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Um dedo na prosa e outro no pagamento

Por Rodrigo Battella, Diretor de Soluções Financeiras e do Ecossistema de Pagamentos na Blip.

Nos últimos dez anos, o mercado brasileiro absorveu muita tecnologia financeira no ecossistema de aplicativos de mensagem. Isso ajudou a qualificar o país como um dos maiores mercados conversacionais do mundo. Estamos um passo à frente de países como a Índia, por exemplo, que tem muitos usuários potenciais de aplicativos, porém com menos apetite para trocar mensagens. Em terras tupiniquins, trocamos quatro vezes mais mensagens de voz que qualquer outra nação, como aponta a Meta.

Grande parte dos brasileiros que tem um celular usa aplicativos de mensagem para se comunicar, sendo o WhatsApp o mais popular, com 98% das pessoas com o app instalado no smartphone, de acordo com pesquisa da Mobile Time/Opinion Box. O volume de pessoas combinado a hábitos digitais, culturais e ao amadurecimento do uso de serviços financeiros tornam nosso país uma referência global em meios de pagamento. 

O Brasil é e sempre foi referência quando enxergamos o sistema financeiro, que tem um legado nitidamente reconhecido globalmente. Junto com essa referência, temos um outro pilar muito importante e que nos traz bastante diferenciação: a atuação do Banco Central (BC). O órgão regulador tem contribuído de uma maneira avassaladora na jornada de digitalização e inclusão financeira para boa parte da população. 

Um exemplo é o Pix, que está conseguindo mudar a cadeia de valor do sistema financeiro, trazendo inclusão, abrangência, escalabilidade e, principalmente, inovação. Outra inovação recente anunciada pelo BC é a regulamentação para o serviço de iniciação de pagamento sem redirecionamento, ou seja, criar condições para que a oferta do Pix ocorra em carteiras digitais com recursos de pagamento por aproximação.

O brasileiro gosta de uma prosa, tem facilidade em se comunicar por meio de aplicativos, e o crescente uso do WhatsApp no âmbito dos negócios é indiscutível. Somos, de fato, um país conversacional e temos uma forte inclinação para interações pessoais, no entanto, na esfera financeira, o processo precisa ser fortalecido para que mais empreendedores e consumidores adotem o WhatsApp como meio de pagamento. 

Cabe ressaltar que o fortalecimento dessa jornada não é um papel exclusivo do WhatsApp, é um dever de casa de toda a indústria de pagamentos. Com a evolução das tecnologias de autenticação e o aumento da familiaridade com a ferramenta conversacional para outras funções comerciais, essa virada ocorrerá naturalmente e muito em breve, mas é preciso lidar com os desafios nessa trajetória.

Um dos fatores determinantes para a adoção do WhatsApp como meio de pagamento é a sua usabilidade. Ninguém precisa de treinamento para usar o aplicativo, sua adoção é democrática e acontece em larga escala. São usuários de diferentes faixas etárias e classes sociais. Além disso é uma aplicação inclusiva para aqueles que não tiveram condição ou oportunidade de serem alfabetizados, graças aos recursos de áudio e imagem que ajudam nessa inclusão.

Outro facilitador é a cultura de transações bancárias pelo celular. O 2° volume da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2024 (ano-base 2023), realizada pela Deloitte, aponta que sete em cada dez transações são feitas pelo celular. O smartphone é definitivamente o canal preferido da população brasileira para relacionamento financeiro. 

Segundo dados apresentados pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), entre 2019 e 2023, as transações pelo smartphone tiveram um significativo crescimento de 251% no Brasil. 

Na esfera tecnológica, há recursos sofisticados para oferecer mais segurança, conforto e robustez às transações. Um procedimento simples e eficaz de realizar uma transação financeira com segurança pelo WhatsApp, é checar o número que vai receber a transação, ou seja, se é verificado pelo próprio desenvolvedor do aplicativo. 

A interação com o número da marca ou com o vendedor também é muito importante. O aplicativo tem desenvolvido tecnologias de autenticação de usuários que aumentam os requisitos de segurança durante o seu uso. A princípio, se a empresa ou vendedor do outro lado buscam saber se quem está comprando é, de fato, a pessoa que diz ser, é possível sinalizar a autenticidade por quem envia a solicitação de pagamento. Isso contribui para legitimar a segurança do canal.

O que está por vir no âmbito de tecnologias de autenticação associadas à Inteligência Artificial (IA), incluindo IA Generativa, e ao comportamento dos usuários, tem potencial para resolver os desafios da segurança. 

Apesar do cenário favorável, é inegável que ainda há um caminho a trilhar para massificar a solução, mas a facilidade de uso do canal já é um fator relevante para o sucesso. O aplicativo carrega essa vantagem. Não é preciso ensinar ninguém a utilizar. Independentemente da faixa etária e da classe social, o brasileiro sabe fazer suas conexões sociais pelo aplicativo. Com essa realidade em mãos, não será um desafio a massificação em alguns meses. 

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AI Agents e a personalização do comércio eletrônico

Por William Colen, atual Diretor de Inteligência Artificial na Blip.

Explorando como os AI Agents estão transformando a experiência de compra digital com personalização e automação em escala, inspirados nas interações de atendimento ao cliente no mundo físico.

Imagine um consumidor conversando com uma Inteligência Artificial que conheça suas preferências de compra, e que sugira um leque de todas as opções que podem agradá-lo, além de indicar possibilidades de pagamento de acordo com o que foi usado no passado. Isso está em vias de se concretizar.

Essa tecnologia pode ser encontrada num formato dentro do contato inteligente e é uma forma de aplicação do AI Agent, que funciona a partir de Inteligência Artificial com a intenção de tornar a experiência de compra ainda mais atrativa e personalizada, dentro de um canal de mensagem. Diferentemente de um chatbot comum, a proposta desse agente é possibilitar uma conversa fluida e hiperpersonalizada.

O conceito não é novo. Vem do mundo real, a partir das experiências de compra que os clientes têm em lojas físicas. É aquela relação mais próxima e cativante, na qual o vendedor chama o cliente pelo nome e conhece seus gostos. Agora, o que as empresas de tecnologia estão fazendo é justamente transpor essa mesma experiência para o mundo digital.

Conhecer o histórico do consumidor já é uma prática dentro de sistemas de contato inteligente. Porém, o AI Agent consegue trazer ainda mais personalização de atendimento e compra associado a sistemas de recomendação, a proposta dessa tecnologia é tornar essa experiência ainda mais próxima, em um contexto conversacional.

Ou seja, quando estiverem mais evoluídos, os AI Agents no comércio eletrônico podem ser semelhantes à figura do assistente de compras, em inglês personal shopper, que guia e conduz o cliente em sua jornada de compra. Esse tipo de personalização no mundo antes da IA generativa era difícil, mas agora, a tecnologia nos permite apoiar em toda a memória de conversas entre a marca e o consumidor, criando uma diálogo cada vez mais inteligente.

Experiência personalizada automática e em escala

Agora, vamos a outro exemplo: suponha acessar um site e fazer uma compra online numa loja de roupas. Eles oferecem sistema de busca, mas, nesse caso, é preciso saber o que será pesquisado. Com um catálogo imenso de produtos, esse primeiro passo pode se tornar uma barreira para o cliente que pode desistir de comprar.

No entanto, a partir de um sistema conversacional liderado pelo AI Agent, bastam poucas informações para que o consumidor encontre o que busca, seja um item específico ou similar. Por exemplo, o usuário pode buscar algo como “aquela bolsa com alça listrada” ou até mesmo encontrar o produto fornecendo uma imagem. Se em uma loja física, um vendedor humano desempenha esse papel, no ambiente digital é a inteligência artificial quem faz ou fará isso.

É importante frisar, contudo, que não se trata de um processo “máquinas versus humanos”. Nesse caso, a automatização visa auxiliar o vendedor de “carne e osso”, que poderá se concentrar em um atendimento ainda mais certeiro e personalizado, o qual será previamente filtrado pela tecnologia. Assim sendo, o transbordo humano tende a auxiliar a experiência de compra, especialmente em contextos nos quais o vendedor tem uma alta demanda de atendimentos a realizar.

A tecnologia pode auxiliar fazendo o aquecimento e a triagem da venda, conectando mundo físico e digital, ou vice-versa, sem perder o engajamento do consumidor. O que, por sua vez, pode ampliar a conversão.

AI Agents aceleram a transformação digital

Por ser multimodal, um agente de inteligência artificial pode “conversar” de diferentes formas: fazendo uma ligação como se fosse uma pessoa, digitando em um chat, decodificando áudios enviados por quem prefere se comunicar nessa via, ou até interpretando imagens estáticas ou em movimento. Em uma perspectiva futurista, um AI Agent pode entender o contexto de uma interação por vídeo e adaptar as suas respostas. O GP- 4o da OpenAI e o Gemini 1.5 Pro do Google já apresentam essas habilidades.

Enquanto isso, as marcas precisam começar a explorar todas as vertentes possíveis, antecipando esse futuro em que um AI Agent consegue desempenhar diversas habilidades e guiar a relação do consumidor com as marcas, abrangendo toda a jornada do consumidor, desde o atendimento, dúvidas, compra, recompras e por aí vai… inclusive na mediação de diferentes formatos de pagamento.

A experiência tende a ser completa quando ela compreende todo o ciclo, desde a sugestão de compra até a assistência e venda, gerando confiança para que, no futuro, esse consumidor volte a comprar. Tudo por meio de uma experiência fluida e que seja boa para todas as partes envolvidas.

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“Se todo mundo pensa igual, não é preciso de todo mundo”, destaca diretora de Inovação da Deloitte

Até onde você se sente seguro no desconforto?

Todo conteúdo construtivo precisa de um ambiente convidável para surgir, nutrir e florescer. Não adianta pensarmos que a construção está apenas na execução: ele se inicia a partir de discussões.

Por isso, Glaucia Guarcello, Chief Innovation Officer e Deloitte Ventures Leader, destacou o papel da diversidade nos negócios atuais, principalmente se querem atrelar suas construções com os cenários de inovação atuais.

Desde seus meandros mais particulares, como times que realmente tenham pessoas de diferentes perspectivas sociais, e até relacionado ao negócio que está sendo construído, o papel do diverso é envolver múltiplas perspectivas e compreensões para que diferentes referenciais se tornem fomento para o desenvolvimento.

No segundo dia do Programa Liderança de Propósito, o enfoque foi essencial para construir os líderes que buscarão desenvolvimento neste futuro disruptivo. É necessário compreender o caráter e importância da vulnerabilidade na discussão.

Para isso ocorrer, a liderança precisa ter inteligência para lidar com o estranhamento e saber ouvir, mesmo em posições de desconforto. Ideias são também questões de poder e, muitas vezes, se tornam diretrizes por hierarquias e imperativos que não são realmente um acordo e comprometimento.

Sem ele, como haverá responsabilidade nos processos que são feitos? A hora de construção de uma ideia é a hora do comprometimento e do futuro: é nesse momento que a accountability surge e designado a cada um deles.

Porém, como destacado, isso precisa de uma segurança psicológica que é proporcionada pela liderança. A resiliência, escuta e acolhimento aparecem neste momento e são cruciais para proporcionais tentativas, inovações e complexas relações que podem se estabelecer.

Antes de pensar em inovação e oportunidades de negócio, precisamos compreender a questão interna e quem faz parte destas realizações. Inovação é uma cultura e exige essa empreitada de transformação, que traz bons frutos quando bem executada.

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“Se você não está vivendo um mundo de ficção científica, você já está atrasado”, destaca expert da SingularityU

A aceleração já é uma realidade da nossa experiência. Cada vez mais percebemos que a velocidade das tecnologias e dos processos que existem socialmente está aumentando. As inovações aparecem e, às vezes, mudam realidades em poucos anos.

Até a resistência quanto a inovação diminuiu. Afinal, silenciosamente, a disrupção vai se consolidando nas nossas experiências e cada vez mais a utilizamos na maioria dos processos existentes na nossa vida.

O que cada vez mais precisa ser entendido é que a disrupção vai além do que simplesmente já é estabelecido. Como dito por David Roberts, silenciosamente as mudanças são produzidas nesta convergência e é difícil apreender isso em um primeiro momento.

Por esta razão, Ricardo Cavallini, em sua fala no Liderança de Propósito, destaca a importância de compreender lógicas que estão por trás dos estabelecimentos das tecnologias: a exponencialidade.

Entender este conceito é estar atento e enxergar que a mudança está acontecendo. O impacto vai chegar, mas depende do tempo, o momento e entre as convergências de diferentes ordens, afinal, tecnologias complementam diferentes tecnologias, como a inteligência artificial está se estabelecendo em diversas frentes da nossa existência.

Cavallini destaca o quanto isso é difícil, principalmente pela nossa natureza e pelo tempo da nossa existência. Os 6Ds podem ajudar neste momento, mas é sempre necessário estar a par da situação e permitir que a complexidade seja prolífica, afinal, a mudança estará – se já não está – presente.

O que era impossível, deixou de ser

Quando falamos sobre impressões 3D, a coisa mais importante é entender que os futuros estão além da imaginação que temos hoje. Não se trata apenas de disrupção, mas é uma qualidade aberta de criar coisas inimagináveis.

A ficção científica é também um modelo de representação, mas outros tipos de tecnologias exponenciais fazem parte desta realização. Carnes feitas em impressoras 3D, proteínas, vacinas, prédios… O impacto disso ainda é inimaginável, por isso é necessário estarmos a par destas situações.

O que podemos compreender do futuro é a colaboração e a convergência das séries de tecnologias que estão sendo criadas. É necessário ter mente aberta e cada vez mais crer o inimaginável pode ser construindo a qualquer momento.

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“É cada vez mais necessário destacar a ligação entre sustentabilidade e tecnologia”, destaca Diretora da HSM

O Liderança de Propósito começou seu segundo dia da forma mais brasileira existente: um sol maravilhoso, que banha o verde clorofilado das árvores da Mata Atlântica presentes no Distrito Itaqui. Essa junção de fenômenos da natureza tomou conta, inclusive, do aprendizado da manhã.

Afinal, estamos vivendo em uma mudança de era e, para a Head da SingularityU Brazil e Diretora de Conteúdo da HSM, Poliana Abreu, hoje devemos compreender a característica do momento: a Convergência.

No momento, é extremamente necessário deixar de lado os espaços que isolados ou que apenas pertencem a uma parte. Precisamos compreender que as coisas estão atreladas. Não se trata mais de um “ou”, mas um “e”, que procura trazer as complexidades para serem entendidas interdisciplinarmente.

Nesta conexão, o que não podemos deixar de compreender e questionar é o propósito que está sendo criado. As conexões e ligações tem um motivo, principalmente intencionado por nós e é também dever reconhecer o porquê de determinadas ações.

Ao unir tecnologia nos negócios a relação não é diferente. Precisamos entender o porquê dessa relação, se é realmente necessária e por qual motivação está sendo colocada. Não podemos simplesmente atribuir ou impor algo sem entender as cadeias complexas de impacto para o que acontece.

Por exemplo, a especialista destacou em sua palestra, no Liderança de Propósito, programa realizado entre a SingularityU Brazil e o Distrito Itaqui, o quanto as preocupações às vezes se tornam excludentes.

A mesa do CEO e do C-Level, destaca Poliana Abreu, muitas vezes tem investimentos para tecnologia ou apenas ESG:

“Não há mais necessidade disso. As relações são extremamente convergentes e podemos compreender que as coisas são complementares. Precisamos dar um pulo além do que nos aparece e compreender que os propósitos trarão padrões de desenvolvimento. Tecnologias não farão nada sem motivação nossa.”

Precisamos aprender a encarar as temáticas existentes

Em sua palestra, Poliana Abreu destacou o quanto algumas tecnologias e temáticas são mais subestimadas, em certos momentos presentes e críticos, e superestimadas à longo prazo.

A tecnologia sofre isso. O impacto curto é sempre descrente e, muitas vezes, ouvimos essa questão de “não acreditar” no que está acontecendo. Porém, é algo que, silenciosamente, vai se mostrando concreta com o tempo.

ESG techs sofrem isso de uma maneira extremamente mais intensa. A eletrificação dos carros, por exemplo, ainda é algo que é caro, mas que já possui horizonte de futuro. Mesmo assim, não vemos tantas mudanças de infraestrutura.

A retenção de carbono é algo claramente feito e presente. Há países investindo neste tipo de tecnologia e, cada vez mais, será uma necessidade de desenvolvimento no mundo inteiro e até em diferentes meios – ainda é feito por usinas, mas, com o tempo, será menor e extremamente mais poderoso.

Com as pesquisas mostradas, Poliana demonstrou como o propósito é extremamente importante para o desenvolvimento empresarial. As empresas que estão se sustentando neste pilar procuram inovação e melhora.

A partir de um ponto inicial, as diretrizes e governança se tornam garantias de uma sustentabilidade maior e implica cada vez mais procurar ferramentas para uma melhor produção, cuidado e até inovação.

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“Chegou a hora de pensarmos muito além do que nossa história permite”, destaca Sally Dominguez

Falar de um tempo em que ainda chegará exige cuidado e muito acolhimento. É um trabalho de pensamento que comprime vontades com extremas responsabilidades para que o caminho que seja tomado não seja infindável ou maléfico.

Para uma futurista e inventora, isso é algo cotidiano e se torna um padrão mental de compreender o futuro. Por isso, o trabalho é também mostrar aos outros como isso pode ser possível.

Este foi o trabalho de Sally Dominguez, faculty global da SingularityU, que atualmente trabalha com a NASA no Centro de Pesquisa Langley construindo a visão de 2040 da empresa. Com mais background próximo de lideranças globais, Sally tem responsabilidade, cuidado e extrema expertise ao tratar do assunto.

Desta vez o assunto principal foi transformar a maneira com que pensamos transporte. Mobilidade é algo a se pensar individualmente, de exoesqueletos, por exemplo, até a questão de repensar a infraestrutura para manter sustentável sistemas autônomos.

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Porém, para Sally, o destaque e que deve ser principal neste momento é não inibirmos com a concepção de realidade que possuímos no momento. Afinal, como Carla Tieppo e Thomas Brieu mostraram, nosso cérebro se constitui majoritariamente de padrões de sobrevivência.

Esperança como inclinação para uma boa liderança

Em sua fala, Sally Dominguez tratou de destacar um ponto extremamente importante para pensarmos o futuro: nosso comportamento como líderes. Diferentemente de olhar apenas execuções, Sally destaca como uma liderança que compreenda o outro e que se permite pensar sobre o futuro é fundamental para criar novas perspectivas.

Afinal, quando há uma esperança e capacidade de olhar o futuro com cuidado, a liderança atua de maneira compreensiva e passa a questionar a si própria nestes cenário. É neste ponto em que nascem as propostas genuínas e que podem ser inovadoras.

Nesse sentido, a inventora e futurista destacou várias abordagens que podem ser colocadas para praticar inovação e disrupção, mas, em todas elas, o primeiro eixo diferencial era a proposição de cada um.

“Terceirizar responsabilização não é escopo do futuro e depende da nossa atuação atual”, ressalta a expert.

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“Não adianta investir em segurança se a sua tecnologia está obsoleta”, destaca staff engineer global do Google

A digitalização é presente em nossa vida e será, cada vez mais, algo extremamente participativo da nossa experiência como indivíduos.

Quem não compreender isso, ficará de fora do jogo global. As inovações com inteligência artificial, principalmente, tratarão de participar de todas as formas de empoderamento das empresas: desde as tomadas de decisão, cuidado, dados e informações.

O nível operacional, tático e estratégico passará por uma leitura de dados, por isso, cada vez mais, é necessário que também possamos nos proteger dessa nova fronteira que está se estabelecendo.

A palestra de Marcelo Pinheiro, staff engineer do Google, trouxe essa concepção para lidarmos com o que o futuro nos apresentará. Para acalmar corações, a primeira estratégia é compreender e reconhecer as vulnerabilidades que existem em nossos negócios.

Cibersegurança é lidar com prevenção e, em algumas oportunidades, perdas. O risco é algo que sempre teremos e nossas ações antecipadas serão direcionadores se haverá algum incidente ou não.

Mais do que isso: a diretriz do negócio que vai decidir o que acontece. Proteção não é algo da área de tecnologia e muito menos algo passageiro. É preciso conhecer desde o conselho e dos meandros de governança administrativa, a fim de que as principais proteções sejam acionadas, colocadas e escolhidas.

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Quem está nos mirando?

Essa pergunta foi respondida com facilidade por Marcelo Pinheiro. Constantemente e em quase todos os instantes de nossa vida, as proteções de informação sofrem ataques. Como o especialista brincou: “É uma série de auditorias”.

Os criminosos são parte destas ações, mas, hoje em dia, os ativistas, ataques entre nações, conflitos de interesses e até motivações individuais estão neste front de batalha. E isso não acontece de maneira distinta.

Todos os setores de transporte são afetados. O marítimo tem uma proteção diferente por conta de sua geolocalização em alguns momentos, mas também está tão suscetível quanto as outras.

Afinal, na cadeia mais frágil de acesso está o humano. Phishing e e-mails ainda são majoritariamente os caminhos de ataques (94%). As táticas rápidas são mudadas, fornecidas e até facilmente mudadas enquanto está sendo acessado.

Por isso, Marcelo dá dicas para a construção de uma criação permanente de Conselho sobre Cibersegurança no Setor do Transporte. Afinal, a reunião de dados e cuidado são questões similares nesta área, mas exige uma complexidade de entendimento dos aparatos de trabalho existente – Principalmente pelo modo como os trabalhadores se comportam.

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“Não é a competição que garante disrupção”, afirma David Roberts

O senso comum ainda crê que temos uma constante mudança e movimentação nos nossos processos produtivos por conta da competição entre empresas.

Isso é a maior e mais falsa simetria existente. Empresas não competem, em sua principal atribuição, com outras, mas consigo mesmas. Há, antes de uma disputa externa, uma principal motivação interna para que a empresa consiga se manter em alto nível.

As disrupções, proporcionadas pela tecnologia, são os principais motores para colocar empresas em principais pontos de consumo, visibilidade e preponderância no mercado.

O principal sinal disso é a criação de outros mercados e é por isso que a competição não é indicativo da transformação. Antes, o que falávamos que seria o entendimento de computação e digitalização que daria condições para um ótimo futuro, hoje está perdendo seu lugar para a ideia da Nova Teoria da Disrupção.

É isso que David Roberts, expert global da SingularityU, propôs em sua fala no Executive Program em parceria com o Sest Senat. Para o especialista em disrupção, é hora de compreendermos a lógica que está por trás das transformações que o mundo já sofreu.

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Tudo começa pelo entendimento da competição. A Nova Teoria da Disrupção implica entender que há consequências desta transformação, que passam pela produção de um novo mercado, uma diversidade de outros componentes e precificação possível para o público.

Por isso, a competição principal não é a externa e isso se difere da inovação. Se trata de compreender que precisamos enxergar a abundância deste processo, muito mais do que apenas aquisições e conquistas lineares.

Existe uma “veia” da disrupção?

Olhar questões de inovação não é necessariamente o caminho da disrupção. Por isso, David Roberts faz este questionamento e o circunda por toda sua palestra. O que se pode afirmar é que a estabilidade já não garante qualquer tipo de processo estável.

Produtos mais caros, não diversos e que não criam um novo mercado, tecnicamente, só mantém os processos que já são existentes. Disrupção se trata de mudança.

A transformação é um processo contínuo e imutável. A impermanência foi palco de constantes meditações na filosofia oriental, por milênios, e isso continua aqui como uma lei da natureza.

As empresas que não entenderem isso perderão espaço. Crescimento linear não é mais sinônimo de estabilidade e segurança. O crescimento exponencial é o indicativo de principais sucessos no mundo de hoje.

Por conta dessa concepção, diferentes indústrias perceberam a necessidade de disruptar, ao invés de apenas inovar. Desde 2014 estamos percebendo este tipo de mudança e reconhecendo como a capacidade de startups podem nos ajudar a promover modificações nas próprias indústrias, como o venture capital.

E o porquê de uma característica tão específica das startups é bem simples: as disrupções não são anunciadas, transparentes e muito menos claras. É uma característica da disrupção, segundo David Roberts, ser elusiva, se esgueirar durante os processos e aparecer em destaque assim que está solidificada.

Por esta razão a Gartner e Deloitte fazem trabalhos anuais sobre diversos tipos de tecnologias e seus momentos de atuação. É preciso monitorar, entender o que está sendo produzido e de que maneira podemos ser parte desse processo, porque o usuário sempre será aquele que gasta mais do que ganha nesta oportunidade.

O que antes era garantia de um processo estável e a longo prazo, hoje é visto como uma rigidez que não vai permitir o crescimento do futuro. David inclusive aconselha o público presente: “Não adianta apenas olhar o passado e que ele é diretriz de observação do futuro”.

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Expert da SU Brazil marca presença no lançamento de hub de Inteligência Artificial no Learning Village

Com a presença de Alexandre Nascimento, expert da SingularityU Brazil, a CI&T e Learning Village se uniram para criar o hub de Inteligência Artificial nesta quinta-feira (28/09).

A proposta é atrair e convidar cada vez mais negócios para se estruturar com este tipo de tecnologia exponencial. Porém, como podemos entender que uma IA pode ser utilizada em negócios?

Foi essa a tarefa do faculty da SingularityU Global. É necessário entender que a I.A. é extremamente ampla e está além do que é mostrado hoje para nós. A Gartner e outras consultorias que procuram estudar futuro atentam-se aos modelos regenerativos, mas Alexandre Nascimento já destaca: “Isso é apenas uma página, mas não resolve todo nosso problema. Precisamos olhar outras coisas.”

Além da palestra de Alexandre Nascimento, houve uma dinâmica para entender os temas que gostariam de ser tratados neste hub
Além da palestra de Alexandre Nascimento, houve uma dinâmica para entender os temas que gostariam de ser tratados neste hub

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É necessário transformar a cadeia de produção de uma maneira inteligente. Há vários níveis de impacto e isso pode ser visto em gestão de empresa, modelos de negócio, produtos físicos e digitais. A inteligência artificial fará com que os produtos sejam tratados de maneira personalizada e não mais como padrão e média.

A provocação deste hub é ir além dos produtos que são criados: como pensaremos nossos negócios a partir disso? Qual o nosso comportamento e pensamento sobre este ponto? Qual o limite da nossa rigidez para conseguir fazer isso? Como prepararmos a isso?

A I.A. consegue, por exemplo, construir um futuro possível. Não será algo concreto, mas é um simulacro e uma imagem que possa nos mostrar passos que podemos lidar e até riscos que podemos tomar. Não se trata de usar sem parâmetro e sim utilizar isso como uma estratégia de compreender qual diretriz pode ser tomada.

No evento, Alexandre Nascimento destacou diversas vezes o quanto isso não é para assuntar. Se trata de entender que as questões estão sendo mostradas e construídas por aqueles que estão jogando este jogo e obtendo sucesso. Por isso, o hub se torna cada vez mais importante.

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“Não sabemos do futuro e precisamos experimentar alternativas para ele”, destaca Chefe de Inovação e Venture da Deloitte

Os últimos 10 anos foram transformadores para o mundo dos negócios. As maiores empresas, hoje, são de tecnologia e não de energia. Além disso, o modelo e estratégia estão mudando.

De uma rigidez e diretrizes de governança focadas em produtividade, o modelo negócio está se tornando uma prática corporativa de mudança. Isso, feito da maneira mais responsável e pensada possível, permite com que o planejamento e a qualidade de uma organização aumente.

Com as transformações e maleabilidade, é possível dar conta de transformações, diferentes exigências e abrir espaço para possíveis inovações.

Mas, claro, como destaca Glaucia Guarcello, palestrante convidada no Executive Program número 10, tudo depende da escolha, tecnologia e fôlego que temos. Porém, “novos modelos de negócio são importantes para este quesito: se reinventar”, destaca a expert.

Em sua fala, a Diretora de Inovação e Venture da Deloitte destacou o quanto as startups (e unicórnios) são muito importantes.

“São estes tipos de negócios que vão permitir uma experimentação, alternativa e novas propostas. Não sabemos do futuro, por isso precisamos criar alternativas para pensar nisso e esta é a oportunidade que temos hoje”.

Glaucia Guarcello, Chefe de Inovação e Venture na Deloitte, no EP 10
Glaucia Guarcello, Chefe de Inovação e Venture na Deloitte, no EP 10

Importância do questionamento do próprio fazer

Produtos não definem o que uma organização é. Há uma necessidade de compreender toda a construção de enxergar o próprio setor de produção além daquilo que é produto final. Em sua fala, Glaucia mostra como “uma empresa que constrói motor” não é necessariamente apenas uma organização que cria motores para carro.

É um trabalho todo para construir mobilidade, algo muito além do que temos hoje. Se compreendermos isso, poderemos dar perspectiva para as próprias mudanças. Podemos olhar futuro entendendo onde nosso papel pode ser feito.

É neste momento que entender conceitos de inovação se tornam importantes para entender em que momentos uma empresa se encontra e saber o que não fazer. Com isso, é possível compreender quais os trabalhos que estão sendo construídos, os erros que podem se tornar aprendizados e limitantes, além de experimentações que podem nos levar a caminhos que “matem nossa empresa” ou construa um futuro diferente.

É neste ponto que Glaucia demonstra como há horizontes para entender a inovação.

Quando tentamos otimizar os produtos que já existem para os consumidores existentes, estamos trabalhando com inovação em seu core. Isso será o que manterá a organização no mercado atual e permitir manter suas eficientes produções.

Caso procuramos uma solução adjacente, pensamos em uma expansão tímida do negócio. É extremamente importante para compreender quais são os limites e qual passo que está sendo dado, mas ainda não seja disruptivo.

Porém, ao entrarmos na perspectiva transformacional, isso se torna um novo serviço para o mercado já inserido. É a mais arriscada, mas exige uma boa percepção para pensar o que é possível em um futuro próximo e entender as mudanças que os consumidores estão mostrando.

Nada disso funciona isoladamente. Sempre são processos que trabalham juntos, porém, é interessante pensar porque cada uma delas exige uma maneira diferente de ser construída. Com isso, cada uma delas pode nos mostrar necessidades reais e preocupações com nossa organização.