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“Quando você encontra propósito, você percebe como fazer um impacto positivo no mundo”, enfatiza Gary Bolles, ao falar sobre o futuro do trabalho

Uma das temáticas mais faladas na 9ª edição do Executive Program estava aliada às questões dos trabalhadores. O medo que se paira sobre a aplicação da inteligência artificial ainda ultrapassa as realizações e a maneira com que podemos ser beneficiados por esta nova tecnologia.

Por isso, Gary Bolles, especialista em Futuro do Trabalho pela SingularityU, destacou o quanto o papel de um bom líder é fazer com que seus colaboradores consigam enxergar esta ajuda. O “tsunami silencioso de IA”, como o próprio especialista nomeia, já está transformando cada um de nós e seu painel é ajudar todos os presentes a entender como aproveitar estes grandes avanços tecnológicos.

Mas isso não é uma responsabilidade do trabalhador. Gary destacou o quanto há a necessidade de treinamento, para que os mais habilidosos continuem com seus espaços e se aproveitem deste maquinário para operacionalizar algumas de suas ações.

Reconhecer a necessidade de uma liderança é colocar clareza na questão de governança, afinal, um líder não é necessariamente um gestor de área. Por isso, há todo um trabalho dentro de uma organização, dos conselheiros até os gestores de time, para proporcionarem diretrizes que encabecem este tipo de característica.

De início, o especialista em futuro do trabalho destacou que o ponto mais importante neste momento histórico é entender como aliar esta tecnologia exponencial ao trabalho, entendendo onde ocorrerão as substituições e como podemos ter trabalhadores que se utilizem de seus manejos.

É um trabalho que existe visão e percepção do que pode ocorrer. Por isso, Bolles dedicou seu tempo a mostrar que a I.A continuará dependente de nossa habilidade (skill) e, por isso, saber se utilizar dela será um diferencial. Ao mesmo tempo, precisaremos retornar aos propósitos e principais questões focais do nosso trabalho, com um propósito e objetivo claro, pois não podemos nos perder mais do que já ocorre.

Simultaneamente, Gary retoma a visão individual para falar sobre a necessidade de compreender a flexibilidade do trabalho. As lideranças precisam entender que há uma gama de atividades que não precisam necessariamente serem feitas no mesmo lugar e ao mesmo tempo. Em linhas gerais, o expert em Futuro do Trabalho mostra como há maneiras de fazer um trabalho, que não tem as mesmas preocupações, necessidades e atribuições.

Por isso, antes de tudo, é necessário ter um entendimento mútuo de execução e também saudável. Uma reunião pode acontecer online – ou até se tornar um e-mail -, enquanto uma demanda pode ser assíncrona em sua cadeia de produção, em lugares totalmente diferentes.

Isso é mais do que empatia: é cuidado de entender o outro. Afinal, mesmo que haja um objetivo coletivo, quando falamos de propósitos, há as características privadas. Cada ser individual tem suas necessidades e desejos, por isso, o papel hoje é compreender como isso pode ocorrer e a produção continue. Afinal, um indivíduo saudável é também um ser que continua com sua boa execução.

Esta é uma das principais regras que o mundo dos negócios precisa priorizar neste momento, segundo Bolles. Junto a isso, é necessário compreender qual a cadeia de governança que se cria na organização, a função transparente de cada um, a continuidade das diretrizes, o pensamento de crescimento e utilização das tecnologias exponenciais, enquanto há o adaptive skillset: a maneira na qual as gestões precisam entender a diversidade e peculiaridade das necessidades de cada um.

Quais são os próximos passos que deveremos ter?

A principal ação é compreender e destrinchar cada um dos elementos mencionados na organização. Nesse sentido, entender qual o foco de desenvolvimento que será dado (seja ele de mindset, de habilidades ou de tecnologias) e procurar o crescimento na sua empresa.

Ao mesmo tempo, criar regras de trabalhos flexíveis e que consigam cooperar mutuamente. A IA ajudará na operacionalização, por isso, Bolles destaca a necessidade de reconhecer a maneira como cada um dos colaboradores trabalham e tirar o melhor desta situação, definindo seus principais pontos de função.

Outra questão é definir e trabalhar com problemas, como uma maneira de antecipar e prever situações que podem não ser benéficas. Com essa precaução, a organização consegue diminuir seus danos e ter ações prontas para os acontecimentos possíveis. Com isso, junto ao treinamento e motivações dos times, o crescimento pode ser efetivo e as mudanças podem acontecer sem que a organização passe por uma tormenta desnecessária.

“Sempre há oportunidades e precisamos entender como fazer deste uso para que mais humanos consigam trabalhar com um bem-estar, assim o poder se transformará em solução”.

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Confira as 7 principais tendências para os negócios nos próximos anos!

O fim do semestre está chegando e nessa jornada de 2023 vários eventos nos ajudaram a construir um panorama mais claro sobre o mundo dos negócios. Tivemos o South by Southwest (SXSW) e Web Summit Rio, que reuniram grandes nomes do universo de inovação e criatividade. O que não faltou foram grandes insights e aprendizados!

Por isso, Learning Village, o 1º Hub de Inovação e Tecnologia, com foco em Educação e Desenvolvimento de Pessoas da América Latina, HSM e SingularityU Brasil resolveram reunir as principais tendências para os próximos anos, trazendo takeways deste primeiro semestre para nos mantermos alinhados com as principais considerações deste ano!

Para ter acesso ao report completo, basta fazer o download abaixo:

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“Não existem indústrias estáveis e todos os segmentos precisarão estar preparados para diversas disrupções”, destaca David Roberts

A única certeza que temos em nossa existência é a movimentação e transformação. Com essa premissa e toda sua história de vida, opremiado CEO David Roberts trouxe ao 9º Executive Program perspectivas sobre acontecimentos históricos e em como isso se assemelha ao processo que estamos vivendo de inovação disruptiva.

No 2º dia do curso promovido pela Singularity Brasil, David retornou à história conhecida de Cristovão Colombo. O que poucos sabem é que o lendário navegador passou anos tentado angariar fundos para construir sua caravela e descobrir “uma nova rota para as Índias”. Todos sabemos o resultado disso e se fosse um fracasso, ele não seria lembrado.

Uma ação empreendedora em um tempo em que isso não “existia de fato” e mesmo assim foi feito. E qual o impacto disso na história do mercado? A disrupção que causou este novo campo de produção e modelo de relação comercial.

As moedas de troca e o que uma nação era capaz de produzir, agora, estavam aliadas aos espaços que conquistavam no processo de colonização e não mais dependentes das rotas pelo Oriente Médio, monopolizada pelos diferentes Impérios Árabes.

David Roberts destacou o trabalho empreendedor e disruptivo de Cristovão Colombo na 9ª edição do Executive Program (2023)
David Roberts destacou o trabalho empreendedor e disruptivo de Cristovão Colombo na 9ª edição do Executive Program (2023)

Portanto, a tecnologia das caravelas permitiu que as Grandes Navegações ocorressem. As especiarias passaram a ser temperos, modos de conservar a alimentação e até troca de produtos. As mercadorias se diferenciaram e um novo mercado foi construído, graças às matérias-primas encontradas na natureza riquíssima da América e África Subsaariana.

É necessário pensar por este ponto de mudança para explorar o momento histórico em que estamos vivendo. Como aconteceu naquela época, a tecnologia está fazendo parte e é protagonista das mudanças sociais que ainda vamos encarar.

Por conta da característica tão perene e fora do comum destas transformações, David Roberts transforma a teoria da Inovação Disruptiva e introduz seu novo pensamento: A Teoria de Disrupção.

7 pontos cruciais da Teoria de Disrupção

De início, é necessário destacar que esta teoria tem como principal ponto o entendimento de que haverá uma diversidade de transformações. Nesse sentido, não podemos pensar que será apenas em um campo ou que é proporcionado por uma área de produção. Se trata de compreender que as mudanças se desdobrarão em diversas áreas existentes em nossa experiência social.

A Nova Teoria da Disrupção de David Roberts e seus 7 principais pontos
A Nova Teoria da Disrupção de David Roberts e seus 7 principais pontos

O mundo plataformizado, permeado por essa digitalização constante, faz com que as conexões estabelecidas estejam em todos os campos de nossa vivência. Desde as relações sociais, recuperação de dados, atendimento, localização e até consumo. O offline hoje também já serve de dados para os constructos digitalizados.

Então, os modelos de negócios precisarão compreender que as mudanças nos campos de empreendedorismo e até em eficiência produtiva serão transformados. Por isso, há a necessidade de cuidar destes desdobramentos, entendendo quais os limites e quais serão suas ações diante destas oportunidades de mercado.

Afinal, para dar conta das constantes disrupções, será necessária uma inovação complexa no processo de apreensão para dar conta de tantas necessidades. David propõe rever as áreas que estão presentes na organização e que podem ser desenvolvidas – com inovações abertas e CVC, por exemplo –, ao mesmo tempo em que há a necessidade de desenvolver e reajustar a contínua performance produtiva da empresa.

Afinal, como foi bem apontado por Alexandre Nascimento, expert da SingularityU Brazil, no Executive Program, a inteligência artificial redesenhará toda a indústria e é necessário perceber quais campos precisarão de uma atenção maior. É uma tarefa difícil e complexa, mas que exige o entendimento desta completude para dar conta dos novos mercados que surgem e vão continuar a surgir.

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“O futuro não é tão difícil de prever se você estiver preparado para pensar em como criá-lo”, destaca Jeffrey Rodgers

Todos nós somos seres complexos. Desde a maneira como entendemos o mundo até a tradução da realidade em que vivemos em apenas uma fala ou pensamento, percorremos vários caminhos afetivos-mentais para tentar desenvolver raciocínios que deem conta da complexidade que é viver.

Somos um corpo em constante ebulição, contrastes, vontades e desejos que se confluem. Estamos em uma sociedade diversa, com choques de poder e contínuo atrito entre cada indivíduo existente nesse coletivo, que precisa de cada indivíduo para sobreviver. Habitamos um mundo com diversos segredos ainda desconhecidos e cada vez mais tentamos decifrá-los, mesmo parecendo distante. O tempo nem definição tem: apenas estamos inseridos nele.

Talvez seja difícil compreender o que pode vir a acontecer. A angústia do desconhecido é comum. Quando falamos de criar, empreender, é neste vazio de incertezas que nos projetamos. Mas, antes disso, precisamos lembrar de uma coisa: a segurança na essência da vontade criadora, que é o propósito do empreendedorismo.

Foi assim que o 1º dia de imersão presencial do Executive Program 2023, da SingularityU Brazil, se iniciou. O frio no Bendito Cacao Resort & SPA, em Campos do Jordão, deu espaço para uma combustão criativa de tentar compreender e criar maneiras de entender como conseguir olhar para o futuro.

É, exatamente pela preocupação com os parâmetros de criação de um futuro que Jeffrey Rogers, diretor da Be Radical e parceiro da SingularityU, trouxe o pensamento exponencial para que todos os presentes entendam o contexto que estamos vivendo. Assim, deu o pontapé inicial para a empreitada que é se preparar pelo que vem à frente.

Jeffrey Rodgers no Executive Program 2023
Jeffrey Rodgers no Executive Program 2023

Por isso, o facilitador trouxe dinâmicas para que os presentes no Executive Program 2023 pensassem sobre o futuro complexo de cada um e que enxergassem a própria maneira criativa que individualmente trouxeram. Com este trabalho e o foco desejado pelos executivos, todos os presentes na imersão tomaram seu rumo à construção dos próximos passos, com muita cautela:

“Só é possível criar um futuro quando enxergamos as consequências que daremos a ele, com o nosso objetivo bem desenhado”, destacou Jeffrey durante sua apresentação.

A exponencialidade é a janela para o horizonte que está se formando

Se temos o objetivo de construir um futuro, é necessário que entendamos o nosso presente. Então, precisamos sim destacar que este momento é permeado por uma constante digitalização, com inteligências artificiais dispostas em nossa experiência cotidiana e a automação cada vez mais se torna um processo comum da nossa realidade.

Por isso, é necessário trazer a Teoria da Abundância, formalizada por Peter Diamandis.

No livro, o cofundador da Singularity University introduz a ideia do pensamento exponencial e seus 6Ds, para ajudar as empresas a entenderem o que está acontecendo hoje: a transformação do modelo industrial de produção para o tecnológico, em que as novas tecnologias são moldadas por nós e participa da construção social humana.

Por isso, há a necessidade dos líderes do futuro em compreender o que significa o pensamento exponencial, principalmente para passar a mudar sua própria mentalidade. Os novos instrumentos de trabalho transformam as nossas interações e a maneira pela qual socialmente nos portamos. Por isso, as empresas precisam entender o contexto atual, para só então continuar produzindo e conquistando espaço socialmente.

Hoje a sustentabilidade e questão ambiental cada vez mais é algo crucial e que as empresas precisam atender seus quesitos para não sofrerem sanções e negativas do público. A diversidade é um assunto que se estabeleceu frente às preocupações de complexidade e saúde da sociedade. Junto a isso, as novas jornadas de trabalho se estabeleceram e um líder precisa ter uma mentalidade diferente para lidar com estas transformações. Ao mesmo tempo, o imediatismo continua exigindo mais da nossa produção.

Não compreender isso é um erro grosseiro e que pode deixar organizações pelo caminho. Por isso, o Executive Program toma o cuidado e continua no empenho em formar lideranças que estejam preparados para os principais paradigmas que hoje estamos enfrentando.

Jeffrey mostrou em seu painel maneiras de lidar com a construção de um futuro e que ainda consiga lidar com outras questões tão em voga, como ESG, inteligência artificial, metaverso, saúde, impacto global da digitalização e neurociência.

Além disso, o diretor da Be Radical destacou outro ponto importante que é a coletivização. Por isso, a criação do vínculo e das relações empreendedoras é muito importante, pois precisamos nos ajudar neste momento tão único na nossa jornada da humanidade.

Por isso, exponencialidade precisa ter nosso olhar atento e se tornar parte de nossa percepção, afinal, o seu futuro leva em conta todos estes aspectos para ser pensado?

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O papel de um bom líder no futuro do trabalho

Quase dois terços dos empregos no Brasil dependem de trabalhadores presenciais. Apesar de não ser uma maioria, já que o setor de serviços é majoritário no emprego nacional, há uma incrível mudança de perspectiva na mentalidade cultural das organizações brasileiras frente às novas necessidades que o mundo contemporâneo exige.

Há um debate global sobre essa eficiência do trabalho não-presencial, ao mesmo tempo, estamos dialogando com outras questões sobre horas e dias de trabalho. Em alguns lugares da Europa, a redução de jornada já foi aceita e está em processo de experimentação – com bons resultados.

O fato é: está acontecendo uma mudança cultural da produção. Consequentemente, a sociedade continua nesse movimento após perceber que sua qualidade de vida e saúde precisam ser prioridade máxima. A sociedade apenas precisou de um catalisador, no caso, a pandemia, para tornar este processo mais rápido.

Por conta deste momento, o especialista em futuro do trabalho da Singularity, Gary Bolles, traz uma abordagem clara sobre a necessidade de entender novas formas produtivas de trabalho e como se relacionam com a saúde dos colaboradores.

Para Bolles, que estará no Executive Program deste ano, a nova forma de produção só pôde ocorrer graças às tecnologias e, na pandemia, foi clara a necessidade de se continuar as atividades, e o trabalho remoto começou a ser mais aceito. Naquele momento, tentando se proteger de uma possível contaminação, quem pôde estar em sua casa e dar continuidade ao seu trabalho, conseguiu sustentar uma rede de segurança de menos contágio possível para a dispersão do vírus.

A produção se manteve e pessoas de diferentes lugares do mundo ainda sustentam essa posição, mesmo com o retorno gradual ao regime presencial. Mas Bolles deixa claro que a flexibilidade é benéfica: tanto para o chefe quanto para o seu colaborador.

Trabalho híbrido e a saúde na jornada de trabalho

Segundo o especialista da Singularity, é normal que ainda haja descrença, principalmente pela mudança abrupta e contingência de todos os anos de trabalhos presenciais rotineiros que a maioria teve nos anos anteriores à pandemia. Porém, Bolles ressalta que, desde que o trabalho esteja sendo entregue e clientes estejam recebendo soluções novas, a empresa pode ir adiante.

Afinal, o especialista observou que, em outros tipos de jornadas de trabalho, os trabalhadores tomaram decisões responsáveis e garantiram o próprio  equilíbrio entre suas responsabilidades, saúde e continuidade de sua eficiência.

Bolles destaca a necessidade de entender a diferença que as jornadas híbridas e flexíveis proporcionam. O primeiro se destaca em uma agenda fixa, determinando quando trabalhadores devem trabalhar de casa ou no escritório.

O preferível, segundo o especialista, é o flexível, porque há uma escolha dos trabalhadores, entre ir para o escritório ou ficar em casa, de acordo com as necessidades que enxergam.

Conforme explicado pelo especialista, esta ação pode trazer vários benefícios, dentre eles, a responsabilidade e o empenho dos colaboradores na empreitada de trabalho, ao mesmo tempo em que garantem o cuidado com sua vida individual e pessoal. No modelo flexível, a praticidade elimina horas de trânsito, desgaste físico e mental, além de tornar a produção mais eficiente.

Porém, há todo um contexto de estar preparado para isso. Não só pelo trabalhador, mas pelo líder. Ser um gestor deste novo momento implica também em se tornar uma liderança deste novo tempo. Não é possível ter ainda um controle presencial e exigir condutas específicas da lógica física. É necessário compreender as assincronias, necessidades do outro e a segurança de que o trabalhador está com o mesmo objetivo que o proposto pela governança.

Além disso, um líder precisa se preocupar com questões de saúde e ter responsabilidade por quem está em seu grupo. Com o trabalho flexível, ressalta Bolles, é possível que algumas destas questões sejam resolvidas sem a necessidade de influência de seus chefes.

A maleabilidade garante as complexas necessidades de cada um e ainda impulsiona a sua produção. Sempre há algo para resolver do mundo que nos demanda e essa flexibilidade permite a resolução, sem tanta interferência do gestor, ao mesmo tempo em que o colaborador garante as horas de trabalho e produção. É uma maneira hábil, segundo Gary, de garantir parte da saúde mental e física dos empregados.

“Trata-se de uma grande oportunidade para que as empresas se preocupem mais com os trabalhadores. Enxergar a saúde nestes processos é crucial para o sucesso”.

Por esta razão, Bolles fez questão de destacar uma das necessidades dos novos líderes no ambiente de trabalho: a empatia. Com ela, é possível ajudar os colaboradores a passarem por desafios, principalmente para tentar resolver alguns problemas que surgem no dia a dia do trabalho. “Ter o olhar atento é criar uma perspectiva que ajuda em toda a cadeia produtiva”, finaliza o especialista.

Gary Bolles, junto a Alexandre Nascimento e outros experts da SingularityU Brazil estarão no Executive Program, em junho de 2023. Para fazer sua inscrição neste programa, basta clicar aqui para mais informações.

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Na contramão da inteligência artificial, fundadora do OnlyFans diz priorizar o olhar humano, além da automatização

Diferentemente do que acontece com a maioria das redes sociais, o OnlyFans tem uma rigidez em sua missão como empresa e isso não é negociável. Manter o contato direto com os ídolos, criando comunidades virtuais entre o produtor de conteúdo e o consumidor, passa por um trabalho que cada vez mais exige atuação humana.

A missão clara e inegociável foi tema do painel “OnlyFans: attracting creators and growing communities”, no Web Summit 2023, em uma conversa entre a fundadora e CEO do OnlyFans, Amrapali Gan, e a jornalista Emma Hinchliffe, da Fortune.

Segundo a CEO da rede social, isso começa muito antes do contato entre produtor de conteúdo e consumidor. A própria arquitetura virtual que é criada pela empresa define suas prioridades.

Com o objetivo de ser um canal direto, a plataforma age em favor do criador de conteúdo. Começando pela monetização, onde 80% do pagamento vai para seus influenciadores e apenas 20% fica com a empresa.

Além disso, diferentemente de outras redes sociais, não há algoritmos que comandam sugestões e recomendações. O OnlyFans mantém a conexão do criador com os fãs em um canal direto, inclusive, sem propagandas.

Isso permite uma liberdade maior em relação às outras redes sociais. As comunidades são criadas entre o ídolo e os fãs, sem um intermediário ali presente e a Gan deixou claro que não é do interesse da plataforma em desenvolver controles de inteligência artificial, mesmo recebendo vários pitchs de startups e projetos que envolvem automação destes pontos.

O OnlyFans, na contramão do que ocorre em várias empresas, tem uma equipe humana de trabalhadores ativos nas checagens de informações e rastreios digitais, tanto dos usuários quanto principais influencers.

Além dos criadores de conteúdos adultos

Essa rede social virou sinônimo de conteúdo adulto. Um exemplo recente disso foi exposto pela ex-BBB Key Alves, em horário nobre na Rede Globo, ao falar do quanto ganhava criando conteúdo na rede social. O uso massivo para este tipo de exposição ocorre por conta da rede social garantir a segurança dos conteúdos criados. Porém, o OnlyFans não se basta apenas nisso.

Na verdade, segundo Amrapali, a rede social mantém sua característica de liberdade de expressão, deixando na conta do criador de conteúdo a decisão do que será produzido.

Por esta razão há conteúdos mais livres e diferentes em relação às outras e o trabalho humano na rede social é continuar pontuando qual o tipo de público daquele influencer. Além disso, ao priorizar o olhar humano, o controle ocorre também sobre algumas condutas que violam as regras do espaço.

Uma das atenções que Amrapali chamou é para o segmento de lutas esportivas, em que há vários criadores de conteúdo de sucesso que estão neste segmento. Segundo a Fundadora e CEO, os criadores de conteúdo possuem muita estratégia e análise profunda do conteúdo que criam. Além disso, com o vínculo estreitado entre eles e seus fãs, o direcionamento fica mais claro e o consumo contínuo.

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“Criatividade, por si só, não é suficiente”, destaca Alain Sylvain no Web Summit 2023

Criatividade é uma qualidade muito valorizada na nossa sociedade. 65% dos CEOS destacam que a criatividade é tão importante quanto a inteligência emocional e habilidades com questões digitais.

Alain Sylvain, CEO e Fundador da consultoria de design Sylvain, destacou o quanto nossa cultura continua supervalorizando o poder da criatividade, com empresas investindo muito dinheiro em inovação e buscando na criatividade uma solução para os seus problemas.

Mas, será que realmente vemos retorno neste tipo de investimento?

É exatamente por este motivo que o propósito do painel “O que importa mais: tempo ou criatividade?” foi acabar com esta dicotomia e deixar claro a importância do momento (timing) na questão de empreender.

Segundo o especialista, é necessário entender que 42% dos sucessos de startups estão relacionados ao timing certo. Criatividade, por si só, deixa de ser eficiente, por uma série de questões relacionadas a demanda e ao que o público consumidor irá se satisfazer.

Um exemplo dado pelo CEO da Sylvain foi o fenômeno Beatles: surgiu no momento certo, no lugar certo de alcance e não foi a inovação que os fez ficar tão famosos. Foi o timing, o momento correto.

Para Alain este é o ponto chave. Segundo o especialista, há a necessidade e enxergar o Peak Innovation e não apenas procurar por mais inovações.

Contexto vale mais do que apenas criação

Enxergar o Peak Innovation é conseguir alinhar seus interesses com a demanda necessária, conseguindo compreender o contexto, alinhando o que é importante e as necessidades sociais com o ato de empreender.

Isso só pode acontecer com uma união do que está acontecendo (cultural climing), a infraestrutura presente que dará potencialidade para a inovação (innovation infrastructure) e a vontade para conseguir levar isso adiante (individual appetite).

Como isso ocorre? Alain destacou que há necessidade de pensar e entender contexto do que estamos vivendo e alinhar isso com a criatividade existente. Afinal, ela é também um produto cultural e entender o tempo que estamos é o caminho para compreender qual a necessidade de inovação.

Por isso a necessidade de estudar e usar os três eixos acima como guias. Afinal, onde estamos, enquanto cultura? O que é necessário para nós? O que o indivíduo, hoje, busca? Qual sua necessidade? E a tecnologia presente? O que ela permite?

Alain foi muito claro ao dizer que unir o cultural climing, innovation infraestructure e individual appetite é essencial para conseguir compreender qual o momento para dar o próximo passo rumo a inovação, sem se perder na exigência pelo novo, como ocorre com muitas empresas nos dias de hoje.