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“Inteligência artificial precisa ser entendida como meio e não como propósito final. Entender o usuário é fundamental”, dispara diretora da Nestlé

Na tarde da quarta-feira (24/05), o Learning Village realizou a terceira edição do Day contando com a participação de grandes empresas do cenário brasileiro para falar sobre o Futuro dos Alimentos. Como um tema em alta, questões sobre novas tecnologias estiveram presentes e as perguntas sobre seu impacto social foram realizadas, mas a diretora do Panelas, da Nestlé, Carolina Falcoski, fez questão de colocar um limite nessa discussão.

“Precisamos começar este assunto dizendo que tecnologia é meio. Não é fim. Pode parecer óbvio, mas as pessoas procuram usar algo simplesmente por aquilo estar disponível e parecer ser a solução para tudo. Não. Questionamos a pessoa e tentamos entender qual o problema que precisa ser resolvido. Caso seja necessário, nós nos apoiamos para que a tecnologia ajude a resolver esta dor.”

Nesse sentido, Carolina continuou sua fala afirmando existir a necessidade de compreender todos os meandros da “dor”, porque é neste ponto em que a tecnologia pode se tornar um auxílio para acolher aquela problemática. Ao mesmo tempo, a diretora exaltou o quanto tem sido difícil mostrar isso às pessoas.

“O ideal é que funcione de maneira fluida. Há locais em que talvez as melhores soluções sejam offline. As mudanças drásticas de comportamento não precisam vir se a dor for resolvida de uma outra maneira.”

Tal como aconteceu em outras épocas de nossa história, como Ricardo Cavallini, expert da SingularityU Brazil, mostrou: estamos em uma nova onda de revolução da produção mundial. Toda esta mudança que o aparato digital proporcionou, criou – e continua criando – diferentes maneiras de comunicação, trocas e relacionamento comercial no mundo globalizado.

De acordo com o especialista, é preciso entender este estágio de desenvolvimento com uma perspectiva exponencial. Afinal, estamos em um momento de variadas transformações tecnológicas, que deixa tecnologias pelo caminho e se torna difícil acompanhar todas as atualizações.

Há muito trabalho para compreender como utilizar tantas ferramentas. Uma maneira de ir além é compreender e ter o cuidado com o momento e entender realmente quais são os anseios que precisem das novas tecnologias como solução produtiva.

O modelo de negócio de inovação aberta, como o “Panelas”, da Nestlé, tem sido um caminho, segundo Carolina Falcoski. Construindo várias startups e garantindo um ambiente de inovação, as necessidades de entender a cultura, a experiência do consumidor e as diferentes abordagens de solucionar algumas questões estão sendo solucionados.

Essa exigência de perspectivas distintas está sendo melhor aproveitada com “vários olhos para a mesma situação”, como a diretora do Panelas destacou. Muitas vezes devemos ter esse olhar atento e garantir nosso trabalho, mas várias complexidades exigem apoio e diferentes perspectivas que este modelo de inovação aberta garante atenções.

Afinal, precisamos escalonar e entender as características de cada ambiente específico. Há regiões em que o acesso à internet, por exemplo, ainda é muito complicado. Há problemas relacionados à poluição e que a reciclagem precisa dar conta, por isso, o “Panelas”, por exemplo, tem apoio de startups para garantir uma solução a esta questão.

Além disso, os níveis de letramento digital são muito distintos. Por isso, neste modelo de inovação aberta defendido por Carolina, o trabalho central da Nestlé é ajudar quem está presente neste guarda-chuva da organização. A mesma solução não funciona para todas as pessoas e cada dor precisa ter um olhar singular e atento e a empresa garante apoio nestas partes mais cruciais.

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Como LLMs e Generative AIs estão acelerando a transformação digital da saúde

Onicio Leal Neto
Onicio Leal Neto

Por Onicio B. Leal Neto. PhD em Saúde Pública e Epidemiologia pela FIOCRUZ, pesquisador Sênior do Departamento de Ciência Da Computação, ETH Zurich e Faculty SingularityU Brazil.

A evolução da inteligência artificial está transformando a maneira como lidamos com questões de saúde há mais de uma década. Porém com a popularização da Generative AIs e Large Language Models, materializadas no exemplo mais famoso ChatGPT, é importante entendermos o potencial e velocidade das próximas etapas que a transformação digital em saúde trará à sociedade.

Um estudo recente publicado na JAMA Internal Medicine trouxe à tona um debate fascinante sobre o uso de chatbots, ou assistentes virtuais, na prestação de cuidados médicos. O estudo, intitulado “Comparison of Physician and Chatbot Responses for an Urgent Primary Care Scenario,” comparou as respostas fornecidas por médicos reais e chatbots, evidenciando a crescente relevância da inteligência artificial no contexto da assistência médica.

Acesse o link clicando aqui.

Estudo mencionado sobre o uso de chatbots, ou assistentes virtuais, na prestação de cuidados médicos

Neste estudo, pesquisadores compararam a capacidade dos chatbots em prover informações sobre saúde avaliando a qualidade e empatia das respostas para com os pacientes, comparando suas respostas com as de médicos reais. Os resultados são surpreendentes e desafiam a percepção convencional sobre o papel dos profissionais de saúde no atendimento ao paciente.

Os chatbots utilizados na pesquisa, alimentados por modelos de linguagem avançados, como o ChatGPT, demonstraram um desempenho superior aos médicos em relação a qualidade e empatia das respostas. Mais especificamente, os resultados quando avaliando a qualidade das respostas em “bom” ou “muito bom” foram 3,6 vezes maiores nos chatbots em relação aos médicos. E mais surpreendentemente, quando avaliada a qualidade da empatia, as respostas “empático” e “muito empático” foram 9,8 vezes maiores para o chatbot em relação aos médicos. Essa descoberta levanta uma série de questões interessantes sobre o futuro da assistência médica e o potencial impacto dos chatbots na prática clínica.

Ao explorar a utilização de chatbots na saúde, é importante considerar os benefícios que eles podem proporcionar. Os assistentes virtuais são capazes de fornecer orientações preliminares, responder a perguntas comuns, auxiliar na triagem de sintomas e até mesmo encaminhar casos mais complexos para médicos especialistas. Essa abordagem baseada em inteligência artificial pode agilizar o atendimento, aumentar a acessibilidade aos serviços de saúde e ajudar a aliviar a sobrecarga enfrentada pelos profissionais de saúde.

Achados como este evidenciam a necessidade cada vez maior de pensarmos nos conceitos de AI for Patients ao invés do foco excessivo em AI for Doctors. A área da saúde tem sido beneficiada há alguns anos pelo avanço das técnicas de Deep Learning, mais especificamente a utilização das abordagens de Recurrent Neural Networks (RNNs) e Convolutional Neural Networks (CNNs). Dois exemplos clássicos de aplicação destas que podem ser citados respectivamente são as análises de prontuários eletrônicos via RNN para descoberta de padrões e predição de desfechos clínicos futuros. E ainda a aplicação de CNNs para investigação de padrões em exames de imagens ou histopatológicos. Porém, o aprimoramento das técnicas de processamento de linguagem natural precisa ser fortalecido para a interação com o paciente, e o momento presente das LLMs e Generative AIs vão fornecer importantes aspectos para isso.

Expandindo um pouco mais o impacto que estas tecnologias podem ter na saúde pública, descreveremos abaixo quatro tópicos que merecem atenção sobre como LLMs trarão impactos relevantes num horizonte de curto prazo:

  1. O papel das LLM na Saúde Única (OneHealth)

A Saúde Única ou One Health é um conceito que reconhece a interconexão entre a saúde humana, animal e ambiental. A LLM pode ajudar a promover essa abordagem integrada, fornecendo insights valiosos para epidemiologistas e profissionais de saúde pública. Com a capacidade de analisar grandes volumes de dados, a LLM pode identificar padrões e correlações entre doenças humanas, doenças animais e fatores ambientais. Essas informações são cruciais para melhorar a vigilância epidemiológica, prevenir surtos de doenças e desenvolver estratégias de saúde pública mais abrangentes e eficazes.

2. Abordando os determinantes sociais da saúde

Os determinantes sociais da saúde desempenham um papel fundamental na compreensão das disparidades de saúde em uma população. A LLM pode ajudar a identificar e analisar esses determinantes, como acesso a serviços de saúde, nível de educação, renda e condições de moradia. Ao coletar e analisar dados provenientes de diversas fontes, incluindo mídias sociais, registros de saúde eletrônicos e dados demográficos, a LLM pode fornecer uma visão mais abrangente desses fatores e auxiliar na formulação de políticas públicas mais direcionadas. Dessa forma, a LLM pode contribuir para reduzir as desigualdades em saúde e promover uma abordagem mais equitativa.

3. Saúde Pública de precisão com dados de tecnologias vestíveis

A popularidade das tecnologias wearables, como smartwatches e dispositivos de monitoramento de atividades físicas, tem crescido rapidamente. Esses dispositivos coletam uma variedade de dados relacionados à saúde, como frequência cardíaca, qualidade do sono, níveis de atividade física e até mesmo dados ambientais. A LLM pode aproveitar esses dados para fornecer insights personalizados e em tempo real sobre a saúde de indivíduos e populações. Essas informações podem ser usadas para monitorar e prever doenças, identificar tendências de saúde e oferecer intervenções personalizadas. Com a combinação de tecnologias wearables e LLM, podemos alcançar uma saúde pública de precisão, adaptada às necessidades individuais e coletivas.

4. Continuação da transformação digital da saúde com LLMs

A transformação digital da saúde tem sido impulsionada pelos LLMs, que desempenham um papel fundamental na melhoria dos sistemas de saúde. Esses modelos de linguagem podem ser integrados a plataformas digitais, permitindo o acesso rápido a informações médicas confiáveis e personalizadas. Além disso, os LLMs automatizam tarefas rotineiras, como agendamento de consultas e triagem de sintomas, e facilitam a tomada de decisões baseadas em evidências. A incorporação dos LLMs nos sistemas de saúde promove a eficácia, a agilidade e a equidade no acesso aos serviços de saúde. No Brasil, há vários anos a implementação da transformação digital em saúde liderada pelo setor privado com excelentes exemplos na área de saúde baseada em valor tem sido observada. Entretanto, com a criação da Secretaria Executiva de Saúde Digital do atual governo, por oferecer um arcabouço e ecossistema favorável, parece que veremos uma maior velocidade desta transformação digital no setor público.

Em resumo, a revolução da saúde pública digital, impulsionada pelos LLMs e Generative AIs, está transformando a forma como abordamos questões de saúde. A capacidade dessas tecnologias de fornecer respostas de alta qualidade e empatia, além de seu papel na análise de grandes volumes de dados, na saúde única, na abordagem dos determinantes sociais da saúde e na promoção da saúde pública de precisão, promete um futuro promissor para a assistência médica. No entanto, é fundamental avaliar cuidadosamente as aplicações e limitações dessas tecnologias, garantindo sempre que elas estejam em harmonia com o cuidado humano e os melhores interesses dos pacientes.

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Inteligência artificial: conheça 10 exemplos de uso

A inteligência artificial (IA) é uma das tecnologias mais proeminentes da atualidade. Seu impacto cresce à medida que empresas de todos os setores buscam incorporar IA em suas operações para otimizar processos, reduzir custos e melhorar a tomada de decisões. 

De acordo com uma pesquisa realizada pela PwC, a IA tem o potencial de adicionar até US$ 15,7 trilhões à economia global até 2030, tornando-se um fator-chave para o crescimento e a competitividade no mercado.

Neste artigo, exploraremos exemplos de como a inteligência artificial está sendo aplicada em diferentes áreas, proporcionando insights valiosos para líderes empresariais interessados em aproveitar o poder da IA para impulsionar o sucesso de suas organizações.

Acompanhe a seguir!

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Afinal, o que é inteligência artificial?

Inteligência artificial (IA) é um ramo da ciência da computação que visa desenvolver sistemas e programas capazes de simular o raciocínio humano e realizar tarefas complexas de forma autônoma. 

Em outras palavras, a IA busca criar máquinas que possam aprender, adaptar-se e resolver problemas como seres humanos fazem. O principal objetivo dela é justamente fazer com que as máquinas executem tarefas que, até então, exigiam o pensamento e o raciocínio humanos. 

Essas tarefas incluem reconhecimento de voz e imagem, compreensão e tradução de idiomas, resolução de problemas complexos e aperfeiçoamento contínuo por meio do aprendizado.

A IA utiliza técnicas avançadas de aprendizado de máquina, processamento de linguagem natural e análise de dados para criar modelos e soluções que possam se adaptar a situações novas e complexas. 

Por isso, ela envolve o desenvolvimento de algoritmos e técnicas que permitem que computadores processem e analisem grandes volumes de dados, identifiquem padrões e tomem decisões de forma autônoma e eficiente.

Quais são os tipos de inteligência artificial?

Quanto melhor for a versatilidade e desempenho da máquina, mais avançada ela vai ser considerada. E é isso que separa os vários tipos. 

A inteligência artificial pode ser classificada em três categorias principais, cada uma com características e aplicações distintas. 

Estas categorias são: Inteligência Artificial Estreita (ANI), Inteligência Geral Artificial (AGI) e Superinteligência Artificial (ASI). Vamos explorar cada uma dessas categorias em detalhes nas próximas seções.

Inteligência artificial estreita (ANI)

Também conhecida como Inteligência Artificial Fraca, a Inteligência Artificial Estreita é aquela que se especializa em realizar tarefas específicas, como reconhecimento de voz, análise de imagens, recomendação de produtos ou jogar xadrez. 

A ANI é a forma mais comum de IA atualmente em uso e é amplamente aplicada em diversos setores e empresas. 

Sistemas de ANI são projetados para executar uma única tarefa com alta eficiência e precisão, mas não possuem a capacidade de aprender ou executar outras tarefas fora de seu escopo específico.

Inteligência geral artificial (AGI)

A Inteligência Geral Artificial, ou Inteligência Artificial Forte, é um tipo de IA que possui habilidades cognitivas semelhantes às dos seres humanos, sendo capaz de aprender, compreender e aplicar conhecimentos em uma ampla variedade de tarefas e situações. 

Ela ainda é um objetivo a ser alcançado pelos pesquisadores, pois envolve a criação de sistemas que possam demonstrar raciocínio abstrato, solução de problemas complexos e aprendizado contínuo sem a necessidade de intervenção humana.

Superinteligência artificial (ASI)

A Superinteligência Artificial representa um estágio teórico avançado da IA, no qual as máquinas seriam capazes de superar a inteligência humana em todos os aspectos, desde o raciocínio e a criatividade até a empatia e a intuição.

A ASI ainda é um conceito especulativo e sua existência é objeto de debate entre os especialistas — ela seria o limite máximo da AI. No entanto, se alcançada, a ASI teria implicações profundas e de longo alcance para a sociedade, a economia e a existência humana.

10 exemplos de inteligência artificial no dia a dia

A inteligência artificial tem o potencial de transformar diversos aspectos dos negócios, desde a automação de processos até a tomada de decisões estratégicas

Ao se tornar cada vez mais presente em nosso cotidiano, mais exemplos podemos encontrar. Vamos explorar 10 formas de como a IA está sendo aplicada em diversas áreas e atividades:

Reconhecimento facial

O reconhecimento facial é uma das aplicações mais comuns da inteligência artificial. Ele é utilizado em uma variedade de contextos, desde desbloquear smartphones até identificar pessoas em aeroportos e eventos. 

A IA utiliza algoritmos avançados para analisar e comparar as características faciais únicas de cada indivíduo, permitindo um alto grau de precisão na identificação.

Câmeras de vigilância

câmeras de vigilância são exemplos de inteligência artificial

As câmeras de vigilância modernas utilizam a inteligência artificial para melhorar a segurança e a eficiência do monitoramento.

 A IA permite a detecção automática de atividades suspeitas, reconhecimento de placas de veículos e até mesmo a análise de padrões de tráfego. Isso auxilia na prevenção de crimes e na resposta rápida a incidentes.

Controle de estoque em empresas

Seja varejo ou B2B, a inteligência artificial pode ser aplicada na gestão de estoque para otimizar o controle e o planejamento de recursos. 

A IA analisa dados históricos de vendas e tendências de mercado para prever a demanda futura e determinar a quantidade ideal de produtos a serem mantidos em estoque. Isso reduz custos e melhora a eficiência operacional.

Aplicativo de rotas

Aplicativos de navegação, como Google Maps e Waze, utilizam a inteligência artificial para analisar dados de tráfego em tempo real e fornecer rotas otimizadas. 

A IA identifica engarrafamentos, acidentes e condições meteorológicas adversas, e sugere caminhos alternativos para economizar tempo e combustível.

Sistemas de recomendação

Sistemas de recomendação são amplamente utilizados em plataformas de streaming, como Netflix e Spotify, e em lojas online, como Amazon e Mercado Livre. 

A IA analisa o histórico de consumo e preferências do usuário, bem como o comportamento de outros usuários com interesses semelhantes, para sugerir conteúdos e produtos personalizados. 

Isso melhora a experiência do usuário e aumenta a probabilidade de conversão.

Tradução automática

A inteligência artificial é a base de ferramentas de tradução automática, como o Google Tradutor. A IA utiliza algoritmos de aprendizado profundo para analisar e aprender padrões linguísticos em diferentes idiomas, possibilitando traduções mais precisas e naturais. 

Essas ferramentas são essenciais para comunicação e colaboração em um mundo globalizado, o que revela mais uma grande utilidade da IA.

Assistentes virtuais

assistentes virtuais são exemplos de inteligência artificial

Siri, Alexa e Google Assistant são exemplos de assistentes virtuais que utilizam a inteligência artificial para entender e responder a comandos de voz. 

Eles podem realizar tarefas como pesquisar informações na internet, enviar mensagens, fazer ligações e controlar dispositivos inteligentes em casa. 

A IA permite que esses assistentes aprendam com as interações e melhorem sua capacidade de compreensão e resposta ao longo do tempo. 

O Chat GPT também é um exemplo, baseado em um  modelo de linguagem ajustado com técnicas de aprendizado supervisionado e por reforço.

Chatbots e suporte ao cliente

Chatbots baseados em inteligência artificial são cada vez mais utilizados para fornecer suporte ao cliente 24/7. Eles são capazes de entender perguntas e responder a consultas com rapidez e precisão, ajudando os usuários a solucionar problemas e encontrar informações. 

A IA também permite que os chatbots aprendam com cada interação e melhorem suas respostas ao longo do tempo, proporcionando um atendimento cada vez mais eficiente.

Monitoramento de redes sociais

Empresas utilizam a inteligência artificial para analisar o “sentimento” e as opiniões expressas nas redes sociais e em outras plataformas online. 

A IA é capaz de processar grandes volumes de dados e identificar padrões, como tendências de opinião, emoções e temas em discussão. Essas informações são valiosas para a tomada de decisões em marketing, comunicação e desenvolvimento de produtos.

Diagnóstico médico e análise de imagens

A inteligência artificial tem um papel crescente na medicina, especialmente no diagnóstico e análise de imagens médicas. 

A IA pode identificar padrões em exames como tomografias, ressonâncias magnéticas e radiografias, auxiliando na detecção precoce de doenças e na avaliação de tratamentos. Isso melhora a precisão do diagnóstico e reduz a carga de trabalho dos profissionais de saúde.

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Aplicações futuras da inteligência artificial

aplicações futuras da inteligência artificial

À medida que a inteligência artificial evolui, seu potencial para transformar diversos setores e aspectos da vida cotidiana continua a crescer. Líderes empresariais atentos às tendências futuras podem se posicionar na vanguarda dessa revolução tecnológica.

 Aqui estão algumas das aplicações futuras mais promissoras da inteligência artificial:

Automação de veículos

Os avanços na IA estão alimentando o desenvolvimento de veículos autônomos, que têm o 

potencial de transformar drasticamente a mobilidade urbana. 

Carros e caminhões autônomos podem aumentar a segurança nas estradas, melhorar a eficiência do tráfego e reduzir as emissões de poluentes. 

Assistentes virtuais avançados

Embora os assistentes virtuais atuais já estejam bastante avançados, a inteligência artificial do futuro pretende fazer com que eles se tornem ainda mais sofisticados e capazes.

 Assistente virtual do futuro poderá entender e responder a perguntas complexas, realizar tarefas mais avançadas e interagir com os usuários de forma mais natural e personalizada.

Manufatura inteligente

A inteligência artificial está ajudando a transformar a manufatura com a implementação de sistemas de automação mais avançados e eficientes. A IA pode ser usada para otimizar a produção, monitorar a qualidade do produto, reduzir o desperdício e aumentar a eficiência energética. 

Empresas que adotarem a manufatura inteligente podem se tornar mais competitivas e sustentáveis.

Educação personalizada

A inteligência artificial tem o potencial de revolucionar a educação, permitindo a criação de experiências de aprendizado personalizadas e adaptativas. 

A IA pode analisar o desempenho e as preferências dos alunos, ajustando o conteúdo e o ritmo do aprendizado de acordo com as necessidades individuais. Isso pode levar a uma maior retenção e engajamento, além de melhorar os resultados educacionais.

Desafios e considerações éticas na implementação da inteligência artificial

Embora a inteligência artificial ofereça inúmeras oportunidades e benefícios, também apresenta desafios e questões éticas que devem ser abordadas por líderes empresariais e tomadores de decisão. 

Algumas destas questões incluem a segurança de dados, a automação e o impacto no emprego e também o viés de discriminação, por exemplo. Entenda melhor seguir.

Privacidade e segurança dos dados

A inteligência artificial depende do acesso a grandes volumes de dados, o que levanta preocupações sobre a privacidade e a segurança das informações pessoais. 

Empresas que utilizam IA devem garantir que as políticas e práticas de coleta, armazenamento e uso de dados estejam em conformidade com as leis e regulamentações aplicáveis, e protejam adequadamente a privacidade dos usuários.

Viés de discriminação

Os algoritmos de IA podem perpetuar ou até mesmo amplificar preconceitos e discriminação se forem treinados em dados enviesados ou se não existir planejamento para levar em conta a diversidade dos usuários. 

As empresas devem abordar prontamente essas questões, garantindo que os sistemas de IA sejam transparentes, justos e não discriminatórios.

Automação e impacto no emprego

A automação impulsionada pela IA tem o potencial de substituir certos empregos, o que levanta preocupações sobre o impacto do futuro do trabalho.

Como efeito, é preciso garantir que os trabalhadores deslocados pela automação possam ser realocados e requalificados para novas oportunidades de emprego. Além disso, muitas funções terão que aprender a lidar com a IA no dia a dia.

Responsabilidade e transparência

À medida que a inteligência artificial se torna mais integrada em nossas vidas, é fundamental abordar questões de responsabilidade e transparência. Quem é responsável quando um algoritmo de IA toma uma decisão incorreta ou causa danos?

As empresas devem desenvolver estruturas claras de responsabilidade e garantir que os processos de tomada de decisão da IA sejam compreensíveis e explicáveis.

Limites éticos da IA

A inteligência artificial também levanta questões éticas mais amplas, como a relação entre humanos e máquinas e os limites éticos do uso da IA. 

A promoção de um debate aberto e inclusivo sobre essas questões, garantindo que a implementação da IA seja feita de maneira ética e responsável, será o caminho.

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Conclusão

À medida que a tecnologia avança e se integra cada vez mais em nossas atividades diárias, é essencial que líderes empresariais e tomadores de decisão estejam cientes dos exemplos de inteligência artificial — bem como seus benefícios e desafios.

 Desde o reconhecimento facial até o controle de estoque e aplicativos de rotas, a IA está transformando a maneira como trabalhamos e vivemos. 

No entanto, também é fundamental abordar as preocupações éticas e os desafios que a adoção da IA apresenta, como privacidade de dados, viés, automação e responsabilidade.

Ao enfrentar esses problemas de forma proativa e responsável, podemos garantir que a IA continue a ser uma força positiva para a inovação e o progresso.

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“IA ajuda advogados mais experientes no dia-dia e os mais novos sofrerão com essa automação de novas tecnologias”, afirma CEO da Batista Luz.

No último dia de xTech Legal (11/05), o Learning Village recebeu Luis Felipe, CEO da Batista Luz, para falar sobre as transformações que a tecnologia está proporcionando nos escritórios e, principalmente, na prática jurídica.

A questão central sobre o papo com os desembargadores, juízes e advogados presentes se deu pela questão da produção. Luis enfatizou o quanto seu trabalho se tornou mais rápido e mais ágil, principalmente na construção de peças e apresentações, que são criadas pelas inteligências artificiais.

O CEO do escritório Baptista Luz deixou claro que esta ação é mais rápida e prolífica para sua empresa, principalmente por conseguir olhar mais demandas e ter o cuidado de participar mais de forma analítica e estratégica, ao invés de organizar e despender tempo com peças, construções de processos e primeiras conversas com os interessados.

O último dia do xTech Legal 05 contou com a presença do CEO da Batista Luz para juristas de todas as regiões do Brasil.

Com este tipo de ação, Luis reconheceu que alguns trabalhos serão impactados, como já estão sendo. Juniores e estagiários estão perdendo lugar para estes novos trabalhadores humanos que fazem uso desta nova tecnologia para aumentar a produção.

Ou seja, a tarefa não é eliminar cargos e sim fazer com que novos trabalhadores tenham habilidades de diálogo com a inteligência artificial, ao mesmo tempo que saibam das categorias necessárias no campo do direito, os chamados “Prompters”.

A ideia é: uma nova área que permita que o trabalhador do direito consiga interagir com a inteligência artificial, fazendo as perguntas necessárias e se aproveitando dessa construção e produção rápida para que o trabalho fique mais ágil.

O impacto pode demorar, pois há uma necessidade de que as faculdades/universidades se preparem para isso. Geralmente, o mercado inova primeiro e depois isso é reorganizado nas graduações e centros de pesquisa. Por isso, o profissional de direito do futuro terá algumas questões de atualização e transformação em sua área, em que alguns profissionais podem ficar em defasagem por este hiato entre as necessidades do mercado e o que se aprende na graduação.

Nova área e modelo de trabalho

Na conversa com os presentes no xTech Legal, a preocupação se deu principalmente sobre os impactos das tecnologias no trabalho. Vários pontos foram levantados sobre as produções, seus empregos, reconhecimento da inteligência artificial no trabalho, mas muito se falou sobre os prompters.

Além da questão de trabalho e produção, um ponto que chamou atenção na conversa foi a necessidade desta produção e em como isso derruba sua atratividade em seus anos iniciais.

O trabalho com inteligência artificial funciona de maneira simbiótica: o trabalhador utiliza a IA, com perguntas e demandas, criando peças e outras necessidades. Não é a IA que faz isso no automático, mas sim em simultaneidades. Sem revisão e em co-construção, o trabalho se torna mais rápido em 20 minutos.

Como atualizações de novas tecnologias é um tema extremamente delicado, pois há uma discrepância em nível de classes sociais, regionalização e situação global, a atratividade será um componente crucial para entender quais os tipos de produção que serão consolidados.

Luis Felipe aponta que já há um problema nisso hoje em dia. Muitos, principalmente sêniores, tendem a não utiliza-la e manter o mesmo serviço. O que, no futuro, continua atrasando o estabelecer de novas tecnologias nos processos de produção jurídico e até na demora de tomadas de decisão.

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“Ter o mindset flexível é imprescindível nesse momento histórico e passa pelo entendimento das nossas emoções”, afirma Carla Tieppo, expert em Neurociência da SingularityU Brazil.

No segundo dia de xTech Legal, Carla Tieppo, expert em Neurociência na SingularityU Brazil e coordenadora da pós-graduação em Neurociência educativa na Santa Casa, trouxe uma incrível perspectiva sobre o bem mais precioso que temos: nossas próprias emoções.

Na Grécia Antiga, Platão e Aristóteles já falavam que as particularidades e singularidades são nossas emoções. Até por isso, como algo tão sensível de ser compartilhado e difícil de explicado, as estas questões foram deixadas de lado no estudo da retórica, abrindo caminho para racionalidade.Isso se estende até os dias de hoje.

Passamos por mais de 3 mil anos de história e a tendência sempre foi suprimir este lado tão pessoal.Porém, como Carla Tieppo retoma: é exatamente ele que toma o cuidado de ampliar a nossa própria realidade.

Carla Tieppo é expert da SingularityU Brazil e abordou o tema de emoções no xTech Legal 5, em 2023

Talvez poucos tenham ouvido o filósofo Baruch Espinoza em seu tempo, pois estavam preocupados com outras questões (religiosas). Mas muitos estão ouvindo o que Antônio Damásio traz sobre essa realidade e Carla Tieppo trouxe insights claros e muito ricos sobre a necessidade do olhar para as emoções, procurando reaprender sobre a maneira com que vivemos o mundo, principalmente com tamanhas transformações digitais.

Afinal, é na emoção, como forma de entender a realidade, sentir o contexto e viver a experiência, que nós vivemos e construímos nossa compreensão de mundo. É na relação corpórea com o espaço, tempo e vivência que criamos constantemente, no centro do cérebro, todas as nossas memórias e aprendizagem.

Tudo isso depende da maneira com que qualificamos nossos sentidos e o estímulo neural. Nosso aprendizado e padrão de entendimento passa por estes aspectos. Por este motivo, Carla Tieppo trouxe a ideia de construir um cérebro preditivo: que consiga ter plasticidade adaptativa, seja vívido e revalide os próprios padrões.

Com esta capacidade é possível ter melhores condutas de execução, aprendizagem e adaptabilidade. Levando em conta todo o contexto que um indivíduo está inserido, é necessário compreender que o sistema emocional qualifica nossa experiência, além de ser o componente principal na questão de relevância e valor que damos a algo. É exatamente neste ponto que tomamos decisões e como iremos agir diante dos aspectos que o mundo nos proporciona.

São as nossas emoções que permitem aceitabilidade dos processos sociais. São elas que nos proporcionam uma ‘janela do mundo’, como Antônio Damásio propõe. Por isso, nossa conduta precisa estar atenta às construções de sentido que damos a nossa realidade, em virtude de reconhecer os tomadores de decisão existentes em nossa perspectiva e construir nossa própria compreensão dos nossos atos.

O desenvolvimento diário deve acompanhar os constantes aprendizados que o mundo exige, principalmente com as atualizações tecnológicas constantes. Como há muito estímulo, informações e novas perspectivas, segundo a expert, há a necessidade de compreender as próprias emoções, para que estejamos preparados.

Entender os novos aparatos tecnológicos, portanto, não se trata apenas de saber como fazer funcionar. É principalmente sobre construirmos nossa capacidade de aprendizado e conhecimento de mundo. A tecnologia está ao nosso favor, desde que aprendamos a utilizá-la como aliada.

O xTech Legal é uma iniciativa da SingularityU Brazil em parceria com o J.Ex que teve sua quinta edição realizada no Learning Village. Não deixe de nos seguir e ficar atento para as novas turmas que serão abertas. Além disso, os cursos sobre pensamento exponencial estão ofertados em nosso site.

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Como aliar tecnologia e justiça para que a sociedade se sinta amparada cotidianamente?

Essa é a pergunta que Ademir Piccoli, CEO e Fundador da J.Ex, fez para os juristas presentes no xTech Legal, nesta terça-feira (09), no primeiro dia de evento. O xTech Legal é uma parceria da SingularityU Brazil com o J.Ex e está em sua quinta edição levando discussões sobre tecnologias exponenciais para o poder judiciário brasileiro.

Sabemos que há questões que estão sendo reorganizadas na justiça brasileira. Pouco mais de 30% dos processos eram físicos e hoje a mudança para a digitalização já é algo irreversível, beirando os 97%.

Exatamente por este motivo, Ademir se propôs a compartilhar pensamentos e contribuir com as ideias que serão produzidas sobre este assunto nessa semana, começando com uma perspectiva exponencial sobre a questão de justiça existente no país.

Ademir Piccoli é CEO da J.Ex e participou do primeiro Executive Program antes de criar o xTech Legal.

O principal ponto destacado no painel se tratava de impacto social, afinal, não há justiça se não for aplicada em benefício da população brasileira. Para isso, Ademir demonstra como o crescimento de startups é importante para este momento, principalmente pelas complexas necessidades que cada uma destas ações de empreendedorismo pode dar conta.

Com isso, o xTech Legal se iniciou com a ideia de construir um pensamento exponencial com todos presentes. Começando pelo Propósito Transformador Massivo (PTM), afim de que a população aproveite dos benefícios sociais que a justiça precisa dar.

Isso não é uma tarefa fácil. Por isso, o painel mostrou como há uma necessidade de aliar a cultura digital, já disposta no contexto social, aos novos modelos em que a justiça está se construindo. Afinal, não é mais apenas o fórum, o tribunal e lugares em que nossa construção jurídica ocorre: está presente no virtual e quase todas suas ações são digitais.

Ao mesmo tempo, graças ao montante de startups que existem, é possível que o ecossistema jurídico brasileiro se beneficie destas constantes inovações e criem um desenvolvimento do senso de justiça com uma completude de serviços.

Um dos conceitos fundamentais da Singularity University, criado por Peter Diamandis, os 6Ds, é essencial para entender o momento de maturação do mercado.  O último D desses seis, o processo de democratização trata exatamente sobre isso.. É com o pensamento de transformar a justiça em uma realidade presente no social que a curva de disrupção pode acontecer.

Um exemplo é ao iniciativa Parceiro Digital, criada pelo governo do Amapá. Com parcerias nos estabelecimentos, os Wi-Fis permitem que qualquer pessoa use o site do Tribunal de Justiça, sem que necessariamente tenham internet. São estes tipos de soluções que criam noção de comunidade, vínculos e desenvolvem uma estrutura de apoio social – fazendo impacto na prática.

Ampliando olhares

Em sua fala,, Ademir destacou como este tipo de solução é algo único, singular e brilhante. Por isso, há muito espaço para este tipo de desenvolvimento e diferentes manejos são construídos, como em São Paulo e Recife já acontece.

Isso ocorre porque há uma série de atenções que precisamos tomar antes de qualquer decisão. Qualquer tomada de decisão jurídica precisa de um cuidado com a Segurança da Informação e, quanto mais utilizamos tecnologias digitais, mais precisamos conhecer este terreno que estamos construindo.

Além disso, pessoas que tenham este conhecimento e este tipo de instrumentalização são importantes neste momento. Lideranças atualizadas são importantes por suas perspectivas, olhares e entendimentos, desde a cadeia produtiva de trabalho, remota ou não, até o desempenho final.

Ao mesmo tempo, levantar dados e tentar criar um vínculo ao comunitário é uma maneira de trazer este impacto para uma comunidade. Lembrando que a sustentabilidade e cultura precisa ser um eixo de atenção, para que não haja tanto desgaste.

O xTech Legal é uma iniciativa da SingularityU Brazil, em conjunto com o J.Ex de Ademir Piccoli, que aconteceu no Learning Village. Não deixe de nos seguir e ficar atento para as novas turmas que serão abertas. Além disso, os cursos sobre pensamento exponencial estão ofertados em nosso site.

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Bioengenharia: conceito, áreas de atuação e cenário no Brasil

A bioengenharia é uma área recente que está em constante desenvolvimento, mas isso já é suficiente para ela trazer diferentes benefícios para onde atua. 

Especificamente no Brasil, os estudos avançam cada dia mais para que sejam desenvolvidas novas tecnologias com base nos conhecimentos das ciências exatas e da biologia. 

Por ser uma área recente, muitas pessoas ainda confundem com outras formações como engenharia biomédica, por exemplo. 

Pensando nessas confusões, separamos este conteúdo para se tornar um guia prático dessa profissão do futuro. 

Nesse texto você vai aprender o que é bioengenharia, o que ela estuda e as diferenças para outras formações. 

Sem deixar a parte prática de lado, aqui você também vai aprender quais são as aplicações dessa área, o cenário no Brasil e o salário dos profissionais dessa área. 

Vamos nessa? 

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O que é bioengenharia?

A bioengenharia é um campo multidisciplinar que une conceitos da engenharia com os da biologia, assim como o nome já indica. 

Basicamente, ela utiliza técnicas e métodos da engenharia e da biologia, além de juntar conhecimentos de outros segmentos como química, física e matemática, por exemplo. 

Embora receba essa nomenclatura para representar o que é bioengenharia, essa área também é popularmente conhecida como engenharia biológica. 

A ideia geral é procurar novas soluções tecnológicas e inovadoras a partir dos estudos exatos da engenharia com o setor de saúde da biologia.

Por isso, ela está relacionada diretamente com o desenvolvimento de tecnologias já existentes ou completamente novas e exponenciais para potencializar diversos setores da sociedade. 

Para visualizar melhor, imagine que uma pessoa tenha perdido uma habilidade sensorial. Hoje em dia, uma alternativa para reabilitação de casos como esse são os implantes eletrônicos, desenvolvidos dentro de aplicações da bioengenharia. 

Mas o que exatamente essa área estuda? Vamos falar a seguir. 

O que a bioengenharia estuda?

Ao ter um breve conhecimento sobre o que é bioengenharia, é possível perceber que é uma área multidisciplinar composta por matérias das ciências exatas e da saúde. 

Portanto, dentro dos estudos, você encontra disciplinas de química, cálculo, física, além dos próprios conceitos da engenharia.

Graças a essa amplitude de conhecimento, a engenharia biológica traz várias possibilidades de atuações e especializações. 

Para se ter uma ideia, esse campo também estuda setores da engenharia biomédica para compreender materiais e ferramentas utilizadas nessa matéria. 

Além disso, o profissional desta área estuda sobre biomateriais usados na criação e desenvolvimento de tecnologias para a medicina. Bem como bioprocessos, reatores biológicos e quais as interpretações necessárias em cima deles. 

Então, no geral, essa área estuda meios básicos de como criar produtos e equipamentos viáveis dentro da economia para contribuir com a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

o que a bioengenharia estuda?

Qual é a diferença entre bioengenharia e engenharia biomédica?

É possível dizer que a grande diferença entre bioengenharia e engenharia biomédica está na área de atuação de cada uma. 

De forma bem simples, a engenharia biológica também inclui outros setores das ciências naturais e exatas, enquanto a engenharia biomédica tem maior atuação na área de saúde, exclusivamente.

Isto é, muito da prática da engenharia biomédica tem finalidades medicinais e a engenharia biológica consegue abranger mais setores. 

Mas, realmente, é muito comum as pessoas pensarem que essas áreas são a mesma coisa. De fato, elas têm muito em comum, mas se separam em um determinado momento. 

Em resumo, é como se a engenharia biomédica fosse uma especialização dentro da engenharia biológica focada no setor da saúde. 

Quais são as aplicações da bioengenharia?

As aplicações da bioengenharia se ramificam em diferentes setores da sociedade.

A fusão de determinadas ideias cria campos de exploração inimagináveis e, por que não, propensos a controvérsias. 

Os princípios de design da engenharia, em seus mais variados campos, têm sido aplicados a sistemas biológicos na busca de soluções criativas, com o apoio de máquinas, estruturas e processos. 

Steve Jobs disse que: “não é possível saber conectar os pontos olhando para frente e sim olhando para trás. De alguma maneira, é preciso acreditar que os pontos vão se conectar no futuro de algum jeito”.

A aceleração tem sido vista como uma ameaça e ao mesmo tempo uma oportunidade de resolver diversas limitações que foram codificadas no DNA e que mudaram muito pouco em tão longo tempo. 

Algumas iniciativas têm procurado estabelecer códigos de ética e direitos humanos para evitar o mau uso dessas capacidades. 

O que a natureza demorou alguns milhões de anos para conseguir fazer, o ser humano está levando só algumas décadas. 

Isso pode ter resultados nefastos, ao mesmo tempo que pode tornar possível o aumento, de forma significativa, das capacidades de diferentes espécies pela combinação de elementos químicos, com a tecnologia e engenharia.

Vamos ver alguns exemplos abaixo.

Progresso de wearables

a bioengenharia para o desenvolvimento de wearables

Dentro das aplicações da bioengenharia, uma delas é o desenvolvimento de wearables, conhecidos como devices ou dispositivos tecnológicos que podem ser vestidos. 

Mas como assim vestir um dispositivo? Igual fazemos com os smartwatches, por exemplo. 

No geral, essas tecnologias vestíveis, por assim dizer, oferecem diferentes funcionalidades que podem ser úteis no dia a dia, além de ter influência na moda. 

Inclusive, uma consultoria do IDC Brasil projetou que o mercado de devices, que envolve exatamente os wearables, deve movimentar U$ 21,5 bilhões no mercado nacional e representar 43,7% das receitas de TI do país. 

Portanto, é uma área que está em constante crescimento e de forte atuação da engenharia biológica, principalmente no desenvolvimento de wearables para o setor da saúde. 

Provavelmente, você já viu dispositivos com capacidade de medir sono, batimentos cardíacos e oxigenação. Isso é graças a atuação da engenharia biológica que aprimora cada vez mais esses modelos. 

Engenharia de tecidos artificiais

A engenharia de tecidos artificiais é mais uma das aplicações da engenharia biológica. Essa área é capaz de produzir desde peles até tecidos ósseos artificiais.

Se algum tempo atrás alguém falasse sobre regenerar, recuperar e desenvolver tecidos, certamente diriam que era impossível. 

Mas isso hoje é possível por causa do desenvolvimento da engenharia de tecidos artificiais e do trabalho dos bioengenheiros. 

Essa nomenclatura foi usada pela primeira vez em 1987, para conceituar essa área que reúne disciplinas de física, biologia e química. Muitas vezes, os engenheiros desse setor usam as células-tronco dos pacientes para reconstrução e desenvolvimento de tecidos.

São feitos vários comandos para os núcleos das células de tal forma que elas conseguem se multiplicar e, dessa forma, restaurar órgãos do corpo humano.

Nanotecnologia

Os nanorrobôs são parte da nanotecnologia e também possibilidades de aplicações da bioengenharia.

É bem comum ver a representação deles em filmes mais voltados para a área da tecnologia como em trajes futuristas, por exemplo. 

Desenvolvidos pela primeira vez no Japão, os nanorrobôs funcionam como ferramentas em escala atômica e trouxeram diversas inovações para as áreas que foram introduzidas. 

Inclusive, com ajuda da da engenharia biológica, a nanotecnologia impactou positivamente a medicina, em específico. 

Hoje em dia, essas tecnologias ajudam em técnicas de diagnóstico, desenvolvimento de medicamentos e aplicação correta deles, regeneração de tecidos sintéticos e podem até mesmo destruir células cancerígenas.

Tudo isso com auxílio de bioengenheiros que unem conhecimentos da engenharia com a biologia para criação de novas tecnologias exponenciais.

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Diagnóstico e análise de patologias

Essa nova área também pode ser utilizada no diagnóstico de patologias para desenvolver métodos mais precisos. 

Essa aplicação é de extrema importância, uma vez que o Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostrou em estudos que o diagnóstico precoce e correto de doenças aumenta as chances de serem menos invasivas. 

Nesse campo, o profissional da engenharia biológica pode desenvolver máquinas e instrumentos que possam fazer esse diagnóstico certo ocorra mais cedo. 

Além disso, o conhecimento técnico da engenharia permite que o bioengenheiro atue na manutenção e aprimoramento de equipamentos já existentes para que desempenhem melhor a função. 

Alimentação

bioengenharia na alimentação

Mais uma aplicação da engenharia biológica é na área de alimentação saudável e básica, que provavelmente é um dos maiores desafios enfrentados hoje em dia, como será no futuro. 

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), se o consumo de alimentos continuar do jeito que está, em 2050 será preciso 60% a mais de comida. 

Uma das alternativas é a criação de sistemas inteligentes voltados para a demanda de alimentação da sociedade. 

Aqui entra a importância dos bioengenheiros, juntamente com os profissionais das outras áreas que pesquisam e investem no conhecimento para esse campo. Aliás, esse é um dos segmentos bastante discutidos dentro da bioengenharia no Brasil.

Nesse sentido, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) recebeu simpósios para discutir exatamente como a engenharia biológica pode atuar na produção de alimentos, mesmo com os desafios climáticos. 

Basicamente, ela pode trabalhar em pesquisas e combinações de genes para novos alimentos cultivados de maneiras diferentes e que levem em consideração a sustentabilidade. 

Um exemplo são as fazendas verticais, que procuram produzir alimentos com condições controladas e em centros urbanos. 

Modelos assim contam com auxílio de bioengenheiros para ter o melhor funcionamento. 

O mercado de trabalho da bioengenharia no Brasil

Já que agora você tem mais conhecimento sobre o que é bioengenharia e o que ela estuda, vamos falar aprofundar na atuação profissional. 

Diversidade e oportunidades são palavras que definem o mercado de trabalho da bioengenharia no Brasil. 

Com o avanço das tecnologias, o futuro do trabalho cada vez mais próximo e a demanda por novos equipamentos, a bioengenharia no Brasil está em frequente crescimento. 

Segundo o portal Salário, a contratação de bioengenheiros com carteira assinada aumentou 28,57% ao comparar janeiro de 2023 com fevereiro do ano anterior. 

Embora os cursos para formação de bioengenheiro não sejam comuns no Brasil, as áreas estão progressivamente mais conscientes da qualidade de um profissional desse campo e buscam por conhecimento técnico deles.

Quais são as áreas de atuação de um bioengenheiro?

As áreas de atuação dos profissionais de engenharia biológica são parecidas com os engenheiros químicos, por exemplo, mas com diferenciais. 

Em regra, existem três maiores campos em que os bioengenheiros podem atuar, que são: 

Industrial

O primeiro grande campo de atuação é no setor de indústrias e empresas das áreas de farmácia, agricultura, pecuária, desenvolvimento de tecnologias exponenciais, controle de qualidade, sustentabilidade, entre outros.

Pesquisa

Talvez o mais conhecido popularmente seja o campo da pesquisa, mais voltado para a área acadêmica em si. Afinal, é uma possibilidade para praticamente qualquer formação, já que a ciência é um investimento contínuo. 

Por mais que seja mais comum, a área da pesquisa é tão importante quanto o trabalho em empresas, porque todas as teorias embasam a prática do dia a dia do bioengenheiro.

E tem mais, são as pesquisas que permitem o desenvolvimento de mais tecnologias e da própria área da engenharia biológica.

Consultoria

Por fim, o bioengenheiro também pode atuar com consultorias para empresas do ramo público ou privado. 

O objetivo é unir todos os conhecimentos interdisciplinares e prestar um serviço de orientação e assistência prática. 

Assim, as empresas conseguem seguir a direção certa e potencializar resultados. 

Qual é o salário de um profissional da bioengenharia?

salário na área de bioengenharia

Também de acordo com o portal Salário, a faixa de remuneração do profissional dessa nova área em crescimento no Brasil é entre R$ 6.053,00, em média, e R$ 13.249,49 como teto máximo. 

Mas vale a pena lembrar que esse valor pode mudar conforme a empresa que for contratar em regime CLT ou serviço prestado. 

Segundo esses mesmos dados, o salário médio é de R$ 6.728,12 se for considerado o modelo de carteira assinada. 

Contudo, as variações podem ocorrer também a depender de região de trabalho, cidade, tempo de experiência, especialização e outros detalhes.

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Conclusão

Ainda que seja uma área em crescimento, a bioengenharia já mostrou que veio para ser uma formação concreta e de tendência para o futuro. 

Isso porque ela reúne áreas das exatas e da engenharia, com o conhecimento biológico. Dessa forma, é possível trabalhar na construção ou aprimoramento de tecnologias que podem trazer uma série de benefícios para a população.

Além disso, o bioengenheiro tem várias oportunidades para aplicar as técnicas que vão desde nanorrobôs até a indústria alimentícia.

A tendência é que a engenharia biológica no Brasil se expanda ainda mais e ofereça soluções inovadoras e criativas para os diversos setores da sociedade. 

Gostou desse conteúdo? Leia também sobre o que é a exponencialidade e os benefícios que ela pode trazer para o seu negócio. 

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“A faca que corta o pão é a mesma que pode matar alguém”, destaca CEO do RiR ao falar de IA enquanto uma ferramenta

De cara, no painel “Now What? How to Transform this experience into business results”,  com mediação de Poliana Abreu, Diretora de Conteúdo da HSM e Head da SingularityU Brazil, e participação de Luis Justo, CEO do Rock In Rio, destacou o quanto a inteligência artificial precisa ser lida, aprendida e utilizada com cuidado.

Não se trata apenas de um medo ou alguma complicação futura, como nos filmes. A questão atual foi trazida com um tom de cuidado, entendendo que a automatização é um processo que pode otimizar várias outras questões, mas precisam ter o trabalho humano para que os melhores resultados sejam conquistados.

Ao lado de Bruno Stefani, ex-Diretor Global da AB InBev, Luis Justo, CEO do Rock in Rio, e Juan Pablo Boeira, CEO da AAA Inovação, os especialistas destacaram como os novos modelos de negócio, que utilizam IA, são importantes para enxergar a complexidade do mundo que está sendo construído.

Poliana Abreu, Diretora de Conteúdo da HSM e Head da SingularityU Brazil, Bruno Stefani, ex-Diretor Global da AB InBev, Luis Justo, CEO do Rock in Rio, e Juan Pablo Boeira, CEO da AAA Inovação, no Web Summit 2023

Neste ponto, Luis Justo deixou claro que uma das maiores habilidades hoje é fazer com que a automatização seja um instrumento de utilização humana e não apenas uma condição final para a produção – tal como a Amrapali, no dia anterior. E olhar a tecnologia como uma ferramenta para a própria ação do ato de empreender.

Ao mesmo tempo, Poliana Abreu destacou o quão importante é a tentativa de continuar aprendendo e cada um dos especialistas destacou a sua respectiva estratégia. Desde uma autoanálise, tentando reconhecer hábitos e repetições, como aprender algo novo toda semana e tirar lições sobre as experiências que ocorreram.

Por isso, destacaram a principal ação que os levaram a ter o sucesso: a capacidade de se reinventarem e utilizarem a tecnologia ao seu favor, com “humildade e aprendizado eterno”, como destacou Juan Pablo Boeira, para conseguir aliar este instrumento às necessidades de cada negócio.

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Na contramão da inteligência artificial, fundadora do OnlyFans diz priorizar o olhar humano, além da automatização

Diferentemente do que acontece com a maioria das redes sociais, o OnlyFans tem uma rigidez em sua missão como empresa e isso não é negociável. Manter o contato direto com os ídolos, criando comunidades virtuais entre o produtor de conteúdo e o consumidor, passa por um trabalho que cada vez mais exige atuação humana.

A missão clara e inegociável foi tema do painel “OnlyFans: attracting creators and growing communities”, no Web Summit 2023, em uma conversa entre a fundadora e CEO do OnlyFans, Amrapali Gan, e a jornalista Emma Hinchliffe, da Fortune.

Segundo a CEO da rede social, isso começa muito antes do contato entre produtor de conteúdo e consumidor. A própria arquitetura virtual que é criada pela empresa define suas prioridades.

Com o objetivo de ser um canal direto, a plataforma age em favor do criador de conteúdo. Começando pela monetização, onde 80% do pagamento vai para seus influenciadores e apenas 20% fica com a empresa.

Além disso, diferentemente de outras redes sociais, não há algoritmos que comandam sugestões e recomendações. O OnlyFans mantém a conexão do criador com os fãs em um canal direto, inclusive, sem propagandas.

Isso permite uma liberdade maior em relação às outras redes sociais. As comunidades são criadas entre o ídolo e os fãs, sem um intermediário ali presente e a Gan deixou claro que não é do interesse da plataforma em desenvolver controles de inteligência artificial, mesmo recebendo vários pitchs de startups e projetos que envolvem automação destes pontos.

O OnlyFans, na contramão do que ocorre em várias empresas, tem uma equipe humana de trabalhadores ativos nas checagens de informações e rastreios digitais, tanto dos usuários quanto principais influencers.

Além dos criadores de conteúdos adultos

Essa rede social virou sinônimo de conteúdo adulto. Um exemplo recente disso foi exposto pela ex-BBB Key Alves, em horário nobre na Rede Globo, ao falar do quanto ganhava criando conteúdo na rede social. O uso massivo para este tipo de exposição ocorre por conta da rede social garantir a segurança dos conteúdos criados. Porém, o OnlyFans não se basta apenas nisso.

Na verdade, segundo Amrapali, a rede social mantém sua característica de liberdade de expressão, deixando na conta do criador de conteúdo a decisão do que será produzido.

Por esta razão há conteúdos mais livres e diferentes em relação às outras e o trabalho humano na rede social é continuar pontuando qual o tipo de público daquele influencer. Além disso, ao priorizar o olhar humano, o controle ocorre também sobre algumas condutas que violam as regras do espaço.

Uma das atenções que Amrapali chamou é para o segmento de lutas esportivas, em que há vários criadores de conteúdo de sucesso que estão neste segmento. Segundo a Fundadora e CEO, os criadores de conteúdo possuem muita estratégia e análise profunda do conteúdo que criam. Além disso, com o vínculo estreitado entre eles e seus fãs, o direcionamento fica mais claro e o consumo contínuo.

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7 aplicações do Chat GPT e como você pode usá-lo

Quem acompanha as novidades do mundo da tecnologia — ao mesmo que esteja fora da Terra nos últimos meses — já ouviu falar sobre o termo do momento: o Chat GPT. Em janeiro de 2023, ele já alcançou 100 milhões de usuários pelo mundo.

Essa ferramenta que, mais uma vez na história, é vista como uma ameaça aos empregos e à veracidade mas também enquanto a possibilidade de uma praticidade gigantesca, chama atenção de todas as pessoas de maneira viral. Mas como usar o Chat GPT?

Muitas pessoas, embora conheçam o nome, ainda não se aventuraram a testar suas possibilidades. Para mostrar como funciona o Chat GPT e explicar melhor como essa solução é usada, criamos um conteúdo para isso. Tenha uma ótima leitura!

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Leia também: Greg Brockman e o futuro das IA Generativas

O que é Chat GPT?

Segundo a própria ferramenta, o Chat GPT é um modelo de linguagem natural desenvolvido com base na arquitetura GPT-3.5.

Essa é uma evolução da arquitetura GPT-3 (Generative Pré-trained Transformer 3), que é um modelo de aprendizado de máquina baseado em rede neural.

Ele foi treinado com uma grande quantidade de dados textuais — o que inclui livros, artigos, páginas da web e outras fontes de texto disponíveis na internet. Tudo isso em vários idiomas, com o objetivo de gerar texto em resposta a perguntas e comandos.

Basicamente: é uma ferramenta poderosa para interação humano-computador que tem impactos positivos e negativos na vida humana.

Essa tecnologia foi desenvolvida pela equipe da OpenAI, uma organização de pesquisa em inteligência artificial inicialmente sem fins lucrativos com sede em São Francisco, Califórnia, criada em 2015.

A equipe da OpenAI responsável pelo desenvolvimento do Chat PT reuniu especialistas em inteligência artificial, engenheiros de software, cientistas de dados e outros profissionais altamente qualificados.

Alguns empresários e investidores por trás dele incluem Elon Musk, Sam Altman e Greg Brockman. Entre os nomes importantes, também está Mira Murati, a CTO da empresa criadora.

Como o Chat GPT funciona?

Como o Chat GPT funciona?

O Chat GPT funciona usando uma arquitetura de rede neural chamada Transformer, que é especialmente projetada para processar sequências de dados, como palavras em uma frase ou caracteres em um texto.

O Transformer é capaz de aprender a relação entre as palavras em uma sequência e produzir uma saída coerente com base nessa relação.

Essa ferramenta é pré-treinada em uma grande quantidade de dados textuais usando um processo chamado de “aprendizado por transferência”.

Durante o pré-treinamento, o modelo é exposto a uma ampla variedade de textos em diversos idiomas e tipos de texto, como livros, artigos de notícias, postagens em redes sociais, entre outros.

Isso permite que o modelo aprenda a estrutura da linguagem natural e desenvolva uma compreensão geral do mundo — que é o que vai ser útil aos usuários.

Depois disso, o ChatGPT se ajusta para uma tarefa específica, como responder a perguntas ou realizar traduções. Durante o ajuste, o modelo é exposto a um conjunto de dados específico para ela e treina para gerar saídas relevantes para essa tarefa.

Quando a ferramenta recebe uma entrada de texto do usuário, ela passa a entrada pelo modelo e produz uma resposta baseada em sua compreensão do mundo e da linguagem natural.

O modelo usa uma técnica chamada “geração de texto condicional” para produzir uma resposta que é relevante para a entrada do usuário.

Como se baseia em aprendizado, o Chat GPT também pode ser ajustado para atender a necessidades específicas, como reconhecer e utilizar jargões técnicos de uma determinada área ou indústria.

Isso faz com que ele também seja capaz de aprender e adaptar sua resposta com base no feedback do usuário.

Como usar o Chat GPT? Tutorial do passo a passo completo

Mas, afinal, como usar o Chat GPT? Os usuários podem aproveitar a plataforma de maneira bastante simples e intuitiva. Qualquer pessoa pode acessá-lo, pois é uma plataforma gratuita — no momento.

Veja como fazer isso:

  1. Acesse o site da OpenAI e crie uma conta para obter acesso à API. Acesse o link para se inscrever. Depois de criar uma conta, você vai ser direcionado para um novo chat;
  2. Escreva uma pergunta ou declaração na caixa de entrada de texto e clique em “Enviar”. O modelo responderá com uma resposta gerada automaticamente com base na entrada;
  3. Se não estiver satisfeito com a resposta, você pode clicar em editar para modificar o seu comando. Também é possível dar um feedback positivo ou negativo em relação à resposta e preencher o motivo pelo qual você não gostou dela;
  4. Continue a conversa com o modelo fazendo novas perguntas ou declarações na caixa de entrada de texto. O modelo responderá com base em sua compreensão da conversa até aquele ponto.

É sempre preciso ter em mente quando falamos sobre como usar o Chat GPT, ele é uma ferramenta de linguagem natural.

Portanto, pode ser influenciado por informações incorretas ou preconceituosas que estão no próprio banco de dados.

Aplicações do Chat GPT

Aplicações do Chat GPT

Há uma grande quantidade de aplicações do Chat GPT. Entre elas, podemos destacar:

  • assistentes virtuais;
  • elaboração de relatórios;
  • criação de conteúdo;
  • tradução de idiomas;
  • automação de processos;
  • pesquisas online;
  • recrutamento de candidatos.

Assistentes virtuais

O Chat GPT pode ser usado como um assistente virtual em diferentes setores, incluindo comércio eletrônico, atendimento ao cliente e suporte técnico.

O modelo de linguagem natural pode interagir com os usuários, responder perguntas, fornecer informações e ajudar a resolver problemas.

Elaboração de relatórios

A ferramenta pode ser usada para automatizar a elaboração de relatórios em diferentes áreas, como finanças, recursos humanos e marketing.

Dá para analisar dados, gerar insights e apresentar informações de maneira clara e concisa, de acordo com as informações que você fornece.

Criação de conteúdo

Ele pode ser usado para criar conteúdo em diferentes formatos, como artigos de blog, e-mails de marketing e descrições de produtos.

Essa plataforma pode gerar textos originais com base em um conjunto de dados de entrada, evitando a necessidade de escrever conteúdo do zero — e o material pode ser editado também.

Tradução de idiomas

Ele pode ser usado para traduzir idiomas de maneira mais eficiente. Com base em um conjunto de dados de entrada em uma língua específica, o modelo de linguagem natural pode gerar traduções em outro idioma. 

E sem comprometer a compreensão do conteúdo.

Automação de processos de negócio

A ferramenta também pode ser usada para automatizar processos de negócios, como é o caso da análise de documentos e gerenciamento de projetos.

Isso é possível porque ele consegue executar tarefas com base em regras predefinidas, aumentando a eficiência e reduzindo erros das entregas.

Pesquisas online

Ele também pode ser útil para realizar pesquisas online interativas, onde os usuários podem responder a perguntas em linguagem natural e receber respostas precisas e personalizadas em tempo real. 

Na prática, é como se fosse um tipo de Google direcionado.

Recrutamento de candidatos

Essa inteligência também pode ser usada em processos de recrutamento para realizar triagens iniciais de candidatos, responder a perguntas frequentes sobre a empresa e as vagas, e até mesmo conduzir entrevistas virtuais.

Isso pode economizar tempo e recursos para os departamentos de RH, além de melhorar a experiência do candidato. No entanto, é preciso também ter cuidado com o algoritmo para não haver nenhum tipo de tendência.

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Quais são as vantagens e desvantagens de usar o Chat GPT?

vantagens e desvantagens do Chat GPT

Como um modelo de linguagem natural, o Chat GPT pode ter vantagens e desvantagens, dependendo do contexto em que é utilizado. Algumas das vantagens e desvantagens mais comuns incluem:

Vantagens

  • respostas rápidas: ele pode fornecer respostas imediatas a perguntas e consultas sem a necessidade de interação humana adicional;
  • disponibilidade 24/7: a ferramenta está disponível 24 horas, 7 dias por semana, sem interrupções, permitindo que os usuários obtenham respostas a qualquer hora do dia ou da noite;
  • personalização das entregas: a ferramenta pode ser personalizada para atender às necessidades específicas de uma empresa ou organização, permitindo que os usuários recebam respostas mais relevantes e adequados;
  • capacidade de lidar com grandes volumes de solicitações: esse modelo também é capaz de lidar com grandes volumes de solicitações simultâneas de usuários, sem reduzir sua eficiência ou precisão. No entanto, ainda há momentos em que ele não aguenta a capacidade;

Desvantagens

  • limitações na compreensão de contextos específicos: ele pode não entender contextos específicos ou nuances da linguagem usada pelos usuários, o que pode levar a respostas imprecisas ou inadequadas;
  • informações não são atualizadas em tempo real: os dados de 2022 e 2023, por exemplo, não fazem parte do banco de dados do Chat GPT, o que pode torná-lo incapaz de falar sobre informações recentes;
  • possibilidade de gerar respostas irrelevantes: ele pode gerar respostas irrelevantes ou fora do tópico, dependendo da natureza das perguntas ou da qualidade dos dados de entrada;
  • falta de empatia e sensibilidade: um modelo de linguagem natural não pode agir, de fato, como um ser humano, portanto, pode não ter a empatia e a sensibilidade que um ser humano teria para lidar com situações complexas ou emocionais.

Quais são as expectativas para o Chat GPT?

As expectativas para o futuro do Chat GPT são muitas. A tecnologia de processamento de linguagem natural tem evoluído rapidamente nos últimos anos essa ferramenta representa um avanço significativo nessa área.

Por isso, merecem destaque para o futuro alguns aspectos como:

  1. melhoria da qualidade das respostas: à medida que a tecnologia de processamento de linguagem natural avança, espera-se que a ferramenta seja capaz de fornecer respostas ainda mais precisas e relevantes para as perguntas dos usuários;
  2. aprendizado contínuo: ele é treinado em um grande volume de dados para melhorar suas habilidades de conversação. Espera-se que, no futuro, ele seja capaz de aprender continuamente com novas interações e informações, o que ajudará a melhorar ainda mais sua capacidade de conversação.
  3. personalização crescente: acredita-se que ele pode se tornar ainda mais personalizado no futuro, de modo que possa fornecer respostas mais específicas para os usuários com base em suas preferências, histórico de conversas e outros dados relevantes;
  4. expansão de aplicativos: ele já tem aplicações em uma variedade de situações, como assistência ao cliente, e-commerce e atendimento médico. No futuro, espera-se que a ferramenta possa ser aplicada em uma gama ainda mais ampla de setores, como finanças, educação, viagens e muito mais;
  5. melhoria da interface de conversação: a expectativa é que a ferramenta evolua para oferecer uma interface de conversação cada vez mais natural e intuitiva para os usuários, o que permitirá que a interação com os sistemas de computador seja ainda mais eficiente e eficaz.

Diferenças do Chat GPT para o Chat GPT-4

A grande diferença entre o Chat GPT e o Chat GPT-4 é a versão. Enquanto o primeiro é o 3.5 — substituindo o GTP-3, o GTP-2 e o anterior GTP —, o segundo é apenas mais uma atualização.

Exclusivo para os usuários da versão plus, a versão 4 do programa apresenta maior precisão ao lidar com provas complexas e é capaz de elaborar textos com até 25 mil palavras.

O programa GTP-4 oferece um aumento de 45% nas respostas corretas e reduz em até 82% o risco de ferir as diretrizes de etiqueta da OpenAI.

Apesar desses avanços, é preciso sempre lembrar: a ferramenta não é perfeita e ainda pode apresentar comportamentos inadequados ou discursos preconceituosos devido ao seu algoritmo — os dados vêm dos humanos.

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Conclusão

O Chat GPT desafia muitas dinâmicas com a sua inovação e é mais uma tecnologia que as pessoas precisam acompanhar para entender os impactos a longo prazo.

Da mesma forma que ele entrega respostas rápidas e personalizadas, ele também pode criar informações falsas e preconceituosas. Tudo isso, dentro de um grande contexto de aplicações, que vão desde assistentes virtuais até recrutamentos.

Mas para acompanhar essa e outras tecnologias, é fundamental se preparar e capacitar para esse novo momento do mundo e do mercado.