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Como aliar tecnologia e justiça para que a sociedade se sinta amparada cotidianamente?

Essa é a pergunta que Ademir Piccoli, CEO e Fundador da J.Ex, fez para os juristas presentes no xTech Legal, nesta terça-feira (09), no primeiro dia de evento. O xTech Legal é uma parceria da SingularityU Brazil com o J.Ex e está em sua quinta edição levando discussões sobre tecnologias exponenciais para o poder judiciário brasileiro.

Sabemos que há questões que estão sendo reorganizadas na justiça brasileira. Pouco mais de 30% dos processos eram físicos e hoje a mudança para a digitalização já é algo irreversível, beirando os 97%.

Exatamente por este motivo, Ademir se propôs a compartilhar pensamentos e contribuir com as ideias que serão produzidas sobre este assunto nessa semana, começando com uma perspectiva exponencial sobre a questão de justiça existente no país.

Ademir Piccoli é CEO da J.Ex e participou do primeiro Executive Program antes de criar o xTech Legal.

O principal ponto destacado no painel se tratava de impacto social, afinal, não há justiça se não for aplicada em benefício da população brasileira. Para isso, Ademir demonstra como o crescimento de startups é importante para este momento, principalmente pelas complexas necessidades que cada uma destas ações de empreendedorismo pode dar conta.

Com isso, o xTech Legal se iniciou com a ideia de construir um pensamento exponencial com todos presentes. Começando pelo Propósito Transformador Massivo (PTM), afim de que a população aproveite dos benefícios sociais que a justiça precisa dar.

Isso não é uma tarefa fácil. Por isso, o painel mostrou como há uma necessidade de aliar a cultura digital, já disposta no contexto social, aos novos modelos em que a justiça está se construindo. Afinal, não é mais apenas o fórum, o tribunal e lugares em que nossa construção jurídica ocorre: está presente no virtual e quase todas suas ações são digitais.

Ao mesmo tempo, graças ao montante de startups que existem, é possível que o ecossistema jurídico brasileiro se beneficie destas constantes inovações e criem um desenvolvimento do senso de justiça com uma completude de serviços.

Um dos conceitos fundamentais da Singularity University, criado por Peter Diamandis, os 6Ds, é essencial para entender o momento de maturação do mercado.  O último D desses seis, o processo de democratização trata exatamente sobre isso.. É com o pensamento de transformar a justiça em uma realidade presente no social que a curva de disrupção pode acontecer.

Um exemplo é ao iniciativa Parceiro Digital, criada pelo governo do Amapá. Com parcerias nos estabelecimentos, os Wi-Fis permitem que qualquer pessoa use o site do Tribunal de Justiça, sem que necessariamente tenham internet. São estes tipos de soluções que criam noção de comunidade, vínculos e desenvolvem uma estrutura de apoio social – fazendo impacto na prática.

Ampliando olhares

Em sua fala,, Ademir destacou como este tipo de solução é algo único, singular e brilhante. Por isso, há muito espaço para este tipo de desenvolvimento e diferentes manejos são construídos, como em São Paulo e Recife já acontece.

Isso ocorre porque há uma série de atenções que precisamos tomar antes de qualquer decisão. Qualquer tomada de decisão jurídica precisa de um cuidado com a Segurança da Informação e, quanto mais utilizamos tecnologias digitais, mais precisamos conhecer este terreno que estamos construindo.

Além disso, pessoas que tenham este conhecimento e este tipo de instrumentalização são importantes neste momento. Lideranças atualizadas são importantes por suas perspectivas, olhares e entendimentos, desde a cadeia produtiva de trabalho, remota ou não, até o desempenho final.

Ao mesmo tempo, levantar dados e tentar criar um vínculo ao comunitário é uma maneira de trazer este impacto para uma comunidade. Lembrando que a sustentabilidade e cultura precisa ser um eixo de atenção, para que não haja tanto desgaste.

O xTech Legal é uma iniciativa da SingularityU Brazil, em conjunto com o J.Ex de Ademir Piccoli, que aconteceu no Learning Village. Não deixe de nos seguir e ficar atento para as novas turmas que serão abertas. Além disso, os cursos sobre pensamento exponencial estão ofertados em nosso site.

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Na contramão da inteligência artificial, fundadora do OnlyFans diz priorizar o olhar humano, além da automatização

Diferentemente do que acontece com a maioria das redes sociais, o OnlyFans tem uma rigidez em sua missão como empresa e isso não é negociável. Manter o contato direto com os ídolos, criando comunidades virtuais entre o produtor de conteúdo e o consumidor, passa por um trabalho que cada vez mais exige atuação humana.

A missão clara e inegociável foi tema do painel “OnlyFans: attracting creators and growing communities”, no Web Summit 2023, em uma conversa entre a fundadora e CEO do OnlyFans, Amrapali Gan, e a jornalista Emma Hinchliffe, da Fortune.

Segundo a CEO da rede social, isso começa muito antes do contato entre produtor de conteúdo e consumidor. A própria arquitetura virtual que é criada pela empresa define suas prioridades.

Com o objetivo de ser um canal direto, a plataforma age em favor do criador de conteúdo. Começando pela monetização, onde 80% do pagamento vai para seus influenciadores e apenas 20% fica com a empresa.

Além disso, diferentemente de outras redes sociais, não há algoritmos que comandam sugestões e recomendações. O OnlyFans mantém a conexão do criador com os fãs em um canal direto, inclusive, sem propagandas.

Isso permite uma liberdade maior em relação às outras redes sociais. As comunidades são criadas entre o ídolo e os fãs, sem um intermediário ali presente e a Gan deixou claro que não é do interesse da plataforma em desenvolver controles de inteligência artificial, mesmo recebendo vários pitchs de startups e projetos que envolvem automação destes pontos.

O OnlyFans, na contramão do que ocorre em várias empresas, tem uma equipe humana de trabalhadores ativos nas checagens de informações e rastreios digitais, tanto dos usuários quanto principais influencers.

Além dos criadores de conteúdos adultos

Essa rede social virou sinônimo de conteúdo adulto. Um exemplo recente disso foi exposto pela ex-BBB Key Alves, em horário nobre na Rede Globo, ao falar do quanto ganhava criando conteúdo na rede social. O uso massivo para este tipo de exposição ocorre por conta da rede social garantir a segurança dos conteúdos criados. Porém, o OnlyFans não se basta apenas nisso.

Na verdade, segundo Amrapali, a rede social mantém sua característica de liberdade de expressão, deixando na conta do criador de conteúdo a decisão do que será produzido.

Por esta razão há conteúdos mais livres e diferentes em relação às outras e o trabalho humano na rede social é continuar pontuando qual o tipo de público daquele influencer. Além disso, ao priorizar o olhar humano, o controle ocorre também sobre algumas condutas que violam as regras do espaço.

Uma das atenções que Amrapali chamou é para o segmento de lutas esportivas, em que há vários criadores de conteúdo de sucesso que estão neste segmento. Segundo a Fundadora e CEO, os criadores de conteúdo possuem muita estratégia e análise profunda do conteúdo que criam. Além disso, com o vínculo estreitado entre eles e seus fãs, o direcionamento fica mais claro e o consumo contínuo.

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Blog Empreendedorismo

“Criatividade, por si só, não é suficiente”, destaca Alain Sylvain no Web Summit 2023

Criatividade é uma qualidade muito valorizada na nossa sociedade. 65% dos CEOS destacam que a criatividade é tão importante quanto a inteligência emocional e habilidades com questões digitais.

Alain Sylvain, CEO e Fundador da consultoria de design Sylvain, destacou o quanto nossa cultura continua supervalorizando o poder da criatividade, com empresas investindo muito dinheiro em inovação e buscando na criatividade uma solução para os seus problemas.

Mas, será que realmente vemos retorno neste tipo de investimento?

É exatamente por este motivo que o propósito do painel “O que importa mais: tempo ou criatividade?” foi acabar com esta dicotomia e deixar claro a importância do momento (timing) na questão de empreender.

Segundo o especialista, é necessário entender que 42% dos sucessos de startups estão relacionados ao timing certo. Criatividade, por si só, deixa de ser eficiente, por uma série de questões relacionadas a demanda e ao que o público consumidor irá se satisfazer.

Um exemplo dado pelo CEO da Sylvain foi o fenômeno Beatles: surgiu no momento certo, no lugar certo de alcance e não foi a inovação que os fez ficar tão famosos. Foi o timing, o momento correto.

Para Alain este é o ponto chave. Segundo o especialista, há a necessidade e enxergar o Peak Innovation e não apenas procurar por mais inovações.

Contexto vale mais do que apenas criação

Enxergar o Peak Innovation é conseguir alinhar seus interesses com a demanda necessária, conseguindo compreender o contexto, alinhando o que é importante e as necessidades sociais com o ato de empreender.

Isso só pode acontecer com uma união do que está acontecendo (cultural climing), a infraestrutura presente que dará potencialidade para a inovação (innovation infrastructure) e a vontade para conseguir levar isso adiante (individual appetite).

Como isso ocorre? Alain destacou que há necessidade de pensar e entender contexto do que estamos vivendo e alinhar isso com a criatividade existente. Afinal, ela é também um produto cultural e entender o tempo que estamos é o caminho para compreender qual a necessidade de inovação.

Por isso a necessidade de estudar e usar os três eixos acima como guias. Afinal, onde estamos, enquanto cultura? O que é necessário para nós? O que o indivíduo, hoje, busca? Qual sua necessidade? E a tecnologia presente? O que ela permite?

Alain foi muito claro ao dizer que unir o cultural climing, innovation infraestructure e individual appetite é essencial para conseguir compreender qual o momento para dar o próximo passo rumo a inovação, sem se perder na exigência pelo novo, como ocorre com muitas empresas nos dias de hoje.

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Quais são os limites da IA?

É com essa dúvida e atenção pelo momento em que estamos vivendo, onde Ricardo Cavallini e Alexandre Nascimento, experts da Singularity University, conversam no Fork Podcast, sobre o papel, habilidade e potencialidade que as Inteligências Artificiais construídas, hoje, possuem.

Já adiantamos: a autoconsciência ainda não é possível: “principalmente pela tecnologia que temos e a maneira com que estudamos”, segundo Alexandre Nascimento. 

Mas, então, por que tanto medo? Quais são os instrumentos que estão sendo construídos para que ela tenha uma automatização tão ágil e consistente? Qual o impacto da IA nos empregos do futuro? E o que a Inteligência Artificial não faz bem?

Nada como ouvir um especialista de inovação e I.A., como Alexandre Nascimento, para tirar suas dúvidas e continuar esta reflexão tão importante nos dias de hoje. Então, junte-se aos experts neste episódio do Fork Podcast, disponível no Youtube.

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Greg Brockman e o futuro das IA Generativas

Diretamente do SXSW, em Austin, a Head da SingularityU Brazil e Diretora de Conteúdo da HSM, Poliana Abreu, traz a sua visão sobre os pontos de reflexão que considera relevantes para qualquer profissional que queira entender o cenário atual e futuro da IA nos negócios e na sociedade. Confira abaixo o artigo escrito para o Meio&Mensagem.

Criador do ChatGPT conta no SXSW sobre as ferramentas terem a capacidade de ampliar a habilidade humana, mas requerem confiança para serem usadas com segurança

Greg Brockman, cofundador e presidente da OpenAI, empresa responsável pelo ChatGPT, participou de um dos painéis mais esperados pelo público do South by Southwest 2023, que está acontecendo nesta semana em Austin, Texas.

A conversa, conduzida pela jornalista Laurie Segall, abordou as questões éticas e perspectivas de futuro do uso da inteligência artificial generativa. Brockman compartilhou sua história como empreendedor e falou sobre futuro, mas foi um pouco evasivo em determinadas perguntas.
Acompanhei o painel e, a seguir, trago a minha visão sobre os principais pontos de reflexão que considero relevantes para qualquer profissional que queira entender o cenário atual e futuro da IA nos negócios e na sociedade.

Acesso e democratização

O ChatGPT é considerado um “killer app”. Em pouco tempo, conquistou mais de 100 milhões de usuários, mas é um killer app, não porque não é uma tecnologia nova, mas sim porque é uma interface simples e acessível que democratizou o acesso à inteligência artificial.

A escala e a operacionalização são as duas peças fundamentais para tornar a tecnologia útil e prática. O fundamental aqui é a curva exponencial, que acumula valor à medida que a tecnologia é aprimorada e usada em vários modelos e linguagens. A inteligência artificial é uma tecnologia que pode ser usada em todos os campos da vida, desde negócios até entretenimento e experiências interativas.

Para Greg, o objetivo do ChatGPT é informar as pessoas e tornar a inteligência artificial acessível e útil para todos.

Vale ressaltar ainda que o foco não é o app ChatGPT em si, mas sim a plataforma para utilização de inteligência artificial para diversas aplicações.
Senso de urgência

O que fez a Open AI sair na frente e lançar o ChatGPT antes de outras gigantes tecnológicas foi o seu senso de urgência.

Regulação e confiança

Para que a inteligência artificial seja usada de forma ética e responsável, é importante que a sociedade se adapte e que os formuladores de políticas públicas estejam envolvidos nas conversas. A regulação é transversal. Todos os setores precisam entender e estar inseridos na discussão.

O ChatGPT é usado por pessoas de diferentes áreas para melhorar seus textos, o que mostra como a inteligência artificial pode ampliar o que os humanos podem fazer. No entanto, é importante lembrar que a inteligência artificial não é perfeita e requer confiança para ser usada com segurança. “Queremos construir confiança. É a dor de aprender. Temos um time que olha para esses problemas e estamos tentando tornar a ferramenta mais confiável”.

As pessoas por trás do código

Brockman confessou que ainda não são rápidos o suficiente para resolverem os vieses no ChatGPT, mas que tem consciência que é preciso mais diversidade por trás dos códigos. “Assumimos que há muito a ser melhorado, como retirar os vieses do chatbot e a possibilidade de descentralizar cada vez mais nossa IA para que ela seja amparada em todo um ecossistema ancorado, principalmente, na comunidade”.

O futuro do conteúdo

O conteúdo não é mais “estático”, de forma que você não consiga mais interagir com ele. Estamos claramente nos movendo para um mundo onde ele é “vivo”. Você pode conversar e interagir com ele, criando possibilidades de apoiá-lo.

Humanidade como principal stakeholder

Brockman afirmou várias vezes que a missão da OpenAI é “criar uma IA avançada de forma segura e benéfica para a humanidade”.

Segundo ele, a humanidade é o stakeholder mais importante quando se trata de inteligência artificial. E medir o impacto da tecnologia na sociedade é crucial para garantir que ela seja usada de forma benéfica. O principal erro que pode ocorrer é, justamente, não entender os humanos.

Futuro da inteligência artificial generativa

“Nós estamos criando, praticamente, um novo tipo de internet ou algo muito similar a isso”. A respeito do futuro da inteligência artificial, ele acredita que a tecnologia será capaz de prever muitas coisas, inclusive o que os humanos querem e precisam. Ele acredita que a inteligência artificial será uma tecnologia tão presente quanto o celular e que ela irá transformar todos os campos de nossa vida. Brockman afirmou que é esse é o projeto mais importante, esperançoso e assustador da história humana. Para construir uma relação homem-máquina saudável, ele entende que o mais importante será dominar habilidades de alto nível, além de julgar e saber quando se aprofundar nos detalhes.

Quando perguntado sobre a coisa mais interessante que a IA pode fazer, ele foi rápido na resposta: fazer nossos sonhos virarem realidade e ampliar as habilidades humanas. E sobre o mundo com IA em 2050? Inimaginável! A única certeza é que seu crescimento é exponencial.

Quer acompanhar a cobertura completa de Poliana Abreu e demais autores para o Meio&Mensagem? Então, acesse: https://www.meioemensagem.com.br/sxsw

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Humanização levada ao extremo – Insights do primeiro dia do SXSW

Por Glaucia Guarcello, CIO da Deloitte e professora convidada SingularityU Brazil

A mensagem principal do primeiro dia de SXSW é: tecnologia a serviço da humanização. Em diversos momentos diferentes, os maiores autores de inovação, empreendedores e executivos reforçaram a mensagem do papel e poder humano em relação a tecnologia.

Na trilha de futuro da força de trabalho, a humanização se destacou pelas discussões de diversidade e inclusão que vão além do óbvio.

Uma das discussões mais relevantes sobre o acesso de pessoas com necessidades especiais, foi acerca da maneira como enxergamos a tecnologia. Precisamos para de olhar as tecnologias como criadoras de “consertos” e passar a olhá-las como habilitadoras de potenciais que próprias pessoas se sintam confortáveis em alcançar. Nosso foco não deveria estar em desenvolver e “normalizar” pessoas e sim em cocriar valor e ideias a partir da diversidade de visões de mundo, percepções e características. As pessoas a quem se destinam essas criações precisam ser incluídas na construção das soluções a elas destinadas, e não apenas usuárias de algo desenvolvido por outros.

Com tanta presença de tecnologia, mais do que nunca, as organizações do futuro precisam ser human-centric designed (em tradução livre: desenhadas com o ser humano no centro).  Já não existe mais uma organização desenhar papéis e responsabilidades específicos, e muito menos comportamentos esperados de seres humanos. A flexibilidade, co-construção e escuta ativa passam a ter um papel cada vez mais relevante. Falando nisso, a escolha entre as novas formas de trabalhar, como remoto, hibrido e presencial estarão cada vez mais nas mãos dos funcionários, e não da empresa. A empresa estará a serviço das escolher e preferências de seus colaboradores.

Outra palestra que trouxe a humanização no design foi a de Josh D’Amaro, Chairman de Experiences & Products da Disney, que abordou seu storytelling centrado em encantar e gerar memorias afetivas em seus clientes, e em como as novas tecnologias tem habilitado essa entrega de valor. Foram demonstradas soluções como robótica e hologramas em um nível de qualidade marcante, encantando toda a plateia.

Problemas relevantes além da inclusão foram debatidos, como a agricultura na África. O continente ainda não e autossustentável em alimentos, mas possui potencial de alimentar todo o mundo. Startups de rastreamento e monitoramento de equipamentos, de conexão entre fazendeiros e maquinário e até mesmo de educação tem se destacado como parte da resolução destes problemas, mas necessitam de apoio, tração e mais investimentos para escala.

Questões intergeracionais foram tema da casa Dell de experiências, abordando o novo normal do trabalho e o valor que novas gerações dão à autonomia, experiências e propósito. Culturas de comando e controle não terão mais atratividade para as novas gerações. Assim, vemos que tratar adultos como adultos nunca foi tão relevante.

Fundador da Open AI, empresa responsável pelo Chat GPT, Greg Brockman veio quebrar a crença de que a inteligência artificial serve para automatizar o trabalho físico. Segundo ele, grande parte do trabalho memorável que a IA vem desenvolvendo é relacionado à atuação cognitiva, como a resolução de problemas e a composição de músicas e poemas. Porém, ainda estamos distantes de automatizar um ser humano inteiro ou um trabalho inteiro.

De toda forma, precisamos como humanidade compreender quais os ambientes de maior geração de valor da IA e integrá-los na sociedade para redefinir o papel dos humanos. Certamente o futuro será ainda mais interessante e transformacional para a inteligência artificial generativa.

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Conheça os correspondentes – SXSW 2023

Confira os especialistas presentes no SXSW 2023, que acontece de 10 a 19 de março.

Falta pouco para começar o maior festival de criatividade, tecnologia e inovação do mundo, o South By Southwest (SXSW ou South by para os íntimos). Em sua 11ª edição, o SXSW traz como proposta principal apresentar uma nova abordagem sobre as transformações para o futuro que já está acontecendo, com um olhar estratégico para questões ESG. Além disso, Inteligência Artificial, ChatGPT, mudanças climáticas e representatividade no universo gamer são alguns dos temas discutidos em Austin, Texas, entre 10 e 19 de março.

Com o lema de superar a FOMO (fear of missing out) para dar lugar à JOMO (joy of missing out), oito pessoas do ecossistema da SU Brazil vão contar no blog e nas redes sociais (LinkedIn e Instagram) o que acontece de mais relevante dentro do SXSW. O evento já contou em edições anteriores com a presença de nomes como Mark Zuckenberg, Elon Musk, Barack Obama, Dolly Paltron e Lady Gaga.

Em 2023, estão confirmados palestrantes como Kyle Vogt, cofundador da Twitch, Dan Schulman, presidente e CEO do PayPal, e Ginni Rometty, CEO da IBM. As atrizes Kristen Bell e Tilda Swinton também marcarão presença. Tradição do SXSW, a futurista Amy Webb lançará mais uma vez seu report de tech trends com exclusividade para o festival.

Abaixo, conheça um pouco mais sobre os correspondentes SU Brazil:

Reynaldo Gama
CEO da SU Brazil, Reynaldo é apaixonado por inovação. No blog, compartilhará suas ideias sobre as tendências dos negócios, futuro e novas abordagens para a inovação.

Poliana Abreu
Poliana é Head da SU Brazil. Com sólido background em sustentabilidade, Poliana é apaixonada por questões ESG, assunto que vai procurar divulgar também.  Além disso, Poliana é movida por educação e lifelong learning, temas que chamarão sua atenção no festival.

Carla Tieppo
Além de trazer seus insights poderosos sobre neurociência para o blog e as redes da SU Brazil, Carla será uma das brasileiras que comporá o line-up do SXSW. A neurocientista comanda na quinta-feira 16, às 10h (horário local), o painel  “Paris Olympic Games, a Neuroscience Experiment”.  Junto a ela estarão Christiane Pelajo, jornalista e fundadora da Chris Pelajo Produções e Natasha de Caiado Castro, CEO da Wish International Events Management.

Letícia Setembro
Futurista, Leticia Setembro vai compartilhar por aqui tudo o que há de mais novo em tendências e futuro. Apaixonada por inovação, também traz suas análises sobre o impacto das novas tecnologias

Glaucia Guarcello
Glaucia é CIO (Chief Innovation Officer) da Deloitte Brasil e professora convidada de inovação corporativa da Singularity University. Recentemente apontada pela revista Época NEGÓCIOS como uma das mulheres mais importantes da inovação no Brasil, as conversas que Glaucia vai trazer por aqui girarão ao redor desta temática.

Eduardo Ibrahim
Eduardo Ibrahim é expert em economia exponencial pela Singularity e um verdadeiro apaixonado pelo impacto das tecnologias exponenciais na economia. Frequentador de festivais de inovação e de contracultura, como o Burning Man, Eduardo provocará a reflexão de temas relevantes de contracultura e mudanças de paradigmas econômicos.

Renan Hannouche
Renan é apaixonado por disrupção e inovação. Ele tem um olhar intenso para os diálogos improváveis e as novas tecnologias e vai compartilhar algumas de suas ideias e insights em inovação e disrupção.

Dante Freitas
Na visão de Dante, a resposta para o futuro está na junção de pessoas e máquinas. Criador da teoria “humanware”, tem um olhar cuidadoso para o papel humano em um mundo liderado por máquinas. Como fã das conexões singulares, Dante vai falar aqui sobre tecnologias, humanidades e suas convergências.

Agora que você conhece nossos correspondentes, não deixe de incluí-los em seu radar!

Acompanhe o blog e as redes da SU Brazil para a cobertura completa (e exponencial) do SXSW.

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Por trás de grandes invenções, exímias mulheres: conheça quem está mudando a história da inovação no Brasil e no mundo

Artigo escrito por Roberta Figliolino, coordenadora de Conteúdo da HSM e SingularityU Brazil

Mulheres desempenham papéis importantes na inovação tecnológica e ajudam a criar um futuro mais inclusivo e equitativo.

Você sabe o que a comunicação wireless, o filtro de café e o COBOL (primeira linguagem de programação complexa) têm em comum? Todas essas criações foram feitas por mulheres.

Com certeza, pensar “fora da caixa” foi o que as guiou para a inovação e a criatividade em diversas áreas, incluindo a arte, a invenção e a tecnologia. O filtro de café foi criado por uma mãe e dona de casa, Melitta Bentz, no fim do século XIX. A atriz Hedy Lamar foi responsável pela invenção da comunicação sem fio, que teve o objetivo de despistar radares durante a segunda guerra mundial – resultando numa série de tecnologias usadas em protocolos como Bluetooth e Wi-Fi. Já Grace Hopper foi quem criou o primeiro compilador de programação, tendo papel fundamental no desenvolvimento de linguagens de programação modernas, como o já citado COBOL.

A presença das mulheres na tecnologia sempre foi essencial para a economia e o desenvolvimento social, mas ainda falta espaço. Ao deixar de fora mulheres da economia digital, países de baixa renda, como o Brasil, perderam US$ 1 trilhão do PIB, segundo dados da ONU Mulheres trazidos na Newsletter do veículo The Shift em 07/03. Por mais que haja uma alta demanda por profissionais do setor de tecnologia, apenas 37% das vagas hoje são ocupadas por mulheres, como apontado pela Brasscom.

No entanto, apesar de um longo caminho a ser percorrido, é importante destacar que a presença feminina na tecnologia está aumentando — e a Singularity University é um exemplo disso. A universidade conta com uma equipe de especialistas que inclui diversas mulheres em posições de destaque. Essas mulheres são líderes em suas áreas e estão fazendo contribuições significativas para a inovação tecnológica, além de incentivar outras mulheres a fazer parte deste movimento de mudança.

Pioneira na aplicação da neurociência em organizações no Brasil, Carla Tieppo é expert em Neurociência na SingularityU Brazil. Tem vasta experiência como professora, pesquisadora e consultora em empresas de diversos setores. Carla já foi responsável por gerar a mudança de mindset de líderes de grandes empresas no Brasil e no mundo, como Petrobras, AMBEV, Braskem, Suzano, Novartis e entre outras. Cientista premiada, também leva o conteúdo neurocientífico de maneira acessível. Seu trabalho é um exemplo de como a tecnologia e a neurociência podem ser combinadas para promover soluções inovadoras e inclusivas para o mercado e a sociedade em geral.

Realizando o sonho de muitas meninas que cresceram olhando para o céu, Yvonne Cagle viu a Terra de longe quando foi a primeira astronauta negra a pilotar uma nave espacial. Com formação em Medicina pela Universidade de Washington e um PhD em Medicina Aeroespacial pela Universidade de Stanford, é uma astronauta, médica e defensora dos direitos humanos. Yvonne é expert tanto em espaço quanto em medicina na Singularity University, e tem uma vasta experiência em liderança, pesquisa e inovação. Ela é uma voz ativa na defesa da igualdade de oportunidades e na promoção de um futuro sustentável e inclusivo para todos.

Recentemente, Anne Connelly se uniu ao escritor queniano Chief Nyamweya para criar a série transmídia “TRUSTE”, que conta com uma revista em quadrinhos, uma animação e uma coleção de NFTs que traz uma visão de um país africano fictício. Esta visão é fundada em confiança, sustentabilidade e liberdade. Anne é ativa na comunidade internacional de blockchain e atua como expert em Blockchain na Singularity University. Sua relação de proximidade com o continente africano vem desde que trabalhou como membro do conselho de direção da Médicos Sem Fronteiras Canadá na República Centro-Africana e na República Democrática do Congo. Anne é uma defensora da igualdade de gênero na tecnologia e acredita que o blockchain pode transformar a vida de pessoas em economias emergentes.

Jaya Baloo é uma das principais especialistas em segurança cibernética do mundo. “Ninguém se sente livre online, a menos que você proteja sua segurança, privacidade e liberdade de expressão”, acredita a expert. Com um diploma de bacharel em Ciência da Computação pela Universidade de Amsterdã, Jaya é Chief Information Security Officer (CISO) na Avast, uma empresa líder em soluções de segurança digital. É professora em diversas instituições de ensino, incluindo a Singularity University. Jaya é também uma grande ativista na defesa da privacidade digital é o papel crítico da segurança cibernética na proteção da liberdade e dos direitos humanos.

Tiffany J. Vora é uma especialista em biologia sintética e sua aplicação na resolução de problemas globais. Ela defende a inclusão da diversidade na tecnologia e trabalha para promover a ética e a responsabilidade na aplicação da biologia sintética para o bem comum. Ela se dedica ativamente a amplificar o impacto das mulheres em STEM (sigla em inglês para ciências, tecnologia, engenharia e matemática).

Seja nos laboratórios, nas salas de aula ou nas organizações, a presença feminina na tecnologia está crescendo. As mulheres na Singularity University e em outras organizações desempenham papéis importantes no acesso à informação e inovação tecnológica, ajudando a criar um futuro mais inclusivo e equitativo. O caminho é longo e ainda há muito trabalho a ser feito para promover a igualdade de gênero na tecnologia, mas essas exímias mulheres representam um importante passo na direção certa.