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“IA ajuda advogados mais experientes no dia-dia e os mais novos sofrerão com essa automação de novas tecnologias”, afirma CEO da Batista Luz.

No último dia de xTech Legal (11/05), o Learning Village recebeu Luis Felipe, CEO da Batista Luz, para falar sobre as transformações que a tecnologia está proporcionando nos escritórios e, principalmente, na prática jurídica.

A questão central sobre o papo com os desembargadores, juízes e advogados presentes se deu pela questão da produção. Luis enfatizou o quanto seu trabalho se tornou mais rápido e mais ágil, principalmente na construção de peças e apresentações, que são criadas pelas inteligências artificiais.

O CEO do escritório Baptista Luz deixou claro que esta ação é mais rápida e prolífica para sua empresa, principalmente por conseguir olhar mais demandas e ter o cuidado de participar mais de forma analítica e estratégica, ao invés de organizar e despender tempo com peças, construções de processos e primeiras conversas com os interessados.

O último dia do xTech Legal 05 contou com a presença do CEO da Batista Luz para juristas de todas as regiões do Brasil.

Com este tipo de ação, Luis reconheceu que alguns trabalhos serão impactados, como já estão sendo. Juniores e estagiários estão perdendo lugar para estes novos trabalhadores humanos que fazem uso desta nova tecnologia para aumentar a produção.

Ou seja, a tarefa não é eliminar cargos e sim fazer com que novos trabalhadores tenham habilidades de diálogo com a inteligência artificial, ao mesmo tempo que saibam das categorias necessárias no campo do direito, os chamados “Prompters”.

A ideia é: uma nova área que permita que o trabalhador do direito consiga interagir com a inteligência artificial, fazendo as perguntas necessárias e se aproveitando dessa construção e produção rápida para que o trabalho fique mais ágil.

O impacto pode demorar, pois há uma necessidade de que as faculdades/universidades se preparem para isso. Geralmente, o mercado inova primeiro e depois isso é reorganizado nas graduações e centros de pesquisa. Por isso, o profissional de direito do futuro terá algumas questões de atualização e transformação em sua área, em que alguns profissionais podem ficar em defasagem por este hiato entre as necessidades do mercado e o que se aprende na graduação.

Nova área e modelo de trabalho

Na conversa com os presentes no xTech Legal, a preocupação se deu principalmente sobre os impactos das tecnologias no trabalho. Vários pontos foram levantados sobre as produções, seus empregos, reconhecimento da inteligência artificial no trabalho, mas muito se falou sobre os prompters.

Além da questão de trabalho e produção, um ponto que chamou atenção na conversa foi a necessidade desta produção e em como isso derruba sua atratividade em seus anos iniciais.

O trabalho com inteligência artificial funciona de maneira simbiótica: o trabalhador utiliza a IA, com perguntas e demandas, criando peças e outras necessidades. Não é a IA que faz isso no automático, mas sim em simultaneidades. Sem revisão e em co-construção, o trabalho se torna mais rápido em 20 minutos.

Como atualizações de novas tecnologias é um tema extremamente delicado, pois há uma discrepância em nível de classes sociais, regionalização e situação global, a atratividade será um componente crucial para entender quais os tipos de produção que serão consolidados.

Luis Felipe aponta que já há um problema nisso hoje em dia. Muitos, principalmente sêniores, tendem a não utiliza-la e manter o mesmo serviço. O que, no futuro, continua atrasando o estabelecer de novas tecnologias nos processos de produção jurídico e até na demora de tomadas de decisão.

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Profissões do futuro: como se preparar para o mercado em transformação?

Gerentes de produtos, digitais influencers e desenvolvedores de software são algumas das funções que dão um gostinho do que se espera do mercado de trabalho nos próximos anos. 

Essas são profissões que já estão em alta agora. Mas quais são as profissões do futuro?

A cultura data driven é um dos elementos chave para o amanhã e a tecnologia, sem dúvidas, vai ditar muitos dos cargos que surgem e dos cargos que irão sumir.

Por mais que possa ser assustador, a verdade é que as pessoas precisam estar prontas para essas mudanças. E os líderes, mais ainda.

Nesse artigo, vamos explorar o mundo das profissões do futuro: o que ela são, como elas se relacionam com as mudanças no mercado, o que é ser preciso para lidar com um novo contexto e, claro, como se preparar para ele. Vamos lá?

Leia também: Como o mundo VUCA tem impactado as empresas?

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Quais são as principais mudanças no mercado de trabalho?

O futuro do trabalho está passando por uma série de transformações significativas que têm impactado profundamente as profissões e as habilidades necessárias para se destacar na carreira.

A evolução da tecnologia, a globalização, as mudanças demográficas e as preocupações com a sustentabilidade são algumas das principais tendências que representam isso.

De acordo com o relatório Future of Jobs, do Fórum Econômico Mundial, 50% das habilidades devem mudar nos próximos cinco anos e dá destaque a duas competências fundamentais: a criatividade e a flexibilidade — tomando o lugar do “saber inglês”.

Além disso, quando se fala sobre mudanças no mercado de trabalho, é impossível não falar sobre a pandemia de COVID-19.

Indiscutivelmente, ela acelerou algumas das tendências já existentes nesse ramo, como o aumento do trabalho remoto e a necessidade de habilidades digitais.

O relatório, que foi feito em 2020, já reforçava uma ideia que segue fazendo sentido: as mudanças nas práticas de negócios provocadas por esta pandemia consolidam ainda mais formas novas de trabalhar.

Da mesma maneira, esse estudo da Mckinsey sobre o futuro do trabalho após a COVID-19 também mostra que os empregos em áreas de trabalho com níveis mais altos de proximidade física provavelmente passarão por uma transformação maior.

Isso, por sua vez, provoca efeitos indiretos em outras áreas de trabalho à medida que os modelos de negócios mudam em resposta.

O impacto da tecnologia no mercado de trabalho

impacto da tecnologia no mercado de trabalho

A tecnologia é o cerne da questão. Não há como negar o tamanho dela dentro desse mercado — sua presença cresce tanto pelo próprio contexto pandêmico como pela sua capacidade de aumentar a competitividade entre os negócios.

Naturalmente, a presença dessa força transformadora coloca em evidência algumas funções que se baseiam nela, como é o caso da Tecnologia da Informação. E isso gera uma demanda direcionada também.

Nesse cenário, a McKinsey faz uma previsão de 1 milhão de profissionais a menos do que vagas abertas em 2030. Segundo o relatório, o Brasil forma um profissional de TI para cada 11 administradores ou advogados.

Esse aumento de ritmo também amplia o déficit de profissionais da área. 

No mesmo caminho a Brasscom aponta que a demanda brasileira por profissionais nas áreas de software, serviços de TIC e TI In-House deverá alcançar 797 mil vagas em cinco anos (de 2021 a 2025).

Tudo isso impulsionado por um investimento estimado em R$413,5 bilhões em tecnologias de transformação digital, sobretudo, no que envolve nuvem, internet das coisas e big data.

Além do impacto da falta de profissionais, as profissões atuais também passam a ser redesenhadas para se adaptarem às tecnologias. Ou seja, ela passa a mudar a natureza do trabalho em muitas profissões.

A análise de dados, por exemplo, passa a ser primordial em áreas como marketing e finanças, exigindo novas habilidades dos profissionais.

A realidade virtual e aumentada também estão transformando a forma como as pessoas trabalham, com novas possibilidades de treinamento, simulação e colaboração.

O que são as profissões do futuro?

O termo “profissões do futuro” consiste no conjunto de carreiras e habilidades que são consideradas estratégicas para o mercado de trabalho em um futuro próximo.

São aquelas que estão em vista de uma alta procura no futuro e que têm potencial de crescimento em um mundo, nesse caso, cada vez mais tecnológico e globalizado.

Elas também surgem a partir das novas demandas da sociedade e do mercado: necessidade de lidar com grandes volumes de dados, de desenvolver novas tecnologias ou de cuidar da saúde e do bem-estar das pessoas em um mundo em constante mudança.

No entanto, é sempre bom lembrar: as profissões do futuro não se limitam apenas às áreas tecnológicas. O importante é estar aberto a novas experiências e oportunidades, e disposto a se adaptar às mudanças que certamente virão.

Quais são as principais profissões do futuro?

quais são as profissões do futuro?

Pesquisas, como a do Institute For The Future (IFTF), mostram que 85% das profissões que existirão em 2030 ainda não foram nem criadas. Mas, até serem, algumas já devem entrar no radar.

Abaixo, destacamos algumas das profissões do futuro e o que elas significam.

Facilitador de TI

O facilitador de TI é responsável por ajudar equipes a trabalhar de maneira mais eficiente, integrando tecnologia e processos para otimizar o fluxo de trabalho. Esse profissional vai ter um papel fundamental na melhoria da produtividade e do desempenho da empresa.

Detetive de dados

O detetive de dados é um especialista em análise de dados, que trabalha para extrair insights e informações valiosas a partir de grandes volumes de informações.

Esse profissional deve ser requisitado em empresas que buscam aprimorar sua estratégia de negócios com base em dados.

Técnico de saúde de IA

O Técnico de saúde de IA é responsável por desenvolver e manter sistemas de inteligência artificial para a área da saúde, diagnosticando e examinando pessoas por meio dessa tecnologia.

Esse profissional trabalha para melhorar diagnósticos, tratamentos e prevenção de doenças, utilizando as mais avançadas tecnologias e algoritmos de aprendizado de máquina.

Diretor de portfólio genômico

O diretor de portfólio genômico é um profissional que atua no campo da genética, utilizando informações genômicas para desenvolver novas terapias e tratamentos personalizados para pacientes.

Esse profissional vai ser fundamental em empresas que buscam inovar e liderar o mercado de saúde.

Gestor de ecorrelações

O gestor de ecorrelações é responsável por gerir e manter boas relações entre a empresa e seu ecossistema, incluindo fornecedores, clientes, parceiros e comunidades. Esse profissional deve ter um papel fundamental em empresas que buscam ser mais sustentáveis e responsáveis.

Guia de loja virtual

O Guia de loja virtual é um profissional que atua no comércio eletrônico, ajudando os clientes a encontrar produtos e serviços de acordo com suas necessidades e preferências. Esse profissional faz sentido em um mundo em que as compras online se tornam cada vez mais comuns.

Alfaiate digital

O Alfaiate digital é um profissional que atua no campo da moda, utilizando tecnologias digitais para criar roupas e acessórios personalizados para cada cliente.

Esse profissional é fundamental em empresas que buscam inovar e se destacar em um mercado competitivo.

Corretor de dados pessoais

O corretor de dados pessoais é um profissional que atua na proteção de dados pessoais, ajudando as empresas a se adequar às novas leis e regulamentações de privacidade.

Esse profissional vai ser muito útil em um mundo em que a privacidade dos dados é um tema central nos negócios.

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Por que é importante conhecer as profissões do futuro?

Compreender as profissões do futuro é crucial para se manter atualizado e preparado para as mudanças no mercado de trabalho.

De maneira geral, aqui estão alguns motivos pelos quais é importante conhecer essas profissões:

  1. preparação para as tendências do mercado: a identificação das profissões emergentes pode ajudar a direcionar seus esforços de desenvolvimento profissional e capacitação. Isso pode permitir que você se adapte rapidamente às mudanças do mercado de trabalho;
  2. oportunidades de carreira: saber quais profissões estão em alta pode permitir que você descubra novas caminhos para investir. Conhecer as habilidades e qualificações necessárias para essas profissões pode ajudá-lo a se preparar para futuras oportunidades;
  3. competitividade no mercado de trabalho: ao acompanhar as mudanças no mercado de trabalho, você pode se tornar um candidato mais competitivo. Saber quais habilidades e conhecimentos são valorizados pelos empregadores sempre pode ser uma carta na manga para se destacar em sua área;
  4. contribuição para o desenvolvimento de sua empresa: se você é um líder empresarial, estar a par das tendências de trabalho pode permitir que você crie uma equipe de funcionários diversificada, multidisciplinar e capaz de se adaptar às mudanças do mercado.

Basicamente, é um tipo de conhecimento que sempre vai ser útil, seja pelo conhecimento ou pelo uso.

3 habilidades necessárias para as profissões do futuro

habilidades necessárias para as profissões do futuro

À medida que o mercado de trabalho evolui, as habilidades necessárias para ter sucesso em uma carreira também mudam.

Portanto, há três habilidades-chave que são particularmente importantes para as profissões do futuro: inteligência emocional, pensamento crítico e rapidez na tomada de decisão.

Ao desenvolver essas habilidades, os profissionais estarão bem posicionados para enfrentar os desafios do mercado de trabalho em constante mudança.

É importante lembrar que as habilidades necessárias para as profissões do futuro podem variar de acordo com a indústria e a função, mas todas elas podem ser aplicáveis ​​em uma ampla variedade de carreiras.

Vamos entendê-las a seguir.

Inteligência emocional

A capacidade de compreender e gerenciar suas próprias emoções, bem como entender as emoções dos outros, é uma habilidade essencial para as profissões do futuro.

A inteligência emocional ajuda a criar relacionamentos positivos, comunicar de maneira eficaz e lidar com conflitos de forma construtiva.

Pensamento crítico

Em um ambiente de trabalho que muda rapidamente, a capacidade de analisar informações de maneira objetiva e tomar decisões bem informadas é fundamental.

O pensamento crítico envolve a habilidade de avaliar informações, identificar problemas e gerar soluções criativas.

Rapidez na tomada de decisão

As profissões do futuro exigirão tomadas de decisão rápidas e precisas. A capacidade de avaliar rapidamente as informações disponíveis e tomar decisões informadas é essencial.

A tomada de decisão rápida e eficaz pode ajudar a impulsionar o sucesso nos negócios, especialmente em um ambiente de trabalho acelerado.

Como se preparar para as profissões do futuro?

Se o futuro vai ser diferente para os profissionais, nada mais justo que eles estejam preparados para isso. E isso envolve constante atualização, desenvolvimento de habilidades e capacidade de adaptação. Entenda um pouco melhor a seguir.

Esteja sempre atualizado

Uma das principais dicas para se preparar para as profissões do futuro é estar sempre atualizado.

 Isso significa que você deve acompanhar as notícias do mercado de trabalho, o que há de novo em relação a tecnologias e as tendências da sua área de atuação.

Invista em cursos e treinamentos para aprimorar suas habilidades e conhecimentos. Além disso, é importante desenvolver a habilidade de aprender continuamente, já que as mudanças são constantes.

Desenvolva habilidades técnicas e comportamentais

Não basta estar atualizado. Um líder precisa desenvolver habilidades e competências. Para as profissões do futuro, a demanda por profissionais com habilidades em tecnologia, como programação e análise de dados, será cada vez maior.

Mas isso não precisa se limitar à técnica, porque as habilidades comportamentais, como comunicação, liderança e colaboração, também serão valorizadas.

Seja flexível e adaptável

Ser flexível e adaptável às mudanças se tornou capacidade básica para os profissionais do futuro. O mercado de trabalho está em constante evolução, e é preciso ser capaz de acompanhá-lo.

Estar aberto a novas ideias e formas de trabalhar — e disposto a aprender a se reinventar — deve ser entendido como parte do processo.

Quais profissões devem desaparecer no futuro?

800 milhões de empregos em todo o mundo podem ser automatizados até 2030 — de acordo com um relatório do McKinsey. Para se ter uma ideia, isso representa um quinto do total de empregos que existem.

Mas isso não precisa ser visto de forma tão alarmante: o relatório também entende que a automação pode criar novos empregos em tecnologia, ciência e engenharia. De toda forma, algumas das profissões ameaçadas são:

  • operador de telemarketing: com o aumento de chatbots e assistentes virtuais, a necessidade de ter um atendente humano para lidar com clientes reduz;
  • digitador: com a tecnologia de reconhecimento de voz cada vez mais aprimorada, a demanda por digitadores também pode diminuir;
  • motorista de caminhão: a longo prazo, a existência de caminhões autônomos pode eliminar a necessidade de motoristas humanos;
  • repórter de jornal impresso: os jornais impressos, em menor circulação, reduzem a demanda por profissionais que atuam nessa área, se limitando apenas ao online;
  • caixa de banco: popularização dos serviços bancários online e aplicativos de pagamento também faz com que essa profissão não seja mais necessária.

No entanto, muitas vezes pode haver oportunidades de transição para outras áreas dentro da mesma empresa ou setor.

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Conclusão

A constante mudança virou regra no mercado de trabalho, e para se manter competitivo e preparado para o que vai vir, é preciso acompanhar as profissões do futuro.

Entre as forças transformadoras, não podemos esquecer da tecnologia — um dos principais fatores impulsionadores, seja criando novas funções ou repensando aquelas que já existem.

Estar preparado para essas mudanças é o que vai separar os bons profissionais dos excelentes profissionais, principalmente quando o assunto é liderança.

Mesmo que algumas profissões percam força, sempre haverá espaço para novas carreiras e oportunidades. O importante é estar disposto a se manter relevante no mercado de trabalho.

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“Ter o mindset flexível é imprescindível nesse momento histórico e passa pelo entendimento das nossas emoções”, afirma Carla Tieppo, expert em Neurociência da SingularityU Brazil.

No segundo dia de xTech Legal, Carla Tieppo, expert em Neurociência na SingularityU Brazil e coordenadora da pós-graduação em Neurociência educativa na Santa Casa, trouxe uma incrível perspectiva sobre o bem mais precioso que temos: nossas próprias emoções.

Na Grécia Antiga, Platão e Aristóteles já falavam que as particularidades e singularidades são nossas emoções. Até por isso, como algo tão sensível de ser compartilhado e difícil de explicado, as estas questões foram deixadas de lado no estudo da retórica, abrindo caminho para racionalidade.Isso se estende até os dias de hoje.

Passamos por mais de 3 mil anos de história e a tendência sempre foi suprimir este lado tão pessoal.Porém, como Carla Tieppo retoma: é exatamente ele que toma o cuidado de ampliar a nossa própria realidade.

Carla Tieppo é expert da SingularityU Brazil e abordou o tema de emoções no xTech Legal 5, em 2023

Talvez poucos tenham ouvido o filósofo Baruch Espinoza em seu tempo, pois estavam preocupados com outras questões (religiosas). Mas muitos estão ouvindo o que Antônio Damásio traz sobre essa realidade e Carla Tieppo trouxe insights claros e muito ricos sobre a necessidade do olhar para as emoções, procurando reaprender sobre a maneira com que vivemos o mundo, principalmente com tamanhas transformações digitais.

Afinal, é na emoção, como forma de entender a realidade, sentir o contexto e viver a experiência, que nós vivemos e construímos nossa compreensão de mundo. É na relação corpórea com o espaço, tempo e vivência que criamos constantemente, no centro do cérebro, todas as nossas memórias e aprendizagem.

Tudo isso depende da maneira com que qualificamos nossos sentidos e o estímulo neural. Nosso aprendizado e padrão de entendimento passa por estes aspectos. Por este motivo, Carla Tieppo trouxe a ideia de construir um cérebro preditivo: que consiga ter plasticidade adaptativa, seja vívido e revalide os próprios padrões.

Com esta capacidade é possível ter melhores condutas de execução, aprendizagem e adaptabilidade. Levando em conta todo o contexto que um indivíduo está inserido, é necessário compreender que o sistema emocional qualifica nossa experiência, além de ser o componente principal na questão de relevância e valor que damos a algo. É exatamente neste ponto que tomamos decisões e como iremos agir diante dos aspectos que o mundo nos proporciona.

São as nossas emoções que permitem aceitabilidade dos processos sociais. São elas que nos proporcionam uma ‘janela do mundo’, como Antônio Damásio propõe. Por isso, nossa conduta precisa estar atenta às construções de sentido que damos a nossa realidade, em virtude de reconhecer os tomadores de decisão existentes em nossa perspectiva e construir nossa própria compreensão dos nossos atos.

O desenvolvimento diário deve acompanhar os constantes aprendizados que o mundo exige, principalmente com as atualizações tecnológicas constantes. Como há muito estímulo, informações e novas perspectivas, segundo a expert, há a necessidade de compreender as próprias emoções, para que estejamos preparados.

Entender os novos aparatos tecnológicos, portanto, não se trata apenas de saber como fazer funcionar. É principalmente sobre construirmos nossa capacidade de aprendizado e conhecimento de mundo. A tecnologia está ao nosso favor, desde que aprendamos a utilizá-la como aliada.

O xTech Legal é uma iniciativa da SingularityU Brazil em parceria com o J.Ex que teve sua quinta edição realizada no Learning Village. Não deixe de nos seguir e ficar atento para as novas turmas que serão abertas. Além disso, os cursos sobre pensamento exponencial estão ofertados em nosso site.

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Gestão de qualidade: conceito, como funciona e a melhor forma de implementar

A gestão de qualidade se resume a atividades essenciais no dia a dia da empresa para que ela atinja padrões altos de entrega e resultados. 

No primeiro momento, pode parecer simples e superficial, mas, a verdade é que esse estilo de gestão já existe há bastante tempo e está em constante atualização. E, se ele for aplicado com eficiência, as chances da organização se destacar no mercado são grandes. 

Isso porque existem várias vantagens da gestão de qualidade que ajudam as organizações, desde a padronizarem entregas até reduzir custos desnecessários. 

Então, quer saber como implementar esse modelo de gestão eficiente? Continue conosco até o fim deste artigo. Nele você também vai aprender sobre a origem desse conceito, a importância dele nas empresas e ferramentas para ajudar na implementação. 

Vamos lá!

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O que é gestão de qualidade?

O conceito de gestão de qualidade envolve a ação de monitorar a qualidade de produção de tal forma que ela consiga gerar satisfação total no cliente. 

Para entender exatamente o que é esse tipo de gestão,na prática, é importante saber antes a definição de qualidade, que é voltada para a chegada do produto ou serviço no mercado. 

Basicamente, a qualidade está relacionada com as características de um produto e a quem ele se destina, que no caso é o cliente. Ou seja, esse conceito é avaliado desde a produção de algo até a entrega, com intuito de satisfazer quem recebe. 

Imagine uma empresa de equipamentos eletrônicos. Nessa organização, os colaboradores trabalham em conjunto para produzir esses itens para que sejam úteis e consigam suprir a demanda dos consumidores, certo?

Caso isso não aconteça e o cliente fique insatisfeito, entra a importância da gestão de qualidade para analisar os processos e entender onde pode melhorar. 

Portanto, de forma resumida, o conceito de gestão de qualidade é essa organização das etapas de produção ou prestação de serviços com intuito de potencializar as entregas e deixar os clientes mais satisfeitos. 

A origem da gestão de qualidade

O trabalho e os modelos de produção sempre estiveram presentes na história do mundo. Antigamente eram mais manuais e passaram a ser feitos com auxílio de máquinas. É nessa transformação e passar dos períodos que a gestão qualitativa teve origem. 

Esse termo se atualizou na medida que os anos passaram. Contudo, a origem do conceito de gestão de qualidade moderna está nos estudos do consultor Joseph Moses Juran, que associou o termo com a satisfação do cliente. 

Na prática, esse modelo de gestão começou no século XVIII, quando trabalhadores – como artesãos – buscavam produzir o melhor item para ser útil às pessoas. 

Com a Revolução Industrial muita mão de obra manual foi substituída por máquinas e aqui entra uma das primeiras eras desse modelo de gestão voltada mais para a inspeção. 

Depois de mais períodos históricos, aparece a visão mais estatística da qualidade, que observava a produção em largas escalas e analisava o produto final. 

Em 1950, novos métodos e técnicas são inseridas nessa área para pensar os processos e etapas de produção, bem como a qualidade das entregas. 

A questão interessante de se observar é que esse termo virou um enorme campo de estudo, que está sempre em atualização. 

Como funciona a gestão de qualidade?

como funciona a gestão de qualidade?

A gestão qualitativa precisa ser aplicada em praticamente todas as etapas do processo de produção de uma empresa. 

Nesse sentido, o primeiro passo desse funcionamento é mapear os processos para entender como cada setor funciona, quais são as atividades e os responsáveis por elas. 

Assim, é possível aplicar dois conceitos importantes desse modelo de gestão que são: 

  • controle da qualidade; focado em realizar uma entrega a qual o produto não apresente defeitos e gere satisfação no cliente
  • garantia da qualidade; que tem o objetivo de atuar na manutenção dos produtos para que sejam padronizados e que tenham utilidade. 

Mas, para um bom funcionamento, é necessário prestar atenção para que esse tipo de gestão seja aplicado em todos os processos para que tenha uma inspeção completa da produção de um item. 

Objetivos da gestão de qualidade

A gestão de qualidade nas empresas tem como objetivos evitar falhas e erros que podem acontecer no processo produtivo e, assim, potencializar os resultados. 

Isso porque esse sistema consegue fazer uma análise profunda das etapas de produção e identificar possíveis problemas difíceis de serem encontrados na rotina de trabalho. 

Muitas vezes, esses pequenos problemas podem ser responsáveis por reduzir o valor na entrega final do produto e gerar custos extras para manutenção, por exemplo. Por isso, um dos objetivos da gestão também é reduzir gastos e tapar buracos. 

No final, outros objetivos são criar uma gestão mais transparente, com participação dos colaboradores, e organizar o trabalho em todas as esferas.

Todas essas finalidades seguem a ISO 9001, uma norma da Organização Internacional de Normalização (International Organization for Standardization – ISO) que procura incrementar processos, aumentar a satisfação e focar no desenvolvimento sustentável. 

Os 7 pilares da gestão de qualidade

Assim como qualquer modelo de gestão, existem pilares específicos que sustentam a gestão de qualidade nas empresas. 

Pensando nisso, listamos os pilares mais importantes para essa área de gestão. Confira abaixo! 

Liderança

A figura da liderança é aquela que está à frente de um grupo e que representa os valores de uma organização. Esse é um dos pilares mais importantes desse tipo de gestão, uma vez que um líder também é um gestor. 

Portanto, é a liderança que vai comunicar a equipe sobre quais as metas que devem ser alcançadas, quais estratégias usar e visões seguir, além de ser o responsável por gerenciar as habilidades dos colaboradores para que atinjam padrões de qualidade.

Visão sistêmica

Outro pilar essencial para a gestão de qualidade nas empresas é a visão sistêmica, que observa as conexões entre as áreas como um todo. 

Ou seja, ao invés de observar apenas um setor específico, esse tipo de visão analisa o sistema inteiro de uma empresa, o que permite entender como tudo funciona e, assim, tomar melhores decisões. 

Foco no cliente

pilares da gestão de qualidade

O cliente está cada vez mais no foco das empresas, e com razão. O relatório anual CX Trends, feito pela Track.co, mostrou que 63,3% das empresas investem na experiência do usuário, o que envolve a satisfação do cliente. 

Ter esse foco é um dos pilares da gestão voltada para a qualidade, que coloca o cliente no centro e como norte para os produtos e serviços atingirem maiores padrões. 

Decisão baseada na análise e avaliação de dados

Os dados existem para mostrar a realidade de algo e indicar caminhos. Isso pode ser feito com decisões baseadas nas análises e avaliações deles, que funcionam como pilar do controle de qualidade. 

De pouco adianta investir em levantamento de dados, se eles forem deixados de lado, correto? Por isso, seguir o procedimento de analisar e avaliar pode levar a tomar decisões certeiras para chegar nos resultados desejados. 

Melhoria contínua

A melhoria contínua também é um dos pilares da gestão qualitativa, uma vez que busca sempre por processos que podem ser incrementados e otimizados. 

Isso é possível porque esse modelo de gestão procura identificar falhas ou lacunas para serem preenchidas com técnicas de padronização e qualidade. Desse jeito, o processo de melhoria é constante. 

Gestão de relacionamento

Uma das partes mais importantes do modelo de qualidade é a gestão de relacionamento, já que permite alinhar valores e ter um comando mais transparente. 

Mas essa gestão não se resume somente aos colaboradores da empresa, por exemplo. Ela é essencial também para estabelecer conexões com fornecedores, investidores e, principalmente, os potenciais clientes. 

Gerenciamento por processos

Por último, o gerenciamento por processos também é um dos pilares para alcançar a qualidade dentro das empresas. 

De forma concisa, esse pilar envolve descrever todos os processos da empresa, isto é, etapas de produção com os responsáveis por cada uma. É como se fosse um grande mapa das atividades da organização, que permite maior análise do todo. 

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Qual é a importância da gestão de qualidade para as empresas?

A importância da gestão de qualidade envolve criar uma imagem exterior da empresa de confiabilidade para os clientes e aumentar os padrões de entrega. 

Esse tipo de gestão é capaz de mostrar aos clientes o comprometimento que as organizações têm de oferecer produtos e serviços de qualidade e que atendam as necessidades deles. 

Com isso, as empresas conseguem fazer com que os clientes se sintam mais satisfeitos e queiram comprar novamente. 

Por fim, outra importância é exatamente a melhoria contínua que a empresa consegue buscar com análise e avaliação dos dados. 

importância da gestão de qualidade

Principais vantagens da gestão de qualidade

Uma das principais vantagens da gestão de qualidade é a maior competitividade que a empresa consegue ter no mercado. 

Um exemplo é que ao seguir as normas da ISO 9001, as organizações conseguem ganhar o certificado do Sistema de Gestão de Qualidade (SGQ), que é um diferencial. 

Outra vantagem está na fidelização de clientes, já que esse modelo de gestão procura melhorar a qualidade das entregas e aumentar a satisfação dos consumidores. Desse jeito, eles passam a confiar mais na empresa e tendem a comprar de novo. 

A redução de custos desnecessários também entra como uma das vantagens da gestão de qualidade, visto que a empresa consegue economizar com a otimização de processos. 

Como implementar uma gestão de qualidade eficiente?

Vamos falar agora sobre o passo a passo para implementar uma gestão qualitativa que padronize entregas e potencialize resultados. 

Crie engajamento

O primeiro passo é criar engajamento dentro da empresa, uma vez que colaboradores engajados conseguem contribuir com mais produtividade e superar expectativas. 

Esse engajamento pode ser criado com um modelo de gestão transparente, por exemplo, que torne o ambiente de trabalho mais participativo, com benefícios que ofereçam bem-estar, entre outros. 

Estabeleça prioridades

Quando tudo parece ter o mesmo nível de importância, dificilmente encontramos um caminho para começar. Por isso, é necessário estabelecer prioridades para implementar o modelo de gestão que visa atingir mais qualidade. 

A ideia geral é definir o que mais importa no momento e começar a organizar planos de ação a partir disso para depois seguir adiante com outros pontos. 

Defina métricas e indicadores

No mesmo sentido de estabelecer prioridades, também é preciso definir métricas e indicadores para avaliar de forma qualitativa os processos. Elas funcionam como ferramentas de gestão para monitoramento das etapas produtivas. 

Essas métricas e indicadores de qualidade são conhecidos popularmente como KPIs (Indicador-Chave de Desempenho). O objetivo delas é acompanhar todos os processos para impedir que falhas sejam repetidas e ajudar na potencialização de resultados. 

Colete informações e dados

Como você já sabe, os dados são instruções valiosas para indicar a situação atual de desempenho e o que pode ser melhorado. Por esses motivos, coletar essas informações é essencial para implementar essa gestão. 

É interessante ter uma maneira de registrar esses dados para que eles possam ser visitados sempre que for necessário e até mesmo para servir de comparação com outros registros mais atuais. 

Faça o acompanhamento dos indicadores

Depois de definir as métricas, indicadores e coletar os dados, o último passo é acompanhar todo o levantamento dessas informações. 

Como eles refletem o desempenho da empresa, é necessário ter o monitoramento para estar a par de tudo que acontece. 

É com esse acompanhamento que a gestão consegue ter a visão do que pode ser melhorado de forma frequente e quais erros devem ser evitados para economizar gastos.

Ferramentas que facilitam a gestão de qualidade

ferramentas para gestão de qualidade

Estabelecer uma gestão que tenha como foco melhorar a qualidade geral da empresa precisa juntar a estratégia com a execução. A boa notícia é que existem ferramentas que facilitam esses procedimentos do dia a dia. Algumas delas são: 

  • fluxograma: modelo gráfico que descreve os processos da empresa
  • análise SWOT: técnica que permite identificar pontos fortes e fracos dos processos internos. 
  • ciclo PDCA: método focado na melhor execução de projetos e no aumento de produtividade. 
  • MASP (Método de Análise e Solução de Problemas): ferramenta que possui etapas para entender as causas de problemas por meio de estatísticas e conceitos. 
  • 5w2h: recurso que propõe perguntas gerais para entender uma situação específica. 
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Conclusão

A gestão de qualidade é a chave para a empresa que quer ter melhores padrões de entrega, atingir maior satisfação do cliente e potencializar resultados. 

Para ter uma implementação eficiente, é preciso seguir os passos que envolvem desde a definição de prioridades, até o levantamento de dados para monitorar o desempenho. Além de estabelecer os pilares desse sistema. 

Se isso for feito de forma correta, a empresa pode conseguir reduzir custos ao evitar gastos desnecessários e ainda fidelizar clientes para futuras compras. 

De fato, esse modelo pode ser um diferencial competitivo no mercado e um bom gestor deve estar atento para tudo que pode trazer benefícios para a empresa. 

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Como aliar tecnologia e justiça para que a sociedade se sinta amparada cotidianamente?

Essa é a pergunta que Ademir Piccoli, CEO e Fundador da J.Ex, fez para os juristas presentes no xTech Legal, nesta terça-feira (09), no primeiro dia de evento. O xTech Legal é uma parceria da SingularityU Brazil com o J.Ex e está em sua quinta edição levando discussões sobre tecnologias exponenciais para o poder judiciário brasileiro.

Sabemos que há questões que estão sendo reorganizadas na justiça brasileira. Pouco mais de 30% dos processos eram físicos e hoje a mudança para a digitalização já é algo irreversível, beirando os 97%.

Exatamente por este motivo, Ademir se propôs a compartilhar pensamentos e contribuir com as ideias que serão produzidas sobre este assunto nessa semana, começando com uma perspectiva exponencial sobre a questão de justiça existente no país.

Ademir Piccoli é CEO da J.Ex e participou do primeiro Executive Program antes de criar o xTech Legal.

O principal ponto destacado no painel se tratava de impacto social, afinal, não há justiça se não for aplicada em benefício da população brasileira. Para isso, Ademir demonstra como o crescimento de startups é importante para este momento, principalmente pelas complexas necessidades que cada uma destas ações de empreendedorismo pode dar conta.

Com isso, o xTech Legal se iniciou com a ideia de construir um pensamento exponencial com todos presentes. Começando pelo Propósito Transformador Massivo (PTM), afim de que a população aproveite dos benefícios sociais que a justiça precisa dar.

Isso não é uma tarefa fácil. Por isso, o painel mostrou como há uma necessidade de aliar a cultura digital, já disposta no contexto social, aos novos modelos em que a justiça está se construindo. Afinal, não é mais apenas o fórum, o tribunal e lugares em que nossa construção jurídica ocorre: está presente no virtual e quase todas suas ações são digitais.

Ao mesmo tempo, graças ao montante de startups que existem, é possível que o ecossistema jurídico brasileiro se beneficie destas constantes inovações e criem um desenvolvimento do senso de justiça com uma completude de serviços.

Um dos conceitos fundamentais da Singularity University, criado por Peter Diamandis, os 6Ds, é essencial para entender o momento de maturação do mercado.  O último D desses seis, o processo de democratização trata exatamente sobre isso.. É com o pensamento de transformar a justiça em uma realidade presente no social que a curva de disrupção pode acontecer.

Um exemplo é ao iniciativa Parceiro Digital, criada pelo governo do Amapá. Com parcerias nos estabelecimentos, os Wi-Fis permitem que qualquer pessoa use o site do Tribunal de Justiça, sem que necessariamente tenham internet. São estes tipos de soluções que criam noção de comunidade, vínculos e desenvolvem uma estrutura de apoio social – fazendo impacto na prática.

Ampliando olhares

Em sua fala,, Ademir destacou como este tipo de solução é algo único, singular e brilhante. Por isso, há muito espaço para este tipo de desenvolvimento e diferentes manejos são construídos, como em São Paulo e Recife já acontece.

Isso ocorre porque há uma série de atenções que precisamos tomar antes de qualquer decisão. Qualquer tomada de decisão jurídica precisa de um cuidado com a Segurança da Informação e, quanto mais utilizamos tecnologias digitais, mais precisamos conhecer este terreno que estamos construindo.

Além disso, pessoas que tenham este conhecimento e este tipo de instrumentalização são importantes neste momento. Lideranças atualizadas são importantes por suas perspectivas, olhares e entendimentos, desde a cadeia produtiva de trabalho, remota ou não, até o desempenho final.

Ao mesmo tempo, levantar dados e tentar criar um vínculo ao comunitário é uma maneira de trazer este impacto para uma comunidade. Lembrando que a sustentabilidade e cultura precisa ser um eixo de atenção, para que não haja tanto desgaste.

O xTech Legal é uma iniciativa da SingularityU Brazil, em conjunto com o J.Ex de Ademir Piccoli, que aconteceu no Learning Village. Não deixe de nos seguir e ficar atento para as novas turmas que serão abertas. Além disso, os cursos sobre pensamento exponencial estão ofertados em nosso site.

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Tecnologia

Bioengenharia: conceito, áreas de atuação e cenário no Brasil

A bioengenharia é uma área recente que está em constante desenvolvimento, mas isso já é suficiente para ela trazer diferentes benefícios para onde atua. 

Especificamente no Brasil, os estudos avançam cada dia mais para que sejam desenvolvidas novas tecnologias com base nos conhecimentos das ciências exatas e da biologia. 

Por ser uma área recente, muitas pessoas ainda confundem com outras formações como engenharia biomédica, por exemplo. 

Pensando nessas confusões, separamos este conteúdo para se tornar um guia prático dessa profissão do futuro. 

Nesse texto você vai aprender o que é bioengenharia, o que ela estuda e as diferenças para outras formações. 

Sem deixar a parte prática de lado, aqui você também vai aprender quais são as aplicações dessa área, o cenário no Brasil e o salário dos profissionais dessa área. 

Vamos nessa? 

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O que é bioengenharia?

A bioengenharia é um campo multidisciplinar que une conceitos da engenharia com os da biologia, assim como o nome já indica. 

Basicamente, ela utiliza técnicas e métodos da engenharia e da biologia, além de juntar conhecimentos de outros segmentos como química, física e matemática, por exemplo. 

Embora receba essa nomenclatura para representar o que é bioengenharia, essa área também é popularmente conhecida como engenharia biológica. 

A ideia geral é procurar novas soluções tecnológicas e inovadoras a partir dos estudos exatos da engenharia com o setor de saúde da biologia.

Por isso, ela está relacionada diretamente com o desenvolvimento de tecnologias já existentes ou completamente novas e exponenciais para potencializar diversos setores da sociedade. 

Para visualizar melhor, imagine que uma pessoa tenha perdido uma habilidade sensorial. Hoje em dia, uma alternativa para reabilitação de casos como esse são os implantes eletrônicos, desenvolvidos dentro de aplicações da bioengenharia. 

Mas o que exatamente essa área estuda? Vamos falar a seguir. 

O que a bioengenharia estuda?

Ao ter um breve conhecimento sobre o que é bioengenharia, é possível perceber que é uma área multidisciplinar composta por matérias das ciências exatas e da saúde. 

Portanto, dentro dos estudos, você encontra disciplinas de química, cálculo, física, além dos próprios conceitos da engenharia.

Graças a essa amplitude de conhecimento, a engenharia biológica traz várias possibilidades de atuações e especializações. 

Para se ter uma ideia, esse campo também estuda setores da engenharia biomédica para compreender materiais e ferramentas utilizadas nessa matéria. 

Além disso, o profissional desta área estuda sobre biomateriais usados na criação e desenvolvimento de tecnologias para a medicina. Bem como bioprocessos, reatores biológicos e quais as interpretações necessárias em cima deles. 

Então, no geral, essa área estuda meios básicos de como criar produtos e equipamentos viáveis dentro da economia para contribuir com a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

o que a bioengenharia estuda?

Qual é a diferença entre bioengenharia e engenharia biomédica?

É possível dizer que a grande diferença entre bioengenharia e engenharia biomédica está na área de atuação de cada uma. 

De forma bem simples, a engenharia biológica também inclui outros setores das ciências naturais e exatas, enquanto a engenharia biomédica tem maior atuação na área de saúde, exclusivamente.

Isto é, muito da prática da engenharia biomédica tem finalidades medicinais e a engenharia biológica consegue abranger mais setores. 

Mas, realmente, é muito comum as pessoas pensarem que essas áreas são a mesma coisa. De fato, elas têm muito em comum, mas se separam em um determinado momento. 

Em resumo, é como se a engenharia biomédica fosse uma especialização dentro da engenharia biológica focada no setor da saúde. 

Quais são as aplicações da bioengenharia?

As aplicações da bioengenharia se ramificam em diferentes setores da sociedade.

A fusão de determinadas ideias cria campos de exploração inimagináveis e, por que não, propensos a controvérsias. 

Os princípios de design da engenharia, em seus mais variados campos, têm sido aplicados a sistemas biológicos na busca de soluções criativas, com o apoio de máquinas, estruturas e processos. 

Steve Jobs disse que: “não é possível saber conectar os pontos olhando para frente e sim olhando para trás. De alguma maneira, é preciso acreditar que os pontos vão se conectar no futuro de algum jeito”.

A aceleração tem sido vista como uma ameaça e ao mesmo tempo uma oportunidade de resolver diversas limitações que foram codificadas no DNA e que mudaram muito pouco em tão longo tempo. 

Algumas iniciativas têm procurado estabelecer códigos de ética e direitos humanos para evitar o mau uso dessas capacidades. 

O que a natureza demorou alguns milhões de anos para conseguir fazer, o ser humano está levando só algumas décadas. 

Isso pode ter resultados nefastos, ao mesmo tempo que pode tornar possível o aumento, de forma significativa, das capacidades de diferentes espécies pela combinação de elementos químicos, com a tecnologia e engenharia.

Vamos ver alguns exemplos abaixo.

Progresso de wearables

a bioengenharia para o desenvolvimento de wearables

Dentro das aplicações da bioengenharia, uma delas é o desenvolvimento de wearables, conhecidos como devices ou dispositivos tecnológicos que podem ser vestidos. 

Mas como assim vestir um dispositivo? Igual fazemos com os smartwatches, por exemplo. 

No geral, essas tecnologias vestíveis, por assim dizer, oferecem diferentes funcionalidades que podem ser úteis no dia a dia, além de ter influência na moda. 

Inclusive, uma consultoria do IDC Brasil projetou que o mercado de devices, que envolve exatamente os wearables, deve movimentar U$ 21,5 bilhões no mercado nacional e representar 43,7% das receitas de TI do país. 

Portanto, é uma área que está em constante crescimento e de forte atuação da engenharia biológica, principalmente no desenvolvimento de wearables para o setor da saúde. 

Provavelmente, você já viu dispositivos com capacidade de medir sono, batimentos cardíacos e oxigenação. Isso é graças a atuação da engenharia biológica que aprimora cada vez mais esses modelos. 

Engenharia de tecidos artificiais

A engenharia de tecidos artificiais é mais uma das aplicações da engenharia biológica. Essa área é capaz de produzir desde peles até tecidos ósseos artificiais.

Se algum tempo atrás alguém falasse sobre regenerar, recuperar e desenvolver tecidos, certamente diriam que era impossível. 

Mas isso hoje é possível por causa do desenvolvimento da engenharia de tecidos artificiais e do trabalho dos bioengenheiros. 

Essa nomenclatura foi usada pela primeira vez em 1987, para conceituar essa área que reúne disciplinas de física, biologia e química. Muitas vezes, os engenheiros desse setor usam as células-tronco dos pacientes para reconstrução e desenvolvimento de tecidos.

São feitos vários comandos para os núcleos das células de tal forma que elas conseguem se multiplicar e, dessa forma, restaurar órgãos do corpo humano.

Nanotecnologia

Os nanorrobôs são parte da nanotecnologia e também possibilidades de aplicações da bioengenharia.

É bem comum ver a representação deles em filmes mais voltados para a área da tecnologia como em trajes futuristas, por exemplo. 

Desenvolvidos pela primeira vez no Japão, os nanorrobôs funcionam como ferramentas em escala atômica e trouxeram diversas inovações para as áreas que foram introduzidas. 

Inclusive, com ajuda da da engenharia biológica, a nanotecnologia impactou positivamente a medicina, em específico. 

Hoje em dia, essas tecnologias ajudam em técnicas de diagnóstico, desenvolvimento de medicamentos e aplicação correta deles, regeneração de tecidos sintéticos e podem até mesmo destruir células cancerígenas.

Tudo isso com auxílio de bioengenheiros que unem conhecimentos da engenharia com a biologia para criação de novas tecnologias exponenciais.

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Diagnóstico e análise de patologias

Essa nova área também pode ser utilizada no diagnóstico de patologias para desenvolver métodos mais precisos. 

Essa aplicação é de extrema importância, uma vez que o Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostrou em estudos que o diagnóstico precoce e correto de doenças aumenta as chances de serem menos invasivas. 

Nesse campo, o profissional da engenharia biológica pode desenvolver máquinas e instrumentos que possam fazer esse diagnóstico certo ocorra mais cedo. 

Além disso, o conhecimento técnico da engenharia permite que o bioengenheiro atue na manutenção e aprimoramento de equipamentos já existentes para que desempenhem melhor a função. 

Alimentação

bioengenharia na alimentação

Mais uma aplicação da engenharia biológica é na área de alimentação saudável e básica, que provavelmente é um dos maiores desafios enfrentados hoje em dia, como será no futuro. 

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), se o consumo de alimentos continuar do jeito que está, em 2050 será preciso 60% a mais de comida. 

Uma das alternativas é a criação de sistemas inteligentes voltados para a demanda de alimentação da sociedade. 

Aqui entra a importância dos bioengenheiros, juntamente com os profissionais das outras áreas que pesquisam e investem no conhecimento para esse campo. Aliás, esse é um dos segmentos bastante discutidos dentro da bioengenharia no Brasil.

Nesse sentido, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) recebeu simpósios para discutir exatamente como a engenharia biológica pode atuar na produção de alimentos, mesmo com os desafios climáticos. 

Basicamente, ela pode trabalhar em pesquisas e combinações de genes para novos alimentos cultivados de maneiras diferentes e que levem em consideração a sustentabilidade. 

Um exemplo são as fazendas verticais, que procuram produzir alimentos com condições controladas e em centros urbanos. 

Modelos assim contam com auxílio de bioengenheiros para ter o melhor funcionamento. 

O mercado de trabalho da bioengenharia no Brasil

Já que agora você tem mais conhecimento sobre o que é bioengenharia e o que ela estuda, vamos falar aprofundar na atuação profissional. 

Diversidade e oportunidades são palavras que definem o mercado de trabalho da bioengenharia no Brasil. 

Com o avanço das tecnologias, o futuro do trabalho cada vez mais próximo e a demanda por novos equipamentos, a bioengenharia no Brasil está em frequente crescimento. 

Segundo o portal Salário, a contratação de bioengenheiros com carteira assinada aumentou 28,57% ao comparar janeiro de 2023 com fevereiro do ano anterior. 

Embora os cursos para formação de bioengenheiro não sejam comuns no Brasil, as áreas estão progressivamente mais conscientes da qualidade de um profissional desse campo e buscam por conhecimento técnico deles.

Quais são as áreas de atuação de um bioengenheiro?

As áreas de atuação dos profissionais de engenharia biológica são parecidas com os engenheiros químicos, por exemplo, mas com diferenciais. 

Em regra, existem três maiores campos em que os bioengenheiros podem atuar, que são: 

Industrial

O primeiro grande campo de atuação é no setor de indústrias e empresas das áreas de farmácia, agricultura, pecuária, desenvolvimento de tecnologias exponenciais, controle de qualidade, sustentabilidade, entre outros.

Pesquisa

Talvez o mais conhecido popularmente seja o campo da pesquisa, mais voltado para a área acadêmica em si. Afinal, é uma possibilidade para praticamente qualquer formação, já que a ciência é um investimento contínuo. 

Por mais que seja mais comum, a área da pesquisa é tão importante quanto o trabalho em empresas, porque todas as teorias embasam a prática do dia a dia do bioengenheiro.

E tem mais, são as pesquisas que permitem o desenvolvimento de mais tecnologias e da própria área da engenharia biológica.

Consultoria

Por fim, o bioengenheiro também pode atuar com consultorias para empresas do ramo público ou privado. 

O objetivo é unir todos os conhecimentos interdisciplinares e prestar um serviço de orientação e assistência prática. 

Assim, as empresas conseguem seguir a direção certa e potencializar resultados. 

Qual é o salário de um profissional da bioengenharia?

salário na área de bioengenharia

Também de acordo com o portal Salário, a faixa de remuneração do profissional dessa nova área em crescimento no Brasil é entre R$ 6.053,00, em média, e R$ 13.249,49 como teto máximo. 

Mas vale a pena lembrar que esse valor pode mudar conforme a empresa que for contratar em regime CLT ou serviço prestado. 

Segundo esses mesmos dados, o salário médio é de R$ 6.728,12 se for considerado o modelo de carteira assinada. 

Contudo, as variações podem ocorrer também a depender de região de trabalho, cidade, tempo de experiência, especialização e outros detalhes.

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Conclusão

Ainda que seja uma área em crescimento, a bioengenharia já mostrou que veio para ser uma formação concreta e de tendência para o futuro. 

Isso porque ela reúne áreas das exatas e da engenharia, com o conhecimento biológico. Dessa forma, é possível trabalhar na construção ou aprimoramento de tecnologias que podem trazer uma série de benefícios para a população.

Além disso, o bioengenheiro tem várias oportunidades para aplicar as técnicas que vão desde nanorrobôs até a indústria alimentícia.

A tendência é que a engenharia biológica no Brasil se expanda ainda mais e ofereça soluções inovadoras e criativas para os diversos setores da sociedade. 

Gostou desse conteúdo? Leia também sobre o que é a exponencialidade e os benefícios que ela pode trazer para o seu negócio. 

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Liderança

O que é gestão administrativa e financeira descentralizada e o que ela significa para as empresas?

A gestão administrativa e financeira descentralizada é uma abordagem de gestão que tem ganhado destaque nos últimos anos, principalmente em organizações que buscam maior eficiência e eficácia na tomada de decisões.

Essa abordagem é caracterizada pela transferência de poder e autonomia para as unidades e departamentos da organização, que passam a ter mais autonomia para gerir seus recursos e tomar decisões estratégicas.

Mas, afinal, o que é a gestão administrativa e financeira descentralizada e porque ela é tão importante para as organizações? E, ainda, como fazê-la? É o que veremos a seguir.

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Qual é a diferença entre uma gestão centralizada e descentralizada?

Antes de falarmos sobre a gestão administrativa e financeira descentralizada, é importante entender a diferença entre uma gestão centralizada e descentralizada.

Na gestão centralizada, todas as decisões são tomadas por um único centro de comando, geralmente na alta gerência ou na diretoria da organização.

Isso significa que as unidades e departamentos não têm autonomia para gerenciar seus próprios recursos e tomar decisões estratégicas.

Esse tipo de gestão é comum em organizações com estruturas hierárquicas rígidas, onde as decisões são tomadas por poucas pessoas em posições de poder.

Já na gestão descentralizada, as unidades e departamentos têm mais autonomia para gerenciar seus próprios recursos e tomar decisões estratégicas, o que permite uma maior flexibilidade e agilidade na tomada de decisões.

Isso é comum, por outro lado, em organizações que acreditam na horizontalidade de um negócio, com maior dinamismo dentro das estruturas organizacionais.

Qual é o objetivo da descentralização?

O objetivo da descentralização é dar mais autonomia e responsabilidade para as unidades operacionais da organização.

Isso permite que os gestores locais tenham mais flexibilidade para tomar decisões e ajustar as operações, de acordo com as necessidades específicas de cada departamento ou unidade.

No entanto, é importante ressaltar que a descentralização não é a solução para todos os problemas de gestão.

É fundamental que a cultura organizacional da empresa seja forte e saudável, que haja uma comunicação aberta e transparente e que os líderes forneçam as ferramentas e os recursos necessários para que as unidades e departamentos possam gerenciar seus próprios recursos.

O que é uma gestão administrativa e financeira descentralizada?

A gestão administrativa e financeira descentralizada é um modelo de gestão que delega as responsabilidades de administração e finanças para os gestores de cada departamento ou unidade da organização.

Isso significa que cada gestor é responsável por gerenciar seu próprio orçamento e recursos, tomar decisões relacionadas à contratação de pessoal, gestão de projetos, entre outras responsabilidades administrativas.

Esse modelo de gestão permite que os gestores locais tenham mais autonomia e flexibilidade na tomada de decisões.

Eles podem ajustar suas operações de acordo com as necessidades específicas de seus departamentos ou unidades, sem a necessidade de solicitar aprovação em níveis superiores.

Para as lideranças, a gestão administrativa e financeira descentralizada pode ser uma solução para lidar com as complexidades e demandas de uma organização em constante mudança.

Ela permite que os gestores locais tenham maior visibilidade e controle sobre seus orçamentos e recursos, o que pode ajudá-los a tomar decisões mais informadas e estratégicas.

Quais são os principais benefícios da gestão administrativa e financeira descentralizada?

principais benefícios da gestão administrativa e financeira descentralizada

A gestão administrativa e financeira descentralizada traz uma série de benefícios para as organizações que optam por esse modelo de gestão.

A partir da descentralização, os gestores locais são capazes de assumir mais responsabilidade e tomar decisões com mais autonomia, o que pode levar a resultados positivos em diversos aspectos da gestão organizacional.

Entre os principais benefícios, podemos destacar:

  • maior autonomia;
  • mais engajamento da equipe;
  • facilidade na tomada de decisões;
  • redução da chance de erros;
  • maior controle financeiro.

Entenda melhor cada um desses pontos a seguir.

Maior autonomia

Um dos principais benefícios da gestão administrativa e financeira descentralizada é a maior autonomia que ela proporciona aos gestores locais.

Com a descentralização, os gestores são capazes de tomar decisões mais rapidamente, sem a necessidade de obter a aprovação de níveis superiores da organização.

Por exemplo, uma empresa de distribuição pode descentralizar suas operações de gestão de estoque, permitindo que os gerentes de cada centro tenham autonomia para tomar decisões relacionadas à compra e armazenamento de produtos.

Dessa forma, os gerentes podem ajustar seu estoque de acordo com as demandas locais, sem a necessidade de obter aprovação do nível superior.

Mais engajamento da equipe

Quando os gestores locais têm mais autonomia e controle sobre suas operações, eles se tornam mais engajados e motivados em seu trabalho.

Eles têm a oportunidade de tomar decisões mais informadas e estratégicas, o que pode levar a um maior senso de propriedade e responsabilidade em relação às suas operações.

Por exemplo, se uma organização de varejo descentralizar sua gestão financeira, cada gerente de loja pode ter mais controle sobre suas finanças, o que pode levar a um maior envolvimento dos funcionários na gestão do orçamento de suas lojas.

Eles podem sugerir ideias para redução de custos ou para investimentos em seus departamentos, o que pode levar a um maior engajamento e motivação.

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Facilidade na tomada de decisões

A descentralização pode tornar a tomada de decisões mais ágil e eficiente. Isso pode levar a uma maior flexibilidade e adaptabilidade da organização às mudanças do mercado ou a situações inesperadas.

Se uma organização de TI descentralizar sua gestão administrativa, cada gerente de departamento pode tomar decisões sobre contratação de pessoal e aquisição de recursos de forma mais ágil e eficiente.

Eles não precisam esperar pela aprovação do departamento central de recursos humanos ou compras, o que pode levar a um maior alinhamento com as necessidades específicas de cada departamento.

Redução da chance de erros

Quando a gestão administrativa e financeira é centralizada, pode haver uma maior chance de erros ou falta de transparência. 

Isso ocorre porque um pequeno grupo de pessoas está tomando todas as decisões e gerenciando todos os recursos da organização.

No entanto, com a descentralização, cada gestor local é responsável por gerenciar seus próprios recursos, o que pode levar a uma maior responsabilidade e transparência.

Ou seja, em vez de ter um impacto em toda a organização, o erro pode ser limitado a um departamento ou unidade, minimizando os efeitos de uma escolha inadequada.

Maior controle financeiro

Com a gestão administrativa e financeira descentralizada, como já falado algumas vezes, cada gestor é responsável por gerenciar seus próprios recursos.

Isso significa que os gestores locais têm uma visão mais clara de seus orçamentos e recursos, o que pode ajudá-los a tomar decisões mais informadas e estratégicas.

Em um cenário prático, isso pode significar a possibilidade do gestor investir em treinamento de funcionários em vez de adquirir novos equipamentos, se ele perceber que a equipe precisa de aprimoramento em determinada área.

Como fazer uma gestão administrativa e financeira descentralizada e eficiente?

como fazer uma gestão administrativa e financeira descentralizada eficiente?

Para implementar uma gestão administrativa e financeira descentralizada eficiente, é necessário estabelecer algumas práticas e processos que garantam a tomada de decisões corretas e a maximização do controle financeiro. Abaixo estão algumas formas de viabilizar essa prática:

  1. estabelecer diretrizes claras: é fundamental que a organização estabeleça direcionamentos para que os gestores locais possam tomar decisões com base nos objetivos e metas da empresa. Essas diretrizes devem incluir informações como orçamento disponível, prioridades, prazos e outras informações relevantes;
  2. definir responsabilidades: cada gestor local deve ter clareza sobre suas responsabilidades em relação aos recursos financeiros e administrativos alocados para sua unidade ou departamento. Essa definição pode incluir a determinação de quem é responsável pela autorização de despesas, pelo monitoramento de gastos e por relatar o desempenho financeiro;
  3. estabelecer um sistema de monitoramento: esse sistema deve permitir que os gestores locais acompanhem de perto o desempenho financeiro de suas unidades ou departamentos. Ele também pode incluir relatórios financeiros regulares, reuniões de acompanhamento e outras ferramentas de controle;
  4. investir em tecnologia: novas tecnologias podem ajudar a simplificar e agilizar a gestão administrativa e financeira descentralizada. Elas podem ajudar a automatizar tarefas rotineiras, como a aprovação de despesas e relatórios financeiros, liberando os gestores locais para se concentrar em atividades mais estratégicas;
  5. promover a colaboração: a parceria entre gestores locais pode ser um fator-chave para o sucesso da gestão administrativa e financeira descentralizada. A organização deve incentivar a troca de informações e o compartilhamento de melhores práticas entre gestores locais, de modo que todos possam se beneficiar da experiência uns dos outros.

Conclusão

A gestão administrativa e financeira descentralizada é uma estratégia que pode trazer muitos benefícios para as empresas: facilitar a tomada de decisões, reduzir erros e aumentar o controle financeiro.

No entanto, para que essa prática seja eficiente, é importante seguir alguns passos, como definir claramente as responsabilidades de cada equipe, investir em tecnologia e garantir a comunicação constante entre as áreas.

E se você é um líder que busca estar sempre atualizado com as tendências e ferramentas do mercado, recomendamos que conheça o Executive Program da SingularityUBrazil.

Estamos falando de uma imersão que pode ajudá-lo a identificar novas oportunidades para a sua empresa e a pensar de forma mais exponencial. Não perca essa oportunidade de se destacar no mercado!

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Blog Inovação Tecnologia

“A faca que corta o pão é a mesma que pode matar alguém”, destaca CEO do RiR ao falar de IA enquanto uma ferramenta

De cara, no painel “Now What? How to Transform this experience into business results”,  com mediação de Poliana Abreu, Diretora de Conteúdo da HSM e Head da SingularityU Brazil, e participação de Luis Justo, CEO do Rock In Rio, destacou o quanto a inteligência artificial precisa ser lida, aprendida e utilizada com cuidado.

Não se trata apenas de um medo ou alguma complicação futura, como nos filmes. A questão atual foi trazida com um tom de cuidado, entendendo que a automatização é um processo que pode otimizar várias outras questões, mas precisam ter o trabalho humano para que os melhores resultados sejam conquistados.

Ao lado de Bruno Stefani, ex-Diretor Global da AB InBev, Luis Justo, CEO do Rock in Rio, e Juan Pablo Boeira, CEO da AAA Inovação, os especialistas destacaram como os novos modelos de negócio, que utilizam IA, são importantes para enxergar a complexidade do mundo que está sendo construído.

Poliana Abreu, Diretora de Conteúdo da HSM e Head da SingularityU Brazil, Bruno Stefani, ex-Diretor Global da AB InBev, Luis Justo, CEO do Rock in Rio, e Juan Pablo Boeira, CEO da AAA Inovação, no Web Summit 2023

Neste ponto, Luis Justo deixou claro que uma das maiores habilidades hoje é fazer com que a automatização seja um instrumento de utilização humana e não apenas uma condição final para a produção – tal como a Amrapali, no dia anterior. E olhar a tecnologia como uma ferramenta para a própria ação do ato de empreender.

Ao mesmo tempo, Poliana Abreu destacou o quão importante é a tentativa de continuar aprendendo e cada um dos especialistas destacou a sua respectiva estratégia. Desde uma autoanálise, tentando reconhecer hábitos e repetições, como aprender algo novo toda semana e tirar lições sobre as experiências que ocorreram.

Por isso, destacaram a principal ação que os levaram a ter o sucesso: a capacidade de se reinventarem e utilizarem a tecnologia ao seu favor, com “humildade e aprendizado eterno”, como destacou Juan Pablo Boeira, para conseguir aliar este instrumento às necessidades de cada negócio.

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Blog Empreendedorismo Inovação Liderança

Ancestralidade, aprendizado e customer centricity são temas no painel “Now What? How to Transform this experience into business results”

Em seu quarto e último dia de evento, o Web Summit 2023 contou com o painel “Now What? How to Transform this experience into business results”, que abordou alguns dos passos que devem ser dados neste momento.

Com mediação de Poliana Abreu, Diretora de Conteúdo da HSM e Head da SingularityU Brazil, Bruno Stefani, ex-Diretor Global da AB InBev, Luis Justo, CEO do Rock in Rio, e Juan Pablo Boeira, CEO da AAA Inovação, trouxeram perspectivas de aprendizagem, necessidades contemporâneas e até conselhos sobre o comportamento empreendedor.

Poliana Abreu, Diretora de Conteúdo da HSM e Head da SingularityU Brazil, Bruno Stefani, ex-Diretor Global da AB InBev, Luis Justo, CEO do Rock in Rio, e Juan Pablo Boeira, CEO da AAA Inovação, no Web Summit 2023

Neste ponto, tocaram muito no assunto da aprendizagem. Aprender é um verbo que, geralmente, se perde enquanto crescemos. Mas, tal como nossos ancestrais, é um ato necessário para nosso desenvolvimento diário e incorporação das experiências que o mundo nos traz. É uma necessidade e precisamos compreender a maneira com que aprendemos.

A fim de ressaltar essa importância, Juan Pablo falou sobre a necessidade da humildade e de uma conduta de eterno aprendiz para impulsionarmos novas maneiras de compreender o mundo a nossa volta.

Ao mesmo tempo, Luis Justo destacou o retorno às origens como um ponto de reflexão sobre o que está ocorrendo, na tentativa de aprender e refletir sobre os processos que estão acontecendo.

Afinal, a informação é acelerada e cada vez mais as demandas crescem. Por isso, a meditação também foi um ponto de cuidado na fala do CEO do Rock In Rio, destacando seus pontos de alimentação mental e eliminação de ruídos que todos nós estamos suscetíveis nos estímulos diários.

Ao mesmo tempo, aprender é um ato que exige mudança e percepção, principalmente no mundo dos negócios. O letramento é importante, principalmente neste ponto de compreender o que está acontecendo, enxergar setores e rever o próprio trabalho, como apontou Bruno Stefani.

O cuidado e o acolhimento próprio é essencial para este momento. Se reinventar é parte das habilidades que os especialistas trouxeram para esta conversa. Afinal, ter novas perpectivas, enxergar novas oportunidades de negócio e horizontes possíveis exigem um cuidado para entender o que realmente é necessário a ser construído para o público consumidor.

Afinal, depositamos energia nessas ações. Com isso, os especialistas destacaram o quanto a desburocratização está ajudando neste processo e as oportunidades estão crescendo, com o fomento dos investidores.

Horizontes palpáveis

A mediadora, Poliana Abreu, fez questão de trazer perguntas sobre o cenário contemporâneo e compreensões sobre o que está ocorrendo atualmente. Em uma destas propostas, a temática do aprendizado veio em junção com o modelo de negócio atual.

Neste momento houve uma unidade de respostas sobre o olhar para a inteligência artificial e, principalmente, tentando aliá-la ao trabalho humano, reconhecendo que o consumidor é crucial para o entendimento do negócio.

O CEO da AAA Inovação destacou o quão importante é encontrar a relevância e entender ela como potencial para enxergar valor. Nela, destaca Juan Pablo, é necessário enxergar o que pode ser devolvido ao público e o que pode ser aproveitado no ato de empreender.

Então o cuidado com a tecnologia, como o CEO do Rock In Rio trouxe, e o manejo da inteligência artificial, que Bruno Stefani contou ao público, são necessários aliados aos propósitos humanos de satisfazer o consumidor.

“Como a gente vai integrar tudo que está vindo? Calma. Aguarde um pouco para ver o que irá amadurecer de fato”, contou o especialista Juan Pablo ao falar das constantes inovações tecnológicas que estão repetidamente faladas pelo mundo.

Mas, Luis Justo voltou a ressaltar a importância de entender a própria experiência e reconhecer os consumidores em todo o processo de produção. Com esse olhar, não há segredo para empreender:

“Tenham uma coisa em mente: todo negócio que for fundamentado na experiência humana, vai continuar crescendo. E muito!”, declarou Luis Justo, CEO do Rock in Rio.

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Blog Tecnologia

Na contramão da inteligência artificial, fundadora do OnlyFans diz priorizar o olhar humano, além da automatização

Diferentemente do que acontece com a maioria das redes sociais, o OnlyFans tem uma rigidez em sua missão como empresa e isso não é negociável. Manter o contato direto com os ídolos, criando comunidades virtuais entre o produtor de conteúdo e o consumidor, passa por um trabalho que cada vez mais exige atuação humana.

A missão clara e inegociável foi tema do painel “OnlyFans: attracting creators and growing communities”, no Web Summit 2023, em uma conversa entre a fundadora e CEO do OnlyFans, Amrapali Gan, e a jornalista Emma Hinchliffe, da Fortune.

Segundo a CEO da rede social, isso começa muito antes do contato entre produtor de conteúdo e consumidor. A própria arquitetura virtual que é criada pela empresa define suas prioridades.

Com o objetivo de ser um canal direto, a plataforma age em favor do criador de conteúdo. Começando pela monetização, onde 80% do pagamento vai para seus influenciadores e apenas 20% fica com a empresa.

Além disso, diferentemente de outras redes sociais, não há algoritmos que comandam sugestões e recomendações. O OnlyFans mantém a conexão do criador com os fãs em um canal direto, inclusive, sem propagandas.

Isso permite uma liberdade maior em relação às outras redes sociais. As comunidades são criadas entre o ídolo e os fãs, sem um intermediário ali presente e a Gan deixou claro que não é do interesse da plataforma em desenvolver controles de inteligência artificial, mesmo recebendo vários pitchs de startups e projetos que envolvem automação destes pontos.

O OnlyFans, na contramão do que ocorre em várias empresas, tem uma equipe humana de trabalhadores ativos nas checagens de informações e rastreios digitais, tanto dos usuários quanto principais influencers.

Além dos criadores de conteúdos adultos

Essa rede social virou sinônimo de conteúdo adulto. Um exemplo recente disso foi exposto pela ex-BBB Key Alves, em horário nobre na Rede Globo, ao falar do quanto ganhava criando conteúdo na rede social. O uso massivo para este tipo de exposição ocorre por conta da rede social garantir a segurança dos conteúdos criados. Porém, o OnlyFans não se basta apenas nisso.

Na verdade, segundo Amrapali, a rede social mantém sua característica de liberdade de expressão, deixando na conta do criador de conteúdo a decisão do que será produzido.

Por esta razão há conteúdos mais livres e diferentes em relação às outras e o trabalho humano na rede social é continuar pontuando qual o tipo de público daquele influencer. Além disso, ao priorizar o olhar humano, o controle ocorre também sobre algumas condutas que violam as regras do espaço.

Uma das atenções que Amrapali chamou é para o segmento de lutas esportivas, em que há vários criadores de conteúdo de sucesso que estão neste segmento. Segundo a Fundadora e CEO, os criadores de conteúdo possuem muita estratégia e análise profunda do conteúdo que criam. Além disso, com o vínculo estreitado entre eles e seus fãs, o direcionamento fica mais claro e o consumo contínuo.