seja, um banco de dados público de criptomoedas para armazenar e manter a sua base de dados de maneira imutável e inviolável, assegurando interações de forma autônoma via contratos digitais programáveis, chamados de smart contratcs.

Qual é a diferença entre DAOs e organizações tradicionais?

Existem diversas características divergentes entre o modelo operacional de organizações tradicionais e as organizações autônomas descentralizadas. 

As principais diferenças incluem o modo de transparência, modelo de hierarquia, automatização de etapas e outros elementos. Veja:

  • Transparência: o fato das DAOs serem públicas permite maior transparência entre os membros, já que as atividades podem ser acessadas por todos os envolvidos, diferentemente de organizações tradicionais que trabalham com movimentações privadas e limitadas a um público seleto;
  • Implementações automatizadas: diferente de organizações de outros modelos que exigem o uso de etapas manuais ou automação controlada de maneira centralizada, os serviços oferecidos na DAO são automatizadas;
  • Agilidade em computação de votos: em uma organização de modelo centralizado, as votações são computadas internamente e os resultados são tratados de forma manual. Nas DAOs, todo o processo ocorre de maneira automática, sem intermediários.
  • Modelo mais democrático: diante da necessidade de rever algum processo ou para implementar novos investimentos e novas tecnologias, os membros da DAO podem realizar uma votação para decisão mais democrática e transparente, não partindo da decisão de uma única pessoa em uma posição mais alta na hierarquia da organização;
  • Sem hierarquias: por fim, outra diferença é que as organizações autônomas descentralizadas não são formadas por hierarquias entre os membros, diferente de empresas tradicionais que trabalham com posições e níveis mais definidos.

Como funciona uma DAO (Decentralized Autonomous Organizations)?

Como funciona uma DAO?

Uma DAO funciona com base em um conjunto pré-programado de regras, de maneira autônoma, sendo coordenada por meio de protocolos de consenso distribuídos.

O Bitcoin foi considerado a primeira DAO totalmente funcional, mas, desde então, o uso de contratos inteligentes foi habilitado de fato na plataforma Ethereum, que tornou esse recurso mais popular com o público atual e ajudou a moldar o atual cenário.

Em linhas gerais, para ser operacional, DAOs precisam de regras codificadas em forma de contrato inteligente, que basicamente é um programa de computador que existe de forma autônoma na internet, mas que precisa de pessoas para realizar tarefas que não pode executar sozinho.

Uma vez que essas regras são estabelecidas, as DAOS entram em fase de financiamento. Nessa etapa, a DAO deve ter algum tipo de propriedade interna, ou seja, tokens que podem ser gastos pela empresa ou utilizados para recompensar atividades dentro dela.

Além disso, ao investir em uma DAO, o usuário obtém direito de voto e, por extensão, a capacidade de influenciar como ela opera.

Ao final do período de financiamento, acontece a implementação da DAO, com ela se tornando totalmente autônoma e completamente independente de seus criadores.

Trata-se de um código aberto, que pode ser visto por qualquer pessoa, sendo que todas as regras e transações financeiras são registradas na blockchain, o que faz com que essas organizações sejam totalmente transparentes, imutáveis e incorruptíveis.

Uma vez que determinada DAO entra em operação, todas as decisões sobre onde e como gastar os fundos são feitas por meio de consenso. 

Todas as pessoas que possuem uma parte da DAO podem fazer propostas em relação ao seu futuro, sendo que o principal mecanismo para evitar o bombardeio de respostas é a necessidade de fazer um depósito monetário.

Ou seja, para realizar qualquer ação, a maioria dos investidores deve votar na proposta, sendo que a vantagem para alcançar essa maioria pode variar dependendo de cada DAO, pois isso é algo especificado diretamente no código.

Em resumo: DAOs permitem que as pessoas entre si troquem seus fundos em forma de investimento, doações, levantamento de fundos, empréstimos e assim por diante.

Trata-se de um sistema capaz de fazer todas essas operações sem a necessidade de um intermediário.

A grande questão desses programas é que, se for detectada no código inicial, ela não pode ser corrigida até que a maioria vote para isso, sendo que, enquanto a votação está em processo, hackers podem usar alguma falha no código com intenções maliciosas.

Por fim, é importante esclarecer que as DAOs não são sistemas capazes de construir um produto, escrever um código ou desenvolver um hardware.

Na verdade, trata-se de um sistema de contratos inteligentes que garante um pagamento mais rápido do que o sistema bancário convencional.

Qual é a importância das DAOs para o mercado cripto?

A importância das DAOs para o mercado cripto

O conceito de DAO é muito relevante no mercado cripto, pois tem como ideal para formar a base de criação do Bitcoin a descentralização e a autonomia.

Como vimos, muitos consideram o Bitcoin a primeira grande aplicação do conceito de DAO, pois funciona com base em um conjunto de regras pré-estabelecidas, de maneira autônoma, descentralizada entre os participantes da sua rede.

Hoje em dia, a aplicação acontece em outro mercado de cripto, a rede Ethereum, por meio da implementação dos contratos inteligentes, o que levou o conceito a um público maior.

banner-future-me

Exemplos de DAOs

Nada melhor do que conhecer alguns exemplos de DAOs para ficar ainda mais fácil de compreender como funcionam essas organizações autônomas na prática. 

Um dos exemplos mais conhecidos é a empresa de criptomoedas Dash, que tornou-se a primeira organização descentralizada a ser criada.

A digix.io também é um caso de empresa descentralizada que trabalha com venda de ativos digitais, assim como a Bitshares, do setor financeiro, que trabalha oferecendo investimentos.

Para quem está mais próximo do tema, talvez o nome mais conhecido seja a própria The DAO, uma organização construída utilizando a blockchain do Ethereum..

Vantagens e desvantagens das DAOs

Vantagens e desvantagens das DAOs

As DAOs são sistemas que apresentam diversas vantagens e desvantagens. Dentre as principais vantagens, podemos citar:

  • Democracia: em uma DAO, todos podem propor mudanças e participar de votações sobre propostas, como decisões sobre como gastar os fundos, por exemplo. Tudo vai depender do consenso entre os participantes, ou seja, o próprio contrato inteligente garantirá que a escolha da maioria será respeitada para seguir com as devidas implementações;
  • Descentralização: a grande vantagem das DAOs é que elas eminem completamente a hierarquia, operando como organizações 100% democráticas e transparente, onde todos possuem acesso às mesmas informações e podem exercer influência sobre as escolhas a respeito do futuro da organização;
  • Amplo acesso e alcance: DAOs permitem negociações, transferência e arrecadações de fundos entre pessoas de qualquer lugar do mundo — algo que só é possível graças à rede blockchain, que funciona 24 horas por dia mundialmente, sem depender de horários bancários ou da supervisão de uma instituição financeira;
  • economia própria: toda DAO normalmente possui a sua própria unidade de valor (token) para facilitar as negociações dentro da organização. Esses tokens podem se valorizar com o tempo, de acordo com o crescimento e popularidade de uma DAO, podendo ser utilizados para recompensar os participantes de acordo com as atividades desempenhadas e dar retorno financeiro pelo seu investimento;
  • Segurança e transparência: como operam na Blockchain, as DAOs são de código aberto, ou seja, todos possuem acesso a como os fundos estão sendo gastos. A rede permite o funcionamento seguro das operações para que seus usuários não precisem depender da confiança nos outros membros, pois a própria blockchain já proporciona confiabilidade a todos.

Mas, assim como existem vantagens, as DAOs também possuem desvantagens. Veja quais são elas a seguir:

  • Código falho: a partir do momento que são implementadas, as DAOs começam a operar de maneira autônoma, automatizada e aberta a todos, entretanto, códigos podem ser implementados para que falhas não sejam percebidas e pessoas mal intencionadas podem enxergar lacunas e viabilizar um ataque hacker, por exemplo;
  • Demora nas votações: alterações para corrigir falhas só podem ser feitas por meio de votação. Isso, ao mesmo tempo que representa uma vantagem do ponto de vista da praticidade e segurança, pode complicar o processo de resolver falhas e gerar prejuízos irreversíveis para os participantes da organização;
  • Regulamentação: os cripto-ativos ainda são questões em aberto esperando discussão na maioria dos países, ou seja, uma grande fonte de incertezas. Logo, para que Startups adotem um modelo de DAO, a estruturação jurídica convencional pode ser um obstáculo a ser enfrentado por empresas que desejam adotar esse modelo.

DAOs valem a pena?

As DAOs são ferramentas tecnológicas úteis e que podem proporcionar uma grande revolução no futuro. 

Funcionam como um tipo de organização coletiva pertencente e administrada por seus membros, em um contexto em que todos têm voz, o que muda completamente como as organizações funcionam hoje.

Diversos analistas e especialistas do setor afirmam que as DAOs estão ganhando destaque e que podem, até mesmo, vir a substituir algumas empresas tradicionais.

Por isso, é fundamental que as empresas, marcas e investidores se mantenham atentos às principais tendências do mercado atual e como elas podem afetar a forma com que as marcas e os consumidores interagem.

banner-future-me

Conclusão

O conceito de organizações autônomas descentralizadas, quando colocado lado a lado ao de organizações tradicionais, se mostra uma alternativa bastante moderna e revolucionária.

Na prática, as DAOs representam grupos de pessoas com determinado objetivo que se organizam sem uma liderança central.

A ideia é remover o modelo de hierarquia convencional das instituições, que vem sendo adotado desde sempre como padrão, e dar lugar a um modelo que usa a rede blockchain para a tomada de decisões.

Esse tipo de proposta apresenta uma série de vantagens, como o próprio modelo descentralizado, maior transparência e a ideia de decisões tomadas de maneira mais democrática e participativa por todos os membros.

Para quem deseja fugir de propostas tradicionais e, talvez, investir em uma opção de empreendedorismo voltado à inovação radical, uma DAO pode ser um ponto de partida.

No entanto, para ter sucesso é necessário compreender com profundidade esse mercado, seus prós e contras para se adaptar e colher bons resultados.

Continue lendo sobre blockchain e novas economias:

Categorias
Blog

Modelos de gestão: conheça os principais tipos e saiba como escolher para sua empresa

Para que uma organização consiga sucesso em seus negócios é fundamental conhecer os diferentes modelos de gestão. 

Eles variam conforme fatores internos, como as metas e a cultura organizacional, mas também externos, como a tendência de mercado e a situação econômica.

A escolha certa do estilo é determinante para os resultados da empresa, pois ele interfere diretamente na forma como os processos de trabalho são conduzidos. Em outras palavras, se relaciona a processos, estrutura, política, recursos e pessoas.

Cada modelo apresenta características específicas e traz um conjunto próprio de vantagens e desvantagens. Por isso, é preciso conhecer as possibilidades e entender qual deles usar em seu tipo de negócios. 

E quais são os estilos de gestão? Como escolher o melhor modelo para sua empresa? Neste artigo, explicamos tudo sobre o tema, confira!

banner-economia-exponencial

O que é um modelo de gestão?

Um modelo de gestão é um conjunto de estratégias que define a condução da administração de uma organização. 

Ele inclui todos os recursos da empresa, como pessoas, finanças, tecnologia, informação e materiais, bem como princípios, estruturas, processos e atividades-chave que permitem à organização atingir seus objetivos.

Existem muitos estilos de gestão diferentes, cada um com suas características, mas todos têm um ponto em comum: manter todas as áreas da empresa em sintonia para que ela consiga um bom desempenho e atinja os resultados propostos.

Por isso, a escolha pelo modelo ideal é tão importante.

Qual é a importância dos modelos de gestão?

Os modelos de gestão são ferramentas empresariais poderosas que podem ter um impacto significativo sobre o sucesso de uma organização. Sua importância se dá em diversos aspectos. Veja:

  • Contribuem para as equipes de gestão implementarem práticas de gerenciamento eficazes e alcançar seus objetivos;
  • Estabelecem disciplina e consistência em vários processos, sistemas e atividades, a fim de promover maior eficiência e eficácia;
  • Ajudam as organizações a navegar por ambientes de negócios em mudança, fornecendo ferramentas e estratégias para se adaptar a novos desafios e oportunidades.

O empresário que está começando um novo negócio ou busca melhorar suas operações existentes precisa entender os diferentes estilos de gestão para escolher aquele que melhor se adapte às suas necessidades.

E como escolher o modelo de gestão?

Como escolher o melhor modelo de gestão para sua empresa?

Como escolher o modelo de gestão ideal para sua empresa?

Não existe um estilo de gestão que seja adequado para todos os tipos de negócio. É possível, inclusive, mesclar características de diversos modelos.

Por isso, é importante considerar cuidadosamente as necessidades empresariais, os fatores internos e externos, e escolher um tipo de administração que melhor se alinhe com elas. 

Ou seja, o primeiro passo ao aprender como escolher o modelo de gestão é fazer um diagnóstico.

Fazer um diagnóstico profundo da empresa

A escolha por um modelo de gestão passa pela compreensão sobre a organização como um todo. É fundamental conhecer suas características, bem como o atual momento. 

Uma empresa em plena expansão certamente demandará ações e ferramentas de gestão diferentes da organização que enfrenta alto índice de turnover e absenteísmo.

Um diagnóstico profundo é a ferramenta capaz de mostrar algo substancial sobre a empresa, que vai além das tendências adotadas por outras empresas. A cultura organizacional de uma gigante multinacional pode ser bem diferente da sua e pode, inclusive, não se ajustar.

E os líderes precisam se  atentar para alguns pontos neste diagnóstico, tais como:

  • Avaliação do propósito, da razão de ser e da criação da organização;
  • Análise sobre a cultura organizacional e o número de colaboradores;
  • Consideração sobre a atividade econômica desenvolvida, o mercado em que a empresa se insere e qual a sua competitividade no segmento.

Definir a forma de relacionamento desejada com os colaboradores

Um ponto fundamental na hora de escolher um ou mais tipos de gestão organizacional é a forma como a empresa deseja se relacionar com seus profissionais. Isso depende, claro, do comportamento dos gestores. 

Neste contexto, é desejável que a empresa tenha gestores que apresentem algumas características, como:

  • Liderança;
  • Disponibilidade de aprendizado;
  • Mapeamento e retenção de talentos;
  • Capacidade de gerir e mediar conflitos;
  • Capacidade de dar e receber feedback;
  • Ter proatividade, iniciativa e automotivação.

Líderes com essas características facilitam bastante o trabalho em diversos modelos de gestão, pois incentivam a comunicação na equipe.

Ajustar objetivos e expectativas

Com o diagnóstico feito, o gestor conseguirá compreender as características da empresa, bem como seu momento atual e o perfil dos colaboradores.

A partir disso, é mais fácil entender o que é necessário para aquele momento e como definir as ações e as ferramentas de gestão que farão com que as metas sejam alcançadas.

Isso, claro, traçando expectativas baseadas na realidade do negócio.

Percebe a importância de saber como escolher o modelo de gestão ideal? 

Em última análise, ele terá um impacto significativo no sucesso de sua empresa. Portanto, é fundamental tomar uma decisão informada ao decidir qual o modelo mais adequado.

Para tanto, vamos conhecer os tipos de gestão empresarial.

Os principais modelos de gestão

Principais modelos de gestão

Para gerir uma empresa com excelência, o responsável deve escolher um modelo que se encaixe nos objetivos da organização. 

Mas os estilos não são excludentes, e você pode adotar um modelo horizontal focado em resultados e processos, por exemplo.

E quais são os estilos de gestão? Conheça a seguir os principais modelos.

Gestão horizontal

Gestão horizontal, participativa ou democrática é um modelo que se concentra em capacitar os funcionários e delegar decisões de gestão a eles.  

Alocação de recursos, definição de indicadores de desempenho, dentre outras tarefas contam com a participação dos colaboradores.

Ele se baseia no princípio de que a administração deve ser descentralizada e que os colaboradores em todos os níveis devem estar envolvidos nas decisões gerenciais.

Confira algumas características deste estilo de gestão:

  • O consenso e a inclusão de ideias divergentes é o ponto central;
  • O papel do gestor é criar um ambiente favorável e aberto para que todos participem e dêem contribuições;
  • O bom ambiente permite ter baixo índice de retrabalho e maior abertura para inovação, além de criar equipes mais engajadas e produtivas.
  • Por outro lado, o maior número de discussões e contribuições por parte dos profissionais podem causar demora nas entregas dos projetos.

Você sabe o quanto a gestão da inovação impacta as empresas? Entenda mais sobre esse modelo de negócio

banner-economia-exponencial

Gestão vertical

Modelo de gestão vertical

A gestão vertical, hierárquica, autocrática ou autoritária é baseada no princípio da centralização. 

Ele envolve uma abordagem de gerenciamento de cima para baixo em que as decisões são tomadas no nível mais alto e depois implementadas pelos níveis mais baixos de gerenciamento.

Por isso, é um tipo de gestão empresarial que não tem muito espaço para criação e inovação, e pode engessar os colaboradores.

Outras característica do estilo são:

  • É um modelo comumente usado por grandes organizações, agências e órgãos governamentais;
  • A tomada de decisões é centralizada no gestor e requer dos gerentes uma abordagem top-down;
  • É um modelo que pode trazer mais burocracia, gerar retrabalho e, consequentemente, mais custos;
  • É um tipo de gestão modeladora que pode ser utilizado em períodos específicos que demandam padronização e organização, como no processo de adaptação de um colaborador muito jovem ou novo na equipe.

Gestão meritocrática

Modelo de gestão meritocrática

A gestão meritocrática visa promover a justiça e a igualdade, baseando as decisões de gestão em métricas objetivas de desempenho. 

Este estilo de gestão coloca ênfase na recompensa dos funcionários com base em seu desempenho real ao invés de antiguidade ou experiência. Ou seja, o profissional é valorizado conforme seu esforço e os resultados que alcança para a organização. 

Em geral, esse tipo de gestão organizacional é eficiente quando o comportamento do líder é pautado na transparência e na imparcialidade.

Conheça mais características deste modelo:

  • Apresenta maior turnover devido à cisão de time;
  • A empresa abriga alguns dos maiores talentos do seu segmento de atuação;
  • É um estilo de gestão que contribui para a motivação do profissional e, consequentemente, para os resultados da empresa;
  • Deve estar alinhada a um propósito, com as ferramentas de gestão e os processos sustentando essa identidade;
  • Pode gerar um ambiente muito competitivo dentro da empresa, o que demanda grande capacidade de gestão de pessoas por parte do líder.

Entenda como são as empresas que adotam a liderança transacional.

Gestão por resultados

Outro tipo de gestão organizacional é o gerenciamento por resultados, que é baseado no estabelecimento de metas e objetivos específicos pelo líder e por seus liderados. 

Este estilo de gerenciamento enfatiza a distribuição das responsabilidades e a medição constante do progresso em direção às metas.

Muitos especialistas entendem que deve ser um modelo transitório, assim como a gestão vertical, para que dê bons resultados. 

As principais características da gestão por resultados são:

  • A responsabilidade por alcançar ou não os resultados é de todos;
  • Demanda um perfil de líder mais participativo na hora de traçar objetivos, mas que dá autonomia à equipe e feedback constante;
  • Os setores da empresa trabalham de forma integrada e há tendência de se fortalecer o trabalho em equipe;
  • É um tipo de gestão interessante para empresas que estão em recuperação judicial ou no momento de abertura de capital (adoção em período curto de tempo);
  • Por outro lado, é um estilo que cobra bastante das equipes, que efetua corte de gastos (inclusive de áreas estratégicas) e que corre o risco de deixar o propósito da companhia de lado.

Gestão à vista

Modelo de gestão à vista

Um modelo de gestão que está ganhando popularidade nos últimos anos é o gerenciamento à vista. Ele se baseia no máximo compartilhamento de informações entre os colaboradores, o que pode ser feito com metodologias e ferramentas de gestão, como o kanban. 

Com isso, garante o feedback de curto prazo, aumenta a produtividade e a concentração dos times. 

Este estilo de gerenciamento tipicamente se baseia na análise de dados e métricas para ajudar os gerentes a identificar tendências e tomar decisões de gerenciamento informadas. 

Além disso, costuma ser utilizada com outras metodologias, sobretudo com gestões horizontal, por resultados, meritocrática e por processos.

Gestão por processos

A gestão por processos se concentra no gerenciamento e na melhoria dos processos de negócios por meio da análise sistemática e otimização de várias atividades.  

Uma das principais características do gerenciamento de processos é seu foco na melhoria contínua, que envolve a identificação e abordagem de quaisquer questões ou ineficiências à medida que elas surgem. 

Em outras palavras, é baseada no desejo de alcançar resultados pelo ganho na produtividade, diminuição de custos operacionais e satisfação do cliente. 

Veja algumas características:

  • Apresenta pouco ou quase nenhum olhar para inovação;
  • Há grande compromisso em atender às expectativas dos clientes;
  • Ferramentas de gestão, como o PDCA, suportam esse tipo de gestão empresarial; 
  • É comum em companhias que dependem muito da sua cadeia de produção para ter bom desempenho no negócio. 

Gestão por cadeia de valor

A gestão por cadeia de valor se relaciona de maneira íntima com o processo de transformação digital e com o mundo VUCA. É ele o responsável por criar as metodologias ágeis.

O ponto principal é ter o propósito da empresa e as dores do cliente (interno e externo) no centro do negócio, identificando as dores do usuário e entregando soluções para esses problemas. Isso é bastante comum na nova economia, inclusive.

As características principais da gestão por cadeia de valor são:

  • Foco nos interesses e movimentos do mercado;
  • Gestores voltados para proporcionar a melhor experiência para os colaboradores, e estes para o cliente; 
  • É um tipo de gestão organizacional que requer um desapego às noções tradicionais de hierarquia;
  • Apresenta tomadas de decisão ágeis, menos burocracia e projetos implementados mais rapidamente;
  • O modelo depende do envolvimento de toda a empresa, de uma mudança na cultura organizacional e no mindset (inclusive quanto à remuneração do profissional) por estar completamente relacionado ao propósito. 
banner-economia-exponencial

Conclusão

Os modelos de gestão orientam toda a atuação empresarial, desde processos a pessoas. Antes de escolher um tipo específico, é preciso fazer um diagnóstico para compreender as necessidades da organização.

Com os diversos tipos de gestão organizacional em mente, o executivo optará por aquele mais adequado ao momento – e pode escolher mais de um.

Seja com a gestão vertical em um curto espaço de tempo, seja com a gestão por cadeira de valor, as empresas devem encontrar maneiras eficazes de gerenciar suas operações a fim de alcançar o sucesso. 

Assim, podem alavancar seus negócios, atingir seus objetivos e permanecerem competitivas no ritmo atual  de inovação e mudança.

Falando em inovação, a gestão horizontal incentiva bastante a autonomia dos profissionais. Você já ouviu falar em moonshot thinking?