O Rooftop do Teatro Santander, em São Paulo, foi o palco escolhido para o Sest Senat Summit, que deu seu início nesta terça-feira (15/08). Com a temática e foco no Futuro do Transporte, quem inaugurou a plenária foi o Expert da Singularity University, Carlo van de Weijer.
Talvez poucos tenham se atentado a isso, mas transporte é algo tão importante para nós que impacta em boa parte do nosso salário: gastamos perto de 15% dele apenas nesta questão. Transportar-se é algo crucial para nossas vidas e está relacionado às questões de bem-estar, saúde e conforto.
Em sua fala, Carlo buscou alinhar as necessidades que temos de cuidado com nossa existência, desde questões mais pessoais (como o próprio corpo), até questões coletivas, como a parte ambiental. Afinal, há questões de congestionamento, poluição, barulho, C02 e uso do espaço público que modificam a qualidade da nossa vida.
O especialista destacou que são necessárias diferentes abordagens para entender como melhorar esta questão e que o consumo não é o único problema:
“Parar de buscar crescimento no mercado consumidor ou deixar de produzir não vai resolver nosso problema. É uma solução parcial. Precisamos inovar e achar outras soluções para continuar os mesmos processos, porque lidamos com a vida desta maneira.”
É neste ponto em que o expert da SingularityU trouxe a qualidade da vida humana como componente principal para compreender algumas inovações. Afinal, não se trata apenas de eficiência, desenvolvimento produtivo e transformações sem sentido: disrupções serão aceitas socialmente se fizerem parte do direcionamento da qualidade da existência e praticidade social.
Por exemplo, as pessoas não querem mais barulho. Drones grandes, em que tenham hélices barulhentas, não serão utilizados ou sequer desenvolvidos para o benefício individual de transporte.
Os veículos coletivos ainda são propostas interessantes, mas, como há uma questão social individualizante, o compartilhamento não é uma questão que conquistou seu espaço. Os carros elétricos e autônomos estão conquistando cada vez mais público no mercado e parecem ser o direcionamento na maneira em que nos transportamos.
Eletrificação dos veículos
Para Carlo van de Weijer, este movimento de eletrificação pode ser sintetizado na sigla CASE: Conexão, autônoma, compartilhada (share) e elétrico dos veículos de transporte.
Em sua fala, o expert da SingularityU destacou o quanto há pontos positivos e alguns um tanto quanto discordantes, que merecem nossa atenção.
Por exemplo, cada vez mais será necessário que carros sejam e estejam conectados com infraestruturas digitais necessárias, que se caracterizam por acesso à geolocalização, internet, acesso público e de capacidade informativa-responsiva.
No questão do compartilhamento, a fala destacou o quanto a questão individualizante do ser humano é um empecilho, porque há momentos para que isso aconteça.
Ao mesmo tempo, os transportes elétricos se tornarão uma realidade e o mercado já está se encaminhando para dar conta desta demanda, afinal, a busca por carros elétricos, por exemplo, já passa a ser uma prioridade para alguns consumidores.
A bateria a lítio está diminuindo seu valor, o que a torna mais acessível. A manutenção do produto é melhor do que há cinco anos. Para o expert da SingularityU, a eletricidade será a base energética de tudo no futuro e também a solução para os problemas. Cerca de 45% da poluição de CO2 no mundo provém dos carros e queima de combustíveis fósseis. Isso será mudado com este processo.
Ao mesmo tempo, a disrupção também acompanha outros modos de transporte, como a aviação, que corresponde, hoje, a 11% da poluição de CO2 na atmosfera. Esta área está desenvolvendo modos de captura de carbono e utilização de energia solar.
A infraestrutura possibilita que a renovação de energia ocorra. No Brasil, há 494 aeroportos e 3000 aeroportos privados e isso é extremamente importante para que o sistema elétrico dê conta, afinal, alguns aviões já conseguem fazer 5000km utilizando apenas energia elétrica.
Uma questão levantada é o montante de eletricidade necessária com mais esta demanda. Para dar conta da produção energética necessária hoje no país, seria necessário cerca de 25.000km2 de placas solares.
No futuro, a tendência é que este número aumente, pela demanda que também irá crescer, mas, outro ponto extremamente interessante, é compreender que as otimizações tecnológicas também ocorrerão, já que há diferentes pesquisas que tentam aumentar a eficiência de placas solares e outras energias verdes.
Quanto a questão da autonomia, o ponto mais importante foi compreender que ele pode ser uma ajuda, mas não será algo sem completa direção ou motorista. As diretrizes não darão conta de uma gama de regras não-escritas no trânsito e isso precisa ser colocado em perspectiva.
“Os usos, inclusive os automatizados, precisam ser bem construídos“
Para Carlo Van der Weijer, a questão maior é o uso dos sistemas condicionados, ao qual a automatização é construída. Existem diretrizes para constuir esta autonomia. Por hora, essa tomada de decisão automática não dá conta de lidar com as regras informais de trânsito. Cada região, cidade e estado se movimentam em uma maneira específica.
Os carros elétricos estão no nível 3 de autonomia. As projeções de nível 5, em que se caracterizam por um tipo completo de autônomo (do pedal e locomoção até das leituras de trânsito), podem ser consideradas boas alternativas sobre o uso do espaço.
“Eles são importantes para a segurança, mas precisam de mais pesquisas para lidar com as regras além do colocado na oficialidade do trânsito. É algo, ainda, pouco prático. Mas podem solucionar um problema de congestionamento sem sequer tocá-lo.”
Segundo Carlo, carros autônomos se tornarão importantes porque também permitem que o congestionamento deixe de ser algo sem vitalidade. Com essa responsabilidade e execução autônoma, é possível transformá-lo em uma maneira de aproveitar o tempo, que hoje é perdido.
Carlo traz esse destaque principal para entender que há uma necessidade de pensar na qualidade do nosso futuro. Por isso, continua destacando o uso da autonomia de uma maneira inteligente.
Nesse sentido, o expert da SingularityU não só defende a necessidade de um transporte coletivo, como o ônibus, mas destaca a necessidade de modelos de transporte que consigam trazer mais saúde para a população e é papel coletivo pensar nestas alternativas.
“Aviação está se tornando sustentável e consegue movimentar mais pessoas, além de ser uma área que procura se eletrificar e usar tecnologias de captação solar. Ferrovias e supersônicos, diferentemente do que o senso comum pensa, tem problemas relacionados ao impacto ambiental. Não acredito que drones serão produzidos para transporte de pessoas. Carros se tornarão mais sustentáveis e podem dar conforto, mas são as bicicletas que salvarão as cidades colocarão fim nos congestionamentos.”
Nessa afirmação, o especialista destaca a importância das diretrizes, que precisam estar alinhadas às questões de importância social. No caso específico da Holanda, mostra como a agenda da saúdefoi crucial para resolver vários problemas, até de maneira indireta.
Com as bicicletas, Van de Weijder destacou que a cidade passou a ser movimentada pelas pessoas e ter uma vitalidade diferente. Ao mesmo tempo, há tamanha frustração e repulsa dos próprios holandeses, por não terem uma cidade que seja completamente produzida para os carros e criticam o sistema de bicicletas.
Porém, este modo de vida é o que tem melhorado a questão de saúde, congestionamento, poluição e até harmonia nas cidades dos Países Baixos. É por esta razão que as ruas não são mais construídas apenas para carros e não há volta para os carros dominarem as cidades.
Isso porque, segundo o especialista, nosso desenho cerebral e o transporte está diretamente ligado às nossas composições corpóreas. Estar em trânsito e movimentar o corpo é uma necessidade do indivíduo, por isso, Van de Weijer salienta tamanha necessidade de procurar modos de transporte que também nos ajudem nas questões mais práticas da vida humana.
O Executive Program da Singularity Brazil chega a sua 10ª edição em setembro. Foram mais de 500 líderes em todas estas edições, mais de 480 horas de pura imersão e uma incontável mudança na vida individual de cada uma das pessoas que participaram do programa.
Vários CEOs, Diretores, Conselheiros, Fundadores e diferentes executivos estiveram presentes, aproveitando todo o conhecimento que os especialistas da Singularity University proporcionaram, além de produzir mais conhecimento sobre si, sobre nosso contexto atual e sobre as mais novas tecnologias exponenciais utilizadas no universo do empreendedorismo atual.
Por isso, preparamos um especial de 10 edições de Executive Program SingularityU Brazil, trazendo 10 histórias de pessoas que aproveitaram (como ninguém) tudo que este curso proporciona.
A primeira convidada a nos alimentar com sua história foi Renata Brasil, que foi Superintendente de Marketing no Banco Itaú, até abril de 2023, quando o Executive Program da Singularity Brazil transformou, em suas palavras, sua “mente, corpo e me inspirou a seguir nesta nova etapa da minha vida”.
Renata teve diversas passagens na diretoria de grandes bancos, como Bradesco, BNP Paribas, grandes empresas como Rede Globo e Agência África de publicidade. Dedicou integralmente seu tempo às diversas formações internacionais sobre marketing e conta que foi uma decisão difícil ter esta transição de carreira, se tornando mentora de pessoas e empresas.
Além disso, no bate-papo, a Consultora de Marketing conta que Carla Tieppo foi sua grande inspiradora neste processo e o Executive Program da Singularity Brazil ajudou a transformar toda sua angústia em pulsões criativas, direcionando seus esforços em estudos cognitivos, psicanálise e aliando todo seu conhecimento com a experiência que tem no seu trabalho.
Outro ponto interessante desta conversa foi a sua percepção e parecer analítico sobre o choque de gerações que está acontecendo. Você confere esse bate-papo e tudo que Renata Brasil nos contou na entrevista abaixo.
SingularityU Brazil: Por favor, se apresente às pessoas, Renata.
Renata Brasil: Bem, meu nome é Renata Brasil, ou pelo menos é assim que sou conhecida no mercado desde o começo da carreira. Sempre trabalhei com Marketing e tenho formação internacional nesta área. Passei por vários setores, como bem de consumo, varejo, telecomunicações, internet e mercado financeiro nas minhas últimas experiências. Em abril de 2023, Renata saiu do Itaú e abriu sua consultoria.
Estou estudando muito e fazendo alguns projetos para me tornar uma consultora de empresas e de pessoas. Antes disso, eu já fazia muita mentoria, mas agora estou estudando para entrar mais afinco nestes pontos de.
Isso tudo ocorreu graças à Carla Tieppo, que foi minha grande inspiradora. Eu estou em um momento muito rico da minha vida, pessoalmente e profissionalmente. Tudo o que eu tinha uma certa angústia, no Executive Program da Singularity Brazil eu encontrei espaço para desenvolver, entender e colho os frutos neste momento.
SU:Então… a “culpa” é da Carla Tieppo?
Renata Brasil: Super! Quando fui na 8ª edição do Executive Program (EP) foi um marco para mim, principalmente pelo momento que eu estava. A qualidade do programa me acessou e proporcionou mais insights para mim. Minha vida se divide em antes do EP e depois do EP.
SU:… E como era este momento que você estava?
Renata Brasil: Eu confesso que estava muito pensativa. Eu adoro trabalhar com marketing, sou apaixonada pela minha área e pelo que faço, então, tinha mania, quando entrava nas empresas, de vivenciar com intensidade a vida nela e me doar 100% para viver isso.
Por isso, no EP eu me dei conta que estava muito fechada para o mundo e estudando coisas muito específicas da minha área, sem compreender outras coisas que também poderiam me ajudar.
A imersão que o Executive Program proporciona foi o que abriu minha cabeça para olhar outras coisas e ver que eu também posso e gostava de estudar questões diversas. Eu já estava estudando psicanálise e em uma pós-graduação em neurociência. Mas, não era a mesma coisa.
Quando estava lá no EP, no meio de um processo de transição de carreira, todo o conteúdo e tudo que ali me foi mostrado, deixou claro que quanto mais nos aprofundamos em tecnologia e os avanço tecnológicos, mais a parte humana precisamos entender.
Eu já estava estudando psicanálise e neurociência, mas foi ali que eu entendi o anseio. Eu lembro de estar na imersão e tudo aquilo… A Carla Tieppo… A Wilma Bolsoni, do Flow… Elas trazendo esse lado humano para pensarmos… Foi ali que tudo ficou muito claro para mim e me interessou muito essa questão da parte humana. Afinal, precisamos preparar as novas gerações e nós mesmos para encararmos este novo momento de avanço tecnológico.
SU:Como você percebeu que isso estava se modificando naquele momento de imersão?
Renata Brasil: Naquele momento, tudo isso me tirou de uma angústia e me colocou como curiosa para entender tudo que estava sendo dito, principalmente o que se conectava com o que eu estava pensando.
Fiquei mais inclinada para a criatividade, querendo entender este momento e desbravar todos os assuntos de comportamento humano e neurociência que era falado, principalmente quando falamos de inteligência artificial.
Nos estudos que tenho feito, ando percebendo que tem os lados dos pessimistas e otimistas. Sempre aparece isso. Por um lado, é assustador de fato essas mudanças das tecnologias exponenciais.
Recentemente teve o comercial da Volkswagen, com a Elis Regina. Foi muito debatido e é uma série de questões não-regulamentadas que a gente vai ter que evoluir em conjunto e aprender ao mesmo tempo, o que é certo e errado, o que é ético e o que não é.
Mas, de fato, este momento de mais uma revolução tecnológica e cognitiva me posicionou para uma transição da minha vida, com o foco em desbravar este conhecimento novo e olhar novas teorias, em uma área que eu desconhecia da neurociência, da psicanálise e da filosofia.
Eu estou acompanhando mais profundamente estas questões, sem abandonar o lado performático, entendendo que a tecnologia precisa dar resultados e a minha área do marketing proporciona isso.
O que percebi é há uma dificuldade em unir a tecnologia e a questão humana. Com o tempo, caso não entendam isso direito, não estar a par da disrupção que a inteligência artificial trará com impactos na mente humana, vai fazer com que as organizações falhem.
Além disso, ao mesmo tempo, é necessário que precisem entender a parte humana. O cérebro reage de uma maneira diferente e as redes neurais da tecnologia e do ser humano vão estar conectadas de uma maneira mais profunda.
Há um campo enorme para estudar. Eu estou só começando, mas já estou apaixonada e, para mim, o Executive Program foi um marco para compreender isso e ir além.
SU:E o que você tem percebido neste momento?
Renata Brasil: Está tudo muito novo. Vejo bastante curiosidade das pessoas. Percebo que alguns avanços das empresas, investindo e colocando IAs em questões operacionais e de atendimento, onde rapidamente faz diferença. Por outro lado, ando um pouco assustada para entender onde isso vai parar, principalmente com a questão dos dados utilizados.
Acho que está todo mundo com essa apreensão, como no início de toda revolução, sem entender para onde estamos indo, com muito desconhecimento. São poucas as pessoas com certezas e a maioria está investigando, como os experts do EP, só que eles estão mais a frente.
É tudo muito rápido, novo. Em horas se acessa milhões de pessoas. A Thread (rede social) mostrou isso. As barreiras parecem menores, inclusive. As pessoas de 60 e 80 anos já tem mais responsividade no acesso para tecnologias eletrônicas. Não tem mais aquele susto. Claro, tem os resistentes, mas há muitos curiosos.
SU:Quando que você entendeu que o EP estava te mudando e te colocou essa curiosidade?
Renata Brasil: Olha, desde o ano passado eu já tinha tudo isso em mente, só que pouco organizado e materializado. Essa vontade de estudar, esses questionamentos já estavam comigo. Eles só foram aumentando durante o tempo, até que o EP que fiz, em abril de 2023, acelerou tudo.
Foi um catalizador e, durante todo o momento, uma voz me dizia: “É isso, vai fundo no que sente!”. A imersão me proporcionou um grande momento para alavancar todas as minhas dúvidas, entender outros caminhos que eu poderia percorrer e quais estudos eu poderia seguir. Foi fenomenal.
Eu digo que sou a embaixadora da SingularityU Brazil por conta do EP. Eu falo para todos e recomendo sempre, por conta da mudança que fez em mim.
SU:Você tinha essa expectativa?
Renata Brasil: Não… Na verdade não. Eu sempre acompanhei a SingularityU, sempre tive oportunidade para participar do programa, mas não sabia que tinha no Brasil.
Depois fiquei sabendo e, por acaso, eu estava em um momento que o algoritmo me encontrou. Confesso que me ”cutucou” e eu pensei: “É agora. Eu vou!”. Eu decidi uma semana antes.
Vou te dizer que dei sorte. Não só por ser um programa espetacular, claro, mas pelo grupo que estava. Fiz várias amizades com os participantes. Reencontrei alguns ex-diretores, amigas… Foi muito rico e interessante.
Conheci um pessoal incrível e mantemos o grupo até hoje. Foi muito bom, em termos de networking, que pra mim é essencial. Eu já fiz cursos lá fora e é difícil dar sorte em achar um grupo com tanta afinidade.
SU:E por que isso é importante?
Renata Brasil: Para haver troca! Com mais afinidade, você troca mais. Porque, além da conversa que você tem com as pessoas, você consegue ter essa troca depois. Além do conteúdo, você tem a oportunidade de sentar na mesa e tomar um vinho com os palestrantes, professores, pessoas que estão convidadas para falar e todos os participantes.
Então eu acho que eram pessoas de áreas diferentes, que eu aprendi muito, que foi muito rico, que trocaram… Foi muito rico. Já fiz cursos que não foram assim.
Eu sou muito extrovertida e preciso disso. Tem cursos que não tive isso, porque não conectou, não tive assunto, foi complicado. No EP foi uma delícia. Tinha gente que ficava até 3 da manhã conversando. Eu só não ficava porque precisava dormir.
O Executive Program é uma imersão de 3 dias e meio, nas tecnologias exponenciais que estão moldando o futuro dos negócios. O principal programa da SingularityU Brazil ocorrerá entre os dias 24 a 28 de setembro, no Hotel Almenat Embu das Artes – SP. Garanta sua participação na última turma do ano clicando aqui
SU:Mas o que torna o Executive Program da SingularityU Brazil tão diferente?
Renata Brasil: Acho que o diferencial do EP é que te qualifica, seleciona e te coloca em um contexto e ambiente com pessoas mais alinhadas com o seu objetivo. Faz diferença. Eu tenho experimentado muitos cursos nos últimos tempos.
Faz diferença fazer um Executive Program e faz diferença escolher um que te alinhe com diversas questões, tanto de conteúdo como networking. Como as pessoas estão precisando de informação, ansiosas e inseguras, famintas por informação, vários cursos se aproveitam disso e nem sempre entregam coisas muito boas.
O EP da Singularity Brazil entrega e muito bem. O selo Singularity já é o primeiro filtro, depois tem a HSM e todos ao redor. Isso te coloca em um nível melhor e coloca bons participantes ao lado. Não há problema em ter outras pessoas e a diversidade é melhor, mas, em certos momentos, precisa ter esse recorte para conectar os mesmos anseios.
SU:E você lembra como você se sentia pós-EP?
Renata Brasil: Eu lembro de tudo. Lembro que voltei extremamente otimista, curiosa, com uma energia criativa e de trabalho muito bom. O Flow, que a CEO é a Wilma Bolsoni, ajudou muito nisso.
Estar em um momento de transição de carreira, sempre dá muitas dúvidas e eu questionava se era a opção certa. O EP me mostrou que eu estava no caminho certo. Então, eu voltei animada e muito alegre para colocar tudo isso em ordem, estudar, trabalhar com as coisas com que acredito e foi realmente revigorante.
Foi um marco para mim. Eu sempre falo: eu estava no meu momento e foi muito importante fazer este Executive Program. Confesso que sinto até hoje que dei muita sorte: porque foram muito bem escolhidos, a qualidade foi boa e o grupo que estive estava espetacular. Foi uma experiência singular.
SU:Qual a diferença da Renata Brasil que foi fazer o EP e a de hoje?
Renata Brasil: Olha, eu gosto do mundo corporativo, mas nos últimos cinco anos, as pessoas me procuram muito para mentoria e a questão da saúde mental, nas organizações, é uma questão muito grave.
Eu vi muita gente doente, muita gente pedindo ajuda, então eu sei que estão adoecendo e é uma questão importante que as organizações tentam olhar e cuidar, mas é assustador como o ambiente corporativo está cada vez mais tóxico.
É um ambiente de pressão. Veio melhorando com as novas gerações, diversidade e tudo mais. Mas, mesmo assim, não sei por conta da pandemia, as pessoas estão mais sensíveis. A própria sociedade está mais sensível. O Brasil tem altas taxas de ansiosos e depressivos.
Então isso reflete isso nas organizações, ao mesmo tempo que precisam entregar resultado, cortar custo… E as pessoas surtam nas empresas. Eu venho percebendo isso.
Hoje, cada vez mais, as novas gerações já estão em um formato de não ter um emprego, mas ter um trabalho, projetos. Hoje estou estudando e tirando várias certificações para compreender isso.
Estou com três clientes apenas para estudar, coisa que não aconteceria antes, porque tinha uma dedicação 100% integral para aquela empresa, de cursos até aprendizados. Sinto uma liberdade até intelectual muito interessante e fazer a minha própria vida, colocar minhas prioridades.
Está sendo um exercício diferente e um aprendizado diferente. Acredito que a Nova Geração já tem esse entendimento. Quando entram nas organizações e as obrigam a entrar no sistema, não ficam muito tempo. Tem menos resiliência, menos paciência. É uma geração que em 3 anos ou 5 já discute se quer isso ou não para a própria vida.
É uma geração que chega e não fica, enquanto a geração 40+ está cheia de energia e conhecimento, mas é expurgada pelo mercado.
SU:O que você diria para quem fará o EP? Há uma maneira de se preparar?
Renata Brasil: Acho que, para aproveitar – e eu tive isso de uma forma inconsciente – é olhar para onde está indo. Ir porque é da SingularityU Brazil e são bons pela tecnologia é só um ponto.
O que eu diria é: vá para o Executive Program estudado, lendo o material recomendado e pensa na sua vida pessoal e profissional neste momento. Pensa no seu momento. Faça uma reflexão sobre si. Para você aproveitar mais, precisa ter esse momento de entendimento próprio. O que aconteceu nos últimos anos da sua vida? Quais foram os momentos mais incríveis que você se lembra? Quais foram os momentos mais difíceis?
É uma técnica que faz trazer nossa consciência para o presente. É aqui que entendemos o que nos conecta agora. Escolhe uma destes momentos que você pensou. Isso com certeza é uma coisa que no seu presente está te construindo. É importante parar e entender isso.
A HSM traz um lado humano muito interessante com a Wilma Bolsoni, do Flow. Então, falar sobre a energia do coração, falar sobre si mesmo é algo único. Por isso a pessoa que fará o EP precisa chegar com um olhar não só profissional ou pensando em como impactar o maior número de pessoas positivamente, mas olhando para si e tentando entender qual o nosso impacto neste mundo.
Eu saí desnorteada após a última palestra, quando me questionaram: “O que você está esperando para mudar o mundo acabar?” Por isso precisa entender tudo. Olhar para o planeta, mas olhar para o seu entorno, para o seu filho, seu parceiro, amigos e entender o legado que você vai deixar nessa Terra.
O EP mexe muito com isso. Se você for com a blindagem executiva, você não vai tirar o melhor dessa experiência de imersão. Você fica apenas no executive e não aproveita o program. Leva sua história e pensa no que quer daqui para frente, porque temos, diante de nós, uma longevidade maior e podemos pensar sobre isso.
Precisamos refletir sobre isso. Ciclone no Brasil, verão pior, inverso seco e ao mesmo tempo muito quente… Precisamos falar sobre sustentabilidade, ESG, olhar para o planeta. Há 20 anos falamos disso. Agora continua o mesmo e o EP continua provocando e convocando às pessoas a isso.
Este programa nos convoca. É fantástico. Eu já estudava isso, mas depois o EP eu vi que precisamos cuidar do ser humano e tentar colocar isso em prática, de uma maneira mais sustentável, ambiental e ajudar o coletivo.
As pessoas sempre pensam no amanhã, mas o negócio está acontecendo hoje. O que você vai fazer pela catástrofe climática? Pelo planeta? Pelo aquecimento? Eu levo isso nas empresas. Poucos estão preparados, mas nosso trabalho é esse.
SU:O que você diria para aquela Renata do primeiro dia de Executive Program?
Renata Brasil: Aproveita. É uma oportunidade única e de privilégio. Aproveite muito, pelas pessoas, pelo vinho, pelo programa. Tenha esse espírito curioso. Aproveite o quanto puder. O conselho que posso dar também é: desliga o celular. Entre em imersão. Não somos capazes de absorver tudo ao mesmo tempo. Participe da plenária, participe dos restaurantes. Sei que há o vício e demanda, mas desliga o celular, coloca no quarto. Faça diferente. Aproveite todos os dias do melhor jeito possível. O conteúdo é ótimo, a vivência é profunda e maravilhosa.
As inovações tecnológicas interferem diretamente como as organizações operam e se posicionam no mercado. E, no momento, a inteligência artificial é o cerne desse assunto.
Todo mundo que já leu sobre IA certamente tem uma noção de que ela tem um potencial gigantesco para impulsionar o crescimento e a eficiência dos negócios.
No entanto, muitos líderes empresariais ainda estão se familiarizando com o tema e, por isso, se perguntam como criar sua uma inteligência artificial para atender às suas necessidades específicas.
Neste artigo, vamos falar sobre esse tema, fornecendo insights e orientações para ajudar você a dar os primeiros passos nessa jornada rumo à inovação tecnológica.
Prepare-se para mergulhar no universo da IA e descobrir como seu negócio pode se beneficiar dessa poderosa ferramenta!
Afinal, o que é inteligência artificial?
Inteligência artificial (IA) é um campo da ciência da computação que se concentra no desenvolvimento de sistemas capazes de realizar tarefas que normalmente requerem inteligência humana.
Ela envolve o uso de algoritmos e técnicas avançadas para permitir que máquinas aprendam, raciocinem, tomem decisões e interajam com o ambiente de maneira semelhante aos seres humanos.
De forma geral, ela tem 3 grandes técnicas envolvidas. Quais são elas? Aprendizado de máquina, Redes Neurais Artificiais e Processamento de Linguagem Natural.
Veja a seguir.
Aprendizado de máquina (machine learning): é uma abordagem em que os sistemas são treinados em grandes conjuntos de dados para reconhecer padrões e aprender com eles. Os algoritmos de aprendizado de máquina são capazes de melhorar seu desempenho ao longo do tempo, ajustando seus parâmetros com base nos exemplos fornecidos;
Redes Neurais Artificiais: são modelos inspirados no funcionamento do cérebro humano, compostos por camadas de neurônios interconectados. Eles podem aprender a partir de dados de treinamento, identificando padrões e relacionamentos complexos. As redes neurais são amplamente utilizadas em tarefas como reconhecimento de imagens, processamento de linguagem natural e tomada de decisões;
Processamento de Linguagem Natural (Natural Language Processing – NLP): é uma área da IA que lida com a interação entre computadores e linguagem humana. Os sistemas de NLP são projetados para entender, interpretar e gerar linguagem natural, permitindo a comunicação efetiva entre humanos e máquinas.
No contexto empresarial, a inteligência artificial pode ser aplicada em diversas áreas, desde a automação de processos até a análise de dados complexos, permitindo insights valiosos para a tomada de decisões estratégicas.
Ela também possibilita que as organizações realizem tarefas de forma mais eficiente, melhorem a qualidade de produtos e serviços, personalizem experiências para os clientes e impulsionem a inovação. Mas veremos melhor mais a frente.
Entender o conceito de inteligência artificial é o primeiro passo para explorar seu potencial e encontrar oportunidades de aplicação em seu negócio.
Por que criar uma inteligência artificial?
Criar uma inteligência artificial pode trazer inúmeros benefícios e vantagens para as organizações, principalmente para as lideranças empresariais.
Aqui estão algumas razões pelas quais investir na criação de uma IA pode ser altamente vantajoso:
eficiência operacional aprimorada: uma IA pode automatizar tarefas repetitivas e de baixo valor agregado, permitindo que os colaboradores se concentrem em atividades mais estratégicas. Isso resulta em um aumento significativo da eficiência operacional, redução de erros e otimização dos processos internos;
tomada de decisão embasada em dados: com uma IA bem desenvolvida, é possível coletar, processar e analisar grandes volumes de dados de forma rápida e precisa. Isso fornece insights valiosos para embasar as decisões empresariais, identificar tendências, antecipar demandas e identificar oportunidades de crescimento;
personalização e experiência do cliente aprimoradas: essa inteligência pode ser usada para entender melhor as preferências e necessidades dos clientes, permitindo a criação de experiências personalizadas e sob medida. Isso resulta em um maior engajamento do cliente, satisfação e fidelidade à marca.
melhoria da segurança e prevenção de fraudes: essa tecnologia pode ser aplicada para detectar atividades suspeitas, identificar possíveis ameaças de segurança e prevenir fraudes. Algoritmos avançados podem analisar comportamentos, padrões e anomalias, fornecendo uma camada adicional de proteção para os negócios;
inovação e competitividade no mercado: a capacidade de desenvolver e aplicar inteligência artificial de forma eficaz permite que as organizações se destaquem no mercado, impulsionando a inovação e a diferenciação. A IA pode abrir portas para novos produtos, serviços e modelos de negócios, permitindo que as empresas estejam na vanguarda da transformação digital.
Para resumir tudo que foi dito, então: criar uma inteligência artificial oferece oportunidades de melhorar a eficiência operacional, tomar decisões mais embasadas, aprimorar a experiência do cliente, fortalecer a segurança e impulsionar a inovação.
Esses benefícios combinados, consequentemente, podem levar as lideranças empresariais a alcançar um maior sucesso e crescimento sustentável em um mercado cada vez mais competitivo e tecnológico.
5 exemplos de inteligência artificial
Os exemplos são muitos, mas, aqui, vamos trazer 5 que podem ilustrar como as organizações podem aproveitar ao criar uma IA.
atendimento ao cliente personalizado: muitas empresas estão utilizando IA para criar assistentes virtuais que podem interagir com os clientes, responder perguntas comuns e fornecer suporte personalizado. Esses assistentes virtuais são capazes de entender a linguagem natural, adaptar-se ao contexto e oferecer soluções rápidas e eficientes;
análise de dados avançada: a IA permite que as empresas processem grandes volumes de dados de maneira rápida e precisa. Algoritmos avançados podem identificar padrões, tendências e insights ocultos nos dados, ajudando as empresas a tomar decisões mais informadas e estratégicas;
manufatura e automação: essa tecnologia está sendo amplamente utilizada na indústria para melhorar a eficiência e a precisão dos processos de produção. Por meio de sistemas de visão computacional e robótica avançada, a IA é capaz de realizar tarefas complexas com alta precisão, reduzindo erros e aumentando a produtividade;
marketing e publicidade inteligente: ela também está revolucionando a forma como as empresas realizam campanhas de marketing e publicidade. Com base em análises de dados, a IA pode segmentar audiências, personalizar mensagens, otimizar campanhas e prever o comportamento do consumidor, maximizando o impacto das estratégias de marketing;
previsão e análise de demanda: a inteligência pode ajudar as empresas a prever a demanda futura com base em diversos fatores, como histórico de vendas, tendências do mercado, eventos sazonais e até mesmo condições climáticas. Essas previsões precisas permitem que as empresas ajustem seus estoques, planejem suas operações e atendam às necessidades dos clientes de forma mais eficiente.
Saber como criar inteligência artificial oferece oportunidades significativas para melhorar processos, aprimorar a tomada de decisões e impulsionar o crescimento.
À medida que a tecnologia continua evoluindo, novas aplicações da IA estão surgindo e transformando a forma como as empresas operam em diversos setores.
Como criar uma inteligência artificial?
Finalmente, como criar uma inteligência artificial? É o que vamos ver nos passos a seguir!
Estude sobre IA e inovação
Para criar uma inteligência artificial, é fundamental iniciar estudando sobre IA e inovação. Isso pode ser feito por meio de cursos, workshops, treinamentos e por aí vai.
Aprofunde-se nos conceitos fundamentais, como aprendizado de máquina, algoritmos de IA e redes neurais. Sem isso, você dificilmente terá bons avanços, certo?
Também familiarize-se com os diferentes tipos de IA, como IA baseada em regras, IA simbólica e aprendizado de máquina.
Outro ponto essencial é se manter atualizado sobre as últimas tendências e avanços nessa área em constante evolução.
Os cursos da Singularity Brazil são uma ótima opção para começar e aprofundar os estudos.
Defina o problema inicial do projeto
Na hora de fazer uma inteligência artificial, é importante definir claramente o problema inicial que você pretende resolver. Identifique os desafios específicos que sua empresa enfrenta e que podem se beneficiar do uso da IA.
Analise os processos existentes, identifique as áreas que podem ser otimizadas ou aprimoradas por meio da automação ou da tomada de decisão baseada em dados.
Aproveite também para criar metas claras e mensuráveis para o projeto de IA, para que você possa avaliar seu sucesso posteriormente.
Suponha que você seja o líder de uma empresa de varejo e esteja enfrentando um desafio com relação à previsão de demanda de produtos.
Você pode definir o problema inicial como desenvolver um sistema de IA capaz de prever com maior precisão as vendas futuras, levando em consideração fatores sazonais, eventos especiais e comportamento do consumidor.
Ao definir o problema dessa forma, você está estabelecendo uma meta específica e direcionando seus esforços para criar uma solução de IA que possa abordar essa questão específica de previsão de demanda.
Tenha uma estratégia na criação
O terceiro passo é ter uma estratégia bem definida. Isso envolve planejar como você irá desenvolver e implementar a IA, considerando recursos, prazos e objetivos.
Defina as etapas do projeto, estabeleça as responsabilidades das equipes envolvidas e crie um cronograma realista.
Além disso, é o momento de considerar os aspectos éticos e legais relacionados à IA, como a privacidade dos dados e a conformidade com regulamentos específicos.
Aqui, suponha que você seja um líder em uma empresa de assistência médica e deseje criar uma IA para auxiliar no diagnóstico médico.
Sua estratégia pode envolver a formação de uma equipe multidisciplinar composta por médicos, cientistas de dados e engenheiros de software.
Você pode definir etapas como coleta e análise de dados médicos relevantes, desenvolvimento de algoritmos de aprendizado de máquina e criação de um protótipo funcional.
Além disso, você deve considerar a conformidade com as regulamentações de proteção de dados, garantindo a privacidade dos pacientes e a segurança das informações médicas.
Tenha em mente: uma estratégia clara permitirá que você conduza o projeto de forma eficiente e eficaz.
Decida se vai desenvolver ou usar uma IA pronta
Quando se está criando uma IA, você tem a opção de desenvolvê-la internamente ou usar uma IA pronta disponível no mercado.
Essa decisão dependerá das necessidades específicas do seu negócio, recursos disponíveis e expertise da sua equipe.
Desenvolver uma IA internamente pode oferecer maior controle e personalização, permitindo que você adapte a tecnologia às suas demandas específicas.
Por outro lado, utilizar uma IA pronta pode acelerar o processo de implementação e reduzir custos, aproveitando as soluções já desenvolvidas por especialistas.
Imagine que você seja um líder em uma empresa de e-commerce e queira implementar uma IA para recomendação de produtos aos clientes.
Você pode optar por desenvolver uma IA internamente, caso tenha uma equipe de cientistas de dados e engenheiros com habilidades relevantes, certo?
Isso permitiria que você criasse algoritmos personalizados e ajustasse a IA de acordo com as necessidades exclusivas da sua empresa.
No entanto, se você tiver recursos limitados ou prazos restritos, também é possível optar por utilizar uma IA pronta, como um serviço de recomendação de terceiros.
Isso permitiria que você se beneficiasse de soluções já consolidadas no mercado, economizando tempo e esforço na implementação da IA.
A decisão dependerá das suas prioridades e da capacidade da sua empresa em desenvolver internamente a tecnologia necessária.
Continue acompanhando os resultados
Após implementar sua inteligência artificial, é essencial acompanhar de perto os resultados e realizar análises contínuas.
Isso permite identificar possíveis ajustes, otimizar o desempenho e garantir que a IA esteja atingindo os objetivos estabelecidos.
Avaliar os resultados também ajuda a identificar oportunidades de melhoria e identificar novas necessidades ou demandas que possam surgir ao longo do tempo.
Nesse caso, vamos pensar que você atua em uma empresa de atendimento ao cliente que tenha implementado um chatbot com IA para responder às perguntas dos clientes de forma automática.
Ao acompanhar os resultados, você percebe que a taxa de satisfação dos clientes diminuiu significativamente após a implementação do chatbot.
Já ao analisar os dados e receber feedback dos clientes, você identifica que o chatbot não está compreendendo corretamente algumas perguntas complexas e fornecendo respostas imprecisas.
Com base nesses insights, você realiza ajustes na IA, treina o modelo com mais dados e melhora a capacidade de compreensão e resposta do chatbot.
Estar sempre observando os resultados é uma etapa fundamental para aperfeiçoar a IA, alinhar as expectativas e garantir que ela esteja alinhada com as metas e objetivos do negócio.
Quais plataformas servem para criar uma inteligência artificial?
Existem várias plataformas de inteligência artificial disponíveis que podem ser utilizadas para criar uma.
Essas plataformas oferecem uma variedade de recursos e ferramentas que permitem aos desenvolvedores e equipes de negócios criar e implantar IA de forma mais eficiente.
Alguns exemplos de plataformas populares são:
TensorFlow: é uma biblioteca de software de código aberto amplamente utilizada para desenvolver modelos de IA, especialmente para aprendizado de máquina. Oferece suporte a diversas linguagens de programação e possui uma comunidade ativa;
OpenAI: é uma plataforma que oferece modelos de inteligência artificial avançados e de código aberto, como o GPT-3, o DALL-E e o CLIP, que podem gerar textos, imagens e classificações a partir de linguagem natural;
Google Cloud AI Platform: é uma plataforma de nuvem fornecida pelo Google, que oferece um conjunto de ferramentas para desenvolvimento e implantação de modelos de IA. Possui recursos avançados de aprendizado de máquina e oferece integração com outras ferramentas do ecossistema do Google.
Caffe: é uma plataforma de código aberto que permite criar e treinar modelos de deep learning, especialmente para visão computacional e reconhecimento de imagem;
Deeplearning4j: é uma plataforma de código aberto que permite criar e treinar modelos de deep learning em Java e Scala, usando redes neurais artificiais e algoritmos distribuídos.
Essas são apenas algumas das ferramentas de inteligência artificial disponíveis, e a escolha depende das necessidades específicas do projeto e dos recursos que melhor atendem aos objetivos da empresa.
Ou seja, é importante avaliar as funcionalidades, a facilidade de uso, a escalabilidade e o suporte oferecido por cada plataforma ao decidir qual delas utilizar para criar uma inteligência artificial, certo?
Conclusão
A criação de uma inteligência artificial pode ser desafiadora, mas com o conhecimento certo e uma abordagem estratégica, é possível alcançar resultados surpreendentes.
Em um mundo cada vez mais digital e competitivo, a inteligência artificial se torna um diferencial estratégico para as empresas que buscam se destacar e se adaptar às demandas do mercado.
Líderes precisam estar preparados para inovar, experimentar, aprender com os erros e continuar aprimorando sua IA ao longo do tempo.
O futuro está nas mãos daqueles que ousam criar e moldar a inteligência artificial de forma inteligente e responsável. Se você quer fazer parte dele, conheça o nosso programa Futur.e Me!
O Deep Fake é um tipo de Inteligência Artificial que cada vez mais circula na nossa sociedade. Principalmente por conta do entretenimento, há várias maneiras de se utilizar deste instrumento tecnológico e que pode ser aproveitado também em diversas esferas sociais.
De questões políticas até propagandas comerciais, esta nova maneira de produzir conteúdos tem levantado várias questões éticas sobre direito a imagem, quem é a pessoa que se beneficia (em royalties) com esta realização e qual o limite para essa produção de conteúdo.
Nesta semana, a Volkswagen lançou uma campanha institucional sobre os 70 anos da empresa. Nela, Elis Regina, dirigindo uma Kombi de sua época, aparece junto de sua filha, Maria Rita, dirigindo uma Kombi mais recente e elétrica.
O par produz um dueto que emociona e toca os corações para quem entende a relação entre elas e se apega na realização entre mãe e filha. Alguns fazem críticas sobre o sentido de uso da música “Como nossos pais”, de Belchior, que dá liga entre o vínculo das duas personagens. Outros se perguntam se é correto utilizar imagem, corpo, movimentação e voz de alguém que não é mais presente.
Em meio a esta complexa relação com o produto comunicacional, o especialista em Inteligência Artificial da SingularityU Brazil, Alexandre Nascimento, nos concedeu uma entrevista sobre o caso. Em suas falas, o expert faz uma análise sobre o produto e ainda destaca algumas atenções necessárias.
Confira a entrevista na íntegra:
A propaganda da Volkswagen apresenta um bom exemplo do potencial do uso da IA na indústria criativa?
Alexandre Nascimento: Sim, é um excelente exemplo. O custo de fazer esse tipo de criação ficou muito menor e mais acessível, bem como o produto final está muito bem exec utado. Antes, o investimento necessário para fazer alguns efeitos era proibitivo (caro) para a maior parte dos anunciantes. Hoje, estamos vendo uma democratização e até comoditização de vários efeitos, que, portanto, passam a estar ao alcance de muitos, senão todos.
Mas vale ressaltar que esse exemplo é apenas a ponta do iceberg do que iremos ver nos próximos anos. A indústria publicitária vai ser completamente transformada com o uso da inteligência artificial, como tive o prazer de comentar recentemente numa entrevista que dei para o Meio & Mensagem (última questão).
Podemos chamar a peça publicitária de um “bom” exemplo quando se discute deep fake? Quais seriam os maus exemplos? Que tipo de dilema ético sobre “ressuscitar” pessoas com uso de IA a gente se depara em um momento como esse? Como podemos ter essa discussão?
Alexandre Nascimento: Do ponto de vista da criação: sim. Podemos dizer que é um bom exemplo. E, sem dúvida, quando vemos a utilização da mesma tecnologia para criar vídeos falsos, com pessoas dizendo algo que não disseram, em qualquer contexto que gere impressões negativas e opiniões sobre uma pessoa, que não fez algo e não disse o que foi criado, isso é extremamente preocupante. Infelizmente se tornou mais comum do que muitos podem acreditar. Tais recursos estão sendo utilizados há um bom tempo na política, na desinformação, e, para suportar teorias da conspiração, que criam sentimentos negativos e desinformação para o público em geral.
Mas, há um aspecto importante que vai além do “bom” uso sob a ótica da maravilha tecnológica a serviço da criação. De fato, desde 2019, há uma discussão muito grande sobre a nova indústria da imortalidade digital e principalmente seus aspectos éticos.
Em 2020, a Microsoft patenteou uma técnica que permite imortalizar alguma pessoa à partir de suas imagens e conteúdos deixados em redes sociais, permitindo que qualquer um de nós possamos ter uma versão eletrônica imortal. Do ponto de vista tecnológico, é espetacular. Do ponto de vista ético, há muita discussão.
Por exemplo, no caso do comercial, sem dúvida é uma belíssima peça publicitária, que provoca uma emoção muito positiva no público. Por outro lado, a Elise Regina não teve oportunidade de decidir pelo uso de sua imagem, pois imagino que ela não tenha deixado isso em um testamento ou em algum documento com seus desejos, de forma explícita, visto que seria muito difícil prever este estágio de desenvolvimento da tecnologia.
Então, há muita gente que questione mesmo este exemplo de boa utilização, quando se trata de associar uma pessoa falecida com uma marca ou com uma geração de conteúdo que tenha fins comerciais.
Trata-se de um assunto polêmico e muito complexo, em que eu mesmo tenho opinião dividida, pois os dois lados têm argumentos, muito bons inclusive. E, é esse tipo de paradoxo que estamos vivendo hoje e que é tema da apresentação que faço no xTech Legal da SU, onde membros do judiciário como juízes, promotores, analistas e desembargadores participam.
O fato é que começaremos a ver uma regulação desse tipo de coisa, e, provavelmente vamos ter que expressar nossos desejos de forma oficial sobre o que autorizamos a fazer com nossa imagem antes de morrermos. Por exemplo, eu não gostaria de que uma imagem digital minha fosse associada à algumas marcas que não admiro e que não tenho alinhamento de valores, mesmo que seja uma peça publicitária incrível e que desperte emoções positivas em todos. Trata-se de um desejo pessoal meu que eu quero que seja respeitado. Por outro lado, eu autorizaria o uso de minha imagem para outras organizações com propósitos que eu acredito.
Em suma, trata-se de um tema que está sendo fruto de discussão há alguns anos e vai perdurar.
O Deep Fake (embedar o texto anterior) é um tipo de Inteligência Artificial que cada vez mais circula na nossa sociedade. Principalmente por conta do entretenimento, há várias maneiras de se utilizar deste instrumento tecnológico e que pode ser aproveitado também em diversas esferas sociais.
De questões políticas até propagandas comerciais, esta nova maneira de produzir conteúdos tem levantado várias questões éticas sobre direito a imagem, quem é a pessoa que se beneficia (em royalties) com esta realização e qual o limite para essa produção de conteúdo.
Nesta semana, a Volkswagen lançou uma campanha institucional sobre os 70 anos da empresa. Nela, Elis Regina, dirigindo uma Kombi de sua época, aparece junto de sua filha, Maria Rita, dirigindo uma Kombi mais recente e elétrica.
O par produz um dueto que emociona e toca os corações para quem entende a relação entre elas e se apega na realização entre mãe e filha. Alguns fazem críticas sobre o sentido de uso da música “Como nossos pais”, de Belchior, que dá liga entre o vínculo das duas personagens. Outros se perguntam se é correto utilizar imagem, corpo, movimentação e voz de alguém que não é mais presente.
Em meio a esta complexa relação com o produto comunicacional, o especialista em Inteligência Artificial da SingularityU Brazil, Alexandre Nascimento, nos concedeu uma entrevista sobre o caso. Em suas falas, o expert faz uma análise sobre o produto e ainda destaca algumas atenções necessárias.
Confira a entrevista na íntegra:
A propaganda da Volkswagen apresenta um bom exemplo do potencial do uso da IA na indústria criativa?
Alexandre Nascimento: Sim, é um excelente exemplo. O custo de fazer esse tipo de criação ficou muito menor e mais acessível, bem como o produto final está muito bem exec utado. Antes, o investimento necessário para fazer alguns efeitos era proibitivo (caro) para a maior parte dos anunciantes. Hoje, estamos vendo uma democratização e até comoditização de vários efeitos, que, portanto, passam a estar ao alcance de muitos, senão todos.
Mas vale ressaltar que esse exemplo é apenas a ponta do iceberg do que iremos ver nos próximos anos. A indústria publicitária vai ser completamente transformada com o uso da inteligência artificial, como tive o prazer de comentar recentemente numa entrevista que dei para o Meio & Mensagem (última questão).
Podemos chamar a peça publicitária de um “bom” exemplo quando se discute deep fake? Quais seriam os maus exemplos? Que tipo de dilema ético sobre “ressuscitar” pessoas com uso de IA a gente se depara em um momento como esse? Como podemos ter essa discussão?
Alexandre Nascimento: Do ponto de vista da criação: sim. Podemos dizer que é um bom exemplo. E, sem dúvida, quando vemos a utilização da mesma tecnologia para criar vídeos falsos, com pessoas dizendo algo que não disseram, em qualquer contexto que gere impressões negativas e opiniões sobre uma pessoa, que não fez algo e não disse o que foi criado, isso é extremamente preocupante. Infelizmente se tornou mais comum do que muitos podem acreditar. Tais recursos estão sendo utilizados há um bom tempo na política, na desinformação, e, para suportar teorias da conspiração, que criam sentimentos negativos e desinformação para o público em geral.
Mas, há um aspecto importante que vai além do “bom” uso sob a ótica da maravilha tecnológica a serviço da criação. De fato, desde 2019, há uma discussão muito grande sobre a nova indústria da imortalidade digital e principalmente seus aspectos éticos.
Em 2020, a Microsoft patenteou uma técnica que permite imortalizar alguma pessoa à partir de suas imagens e conteúdos deixados em redes sociais, permitindo que qualquer um de nós possamos ter uma versão eletrônica imortal. Do ponto de vista tecnológico, é espetacular. Do ponto de vista ético, há muita discussão.
Por exemplo, no caso do comercial, sem dúvida é uma belíssima peça publicitária, que provoca uma emoção muito positiva no público. Por outro lado, a Elise Regina não teve oportunidade de decidir pelo uso de sua imagem, pois imagino que ela não tenha deixado isso em um testamento ou em algum documento com seus desejos, de forma explícita, visto que seria muito difícil prever este estágio de desenvolvimento da tecnologia.
Então, há muita gente que questione mesmo este exemplo de boa utilização, quando se trata de associar uma pessoa falecida com uma marca ou com uma geração de conteúdo que tenha fins comerciais.
Trata-se de um assunto polêmico e muito complexo, em que eu mesmo tenho opinião dividida, pois os dois lados têm argumentos, muito bons inclusive. E, é esse tipo de paradoxo que estamos vivendo hoje e que é tema da apresentação que faço no xTech Legal da SU, onde membros do judiciário como juízes, promotores, analistas e desembargadores participam.
O fato é que começaremos a ver uma regulação desse tipo de coisa, e, provavelmente vamos ter que expressar nossos desejos de forma oficial sobre o que autorizamos a fazer com nossa imagem antes de morrermos. Por exemplo, eu não gostaria de que uma imagem digital minha fosse associada à algumas marcas que não admiro e que não tenho alinhamento de valores, mesmo que seja uma peça publicitária incrível e que desperte emoções positivas em todos. Trata-se de um desejo pessoal meu que eu quero que seja respeitado. Por outro lado, eu autorizaria o uso de minha imagem para outras organizações com propósitos que eu acredito.
Em suma, trata-se de um tema que está sendo fruto de discussão há alguns anos e vai perdurar.
Uma das temáticas mais faladas na 9ª edição do Executive Program estava aliada às questões dos trabalhadores. O medo que se paira sobre a aplicação da inteligência artificial ainda ultrapassa as realizações e a maneira com que podemos ser beneficiados por esta nova tecnologia.
Por isso, Gary Bolles, especialista em Futuro do Trabalho pela SingularityU, destacou o quanto o papel de um bom líder é fazer com que seus colaboradores consigam enxergar esta ajuda. O “tsunami silencioso de IA”, como o próprio especialista nomeia, já está transformando cada um de nós e seu painel é ajudar todos os presentes a entender como aproveitar estes grandes avanços tecnológicos.
Mas isso não é uma responsabilidade do trabalhador. Gary destacou o quanto há a necessidade de treinamento, para que os mais habilidosos continuem com seus espaços e se aproveitem deste maquinário para operacionalizar algumas de suas ações.
Reconhecer a necessidade de uma liderança é colocar clareza na questão de governança, afinal, um líder não é necessariamente um gestor de área. Por isso, há todo um trabalho dentro de uma organização, dos conselheiros até os gestores de time, para proporcionarem diretrizes que encabecem este tipo de característica.
De início, o especialista em futuro do trabalho destacou que o ponto mais importante neste momento histórico é entender como aliar esta tecnologia exponencial ao trabalho, entendendo onde ocorrerão as substituições e como podemos ter trabalhadores que se utilizem de seus manejos.
É um trabalho que existe visão e percepção do que pode ocorrer. Por isso, Bolles dedicou seu tempo a mostrar que a I.A continuará dependente de nossa habilidade (skill) e, por isso, saber se utilizar dela será um diferencial. Ao mesmo tempo, precisaremos retornar aos propósitos e principais questões focais do nosso trabalho, com um propósito e objetivo claro, pois não podemos nos perder mais do que já ocorre.
Simultaneamente, Gary retoma a visão individual para falar sobre a necessidade de compreender a flexibilidade do trabalho. As lideranças precisam entender que há uma gama de atividades que não precisam necessariamente serem feitas no mesmo lugar e ao mesmo tempo. Em linhas gerais, o expert em Futuro do Trabalho mostra como há maneiras de fazer um trabalho, que não tem as mesmas preocupações, necessidades e atribuições.
Por isso, antes de tudo, é necessário ter um entendimento mútuo de execução e também saudável. Uma reunião pode acontecer online – ou até se tornar um e-mail -, enquanto uma demanda pode ser assíncrona em sua cadeia de produção, em lugares totalmente diferentes.
Isso é mais do que empatia: é cuidado de entender o outro. Afinal, mesmo que haja um objetivo coletivo, quando falamos de propósitos, há as características privadas. Cada ser individual tem suas necessidades e desejos, por isso, o papel hoje é compreender como isso pode ocorrer e a produção continue. Afinal, um indivíduo saudável é também um ser que continua com sua boa execução.
Esta é uma das principais regras que o mundo dos negócios precisa priorizar neste momento, segundo Bolles. Junto a isso, é necessário compreender qual a cadeia de governança que se cria na organização, a função transparente de cada um, a continuidade das diretrizes, o pensamento de crescimento e utilização das tecnologias exponenciais, enquanto há o adaptive skillset: a maneira na qual as gestões precisam entender a diversidade e peculiaridade das necessidades de cada um.
Quais são os próximos passos que deveremos ter?
A principal ação é compreender e destrinchar cada um dos elementos mencionados na organização. Nesse sentido, entender qual o foco de desenvolvimento que será dado (seja ele de mindset, de habilidades ou de tecnologias) e procurar o crescimento na sua empresa.
Ao mesmo tempo, criar regras de trabalhos flexíveis e que consigam cooperar mutuamente. A IA ajudará na operacionalização, por isso, Bolles destaca a necessidade de reconhecer a maneira como cada um dos colaboradores trabalham e tirar o melhor desta situação, definindo seus principais pontos de função.
Outra questão é definir e trabalhar com problemas, como uma maneira de antecipar e prever situações que podem não ser benéficas. Com essa precaução, a organização consegue diminuir seus danos e ter ações prontas para os acontecimentos possíveis. Com isso, junto ao treinamento e motivações dos times, o crescimento pode ser efetivo e as mudanças podem acontecer sem que a organização passe por uma tormenta desnecessária.
“Sempre há oportunidades e precisamos entender como fazer deste uso para que mais humanos consigam trabalhar com um bem-estar, assim o poder se transformará em solução”.
O fim do semestre está chegando e nessa jornada de 2023 vários eventos nos ajudaram a construir um panorama mais claro sobre o mundo dos negócios. Tivemos o South by Southwest (SXSW) e Web Summit Rio, que reuniram grandes nomes do universo de inovação e criatividade. O que não faltou foram grandes insights e aprendizados!
Por isso, Learning Village, o 1º Hub de Inovação e Tecnologia, com foco em Educação e Desenvolvimento de Pessoas da América Latina, HSM e SingularityU Brasil resolveram reunir as principais tendências para os próximos anos, trazendo takeways deste primeiro semestre para nos mantermos alinhados com as principais considerações deste ano!
Para ter acesso ao report completo, basta fazer o download abaixo:
A palavra do momento é inteligência artificial, mas se fizermos o exercício de lembrar a moda das narrativas passadas, o NFT já foi um assunto em alta. Naquele momento, com o mundo em pandemia, houve um alvoroço nas redes sociais para questionar se uma arte digital fazia sentido ou não, por conta das possibilidades de cópia. Enquanto isso, outros aproveitavam a discussão e faziam transações com seus produtos, ‘surfando’ pelas oportunidades de mercado.
Este cenário se acalmou. É um assunto que, socialmente, não tem a mesma circulação que antes, mas o que perpetuou nesse movimento foi a importância do blockchain: a solução criada para eliminar cópia e alteração de dados em ambientes digitais.
Por definição, o blockchain é uma tecnologia que usa um banco de dados extremamente avançado, onde permite comunicações de informações, produtos e ações com transparência. Edu Paraske, cofundador da Hub 1601, fez questão de defini-la ao público do 9º Executive Program, como uma “corrente de blocos de dados, onde as informações ficam armazenadas, de maneira incorruptível e imutável, com um controle descentralizado”.
Mas, então, como isso poderia acontecer em um meio digital tão “assustador e terra de ninguém”?
É nesta “terra de ninguém” que esta nova tecnologia assegura uma identificação segura para “alguéns”.
Por exemplo, suponhamos que há uma transação (de ativos, criptomoedas ou até informações). Esta demanda passa por uma validação de uma rede de conferências, na tentativa de reconhecer quem está fazendo esta negociação e se há uma garantia.
Com ela verificada e aceita pelos algoritmos de reconhecimento – que estão trabalhando na prova do usuário e transação, junto a outros que analisam a participação -, essa ação é adicionada auma cadeia de blockchain, que é permanente e inalterada. Só então, após todas estas etapas e confirmação, que a transação ocorre, com sua identificação própria.
É, com esta garantia coletiva, que a Web3 se estrutura: este tipo de tecnologia dá base para que a autenticidade e segurança continuem confirmadas. Isso permite que as criptomoedas e os smart contracts sejam feitos entre as pessoas, sem a necessidade de um intermediário como um governo ou Estado – por isso a descentralização.
Então, uma cadeia de suprimentos, negociação de contratos e até análises constantes da leitura de uma própria organização estão em um aglomerado de informações seguras, transparentes e confiáveis. Como Paraske pontua, essa nova tecnologia garante segurança, interoperabilidade, escalabilidade, diminuição do custo, a criação de uma comunidade e uma governança com ações diferentes.
Além disso, outro problema crucial que é resolvido com este tipo de tecnologia, é o controle sobre nossos próprios dados. Hoje a experiência humana passa, em sua maioria das vezes, por uma governança de grandes empresas de plataformas digitais, conectadas em nossos celulares e que conseguem rastrear algumas ações dos usuários.
Como Edu Paraske mostrou, isso muda para uma relação fechada entre os membros destes locais em que a transação pode ser feita. Hoje já existem dois tipos de blockchains. Os públicos (DLT), que estão atrelados a um serviço específico, como mostrado na foto abaixo.
E há também quem já está criando redes privadas de blockchain, para garantir uma confidencialidade e organização das próprias transações de uma maneira mais segura e transparente para seu próprio ecossistema.
Para o empresário, o blockchain só tem a contribuir: “Eu posso até financiar um apartamento sem juros abusivos, mas se eu pedir 1 real para 400 mil pessoas no mundo? Eu descentralizo e consigo mais fluidez na negociação”; e ainda salienta tamanha eficiência: “Para quem trabalha mundialmente, sempre teremos validadores e as negociações se tornam mais rápidas”.
Não deixe de conferir a cobertura do Executive Program pelas redes sociais da SingularityU Brazil!
Todos nós somos seres complexos. Desde a maneira como entendemos o mundo até a tradução da realidade em que vivemos em apenas uma fala ou pensamento, percorremos vários caminhos afetivos-mentais para tentar desenvolver raciocínios que deem conta da complexidade que é viver.
Somos um corpo em constante ebulição, contrastes, vontades e desejos que se confluem. Estamos em uma sociedade diversa, com choques de poder e contínuo atrito entre cada indivíduo existente nesse coletivo, que precisa de cada indivíduo para sobreviver. Habitamos um mundo com diversos segredos ainda desconhecidos e cada vez mais tentamos decifrá-los, mesmo parecendo distante. O tempo nem definição tem: apenas estamos inseridos nele.
Talvez seja difícil compreender o que pode vir a acontecer. A angústia do desconhecido é comum. Quando falamos de criar, empreender, é neste vazio de incertezas que nos projetamos. Mas, antes disso, precisamos lembrar de uma coisa: a segurança na essência da vontade criadora, que é o propósito do empreendedorismo.
Foi assim que o 1º dia de imersão presencial do Executive Program 2023, da SingularityU Brazil, se iniciou. O frio no Bendito Cacao Resort & SPA, em Campos do Jordão, deu espaço para uma combustão criativa de tentar compreender e criar maneiras de entender como conseguir olhar para o futuro.
É, exatamente pela preocupação com os parâmetros de criação de um futuro que Jeffrey Rogers, diretor da Be Radical e parceiro da SingularityU, trouxe o pensamento exponencial para que todos os presentes entendam o contexto que estamos vivendo. Assim, deu o pontapé inicial para a empreitada que é se preparar pelo que vem à frente.
Por isso, o facilitador trouxe dinâmicas para que os presentes no Executive Program 2023 pensassem sobre o futuro complexo de cada um e que enxergassem a própria maneira criativa que individualmente trouxeram. Com este trabalho e o foco desejado pelos executivos, todos os presentes na imersão tomaram seu rumo à construção dos próximos passos, com muita cautela:
“Só é possível criar um futuro quando enxergamos as consequências que daremos a ele, com o nosso objetivo bem desenhado”, destacou Jeffrey durante sua apresentação.
A exponencialidade é a janela para o horizonte que está se formando
Se temos o objetivo de construir um futuro, é necessário que entendamos o nosso presente. Então, precisamos sim destacar que este momento é permeado por uma constante digitalização, com inteligências artificiais dispostas em nossa experiência cotidiana e a automação cada vez mais se torna um processo comum da nossa realidade.
Por isso, é necessário trazer a Teoria da Abundância, formalizada por Peter Diamandis.
No livro, o cofundador da Singularity University introduz a ideia do pensamento exponencial e seus 6Ds, para ajudar as empresas a entenderem o que está acontecendo hoje: a transformação do modelo industrial de produção para o tecnológico, em que as novas tecnologias são moldadas por nós e participa da construção social humana.
Por isso, há a necessidade dos líderes do futuro em compreender o que significa o pensamento exponencial, principalmente para passar a mudar sua própria mentalidade. Os novos instrumentos de trabalho transformam as nossas interações e a maneira pela qual socialmente nos portamos. Por isso, as empresas precisam entender o contexto atual, para só então continuar produzindo e conquistando espaço socialmente.
Hoje a sustentabilidade e questão ambiental cada vez mais é algo crucial e que as empresas precisam atender seus quesitos para não sofrerem sanções e negativas do público. A diversidade é um assunto que se estabeleceu frente às preocupações de complexidade e saúde da sociedade. Junto a isso, as novas jornadas de trabalho se estabeleceram e um líder precisa ter uma mentalidade diferente para lidar com estas transformações. Ao mesmo tempo, o imediatismo continua exigindo mais da nossa produção.
Não compreender isso é um erro grosseiro e que pode deixar organizações pelo caminho. Por isso, o Executive Program toma o cuidado e continua no empenho em formar lideranças que estejam preparados para os principais paradigmas que hoje estamos enfrentando.
Jeffrey mostrou em seu painel maneiras de lidar com a construção de um futuro e que ainda consiga lidar com outras questões tão em voga, como ESG, inteligência artificial, metaverso, saúde, impacto global da digitalização e neurociência.
Além disso, o diretor da Be Radical destacou outro ponto importante que é a coletivização. Por isso, a criação do vínculo e das relações empreendedoras é muito importante, pois precisamos nos ajudar neste momento tão único na nossa jornada da humanidade.
Por isso, exponencialidade precisa ter nosso olhar atento e se tornar parte de nossa percepção, afinal, o seu futuro leva em conta todos estes aspectos para ser pensado?
A tecnologia mais discutida neste ano, e que apareceu em vários momentos no SXSW e Web Summit, foi o de Inteligência Artificial. Foi notória a abordagem sobre este tipo de tecnologia: a preocupação quanto a instauração desta instrumentalização no mundo dos negócios e quais os impactos que poderiam causar na nossa sociedade.
Este será um dos pontos centrais do Executive Program, que terá como foco compreender as tendências mais recentes das tecnologias exponenciais e como podem ajudar na conquista do seu objetivo de negócio. Para se inscrever, basta clicar aqui e aproveitar os três dias de imersão que teremos agora em junho!
Além disso, a SingularityU Brazil convida todos os interessados a participarem da Open Class exclusiva com Alexandre Nascimento, expert em Inteligência Artificial, que também estará no Executive Program ao lado de outros grandes especialistas em neurociência, futurismo e tecnologia.
Esta aula acontecerá no dia 22 de junho, às 19h30, ao vivo no youtube de forma gratuita. Para acessá-la, basta clicar aqui e se inscrever.
Por Onicio B. Leal Neto. PhD em Saúde Pública e Epidemiologia pela FIOCRUZ, pesquisador Sênior do Departamento de Ciência Da Computação, ETH Zurich e FacultySingularityU Brazil.
Modelos de Linguagem de Grande Escala (LLM), como o ChatGPT, têm demonstrado uma fluidez de interação com humanos surpreendentemente natural. Estes modelos, capazes de simular a conversação humana de maneira cada vez mais verossímil, têm despertado entusiasmo na comunidade médica e científica.
A aplicação potencial do ChatGPT e de outros modelos de linguagem de grande escala nas rotinas de pesquisas de saúde e na prática clínica é vasta. De melhoria na documentação de dados dos pacientes ao aprimoramento no diagnóstico e suporte nas linhas de cuidado, a implementação dessas ferramentas pode revolucionar a maneira como a medicina é praticada.
No entanto, a perspectiva de integração desses modelos na prática de saúde também tem levantado preocupações sérias. Problemas como alucinações e confabulações, além de vieses e estereótipos associados à interpretação dos dados dos pacientes, são questões que exigem uma abordagem cautelosa e reflexiva.
O respeito à privacidade e à dignidade do paciente é, sem dúvida, uma prioridade absoluta, que precisa ser abordada em todos os avanços relacionados às LLMs e às IAs generativas. Esse aspecto ético é tão fundamental que o Center for AI Safety, apoiado por uma gama de cientistas e líderes da indústria de tecnologia, já emitiu uma declaração alertando para os riscos potenciais que as IAs podem representar para a humanidade. A declaração sugere que esses riscos devem ser tratados como uma prioridade global, semelhante a ameaças como pandemias e guerra nuclear. Embora essa abordagem possa parecer alarmista para alguns, ela tem o mérito de sensibilizar a sociedade para as implicações éticas e de segurança das IAs.
Ryan Carlo, pesquisador e professor da University of Washington School of Law, tem sido uma voz influente nesse debate, defendendo uma reflexão equilibrada e pragmática. Em vez de se concentrar em cenários distópicos dignos de Hollywood, ele argumenta que deveríamos nos preocupar mais com os impactos sociais e ambientais das IAs. A falta de integridade da informação o aumento da desigualdade social podem ser verdadeiras catástrofes. Estas preocupações já foram inclusive descritas antes das IAs generativas alcançarem a fama atual, por autoras como Cathy O’Neal em seu livro Weapons of Math Destruction – How big data increases inequality and threatens democracy e Virgina Eubanks, em Automating Inequality: How High-tech tools profile, police and punish the poor. Em meio a este panorama, uma pesquisa recente, ainda em pre-print (ou seja, sem revisão por pares), chamou a atenção do campo médico. Conduzido por pesquisadores da Universidade da Florida e da NVIDIA, o estudo apresenta os resultados preliminares de um modelo generativo conhecido como GatorTronGPT. Com base na mesma arquitetura do GPT-3, o GatorTronGPT foi treinado com 82 bilhões de palavras de textos clínicos e 195 bilhões de palavras em inglês do Pile, um conjunto de dados que contém 800 gigabytes de textos diversos para treinamento de modelos de linguagem.
Os resultados são surpreendentes. O GatorTronGPT demonstrou alto desempenho em 4 dos 6 conjuntos de dados de benchmark de processamento de linguagem natural biomédica, ou seja, quando comparado a outras técnicas para aplicações biomédicas, a abordagem tem se mostrado muito promissora. O modelo foi capaz de gerar texto clínico sintético útil para o desenvolvimento de modelos de processamento de linguagem natural clínica sintética, conhecidos como GatorTronS. Estes, por sua vez, alcançaram desempenho superior ou comparável aos modelos de processamento de linguagem natural treinados com texto clínico do mundo real.
O GatorTronGPT foi comparado com modelos de transformadores existentes para extração de relações biomédicas e resposta a perguntas, uma prática comum em pesquisas científicas para avaliar o desempenho relativo dos novos modelos. Entre os modelos com os quais o GatorTronGPT foi comparado estavam o GPT-2 medium, Rebel, Rebel-PT, BioGPT, PubMedBERT, BioElectra e BioLinkBERT. Cada um desses modelos foi desenvolvido com diferentes objetivos e abordagens, permitindo uma comparação abrangente e robusta do desempenho do GatorTronGPT.
Os modelos GPT-2 medium, Rebel e Rebel-PT representam o estado da arte na extração de relações biomédicas. O GPT-2 medium é uma versão de tamanho intermediário do modelo GPT-2 original da OpenAI, enquanto o Rebel e Rebel-PT são modelos recentes especificamente projetados para a tarefa de extração de relações. O BioGPT é um outro modelo de linguagem que foi treinado especificamente em textos biomédicos.
Quanto à tarefa de resposta a perguntas, o GatorTronGPT foi comparado com o PubMedBERT, o BioElectra e o BioLinkBERT. O PubMedBERT foi treinado no corpus PubMed, uma das maiores bases de dados de literatura biomédica. O BioElectra é um modelo de linguagem de domínio específico projetado para tarefas de classificação de texto e extração de entidades nomeadas em textos biomédicos. Já o BioLinkBERT é um modelo que combina a arquitetura BERT com dados de ligação de entidades para melhorar a precisão da extração de relações.
A comparação com esses modelos permitiu aos pesquisadores avaliar o desempenho do GatorTronGPT em uma ampla gama de tarefas. O desempenho surpreendente do GatorTronGPT nos benchmarks, tanto para a extração de relações biomédicas quanto para a resposta a perguntas, reforça o seu potencial como ferramenta útil para a prática clínica e a pesquisa biomédica.
O estudo foi além e realizou uma espécie de Teste de Turing, onde especialistas em endocrinologia e cardiologia avaliaram parágrafos clínicos sintéticos gerados pelo GatorTronGPT, misturados com parágrafos reais escritos por médicos. Apenas 49,2% das notas clínicas foram identificadas corretamente, incluindo 36,7% das notas sintéticas e 61,7% das notas humanas. Este resultado sugere que o GatorTronGPT passou no Teste de Turing, com textos sintéticos praticamente indistinguíveis dos textos humanos em termos de legibilidade linguística e relevância clínica.
No entanto, é importante observar que, apesar de seus resultados impressionantes, os LLMs não estão isentos de desafios. Eles têm a tendência a confabulação ou alucinação, como mencionados no início do texto, o que pode ser divertido em chatbots, mas perigoso para a aplicação na saúde. Portanto, estudos futuros precisam examinar estratégias para controlar essas alucinações a um nível mínimo, tornando os LLMs seguros para a prática médica. Além disso, embora o LLM tenha mostrado grande promessa em termos de texto gerado, ainda há espaço para melhorias, e os estudos futuros também devem examinar como a geração de texto clínicos podem ser melhoradas e controladas a partir de instruções humanas, método conhecido como Reinforcement Learning From Human Feedback – o mesmo utilizados pelo ChatGPT. Esta forma linear de processamento pode ser insuficiente para lidar com tarefas que exigem um maior grau de exploração estratégica e antecipação.
Para enfrentar esses desafios, um novo framework para inferência de modelos de linguagem foi recentemente introduzido: o Tree of Thoughts (ToT). Esse framework expande a abordagem convencional Chain of Thought para a criação de prompts nos modelos de linguagem, permitindo uma exploração mais profunda de unidades coerentes de texto, chamadas de “pensamentos”, que servem como etapas intermediárias na resolução de problemas.
A inovação do ToT está em sua capacidade de permitir uma tomada de decisão mais deliberada por parte dos LLMs. Eles podem considerar múltiplos caminhos de raciocínio, autoavaliar suas escolhas e determinar o próximo curso de ação, olhando para frente ou voltando atrás quando necessário. Em outras palavras, o ToT dá aos LLMs a capacidade de realizar escolhas globais, ampliando significativamente seu potencial na solução de problemas complexos.
Essa inovação é particularmente relevante quando consideramos a aplicação dos LLMs no contexto da prática médica, tal como exemplificado pelo GatorTron GPT. Este modelo de linguagem baseado na arquitetura GPT-3 demonstrou alto desempenho em tarefas de processamento de linguagem natural biomédica, gerando texto clínico sintético útil e passando em uma versão do Teste de Turing.
O ToT poderia potencialmente aprimorar a capacidade do GatorTron GPT e de outros LLMs de navegar por múltiplos caminhos de raciocínio, tomar decisões mais informadas e estratégicas, e explorar uma variedade maior de soluções durante a inferência. Isso poderia aumentar a utilidade desses modelos em tarefas clínicas complexas, como diagnóstico de doenças ou planejamento de tratamentos, tornando-os parceiros ainda mais eficazes na prática clínica.
Ainda estamos no início desta emocionante evolução dos LLMs. Porém, a combinação do potencial demonstrado pelo GatorTron GPT com as novas possibilidades abertas pelo framework ToT sugere um futuro promissor para a aplicação de LLMs na prática médica.
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