Categorias
Tecnologia

“Estou empolgado para ver as mudanças que este momento histórico proporcionará”, destaca diretor da Anfavea

O momento disruptivo atual tem engendrado vários sentimentos nas pessoas. Na tentativa de enxergas perspectivas futuras, o painel “Tendência de eletrificação: veículos e infraestruturas”, contou com uma entrevista entre Marcus Gasques, Diretor de redação da revista Autoesporte, e Luiz Carlos Moraes, vice-presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), no Sest Senat Summit 2023.

A eletrificação tem sido uma temática extremamente profunda na conferência. Carlos van de Weijer tratou deste tema na abertura do Summit, ao falar sobre novas tecnologias que estão disponíveis em veículos automotores e aviões.

O professor Ram Rajagopal discutiu novas alternativas no transporte e de que maneira os dados estão auxiliando no processo de inteligência da eletrificação e descarbonização.

A agenda ESG tem se mostrado um caminho crucial para isso e Marina Cançado tratou disso no painel e pontuou como este caminho está atrelado a criação de um valor na própria organização.

Dessa vez, a conversa entre os especialistas foi de compreender qual o panorama brasileiro destes movimentos e de que maneira serão envolvidas socialmente.

O vice-presidente da Anfavea deixou claro que a eletrificação, hoje, ainda tem se dado nas pequenas distâncias, principalmente em cidades. Inclusive, ressaltou o quanto são mais preferíveis, por conta dos ruídos mínimos e políticas de poluição zero. Ônibus urbanos já são desta maneira e, em São Paulo, a tendência é que sejam a completude (ou pelo menos maioria) nos próximos anos.

O problema, para Luiz, tem sido a questão do tamanho das baterias, por isso os veículos não alcançam grandes caminhos. Além disso, deixou claro como é necessário “olhar para a frota circulante para depois achar alternativas”, muito antes de apenas dizer o que teremos no futuro.

Porque, segundo o diretor da Anfavea, a médio e curto prazo, o caminhão continuará sendo a principal frota de abastecimento, mesmo que eletrificado. É algo que está inserido historicamente na nossa sociedade e precisará de um tempo para que outro tipo de tecnologia consiga ter tanto alcance quanto.

Ao mesmo tempo, salientou na entrevista com Marcos Gasques o quanto é necessário compreender que as soluções são diferentes. Ou seja, ações específicas de outras energias serão prioridades de alguns setores, mas, por enquanto, serão casos particulares.

Luiz Carlos Moraes, diretor da Anfavea, destacou, com pragmatismo, o momento que estamos vivendo na transformação do transporte brasileiro no Sest Senat Summit 2023

Tendências para o futuro da eletrificação

Luiz é claro em sua fala: “é necessário fazer treinamento e também compreender de que maneira podemos transformar com estas mudanças do mercado.”

Por ser uma associação dos fabricantes de veículos automotores, a Anfavea está focada em estruturar converssa com as indústrias, atuando de uma maneira compreensiva e explicando que haverá novas necessidades com a transformação digital e, consequentemente, todos precisarão estar preparados para isso.

Outro ponto levantado, que tem dois lados, é o apoio estatal. Para o vice-presidente da Anfavea, há duas questões interessantes.

A primeira é que está faltando uma ajuda governamental que beneficie as pessoas e empresas que buscam a eletrificação. Hoje, em São Paulo, quem possui este tipo de veículo não é multado pelo rodízio, mas não há maior incentivo para isso.

É necessário entender que, para mudar uma frota completa, isso será uma questão no futuro e sabemos que as mudanças são mais abruptas quando impactam financeiramente na vida das pessoas. Marcos Gasques pontua que “se não houver razão para mudar, não haverá mudança” e ambos encontraram a solução nesta questão monetária.

Outro ponto é que há conversas junto às instituições governamentais para preparar os trabalhadores. Com as mudanças que a eletrificação proporcionará no mercado de veículos automotores, a preparação será importante e a reeducação destes trabalhadores é o que vai garantir seu espaço no futuro.

Por fim, o jornalista Marcus Gasques, destacou que a eletrificação e hidrogênio são uma alternativa, mas é necessário continuar na procura de desenvolver outra indústria: a de combustíveis verdes.

Categorias
Blog Tecnologia

“Segurança digital é um processo que precisa ser construido em toda a empresa”, aponta diretor da Kaspersky

O segundo dia de Sest Senat Summit começou com “artilharia pesada”, como os ouvintes destacaram. O assunto sobre cibersegurança normalmente causa esta dificuldade, porque a maioria das organizações não atendem os múltiplos quesitos necessários de segurança da informação.

Às vezes são questões de alguma “ponta solta” e é exatamente por este motivo que a palestra contou com Cláudio Martinelli, Diretor LATAM da Kaspersky, especialista em segurança digital. E não foi diferente: o painel se iniciou com uma aula sobre possíveis ataques, que podem acontecer nas réguas de energia, carregadores portáteis e até sistemas de centrais de transporte.

Toda esta questão é levantada porque os ataques e danos de crime digitais acontecem o tempo todo, segundo o especialista. Quase a metade das empresas hoje no Brasil demoram mais de um dia para descobrir que houve algum tipo de tentativa de ataque. 48% delas descobrirão apenas depois de 24h, podendo levar meses ou nunca descobrirem que houve uma tentativa.

Além disso, vazamentos de dados geram prejuízo médio de R$5,8 milhões, porém, o preço varia, pois nem sempre há backup para retomar em algum ponto em que o processo estava constituído. Nesse sentido, Cláudio deu destaque para onde nossas atenções necessariamente precisam estar voltadas, dando dicas sobre estes processos de proteção de informações, tão cruciais para as organizações neste mundo atual imerso na digitalização.

Da cibersegurança para a ciberimunidade

Neste momento da nossa história, é difícil acompanhar tamanhas mudanças e exigências que o mundo digital anda nos proporcionando. Por isso, pensando na segurança da informação, é necessário fazer uma passagem da segurança para a imunidade.

Tal como nosso corpo, é necessário criar já barreiras protetoras. O conceito de ciberimunidade (Cyberimmunity) se trata de deixar o sistema não convidativo aos ataques digitais. Ou seja, tornar o ataque não rentável para quem o mira e inútil por sua insistência à grandes barreiras.

A ideia é cada vez mais fazer fortalezas e impedir que este desenvolvimento seja possível. Porém, além das questões instrumentais, o especialista em segurança digital atentou o público sobre os pilares da inteligência e treinamento.

Afinal, não existe uma solução para todos. É preciso conhecer o inimigo e procurar uma solução ideal para o seu sistema. Olhar o risco da infraestrutura, dos sistemas, quais são mais valiosos e rentáveis, entender como pode ser mais efetiva uma segurança no decorrer da análise e quais os primeiros passos a serem dados.

Além disso, e Cláudio Martinelli dedicou grandes minutos neste ponto, é tratar sobre a questão do treinamento. É fundamental que possam ter equipes técnicas capacitadas além do T.I.

Esta área é necessária como parte do planejamento, onde consegue dar as melhores avaliações dos riscos e estão a par das respostas necessárias caso haja alguma questão.

Cláudio Martinelli, Diretor da Kaspersky, iniciou o 2º dia do Sest Senat Summit 2023
Cláudio Martinelli, Diretor da Kaspersky, iniciou o 2º dia do Sest Senat Summit 2023

Além disso, conseguem comunicar o problema, traduzindo em uma linguagem acessível, enquanto dão continuidade no negócio, remediando a situação.

Este setor consegue tratar de antemão todas estas situações e mais algumas outras questões. Afinal, é necessário que a própria organização tenha o padrão antes do incidente, visando redução de danos, por isso, é importante ter pessoas que conheçam os dados e o cenário da empresa.

Porém, a questão central é a frágil situação dos usuários/colaboradores.

O usuário precisa, necessariamente, de um treinamento, inclusive os terceirizados. As práticas de segurança precisam ser consistente e estarem na linguagem de todos os colaboradores da organização.

É necessário treinar todos os dias, porque a retenção de conhecimento, em 1 semana, cai em 80%. Cláudio deu ideias de ministrar pílulas de conhecimento em cada acesso e relembrar algumas condutas que não deem brecha para que uma invasão aos dados ocorra.

Em sua palestra, destacou a importância de:

  • Utilizar apenas equipamentos controlados pela segurança de dados;
  • Buscar senhas de acessos que não sejam parecidas com as senhas particulares de cada usuário;
  • Construir uma alfabetização e letramento digital para os usuários, em todos os meandros da cadeia de produção;
  • Mapear os possíveis vetores de ataque e quais são as principais áreas de foco de treinamento.
Categorias
Blog Tecnologia

“Estamos em outro momento e precisamos alinhar os dados às nossas decisões “, aponta professor de Stanford

A convergência tecnológica está mudando o mundo. Graças à digitalização, diferentes tecnologias criaram um emaranhado digital, no qual, em seu substrato, há registros de dados utilizados em todos os meandros dos acontecimento da nossa realidade.

Essa é uma questão que envolve diretamente o big data, que, por definição, se trata de “um modo de compreender que há um alto volume de dados distribuídos nas realizações digitais, que precisam de elaboração para serem transformadas em informação”, de acordo com Leandro Matos, expert da SingularityU Brazil, em sua fala no Sest Senat Summit.

Com este acúmulo, é possível gerir um processo denominado dataficação: utilizar os dados e fazer deles uma inteligência, na tentativa de análise ou até de captação de recursos. Reconhecer este tipo de realização é perceber que há uma riqueza de produtos que podem se transformar, em benefício de uma empresa ou de um propósito.

Por exemplo, as cidades já estão atuando desta maneira. Os dados registrados a partir de fotos de radares, câmeras de segurança e marcações em redes sociais, recuperados dos aplicativos, são compilados em tempo real, por inteligências artificiais, que ainda produzem leituras para tomada de decisões.

Utilização de centralização dos dados por algumas gerências e países também estão se tornando comuns. No caso, Leandro Matos mostrou uma cooperação relacionada ao país Singapura, onde utiliza a centralização dos dados para navegação dos automóveis. Isso atua também na questão de segurança, preços dinâmicos de pedágio e até a preocupação com os locais que ambos estão se movimentando.

Leandro Matos participou do Sest Senat Summit no painel “Big data aplicado à tomada de decisão no transporte”

Hoje uma das questões complicadas é o armazenamento. Há 90% dos dados mundiais que não são utilizados. É preciso dar volume, sentido e usos à eles. Porém, a maior questão, é que não há manejo pelos próprios donos destes princípios de informações.

O uso de serviços digitais compete já uma dataficação, porém, o que poucos sabem, é que estes dados vão apenas para as empresas que são donas destes serviços. Por isso, Ram Rajagopal, professor de Stanford, e Leandro Matos destacam a importância da diretriz que alia big data nos processos produtivos do trabalho no transporte.

Oportunidades para o uso de big data no Brasil

No Sest Senat, o professor Ram destacou a importância de compreender o momento de acumulação de dados. Afinal, é possível tratá-los, fazer essa gestão de análise, entender que partes precisam de uma atenção maior e otimização pela empresa. Possivelmente até uma automação, de acordo com a infraestrutura.

O especialista destaca que isso já é um acontecimento e não há volta. É necessário se aliar às questões de dataficação. Quando falamos do transporte, ter essa análise de dados é ir além dos processos intuitivos de decisão e de conhecimento empírico histórico.

Os dados são importantes para uma leitura diferente do que já existe e de uma descentralização das tomadas de decisão. Há particularidades que precisem da experiência, mas há também questões que só são mapeadas de acordo com uma captação de grandes cenários, que apenas um grande volume de dados (big data) tratados garante.

Gerenciamento e otimização é uma questão de necessidade e, se estamos perdendo estes dados, pois não estão ao alcance da empresa ou não são possíveis de ser lidos, há uma falha de clareza e perspectivas do próprio negócio.

Professor Ram Rajagopal esteve presente no Sest Senat Summit e deu uma aula sobre “Tecnologias de infraestrutura: desafios e soluções para mobilidade inteligente em áreas urbanas”

Outro ponto é usar os dados para análises de questões que até hoje eram impensáveis, como o futuro. Existe uma estratégia de uso planejamento e previsibilidade de processos, que pode se define como Gêmeos Digitais.

Em sua definição, este programa digital pode mapear os modelos de operação e que toma decisões de planejamento e suporte. Dependendo dos dados que possui e com a captação constante, pode gerir e fazer simulações sobre cadeia de suprimentos, construções, simulações de caminhos e atualizações de planejamento.

Uma questão extremamente interessante é que o mundo caminha para uma digitalização de toda a experiência. O 6G está chegando com otimismo no mercado, com extremo alcance, conexão e oportunidade de constituir uma malha digital em quase todos os principais locais do mundo, diferente do 5G, há uma questão de eficiência e que retira as dificuldades digitais de conexão.

Com esta infraestrutura, cada vez mais dados serão criados e novas leituras podem ser proporcionadas, em diferentes dimensões, já que estamos digitalizando até questões corpóreas. Com este tipo de tecnologia, precisaremos estar atrelados às diretrizes de big data para dar conta destas oportunidades.

Por fim, algo que foi trazido pelo professor Ram Rajagopal, é a construção de centros de distribuição inteligentes, de forma co-criada por outros players. Hoje, no Brasil, segundo o especialista, há uma dificuldade em lidar com os dados por conta da transparência.

Há um medo sobre o que farão com esses dados e há uma preocupação que impede a integração dos dados necessários. Mas, o que não compreendem segundo ele, é que “dado não tem valor algum, apenas os insights e é necessário misturá-los com as inteligências dentro da empresa e sociedade”.

Por isso, construir, de forma conjunta, áreas de abastecimento (de energia e produtos) conjuntas, conectadas com os dados distribuídos entre players. Existe um processamento e gerenciamento que pode ser benéfico, principalmente em lidar com menor impacto ao meio ambiente, controle e otimização do tempo de cada um dos transportadores.

Categorias
Blog Tecnologia

“A eletrificação dos transportes é a parte mais disruptiva e interessante no momento atual”, destaca Carlo van de Weijer no Sest Senat Summit 2023

O Rooftop do Teatro Santander, em São Paulo, foi o palco escolhido para o Sest Senat Summit, que deu seu início nesta terça-feira (15/08). Com a temática e foco no Futuro do Transporte, quem inaugurou a plenária foi o Expert da Singularity University, Carlo van de Weijer.

Talvez poucos tenham se atentado a isso, mas transporte é algo tão importante para nós que impacta em boa parte do nosso salário: gastamos perto de 15% dele apenas nesta questão. Transportar-se é algo crucial para nossas vidas e está relacionado às questões de bem-estar, saúde e conforto.

Em sua fala, Carlo buscou alinhar as necessidades que temos de cuidado com nossa existência, desde questões mais pessoais (como o próprio corpo), até questões coletivas, como a parte ambiental. Afinal, há questões de congestionamento, poluição, barulho, C02 e uso do espaço público que modificam a qualidade da nossa vida.

O especialista destacou que são necessárias diferentes abordagens para entender como melhorar esta questão e que o consumo não é o único problema:

“Parar de buscar crescimento no mercado consumidor ou deixar de produzir não vai resolver nosso problema. É uma solução parcial. Precisamos inovar e achar outras soluções para continuar os mesmos processos, porque lidamos com a vida desta maneira.”

É neste ponto em que o expert da SingularityU trouxe a qualidade da vida humana como componente principal para compreender algumas inovações. Afinal, não se trata apenas de eficiência, desenvolvimento produtivo e transformações sem sentido: disrupções serão aceitas socialmente se fizerem parte do direcionamento da qualidade da existência e praticidade social.

Por exemplo, as pessoas não querem mais barulho. Drones grandes, em que tenham hélices barulhentas, não serão utilizados ou sequer desenvolvidos para o benefício individual de transporte.

Os veículos coletivos ainda são propostas interessantes, mas, como há uma questão social individualizante, o compartilhamento não é uma questão que conquistou seu espaço. Os carros elétricos e autônomos estão conquistando cada vez mais público no mercado e parecem ser o direcionamento na maneira em que nos transportamos.

Eletrificação dos veículos

Para Carlo van de Weijer, este movimento de eletrificação pode ser sintetizado na sigla CASE: Conexão, autônoma, compartilhada (share) e elétrico dos veículos de transporte.

Em sua fala, o expert da SingularityU destacou o quanto há pontos positivos e alguns um tanto quanto discordantes, que merecem nossa atenção.

Por exemplo, cada vez mais será necessário que carros sejam e estejam conectados com infraestruturas digitais necessárias, que se caracterizam por acesso à geolocalização, internet, acesso público e de capacidade informativa-responsiva.

No questão do compartilhamento, a fala destacou o quanto a questão individualizante do ser humano é um empecilho, porque há momentos para que isso aconteça.

Ao mesmo tempo, os transportes elétricos se tornarão uma realidade e o mercado já está se encaminhando para dar conta desta demanda, afinal, a busca por carros elétricos, por exemplo, já passa a ser uma prioridade para alguns consumidores.

A bateria a lítio está diminuindo seu valor, o que a torna mais acessível. A manutenção do produto é melhor do que há cinco anos. Para o expert da SingularityU, a eletricidade será a base energética de tudo no futuro e também a solução para os problemas. Cerca de 45% da poluição de CO2 no mundo provém dos carros e queima de combustíveis fósseis. Isso será mudado com este processo.

Ao mesmo tempo, a disrupção também acompanha outros modos de transporte, como a aviação, que corresponde, hoje, a 11% da poluição de CO2 na atmosfera. Esta área está desenvolvendo modos de captura de carbono e utilização de energia solar.

A infraestrutura possibilita que a renovação de energia ocorra. No Brasil, há 494 aeroportos e 3000 aeroportos privados e isso é extremamente importante para que o sistema elétrico dê conta, afinal, alguns aviões já conseguem fazer 5000km utilizando apenas energia elétrica.

Uma questão levantada é o montante de eletricidade necessária com mais esta demanda. Para dar conta da produção energética necessária hoje no país, seria necessário cerca de 25.000km2 de placas solares.

No futuro, a tendência é que este número aumente, pela demanda que também irá crescer, mas, outro ponto extremamente interessante, é compreender que as otimizações tecnológicas também ocorrerão, já que há diferentes pesquisas que tentam aumentar a eficiência de placas solares e outras energias verdes.

Quanto a questão da autonomia, o ponto mais importante foi compreender que ele pode ser uma ajuda, mas não será algo sem completa direção ou motorista. As diretrizes não darão conta de uma gama de regras não-escritas no trânsito e isso precisa ser colocado em perspectiva.

Os usos, inclusive os automatizados, precisam ser bem construídos

Para Carlo Van der Weijer, a questão maior é o uso dos sistemas condicionados, ao qual a automatização é construída. Existem diretrizes para constuir esta autonomia. Por hora, essa tomada de decisão automática não dá conta de lidar com as regras informais de trânsito. Cada região, cidade e estado se movimentam em uma maneira específica.

Os carros elétricos estão no nível 3 de autonomia. As projeções de nível 5, em que se caracterizam por um tipo completo de autônomo (do pedal e locomoção até das leituras de trânsito), podem ser consideradas boas alternativas sobre o uso do espaço.

“Eles são importantes para a segurança, mas precisam de mais pesquisas para lidar com as regras além do colocado na oficialidade do trânsito. É algo, ainda, pouco prático. Mas podem solucionar um problema de congestionamento sem sequer tocá-lo.”

Segundo Carlo, carros autônomos se tornarão importantes porque também permitem que o congestionamento deixe de ser algo sem vitalidade. Com essa responsabilidade e execução autônoma, é possível transformá-lo em uma maneira de aproveitar o tempo, que hoje é perdido.

Carlo traz esse destaque principal para entender que há uma necessidade de pensar na qualidade do nosso futuro. Por isso, continua destacando o uso da autonomia de uma maneira inteligente.

Nesse sentido, o expert da SingularityU não só defende a necessidade de um transporte coletivo, como o ônibus, mas destaca a necessidade de modelos de transporte que consigam trazer mais saúde para a população e é papel coletivo pensar nestas alternativas.

“Aviação está se tornando sustentável e consegue movimentar mais pessoas, além de ser uma área que procura se eletrificar e usar tecnologias de captação solar. Ferrovias e supersônicos, diferentemente do que o senso comum pensa, tem problemas relacionados ao impacto ambiental. Não acredito que drones serão produzidos para transporte de pessoas. Carros se tornarão mais sustentáveis e podem dar conforto, mas são as bicicletas que salvarão as cidades colocarão fim nos congestionamentos.”

Nessa afirmação, o especialista destaca a importância das diretrizes, que precisam estar alinhadas às questões de importância social. No caso específico da Holanda, mostra como a agenda da saúdefoi crucial para resolver vários problemas, até de maneira indireta.

Com as bicicletas, Van de Weijder destacou que a cidade passou a ser movimentada pelas pessoas e ter uma vitalidade diferente. Ao mesmo tempo, há tamanha frustração e repulsa dos próprios holandeses, por não terem uma cidade que seja completamente produzida para os carros e criticam o sistema de bicicletas.

Porém, este modo de vida é o que tem melhorado a questão de saúde, congestionamento, poluição e até harmonia nas cidades dos Países Baixos. É por esta razão que as ruas não são mais construídas apenas para carros e não há volta para os carros dominarem as cidades.

Isso porque, segundo o especialista, nosso desenho cerebral e o transporte está diretamente ligado às nossas composições corpóreas. Estar em trânsito e movimentar o corpo é uma necessidade do indivíduo, por isso, Van de Weijer salienta tamanha necessidade de procurar modos de transporte que também nos ajudem nas questões mais práticas da vida humana.

Categorias
Empreendedorismo Tecnologia

Economia e meio ambiente: impactos, relação e como aliar?

A busca por um futuro mais sustentável depende do que as organizações estão fazendo e enfrentando para equilibrar economia e meio ambiente, ou melhor, o crescimento econômico com a preservação do planeta.

É aí que a inovação desempenha um papel fundamental, oferecendo oportunidades para o desenvolvimento de soluções criativas e impactantes. 

E se a interseção entre economia e meio ambiente tornou-se uma discussão fundamental para as lideranças empresariais, bons líderes precisam estar atentos a esse tema.

A seguir, vamos compreender melhor sobre o assunto, entendendo como eles podem caminhar juntos e, principalmente, como os gestores fazem parte disso!

Leia também: Qual a importância do empreendedorismo sustentável nas empresas?

Economia e meio ambiente: entenda os papéis

Enquanto a economia busca impulsionar o crescimento e a prosperidade, o meio ambiente abriga os recursos naturais essenciais para a sobrevivência do planeta e das gerações futuras. 

Compreender os papéis desempenhados por cada um desses aspectos é fundamental para uma abordagem sustentável e equilibrada. Primeiro, vamos entendê-los individualmente para seguir com a discussão.

Economia

A economia desempenha um papel central na sociedade, impulsionando o desenvolvimento, a criação de empregos e a melhoria da qualidade de vida. 

No entanto, a forma como a economia é tradicionalmente conduzida pode resultar em impactos negativos no meio ambiente

O modelo de produção e consumo excessivo, baseado em recursos não renováveis e na geração de resíduos, coloca em risco a sustentabilidade do planeta. 

Apenas como uma estatística básica sobre esses problemas, vale lembrar: a humanidade produz mais de 2 bilhões de toneladas de lixo por ano, segundo a própria ONU.

No entanto, a economia também pode desempenhar um papel positivo na preservação do meio ambiente. 

A transição para uma economia verde, baseada em princípios de sustentabilidade e eficiência, abre caminho para novas oportunidades de negócios e inovação. 

Setores como energias renováveis, eficiência energética, reciclagem e tecnologias limpas têm um potencial significativo de crescimento econômico, ao mesmo tempo em que contribuem para a redução do impacto ambiental. Vamos falar ainda mais sobre isso.

Meio ambiente

O meio ambiente desempenha um papel fundamental na manutenção da vida na Terra. Os recursos naturais, como ar, água, solo, biodiversidade e clima, são essenciais para o equilíbrio dos ecossistemas e para o bem-estar humano. 

No entanto, as atividades humanas, incluindo a exploração de recursos naturais, a poluição e as mudanças climáticas, têm causado sérios danos ao meio ambiente, comprometendo sua capacidade de regeneração e colocando em risco a sustentabilidade do planeta.

A proteção e a preservação do meio ambiente são fundamentais para garantir um futuro sustentável. 

A adoção de práticas de uma “economia ambiental” que considere a conservação da biodiversidade, a redução das emissões de gases de efeito estufa e a promoção da economia circular é a estratégia necessária para mitigar os impactos.

Ao entender os papéis desempenhados pela economia e pelo meio ambiente, as lideranças empresariais podem buscar soluções que promovam o equilíbrio entre o crescimento econômico e a proteção ambiental. 

E a inovação desempenha um papel crucial nesse processo, impulsionando o desenvolvimento de tecnologias, práticas e modelos de negócio que conciliam prosperidade econômica com responsabilidade ambiental.

Como economia e meio ambiente se relacionam?

Então, chegamos à pergunta: como economia e meio ambiente se relacionam, finalmente?

A relação entre economia e meio ambiente é intrínseca e complexa. 

Enquanto a economia depende dos recursos naturais e dos serviços ecossistêmicos para sustentar seu funcionamento, o meio ambiente é afetado pelas atividades econômicas e pelo modelo de desenvolvimento adotado. 

E somente quando se reconhece essa interconexão é possível promover um futuro sustentável.

Vamos a um exemplo real: escassez de recursos naturais. 

À medida que a demanda por matérias-primas aumenta, como minerais e combustíveis fósseis, é necessário explorar áreas mais remotas e utilizar métodos de extração mais intensivos, o que pode resultar em danos ambientais significativos. 

A degradação de ecossistemas, a poluição do ar e da água, e a perda de biodiversidade são apenas algumas das consequências diretas dessa exploração desenfreada.

Essa falta de consideração pelos impactos ambientais pode gerar riscos financeiros e econômicos. 

Eventos climáticos extremos, por exemplo, podem causar prejuízos significativos para a economia, como danos a infraestruturas, perdas na produção agrícola e interrupção de cadeias de abastecimento.

 Além disso, as regulamentações ambientais cada vez mais rigorosas podem afetar a competitividade das empresas que não se adaptam às exigências de sustentabilidade.

No entanto, é importante ressaltar que a relação entre economia e meio ambiente não precisa ser necessariamente conflituosa. 

Pelo contrário, uma abordagem sustentável pode gerar oportunidades econômicas e benefícios para a sociedade. 

A transição para fontes de energia limpa, por exemplo, pode impulsionar a criação de empregos verdes e estimular o crescimento econômico. 

Além disso, a adoção de práticas de produção mais eficientes e a implementação de estratégias de economia circular podem gerar redução de custos e maior eficiência empresarial.

E nesse processo, as lideranças devem dar a devida importância a uma abordagem integrada, em que a sustentabilidade ambiental seja considerada como um componente essencial para o sucesso econômico a longo prazo.

Como a economia afeta o meio ambiente?

Como dito, a relação entre economia e meio ambiente nem sempre é equilibrada, e as atividades econômicas podem ter impactos significativos no meio ambiente. 

É essencial compreender mais aprofundadamente esses impactos para buscar soluções que promovam a sustentabilidade. 

A seguir, vamos explorar alguns dos principais impactos da economia no meio ambiente!

Emissões de gases de efeito estufa

As atividades econômicas, como a queima de combustíveis fósseis na indústria, transporte e geração de energia, são uma das principais fontes de emissões de gases de efeito estufa. 

Essas emissões contribuem para o aquecimento global e as mudanças climáticas, resultando em impactos como o aumento das temperaturas, eventos climáticos extremos e o derretimento das calotas polares. 

O relatório dos Indicadores das Mudanças Climáticas Globais 2022, inclusive, informou que foi chegado a um nível recorde de gases de efeito estufa, que equivale a 54 bilhões de toneladas de dióxido de carbono anuais.

Desmatamento e perda de biodiversidade

A expansão de atividades econômicas, como a agricultura e a exploração madeireira, tem levado ao desmatamento de florestas em todo o mundo. 

Esse desmatamento não apenas causa a perda de habitats naturais, mas também contribui para a perda de biodiversidade, colocando em risco espécies vegetais e animais.

Em 2021, por exemplo, o estudo da Global Forest Watch mostrou que o Brasil liderava o ranking mundial de desmatamento florestal. Foram 1,5 milhão de hectares de bioma nativo perdidos nesse ano.

A preservação das florestas e o estabelecimento de práticas agrícolas sustentáveis são essenciais para proteger a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos.

Poluição do ar e da água 

As atividades econômicas podem gerar poluentes que afetam a qualidade do ar e da água. Emissões industriais, resíduos químicos e descarte inadequado de resíduos sólidos podem causar poluição do ar e da água, prejudicando a saúde humana e os ecossistemas. 

Um exemplo desses efeitos (no contexto nacional) foi trazido pelo Barômetro de Transformação Ecológica: 87% dos brasileiros afirmaram ter adoecido por poluição da água, do ar e do solo.

A implementação de tecnologias mais limpas, a gestão adequada de resíduos e a promoção de práticas sustentáveis são medidas essenciais para reduzir a poluição.

Contaminação do solo

A atividade econômica, especialmente a indústria química e o setor agrícola, pode levar à contaminação do solo. 

O uso indiscriminado de pesticidas e fertilizantes químicos na agricultura, bem como o descarte inadequado de resíduos industriais, podem contaminar o solo com substâncias tóxicas. 

Essa contaminação compromete a qualidade e a fertilidade do solo, afetando a produção de alimentos, a saúde humana e a biodiversidade. 

Como consequência, 30% dos solos do mundo já estão degradados, como afirma o estudo coordenado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que resultou no livro Estado da Arte do Recurso Solo no Mundo.

A promoção de práticas agrícolas sustentáveis, como a agricultura orgânica e a gestão adequada de resíduos industriais, é fundamental para mitigar esse impacto.

É importante destacar que esses impactos não são isolados, mas estão interconectados. Por exemplo, o desmatamento pode levar à perda de biodiversidade, à redução da absorção de carbono e à erosão do solo. 

Compreender essas interações complexas é essencial para promover abordagens integradas que busquem a harmonia entre a economia e o meio ambiente.

O que é sustentabilidade econômica?

E, diante de tantos problemas, chegamos a um termo que parece ser uma saída interessante: sustentabilidade econômica.

Ela visa equilibrar o crescimento econômico com a preservação dos recursos naturais e o bem-estar das comunidades, garantindo um futuro viável e resiliente.

A sustentabilidade econômica vai além de simplesmente maximizar os lucros a curto prazo. Ela envolve a adoção de práticas e estratégias que considerem os impactos ambientais, sociais e éticos das atividades econômicas. 

É uma abordagem que busca conciliar os objetivos econômicos com a proteção e a regeneração do meio ambiente, promovendo a equidade social e a prosperidade a longo prazo.

Nesse contexto, a sustentabilidade econômica envolve a implementação de medidas como a redução do consumo de recursos não renováveis, a eficiência energética, o uso responsável dos recursos naturais, a promoção da economia circular e o respeito aos direitos humanos. 

Ela também incentiva a inovação e o desenvolvimento de soluções tecnológicas que contribuam para um futuro mais sustentável.

Além disso, ela envolve a consideração dos impactos socioeconômicos das atividades econômicas. Isso inclui garantir condições de trabalho justas, promover a inclusão social, apoiar comunidades locais e buscar parcerias colaborativas.

Uma economia verde leva em conta o bem-estar das pessoas, tanto no presente como nas gerações futuras. A busca pela sustentabilidade econômica é um desafio e uma oportunidade para as lideranças. 

Mas, ao adotar práticas sustentáveis em seus negócios, elas não apenas contribuem para a preservação do meio ambiente, elas também fortalecem a reputação da empresa, criam vantagem competitiva e estabelecem relações mais sólidas com clientes e sociedade.

É um caminho que leva a uma economia mais resiliente, inovadora e equitativa.

Desenvolvimento sustentável: é possível?

Diante dos desafios ambientais e sociais que o mundo enfrenta, o conceito de desenvolvimento sustentável surge como uma abordagem que busca conciliar o progresso econômico com a preservação dos recursos naturais e o bem-estar das gerações presentes e futuras. 

Mas será que é realmente possível alcançar o desenvolvimento sustentável?

A resposta é, felizmente, sim. 

O desenvolvimento sustentável é viável quando adotamos uma abordagem integrada, que considera os aspectos econômicos, sociais e ambientais de forma equilibrada. 

Há uma grande importância da economia ambiental.

Isso requer uma mudança de paradigma, onde o crescimento econômico não é mais visto como um fim em si mesmo, mas sim como um meio para alcançar uma sociedade próspera e sustentável.

O desenvolvimento sustentável não é apenas uma utopia: é uma necessidade urgente. Estamos falando de uma peça-chave para enfrentar os desafios globais, promover a equidade social, preservar os recursos naturais e garantir um futuro melhor.

Como aliar crescimento econômico e meio ambiente?

Para tornar o desenvolvimento sustentável uma realidade, é necessário adotar uma série de medidas e estratégias. Isso inclui:

  1. integração dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): os ODS estabelecidos pelas Nações Unidas oferecem uma visão abrangente e integrada dos desafios globais, abordando questões como erradicação da pobreza, igualdade de gênero, energia limpa, consumo responsável, entre outros. A implementação dos ODS requer a colaboração de diversos atores, incluindo governos, empresas, organizações da sociedade civil e indivíduo;
  2. adoção de práticas empresariais sustentáveis: os negócios desempenham um papel fundamental na promoção do desenvolvimento sustentável. Ao adotar essas práticas, a partir de uma governança ESG, como a redução do consumo de recursos, a gestão adequada de resíduos, a promoção da diversidade e inclusão, e a transparência nas cadeias de suprimentos, elas podem contribuir para a construção de uma economia mais sustentável;
  3. investimento em inovação e tecnologia: essa dupla desempenha um papel crucial no caminho para o desenvolvimento sustentável. Novas tecnologias e soluções inovadoras podem impulsionar a eficiência energética, a produção sustentável, o acesso a recursos limpos e renováveis, e a criação de modelos de negócios mais sustentáveis. A busca por soluções tecnológicas e a promoção da pesquisa e desenvolvimento são fundamentais nesse processo.

Embora o caminho para o desenvolvimento sustentável possa apresentar desafios, é fundamental acreditar na possibilidade de alcançá-lo. 

Economia Exponencial

Conclusão

Em um mundo em constante transformação, onde a interdependência entre economia e meio ambiente se torna cada vez mais evidente, é fundamental que as lideranças assumam um papel de destaque na busca por soluções sustentáveis. 

A sustentabilidade deixou de ser apenas uma tendência e passou a ser uma necessidade para a sobrevivência dos negócios e para a construção de uma sociedade mais justa e saudável.

E a inovação desempenha um papel crucial nesse processo, impulsionando o desenvolvimento de tecnologias e soluções que contribuem para a sustentabilidade econômica e ambiental. 

A busca por modelos de negócios circulares, o investimento em energias renováveis, a redução do consumo de recursos e a promoção da responsabilidade social são apenas alguns exemplos das iniciativas que podem ser adotadas.

Nesse caminho, líderes visionários e comprometidos são essenciais: se mostram capazes de engajar suas equipes, promover uma cultura organizacional sustentável e influenciar positivamente as decisões estratégicas.

A transição para uma economia mais verde e sustentável não é um caminho fácil, mas é um caminho necessário. E entender como a economia pode transformar isso é o caminho. Conheça o curso de Economia Exponencial e faça parte da transformação!

Categorias
Tecnologia

Aprenda como criar uma inteligência artificial

As inovações tecnológicas interferem diretamente como as organizações operam e se posicionam no mercado. E, no momento, a inteligência artificial é o cerne desse assunto.

Todo mundo que já leu sobre IA certamente tem uma noção de que ela tem um potencial gigantesco para impulsionar o crescimento e a eficiência dos negócios. 

No entanto, muitos líderes empresariais ainda estão se familiarizando com o tema e, por isso, se perguntam como criar sua uma inteligência artificial para atender às suas necessidades específicas. 

Neste artigo, vamos falar sobre esse tema, fornecendo insights e orientações para ajudar você a dar os primeiros passos nessa jornada rumo à inovação tecnológica. 

Prepare-se para mergulhar no universo da IA e descobrir como seu negócio pode se beneficiar dessa poderosa ferramenta!

Afinal, o que é inteligência artificial?

Inteligência artificial (IA) é um campo da ciência da computação que se concentra no desenvolvimento de sistemas capazes de realizar tarefas que normalmente requerem inteligência humana.

Ela envolve o uso de algoritmos e técnicas avançadas para permitir que máquinas aprendam, raciocinem, tomem decisões e interajam com o ambiente de maneira semelhante aos seres humanos.

De forma geral, ela tem 3 grandes técnicas envolvidas. Quais são elas? Aprendizado de máquina, Redes Neurais Artificiais e Processamento de Linguagem Natural. 

Veja a seguir.

  • Aprendizado de máquina (machine learning): é uma abordagem em que os sistemas são treinados em grandes conjuntos de dados para reconhecer padrões e aprender com eles. Os algoritmos de aprendizado de máquina são capazes de melhorar seu desempenho ao longo do tempo, ajustando seus parâmetros com base nos exemplos fornecidos;
  • Redes Neurais Artificiais: são modelos inspirados no funcionamento do cérebro humano, compostos por camadas de neurônios interconectados. Eles podem aprender a partir de dados de treinamento, identificando padrões e relacionamentos complexos. As redes neurais são amplamente utilizadas em tarefas como reconhecimento de imagens, processamento de linguagem natural e tomada de decisões;
  • Processamento de Linguagem Natural (Natural Language Processing – NLP): é uma área da IA que lida com a interação entre computadores e linguagem humana. Os sistemas de NLP são projetados para entender, interpretar e gerar linguagem natural, permitindo a comunicação efetiva entre humanos e máquinas.

No contexto empresarial, a inteligência artificial pode ser aplicada em diversas áreas, desde a automação de processos até a análise de dados complexos, permitindo insights valiosos para a tomada de decisões estratégicas.

Ela também possibilita que as organizações realizem tarefas de forma mais eficiente, melhorem a qualidade de produtos e serviços, personalizem experiências para os clientes e impulsionem a inovação. Mas veremos melhor mais a frente.

Entender o conceito de inteligência artificial é o primeiro passo para explorar seu potencial e encontrar oportunidades de aplicação em seu negócio.

Por que criar uma inteligência artificial?

Criar uma inteligência artificial pode trazer inúmeros benefícios e vantagens para as organizações, principalmente para as lideranças empresariais. 

Aqui estão algumas razões pelas quais investir na criação de uma IA pode ser altamente vantajoso:

  • eficiência operacional aprimorada: uma IA pode automatizar tarefas repetitivas e de baixo valor agregado, permitindo que os colaboradores se concentrem em atividades mais estratégicas. Isso resulta em um aumento significativo da eficiência operacional, redução de erros e otimização dos processos internos;
  • tomada de decisão embasada em dados: com uma IA bem desenvolvida, é possível coletar, processar e analisar grandes volumes de dados de forma rápida e precisa. Isso fornece insights valiosos para embasar as decisões empresariais, identificar tendências, antecipar demandas e identificar oportunidades de crescimento;
  • personalização e experiência do cliente aprimoradas: essa inteligência pode ser usada para entender melhor as preferências e necessidades dos clientes, permitindo a criação de experiências personalizadas e sob medida. Isso resulta em um maior engajamento do cliente, satisfação e fidelidade à marca.
  • melhoria da segurança e prevenção de fraudes: essa tecnologia pode ser aplicada para detectar atividades suspeitas, identificar possíveis ameaças de segurança e prevenir fraudes. Algoritmos avançados podem analisar comportamentos, padrões e anomalias, fornecendo uma camada adicional de proteção para os negócios;
  • inovação e competitividade no mercado: a capacidade de desenvolver e aplicar inteligência artificial de forma eficaz permite que as organizações se destaquem no mercado, impulsionando a inovação e a diferenciação. A IA pode abrir portas para novos produtos, serviços e modelos de negócios, permitindo que as empresas estejam na vanguarda da transformação digital.

Para resumir tudo que foi dito, então: criar uma inteligência artificial oferece oportunidades de melhorar a eficiência operacional, tomar decisões mais embasadas, aprimorar a experiência do cliente, fortalecer a segurança e impulsionar a inovação. 

Esses benefícios combinados, consequentemente, podem levar as lideranças empresariais a alcançar um maior sucesso e crescimento sustentável em um mercado cada vez mais competitivo e tecnológico.

5 exemplos de inteligência artificial

Os exemplos são muitos, mas, aqui, vamos trazer 5 que podem ilustrar como as organizações podem aproveitar ao criar uma IA.

  • atendimento ao cliente personalizado: muitas empresas estão utilizando IA para criar assistentes virtuais que podem interagir com os clientes, responder perguntas comuns e fornecer suporte personalizado. Esses assistentes virtuais são capazes de entender a linguagem natural, adaptar-se ao contexto e oferecer soluções rápidas e eficientes;
  • análise de dados avançada: a IA permite que as empresas processem grandes volumes de dados de maneira rápida e precisa. Algoritmos avançados podem identificar padrões, tendências e insights ocultos nos dados, ajudando as empresas a tomar decisões mais informadas e estratégicas;
  • manufatura e automação: essa tecnologia está sendo amplamente utilizada na indústria para melhorar a eficiência e a precisão dos processos de produção. Por meio de sistemas de visão computacional e robótica avançada, a IA é capaz de realizar tarefas complexas com alta precisão, reduzindo erros e aumentando a produtividade;
  • marketing e publicidade inteligente: ela também está revolucionando a forma como as empresas realizam campanhas de marketing e publicidade. Com base em análises de dados, a IA pode segmentar audiências, personalizar mensagens, otimizar campanhas e prever o comportamento do consumidor, maximizando o impacto das estratégias de marketing;
  • previsão e análise de demanda: a inteligência pode ajudar as empresas a prever a demanda futura com base em diversos fatores, como histórico de vendas, tendências do mercado, eventos sazonais e até mesmo condições climáticas. Essas previsões precisas permitem que as empresas ajustem seus estoques, planejem suas operações e atendam às necessidades dos clientes de forma mais eficiente.

Saber como criar inteligência artificial oferece oportunidades significativas para melhorar processos, aprimorar a tomada de decisões e impulsionar o crescimento. 

À medida que a tecnologia continua evoluindo, novas aplicações da IA estão surgindo e transformando a forma como as empresas operam em diversos setores.

Como criar uma inteligência artificial?

Finalmente, como criar uma inteligência artificial? É o que vamos ver nos passos a seguir!

Estude sobre IA e inovação

Para criar uma inteligência artificial, é fundamental iniciar estudando sobre IA e inovação. Isso pode ser feito por meio de cursos, workshops, treinamentos e por aí vai.

Aprofunde-se nos conceitos fundamentais, como aprendizado de máquina, algoritmos de IA e redes neurais. Sem isso, você dificilmente terá bons avanços, certo?

Também familiarize-se com os diferentes tipos de IA, como IA baseada em regras, IA simbólica e aprendizado de máquina. 

Outro ponto essencial é se manter atualizado sobre as últimas tendências e avanços nessa área em constante evolução.

Os cursos da Singularity Brazil são uma ótima opção para começar e aprofundar os estudos.

Defina o problema inicial do projeto

Na hora de fazer uma inteligência artificial, é importante definir claramente o problema inicial que você pretende resolver. Identifique os desafios específicos que sua empresa enfrenta e que podem se beneficiar do uso da IA.

 Analise os processos existentes, identifique as áreas que podem ser otimizadas ou aprimoradas por meio da automação ou da tomada de decisão baseada em dados. 

Aproveite também para criar metas claras e mensuráveis para o projeto de IA, para que você possa avaliar seu sucesso posteriormente.

Suponha que você seja o líder de uma empresa de varejo e esteja enfrentando um desafio com relação à previsão de demanda de produtos. 

Você pode definir o problema inicial como desenvolver um sistema de IA capaz de prever com maior precisão as vendas futuras, levando em consideração fatores sazonais, eventos especiais e comportamento do consumidor.

 Ao definir o problema dessa forma, você está estabelecendo uma meta específica e direcionando seus esforços para criar uma solução de IA que possa abordar essa questão específica de previsão de demanda.

Tenha uma estratégia na criação

O terceiro passo é ter uma estratégia bem definida. Isso envolve planejar como você irá desenvolver e implementar a IA, considerando recursos, prazos e objetivos. 

Defina as etapas do projeto, estabeleça as responsabilidades das equipes envolvidas e crie um cronograma realista. 

Além disso, é o momento de considerar os aspectos éticos e legais relacionados à IA, como a privacidade dos dados e a conformidade com regulamentos específicos.

Aqui, suponha que você seja um líder em uma empresa de assistência médica e deseje criar uma IA para auxiliar no diagnóstico médico. 

Sua estratégia pode envolver a formação de uma equipe multidisciplinar composta por médicos, cientistas de dados e engenheiros de software.

Você pode definir etapas como coleta e análise de dados médicos relevantes, desenvolvimento de algoritmos de aprendizado de máquina e criação de um protótipo funcional. 

Além disso, você deve considerar a conformidade com as regulamentações de proteção de dados, garantindo a privacidade dos pacientes e a segurança das informações médicas. 

Tenha em mente: uma estratégia clara permitirá que você conduza o projeto de forma eficiente e eficaz.

Decida se vai desenvolver ou usar uma IA pronta

Quando se está criando uma IA, você tem a opção de desenvolvê-la internamente ou usar uma IA pronta disponível no mercado. 

Essa decisão dependerá das necessidades específicas do seu negócio, recursos disponíveis e expertise da sua equipe.

 Desenvolver uma IA internamente pode oferecer maior controle e personalização, permitindo que você adapte a tecnologia às suas demandas específicas. 

Por outro lado, utilizar uma IA pronta pode acelerar o processo de implementação e reduzir custos, aproveitando as soluções já desenvolvidas por especialistas.

Imagine que você seja um líder em uma empresa de e-commerce e queira implementar uma IA para recomendação de produtos aos clientes. 

Você pode optar por desenvolver uma IA internamente, caso tenha uma equipe de cientistas de dados e engenheiros com habilidades relevantes, certo?

Isso permitiria que você criasse algoritmos personalizados e ajustasse a IA de acordo com as necessidades exclusivas da sua empresa. 

No entanto, se você tiver recursos limitados ou prazos restritos, também é possível optar por utilizar uma IA pronta, como um serviço de recomendação de terceiros. 

Isso permitiria que você se beneficiasse de soluções já consolidadas no mercado, economizando tempo e esforço na implementação da IA. 

A decisão dependerá das suas prioridades e da capacidade da sua empresa em desenvolver internamente a tecnologia necessária.

Continue acompanhando os resultados

Após implementar sua inteligência artificial, é essencial acompanhar de perto os resultados e realizar análises contínuas.

 Isso permite identificar possíveis ajustes, otimizar o desempenho e garantir que a IA esteja atingindo os objetivos estabelecidos. 

Avaliar os resultados também ajuda a identificar oportunidades de melhoria e identificar novas necessidades ou demandas que possam surgir ao longo do tempo.

Nesse caso, vamos pensar que você atua em uma empresa de atendimento ao cliente que tenha implementado um chatbot com IA para responder às perguntas dos clientes de forma automática. 

Ao acompanhar os resultados, você percebe que a taxa de satisfação dos clientes diminuiu significativamente após a implementação do chatbot.

Já ao analisar os dados e receber feedback dos clientes, você identifica que o chatbot não está compreendendo corretamente algumas perguntas complexas e fornecendo respostas imprecisas. 

Com base nesses insights, você realiza ajustes na IA, treina o modelo com mais dados e melhora a capacidade de compreensão e resposta do chatbot. 

Estar sempre observando os resultados é uma etapa fundamental para aperfeiçoar a IA, alinhar as expectativas e garantir que ela esteja alinhada com as metas e objetivos do negócio.

Quais plataformas servem para criar uma inteligência artificial?

Existem várias plataformas de inteligência artificial disponíveis que podem ser utilizadas para criar uma. 

Essas plataformas oferecem uma variedade de recursos e ferramentas que permitem aos desenvolvedores e equipes de negócios criar e implantar IA de forma mais eficiente. 

Alguns exemplos de plataformas populares são:

  1. TensorFlow: é uma biblioteca de software de código aberto amplamente utilizada para desenvolver modelos de IA, especialmente para aprendizado de máquina. Oferece suporte a diversas linguagens de programação e possui uma comunidade ativa;
  2. OpenAI: é uma plataforma que oferece modelos de inteligência artificial avançados e de código aberto, como o GPT-3, o DALL-E e o CLIP, que podem gerar textos, imagens e classificações a partir de linguagem natural;
  3. Google Cloud AI Platform: é uma plataforma de nuvem fornecida pelo Google, que oferece um conjunto de ferramentas para desenvolvimento e implantação de modelos de IA. Possui recursos avançados de aprendizado de máquina e oferece integração com outras ferramentas do ecossistema do Google.
  4. Caffe: é uma plataforma de código aberto que permite criar e treinar modelos de deep learning, especialmente para visão computacional e reconhecimento de imagem;
  5. Deeplearning4j: é uma plataforma de código aberto que permite criar e treinar modelos de deep learning em Java e Scala, usando redes neurais artificiais e algoritmos distribuídos.

Essas são apenas algumas das ferramentas de inteligência artificial disponíveis, e a escolha depende das necessidades específicas do projeto e dos recursos que melhor atendem aos objetivos da empresa.

Ou seja, é importante avaliar as funcionalidades, a facilidade de uso, a escalabilidade e o suporte oferecido por cada plataforma ao decidir qual delas utilizar para criar uma inteligência artificial, certo?

Conclusão

A criação de uma inteligência artificial pode ser desafiadora, mas com o conhecimento certo e uma abordagem estratégica, é possível alcançar resultados surpreendentes. 

Em um mundo cada vez mais digital e competitivo, a inteligência artificial se torna um diferencial estratégico para as empresas que buscam se destacar e se adaptar às demandas do mercado. 

Líderes precisam estar preparados para inovar, experimentar, aprender com os erros e continuar aprimorando sua IA ao longo do tempo.

O futuro está nas mãos daqueles que ousam criar e moldar a inteligência artificial de forma inteligente e responsável. Se você quer fazer parte dele, conheça o nosso programa Futur.e Me!

Categorias
Blog Tecnologia

“Esse exemplo de deep fake é apenas a ponta do iceberg do que iremos ver nos próximos anos”, destaca expert da SingularityU Brazil

O Deep Fake é um tipo de Inteligência Artificial que cada vez mais circula na nossa sociedade. Principalmente por conta do entretenimento, há várias maneiras de se utilizar deste instrumento tecnológico e que pode ser aproveitado também em diversas esferas sociais.

De questões políticas até propagandas comerciais, esta nova maneira de produzir conteúdos tem levantado várias questões éticas sobre direito a imagem, quem é a pessoa que se beneficia (em royalties) com esta realização e qual o limite para essa produção de conteúdo.

Nesta semana, a Volkswagen lançou uma campanha institucional sobre os 70 anos da empresa. Nela, Elis Regina, dirigindo uma Kombi de sua época, aparece junto de sua filha, Maria Rita, dirigindo uma Kombi mais recente e elétrica.

O par produz um dueto que emociona e toca os corações para quem entende a relação entre elas e se apega na realização entre mãe e filha. Alguns fazem críticas sobre o sentido de uso da música “Como nossos pais”, de Belchior, que dá liga entre o vínculo das duas personagens. Outros se perguntam se é correto utilizar imagem, corpo, movimentação e voz de alguém que não é mais presente.

Em meio a esta complexa relação com o produto comunicacional, o especialista em Inteligência Artificial da SingularityU Brazil, Alexandre Nascimento, nos concedeu uma entrevista sobre o caso. Em suas falas, o expert faz uma análise sobre o produto e ainda destaca algumas atenções necessárias.

Confira a entrevista na íntegra:

A propaganda da Volkswagen apresenta um bom exemplo do potencial do uso da IA na indústria criativa?

Alexandre Nascimento: Sim, é um excelente exemplo. O custo de fazer esse tipo de criação ficou muito menor e mais acessível, bem como o produto final está muito bem exec utado. Antes, o investimento necessário para fazer alguns efeitos era proibitivo (caro) para a maior parte dos anunciantes. Hoje, estamos vendo uma democratização e até comoditização de vários efeitos, que, portanto, passam a estar ao alcance de muitos, senão todos.

Mas vale ressaltar que esse exemplo é apenas a ponta do iceberg do que iremos ver nos próximos anos. A indústria publicitária vai ser completamente transformada com o uso da inteligência artificial, como tive o prazer de comentar recentemente numa entrevista que dei para o Meio & Mensagem (última questão).

Alexandre Nascimento é expert da Singularity University, com mais de 20 anos de experiência no desenvolvimento de produtos e plataformas tecnológicas inovadoras.
Alexandre Nascimento é expert da Singularity University, com mais de 20 anos de experiência no desenvolvimento de produtos e plataformas tecnológicas inovadoras.

Podemos chamar a peça publicitária de um “bom” exemplo quando se discute deep fake? Quais seriam os maus exemplos? Que tipo de dilema ético sobre “ressuscitar” pessoas com uso de IA a gente se depara em um momento como esse? Como podemos ter essa discussão?

Alexandre Nascimento: Do ponto de vista da criação: sim. Podemos dizer que é um bom exemplo. E, sem dúvida, quando vemos a utilização da mesma tecnologia para criar vídeos falsos, com pessoas dizendo algo que não disseram, em qualquer contexto que gere impressões negativas e opiniões sobre uma pessoa, que não fez algo e não disse o que foi criado, isso é extremamente preocupante. Infelizmente se tornou mais comum do que muitos podem acreditar. Tais recursos estão sendo utilizados há um bom tempo na política, na desinformação, e, para suportar teorias da conspiração, que criam sentimentos negativos e desinformação para o público em geral.

Mas, há um aspecto importante que vai além do “bom” uso sob a ótica da maravilha tecnológica a serviço da criação. De fato, desde 2019, há uma discussão muito grande sobre a nova indústria da imortalidade digital e principalmente seus aspectos éticos.

Em 2020, a Microsoft patenteou uma técnica que permite imortalizar alguma pessoa à partir de suas imagens e conteúdos deixados em redes sociais, permitindo que qualquer um de nós possamos ter uma versão eletrônica imortal. Do ponto de vista tecnológico, é espetacular. Do ponto de vista ético, há muita discussão.

Por exemplo, no caso do comercial, sem dúvida é uma belíssima peça publicitária, que provoca uma emoção muito positiva no público. Por outro lado, a Elise Regina não teve oportunidade de decidir pelo uso de sua imagem, pois imagino que ela não tenha deixado isso em um testamento ou em algum documento com seus desejos, de forma explícita, visto que seria muito difícil prever este estágio de desenvolvimento da tecnologia.

Então, há muita gente que questione mesmo este exemplo de boa utilização, quando se trata de associar uma pessoa falecida com uma marca ou com uma geração de conteúdo que tenha fins comerciais.

Trata-se de um assunto polêmico e muito complexo, em que eu mesmo tenho opinião dividida, pois os dois lados têm argumentos, muito bons inclusive. E, é esse tipo de paradoxo que estamos vivendo hoje e que é tema da apresentação que faço no xTech Legal da SU, onde membros do judiciário como juízes, promotores, analistas e desembargadores participam.

O fato é que começaremos a ver uma regulação desse tipo de coisa, e, provavelmente vamos ter que expressar nossos desejos de forma oficial sobre o que autorizamos a fazer com nossa imagem antes de morrermos. Por exemplo, eu não gostaria de que uma imagem digital minha fosse associada à algumas marcas que não admiro e que não tenho alinhamento de valores, mesmo que seja uma peça publicitária incrível e que desperte emoções positivas em todos. Trata-se de um desejo pessoal meu que eu quero que seja respeitado. Por outro lado, eu autorizaria o uso de minha imagem para outras organizações com propósitos que eu acredito.

Em suma, trata-se de um tema que está sendo fruto de discussão há alguns anos e vai perdurar.

O Deep Fake (embedar o texto anterior) é um tipo de Inteligência Artificial que cada vez mais circula na nossa sociedade. Principalmente por conta do entretenimento, há várias maneiras de se utilizar deste instrumento tecnológico e que pode ser aproveitado também em diversas esferas sociais.

De questões políticas até propagandas comerciais, esta nova maneira de produzir conteúdos tem levantado várias questões éticas sobre direito a imagem, quem é a pessoa que se beneficia (em royalties) com esta realização e qual o limite para essa produção de conteúdo.

Nesta semana, a Volkswagen lançou uma campanha institucional sobre os 70 anos da empresa. Nela, Elis Regina, dirigindo uma Kombi de sua época, aparece junto de sua filha, Maria Rita, dirigindo uma Kombi mais recente e elétrica.

O par produz um dueto que emociona e toca os corações para quem entende a relação entre elas e se apega na realização entre mãe e filha. Alguns fazem críticas sobre o sentido de uso da música “Como nossos pais”, de Belchior, que dá liga entre o vínculo das duas personagens. Outros se perguntam se é correto utilizar imagem, corpo, movimentação e voz de alguém que não é mais presente.

Em meio a esta complexa relação com o produto comunicacional, o especialista em Inteligência Artificial da SingularityU Brazil, Alexandre Nascimento, nos concedeu uma entrevista sobre o caso. Em suas falas, o expert faz uma análise sobre o produto e ainda destaca algumas atenções necessárias.

Confira a entrevista na íntegra:

A propaganda da Volkswagen apresenta um bom exemplo do potencial do uso da IA na indústria criativa?

Alexandre Nascimento: Sim, é um excelente exemplo. O custo de fazer esse tipo de criação ficou muito menor e mais acessível, bem como o produto final está muito bem exec utado. Antes, o investimento necessário para fazer alguns efeitos era proibitivo (caro) para a maior parte dos anunciantes. Hoje, estamos vendo uma democratização e até comoditização de vários efeitos, que, portanto, passam a estar ao alcance de muitos, senão todos.

Mas vale ressaltar que esse exemplo é apenas a ponta do iceberg do que iremos ver nos próximos anos. A indústria publicitária vai ser completamente transformada com o uso da inteligência artificial, como tive o prazer de comentar recentemente numa entrevista que dei para o Meio & Mensagem (última questão).

Podemos chamar a peça publicitária de um “bom” exemplo quando se discute deep fake? Quais seriam os maus exemplos? Que tipo de dilema ético sobre “ressuscitar” pessoas com uso de IA a gente se depara em um momento como esse? Como podemos ter essa discussão?

Alexandre Nascimento: Do ponto de vista da criação: sim. Podemos dizer que é um bom exemplo. E, sem dúvida, quando vemos a utilização da mesma tecnologia para criar vídeos falsos, com pessoas dizendo algo que não disseram, em qualquer contexto que gere impressões negativas e opiniões sobre uma pessoa, que não fez algo e não disse o que foi criado, isso é extremamente preocupante. Infelizmente se tornou mais comum do que muitos podem acreditar. Tais recursos estão sendo utilizados há um bom tempo na política, na desinformação, e, para suportar teorias da conspiração, que criam sentimentos negativos e desinformação para o público em geral.

Mas, há um aspecto importante que vai além do “bom” uso sob a ótica da maravilha tecnológica a serviço da criação. De fato, desde 2019, há uma discussão muito grande sobre a nova indústria da imortalidade digital e principalmente seus aspectos éticos.

Em 2020, a Microsoft patenteou uma técnica que permite imortalizar alguma pessoa à partir de suas imagens e conteúdos deixados em redes sociais, permitindo que qualquer um de nós possamos ter uma versão eletrônica imortal. Do ponto de vista tecnológico, é espetacular. Do ponto de vista ético, há muita discussão.

Por exemplo, no caso do comercial, sem dúvida é uma belíssima peça publicitária, que provoca uma emoção muito positiva no público. Por outro lado, a Elise Regina não teve oportunidade de decidir pelo uso de sua imagem, pois imagino que ela não tenha deixado isso em um testamento ou em algum documento com seus desejos, de forma explícita, visto que seria muito difícil prever este estágio de desenvolvimento da tecnologia.

Então, há muita gente que questione mesmo este exemplo de boa utilização, quando se trata de associar uma pessoa falecida com uma marca ou com uma geração de conteúdo que tenha fins comerciais.

Trata-se de um assunto polêmico e muito complexo, em que eu mesmo tenho opinião dividida, pois os dois lados têm argumentos, muito bons inclusive. E, é esse tipo de paradoxo que estamos vivendo hoje e que é tema da apresentação que faço no xTech Legal da SU, onde membros do judiciário como juízes, promotores, analistas e desembargadores participam.

O fato é que começaremos a ver uma regulação desse tipo de coisa, e, provavelmente vamos ter que expressar nossos desejos de forma oficial sobre o que autorizamos a fazer com nossa imagem antes de morrermos. Por exemplo, eu não gostaria de que uma imagem digital minha fosse associada à algumas marcas que não admiro e que não tenho alinhamento de valores, mesmo que seja uma peça publicitária incrível e que desperte emoções positivas em todos. Trata-se de um desejo pessoal meu que eu quero que seja respeitado. Por outro lado, eu autorizaria o uso de minha imagem para outras organizações com propósitos que eu acredito.

Em suma, trata-se de um tema que está sendo fruto de discussão há alguns anos e vai perdurar.

Categorias
Tecnologia

Cirurgia robótica: quais as vantagens e contraindicações

Existem ainda muitas dúvidas e receios em relação à cirurgia robótica. Por exemplo, é bem comum as pessoas pensarem que esse procedimento é feito literalmente por um robô, mas não é bem assim. 

Na verdade, esse tipo de cirurgia é realizado por um profissional da medicina, assim como as outras, mas envolve o uso de aparelhos altamente tecnológicos. 

Inclusive, procedimentos assim só são possíveis graças ao desenvolvimento da tecnologia e trazem várias vantagens tanto para a área como também para os pacientes. 

É exatamente sobre isso que vamos falar neste conteúdo, bem como explicar a diferença entre cirurgia robótica e laparoscópica, quais os setores que se beneficiam de tecnologias como essa e se existem contraindicações. 

Você ainda vai saber mais sobre os tipos de cirurgia robótica disponíveis no Brasil. 

Acompanhe o artigo até o final para tirar todas as dúvidas sobre o tema e tenha uma boa leitura!  

banner-economia-exponencial

O que é cirurgia robótica?

A cirurgia robótica é um procedimento realizado por médicos através do controle de um robô. Ou seja, é como se o profissional cirurgião fosse a mente pensante que guia todas as manobras feitas pela tecnologia robótica. 

Literalmente, o cirurgião senta em frente a plataforma robótica para controlar todos os movimentos que serão feitos por braços mecânicos com uso de controles específicos. 

Essa tecnologia surgiu em 1985, com braços robóticos do modelo Puma 560, para ser usada em uma biópsia em um procedimento neurocirúrgico. 

Em território brasileiro, a primeira cirurgia desse modelo ocorreu em 2008. Hoje existem diferentes tipos de cirurgia robótica disponíveis no Brasil

É uma técnica extremamente moderna e futurista, assim como o uso de nanotecnologia na medicina. Ela permite operações mais precisas e vantajosas para todos os envolvidos. Aliás, bem mais avançadas do que as técnicas convencionais do meio. 

Por esse motivo, os profissionais precisam ser bastante capacitados para operar cirurgias como essa, que envolvem acesso laparoscópico. Basicamente, são orifícios menores onde são inseridos câmera e instrumentos cirúrgicos por meio da assistência robótica. 

Essa câmera oferece uma visão 3D e panorâmica da região anatômica do paciente, que pode trazer uma imagem com enorme definição e mais aumento. 

Isso quer dizer que esse modelo de cirurgia também facilita procedimentos que seriam mais complexos com as técnicas tradicionais. 

Qual é a diferença entre cirurgia robótica e laparoscópica?

Neste momento, você já tem mais conhecimento sobre o que é cirurgia robótica. Por isso, vamos falar agora sobre a diferença desse tipo para a laparoscópica, que está mais no detalhe de como é feita a operação. 

A cirurgia laparoscópica consiste em incisóes pequenas no abdômen do paciente, onde um endoscópio com câmera e outros instrumentos cirúrgicos são inseridos para o procedimento. 

Nesse modelo, esses instrumentos são operados diretamente pelo médico cirurgião, que consegue enxergar todos os movimentos graças à transmissão das imagens em um monitor, feita pela câmera do endoscópio. 

Parece bem semelhante com a robótica, não é mesmo? Mas a diferença está que o médico, nesse tipo, realiza a operação distante do paciente, isto é, por meio de um robô. Além disso, o profissional consegue enxergar as imagens por um visor, com realidade aumentada. 

Essa é a principal diferença entre a cirurgia robótica e a laparoscópica. Uma é assistida por robôs, enquanto a outra é uma técnica que o médico executa diretamente no paciente. 

diferença entre laparoscopia e cirurgia robótica

Quais são as vantagens das cirurgias robóticas?

O desenvolvimento da tecnologia trouxe vantagens para praticamente todos os setores da sociedade. E assim aconteceu também na medicina, como é o exemplo da cirurgia assistida por robôs. 

Como você já sabe, esse modelo possibilitou que procedimentos complexos se tornassem mais simples para os profissionais. 

Isso também influencia diretamente nos pacientes, que são beneficiados em outros sentidos. 

A seguir, listamos as principais vantagens da cirurgia robótica para todas as áreas. Confira! 

Diminuição de complicações

A primeira grande vantagem da cirurgia assistida por robôs é a diminuição de complicações em relação às técnicas convencionais. 

Inclusive, um estudo publicado pelo Journal of the American Medical Association mostrou que pacientes que passam por esse procedimento podem ter riscos de complicações e tempo de recuperação reduzidos. 

Nos dados publicados pelo estudo, as chances de reinternação reduziram em 52% e a prevalência de coágulos sanguíneos em 77%. 

Isso acontece porque a cirurgia auxiliada por robôs tem como método fazer pequenas incisões no paciente, o que diminui os riscos de sangramentos e de infecções de diferentes origens. 

E tem mais, esse procedimento gera traumas menores nos tecidos do corpo humano e isso também contribui para a diminuição de complicações. 

Diminuição do tempo de internação

Assim como existe a diminuição das chances de complicações, isso também interfere na diminuição do tempo de internação.

A mesma pesquisa publicada pelo Journal of the American Medical Association mostrou que o tempo de internação de pacientes que passaram por uma cirurgia assistida por robôs foi de 8 dias, em média, enquanto o da cirurgia convencional foi de 10 dias.

Basicamente, o tempo de internação vai depender da cirurgia. Ou seja, se for mais complexa, a tendência é que o período seja maior. Se for mais simples, esse tempo diminui. Aliás, alguns pacientes recebem alta até no mesmo dia que o procedimento é realizado. 

Essa é uma vantagem para os pacientes, que conseguem voltar para as atividades do dia a dia com mais agilidade e facilidade, já que o procedimento tende a ser menos invasivo. 

 E tudo tem relação com o fato desse tipo de cirurgia ter menos incidência de complicações como sangramentos, infecções locais ou qualquer outro imprevisto. 

Segurança

segurança da cirurgia robótica

Outra característica do procedimento que entra nas vantagens da cirurgia robótica é a segurança, principalmente, do paciente. 

Um dos motivos é exatamente por ser menos invasiva e, de certa forma, causar menos danos durante o procedimento. 

Mas tem um fator específico que aumenta bastante a segurança, que é a precisão que o médico consegue ter com o manuseamento de braços robóticos.  

Vamos supor que esse profissional tenha que fazer uma cirurgia de longa duração, o que é comum no dia a dia. Com o passar das horas, é normal que o corpo sinta o cansaço da operação. 

Por isso, trabalhar com esse modelo de braço robótico traz mais segurança, porque ajuda o médico a evitar movimentos bruscos e indesejados, como um tremor. 

Aliás, o próprio robô pode ter um dispositivo de segurança para congelar a máquina caso o profissional direcione o rosto para outro lugar sem ser a tela. 

Além disso, o médico contra com auxílio de uma excelente visão fornntelecida pela câmera no visor. 

Às vezes, em um processo convencional, podem existir pontos difíceis de visualizar a olho nu. Isso é um problema resolvido no procedimento robótico, já que o profissional tem acesso a uma visão de qualidade ao órgão ou região que será operada. 

Tudo isso contribui para que o processo seja de maior segurança para o paciente. 

Melhores resultados estéticos

Saber o que é cirurgia robótica é essencial para entender que uma outra vantagem que ela apresenta são melhores resultados estéticos. 

Imagine uma cirurgia estética com técnicas convencionais. Elas podem ser mais invasivas com incisões maiores, certo? É normal até deixarem marcas como cicatrizes que interferem no resultado final. 

Mas como a cirurgia assistida por robôs trabalha com incisões pequenas e com mais precisão, o mais comum é que esses cortes cicatrizem com maior rapidez. Além de diminuírem as marcas que podem causar incômodo. 

Isso significa que o tamanho do corte feito nesse modelo robótico pode fazer com que a cicatriz no pós-operatório seja de difícil visualização, o que faz com que passe despercebida. 

banner-economia-exponencial

Melhor recuperação

vantagens da cirurgia robótica

Todas as outras vantagens da cirurgia robótica como diminuição de complicações e do tempo de internação resultam em uma melhor recuperação, que é outro benefício desse tipo de cirurgia. 

O método que caracteriza a cirurgia ser menos invasiva traz a possibilidade dos pacientes retornarem às atividades cotidianas com mais agilidade e sem complicações. 

Essas atividades envolvem dirigir automóveis, ir ao trabalho, voltar aos poucos para os exercícios físicos, entre outras. 

Claro que esse tempo de recuperação também depende da complexidade da cirurgia. Se é um procedimento mais simples, esse período fica bem mais curto. 

E o melhor: por ser feita com pequenas incisões, normalmente os pacientes sentem menos dores e incômodos no período de recuperação, o que também é uma vantagem para quem passa por esse procedimento. 

Benefícios da cirurgia robótica para a equipe médica

O modelo de cirurgia que é auxiliada por robôs também traz benefícios para a equipe médica. Inclusive, tem a ver com a diferença entre a cirurgia robótica e a laparoscópica, bem como outras com técnicas convencionais. 

Por se tratar de um procedimento cirúrgico feito com plataformas robóticas, isso ajuda no peso que a operação tem para o profissional da área. Isto é, cirurgias de longas horas ficam mais fáceis, já que o médico controla um console. 

Essa tecnologia permite maior ergonomia para a equipe médica, principalmente para o cirurgião. 

Como o médico realiza a operação sentado em um console, com apoio para os braços e maior equilíbrio, o desempenho dele pode ser até melhor, porque reduz o cansaço e permite que a concentração seja maior. 

Então, basicamente, a ergonomia traz a melhor relação do profissional com os instrumentos e o ambiente de trabalho. 

A própria questão da melhor visão fornecida pela câmera no visor e a estabilidade dos braços robóticos com os instrumentos também são benefícios para a equipe médica. 

Quais são as áreas que se beneficiam das cirurgias robóticas?

Dentro da medicina há várias especialidades como cirurgia geral, ginecologia, oncológica, pediatria, urologia, entre outras. A verdade é que as cirurgias robóticas são capazes de atuar e levar benefícios para praticamente todas elas. 

Por ser um procedimento muito moderno e existirem determinados tipos de cirurgia robótica disponíveis no Brasil, é comum que as pessoas pensem que ela é indicada somente para alguns casos específicos. 

Contudo, ela é recomendada em diferentes situações com doenças de origens distintas que demandam profissionais especializados. Ainda mais se for um procedimento cirúrgico com alta complexidade. 

Para ficar mais fácil, confira a seguir algumas especialidades que mais se beneficiam desse tipo de cirurgia: 

  • urologia; onde a cirurgia robótica permite o tratamento mais preciso de câncer de próstata e doenças que afetam rim, bexiga ou outras regiões da área. 
  • digestivas; que são beneficiadas nas cirurgias em órgãos como esôfago, pâncreas ou estômago, por serem consideradas mais complexas. 
  • cânceres; os tratamentos de câncer de origem ginecológica, de pulmão, próstata, entre outros, são simplificados com a cirurgia assistida por robôs, além de proporcionar uma recuperação mais rápida.
  • ginecologia; área que é beneficiada no tratamento de endometriose e até mesmo cânceres de origem ginecológicas como no ovário, cervical, entre outros.
  • hérnias localizadas na parede abdominal; outro tratamento que a cirurgia assistida por robôs leva benefícios. 
quais áreas se beneficiam da cirurgia robótica

Há contraindicações para as cirurgias robóticas?

Quase toda cirurgia possui contraindicações que precisam ser levadas em consideração para garantir a segurança dos pacientes. Isso também vale para a cirurgia feita por meio de plataforma robótica. 

Da mesma maneira que outros procedimentos, as contraindicações têm relação direta com os quadros clínicos que o paciente teve anteriormente ou ainda tem. 

Por exemplo, se o paciente tem alguma doença cardiológica ou pulmonar que pode gerar riscos para a saúde dele durante o procedimento, esse tipo de cirurgia não é indicado.

No geral, esses problemas ou outros específicos podem ocasionar mais riscos durante a anestesia. 

Mas vale a pena ressaltar que todo caso é individual e precisa passar por uma avaliação médica antes do procedimento. Assim, o profissional consegue indicar se a cirurgia por meio de plataforma robótica é adequada ou não. 

banner-economia-exponencial

Conclusão

Ao longo deste artigo, explicamos o que é cirurgia robótica e quais as vantagens que ela traz para as diferentes áreas da medicina, bem como a diferença para a cirurgia laparoscópica. 

Essa é uma técnica extremamente inovadora que oferece novas possibilidades para cirurgias que são classificadas como complexas, a fim de simplificar o procedimento. 

Sem contar que é muito relevante conhecer mais a fundo sobre esse tema para entender melhor sobre quando esse procedimento é indicado ou não. Mesmo assim, é sempre recomendado passar por avaliações médicas para avaliação do profissional. 

Se você gosta de temas relacionados à medicina e saúde, aproveite o momento para ler mais sobre bioengenharia.

Categorias
Tecnologia

10 ferramentas para quem quer aprender como fazer fotos com inteligência artificial

Imagine que você quer encontrar uma imagem específica de um cenário empresarial, no entanto, mesmo vasculhando os mais diversos bancos de imagens, não acha nada.

E se você pudesse, então, criar esse cenário de maneira sem precisar ter que fazer a foto ser real? Bom, com IA você consegue.

Hoje já existe uma boa quantidade de softwares no mercado que, graças ao algoritmo de aprendizado de máquina para gerar fotos a partir dos banco de dados, tem criado imagens inéditas e que realmente parecem reais.

Então, como fazer fotos com inteligência artificial? Vamos descobrir a seguir.

banner-economia-exponencial

O que são ferramentas de IA para criar fotos?

As ferramentas de inteligência artificial para criação de imagens são softwares que usam algoritmos de aprendizado de máquina para gerar, editar ou transformar imagens a partir de diferentes fontes de dados, como textos, fotos, sons ou gestos.

Dá para fazer fotos com inteligência artificial?

Sim, é possível fazer fotos com o auxílio da inteligência artificial. Uma das aplicações mais populares da IA na fotografia é o processamento de imagens.

Por meio do reconhecimento de padrões e análise de grandes conjuntos de dados, os algoritmos de IA podem identificar automaticamente características como linhas de horizonte.

Além disso, também podem encontrar objetos em primeiro plano e fundo, além de aplicar melhorias como redução de ruído, ajuste de contraste e nitidez, entre outros. 

Isso permite que os fotógrafos obtenham resultados mais profissionais e esteticamente agradáveis. Mas as aplicações vão muito além e têm ganhado, inclusive, mais destaque. 

A IA tem sido aplicada no campo da fotografia para complementar fotos já existentes — mas que tem algum tipo de limitação —  ou até mesmo criar fotos do zero a partir das orientações humanas.

Como a IA faz fotos?

A Inteligência Artificial (IA) não tira fotos como uma pessoa. Então, o que ela faz? Na verdade, ela atua no processo fotográfico de diversas maneiras, desde a captura até a pós-produção. 

Por meio de algoritmos e técnicas avançadas de processamento de imagem, a IA pode aprimorar e otimizar diferentes aspectos da fotografia.

Então, ela “tira fotos” usando algoritmos que aprendem a gerar, editar ou transformar imagens a partir de diferentes fontes de dados, como textos, fotos, sons ou gestos. 

Uma aplicação amplamente utilizada da inteligência artificial na criação de imagens é a tecnologia GAN (Generative Adversarial Network). Os GANs consistem em duas redes neurais que trabalham em conjunto: uma rede geradora e uma rede discriminadora.

A rede geradora é responsável por criar imagens, enquanto a rede discriminadora tenta distinguir entre imagens reais e falsas. 

Essa dinâmica de competição entre as duas redes resulta em um processo iterativo de aprimoramento, em que a rede geradora aprende a produzir imagens cada vez mais convincentes e realistas.

Esse processo se repete até que a rede geradora consiga enganar a rede discriminadora e produzir imagens realistas ou artísticas.

Como fazer fotos com inteligência artificial?

como fazer fotos com ia

Para fazer fotos com inteligência artificial, é necessário utilizar ferramentas e aplicativos que incorporam recursos de IA em seus recursos fotográficos.

Aqui estão algumas maneiras de utilizar a IA para tirar fotos:

  1. Usando ferramentas de criação de imagens: há aplicativos específicos para gerar imagens realistas a partir de informações limitadas. Ou seja, a ferramenta permite criar imagens completamente novas com base em referências visuais. O usuário só precisa orientar o que ele quer ter no resultado final;
  2. Aproveitando apps de câmera com recursos de IA: existem diversos aplicativos de câmera disponíveis que utilizam a inteligência artificial para aprimorar suas fotos. Esses aplicativos podem oferecer recursos como detecção de rosto, embelezamento automático, ajustes automáticos de exposição e aprimoramento de detalhes. Ao utilizar esses aplicativos, você pode aproveitar os benefícios da IA para obter resultados mais profissionais e impressionantes em suas fotos;
  3. Utilizando IA no pós-processamento: além da captura, a IA também pode ser utilizada no pós-processamento das fotos. Existem aplicativos e softwares que utilizam algoritmos de IA para aprimorar a qualidade das imagens, remover imperfeições, corrigir cores e ajustar os elementos da foto de forma automática. Essas ferramentas podem ser uma ótima opção para aprimorar suas fotos após a captura.

Ao fazer fotos com inteligência artificial, é importante lembrar que a IA é uma ferramenta complementar à sua criatividade e habilidades como fotógrafo. 

Ela pode ajudar a otimizar e aprimorar suas fotos, mas o olhar e a composição continuam sendo fundamentais para criar imagens únicas e expressivas — e reais.

Responsabilidade ao fazer imagens com inteligência artificial

Ao criar imagens com o uso da inteligência artificial, é crucial agir com responsabilidade e cautela. Isso implica garantir que as imagens geradas não sejam ofensivas, discriminatórias ou violem os direitos autorais de outros artistas.

Além disso, é importante considerar o impacto que essas imagens podem ter no mundo real e como podem ser interpretadas por outras pessoas. 

Embora sejam geradas por algoritmos, as imagens podem parecer reais e serem facilmente confundidas como tal. Portanto, é essencial levar em conta o potencial de manipulação, desinformação ou mau uso que essas imagens possam ter.

Por isso, fica o alerta: é fundamental aderir a princípios éticos, garantir a transparência nas práticas de criação e compartilhamento de imagens geradas por IA, estando comprometido em respeitar os direitos e a privacidade das pessoas envolvidas.

Ao explorar a criação de imagens com inteligência artificial — ou qualquer outro tipo de criação —, é necessário adotar uma abordagem consciente, respeitando as diretrizes éticas e promovendo um uso responsável e benéfico dessa tecnologia.

10 ferramentas para fazer fotos com inteligência artificial

Separamos 10 ferramentas para fazer fotos com inteligência artificial que estão ganhando destaque no momento. Conheça cada uma delas!

Canva

O Canva é uma plataforma criativa multifuncional que permite editar fotos, vídeos e designs com ferramentas avançadas e recursos premium. 

Ela já existia bem antes do uso de IA para isso e, como dito,  tem várias outras usabilidades.

Mas você também pode usar o editor de fotos AI online do Canva para transformar suas fotos com magia, apagar a bagunça, remover os fundos, corrigir suas fotos e fazer melhorias de imagem com um clique. Além disso, agora o Canva conta com uma ferramenta que ajuda na criação de imagens com Inteligência Artificial.

Midjourney

Uma das ferramentas mais conhecidas para criar fotos com inteligência artificial é a Midjourney. Ela se intitula como um laboratório de pesquisa independente que explora novos meios de pensamento e expande os poderes imaginativos da espécie humana.

Em resumo, ela permite criar imagens a partir de textos usando o algoritmo Stable Diffusion. Ou seja, você pode descrever o que você quer ver em uma frase e obter uma imagem coerente e realista em alguns segundos.

Para usá-lo, você pode fazer 25 buscas gratuitas para testar a ferramenta, mas depois precisa pagar uma assinatura mensal para continuar usando.

DALL-e

como fazer fotos com inteligencia artificial com dall-e

Outro nome bastante conhecido quando o assunto é como fazer fotos com IA é a DALL-e. Ele é a pergunta para: dá para criar imagens com o Chat GPT?

Essa ferramenta  permite criar imagens a partir de textos usando o algoritmo DALL-E 2. Assim como a anterior — e muitas outras  — você pode digitar qualquer coisa que você possa imaginar e obter uma imagem artística e surpreendente em minutos.

Mas o destaque é que o DALL-e é uma versão de 12 bilhões de parâmetros do GPT-3, um modelo de linguagem baseado em transformers, que foi treinado com um conjunto de dados de pares de texto e imagem.

Cloudinary

O Cloudinary é uma plataforma de gerenciamento de mídia que oferece soluções de IA para otimizar, transformar e entregar imagens e vídeos.

Você pode usar o Cloudinary para aplicar filtros, efeitos, rotações, recortes, sobreposições e muito mais às suas imagens.

O interessante é que ele também permite armazenar, editar e distribuir seus arquivos de mídia com APIs, widgets ou interface de usuário.

Fotor

O Fotor é um editor de fotos online que permite editar, retocar e aprimorar suas fotos com facilidade. 

É possível, por exemplo, usar o Fotor para ajustar cores, brilho, contraste, nitidez, saturação e outros parâmetros das suas fotos.

A ferramenta também oferece recursos de beleza, como remoção de manchas, rugas e olheiras, e efeitos de foto, como filtros retrô, vintage e artísticos. 

Vale dizer que o gratuito serve para editar fotos online, mas também tem uma versão premium que oferece mais ferramentas e recursos.

Nightcafe AI

como fazer imagens com a IA do nightcafe

O Nightcafe AI é uma opção de site para quem procura como fazer fotos com inteligência artificial. Ele cria imagens em diversos estilos diferentes, inspirados em pinturas famosas ou efeitos artísticos. 

Dá para usar a ferramenta para gerar imagens a partir de textos usando os algoritmos Stable Diffusion, DALL-E 2 ou CLIP-Guided Diffusion. 

Ele também permite que você colabore com seus amigos, participe de desafios diários e explore a comunidade de arte com inteligência artificial.

O objetivo dessa solução é “democratizar o processo de fazer arte com IA e abrir a criação de arte para o público em geral”.

StarryAI

O StarryAI é um aplicativo que utiliza inteligência artificial para gerar arte. Ao fornecer um texto, a IA é capaz de criar uma representação visual do texto dado, tornando o processo de geração de arte com IA fácil e amigável. 

Você pode usar o StarryAI gratuitamente para escolher entre uma variedade de modelos, estilos, proporções e imagens iniciais para personalizar suas criações.

Outra opção é explorar as melhores obras de arte geradas por IA feitas usando o StarryAI por outros usuários — com total propriedade de suas criações e pode usá-las para seus projetos de arte, imprimi-las ou compartilhá-las nas redes sociais.

Dream by WOMBO

O Dream by WOMBO é um aplicativo gratuito que permite criar obras de arte com inteligência artificial. 

Você pode digitar um texto, escolher um estilo de arte e o Dream by WOMBO transforma sua ideia em uma pintura com IA em segundos.

Ele também permite que você use uma imagem de referência para influenciar o resultado final, ou remixar seus NFTs existentes com diferentes estilos. 

Craiyon

 Craiyon é um gerador de imagens com inteligência artificial a partir de textos. Isso significa, então, que você pode digitar qualquer coisa que você queira ver e ele transforma seu texto em uma imagem em segundos. 

A ferramenta usa uma combinação de dois tipos de redes neurais: um transformador e um gerador. 

Vale dizer que ele não busca na internet por imagens que correspondam ao seu texto, mas sim cria imagens originais. 

O Craiyon é uma versão reduzida do modelo DALL-E da OpenAI, por isso era chamado de DALL-E Mini.

É possível usar a versão gratuita no site ou assinar um plano premium para obter mais recursos e velocidade.

Latent Diffusion

Diferentemente dos demais, a Latent Diffusion é um algoritmo de inteligência artificial que pode criar imagens a partir de textos. Apesar de não ser uma ferramenta, é bom apresentá-lo.

Ele funciona decompondo o processo de formação de imagem em uma aplicação sequencial de autoencoders de remoção de ruído, que são redes neurais que aprendem a reconstruir os dados originais a partir de versões ruidosas.

Tem esse nome, inclusive, porque opera no espaço latente de um autoencoder pré-treinado, o que permite reduzir a complexidade e preservar os detalhes das imagens.

Ele também permite controlar o processo de geração de imagem com diferentes entradas condicionantes, como textos ou caixas delimitadoras.

Vale dizer que a Latent Diffusion também  é um dos algoritmos usados pelo Midjourney e pelo Nightcafe AI para gerar imagens realistas ou artísticas.

Qual é a melhor inteligência artificial para fazer imagens?

Não há uma resposta certa para essa pergunta, pois cada inteligência artificial para fazer imagens pode ter suas vantagens e desvantagens, dependendo do que você quer criar e do seu nível de habilidade. 

Algumas inteligências artificiais podem ser mais rápidas, mais fáceis de usar ou mais criativas do que outras, mas também podem ter limitações de qualidade, estilo ou diversidade. 

O ideal é que você experimente diferentes ferramentas e veja qual delas se adapta melhor às suas necessidades e preferências.

banner-economia-exponencial

Conclusão

A capacidade de criar imagens por meio da inteligência artificial é uma área que está crescendo agora e, por isso, está naturalmente em constante evolução.

Algumas das ferramentas que tem permitido essa inovação são a Midjourney, DALL-e, Nightcafe AI, Starry AI, Craiyon e por aí vai.

A combinação da criatividade humana com os avanços tecnológicos abre um mundo de possibilidades para a expressão artística, a inovação e a comunicação visual. No entanto, é preciso ter cuidados muito além dos estéticos: preocupações éticas.

Categorias
Tecnologia

7 tecnologias inovadoras para conhecer e inspirar negócios

Na era da aceleração, a inovação se tornou uma aliada indispensável para o sucesso das empresas. E é por isso que as tecnologias inovadoras têm um papel tão essencial enquanto uma catapulta dos negócios.

Essas ideias estão redefinindo os padrões do mercado e abrindo portas para novas oportunidades de crescimento e diferenciação. Mas quais são elas?

Desde o hidrogênio verde até a fábrica de remoção de carbono, há muitos exemplos no mundo. A seguir, entenda o que é uma tecnologia inovadora, sua importância e invenções reais!

banner-leading-the-future

O que é uma tecnologia inovadora?

Uma tecnologia inovadora é aquela que introduz avanços significativos e disruptivos em relação às soluções existentes, oferecendo novas possibilidades e impactando positivamente diversos setores e segmentos. 

Ela pode vir de uma inovação incremental, quando adiciona algo a uma tecnologia existente, mas também inovação disruptiva, quando rompe com a tecnologia tradicional e oferece algo mais acessível e eficiente.

Ou seja, elas podem representar uma mudança substancial na forma como as coisas são feitas, trazendo benefícios como eficiência aprimorada, redução de custos, melhorias na qualidade de vida, ganhos de produtividade e criação de novos mercados.

Por exemplo, o celular é uma tecnologia inovadora que evoluiu de um simples telefone móvel para um dispositivo multifuncional que permite comunicação, entretenimento, trabalho e muito mais. 

Já a fotografia digital substituiu os filmes e câmeras tradicionais por imagens digitais que podem ser armazenadas, editadas e compartilhadas facilmente.

O caráter inovador de uma tecnologia está intrinsecamente ligado à sua capacidade de gerar mudanças, rompendo paradigmas estabelecidos e proporcionando soluções nunca antes imaginadas. 

Essas novas tecnologias são impulsionadas por pesquisas científicas, descobertas tecnológicas e avanços na compreensão do mundo ao nosso redor.

Além disso, as tecnologias inovadoras são frequentemente caracterizadas pela sua capacidade de integrar diferentes áreas do conhecimento, combinando disciplinas como ciência da computação, engenharia, biologia, física, entre outras. 

Essa interdisciplinaridade permite explorar sinergias entre campos diversos e criar soluções únicas e revolucionárias.

Finalmente, elas tem essa característica de sempre estar em constante evolução, adaptando-se às demandas e necessidades emergentes da sociedade. É a forma como ela consegue superar seus próprios limites, impulsionando o progresso e abrindo caminho para futuras inovações.

Importância de tecnologias inovadoras

As tecnologias inovadoras desempenham um papel fundamental na sociedade contemporânea, impulsionando o progresso, promovendo o desenvolvimento econômico e social e moldando o futuro de diversos setores. 

A seguir, detalhamos algumas das importâncias dessas tecnologias.

Estímulo à inovação e competitividade

As tecnologias inovadoras são catalisadoras de novas ideias e abordagens, incentivando a criatividade e a busca por soluções disruptivas.

 Elas impulsionam inovação, levando as empresas a repensar e aprimorar seus modelos de negócio, processos internos, produtos e serviços. 

Ao criar uma tecnologia que inova, as empresas podem ganhar vantagens competitivas, posicionar-se à frente do mercado e diferenciar-se da concorrência.

Melhoria da eficiência e produtividade

A implementação de tecnologias inovadoras muitas vezes resulta em ganhos significativos de eficiência e produtividade

Automação de tarefas, uso de algoritmos inteligentes e integração de sistemas permitem que as empresas otimizem seus processos, reduzam erros, acelerem a tomada de decisões e minimizem desperdícios. 

Isso leva a uma melhor utilização dos recursos disponíveis e, consequentemente, a um aumento da produtividade e do desempenho geral da organização.

Criação de novos mercados e oportunidades

importância das tecnologias inovadoras

Toda essa inovação tem o potencial de abrir portas para novos mercados e oportunidades de negócio. 

Ao introduzir soluções disruptivas, elas podem atender a demandas não atendidas anteriormente, criar novas necessidades nos consumidores e estimular a criação de novos setores e indústrias. 

Isso impulsiona o crescimento econômico, gera empregos e fomenta a competição saudável no mercado.

Transformação de setores tradicionais

Setores tradicionais da economia, como manufatura, saúde, transporte e energia, são impactados pela adoção de tecnologias inovadoras. 

Elas  trazem novos processos, ferramentas e abordagens que revolucionam essas indústrias, aumentando a eficiência, melhorando a qualidade dos serviços, reduzindo custos e ampliando as possibilidades.

A transformação digital de setores tradicionais permite uma maior integração entre empresas, governos e consumidores, impulsionando a colaboração e a interconectividade.

Melhoria da qualidade de vida

Essas tecnologias também têm o potencial de melhorar significativamente a qualidade de vida das pessoas.

Por exemplo, podem proporcionar avanços na área da saúde, facilitar o acesso à educação, promover a inclusão social, ampliar a comunicação e a interação social, além de oferecer soluções para problemas ambientais e sustentabilidade. 

Através de dispositivos inteligentes, sensores e aplicativos, essas tecnologias estão transformando a maneira como vivemos, trabal

Grandes tecnologias inovadoras do mundo

Entendendo o que são e qual é a importância delas, agora, vamos nos deparar com grandes exemplos de tecnologias inovadoras e como elas têm transformado o mercado.

Hidrogênio verde

O hidrogênio verde é uma forma de energia limpa e renovável que pode substituir os combustíveis fósseis em diversos setores, como transporte, indústria e geração de eletricidade. 

Ele é produzido a partir da eletrólise da água, usando energia elétrica proveniente de fontes renováveis, como solar ou eólica.

O hidrogênio verde tem várias vantagens em relação aos combustíveis fósseis. Por exemplo, ele não emite gases de efeito estufa nem poluentes na sua utilização, contribuindo para a redução das emissões globais e para a mitigação das mudanças climáticas.

 Ele também é mais eficiente e versátil do que outras fontes renováveis, podendo ser armazenado e transportado facilmente.

Essa é uma tecnologia inovadora considerada, inclusive, uma das mais promissoras para a transição energética global por sua descarbonização.

Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), o hidrogênio verde pode atender até 24% da demanda mundial de energia até 2050, gerando cerca de 30 milhões de empregos e evitando 6 gigatoneladas de emissões de CO2 por ano.

Vacina com RNA mensageiro

A vacina com RNA mensageiro é uma tecnologia inovadora que permite desenvolver vacinas contra doenças infecciosas de forma rápida e eficaz. 

Ela consiste em introduzir no organismo um fragmento de RNA (ácido ribonucleico) que contém as instruções para produzir uma proteína específica do agente causador da doença.

Essa proteína é reconhecida pelo sistema imunológico como estranha e desencadeia uma resposta imune que gera anticorpos e células de memória capazes de combater o agente causador da doença em caso de exposição futura.

Sua inovação em relação às vacinas tradicionais está no fato dela ser mais segura, pois não contém nenhum vírus ou bactéria atenuado ou inativado que possa causar infecção. 

Ela também é mais rápida e barata de produzir, pois não depende do cultivo ou da manipulação do agente causador da doença.

A vacina com RNA mensageiro foi usada pela primeira vez na história para combater a pandemia de Covid-19. As vacinas desenvolvidas pelas empresas Pfizer/BioNTech e Moderna usam essa tecnologia e demonstraram uma eficácia superior a 90% na prevenção da doença. 

Baterias de longa duração

As baterias de longa duração são tecnologias inovadoras que permitem armazenar energia elétrica por períodos prolongados sem perder capacidade ou desempenho. 

Elas são essenciais para viabilizar o uso massivo de fontes renováveis intermitentes, como solar ou eólica, que dependem das condições climáticas para gerar energia. Por isso, são vistas como uma tecnologia que inova.

As baterias de longa duração também são fundamentais para aumentar a autonomia e a eficiência dos veículos elétricos, que são considerados uma alternativa sustentável aos veículos movidos a combustíveis fósseis. 

Além disso, elas podem melhorar a qualidade e a segurança do fornecimento de energia elétrica para residências, indústrias e serviços públicos.

Existem vários tipos de baterias de longa duração em desenvolvimento ou em uso no mercado. Entre elas, destacam-se as baterias de íons de lítio (Li-ion), as baterias de fluxo redox (RFB), as baterias metálicas-ar (MAB) e as baterias sólidas (SSB).

Inteligência do GPT

o chatgpt é uma das tecnologias inovadoras

GPT é a sigla para Generative Pre-trained Transformer, um modelo de inteligência artificial capaz de gerar textos coerentes e criativos a partir de uma entrada simples. 

Ele é desenvolvido pela OpenAI, uma organização sem fins lucrativos dedicada à pesquisa e à ética da inteligência artificial. 

A última versão do modelo, o GPT-4, lançada em 2023, é considerada a mais poderosa e versátil até o momento.

O GPT tem diversas aplicações práticas, como a criação de conteúdo para sites, blogs e redes sociais, a geração de resumos e sínteses de textos, a tradução automática de idiomas, a assistência virtual e o ensino à distância. 

Essa tecnologia inovadora também pode ser usada para fins educacionais e recreativos, como aprender novos assuntos, jogar jogos de texto ou conversar com um chatbot.

Rastreamento de variantes

O rastreamento de variantes é uma técnica que permite identificar e monitorar as diferentes formas que um vírus pode assumir ao se replicar e se espalhar entre as pessoas. 

Essas formas são chamadas de variantes e podem ter características distintas, como maior transmissibilidade, resistência a vacinas ou gravidade dos sintomas.

Sua inovação está no fato dele se mostrar essencial para o controle e a prevenção de doenças infecciosas, como a covid-19, que já apresentou mais de uma centena de variantes em todo o mundo. 

Ele funciona por meio da análise genética das amostras coletadas dos pacientes infectados. Essa análise é realizada por laboratórios especializados, que usam equipamentos sofisticados e softwares avançados para comparar os genomas dos vírus e detectar as mutações.

Os dados obtidos são compartilhados com bancos de dados globais, como o GISAID (Global Initiative on Sharing All Influenza Data), que reúne informações sobre as variantes do coronavírus.

Fim das senhas

As senhas são um dos métodos mais comuns e antigos de autenticação na internet, mas também um dos mais vulneráveis e inconvenientes. 

O fato é: elas podem ser esquecidas, roubadas, hackeadas ou expostas por falhas de segurança. Além disso, as senhas exigem que os usuários criem e memorizem combinações complexas e diferentes para cada serviço ou plataforma que utilizam.

Por isso, muitos especialistas defendem o fim das senhas e a adoção de métodos alternativos e mais seguros de autenticação, como a biometria, o reconhecimento facial, a impressão digital, a íris ou a voz. 

Considerando isso, essa também pode ser entendida como uma tecnologia inovadora. Outra opção é o uso de chaves físicas ou virtuais, como cartões, tokens, aplicativos ou dispositivos que geram códigos únicos e temporários para cada login. 

Essas chaves podem funcionar como uma segunda camada de proteção, além da senha, ou como uma substituição completa da mesma.

Fábrica de remoção de carbono

O dióxido de carbono (CO2) é um dos principais gases responsáveis pelo aquecimento global e pelas mudanças climáticas. 

O CO2 é emitido principalmente pela queima de combustíveis fósseis, como petróleo, gás natural e carvão, mas também por outras atividades humanas, como o desmatamento e a pecuária.

Para reduzir os níveis de CO2 na atmosfera e evitar os piores cenários das mudanças climáticas, é preciso não só diminuir as emissões, mas também remover o excesso de CO2 que já está presente no ar. 

Uma das formas de fazer isso é por meio de fábricas de remoção de carbono, que são instalações que capturam e armazenam o CO2 de forma permanente.

Uma das empresas que está desenvolvendo essa tecnologia inovadora é a Climeworks, uma startup suíça que inaugurou em 2021 a maior fábrica de remoção de carbono do mundo na Islândia. 

A fábrica usa ventiladores gigantes para sugar o ar e separar o CO2 por meio de filtros especiais. Em seguida, o CO2 é injetado no subsolo, onde se mistura com a água e se transforma em pedra. 

Ela tem capacidade para remover até 4 mil toneladas de CO2 por ano, o equivalente às emissões de cerca de 870 carros.

banner-leading-the-future

Conclusão

A tecnologia está em constante evolução e trazendo novas possibilidades e soluções para os mais diversos problemas e desafios da humanidade. 

Como você viu, algumas invenções, como o hidrogênio verde, vacina com RNA mensageiro, a inteligência do GPT e a fábrica de remoção de carbono são bons exemplos disso.

Essas tecnologias têm potencial para impactar positivamente vários setores da sociedade, como a comunicação, a saúde, a segurança, a economia e o meio ambiente. 

Por isso, é importante estar atento às novidades e às tendências do mundo tecnológico e se preparar para as oportunidades e os desafios que elas trazem.