O 9º Executive Program chegou ao fim nesta quinta-feira (21/06). Com isso, vários insights e aprendizagens ainda estão borbulhando na cabeça dos participantes e há muito o que colocar em prática.
Mas, antes do “até logo”, já pensando na próxima edição, David Roberts, expert da SingularityU e premiado CEO, fez questão de dar destaques ao modelo de negócio de startups.
Por conta de sua construção e posição no mercado, o especialista em empreendedorismo destacou tamanha capacidade, plasticidade e oportunidade que este tipo de negócio permite. Com uma organização disposta diferente, as startups conseguem produzir disrupções com mais facilidade.
Ao afirmar isso, David trouxe também a reflexão sobre a diferença entre inovação e disrupção. Para o especialista, fazer as mesmas coisas, só que de uma forma mais eficiente, é uma capacidade de inovar. Enquanto que a forma disruptiva está em fazer novas coisas e tornar as antigas obsoletas.
“Estamos falando sobre disrupção inovativa há mais de 30 anos, mas as duas coisas não são a mesma coisa”, deixou claro o especialista da SingularityU.
A guerra interna nas organizações
Para o premiado CEO, as empresas grandes normalmente se dividem em departamentos, de níveis hierárquicos, que acabam separando e alienando cada área existente.
Nesse sentido, se há uma ideia proposta por um setor, ela ou demorará para chegar em outros ou terá uma grande rigidez que vai reprimir a ideia disruptiva: “Assim, as ideias morrem sem nem colocarem-na em prática”.
Afinal, há um medo. Disrupção significa que há a necessidade de tentar entender uma questão da sociedade, que pode ainda não ter um mercado completamente definido e, por isso, se torna um tanto quanto imprevisível. Por isso, é necessário trazer consumidores, enquanto revê seus próprios planos, e ter uma ação flexível, que garanta a segurança desta empreitada.
Enquanto isso, a inovação está pensando sobre um problema já entendido, em um mercado estruturado, com métodos tradicionais e que precisam de uma execução da organização.
São concepções diferentes e que exigem nosso maior entendimento para assimilarmos as dificuldades dessa jornada que é empreender. Uma empresa se intimida com essa situação. Mas, como David retoma, as tecnologias exponenciais e novas ferramentas que estarão no mundo trarão transformações, com mais maleabilidade e flexibilidade.
Com o tempo, estes instrumentos digitais estarão presentes em todos os setores da sociedade. Para o especialista, será algo necessário para as organizações:
“Nós seremos incrivelmente poderosos com este tipo de tecnologia, de uma forma que ninguém imagina. Podemos até não gostar do que estamos nos tornando ou do que já somos, mas podemos fazer diferente se começarmos a procurar a disrupção com um propósito e não apenas aumentar nossa eficiência.”
Ao longo do ano de 2023, diversas vezes tratamos sobre os assuntos de venture capital, principalmente como uma alternativa estratégica, onde pode ser adotada nas organizações para construir laboratórios de inovação.
Algumas grandes empresas, como Nestle e Tetra Park, participaram de eventos no Learning Village onde contaram sobre seus modelos de negócio de inovação aberta. A ideia, nestes casos, é que não haja apenas uma gestão de inovação ou uma área supervisionando estas questões: é ampliar os horizontes da empresa, trazendo parceiros de fora e prospectando novas oportunidades e produções.
Nesse sentido, permitiram construir e investir em startups que estão conseguindo solucionar alguns de seus problemas: desde questões de poluição e sustentabilidade, até problemas de governança e interações nos sistemas das organizações.
Tal como no 9º Digital on Board, quando foi falado sobre o conceito de Ambidestria e Venture Capital, Glaucia Guarcello, que é Innovation & Lead Partner na Deloitte e Expert na SingularityU Brazil, trouxe o assunto para o 9º Executive Program. Neste caso específico, além de trazer este modelo de gestão como uma estratégia de inovação que envolve toda a organização, a especialista trouxe uma perspectiva de olhar a historicidade do mundo e construir ações para garantir um ambiente de inovação.
Para a expert, a questão da historicidade surge por conta das revoluções tecnológicas que a sociedade sofre. Entender o desenvolvimento gráfico, de alocação de dados, manejos produtivos, e até de capilarização no meio social, é algo crucial para compreender se há necessidade de continuar com o direcionamento de inovação.
Por isso, as inovações abertas surgem como alternativas de gestão, pois permitem um tempo para análise das questões estabelecidas. Uma organização que patrocina e financia projetos, se torna próxima e transparente sobre as reais soluções de vários problemas que existem e podem vir a existir.
Conforme há o investimento e esse laboratório de aprendizados (com tentativas e reorganização das diretrizes), é possível enxergar quais serão as tecnologias adotadas e se serão efetivas neste momento histórico. Um exemplo dado foi o investimento em metaverso há alguns anos, que ainda terá seu momento, mas ainda não aconteceu.
Atualmente, em meio às transformações que as tecnologias exponenciais estão proporcionando, Glaucia retoma essa ideia para mostrar que é possível melhorar os processos produtivos já constituídos e destacou que “toda empresa passa por mudanças em seus processos”.
Com este olhar atento, maneiras de gestão podem ser melhoradas com estas iniciativas. Mas, destaca que só será possível pelo entendimento do momento e por isso traz o pensamento exponencial: para compreender o futuro, quanto aos usos de tecnologias digitais e em realidade virtual, informações automatizadas e distribuídas em diversas plataformas, diferentes infraestruturas de segurança e a adoção de inteligências artificiais nas produções cotidianas.
Ao mesmo tempo, estar atento aos processos que vão mudar é trazer estas preocupações para uma clareza e até criar novas alternativas para o que está por vir.
Os lucros, redes de conexão, estrutura da empresa, processos de produção, desempenho, sistema, serviços, canais de informação, os próprios valores de marca e o envolvimento do cliente no consumo serão completamente afetados com as novas transformações. Por isso, há diversas áreas para garantir estes desenvolvimentos e toda a organização precisa estar alinhada com esta ideia.
Modelos de inovação aberta
Este tipo de direcionamento vai exigir alguns processos de gerenciamento, desenho de gestão e suporte da jornada que será tomada, principalmente com métricas que garantam transparência nos processos adotados. Mas, antes disso, há a necessidade de definir uma agenda e dar diretrizes aos sistemas estratégicos que garantam o aporte de inovação.
A expert da SingularityU Brazil trouxe quatro tipos de modelo de negócio com inovação aberta, na tentativa de criar uma percepção ao público do 9º Executive Program. Além disso, trouxe resultados deste tipo de estratégia de mercado com cases de sucesso.
A adoção do venture client consiste em fazer compras de produtos feitos por outras startups, a fim de obter benefícios estratégicos e financeiros imediatos, ao mesmo tempo que são mensuráveis.
Com esse mecanismo, é possível resolver problemas internos e obter um resoltado a curto prazo.
Com o corporate venture capital, o investimento em startups que se alinhem ao seu objetivo pode garantir um retorno estratégico e financeiro no futuro da organização.
É algo que permite uma assimilação maior, mas exige um pouco de tempo e também aporte financeiro para a aceleração da empresa que resolverá seu problema.
O venture building consiste em criar novas empresas dentro da mesma, como um ‘braço de negócios’. É possível alinhar isso com outras entidades e até fazer parcerias, mas caso haja um problema diagnosticado, pode ser criado do zero.
Por fim, a fusão ou M&A, trata-se de fundir-se a outra empresa, tentando incorporar seus recursos, eficiências, visibilidade de mercado e até valores. É uma maneira de ampliar a capacidade de inovação e construir mais aporte para dispor em um futuro.
Uma das temáticas mais faladas na 9ª edição do Executive Program estava aliada às questões dos trabalhadores. O medo que se paira sobre a aplicação da inteligência artificial ainda ultrapassa as realizações e a maneira com que podemos ser beneficiados por esta nova tecnologia.
Por isso, Gary Bolles, especialista em Futuro do Trabalho pela SingularityU, destacou o quanto o papel de um bom líder é fazer com que seus colaboradores consigam enxergar esta ajuda. O “tsunami silencioso de IA”, como o próprio especialista nomeia, já está transformando cada um de nós e seu painel é ajudar todos os presentes a entender como aproveitar estes grandes avanços tecnológicos.
Mas isso não é uma responsabilidade do trabalhador. Gary destacou o quanto há a necessidade de treinamento, para que os mais habilidosos continuem com seus espaços e se aproveitem deste maquinário para operacionalizar algumas de suas ações.
Reconhecer a necessidade de uma liderança é colocar clareza na questão de governança, afinal, um líder não é necessariamente um gestor de área. Por isso, há todo um trabalho dentro de uma organização, dos conselheiros até os gestores de time, para proporcionarem diretrizes que encabecem este tipo de característica.
De início, o especialista em futuro do trabalho destacou que o ponto mais importante neste momento histórico é entender como aliar esta tecnologia exponencial ao trabalho, entendendo onde ocorrerão as substituições e como podemos ter trabalhadores que se utilizem de seus manejos.
É um trabalho que existe visão e percepção do que pode ocorrer. Por isso, Bolles dedicou seu tempo a mostrar que a I.A continuará dependente de nossa habilidade (skill) e, por isso, saber se utilizar dela será um diferencial. Ao mesmo tempo, precisaremos retornar aos propósitos e principais questões focais do nosso trabalho, com um propósito e objetivo claro, pois não podemos nos perder mais do que já ocorre.
Simultaneamente, Gary retoma a visão individual para falar sobre a necessidade de compreender a flexibilidade do trabalho. As lideranças precisam entender que há uma gama de atividades que não precisam necessariamente serem feitas no mesmo lugar e ao mesmo tempo. Em linhas gerais, o expert em Futuro do Trabalho mostra como há maneiras de fazer um trabalho, que não tem as mesmas preocupações, necessidades e atribuições.
Por isso, antes de tudo, é necessário ter um entendimento mútuo de execução e também saudável. Uma reunião pode acontecer online – ou até se tornar um e-mail -, enquanto uma demanda pode ser assíncrona em sua cadeia de produção, em lugares totalmente diferentes.
Isso é mais do que empatia: é cuidado de entender o outro. Afinal, mesmo que haja um objetivo coletivo, quando falamos de propósitos, há as características privadas. Cada ser individual tem suas necessidades e desejos, por isso, o papel hoje é compreender como isso pode ocorrer e a produção continue. Afinal, um indivíduo saudável é também um ser que continua com sua boa execução.
Esta é uma das principais regras que o mundo dos negócios precisa priorizar neste momento, segundo Bolles. Junto a isso, é necessário compreender qual a cadeia de governança que se cria na organização, a função transparente de cada um, a continuidade das diretrizes, o pensamento de crescimento e utilização das tecnologias exponenciais, enquanto há o adaptive skillset: a maneira na qual as gestões precisam entender a diversidade e peculiaridade das necessidades de cada um.
Quais são os próximos passos que deveremos ter?
A principal ação é compreender e destrinchar cada um dos elementos mencionados na organização. Nesse sentido, entender qual o foco de desenvolvimento que será dado (seja ele de mindset, de habilidades ou de tecnologias) e procurar o crescimento na sua empresa.
Ao mesmo tempo, criar regras de trabalhos flexíveis e que consigam cooperar mutuamente. A IA ajudará na operacionalização, por isso, Bolles destaca a necessidade de reconhecer a maneira como cada um dos colaboradores trabalham e tirar o melhor desta situação, definindo seus principais pontos de função.
Outra questão é definir e trabalhar com problemas, como uma maneira de antecipar e prever situações que podem não ser benéficas. Com essa precaução, a organização consegue diminuir seus danos e ter ações prontas para os acontecimentos possíveis. Com isso, junto ao treinamento e motivações dos times, o crescimento pode ser efetivo e as mudanças podem acontecer sem que a organização passe por uma tormenta desnecessária.
“Sempre há oportunidades e precisamos entender como fazer deste uso para que mais humanos consigam trabalhar com um bem-estar, assim o poder se transformará em solução”.
O fim do semestre está chegando e nessa jornada de 2023 vários eventos nos ajudaram a construir um panorama mais claro sobre o mundo dos negócios. Tivemos o South by Southwest (SXSW) e Web Summit Rio, que reuniram grandes nomes do universo de inovação e criatividade. O que não faltou foram grandes insights e aprendizados!
Por isso, Learning Village, o 1º Hub de Inovação e Tecnologia, com foco em Educação e Desenvolvimento de Pessoas da América Latina, HSM e SingularityU Brasil resolveram reunir as principais tendências para os próximos anos, trazendo takeways deste primeiro semestre para nos mantermos alinhados com as principais considerações deste ano!
Para ter acesso ao report completo, basta fazer o download abaixo:
A palavra do momento é inteligência artificial, mas se fizermos o exercício de lembrar a moda das narrativas passadas, o NFT já foi um assunto em alta. Naquele momento, com o mundo em pandemia, houve um alvoroço nas redes sociais para questionar se uma arte digital fazia sentido ou não, por conta das possibilidades de cópia. Enquanto isso, outros aproveitavam a discussão e faziam transações com seus produtos, ‘surfando’ pelas oportunidades de mercado.
Este cenário se acalmou. É um assunto que, socialmente, não tem a mesma circulação que antes, mas o que perpetuou nesse movimento foi a importância do blockchain: a solução criada para eliminar cópia e alteração de dados em ambientes digitais.
Por definição, o blockchain é uma tecnologia que usa um banco de dados extremamente avançado, onde permite comunicações de informações, produtos e ações com transparência. Edu Paraske, cofundador da Hub 1601, fez questão de defini-la ao público do 9º Executive Program, como uma “corrente de blocos de dados, onde as informações ficam armazenadas, de maneira incorruptível e imutável, com um controle descentralizado”.
Mas, então, como isso poderia acontecer em um meio digital tão “assustador e terra de ninguém”?
É nesta “terra de ninguém” que esta nova tecnologia assegura uma identificação segura para “alguéns”.
Por exemplo, suponhamos que há uma transação (de ativos, criptomoedas ou até informações). Esta demanda passa por uma validação de uma rede de conferências, na tentativa de reconhecer quem está fazendo esta negociação e se há uma garantia.
Dinâmica feita por Edu Paraske, Cofundador da Hub1601, para mostrar como funciona uma validação de blockchain no 9º Executive Program (2023)
Com ela verificada e aceita pelos algoritmos de reconhecimento – que estão trabalhando na prova do usuário e transação, junto a outros que analisam a participação -, essa ação é adicionada auma cadeia de blockchain, que é permanente e inalterada. Só então, após todas estas etapas e confirmação, que a transação ocorre, com sua identificação própria.
É, com esta garantia coletiva, que a Web3 se estrutura: este tipo de tecnologia dá base para que a autenticidade e segurança continuem confirmadas. Isso permite que as criptomoedas e os smart contracts sejam feitos entre as pessoas, sem a necessidade de um intermediário como um governo ou Estado – por isso a descentralização.
Então, uma cadeia de suprimentos, negociação de contratos e até análises constantes da leitura de uma própria organização estão em um aglomerado de informações seguras, transparentes e confiáveis. Como Paraske pontua, essa nova tecnologia garante segurança, interoperabilidade, escalabilidade, diminuição do custo, a criação de uma comunidade e uma governança com ações diferentes.
Além disso, outro problema crucial que é resolvido com este tipo de tecnologia, é o controle sobre nossos próprios dados. Hoje a experiência humana passa, em sua maioria das vezes, por uma governança de grandes empresas de plataformas digitais, conectadas em nossos celulares e que conseguem rastrear algumas ações dos usuários.
Como Edu Paraske mostrou, isso muda para uma relação fechada entre os membros destes locais em que a transação pode ser feita. Hoje já existem dois tipos de blockchains. Os públicos (DLT), que estão atrelados a um serviço específico, como mostrado na foto abaixo.
Transição de ecossistemas da Web 2.0 para a Web 3.0, só possível utilizando blockchains (Edu Paraske)
E há também quem já está criando redes privadas de blockchain, para garantir uma confidencialidade e organização das próprias transações de uma maneira mais segura e transparente para seu próprio ecossistema.
Para o empresário, o blockchain só tem a contribuir: “Eu posso até financiar um apartamento sem juros abusivos, mas se eu pedir 1 real para 400 mil pessoas no mundo? Eu descentralizo e consigo mais fluidez na negociação”; e ainda salienta tamanha eficiência: “Para quem trabalha mundialmente, sempre teremos validadores e as negociações se tornam mais rápidas”.
Não deixe de conferir a cobertura do Executive Program pelas redes sociais da SingularityU Brazil!
A única certeza que temos em nossa existência é a movimentação e transformação. Com essa premissa e toda sua história de vida, opremiado CEO David Roberts trouxe ao 9º Executive Program perspectivas sobre acontecimentos históricos e em como isso se assemelha ao processo que estamos vivendo de inovação disruptiva.
No 2º dia do curso promovido pela Singularity Brasil, David retornou à história conhecida de Cristovão Colombo. O que poucos sabem é que o lendário navegador passou anos tentado angariar fundos para construir sua caravela e descobrir “uma nova rota para as Índias”. Todos sabemos o resultado disso e se fosse um fracasso, ele não seria lembrado.
Uma ação empreendedora em um tempo em que isso não “existia de fato” e mesmo assim foi feito. E qual o impacto disso na história do mercado? A disrupção que causou este novo campo de produção e modelo de relação comercial.
As moedas de troca e o que uma nação era capaz de produzir, agora, estavam aliadas aos espaços que conquistavam no processo de colonização e não mais dependentes das rotas pelo Oriente Médio, monopolizada pelos diferentes Impérios Árabes.
David Roberts destacou o trabalho empreendedor e disruptivo de Cristovão Colombo na 9ª edição do Executive Program (2023)
Portanto, a tecnologia das caravelas permitiu que as Grandes Navegações ocorressem. As especiarias passaram a ser temperos, modos de conservar a alimentação e até troca de produtos. As mercadorias se diferenciaram e um novo mercado foi construído, graças às matérias-primas encontradas na natureza riquíssima da América e África Subsaariana.
É necessário pensar por este ponto de mudança para explorar o momento histórico em que estamos vivendo. Como aconteceu naquela época, a tecnologia está fazendo parte e é protagonista das mudanças sociais que ainda vamos encarar.
Por conta da característica tão perene e fora do comum destas transformações, David Roberts transforma a teoria da Inovação Disruptiva e introduz seu novo pensamento: A Teoria de Disrupção.
7 pontos cruciais da Teoria de Disrupção
De início, é necessário destacar que esta teoria tem como principal ponto o entendimento de que haverá uma diversidade de transformações. Nesse sentido, não podemos pensar que será apenas em um campo ou que é proporcionado por uma área de produção. Se trata de compreender que as mudanças se desdobrarão em diversas áreas existentes em nossa experiência social.
A Nova Teoria da Disrupção de David Roberts e seus 7 principais pontos
O mundo plataformizado, permeado por essa digitalização constante, faz com que as conexões estabelecidas estejam em todos os campos de nossa vivência. Desde as relações sociais, recuperação de dados, atendimento, localização e até consumo. O offline hoje também já serve de dados para os constructos digitalizados.
Então, os modelos de negócios precisarão compreender que as mudanças nos campos de empreendedorismo e até em eficiência produtiva serão transformados. Por isso, há a necessidade de cuidar destes desdobramentos, entendendo quais os limites e quais serão suas ações diante destas oportunidades de mercado.
Afinal, para dar conta das constantes disrupções, será necessária uma inovação complexa no processo de apreensão para dar conta de tantas necessidades. David propõe rever as áreas que estão presentes na organização e que podem ser desenvolvidas – com inovações abertas e CVC, por exemplo –, ao mesmo tempo em que há a necessidade de desenvolver e reajustar a contínua performance produtiva da empresa.
Afinal, como foi bem apontado por Alexandre Nascimento, expert da SingularityU Brazil, no Executive Program, a inteligência artificial redesenhará toda a indústria e é necessário perceber quais campos precisarão de uma atenção maior. É uma tarefa difícil e complexa, mas que exige o entendimento desta completude para dar conta dos novos mercados que surgem e vão continuar a surgir.
Todos nós somos seres complexos. Desde a maneira como entendemos o mundo até a tradução da realidade em que vivemos em apenas uma fala ou pensamento, percorremos vários caminhos afetivos-mentais para tentar desenvolver raciocínios que deem conta da complexidade que é viver.
Somos um corpo em constante ebulição, contrastes, vontades e desejos que se confluem. Estamos em uma sociedade diversa, com choques de poder e contínuo atrito entre cada indivíduo existente nesse coletivo, que precisa de cada indivíduo para sobreviver. Habitamos um mundo com diversos segredos ainda desconhecidos e cada vez mais tentamos decifrá-los, mesmo parecendo distante. O tempo nem definição tem: apenas estamos inseridos nele.
Talvez seja difícil compreender o que pode vir a acontecer. A angústia do desconhecido é comum. Quando falamos de criar, empreender, é neste vazio de incertezas que nos projetamos. Mas, antes disso, precisamos lembrar de uma coisa: a segurança na essência da vontade criadora, que é o propósito do empreendedorismo.
Foi assim que o 1º dia de imersão presencial do Executive Program 2023, da SingularityU Brazil, se iniciou. O frio no Bendito Cacao Resort & SPA, em Campos do Jordão, deu espaço para uma combustão criativa de tentar compreender e criar maneiras de entender como conseguir olhar para o futuro.
É, exatamente pela preocupação com os parâmetros de criação de um futuro que Jeffrey Rogers, diretor da Be Radical e parceiro da SingularityU, trouxe o pensamento exponencial para que todos os presentes entendam o contexto que estamos vivendo. Assim, deu o pontapé inicial para a empreitada que é se preparar pelo que vem à frente.
Jeffrey Rodgers no Executive Program 2023
Por isso, o facilitador trouxe dinâmicas para que os presentes no Executive Program 2023 pensassem sobre o futuro complexo de cada um e que enxergassem a própria maneira criativa que individualmente trouxeram. Com este trabalho e o foco desejado pelos executivos, todos os presentes na imersão tomaram seu rumo à construção dos próximos passos, com muita cautela:
“Só é possível criar um futuro quando enxergamos as consequências que daremos a ele, com o nosso objetivo bem desenhado”, destacou Jeffrey durante sua apresentação.
A exponencialidade é a janela para o horizonte que está se formando
Se temos o objetivo de construir um futuro, é necessário que entendamos o nosso presente. Então, precisamos sim destacar que este momento é permeado por uma constante digitalização, com inteligências artificiais dispostas em nossa experiência cotidiana e a automação cada vez mais se torna um processo comum da nossa realidade.
Por isso, é necessário trazer a Teoria da Abundância, formalizada por Peter Diamandis.
No livro, o cofundador da Singularity University introduz a ideia do pensamento exponencial e seus 6Ds, para ajudar as empresas a entenderem o que está acontecendo hoje: a transformação do modelo industrial de produção para o tecnológico, em que as novas tecnologias são moldadas por nós e participa da construção social humana.
Por isso, há a necessidade dos líderes do futuro em compreender o que significa o pensamento exponencial, principalmente para passar a mudar sua própria mentalidade. Os novos instrumentos de trabalho transformam as nossas interações e a maneira pela qual socialmente nos portamos. Por isso, as empresas precisam entender o contexto atual, para só então continuar produzindo e conquistando espaço socialmente.
Hoje a sustentabilidade e questão ambiental cada vez mais é algo crucial e que as empresas precisam atender seus quesitos para não sofrerem sanções e negativas do público. A diversidade é um assunto que se estabeleceu frente às preocupações de complexidade e saúde da sociedade. Junto a isso, as novas jornadas de trabalho se estabeleceram e um líder precisa ter uma mentalidade diferente para lidar com estas transformações. Ao mesmo tempo, o imediatismo continua exigindo mais da nossa produção.
Não compreender isso é um erro grosseiro e que pode deixar organizações pelo caminho. Por isso, o Executive Program toma o cuidado e continua no empenho em formar lideranças que estejam preparados para os principais paradigmas que hoje estamos enfrentando.
Jeffrey mostrou em seu painel maneiras de lidar com a construção de um futuro e que ainda consiga lidar com outras questões tão em voga, como ESG, inteligência artificial, metaverso, saúde, impacto global da digitalização e neurociência.
Além disso, o diretor da Be Radical destacou outro ponto importante que é a coletivização. Por isso, a criação do vínculo e das relações empreendedoras é muito importante, pois precisamos nos ajudar neste momento tão único na nossa jornada da humanidade.
Por isso, exponencialidade precisa ter nosso olhar atento e se tornar parte de nossa percepção, afinal, o seu futuro leva em conta todos estes aspectos para ser pensado?
A tecnologia mais discutida neste ano, e que apareceu em vários momentos no SXSW e Web Summit, foi o de Inteligência Artificial. Foi notória a abordagem sobre este tipo de tecnologia: a preocupação quanto a instauração desta instrumentalização no mundo dos negócios e quais os impactos que poderiam causar na nossa sociedade.
Este será um dos pontos centrais do Executive Program, que terá como foco compreender as tendências mais recentes das tecnologias exponenciais e como podem ajudar na conquista do seu objetivo de negócio. Para se inscrever, basta clicar aqui e aproveitar os três dias de imersão que teremos agora em junho!
Além disso, a SingularityU Brazil convida todos os interessados a participarem da Open Class exclusiva com Alexandre Nascimento, expert em Inteligência Artificial, que também estará no Executive Program ao lado de outros grandes especialistas em neurociência, futurismo e tecnologia.
Esta aula acontecerá no dia 22 de junho, às 19h30, ao vivo no youtube de forma gratuita. Para acessá-la, basta clicar aqui e se inscrever.
Por Onicio B. Leal Neto. PhD em Saúde Pública e Epidemiologia pela FIOCRUZ, pesquisador Sênior do Departamento de Ciência Da Computação, ETH Zurich e FacultySingularityU Brazil.
Modelos de Linguagem de Grande Escala (LLM), como o ChatGPT, têm demonstrado uma fluidez de interação com humanos surpreendentemente natural. Estes modelos, capazes de simular a conversação humana de maneira cada vez mais verossímil, têm despertado entusiasmo na comunidade médica e científica.
A aplicação potencial do ChatGPT e de outros modelos de linguagem de grande escala nas rotinas de pesquisas de saúde e na prática clínica é vasta. De melhoria na documentação de dados dos pacientes ao aprimoramento no diagnóstico e suporte nas linhas de cuidado, a implementação dessas ferramentas pode revolucionar a maneira como a medicina é praticada.
No entanto, a perspectiva de integração desses modelos na prática de saúde também tem levantado preocupações sérias. Problemas como alucinações e confabulações, além de vieses e estereótipos associados à interpretação dos dados dos pacientes, são questões que exigem uma abordagem cautelosa e reflexiva.
O respeito à privacidade e à dignidade do paciente é, sem dúvida, uma prioridade absoluta, que precisa ser abordada em todos os avanços relacionados às LLMs e às IAs generativas. Esse aspecto ético é tão fundamental que o Center for AI Safety, apoiado por uma gama de cientistas e líderes da indústria de tecnologia, já emitiu uma declaração alertando para os riscos potenciais que as IAs podem representar para a humanidade. A declaração sugere que esses riscos devem ser tratados como uma prioridade global, semelhante a ameaças como pandemias e guerra nuclear. Embora essa abordagem possa parecer alarmista para alguns, ela tem o mérito de sensibilizar a sociedade para as implicações éticas e de segurança das IAs.
Ryan Carlo, pesquisador e professor da University of Washington School of Law, tem sido uma voz influente nesse debate, defendendo uma reflexão equilibrada e pragmática. Em vez de se concentrar em cenários distópicos dignos de Hollywood, ele argumenta que deveríamos nos preocupar mais com os impactos sociais e ambientais das IAs. A falta de integridade da informação o aumento da desigualdade social podem ser verdadeiras catástrofes. Estas preocupações já foram inclusive descritas antes das IAs generativas alcançarem a fama atual, por autoras como Cathy O’Neal em seu livro Weapons of Math Destruction – How big data increases inequality and threatens democracy e Virgina Eubanks, em Automating Inequality: How High-tech tools profile, police and punish the poor. Em meio a este panorama, uma pesquisa recente, ainda em pre-print (ou seja, sem revisão por pares), chamou a atenção do campo médico. Conduzido por pesquisadores da Universidade da Florida e da NVIDIA, o estudo apresenta os resultados preliminares de um modelo generativo conhecido como GatorTronGPT. Com base na mesma arquitetura do GPT-3, o GatorTronGPT foi treinado com 82 bilhões de palavras de textos clínicos e 195 bilhões de palavras em inglês do Pile, um conjunto de dados que contém 800 gigabytes de textos diversos para treinamento de modelos de linguagem.
Os resultados são surpreendentes. O GatorTronGPT demonstrou alto desempenho em 4 dos 6 conjuntos de dados de benchmark de processamento de linguagem natural biomédica, ou seja, quando comparado a outras técnicas para aplicações biomédicas, a abordagem tem se mostrado muito promissora. O modelo foi capaz de gerar texto clínico sintético útil para o desenvolvimento de modelos de processamento de linguagem natural clínica sintética, conhecidos como GatorTronS. Estes, por sua vez, alcançaram desempenho superior ou comparável aos modelos de processamento de linguagem natural treinados com texto clínico do mundo real.
O GatorTronGPT foi comparado com modelos de transformadores existentes para extração de relações biomédicas e resposta a perguntas, uma prática comum em pesquisas científicas para avaliar o desempenho relativo dos novos modelos. Entre os modelos com os quais o GatorTronGPT foi comparado estavam o GPT-2 medium, Rebel, Rebel-PT, BioGPT, PubMedBERT, BioElectra e BioLinkBERT. Cada um desses modelos foi desenvolvido com diferentes objetivos e abordagens, permitindo uma comparação abrangente e robusta do desempenho do GatorTronGPT.
Os modelos GPT-2 medium, Rebel e Rebel-PT representam o estado da arte na extração de relações biomédicas. O GPT-2 medium é uma versão de tamanho intermediário do modelo GPT-2 original da OpenAI, enquanto o Rebel e Rebel-PT são modelos recentes especificamente projetados para a tarefa de extração de relações. O BioGPT é um outro modelo de linguagem que foi treinado especificamente em textos biomédicos.
Quanto à tarefa de resposta a perguntas, o GatorTronGPT foi comparado com o PubMedBERT, o BioElectra e o BioLinkBERT. O PubMedBERT foi treinado no corpus PubMed, uma das maiores bases de dados de literatura biomédica. O BioElectra é um modelo de linguagem de domínio específico projetado para tarefas de classificação de texto e extração de entidades nomeadas em textos biomédicos. Já o BioLinkBERT é um modelo que combina a arquitetura BERT com dados de ligação de entidades para melhorar a precisão da extração de relações.
A comparação com esses modelos permitiu aos pesquisadores avaliar o desempenho do GatorTronGPT em uma ampla gama de tarefas. O desempenho surpreendente do GatorTronGPT nos benchmarks, tanto para a extração de relações biomédicas quanto para a resposta a perguntas, reforça o seu potencial como ferramenta útil para a prática clínica e a pesquisa biomédica.
O estudo foi além e realizou uma espécie de Teste de Turing, onde especialistas em endocrinologia e cardiologia avaliaram parágrafos clínicos sintéticos gerados pelo GatorTronGPT, misturados com parágrafos reais escritos por médicos. Apenas 49,2% das notas clínicas foram identificadas corretamente, incluindo 36,7% das notas sintéticas e 61,7% das notas humanas. Este resultado sugere que o GatorTronGPT passou no Teste de Turing, com textos sintéticos praticamente indistinguíveis dos textos humanos em termos de legibilidade linguística e relevância clínica.
No entanto, é importante observar que, apesar de seus resultados impressionantes, os LLMs não estão isentos de desafios. Eles têm a tendência a confabulação ou alucinação, como mencionados no início do texto, o que pode ser divertido em chatbots, mas perigoso para a aplicação na saúde. Portanto, estudos futuros precisam examinar estratégias para controlar essas alucinações a um nível mínimo, tornando os LLMs seguros para a prática médica. Além disso, embora o LLM tenha mostrado grande promessa em termos de texto gerado, ainda há espaço para melhorias, e os estudos futuros também devem examinar como a geração de texto clínicos podem ser melhoradas e controladas a partir de instruções humanas, método conhecido como Reinforcement Learning From Human Feedback – o mesmo utilizados pelo ChatGPT. Esta forma linear de processamento pode ser insuficiente para lidar com tarefas que exigem um maior grau de exploração estratégica e antecipação.
Para enfrentar esses desafios, um novo framework para inferência de modelos de linguagem foi recentemente introduzido: o Tree of Thoughts (ToT). Esse framework expande a abordagem convencional Chain of Thought para a criação de prompts nos modelos de linguagem, permitindo uma exploração mais profunda de unidades coerentes de texto, chamadas de “pensamentos”, que servem como etapas intermediárias na resolução de problemas.
A inovação do ToT está em sua capacidade de permitir uma tomada de decisão mais deliberada por parte dos LLMs. Eles podem considerar múltiplos caminhos de raciocínio, autoavaliar suas escolhas e determinar o próximo curso de ação, olhando para frente ou voltando atrás quando necessário. Em outras palavras, o ToT dá aos LLMs a capacidade de realizar escolhas globais, ampliando significativamente seu potencial na solução de problemas complexos.
Essa inovação é particularmente relevante quando consideramos a aplicação dos LLMs no contexto da prática médica, tal como exemplificado pelo GatorTron GPT. Este modelo de linguagem baseado na arquitetura GPT-3 demonstrou alto desempenho em tarefas de processamento de linguagem natural biomédica, gerando texto clínico sintético útil e passando em uma versão do Teste de Turing.
O ToT poderia potencialmente aprimorar a capacidade do GatorTron GPT e de outros LLMs de navegar por múltiplos caminhos de raciocínio, tomar decisões mais informadas e estratégicas, e explorar uma variedade maior de soluções durante a inferência. Isso poderia aumentar a utilidade desses modelos em tarefas clínicas complexas, como diagnóstico de doenças ou planejamento de tratamentos, tornando-os parceiros ainda mais eficazes na prática clínica.
Ainda estamos no início desta emocionante evolução dos LLMs. Porém, a combinação do potencial demonstrado pelo GatorTron GPT com as novas possibilidades abertas pelo framework ToT sugere um futuro promissor para a aplicação de LLMs na prática médica.
Quase dois terços dos empregos no Brasil dependem de trabalhadores presenciais. Apesar de não ser uma maioria, já que o setor de serviços é majoritário no emprego nacional, há uma incrível mudança de perspectiva na mentalidade cultural das organizações brasileiras frente às novas necessidades que o mundo contemporâneo exige.
Há um debate global sobre essa eficiência do trabalho não-presencial, ao mesmo tempo, estamos dialogando com outras questões sobre horas e dias de trabalho. Em alguns lugares da Europa, a redução de jornada já foi aceita e está em processo de experimentação – com bons resultados.
O fato é: está acontecendo uma mudança cultural da produção. Consequentemente, a sociedade continua nesse movimento após perceber que sua qualidade de vida e saúde precisam ser prioridade máxima. A sociedade apenas precisou de um catalisador, no caso, a pandemia, para tornar este processo mais rápido.
Por conta deste momento, o especialista em futuro do trabalho da Singularity, Gary Bolles, traz uma abordagem clara sobre a necessidade de entender novas formas produtivas de trabalho e como se relacionam com a saúde dos colaboradores.
Para Bolles, que estará no Executive Program deste ano, a nova forma de produção só pôde ocorrer graças às tecnologias e, na pandemia, foi clara a necessidade de se continuar as atividades, e o trabalho remoto começou a ser mais aceito. Naquele momento, tentando se proteger de uma possível contaminação, quem pôde estar em sua casa e dar continuidade ao seu trabalho, conseguiu sustentar uma rede de segurança de menos contágio possível para a dispersão do vírus.
A produção se manteve e pessoas de diferentes lugares do mundo ainda sustentam essa posição, mesmo com o retorno gradual ao regime presencial. Mas Bolles deixa claro que a flexibilidade é benéfica: tanto para o chefe quanto para o seu colaborador.
Trabalho híbrido e a saúde na jornada de trabalho
Segundo o especialista da Singularity, é normal que ainda haja descrença, principalmente pela mudança abrupta e contingência de todos os anos de trabalhos presenciais rotineiros que a maioria teve nos anos anteriores à pandemia. Porém, Bolles ressalta que, desde que o trabalho esteja sendo entregue e clientes estejam recebendo soluções novas, a empresa pode ir adiante.
Afinal, o especialista observou que, em outros tipos de jornadas de trabalho, os trabalhadores tomaram decisões responsáveis e garantiram o próprio equilíbrio entre suas responsabilidades, saúde e continuidade de sua eficiência.
Bolles destaca a necessidade de entender a diferença que as jornadas híbridas e flexíveis proporcionam. O primeiro se destaca em uma agenda fixa, determinando quando trabalhadores devem trabalhar de casa ou no escritório.
O preferível, segundo o especialista, é o flexível, porque há uma escolha dos trabalhadores, entre ir para o escritório ou ficar em casa, de acordo com as necessidades que enxergam.
Conforme explicado pelo especialista, esta ação pode trazer vários benefícios, dentre eles, a responsabilidade e o empenho dos colaboradores na empreitada de trabalho, ao mesmo tempo em que garantem o cuidado com sua vida individual e pessoal. No modelo flexível, a praticidade elimina horas de trânsito, desgaste físico e mental, além de tornar a produção mais eficiente.
Porém, há todo um contexto de estar preparado para isso. Não só pelo trabalhador, mas pelo líder. Ser um gestor deste novo momento implica também em se tornar uma liderança deste novo tempo. Não é possível ter ainda um controle presencial e exigir condutas específicas da lógica física. É necessário compreender as assincronias, necessidades do outro e a segurança de que o trabalhador está com o mesmo objetivo que o proposto pela governança.
Além disso, um líder precisa se preocupar com questões de saúde e ter responsabilidade por quem está em seu grupo. Com o trabalho flexível, ressalta Bolles, é possível que algumas destas questões sejam resolvidas sem a necessidade de influência de seus chefes.
A maleabilidade garante as complexas necessidades de cada um e ainda impulsiona a sua produção. Sempre há algo para resolver do mundo que nos demanda e essa flexibilidade permite a resolução, sem tanta interferência do gestor, ao mesmo tempo em que o colaborador garante as horas de trabalho e produção. É uma maneira hábil, segundo Gary, de garantir parte da saúde mental e física dos empregados.
“Trata-se de uma grande oportunidade para que as empresas se preocupem mais com os trabalhadores. Enxergar a saúde nestes processos é crucial para o sucesso”.
Por esta razão, Bolles fez questão de destacar uma das necessidades dos novos líderes no ambiente de trabalho: a empatia. Com ela, é possível ajudar os colaboradores a passarem por desafios, principalmente para tentar resolver alguns problemas que surgem no dia a dia do trabalho. “Ter o olhar atento é criar uma perspectiva que ajuda em toda a cadeia produtiva”, finaliza o especialista.
Gary Bolles, junto a Alexandre Nascimento e outros experts da SingularityU Brazil estarão no Executive Program, em junho de 2023. Para fazer sua inscrição neste programa, basta clicar aqui para mais informações.
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