Categorias
Blog

“Foi no EP que nosso propósito, como Wakanda, ganhou mais vivacidade”

Perspectivas e referencialidade são dois termos que passam despercebidos no nosso cotidiano. Muitas vezes não compreendemos o tamanho impacto que podem trazer em nossa clareza mental.

Perspectiva se trata de entender qual o plano estabelecido para que nossa realidade seja construída. Em um papel/uma figura, se trata de entender o espaço por onde os objetos serão construídos e suas dimensões delineadas. Em nossa mente, passa pela ideia de entender como enxergamos a nossa vida e como conseguimos criar espaço para a aprendizagem (ou apreensão da experiência), além dos nossos pré-conceitos direcionadores. Assim, a experiência pode se mostrar viva e podemos dar conta de entendê-la além dos nossos vícios.

Referencialidade é o sistema de referências que possuímos, ou seja, a maneira pela qual certos aspectos de entendimento são posicionados para darmos conta da compreensão de mundo. Em linhas gerais, seria o ponto de vista que escolhemos para começar a entender as coisas. Por isso sempre há uma referência, um lugar por onde tudo começa e uma maneira de entender que se torna um hábito.

Isso ocorre para compreendermos a nossa própria vida, tentando buscar o entendimento do nosso mundo e até compreender o outro. Refletir sobre as referências e entender a maneira com que lidamos com a apreensão do mundo é a tentativa de conhecer a maneira com que construímos nossa realidade.

Mas, nada disso é possível sem uma conexão com aquilo que estamos tentando entender. É preciso estabelecer uma aproximação e transformar aquilo em um vínculo, trazendo para nossa compreensão de mundo, entendendo como isso pode ser real em nossa existência.

Tudo exige uma ligação para que algo possa ser percebido e conhecido. Por isso, é necessário entender que há componentes para que cada um possa dar conta do aprendizado. Caso não haja, é necessário transformá-los até ser passível de ser aprendido.

É exatamente pelo cuidado destes componentes na linguagem que a Wakanda Educação Empreendedora surgiu. Para Karine Oliveira, CEO e idealizadora da startup, ainda há um problema grandioso na maneira com que o mundo do empreendedorismo e da tecnologia se apresentam. Por isso, o conteúdo nem sempre é acessível para todos.

Ao trabalhar com linguagem, a Wakanda busca traduzir os conteúdos técnicos, e extremamente nichados ao conhecimento de um grupo restrito, para a periferia de Salvador.

A ideia é tornar a experiência das pessoas nesta região mais palpável e próxima ao que conhecem. Afinal, também são empreendedores e buscam otimizar seus produtos com tecnologia.

É na criação dessa ligação e na transformação da linguagem que Karine Oliveira continua a atuar, tentando fazer com que as informações se tornem mais adequadas às realidades de perspectivas e referencialidades diferentes.

Com tamanho propósito e clareza, não poderíamos deixar a Wakanda de fora do Especial 10 anos de Executive Program da SingularityU Brazil.

Fizemos questão de entrevistar sua representante, Karine, para nos contar como foi essa experiência. No bate-papo, a CEO destacou o quanto foi crucial para tornar mais vivo seu objetivo, que vocês descobrem na íntegra abaixo.

A Wakanda oferece serviço de consultoria e imersões, presenciais e online. Possui quatro tipos de produtos e continua na empreitada de trazer o “D” de democratização aos grupos mais diversos do nosso Brasil.

Por favor, nos conte quem é a Karine, da Wakanda, como é conhecida.

Karine Oliveira: A Karine tem 30 anos, é de Salvador, está há 5 anos atuando como fundadora e CEO da Wakanda educação empreendedora, que é uma startup de educação, onde desenvolve métodos de tradução de conteúdos, com o objetivo de democratizar e sensibilizar a linguagem do empreendedorismo, inovação e tecnologia para públicos minoritários e qualquer pessoa interessada, que goste, ou que prefira aprender através da linguagem informal, ou das múltiplas linguagens informais que existem no Brasil.

SU Brazil: Qual a situação hoje desta empreitada?

Karine: A gente percebe há alguns anos que essa essa área de tecnologia e inovação é uma das partes que a maioria das pessoas estão buscando conhecer. Além disso, é o assunto que tem maior abertura, tanto de campo de trabalho, como também em relação aos eventos. O público em geral está cada vez mais interessado, mas, ao mesmo tempo, cada vez mais entendemos que este assunto precisa ser ampliado para o público em geral.

Só que a gente ainda sente que, assim como empreendedorismo, falta questões de diversidade, não é mesmo? A ASG ou ESG, como preferirem, deveria ser algo mais presente. A diversidade implica em uma inclusão do diferente e do pertencimento das mais variadas características em um ambiente, mas, por conta da linguagem, muitas pessoas acabam não conseguindo aderindo e não se sentindo presentes nessa construção.

Então a gente percebe que hoje, por exemplo, depois que finalmente passamos os nossos dois anos de pandemia, os eventos voltaram com força máxima e muitas pessoas estão presentes, mas o fator da linguagem ainda é extremamente limitante, ao invés de ser inclusivo. Por isso, é até difícil buscar novos atores para que participem deste momento.

Então, basicamente, nosso trabalho na Wakanda é ir para eventos de tecnologia, para que consigamos levar as novas descobertas, produções tecnológicas e inovações para o enorme público em geral. Nossa tentativa é tornar exponencial o que ainda é muito restrito.

Então a Wakanda acabou assumindo esse processo de tentar democratizar e expandir estes ambientes através da linguagem. Um exemplo disso foi a própria experiência no Executive Program da SingularityU Brazil.

A gente consegue ir, aprende novos temas e conteúdos, mergulhando neste mundo da tecnologia, e depois voltamos para nossa origem: compreender os assuntos e entender como a gente consegue traduzir e simplificar estas linguagens para que outras pessoas entendam que tecnologia está em tudo.

Além disso, nossa ideia é também fazer tudo isso se tornar mais acessível, mostrando que da inovação para ‘gambiarra’ é apenas o dinheiro que diferencia. Em ambas as situações o que se ganha é tempo, mas, a primeira é o foco do dinheiro. A gente acabou compreendendo isso e cada vez que mostramos para as pessoas é algo muito natural, acessível e faz parte da criatividade do brasileiro.

Assim como as múltiplas tecnologias já estão na nossa vida e o empreendedorismo é parte do cenário nacional – só que com outros nomes e outros termos dependendo de sua classe social -, a inovação também está.

A Wakanda ajuda naquele “D”, de democratizar, para que este setor seja realmente exponencial e mude a realidade, principalmente do nosso Brasil.


SU Brazil: Qual foi a diferença do pré e o pós Executive Program no Wakanda?

Karine: Primeira coisa foi um choque cultural muito grande. É um evento de alto valor, onde vão CEOs de outras grandes empresas, diretores e executivos… Foi a primeira vez que estávamos em um ambiente como aquele.

E não somente participando da metodologia – o que foi muito legal -, mas compreendendo mais este mundo de tecnologia, que eu não imaginava estar tão impregnado na minha vida. Foi uma das melhores experiências que já tive, em estar por dentro da tecnologia, inovação, compreender e mergulhar naquele mundo.

Falar de Inteligência Artificial muito antes de sair essas IAs, como ChatGPT e Bard, foi muito interessante. Foi fantástico ver isso e depois acompanhar o impacto na prática. Foi tipo “UAU!”. A democratização foi muito rápida e o crescimento da utilização de inteligência artificial foi enorme no ano de 2022. Eu fui em outubro, para o Executive Program da SingularityU Brazil, ainda estávamos conversando sobre essas coisas. Nunca tinha visto o ChatGPT, mas estava sendo apresentado e conversando sobre o assunto.

Acho que esse é um dos pontos mais interessantes da SingularityU Brazil. Tem esse lugar, onde você consegue saber das novidades antes de acontecer, com todos esses assuntos do futuro, mas que já estão presentes em nossas vidas.

Acho que essa é a experiência mais legal de estar lá. Além disso, estar dentro de um ambiente de tecnologia e de uma formação toda voltada para tecnologia, ouvir outros diferentes termos que eu nunca tinha ouvido na vida, como um “crescimento exponencial”. Entender como isso modifica as vidas ao longo do período e causam disrupção foi algo incrível.

Outro ponto interessante foi ser evento imersivo. É algo que assusta, principalmente quando você entende que é um evento todo em inglês. Mas, quando você chega lá e vê o cuidado com as pessoas, toda a tradução ao vivo, apoio, e você consegue absorver tudo sem o inglês fluente, tudo fica mais tranquilo. No início assustou, mas depois foi maravilhoso.

Toda a estrutura, estar em um curso de alto nível, foi incrível e deu tudo certo. Estive no Resort Bendito Cacau e fui muito bem recebida. Estar em imersão, em um lugar confortável, com foco em criar networking, com outras pessoas de alto escalão, foi uma experiência muito interessante e extremamente rica SingularityU Brazil.

Algo que para mim especial foi aprender sobre outras tecnologias, como o blockchain. Essa questão nova me instigava a querer mudar o mundo. Podemos pegar tudo que aprendemos naquele ambiente e levar às outras pessoas. Mesmo se não utilizarmos, é algo fascinante. Faz muito sentido para a nossa proposta.

O Executive Program é uma imersão de 3 dias e meio, nas tecnologias exponenciais que estão moldando o futuro dos negócios. O principal programa da SingularityU Brazil ocorrerá entre os dias 24 a 28 de setembro, no Hotel Almenat Embu das Artes – SP. Garanta sua participação na última turma do ano clicando aqui

SU Brazil: E como fazer este trabalho de tradução tem ocorrido?

Karine: Hoje a gente já tem alguns módulos na Wakanda que está mergulhado nestas experiências. Por isso, temos um setor para falar sobre inteligências e tecnologias. A gente está difundindo para o nosso público, principalmente para ver as maneiras distintas que as pessoas apreendem.

Há várias IAs disponíveis, com focos diferentes e muitas outras estão aparecendo. A velocidade assusta e a maneira como está acontecendo também, afinal, tem esse lado que temos fornecido dados demais e liberdades demais e as pessoas fazem o que querem com o nosso rosto, texto, imagem, voz e criatividade. Mas, pensando que eu sou essa ponte de mundo periférico, nas pessoas que estão à margem, e este mundo de sucesso, de ambientes, é importante continuar criando essa ponte.

É nosso trabalho mostrar que a gente consegue utilizar essas tecnologias para ter mais qualidade no empreendimento e resultados melhores no trabalho. Agora nosso objetivo é o mesmo: estes instrumentos existem e vamos criar ‘uma ponte mais larga para que as pessoas possam passar’.

Karine Oliveira foi idealizadora e é CEO da Wakanda Educação Empreendedora.
Karine Oliveira foi idealizadora e é CEO da Wakanda Educação Empreendedora.

SU Brazil: E como o EP surgiu para você?

Karine: Marta Letícia. Essa pessoa. Ela conheceu a gente ano passado, se encantou pelo Wakanda, ficou muito próxima da gente, participou do EP e simplesmente colocou como meta nos convencer a fazê-lo e dizia: “Você precisa participar”.

Foi ela que movimentou todo mundo da SingularityU Brazil para que pudéssemos estar lá. Conseguimos participar, dando uma palestra, eu fiz um pitch sobre a Wakanda e foi muito bom trazer o diferencial naquele ambiente, além de conversar com as pessoas sobre nosso projeto.

Eu só tenho a agradecer o trabalho da Marta Letícia, porque foi ali que conseguimos esta abertura e causar este grande impacto nas pessoas: no evento e na Wakanda novamente.

SU Brazil: Antes de você ir, enquanto a Marta Letícia te ajudava, o que você esperava?

Karine: Para mim era um novo desafio. Participar de uma imersão, um curso de alto valor, extremamente profundo sobre tecnologia, com uma metodologia de outros países… A expectativa era alta.

Pensava: “será que eu dou conta? É diferente do que normalmente estou lidando”. Mas, ao chegar no EP da SingularityU Brazil foi incrível. O acolhimento das pessoas, a interação… Tudo isso ajuda. Foi incrível e eu não poderia ter tido experiência melhor.

SU Brazil: E o que tudo isso te proporcionou? Quando voltou dele, se sentiu transformada?

Karine: Olha, eu não tinha algo específico ou ideia para buscar no EP. Não tinha mesmo, mas senti que saí muito diferente e com mais motivações para que as coisas acontecessem. Afinal, enquanto estava entendendo estas linguagens de um mundo um tanto quanto diferente, senti que meu propósito se tornou fazer a Wakanda o lugar em que proporcionará a exponencialidade e democratização da linguagem. Isso nos deu mais vivacidade.

Nosso primeiro momento é tornar tudo isso mais democrático. Então, o que nos tem norteado é a questão: como a gente consegue tornar aqueles conteúdos, ainda bem restritos a um grupo bem seleto de pessoas do Brasil e do Mundo, mais exponenciais? Para nós, conseguimos fazer isso através da linguagem.

Mas, como que eu simplifico? Como facilita e deixa próximo às pessoas que se interessem, para que as pessoas comecem a pensar: “Eu sou um pequeno empreendedor, mas posso estar ali, utilizando estas tecnologias. Não é tão afastado da minha realidade”?

Foi no EP que nosso propósito se tornou mais vivo. A gente nasceu para criar mais oportunidade, para que as pessoas acessem a estes ambientes e se sintam pertencentes a ele, sem reconhecer que há algo além.

SU Brazil: E para a Karine, como foi?

Karine: Maravilhoso. Pessoalmente, teve uma questão sobre o impacto do lugar em que eu estava, principalmente por ser um evento voltado para executivos, em um local extremamente diferente da minha realidade. Mas, a parte mais incômoda do desafio foi de ser a única mulher negra no ambiente.

Confesso que foi uma parte muito bizarra, falando de Brasil. Então, quando eu cheguei lá, no primeiro momento da recepção, eu pensava: “ué, onde eu estou?”. Foi um desafio, enquanto mulher negra estar presente ali. Ao mesmo tempo, foi uma questão de quebrar expectativa, medos, enquanto eu passava a provocar as pessoas com a minha participação, dizendo: “vocês gostaram muito de estar comigo, mas de onde eu venho tem milhões de pessoas que também mereciam estar aqui. Por conta de várias questões estruturais, elas não conseguem participar. Eu só consegui porque a Marta Letícia fez toda uma movimentação para que eu estivesse presente. A gente precisa que vocês. Assim como outras pessoas precisam e vocês podem abrir as portas, para que mais pessoas diferentes possam estar aqui e cada vez mais causem essa diferença, com impacto positivo de diversidade, para além das leituras, mas vivenciando isso na pele, afinal, não tem inclusão sem incluir o outro.”

Isso foi extremamente precioso para mim. Pessoalmente, conversar com aquelas pessoas, estar nos prés e pós conceitos, pertencer ali enquanto outro ser humano pensante, com trajetórias de impacto diferentes e conversar com estas pessoas de outras realidades foi algo bem legal. O estranhamento deu espaço para algo bem interessante que foi se construindo. Além disso, entender que em todo CNPJ realmente tem um CPF foi algo bem interessante.

De 2018 a 2021, a Wakanda, idealizada por Karine, impactou 40 bairros, 910 empreendimentos, 13 estados e +500 pessoas.
De 2018 a 2021, a Wakanda, idealizada por Karine, impactou 40 bairros, 910 empreendimentos, 13 estados e +500 pessoas.

SU Brazil: E ao fim, o que isso te proporcionou?

Karine: Um fluxo de consciência muito intenso, em que milhares de ideias ficaram na minha cabeça para produzir e traduzir mais conteúdo. Essa foi a parte mais legal. Além, claro, dos papos que tive com as pessoas e me auxiliaram em uma jornada para compreender o outro.

Em vários momentos percebi que eu não sabia que poderia falar ‘tais assuntos’ de qualquer maneira. Poder trocar com as pessoas me fez enxergar isso. Entender as vivências e trocar sobre a minha experiência foi algo fantástico. Sai com um caldeirão cheio de coisas para produzir e contar para as pessoas.

SU Brazil: Qual contribuição você daria a Executive Program?

Karine: Proporia pensar em como é que a gente consegue causar essas experiências de conexão e trazer mais diversidade. É aquela coisa: não fazemos parceria com quem “você não vai com a cara” e todo mundo sabe disso. Quando não tem, o negócio fica frio.

Quando criamos conexões ficou bem legal. O Rodrigo, grande parceiro que descobri ali, foi isso. A gente fez várias coisas juntas, trocamos ideia hoje e tudo porque criou conexão. Acho que talvez seja interessante ter pelo menos um dia para isso.

Acho que poderia ter um respiro dentro da programação para a interação: sentar em roda, conversar e o desafio desse dia seria conversar com um completo estranho. No outro dia voltariam para apresentar este completo estranho e apresentar ele para todos.

SU Brazil: O que você diria para aquela Karine que estava vendo a oportunidade e próxima ao EP?

Karine: Naquele momento, eu diria para ela: ‘olha a rainha, assim, eu sei que tem muita gente diferente de você lá fora, mas quanto menos medo se você tiver deles, mais você vai ver que eles estão querendo te ouvir.’

Então, talvez, com relação a isso, eu teria ficado menos tempo no quarto e mais tempo com as pessoas, tentando quebrar o gelo, observando e aprendendo experiências diferentes.

Digo isso porque eu sou essa pessoa que quando o relógio bate 10 horas eu preciso ir dormir. Eu falava: “gente, eu não aguento mais, eu preciso pro quarto dormir”.

Eu acordava cedo, encontrava o pessoal na academia e era esse o momento em que eu mais interagia com as pessoas. Era ou no almoço ou no café da manhã. Assim que era o momento para sentar, interagir e trocar uma ideia, conversar e só conhecer as pessoas mesmo.

SU Brazil: Então é isso que você faria diferente caso tivesse outra oportunidade?

Karine: Acho que sim. Seria estar mais com as pessoas, incentivar a quebrar momentos dentro da metodologia para que a gente realmente tivesse mais junto. Talvez tivesse criado mais conexão, pelo menos, já que é um tempo bem curtinho. Então como é que a gente aqui, na conexão com pessoas com um tempo tão curto? Faria isso.

SU Brazil: O que você pensa sobre o futuro da Karine, então?

Karine: Hoje a Karine pensa nesse processo de deixar um legado.

Então como seria criar algo que seja maior do que eu sou? Como ele poderia continuar de forma perene, mesmo que eu não esteja mais aqui?

Essa é a questão do propósito que a SingularityU Brazil te põe para pensar, né? Quando você deixa algo que, independente do passar dos anos, mesmo que as pessoas não lembrem de quem criou aquilo, elas continuem usando e usufruindo. A gente entende isso como legado.

Então, como seria deixar esse legado? Como seria realmente criar essa ponte para que a gente torna-se um mundo menos desigual?

Como conseguir fazer com que as pessoas comecem a ser poliglota nessas linguagens? Quero que elas consigam absorver e facilitar cada vez mais as linguagens mais difíceis e fazer com que as pessoas se sintam pertencidas. Isso vai para além do português, inglês, espanhol, italiano.

Estou falando dessa linguagem social mesmo, de como a gente lida com o diferente e o quanto a gente acolhe abraçar ele que realmente não está inserido.

Daqui a 5 anos eu espero que a Karine não perca o foco do nosso maior objetivo de vida, né? Eu vou ter 34 anos e o propósito está criado.

Outro ponto é estar em ambientes mais diversos, conversar com outros atores. Porque ser uma mulher negra, de periferia, eu compreendo que ainda precisa estar em todos os lugares, né? Um dia eu cheguei a eles e foram portas que abriram para mim.

Então, se eu consegui furar a bolha, estar em ambiente como a SingularityU Brazil, foi porque alguém que tinha acesso e conseguiu furar essa bolha para que eu pudesse passar, então precisamos fazer isso cada vez mais.

Estar nestes ambientes diversos, se relacionar melhor com pessoas incríveis que existem neles e também tem continuar com esse compromisso de se conectar, se achar e desenvolver esse propósito junto.

Então espero continuar essa rede de pessoas tão importante.

Categorias
Tecnologia

“Estou empolgado para ver as mudanças que este momento histórico proporcionará”, destaca diretor da Anfavea

O momento disruptivo atual tem engendrado vários sentimentos nas pessoas. Na tentativa de enxergas perspectivas futuras, o painel “Tendência de eletrificação: veículos e infraestruturas”, contou com uma entrevista entre Marcus Gasques, Diretor de redação da revista Autoesporte, e Luiz Carlos Moraes, vice-presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), no Sest Senat Summit 2023.

A eletrificação tem sido uma temática extremamente profunda na conferência. Carlos van de Weijer tratou deste tema na abertura do Summit, ao falar sobre novas tecnologias que estão disponíveis em veículos automotores e aviões.

O professor Ram Rajagopal discutiu novas alternativas no transporte e de que maneira os dados estão auxiliando no processo de inteligência da eletrificação e descarbonização.

A agenda ESG tem se mostrado um caminho crucial para isso e Marina Cançado tratou disso no painel e pontuou como este caminho está atrelado a criação de um valor na própria organização.

Dessa vez, a conversa entre os especialistas foi de compreender qual o panorama brasileiro destes movimentos e de que maneira serão envolvidas socialmente.

O vice-presidente da Anfavea deixou claro que a eletrificação, hoje, ainda tem se dado nas pequenas distâncias, principalmente em cidades. Inclusive, ressaltou o quanto são mais preferíveis, por conta dos ruídos mínimos e políticas de poluição zero. Ônibus urbanos já são desta maneira e, em São Paulo, a tendência é que sejam a completude (ou pelo menos maioria) nos próximos anos.

O problema, para Luiz, tem sido a questão do tamanho das baterias, por isso os veículos não alcançam grandes caminhos. Além disso, deixou claro como é necessário “olhar para a frota circulante para depois achar alternativas”, muito antes de apenas dizer o que teremos no futuro.

Porque, segundo o diretor da Anfavea, a médio e curto prazo, o caminhão continuará sendo a principal frota de abastecimento, mesmo que eletrificado. É algo que está inserido historicamente na nossa sociedade e precisará de um tempo para que outro tipo de tecnologia consiga ter tanto alcance quanto.

Ao mesmo tempo, salientou na entrevista com Marcos Gasques o quanto é necessário compreender que as soluções são diferentes. Ou seja, ações específicas de outras energias serão prioridades de alguns setores, mas, por enquanto, serão casos particulares.

Luiz Carlos Moraes, diretor da Anfavea, destacou, com pragmatismo, o momento que estamos vivendo na transformação do transporte brasileiro no Sest Senat Summit 2023

Tendências para o futuro da eletrificação

Luiz é claro em sua fala: “é necessário fazer treinamento e também compreender de que maneira podemos transformar com estas mudanças do mercado.”

Por ser uma associação dos fabricantes de veículos automotores, a Anfavea está focada em estruturar converssa com as indústrias, atuando de uma maneira compreensiva e explicando que haverá novas necessidades com a transformação digital e, consequentemente, todos precisarão estar preparados para isso.

Outro ponto levantado, que tem dois lados, é o apoio estatal. Para o vice-presidente da Anfavea, há duas questões interessantes.

A primeira é que está faltando uma ajuda governamental que beneficie as pessoas e empresas que buscam a eletrificação. Hoje, em São Paulo, quem possui este tipo de veículo não é multado pelo rodízio, mas não há maior incentivo para isso.

É necessário entender que, para mudar uma frota completa, isso será uma questão no futuro e sabemos que as mudanças são mais abruptas quando impactam financeiramente na vida das pessoas. Marcos Gasques pontua que “se não houver razão para mudar, não haverá mudança” e ambos encontraram a solução nesta questão monetária.

Outro ponto é que há conversas junto às instituições governamentais para preparar os trabalhadores. Com as mudanças que a eletrificação proporcionará no mercado de veículos automotores, a preparação será importante e a reeducação destes trabalhadores é o que vai garantir seu espaço no futuro.

Por fim, o jornalista Marcus Gasques, destacou que a eletrificação e hidrogênio são uma alternativa, mas é necessário continuar na procura de desenvolver outra indústria: a de combustíveis verdes.

Categorias
Blog Tecnologia

“Segurança digital é um processo que precisa ser construido em toda a empresa”, aponta diretor da Kaspersky

O segundo dia de Sest Senat Summit começou com “artilharia pesada”, como os ouvintes destacaram. O assunto sobre cibersegurança normalmente causa esta dificuldade, porque a maioria das organizações não atendem os múltiplos quesitos necessários de segurança da informação.

Às vezes são questões de alguma “ponta solta” e é exatamente por este motivo que a palestra contou com Cláudio Martinelli, Diretor LATAM da Kaspersky, especialista em segurança digital. E não foi diferente: o painel se iniciou com uma aula sobre possíveis ataques, que podem acontecer nas réguas de energia, carregadores portáteis e até sistemas de centrais de transporte.

Toda esta questão é levantada porque os ataques e danos de crime digitais acontecem o tempo todo, segundo o especialista. Quase a metade das empresas hoje no Brasil demoram mais de um dia para descobrir que houve algum tipo de tentativa de ataque. 48% delas descobrirão apenas depois de 24h, podendo levar meses ou nunca descobrirem que houve uma tentativa.

Além disso, vazamentos de dados geram prejuízo médio de R$5,8 milhões, porém, o preço varia, pois nem sempre há backup para retomar em algum ponto em que o processo estava constituído. Nesse sentido, Cláudio deu destaque para onde nossas atenções necessariamente precisam estar voltadas, dando dicas sobre estes processos de proteção de informações, tão cruciais para as organizações neste mundo atual imerso na digitalização.

Da cibersegurança para a ciberimunidade

Neste momento da nossa história, é difícil acompanhar tamanhas mudanças e exigências que o mundo digital anda nos proporcionando. Por isso, pensando na segurança da informação, é necessário fazer uma passagem da segurança para a imunidade.

Tal como nosso corpo, é necessário criar já barreiras protetoras. O conceito de ciberimunidade (Cyberimmunity) se trata de deixar o sistema não convidativo aos ataques digitais. Ou seja, tornar o ataque não rentável para quem o mira e inútil por sua insistência à grandes barreiras.

A ideia é cada vez mais fazer fortalezas e impedir que este desenvolvimento seja possível. Porém, além das questões instrumentais, o especialista em segurança digital atentou o público sobre os pilares da inteligência e treinamento.

Afinal, não existe uma solução para todos. É preciso conhecer o inimigo e procurar uma solução ideal para o seu sistema. Olhar o risco da infraestrutura, dos sistemas, quais são mais valiosos e rentáveis, entender como pode ser mais efetiva uma segurança no decorrer da análise e quais os primeiros passos a serem dados.

Além disso, e Cláudio Martinelli dedicou grandes minutos neste ponto, é tratar sobre a questão do treinamento. É fundamental que possam ter equipes técnicas capacitadas além do T.I.

Esta área é necessária como parte do planejamento, onde consegue dar as melhores avaliações dos riscos e estão a par das respostas necessárias caso haja alguma questão.

Cláudio Martinelli, Diretor da Kaspersky, iniciou o 2º dia do Sest Senat Summit 2023
Cláudio Martinelli, Diretor da Kaspersky, iniciou o 2º dia do Sest Senat Summit 2023

Além disso, conseguem comunicar o problema, traduzindo em uma linguagem acessível, enquanto dão continuidade no negócio, remediando a situação.

Este setor consegue tratar de antemão todas estas situações e mais algumas outras questões. Afinal, é necessário que a própria organização tenha o padrão antes do incidente, visando redução de danos, por isso, é importante ter pessoas que conheçam os dados e o cenário da empresa.

Porém, a questão central é a frágil situação dos usuários/colaboradores.

O usuário precisa, necessariamente, de um treinamento, inclusive os terceirizados. As práticas de segurança precisam ser consistente e estarem na linguagem de todos os colaboradores da organização.

É necessário treinar todos os dias, porque a retenção de conhecimento, em 1 semana, cai em 80%. Cláudio deu ideias de ministrar pílulas de conhecimento em cada acesso e relembrar algumas condutas que não deem brecha para que uma invasão aos dados ocorra.

Em sua palestra, destacou a importância de:

  • Utilizar apenas equipamentos controlados pela segurança de dados;
  • Buscar senhas de acessos que não sejam parecidas com as senhas particulares de cada usuário;
  • Construir uma alfabetização e letramento digital para os usuários, em todos os meandros da cadeia de produção;
  • Mapear os possíveis vetores de ataque e quais são as principais áreas de foco de treinamento.
Categorias
Blog Liderança

“Algumas virtudes serão essenciais e precisamos entender seus porquês”, ressalta Carla Tieppo no Sest Senat Summit 2023

É uma questão natural entrarmos em Zonas de Conforto. Por conta da necessidade de conservação, psicologicamente temos o desejo de encontrar espaços para nos preservar e economizar energia. As questões biológicas do nosso corpo não são diferentes dos múltiplos seres da natureza.

Nosso cérebro trabalha dessa maneira e, em certos momentos, precisamos lidar com as armadilhas que este tipo de situação nos coloca. Não são os confortos que nos causam problemas, mas os padrões repetitivos, que muitas vezes podem não ser tão saudáveis quando se tornam um vício.

Por exemplo, a compulsão alimentar é objeto de estudo neste ponto. Desde o século passado, percebeu-se que o ato de comer demais é uma maneira de lidar com outras questões, que não tenham necessariamente relação com a comida, e acabam nos fazendo mal.

A pornografia, e o jeito pelo qual os indivíduos estão se satisfazendo com este tipo de consumo, é outra questão que vem sendo tratada como um problema há anos.

Ao mesmo tempo, Carla Tieppo, expert da SingularityU Brazil, ressaltou no Sest Senat Summit 2023, o quanto alguns padrões de comportamentos sociais e presentes em nossa vida estão se mostrando vícios contemporâneos silenciosos.

Em sua palestra “Neurociência, mudanças de mindset e desenvolvimento de habilidades em setor em transformação”, a especialista destacou a necessidade que as pessoas estão sentindo em estarem sempre conectadas e atreladas aos estímulos que a conexão proporciona.

A FOMO (fear of missing out ou medo de perder algo) aparece neste momento, em que a desconexão provoca uma angústia sobre seu posicionamento no mundo. Quando é colocada no mundo do trabalho, se trata de uma tensão prolongada e estressante, desemboca na Síndrome Always On, em que o indivíduo não alcança um estado de descanso e se perde em rigidez.

Carla fez questão de trazer este apanhado contemporâneo para destacar a importância de reconhecer estas relações que temos com o nosso corpo, pois são essenciais para um esclarecimento próprio. Além disso, ressaltou como essa habilidade também será necessária em um futuro próximo.

Carla Tieppo esteve presente no Sest Senat Summit 2023, com uma aula sobre virtudes desejadas no futuro

As virtudes necessárias nos próximos anos  

Em um certo momento da nossa história humana, ao alguém ser chamado de afortunado ou que possui fortuna, significava o quão virtuoso alguém era. Hoje, essa palavra lida como acúmulo de bens e capital. Aqui não é o caso.

O conceito de fortuna mudou durante os anos. Hoje, lida como acúmulo de bens e capital, esta palavra, principalmente na idade média e antiga, significava o quão virtuoso alguém era.

Carla recupera o sentido da palavra para alçar à consciência dos palestrantes o quão é necessário pensar em nós, entendendo que é necessário enxergar e explorar alguns manejos sociais, como virtudes no mundo atual. É dessa maneira que um papel afortunado no futuro pode ser alcançado.

A especialista destaca a importância da capacidade de organização que um indivíduo possui e em como isso será extremamente necessário no futuro. Com as transformações e disrupções, será necessário cuidar do indivíduo e o primeiro passo é dar clareza e ordenamento para os processos pelo qual está inserido.

Com este ordenamento e equilíbrio dos processos, é possível abrir espaço para uma condição de saúde mental e física. Novamente, caso haja algum empecilho extraordinário, é necessário ajuda, acompanhamento e quem possa auxiliar nesta construção processual. Do contrário, é a organização que dará condições para que o corpo se torne saudável.

É essencial que isso seja possível para que um colaborador, gestor e administrador possam tomar as melhores decisões possíveis, além de maximizar a chance de traduzir suas potencialidades em ações benéficas.

É neste ponto em que o foco entra, como modus operandi para sua execução na melhor forma. Ter foco é uma questão neural de concentração e criação de sinapses, aos quais direcionará o corpo para uma determinada atividade com toda sua energia e disposição para isso, por isso, novamente, precisa de uma saúde mental e corpórea.

As habilidades sociais são dependentes das condições e qualidade de vida das pessoas. A clareza mental, o jeito de lidar com as nossas emoções, a maneira com que enxergamos nossas perspectivas para a vida e como lidamos com as falhas são complexas tarefas que só vão ser possíveis com uma compreensão própria.

Por isso, a autogestão (não apenas cobrança) podem fluir de uma melhor maneira, até com rotinas de estudos. Todas estas questões, segundo Carla Tieppo, já estão sendo extremamente valorizadas pelas empresas.

Categorias
Blog Empreendedorismo Inovação

“Futuro é reflexo de onde alocamos nossa atenção e recursos”, dispara Marina Cançado no Sest Senat Summit 2023

Passou o tempo de discutir e relativizar o problema ambiental que o impacto da produção industrial causa no mundo. Na história, a humanidade, em 3 milhões de anos, nunca passamos de 2 graus celsius e as projeções não são otimistas.

Grande parte deste problema, a nível global, se deve à queima de combustíveis fósseis e o desmatamento colonizador europeu-estadunidense nas regiões de florestas nos últimos 500 anos.

Marina Cançado, especialista em impacto de ESG nos negócios, trouxe essas compreensões da realidade para o Sest Senat Summit 2023, na tentativa de alertar os principais players dos transportes brasileiros e convidá-los a pensar sobre o assunto, visando criar soluções para estes problemas que iremos enfrentar nos próximos anos.

Afinal, no Brasil, o setor de transporte é o terceiro maior responsável pelas emissões de gás carbônico na atmosfera. Ao mesmo tempo, por conta da constante luta que lidera a preservação das nossas terras, outra maneira de lidar com as florestas e a continentalidade do país, ainda podemos ser parte extremamente importante da solução mundial.   

Soluções de descarbonização

Segundo a especialista, o Brasil lidera globalmente a competitividade em hidrogênio e é uma das principais apostas para descarbonizar transporte de carga pesada e aviação. 

Como Pedro Fogolin, Executive Partner da Gartner, nos atentou em sua palestra “Hype cycle dos serviços no transporte”, o Brasil é líder na produção de hidrogênio azul.

Diferente do hidrogênio verde, que é totalmente renovável, o componente de azul oferece uma solução parcial do problema. Ele vem da produção de etanol, que ainda é uma produção de combustão, mas pode ser reaproveitado neste momento.

Pedro Fogolin trouxe uma aula sobre o modelo de análise e estrutura da Gartner no Sest Senat Summit 2023

Não se tornou uma principal solução por conta do processo. Quando a troca iônica é feita, para garantir o hidrogênio azul, se usa platina e paladium, dois elementos raros. Com o tempo, caso construa várias células de produção, o preço destes materiais irá subir e o material acabará faltando.

Hoje há uma maior rede de pesquisas para encontrar esta alternativa. Enquanto isso, o Executive Partner da Gartner destacou que esta pesquisa “se mantém estacionada no Vale da Desiluão”, do Hype cycle.

Outro ponto trazido por Marina Cançado é concentrar na Maior inserção dos biocombustíveis. Embora seja orgulho nacional, o uso dos biocombustíveis na vida cotidiana ainda é insuficiente. Alternativas que ainda são garantidas é utilizar Gás Natural, ao mesmo tempo em que passamos a investir em eficiência energética.

Na prática: por onde começar?

Marina Cançado trouxe vários pontos de convergência, interesse e também cuidados em sua palestra. Há uma gama de questões que estão em jogo, desde às pressões pela demanda e até o modelo de uso de transportes que o país adotou.

Marina Cançado trouxe vários pontos de convergência, interesse e também cuidados em sua palestra. Há uma gama de questões que estão em jogo, desde às pressões pela demanda e até o modelo de uso de transportes que o país adotou.

Por isso, a especialista retornou em alguns pontos e fez questão de trazer ordenamento para que seja possível fazer deste tipo de preocupação a agenda das empresas de transporte no Brasil.

1º passo: iniciar por onde é possível.

É crucial reconhecer que há áreas de produção que não são sustentáveis. O transporte de cargas, por exemplo, se utilizará de combustíveis fósseis para gerar energia até que uma nova tecnologia seja solução.

A aviação ainda aguarda alguns processos de eletrificação e placas solares. Então, haverá setores que encontrarão lento desenvolvimento. Por isso, o interessante é mapear e entender por onde podemos começar esta transição de descarbonização.

2º passo: comunicar os seus desafios e resultados a todo o mercado.

Um difícil tópico, que Ram Rajagopal já mencionou em sua fala, é encontrar modos de cooperação e ações conjuntas no cenário do transporte nacional.

Por conta da continentalidade e ordenamento produtivo, segundo Marina Cançado, precisamos entender que os desafios são parecidos e os problemas enfrentados ocorrem em diferentes empresas, simultaneamente.

Por isso, ao agir com essa agenda coletiva, é necessário também destacar pontos em comum para que haja um desenvolvimento conjunto das ações de ESG. Não é hora de acreditarmos em soluções individuais.

Com a fala de Gerd Leonhard, Marina Cançado iniciou sua palestra, no Sest Senat Summit 2023, nos atentando para a transformação que está por vir nos próximos anos

3º passo: visão dos stakeholders 

No último passo, para o início da criação de uma agenda ESG, é importante reconhecer que a governança faz parte do processo, porém, seu alinhamento precisa ser lido antes da tomada de decisão.

Há uma necessidade de compreender para onde as diretrizes estão sendo coordenadas. Enquanto os interesses estiverem limitados às visões de quem detém ações das empresas, o impacto social e ambiental continuará sendo negativo para a sociedade.

É necessário mudar esta visão de mundo e passar a reconhecer que o ESG se trata de inserir, de uma maneira benéfica, questões coletivas e que estão atreladas à nossa sobrevivência como sociedade.

Pontos cruciais nesta empreitada

Marina Cançado destacou em sua palestra a necessidade de ter um olhar financeiro para soluções climáticas. Se trata de compreender que há um valuation nessa construção e que ele pode se tornar uma maneira de medir tamanha jornada e esforço das empresas nesta agenda.

Mostrar que a sua empresa está nesta jornada pode ser usado para conseguir melhores taxas de crédito, melhorar a sua reputação, entre outros benefícios relacionados ao trabalho e o ambiente de trabalho aos seus colaboradores 

Categorias
Blog Tecnologia

“A eletrificação dos transportes é a parte mais disruptiva e interessante no momento atual”, destaca Carlo van de Weijer no Sest Senat Summit 2023

O Rooftop do Teatro Santander, em São Paulo, foi o palco escolhido para o Sest Senat Summit, que deu seu início nesta terça-feira (15/08). Com a temática e foco no Futuro do Transporte, quem inaugurou a plenária foi o Expert da Singularity University, Carlo van de Weijer.

Talvez poucos tenham se atentado a isso, mas transporte é algo tão importante para nós que impacta em boa parte do nosso salário: gastamos perto de 15% dele apenas nesta questão. Transportar-se é algo crucial para nossas vidas e está relacionado às questões de bem-estar, saúde e conforto.

Em sua fala, Carlo buscou alinhar as necessidades que temos de cuidado com nossa existência, desde questões mais pessoais (como o próprio corpo), até questões coletivas, como a parte ambiental. Afinal, há questões de congestionamento, poluição, barulho, C02 e uso do espaço público que modificam a qualidade da nossa vida.

O especialista destacou que são necessárias diferentes abordagens para entender como melhorar esta questão e que o consumo não é o único problema:

“Parar de buscar crescimento no mercado consumidor ou deixar de produzir não vai resolver nosso problema. É uma solução parcial. Precisamos inovar e achar outras soluções para continuar os mesmos processos, porque lidamos com a vida desta maneira.”

É neste ponto em que o expert da SingularityU trouxe a qualidade da vida humana como componente principal para compreender algumas inovações. Afinal, não se trata apenas de eficiência, desenvolvimento produtivo e transformações sem sentido: disrupções serão aceitas socialmente se fizerem parte do direcionamento da qualidade da existência e praticidade social.

Por exemplo, as pessoas não querem mais barulho. Drones grandes, em que tenham hélices barulhentas, não serão utilizados ou sequer desenvolvidos para o benefício individual de transporte.

Os veículos coletivos ainda são propostas interessantes, mas, como há uma questão social individualizante, o compartilhamento não é uma questão que conquistou seu espaço. Os carros elétricos e autônomos estão conquistando cada vez mais público no mercado e parecem ser o direcionamento na maneira em que nos transportamos.

Eletrificação dos veículos

Para Carlo van de Weijer, este movimento de eletrificação pode ser sintetizado na sigla CASE: Conexão, autônoma, compartilhada (share) e elétrico dos veículos de transporte.

Em sua fala, o expert da SingularityU destacou o quanto há pontos positivos e alguns um tanto quanto discordantes, que merecem nossa atenção.

Por exemplo, cada vez mais será necessário que carros sejam e estejam conectados com infraestruturas digitais necessárias, que se caracterizam por acesso à geolocalização, internet, acesso público e de capacidade informativa-responsiva.

No questão do compartilhamento, a fala destacou o quanto a questão individualizante do ser humano é um empecilho, porque há momentos para que isso aconteça.

Ao mesmo tempo, os transportes elétricos se tornarão uma realidade e o mercado já está se encaminhando para dar conta desta demanda, afinal, a busca por carros elétricos, por exemplo, já passa a ser uma prioridade para alguns consumidores.

A bateria a lítio está diminuindo seu valor, o que a torna mais acessível. A manutenção do produto é melhor do que há cinco anos. Para o expert da SingularityU, a eletricidade será a base energética de tudo no futuro e também a solução para os problemas. Cerca de 45% da poluição de CO2 no mundo provém dos carros e queima de combustíveis fósseis. Isso será mudado com este processo.

Ao mesmo tempo, a disrupção também acompanha outros modos de transporte, como a aviação, que corresponde, hoje, a 11% da poluição de CO2 na atmosfera. Esta área está desenvolvendo modos de captura de carbono e utilização de energia solar.

A infraestrutura possibilita que a renovação de energia ocorra. No Brasil, há 494 aeroportos e 3000 aeroportos privados e isso é extremamente importante para que o sistema elétrico dê conta, afinal, alguns aviões já conseguem fazer 5000km utilizando apenas energia elétrica.

Uma questão levantada é o montante de eletricidade necessária com mais esta demanda. Para dar conta da produção energética necessária hoje no país, seria necessário cerca de 25.000km2 de placas solares.

No futuro, a tendência é que este número aumente, pela demanda que também irá crescer, mas, outro ponto extremamente interessante, é compreender que as otimizações tecnológicas também ocorrerão, já que há diferentes pesquisas que tentam aumentar a eficiência de placas solares e outras energias verdes.

Quanto a questão da autonomia, o ponto mais importante foi compreender que ele pode ser uma ajuda, mas não será algo sem completa direção ou motorista. As diretrizes não darão conta de uma gama de regras não-escritas no trânsito e isso precisa ser colocado em perspectiva.

Os usos, inclusive os automatizados, precisam ser bem construídos

Para Carlo Van der Weijer, a questão maior é o uso dos sistemas condicionados, ao qual a automatização é construída. Existem diretrizes para constuir esta autonomia. Por hora, essa tomada de decisão automática não dá conta de lidar com as regras informais de trânsito. Cada região, cidade e estado se movimentam em uma maneira específica.

Os carros elétricos estão no nível 3 de autonomia. As projeções de nível 5, em que se caracterizam por um tipo completo de autônomo (do pedal e locomoção até das leituras de trânsito), podem ser consideradas boas alternativas sobre o uso do espaço.

“Eles são importantes para a segurança, mas precisam de mais pesquisas para lidar com as regras além do colocado na oficialidade do trânsito. É algo, ainda, pouco prático. Mas podem solucionar um problema de congestionamento sem sequer tocá-lo.”

Segundo Carlo, carros autônomos se tornarão importantes porque também permitem que o congestionamento deixe de ser algo sem vitalidade. Com essa responsabilidade e execução autônoma, é possível transformá-lo em uma maneira de aproveitar o tempo, que hoje é perdido.

Carlo traz esse destaque principal para entender que há uma necessidade de pensar na qualidade do nosso futuro. Por isso, continua destacando o uso da autonomia de uma maneira inteligente.

Nesse sentido, o expert da SingularityU não só defende a necessidade de um transporte coletivo, como o ônibus, mas destaca a necessidade de modelos de transporte que consigam trazer mais saúde para a população e é papel coletivo pensar nestas alternativas.

“Aviação está se tornando sustentável e consegue movimentar mais pessoas, além de ser uma área que procura se eletrificar e usar tecnologias de captação solar. Ferrovias e supersônicos, diferentemente do que o senso comum pensa, tem problemas relacionados ao impacto ambiental. Não acredito que drones serão produzidos para transporte de pessoas. Carros se tornarão mais sustentáveis e podem dar conforto, mas são as bicicletas que salvarão as cidades colocarão fim nos congestionamentos.”

Nessa afirmação, o especialista destaca a importância das diretrizes, que precisam estar alinhadas às questões de importância social. No caso específico da Holanda, mostra como a agenda da saúdefoi crucial para resolver vários problemas, até de maneira indireta.

Com as bicicletas, Van de Weijder destacou que a cidade passou a ser movimentada pelas pessoas e ter uma vitalidade diferente. Ao mesmo tempo, há tamanha frustração e repulsa dos próprios holandeses, por não terem uma cidade que seja completamente produzida para os carros e criticam o sistema de bicicletas.

Porém, este modo de vida é o que tem melhorado a questão de saúde, congestionamento, poluição e até harmonia nas cidades dos Países Baixos. É por esta razão que as ruas não são mais construídas apenas para carros e não há volta para os carros dominarem as cidades.

Isso porque, segundo o especialista, nosso desenho cerebral e o transporte está diretamente ligado às nossas composições corpóreas. Estar em trânsito e movimentar o corpo é uma necessidade do indivíduo, por isso, Van de Weijer salienta tamanha necessidade de procurar modos de transporte que também nos ajudem nas questões mais práticas da vida humana.

Categorias
Empreendedorismo Liderança

“Precisamos criar lideranças que consigam comunicar os valores e propósitos necessários”, destaca Fundador e CEO da Cacau Show

Propósito, comunicação e liderança são três aprendizados essenciais que Alexandre Costa, Fundador e CEO da Cacau Show, destacou na HSM+ 2022. O empreendedor, que esteve presente no Executive Program da SingularityU Brazil, dedicou vinte minutos de conversa conosco e suas temáticas giraram em torno de condutas para as conquistas que podemos ter em nossa vida.

“Entrega tudo” foi a frase que Alexandre repetidamente destacou em quase todos os momentos da conversa e que serviu como mantra para sua vida. Todos os processos, segundo o CEO da empresa, foram construídos com uma história conjunta, de objetivos, muito trabalho e, principalmente, sonhos.

De quebra da bolsa, problemas financeiros e crises, o que ficou “foi a vontade de fazer acontecer”. Esse papo, na íntegra, você confere na HSM Experience:

Categorias
Blog Liderança

Entenda o que é gestão de projetos e como ela pode ser eficiente

Em um universo dos negócios onde prazos são desafios constantes e resultados são o alvo, a gestão de projetos é uma poderosa ferramenta para o sucesso. 

Pode parecer um pouco dramático falar assim, mas o gerenciamento merece a devida atenção — e muitas vezes não leva.

Está se falando da habilidade de “ orquestrar”pessoas, recursos e ideias em prol de um objetivo comum que faz toda a diferença.

 Se você é um líder em busca de eficiência e resultados extraordinários, podemos ajudar você com esse tema nesse artigo.

Entenda o que é, quais são os benefícios que proporciona e como colocá-la em prática!

Afinal, o que é um projeto?

Primeiro, é essencial compreender o que exatamente significa a palavra “projeto”.

No contexto empresarial, um projeto é um empreendimento temporário com o objetivo de criar um produto, serviço ou resultado único. 

Ele é caracterizado por ser limitado no tempo, possuir um escopo bem definido e contar com recursos específicos. 

Basicamente, um projeto é como uma jornada estruturada, com etapas claras e um destino a ser alcançado. 

Por essa razão, pode envolver desde a construção de um novo prédio até o desenvolvimento de um novo software, mas o ponto central é que ele tem um começo e um fim determinados. 

Então, o que é gestão de projetos?

Agora, então, vamos entender o que é esse gerenciamento.

A gestão de projetos  se dedica a planejar, executar e gerenciar todas as etapas envolvidas em um projeto, com o objetivo de alcançar resultados bem-sucedidos. 

Para as lideranças, isso significa ter o controle total sobre as iniciativas estratégicas da organização, garantindo que sejam entregues dentro dos prazos, orçamentos e requisitos estabelecidos.

 É a capacidade de direcionar equipes, alocar recursos e tomar decisões assertivas que impulsiona a eficiência, minimiza riscos e maximiza os resultados obtidos em cada empreendimento. 

A gestão de projetos é a chave para transformar visões em realidade e conduzir a empresa ao sucesso em um ambiente dinâmico e desafiador.

A importância da gestão de projetos

A gestão de projetos desempenha um papel fundamental nas organizações, independentemente do setor ou tamanho. 

Ela envolve a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas para planejar, executar e controlar os projetos de forma eficiente e eficaz. 

A importância dessa prática reside no fato de que ela permite às empresas alcançar resultados desejados, otimizar o uso de recursos, controlar riscos e atender aos prazos e orçamentos estabelecidos.

E para as lideranças empresariais, é ainda mais crucial. 

Mas por que?

É ela que permite que os líderes tenham uma visão clara e abrangente dos projetos em andamento, possibilitando a tomada de decisões estratégicas e o alinhamento dos projetos aos objetivos organizacionais. 

Além disso, a gestão de projetos capacita os líderes a coordenar equipes multidisciplinares, estabelecer metas realistas, monitorar o progresso e resolver desafios ao longo do caminho. 

Essa é uma habilidade essencial para as lideranças, pois garante a entrega bem-sucedida de projetos e impulsiona o sucesso geral da organização.

Quais são os benefícios da gestão de projetos?

A gestão de projetos oferece uma série de benefícios significativos para as organizações e suas lideranças. 

Ao adotar uma abordagem estruturada e eficaz para gerenciar projetos, é possível obter os seguintes benefícios:

  1. alinhamento estratégico: ela permite que os líderes alinhem os projetos com os objetivos estratégicos da organização. Isso garante que cada projeto contribua para o crescimento e o sucesso a longo prazo da empresa;
  2. otimização de recursos: com gerenciamento, os recursos, como tempo, dinheiro, equipe e materiais, são alocados de forma eficiente. Isso evita desperdícios e garante que os recursos sejam utilizados da melhor maneira possível;
  3. controle de prazos e orçamentos: ela ajuda a estabelecer prazos realistas e a controlar o progresso do projeto em relação a esses prazos. Além disso, ela permite um controle efetivo dos custos do projeto, evitando estouros orçamentários e garantindo uma gestão financeira adequada;
  4. gestão de riscos: a identificação e o gerenciamento de riscos são elementos essenciais. Os líderes podem antecipar possíveis obstáculos e tomar medidas proativas para mitigar os riscos, minimizando assim impactos negativos nos projetos;
  5. melhoria da comunicação e colaboração: ela promove uma comunicação clara e eficaz entre os membros da equipe e todas as partes interessadas. Isso facilita a colaboração, o alinhamento de expectativas e o compartilhamento de informações essenciais para o sucesso do projeto.

Esses benefícios não apenas melhoram a eficiência e a eficácia dos projetos, mas também fortalecem a liderança e a capacidade de entrega de resultados positivos — o que ajuda a organização como um todo.

Metodologias para a gestão de projetos

Metodologias para a gestão de projetos desempenham um papel fundamental na garantia do sucesso e na eficácia do trabalho realizado. 

Elas fornecem estruturas e abordagens sistemáticas para planejar, executar e controlar projetos de forma organizada. 

Existem duas categorias principais de metodologias de gestão de projetos: as clássicas e as ágeis. 

Cada uma delas possui características distintas que se adequam a diferentes contextos e necessidades empresariais.

Metodologias clássicas

As metodologias clássicas, como o modelo de cascata (waterfall) e o modelo de ciclo de vida em V, são baseadas em uma abordagem sequencial e linear. 

Elas seguem uma série de fases bem definidas, como análise de requisitos, design, desenvolvimento, testes e implementação. 

Vale dizer também que essas metodologias são adequadas para projetos com requisitos estáveis e bem definidos, em que é possível antecipar todas as etapas do projeto desde o início. 

No entanto, elas podem ser um tanto menos flexíveis quando há mudanças de requisitos durante o projeto.

Metodologias ágeis

As metodologias ágeis, como é o caso do Kanban, são caracterizadas por uma abordagem iterativa e incremental. 

Elas enfatizam a entrega de valor de forma rápida e contínua, por meio de ciclos curtos de trabalho chamados de iterações. 

A equipe de projeto colabora de forma mais flexível, respondendo a mudanças e adaptando-se aos requisitos em constante evolução. 

As metodologias ágeis são especialmente eficazes em projetos com requisitos voláteis e complexos, permitindo maior interação com os clientes e feedback contínuo ao longo do processo.

Qual é o ciclo de vida de um projeto?

O ciclo de vida de um projeto refere-se à sequência de fases e atividades que um projeto passa, desde a sua concepção até a sua conclusão.

Existem diferentes abordagens para o ciclo de vida de um projeto e cada uma com suas características e formas de gerenciamento. 

Há dois tipos principais de ciclo de vida: o ciclo de vida preditivo e o ciclo de vida adaptativo. Vamos explorar as características e vantagens de cada um deles.

Ciclo de vida preditivo

No ciclo de vida preditivo, também conhecido como ciclo de vida tradicional ou em cascata, as fases do projeto são planejadas e executadas de forma sequencial. 

Cada fase depende da conclusão da fase anterior, seguindo uma abordagem mais linear. As etapas comuns em um ciclo de vida preditivo incluem definição de requisitos, planejamento, execução, monitoramento e controle, e encerramento.

Essa abordagem é adequada quando o escopo do projeto é bem definido e as mudanças são mínimas. Então, quais são as situações usadas?

É comumente utilizado em projetos de engenharia, construção civil e indústrias com processos mais estáveis. 

Os benefícios do ciclo de vida preditivo incluem maior previsibilidade, planejamento mais detalhado e controle rigoroso sobre o progresso do projeto.

Ciclo de vida adaptativo

Por outro lado, o ciclo de vida adaptativo, também conhecido como ciclo de vida iterativo ou incremental, é caracterizado por um maior grau de flexibilidade e adaptabilidade às mudanças. 

Nesse tipo de abordagem, o projeto é dividido em iterações ou incrementos menores, permitindo a entrega de valor de forma mais rápida e contínua ao longo do tempo.

No ciclo de vida adaptativo, as fases do projeto são repetidas em ciclos sucessivos, com base no aprendizado e feedback obtidos em cada iteração. 

Isso permite uma maior colaboração entre os membros da equipe, adaptação a mudanças de requisitos e maior capacidade de resposta às necessidades do cliente ou do mercado.

Uma metodologia  utilizada no ciclo de vida adaptativo é o Scrum. Se você já ouviu falar, é porque ele é bem comum mesmo.

Essa alternativa se baseia em sprints de curta duração para entregar incrementos de valor de forma iterativa. 

Ela é mais aplicada em projetos de desenvolvimento de software, onde os requisitos podem evoluir ao longo do tempo.

Como fazer uma gestão de projetos eficiente?

Fazer uma gestão de projetos eficiente, apesar de ser importante, não é fácil, certo? Mas há alguns caminhos que tornam esse percurso mais simples.

A seguir, veja 4 dicas para isso.

Escolha a metodologia que mais faz sentido ao seu negócio

Ao iniciar um projeto, é fundamental escolher a metodologia de gestão que melhor se adequa às características do seu negócio e do projeto em si. 

Mas como fazer isso?

Considerando os requisitos, o escopo, a cultura organizacional e a capacidade de adaptação às mudanças. 

Seja um ciclo de vida preditivo ou adaptativo, a escolha correta da metodologia será essencial para orientar as atividades, processos e tomadas de decisão ao longo do projeto.

Sempre monitore os indicadores

Um aspecto crucial para um gerenciamento eficiente é o monitoramento constante dos indicadores de desempenho. 

É o momento de definir métricas e KPIs relevantes para o seu projeto e acompanhar regularmente o progresso em relação a esses indicadores. Isso permitirá identificar desvios, antecipar problemas e tomar ações corretivas de forma ágil. 

O uso de ferramentas de gestão de projetos e relatórios periódicos contribui para uma melhor visualização e análise dos resultados.

Revise o planejamento periodicamente

O planejamento inicial do projeto é importante, mas ele não deve ser estático.

À medida que o projeto avança, surgem novas informações, requisitos podem mudar e imprevistos podem ocorrer (essa deve ser uma premissa para toda execução de um planejamento, na verdade).

Portanto, é essencial realizar revisões periódicas do planejamento, reavaliar prazos, recursos, riscos e ajustar as estratégias conforme necessário. 

Essa prática garante que o projeto esteja alinhado com as expectativas e necessidades do cliente e permite uma melhor adaptação às mudanças do ambiente.

Invista na qualificação da equipe

A gestão de projetos eficiente depende também da qualificação da equipe envolvida. Certifique-se de que os membros da equipe possuam as habilidades e conhecimentos necessários para desempenhar suas funções de forma eficaz. 

Para isso também, o ideal é promover treinamentos, capacitações e o desenvolvimento contínuo dos profissionais, visando aprimorar suas competências técnicas e gerenciais.

 Uma equipe qualificada aumenta a eficiência, a produtividade e a capacidade de enfrentar os desafios do projeto.

Ao seguir essas práticas, você estará no caminho para uma gestão de projetos eficiente, que visa o alcance dos objetivos propostos, a entrega de valor e a satisfação do cliente. 

Lembre-se: cada projeto é único. A adaptação das abordagens e estratégias é essencial para lidar com as particularidades e desafios específicos de cada empreendimento.

Como a gestão de projetos pode se relacionar com inovação?

A gestão de projetos e a gestão da inovação estão intrinsecamente relacionadas, pois, quando adequada, pode impulsionar e facilitar o processo de inovação nas organizações. 

Esse gerenciamento oferece uma estrutura organizada para a implementação de ideias e produtos inovadores

Ele estabelece metodologias, processos e ferramentas que auxiliam na definição de objetivos, na identificação de requisitos, na alocação de recursos e no acompanhamento do progresso. 

Essa estrutura, então, gera um ambiente propício para a geração e execução de projetos 

inovadores.

Ao mesmo tempo, esse gerenciamento abrange a identificação e o gerenciamento de riscos.  E o que isso tem a ver?

No contexto da inovação, onde há maior incerteza e probabilidade de enfrentar desafios únicos, o gerenciamento de riscos se torna ainda mais crucial. 

Ao aplicar técnicas de gestão de projetos, como análise de riscos, planejamento de contingências e monitoramento contínuo, é possível mitigar os riscos associados à inovação e aumentar as chances de sucesso.

Conclusão

Esse assunto é um campo essencial para as lideranças empresariais que desejam impulsionar a inovação e alcançar o sucesso em seus empreendimentos. 

Ao compreender a importância da gestão de projetos, gestores podem aproveitar seu potencial para otimizar recursos, minimizar riscos e alcançar resultados consistentes. 

Através de metodologias adequadas, monitoramento de indicadores, revisão periódica de planejamento e investimento na capacitação da equipe, é possível garantir uma gestão eficiente que traga resultados positivos.

Como dito, ela também se relaciona diretamente com a inovação: fornece a estrutura necessária para transformar ideias em realidade, promove a colaboração entre equipes multidisciplinares e enfatiza a entrega de valor aos clientes. 

Ao adotar práticas sólidas de gestão de projetos, as empresas podem impulsionar o avanço, se destacar no mercado e se adaptar às demandas em constante evolução.

Se você quer estar a frente, aproveite para conhecer o Futur.e Me!

Categorias
Blog Empreendedorismo Liderança

Expert da SU lança livro sobre Futuro do Trabalho no Learning Village

Ontem (28/06) o 1º Hub de Inovação e Educação da América Latina, Learning Village, foi palco de um encontro muito especial. Gary A. Bolles, expert Global em Futuro do Trabalho da Singularity University, esteve presente e fez o lançamento de seu novo livro em pleno Learning Village.

O especialista apresentou sua mais nova obra traduzida para o português no Learning Circle, um clube de estudos, negócios e networking exclusivo para sócios, C-levels e executivos formados pela HSMSingularityU Brazil, Learning Village e B2B. 

A comunidade do Learning Circle reúne conhecimento de ponta, aprendizado direto com os maiores experts e mentores do mundo, além de experiências de alto nível para construir conexão entre os membros, que aproveitaram para uma sessão de autógrafos com o especialista em Futuro do Trabalho.

Gary Bolles lançou o livro “As Próximas Regras do Trabalho” no Learning Village, no dia 28/06/2023

Seu livro “As Próximas Regras do Trabalho” trata-se de uma maior percepção sobre o presente e em como ele participa da construção de trabalho no futuro, que vai precisar compreender as disrupções que estão acontecendo por conta das inteligências artificiais. Além disso, Gary também trata sobre questões de liderança e formas flexíveis de trabalho nas suas obras, além de estar em um momento esclarecedor sobre a necessidade de criarmos um propósito para o nosso trabalho no futuro.

Gary é um especialista e parceiro que sempre está presente nas ações da HSM. No ano passado, o expert participou da HSM+, falando sobre as novas experiências virtuais e nos deu uma entrevista exclusiva. Para acessá-la, basta clicar no link abaixo:

Categorias
Blog Empreendedorismo

“Existem dois tipos principais de inovação: melhorar o que já faço e criar coisas novas”, menciona estrategista da Deloitte 

Ao longo do ano de 2023, diversas vezes tratamos sobre os assuntos de venture capital, principalmente como uma alternativa estratégica, onde pode ser adotada nas organizações para construir laboratórios de inovação.

Algumas grandes empresas, como Nestle e Tetra Park, participaram de eventos no Learning Village onde contaram sobre seus modelos de negócio de inovação aberta. A ideia, nestes casos, é que não haja apenas uma gestão de inovação ou uma área supervisionando estas questões: é ampliar os horizontes da empresa, trazendo parceiros de fora e prospectando novas oportunidades e produções.

Nesse sentido, permitiram construir e investir em startups que estão conseguindo solucionar alguns de seus problemas: desde questões de poluição e sustentabilidade, até problemas de governança e interações nos sistemas das organizações.

Tal como no 9º Digital on Board, quando foi falado sobre o conceito de Ambidestria e Venture Capital, Glaucia Guarcello, que é Innovation & Lead Partner na Deloitte e Expert na SingularityU Brazil, trouxe o assunto para o 9º Executive Program. Neste caso específico, além de trazer este modelo de gestão como uma estratégia de inovação que envolve toda a organização, a especialista trouxe uma perspectiva de olhar a historicidade do mundo e construir ações para garantir um ambiente de inovação.

Para a expert, a questão da historicidade surge por conta das revoluções tecnológicas que a sociedade sofre. Entender o desenvolvimento gráfico, de alocação de dados, manejos produtivos, e até de capilarização no meio social, é algo crucial para compreender se há necessidade de continuar com o direcionamento de inovação.

Por isso, as inovações abertas surgem como alternativas de gestão, pois permitem um tempo para análise das questões estabelecidas. Uma organização que patrocina e financia projetos, se torna próxima e transparente sobre as reais soluções de vários problemas que existem e podem vir a existir.

Conforme há o investimento e esse laboratório de aprendizados (com tentativas e reorganização das diretrizes), é possível enxergar quais serão as tecnologias adotadas e se serão efetivas neste momento histórico. Um exemplo dado foi o investimento em metaverso há alguns anos, que ainda terá seu momento, mas ainda não aconteceu.

Atualmente, em meio às transformações que as tecnologias exponenciais estão proporcionando, Glaucia retoma essa ideia para mostrar que é possível melhorar os processos produtivos já constituídos e destacou que “toda empresa passa por mudanças em seus processos”.

Com este olhar atento, maneiras de gestão podem ser melhoradas com estas iniciativas. Mas, destaca que só será possível pelo entendimento do momento e por isso traz o pensamento exponencial: para compreender o futuro, quanto aos usos de tecnologias digitais e em realidade virtual, informações automatizadas e distribuídas em diversas plataformas, diferentes infraestruturas de segurança e a adoção de inteligências artificiais nas produções cotidianas.

Ao mesmo tempo, estar atento aos processos que vão mudar é trazer estas preocupações para uma clareza e até criar novas alternativas para o que está por vir.

Os lucros, redes de conexão, estrutura da empresa, processos de produção, desempenho, sistema, serviços, canais de informação, os próprios valores de marca e o envolvimento do cliente no consumo serão completamente afetados com as novas transformações. Por isso, há diversas áreas para garantir estes desenvolvimentos e toda a organização precisa estar alinhada com esta ideia.

Modelos de inovação aberta

Este tipo de direcionamento vai exigir alguns processos de gerenciamento, desenho de gestão e suporte da jornada que será tomada, principalmente com métricas que garantam transparência nos processos adotados. Mas, antes disso, há a necessidade de definir uma agenda e dar diretrizes aos sistemas estratégicos que garantam o aporte de inovação.

A expert da SingularityU Brazil trouxe quatro tipos de modelo de negócio com inovação aberta, na tentativa de criar uma percepção ao público do 9º Executive Program. Além disso, trouxe resultados deste tipo de estratégia de mercado com cases de sucesso.

A adoção do venture client consiste em fazer compras de produtos feitos por outras startups, a fim de obter benefícios estratégicos e financeiros imediatos, ao mesmo tempo que são mensuráveis.

Com esse mecanismo, é possível resolver problemas internos e obter um resoltado a curto prazo.

Com o corporate venture capital, o investimento em startups que se alinhem ao seu objetivo pode garantir um retorno estratégico e financeiro no futuro da organização.

É algo que permite uma assimilação maior, mas exige um pouco de tempo e também aporte financeiro para a aceleração da empresa que resolverá seu problema.

O venture building consiste em criar novas empresas dentro da mesma, como um ‘braço de negócios’. É possível alinhar isso com outras entidades e até fazer parcerias, mas caso haja um problema diagnosticado, pode ser criado do zero.

Por fim, a fusão ou M&A, trata-se de fundir-se a outra empresa, tentando incorporar seus recursos, eficiências, visibilidade de mercado e até valores. É uma maneira de ampliar a capacidade de inovação e construir mais aporte para dispor em um futuro.