A convergência tecnológica está mudando o mundo. Graças à digitalização, diferentes tecnologias criaram um emaranhado digital, no qual, em seu substrato, há registros de dados utilizados em todos os meandros dos acontecimento da nossa realidade.
Essa é uma questão que envolve diretamente o big data, que, por definição, se trata de “um modo de compreender que há um alto volume de dados distribuídos nas realizações digitais, que precisam de elaboração para serem transformadas em informação”, de acordo com Leandro Matos, expert da SingularityU Brazil, em sua fala no Sest Senat Summit.
Com este acúmulo, é possível gerir um processo denominado dataficação: utilizar os dados e fazer deles uma inteligência, na tentativa de análise ou até de captação de recursos. Reconhecer este tipo de realização é perceber que há uma riqueza de produtos que podem se transformar, em benefício de uma empresa ou de um propósito.
Por exemplo, as cidades já estão atuando desta maneira. Os dados registrados a partir de fotos de radares, câmeras de segurança e marcações em redes sociais, recuperados dos aplicativos, são compilados em tempo real, por inteligências artificiais, que ainda produzem leituras para tomada de decisões.
Utilização de centralização dos dados por algumas gerências e países também estão se tornando comuns. No caso, Leandro Matos mostrou uma cooperação relacionada ao país Singapura, onde utiliza a centralização dos dados para navegação dos automóveis. Isso atua também na questão de segurança, preços dinâmicos de pedágio e até a preocupação com os locais que ambos estão se movimentando.
Hoje uma das questões complicadas é o armazenamento. Há 90% dos dados mundiais que não são utilizados. É preciso dar volume, sentido e usos à eles. Porém, a maior questão, é que não há manejo pelos próprios donos destes princípios de informações.
O uso de serviços digitais compete já uma dataficação, porém, o que poucos sabem, é que estes dados vão apenas para as empresas que são donas destes serviços. Por isso, Ram Rajagopal, professor de Stanford, e Leandro Matos destacam a importância da diretriz que alia big data nos processos produtivos do trabalho no transporte.
Oportunidades para o uso de big data no Brasil
No Sest Senat, o professor Ram destacou a importância de compreender o momento de acumulação de dados. Afinal, é possível tratá-los, fazer essa gestão de análise, entender que partes precisam de uma atenção maior e otimização pela empresa. Possivelmente até uma automação, de acordo com a infraestrutura.
O especialista destaca que isso já é um acontecimento e não há volta. É necessário se aliar às questões de dataficação. Quando falamos do transporte, ter essa análise de dados é ir além dos processos intuitivos de decisão e de conhecimento empírico histórico.
Os dados são importantes para uma leitura diferente do que já existe e de uma descentralização das tomadas de decisão. Há particularidades que precisem da experiência, mas há também questões que só são mapeadas de acordo com uma captação de grandes cenários, que apenas um grande volume de dados (big data) tratados garante.
Gerenciamento e otimização é uma questão de necessidade e, se estamos perdendo estes dados, pois não estão ao alcance da empresa ou não são possíveis de ser lidos, há uma falha de clareza e perspectivas do próprio negócio.
Outro ponto é usar os dados para análises de questões que até hoje eram impensáveis, como o futuro. Existe uma estratégia de uso planejamento e previsibilidade de processos, que pode se define como Gêmeos Digitais.
Em sua definição, este programa digital pode mapear os modelos de operação e que toma decisões de planejamento e suporte. Dependendo dos dados que possui e com a captação constante, pode gerir e fazer simulações sobre cadeia de suprimentos, construções, simulações de caminhos e atualizações de planejamento.
Uma questão extremamente interessante é que o mundo caminha para uma digitalização de toda a experiência. O 6G está chegando com otimismo no mercado, com extremo alcance, conexão e oportunidade de constituir uma malha digital em quase todos os principais locais do mundo, diferente do 5G, há uma questão de eficiência e que retira as dificuldades digitais de conexão.
Com esta infraestrutura, cada vez mais dados serão criados e novas leituras podem ser proporcionadas, em diferentes dimensões, já que estamos digitalizando até questões corpóreas. Com este tipo de tecnologia, precisaremos estar atrelados às diretrizes de big data para dar conta destas oportunidades.
Por fim, algo que foi trazido pelo professor Ram Rajagopal, é a construção de centros de distribuição inteligentes, de forma co-criada por outros players. Hoje, no Brasil, segundo o especialista, há uma dificuldade em lidar com os dados por conta da transparência.
Há um medo sobre o que farão com esses dados e há uma preocupação que impede a integração dos dados necessários. Mas, o que não compreendem segundo ele, é que “dado não tem valor algum, apenas os insights e é necessário misturá-los com as inteligências dentro da empresa e sociedade”.
Por isso, construir, de forma conjunta, áreas de abastecimento (de energia e produtos) conjuntas, conectadas com os dados distribuídos entre players. Existe um processamento e gerenciamento que pode ser benéfico, principalmente em lidar com menor impacto ao meio ambiente, controle e otimização do tempo de cada um dos transportadores.
O Rooftop do Teatro Santander, em São Paulo, foi o palco escolhido para o Sest Senat Summit, que deu seu início nesta terça-feira (15/08). Com a temática e foco no Futuro do Transporte, quem inaugurou a plenária foi o Expert da Singularity University, Carlo van de Weijer.
Talvez poucos tenham se atentado a isso, mas transporte é algo tão importante para nós que impacta em boa parte do nosso salário: gastamos perto de 15% dele apenas nesta questão. Transportar-se é algo crucial para nossas vidas e está relacionado às questões de bem-estar, saúde e conforto.
Em sua fala, Carlo buscou alinhar as necessidades que temos de cuidado com nossa existência, desde questões mais pessoais (como o próprio corpo), até questões coletivas, como a parte ambiental. Afinal, há questões de congestionamento, poluição, barulho, C02 e uso do espaço público que modificam a qualidade da nossa vida.
O especialista destacou que são necessárias diferentes abordagens para entender como melhorar esta questão e que o consumo não é o único problema:
“Parar de buscar crescimento no mercado consumidor ou deixar de produzir não vai resolver nosso problema. É uma solução parcial. Precisamos inovar e achar outras soluções para continuar os mesmos processos, porque lidamos com a vida desta maneira.”
É neste ponto em que o expert da SingularityU trouxe a qualidade da vida humana como componente principal para compreender algumas inovações. Afinal, não se trata apenas de eficiência, desenvolvimento produtivo e transformações sem sentido: disrupções serão aceitas socialmente se fizerem parte do direcionamento da qualidade da existência e praticidade social.
Por exemplo, as pessoas não querem mais barulho. Drones grandes, em que tenham hélices barulhentas, não serão utilizados ou sequer desenvolvidos para o benefício individual de transporte.
Os veículos coletivos ainda são propostas interessantes, mas, como há uma questão social individualizante, o compartilhamento não é uma questão que conquistou seu espaço. Os carros elétricos e autônomos estão conquistando cada vez mais público no mercado e parecem ser o direcionamento na maneira em que nos transportamos.
Eletrificação dos veículos
Para Carlo van de Weijer, este movimento de eletrificação pode ser sintetizado na sigla CASE: Conexão, autônoma, compartilhada (share) e elétrico dos veículos de transporte.
Em sua fala, o expert da SingularityU destacou o quanto há pontos positivos e alguns um tanto quanto discordantes, que merecem nossa atenção.
Por exemplo, cada vez mais será necessário que carros sejam e estejam conectados com infraestruturas digitais necessárias, que se caracterizam por acesso à geolocalização, internet, acesso público e de capacidade informativa-responsiva.
No questão do compartilhamento, a fala destacou o quanto a questão individualizante do ser humano é um empecilho, porque há momentos para que isso aconteça.
Ao mesmo tempo, os transportes elétricos se tornarão uma realidade e o mercado já está se encaminhando para dar conta desta demanda, afinal, a busca por carros elétricos, por exemplo, já passa a ser uma prioridade para alguns consumidores.
A bateria a lítio está diminuindo seu valor, o que a torna mais acessível. A manutenção do produto é melhor do que há cinco anos. Para o expert da SingularityU, a eletricidade será a base energética de tudo no futuro e também a solução para os problemas. Cerca de 45% da poluição de CO2 no mundo provém dos carros e queima de combustíveis fósseis. Isso será mudado com este processo.
Ao mesmo tempo, a disrupção também acompanha outros modos de transporte, como a aviação, que corresponde, hoje, a 11% da poluição de CO2 na atmosfera. Esta área está desenvolvendo modos de captura de carbono e utilização de energia solar.
A infraestrutura possibilita que a renovação de energia ocorra. No Brasil, há 494 aeroportos e 3000 aeroportos privados e isso é extremamente importante para que o sistema elétrico dê conta, afinal, alguns aviões já conseguem fazer 5000km utilizando apenas energia elétrica.
Uma questão levantada é o montante de eletricidade necessária com mais esta demanda. Para dar conta da produção energética necessária hoje no país, seria necessário cerca de 25.000km2 de placas solares.
No futuro, a tendência é que este número aumente, pela demanda que também irá crescer, mas, outro ponto extremamente interessante, é compreender que as otimizações tecnológicas também ocorrerão, já que há diferentes pesquisas que tentam aumentar a eficiência de placas solares e outras energias verdes.
Quanto a questão da autonomia, o ponto mais importante foi compreender que ele pode ser uma ajuda, mas não será algo sem completa direção ou motorista. As diretrizes não darão conta de uma gama de regras não-escritas no trânsito e isso precisa ser colocado em perspectiva.
“Os usos, inclusive os automatizados, precisam ser bem construídos“
Para Carlo Van der Weijer, a questão maior é o uso dos sistemas condicionados, ao qual a automatização é construída. Existem diretrizes para constuir esta autonomia. Por hora, essa tomada de decisão automática não dá conta de lidar com as regras informais de trânsito. Cada região, cidade e estado se movimentam em uma maneira específica.
Os carros elétricos estão no nível 3 de autonomia. As projeções de nível 5, em que se caracterizam por um tipo completo de autônomo (do pedal e locomoção até das leituras de trânsito), podem ser consideradas boas alternativas sobre o uso do espaço.
“Eles são importantes para a segurança, mas precisam de mais pesquisas para lidar com as regras além do colocado na oficialidade do trânsito. É algo, ainda, pouco prático. Mas podem solucionar um problema de congestionamento sem sequer tocá-lo.”
Segundo Carlo, carros autônomos se tornarão importantes porque também permitem que o congestionamento deixe de ser algo sem vitalidade. Com essa responsabilidade e execução autônoma, é possível transformá-lo em uma maneira de aproveitar o tempo, que hoje é perdido.
Carlo traz esse destaque principal para entender que há uma necessidade de pensar na qualidade do nosso futuro. Por isso, continua destacando o uso da autonomia de uma maneira inteligente.
Nesse sentido, o expert da SingularityU não só defende a necessidade de um transporte coletivo, como o ônibus, mas destaca a necessidade de modelos de transporte que consigam trazer mais saúde para a população e é papel coletivo pensar nestas alternativas.
“Aviação está se tornando sustentável e consegue movimentar mais pessoas, além de ser uma área que procura se eletrificar e usar tecnologias de captação solar. Ferrovias e supersônicos, diferentemente do que o senso comum pensa, tem problemas relacionados ao impacto ambiental. Não acredito que drones serão produzidos para transporte de pessoas. Carros se tornarão mais sustentáveis e podem dar conforto, mas são as bicicletas que salvarão as cidades colocarão fim nos congestionamentos.”
Nessa afirmação, o especialista destaca a importância das diretrizes, que precisam estar alinhadas às questões de importância social. No caso específico da Holanda, mostra como a agenda da saúdefoi crucial para resolver vários problemas, até de maneira indireta.
Com as bicicletas, Van de Weijder destacou que a cidade passou a ser movimentada pelas pessoas e ter uma vitalidade diferente. Ao mesmo tempo, há tamanha frustração e repulsa dos próprios holandeses, por não terem uma cidade que seja completamente produzida para os carros e criticam o sistema de bicicletas.
Porém, este modo de vida é o que tem melhorado a questão de saúde, congestionamento, poluição e até harmonia nas cidades dos Países Baixos. É por esta razão que as ruas não são mais construídas apenas para carros e não há volta para os carros dominarem as cidades.
Isso porque, segundo o especialista, nosso desenho cerebral e o transporte está diretamente ligado às nossas composições corpóreas. Estar em trânsito e movimentar o corpo é uma necessidade do indivíduo, por isso, Van de Weijer salienta tamanha necessidade de procurar modos de transporte que também nos ajudem nas questões mais práticas da vida humana.
O Especial 10 Edições de Executive Program da SingularityU Brazil continua com mais um entrevistado, que dessa vez traz uma compreensão experiente, de um veterano da Singularity, sobre o impacto, aproveitamento e de que maneira este curso o ajudou – e continua o ajudando – neste momento decisivo de sua vida.
Poucos dos mais dos 500 líderes que estiveram nas últimas nove edições participaram de um Executive Program antes. Menos ainda são os que participaram de um EP da própria SingularityU Global, antes de chegar ao brasileiro. Talvez apenas uma pessoa tenha feito este curso de imersão em um ano sabático.
Depois de quase 15 anos no mundo do mercado financeiro, Karel escolheu dedicar um ano para si. Desde 2022, o ex-executivo, com passagens na XP e Bank of America Marrill Lynch, usa o máximo do seu tempo para reelaborar questões profissionais e pessoais, visando seu próximo passo em sua vida.
Como já dito por Renata Brasil, o EP da SingularityU Brazil tem essa incrível capacidade de ir além sobre a questão executiva propriamente dita. As mudanças ecoam em propósitos, desejos e sonhos compartilhados, além da experiência profissional e, com Karel, temos a incrível clareza que só o tempo, compreensão e humildade nos permite uma reflexão especial, entendendo onde estamos imersos nessa completa imersão que é a experiência.
Com particularidades, conselhos e dicas sobre como um Executive Program ajuda em sua vida, a entrevista completa com Karel Luketic está disponível abaixo.
SingularityU Brasil: Karel, você poderia se apresentar, por favor?
Karel: Claro! Eu sou Karel Luketic. Sou um veterano da Singularity University. Fiz o Executive Program nos Estados Unidos, em 2018, e no Brasil, em 2023. Sou um executivo – ou fui – do mercado financeiro. Fiquei mais de 15 anos em diferentes organizações e em casos neste setor.
Sou amante de esportes, ou pelo menos tento ser. Gosto de cozinhar e neste momento estou em um ano sabático, um ano off, em que estou tentando conectar os pontos da minha vida e entender para onde quero ir, além de colocar as coisas em perspectivas e entender qual o meu propósito.
SU: Como era sua vida antes do Executive Program da SingularityU Brazil?
Karel: Bem, meu caso é um tanto quanto particular, eu acho. Pouca gente, pelo menos que eu conheci, está em um ano sabático e vai para um curso da Singularity. Eu já estava em um processo de repensar todos os aspectos da minha vida.
O ano sabático te permite fazer isso. Tirar o zoom e colocar em perspectiva tudo que você já construiu, tudo que já foi conquistado e também tudo que você quer construir e quer conquistar.
Além disso, planejar tudo de uma forma mais organizada. A Singularity Brazil me ajudou muito a colocar minha cabeça em ordem, aterrissar minha visão e entender o que já fiz.
Além disso, comecei a valorizar tudo que fiz e conquistei, ao mesmo tempo em que me provocaram sobre o que vou fazer adiante, qual será meu legado, que tipo de pessoa eu serei e qual o meu propósito nesse futuro.
SU: O primeiro Executive Program era um momento diferente?
Karel: No Executive Program da Singularity University eu estava no Bank of America Mery Lynch, onde trabalhei por 11 anos. Este foi o ponto que me deu o “pontapé” para fazer uma mudança de carreira. Duas semanas depois eu estava na XP, onde fiz carreira por cinco anos, como sócio-diretor-executivo.
Eu estava em um momento de carreira em que eu estava me provocando várias coisas, questionando minha jornada, vendo para onde eu iria e me ajudou muito a conectar os pontos para tomar a decisão e juntar coragem para isso.
SU: Como foi a decisão do Ano Sabático?
Karel: Foi uma escolha de vida. A minha decisão de tirar um ano sabático foi uma decisão de querer colocar uma pausa. Eu já estava há 15 anos no mercado financeiro. Mesmo com a diversidade, de análise de mercador, pesquisa, CMO da XP, CEO de Mídia da XP… Eu fiz várias coisas nesses anos e eu achei que tinha chegado a hora de dar uma pausa, colocar em perspectiva e pensar no que eu quero fazer na próxima janela de 10 à 15 anos.
O que quero construir neste período? O que quero deixar nessa vida? O que o Karel, com 120 anos, no seu leito da morte, vai querer ter feito? Como que eu me organizo para fazer tudo isso? Era uma pausa para colocar a “casa em ordem” e pensar no que vou fazer.
SU: Você já tem ideia do que fazer?
Karel: Acho que as ideias estão começando a se formar. Estou no 8º mês, mas eu separei em duas fases: a primeira, uma fase off. Fiquei 7 meses longe de São Paulo, da vida corporativa. Fui para a África fazer trabalho voluntário, fui para a Ásia fazer surf e kitesurf. Fiz vários cursos e imersões na terceira fase dessa primeira metade, que incluiu o Executive Program da Singularity Brazil.
Eu fui também em alguns eventos, como o Ted Talks anual, estive em algumas conferências de tecnologia e minha ideia era: 1º diminuir a velocidade da minha vida, para permitir que eu conseguisse colocar a cabeça em ordem, até mentalmente, com esse foco de saúde mental, tentando desalecerar para me reconectar comigo mesmo e me conhecer de novo.
Pensava bastante sobre o que eu gosto de fazer, o que me motiva, me faz querer mais e em que eu me conecto. O trabalho voluntário ajudou muito nisso, me fez repensar as prioridades e provocou profundamente, mas ficar surfando e velejando, dormindo em hostels em canto de praia, também foi importante para me reconectar e clarear a mente. A SingularityU Brazil e os outros cursos me ajudaram a reunir tudo isso, aterrissar essas situações, conectar estes pontos e agora eu estou na fase de fazer isso, graças a estes momentos de estudo.
O Executive Program é uma imersão de 3 dias e meio, nas tecnologias exponenciais que estão moldando o futuro dos negócios. O principal programa da SingularityU Brazil ocorrerá entre os dias 24 a 28 de setembro, no Hotel Almenat Embu das Artes – SP. Garanta sua participação na última turma do ano clicando aqui
SU: Você fez dois EPs, então, imagino que esperava algo diferente na segunda vez ou não?
Karel: Olha, eu tinha bastante dúvida sobre fazê-lo ou não, para ser sincero. Principalmente porque pensava que era a segunda vez neste tipo de curso e ficava em dúvida se ia tirar algo bastante proveitoso dele. Mas, falei durante o programa e repito: foi a melhor decisão que eu tive.
Acho que o Executive Program da Singularity Brazil é extremamente profundo e ele tem várias vertentes. Então, dependendo do seu momento de vida, ele pode te trazer paralelos muito diferentes.
No meu 1º Executive Program, da SingularityU, eu estava ainda entrando no mundo de tecnologia. Foi um “banho de loja” sobre o que estava acontecendo e, só de ver isso, tudo me provocou a ver mais coisas e querer participar disso tudo.
Dessa vez eu já tinha mais noção do que estava acontecendo, porque me mantive conectado. Mesmo assim, o EP da SU Brazil me ajudou reconectar com o meu propósito, impacto e legado. Ele me ajudou a trazer antigas provocações que eu já havia esquecido.
Quando você está em um Executive Program, é sempre uma imersão, então é uma pausa. Quando acaba: a vida volta ao normal. A gente sempre extrapola e acha que tudo vai mudar do dia para noite – o que não é assim, porque as coisas mudam, mas tudo tem seu próprio tempo. A gente consegue ver as transformações em uma janela temporal de médio prazo, não é em 1 ou 2 meses.
Mas, por outro lado, passam anos e a memória vai ficando para trás, deixando mais distante as provocações que o Executive Program da Singularity me trouxe. Então, ter ido, foi muito bom. Me ‘reprovocou’, me reconectou com várias coisas que eu tinha pensado no primeiro e o EP no Brazil me trouxe várias coisas novas, por conta do meu momento de vida.
SU: Hoje, então, o que você diria para aquele Karel que estava em dúvida sobre fazer o segundo EP?
Karel: Eu não tenho dúvidas que tomei a decisão certa, mesmo sendo novamente um EP. Cada vez que você entra nesse tipo de imersão – e o Executive Program da SingularityU Brazil é um dos que tive mais prazer e me provocou – te permite colocar as coisas em perspectiva.
É difícil parar e tirar o zoom da sua vida. Estamos sempre correndo, imersos em outras atividades, com 200 coisas para fazer, então quando você para, pausa e põe tudo para pensar, você tem uma oportunidade de olhar diferente. Isso se aplica a viagens, que você de fato saia da realidade, imersões em lugares muito remotos e também se aplica a imersões como o EP, que te provoquem em termo de negócio, tecnologia e propósito, como foi aqui.
Os retiros de espiritualidade também entram perspectiva de reflexão, porque buscam o autoconhecimento. Então, dependendo do que você faz, te traz paralelos e provocações diferentes. Essa pausa tem muito valor e, quanto mais você conseguir provocar neste momento, mais você vai conseguir pensar diferente.
E, às vezes, aquelas coisas que estão confusas, não-claras, que não sei o que fazer, que incomoda… Encontram lugar para serem digeridas nesta pausa. Afinal, ela te permite encontrar o caminho, porque tudo fica mais calmo, a velocidade diminui, a temperatura acalma e a gente consegue amarrar os pontos, para tomar decisões.
SU: O que mais te chamou atenção neste segundo Executive Program?
Karel: Sinceramente, acho que eu definitivamente achei espetacular. Eu recomendo muito e continuo recomendando o Executive Program da Singularity aqui no Brasil. Fazer aqui, ao invés do curso internacional, foi o máximo.
Achei que tinha mais a ver comigo, me conectou mais, tinha tudo de melhor do internacional, mas tinha um toque de brasilidade que eu gostei muito, além do networking muito próximo, afinal, a maioria navega em mundos parecidos com o nosso e podemos participar juntos. Isso acabou me trazendo várias provocações interessantes.
Então, de forma geral, eu fiquei super feliz com o resultado. Os detalhes são importantes para cada um, mas o conjunto da obra é fantástico. Teve o resultado que eu esperava, ou até melhor.
SU: O que você faria diferente, se pudesse voltar ao EP?
Karel: Sendo muito sincero, para o segundo EP eu já tinha uma preparação e contexto sobre o que esperar, de uma certa forma. Acho que consegui fazer as coisas, me joguei, aproveitei ao máximo, tentei participar de tudo que conseguia, conheci gente, fiz relacionamento, fiz networking, aprendi muito, me provoquei, me abri… Então… acho que vou acabar sugerindo para as pessoas:
Se joga, afinal, é uma imersão.
Se prepara: pensa no que vai ser debatido e faz algumas pesquisas. Caso não teve tempo, está tudo bem, fiz isso no meu 1º e foi ótimo. Mas, chega e esquece o mundo afora.
Se prepara para ter os dias inteiros de imersão completa, para deixar de lado a vida e o cotidiano, assim, de fato, você consegue sair da realidade, colocar essa pausa, trazer perspectiva para o seu momento atual e de fato extrair o máximo do programa.
Se joga em todas as atividades, conheça todo mundo que precisa conhecer, converse com os professores, faça as atividades físicas que existem. Se abra, não tenha medo, desconstrói essas barreiras do dia-dia e quanto mais você se permitir para participar dele, mais você vai extrair e vai se conectar com tudo que está sendo conversado e provocado dentro do EP.
Essa é a minha dica para todas as pessoas.
SU: E o Karel do futuro? Já anda sendo construído?
Karel: Acho que é menos sobre o que iremos alçar no projeto e mais sobre como faremos. O Executive Program da Singularity Brazil trouxe isso pra mim: é sobre estar com as pessoas certas, no lugar certo, com o desafio certo.
O meu propósito sempre foi o simples: como extrair o melhor de cada experiência e impactar o maior numero de pessoas possíveis durante processo.
Isso pode ser algo grandioso, mas pode ser micro. Se você consegue extrair propósito das pequenas coisas, você consegue se manter engajado e motivado, mesmo quando as coisas não estiverem no melhor momento.
Então, não se trata de algo grandioso. Pode até ser e que bom se for. Olharei para trás e pensarei sobre o que deixei. Mas, na verdade, é sobre o impacto que você consegue ter e deixar em todas as esferas da sua vida.
Então, sempre penso: como posso ter pequenas interações, que no meu dia-dia, gere um impacto e ajude as pessoas? Novamente, pode ser na pessoa que trabalha junto, um amigo, conhecido, ou até alguém que te procura para isso, produzir um negócio, um legado, ou até transformar algo.
Tem várias maneiras e formas de olhar para tudo isso, mas eu gosto de impactar pessoas e ajuda-las a encontrar um caminho melhor e, sempre que eu puder, vou tentar fazê-lo.
O Executive Program da Singularity Brazil chega a sua 10ª edição em setembro. Foram mais de 500 líderes em todas estas edições, mais de 480 horas de pura imersão e uma incontável mudança na vida individual de cada uma das pessoas que participaram do programa.
Vários CEOs, Diretores, Conselheiros, Fundadores e diferentes executivos estiveram presentes, aproveitando todo o conhecimento que os especialistas da Singularity University proporcionaram, além de produzir mais conhecimento sobre si, sobre nosso contexto atual e sobre as mais novas tecnologias exponenciais utilizadas no universo do empreendedorismo atual.
Por isso, preparamos um especial de 10 edições de Executive Program SingularityU Brazil, trazendo 10 histórias de pessoas que aproveitaram (como ninguém) tudo que este curso proporciona.
A primeira convidada a nos alimentar com sua história foi Renata Brasil, que foi Superintendente de Marketing no Banco Itaú, até abril de 2023, quando o Executive Program da Singularity Brazil transformou, em suas palavras, sua “mente, corpo e me inspirou a seguir nesta nova etapa da minha vida”.
Renata teve diversas passagens na diretoria de grandes bancos, como Bradesco, BNP Paribas, grandes empresas como Rede Globo e Agência África de publicidade. Dedicou integralmente seu tempo às diversas formações internacionais sobre marketing e conta que foi uma decisão difícil ter esta transição de carreira, se tornando mentora de pessoas e empresas.
Além disso, no bate-papo, a Consultora de Marketing conta que Carla Tieppo foi sua grande inspiradora neste processo e o Executive Program da Singularity Brazil ajudou a transformar toda sua angústia em pulsões criativas, direcionando seus esforços em estudos cognitivos, psicanálise e aliando todo seu conhecimento com a experiência que tem no seu trabalho.
Outro ponto interessante desta conversa foi a sua percepção e parecer analítico sobre o choque de gerações que está acontecendo. Você confere esse bate-papo e tudo que Renata Brasil nos contou na entrevista abaixo.
SingularityU Brazil: Por favor, se apresente às pessoas, Renata.
Renata Brasil: Bem, meu nome é Renata Brasil, ou pelo menos é assim que sou conhecida no mercado desde o começo da carreira. Sempre trabalhei com Marketing e tenho formação internacional nesta área. Passei por vários setores, como bem de consumo, varejo, telecomunicações, internet e mercado financeiro nas minhas últimas experiências. Em abril de 2023, Renata saiu do Itaú e abriu sua consultoria.
Estou estudando muito e fazendo alguns projetos para me tornar uma consultora de empresas e de pessoas. Antes disso, eu já fazia muita mentoria, mas agora estou estudando para entrar mais afinco nestes pontos de.
Isso tudo ocorreu graças à Carla Tieppo, que foi minha grande inspiradora. Eu estou em um momento muito rico da minha vida, pessoalmente e profissionalmente. Tudo o que eu tinha uma certa angústia, no Executive Program da Singularity Brazil eu encontrei espaço para desenvolver, entender e colho os frutos neste momento.
SU:Então… a “culpa” é da Carla Tieppo?
Renata Brasil: Super! Quando fui na 8ª edição do Executive Program (EP) foi um marco para mim, principalmente pelo momento que eu estava. A qualidade do programa me acessou e proporcionou mais insights para mim. Minha vida se divide em antes do EP e depois do EP.
SU:… E como era este momento que você estava?
Renata Brasil: Eu confesso que estava muito pensativa. Eu adoro trabalhar com marketing, sou apaixonada pela minha área e pelo que faço, então, tinha mania, quando entrava nas empresas, de vivenciar com intensidade a vida nela e me doar 100% para viver isso.
Por isso, no EP eu me dei conta que estava muito fechada para o mundo e estudando coisas muito específicas da minha área, sem compreender outras coisas que também poderiam me ajudar.
A imersão que o Executive Program proporciona foi o que abriu minha cabeça para olhar outras coisas e ver que eu também posso e gostava de estudar questões diversas. Eu já estava estudando psicanálise e em uma pós-graduação em neurociência. Mas, não era a mesma coisa.
Quando estava lá no EP, no meio de um processo de transição de carreira, todo o conteúdo e tudo que ali me foi mostrado, deixou claro que quanto mais nos aprofundamos em tecnologia e os avanço tecnológicos, mais a parte humana precisamos entender.
Eu já estava estudando psicanálise e neurociência, mas foi ali que eu entendi o anseio. Eu lembro de estar na imersão e tudo aquilo… A Carla Tieppo… A Wilma Bolsoni, do Flow… Elas trazendo esse lado humano para pensarmos… Foi ali que tudo ficou muito claro para mim e me interessou muito essa questão da parte humana. Afinal, precisamos preparar as novas gerações e nós mesmos para encararmos este novo momento de avanço tecnológico.
SU:Como você percebeu que isso estava se modificando naquele momento de imersão?
Renata Brasil: Naquele momento, tudo isso me tirou de uma angústia e me colocou como curiosa para entender tudo que estava sendo dito, principalmente o que se conectava com o que eu estava pensando.
Fiquei mais inclinada para a criatividade, querendo entender este momento e desbravar todos os assuntos de comportamento humano e neurociência que era falado, principalmente quando falamos de inteligência artificial.
Nos estudos que tenho feito, ando percebendo que tem os lados dos pessimistas e otimistas. Sempre aparece isso. Por um lado, é assustador de fato essas mudanças das tecnologias exponenciais.
Recentemente teve o comercial da Volkswagen, com a Elis Regina. Foi muito debatido e é uma série de questões não-regulamentadas que a gente vai ter que evoluir em conjunto e aprender ao mesmo tempo, o que é certo e errado, o que é ético e o que não é.
Mas, de fato, este momento de mais uma revolução tecnológica e cognitiva me posicionou para uma transição da minha vida, com o foco em desbravar este conhecimento novo e olhar novas teorias, em uma área que eu desconhecia da neurociência, da psicanálise e da filosofia.
Eu estou acompanhando mais profundamente estas questões, sem abandonar o lado performático, entendendo que a tecnologia precisa dar resultados e a minha área do marketing proporciona isso.
O que percebi é há uma dificuldade em unir a tecnologia e a questão humana. Com o tempo, caso não entendam isso direito, não estar a par da disrupção que a inteligência artificial trará com impactos na mente humana, vai fazer com que as organizações falhem.
Além disso, ao mesmo tempo, é necessário que precisem entender a parte humana. O cérebro reage de uma maneira diferente e as redes neurais da tecnologia e do ser humano vão estar conectadas de uma maneira mais profunda.
Há um campo enorme para estudar. Eu estou só começando, mas já estou apaixonada e, para mim, o Executive Program foi um marco para compreender isso e ir além.
SU:E o que você tem percebido neste momento?
Renata Brasil: Está tudo muito novo. Vejo bastante curiosidade das pessoas. Percebo que alguns avanços das empresas, investindo e colocando IAs em questões operacionais e de atendimento, onde rapidamente faz diferença. Por outro lado, ando um pouco assustada para entender onde isso vai parar, principalmente com a questão dos dados utilizados.
Acho que está todo mundo com essa apreensão, como no início de toda revolução, sem entender para onde estamos indo, com muito desconhecimento. São poucas as pessoas com certezas e a maioria está investigando, como os experts do EP, só que eles estão mais a frente.
É tudo muito rápido, novo. Em horas se acessa milhões de pessoas. A Thread (rede social) mostrou isso. As barreiras parecem menores, inclusive. As pessoas de 60 e 80 anos já tem mais responsividade no acesso para tecnologias eletrônicas. Não tem mais aquele susto. Claro, tem os resistentes, mas há muitos curiosos.
SU:Quando que você entendeu que o EP estava te mudando e te colocou essa curiosidade?
Renata Brasil: Olha, desde o ano passado eu já tinha tudo isso em mente, só que pouco organizado e materializado. Essa vontade de estudar, esses questionamentos já estavam comigo. Eles só foram aumentando durante o tempo, até que o EP que fiz, em abril de 2023, acelerou tudo.
Foi um catalizador e, durante todo o momento, uma voz me dizia: “É isso, vai fundo no que sente!”. A imersão me proporcionou um grande momento para alavancar todas as minhas dúvidas, entender outros caminhos que eu poderia percorrer e quais estudos eu poderia seguir. Foi fenomenal.
Eu digo que sou a embaixadora da SingularityU Brazil por conta do EP. Eu falo para todos e recomendo sempre, por conta da mudança que fez em mim.
SU:Você tinha essa expectativa?
Renata Brasil: Não… Na verdade não. Eu sempre acompanhei a SingularityU, sempre tive oportunidade para participar do programa, mas não sabia que tinha no Brasil.
Depois fiquei sabendo e, por acaso, eu estava em um momento que o algoritmo me encontrou. Confesso que me ”cutucou” e eu pensei: “É agora. Eu vou!”. Eu decidi uma semana antes.
Vou te dizer que dei sorte. Não só por ser um programa espetacular, claro, mas pelo grupo que estava. Fiz várias amizades com os participantes. Reencontrei alguns ex-diretores, amigas… Foi muito rico e interessante.
Conheci um pessoal incrível e mantemos o grupo até hoje. Foi muito bom, em termos de networking, que pra mim é essencial. Eu já fiz cursos lá fora e é difícil dar sorte em achar um grupo com tanta afinidade.
SU:E por que isso é importante?
Renata Brasil: Para haver troca! Com mais afinidade, você troca mais. Porque, além da conversa que você tem com as pessoas, você consegue ter essa troca depois. Além do conteúdo, você tem a oportunidade de sentar na mesa e tomar um vinho com os palestrantes, professores, pessoas que estão convidadas para falar e todos os participantes.
Então eu acho que eram pessoas de áreas diferentes, que eu aprendi muito, que foi muito rico, que trocaram… Foi muito rico. Já fiz cursos que não foram assim.
Eu sou muito extrovertida e preciso disso. Tem cursos que não tive isso, porque não conectou, não tive assunto, foi complicado. No EP foi uma delícia. Tinha gente que ficava até 3 da manhã conversando. Eu só não ficava porque precisava dormir.
O Executive Program é uma imersão de 3 dias e meio, nas tecnologias exponenciais que estão moldando o futuro dos negócios. O principal programa da SingularityU Brazil ocorrerá entre os dias 24 a 28 de setembro, no Hotel Almenat Embu das Artes – SP. Garanta sua participação na última turma do ano clicando aqui
SU:Mas o que torna o Executive Program da SingularityU Brazil tão diferente?
Renata Brasil: Acho que o diferencial do EP é que te qualifica, seleciona e te coloca em um contexto e ambiente com pessoas mais alinhadas com o seu objetivo. Faz diferença. Eu tenho experimentado muitos cursos nos últimos tempos.
Faz diferença fazer um Executive Program e faz diferença escolher um que te alinhe com diversas questões, tanto de conteúdo como networking. Como as pessoas estão precisando de informação, ansiosas e inseguras, famintas por informação, vários cursos se aproveitam disso e nem sempre entregam coisas muito boas.
O EP da Singularity Brazil entrega e muito bem. O selo Singularity já é o primeiro filtro, depois tem a HSM e todos ao redor. Isso te coloca em um nível melhor e coloca bons participantes ao lado. Não há problema em ter outras pessoas e a diversidade é melhor, mas, em certos momentos, precisa ter esse recorte para conectar os mesmos anseios.
SU:E você lembra como você se sentia pós-EP?
Renata Brasil: Eu lembro de tudo. Lembro que voltei extremamente otimista, curiosa, com uma energia criativa e de trabalho muito bom. O Flow, que a CEO é a Wilma Bolsoni, ajudou muito nisso.
Estar em um momento de transição de carreira, sempre dá muitas dúvidas e eu questionava se era a opção certa. O EP me mostrou que eu estava no caminho certo. Então, eu voltei animada e muito alegre para colocar tudo isso em ordem, estudar, trabalhar com as coisas com que acredito e foi realmente revigorante.
Foi um marco para mim. Eu sempre falo: eu estava no meu momento e foi muito importante fazer este Executive Program. Confesso que sinto até hoje que dei muita sorte: porque foram muito bem escolhidos, a qualidade foi boa e o grupo que estive estava espetacular. Foi uma experiência singular.
SU:Qual a diferença da Renata Brasil que foi fazer o EP e a de hoje?
Renata Brasil: Olha, eu gosto do mundo corporativo, mas nos últimos cinco anos, as pessoas me procuram muito para mentoria e a questão da saúde mental, nas organizações, é uma questão muito grave.
Eu vi muita gente doente, muita gente pedindo ajuda, então eu sei que estão adoecendo e é uma questão importante que as organizações tentam olhar e cuidar, mas é assustador como o ambiente corporativo está cada vez mais tóxico.
É um ambiente de pressão. Veio melhorando com as novas gerações, diversidade e tudo mais. Mas, mesmo assim, não sei por conta da pandemia, as pessoas estão mais sensíveis. A própria sociedade está mais sensível. O Brasil tem altas taxas de ansiosos e depressivos.
Então isso reflete isso nas organizações, ao mesmo tempo que precisam entregar resultado, cortar custo… E as pessoas surtam nas empresas. Eu venho percebendo isso.
Hoje, cada vez mais, as novas gerações já estão em um formato de não ter um emprego, mas ter um trabalho, projetos. Hoje estou estudando e tirando várias certificações para compreender isso.
Estou com três clientes apenas para estudar, coisa que não aconteceria antes, porque tinha uma dedicação 100% integral para aquela empresa, de cursos até aprendizados. Sinto uma liberdade até intelectual muito interessante e fazer a minha própria vida, colocar minhas prioridades.
Está sendo um exercício diferente e um aprendizado diferente. Acredito que a Nova Geração já tem esse entendimento. Quando entram nas organizações e as obrigam a entrar no sistema, não ficam muito tempo. Tem menos resiliência, menos paciência. É uma geração que em 3 anos ou 5 já discute se quer isso ou não para a própria vida.
É uma geração que chega e não fica, enquanto a geração 40+ está cheia de energia e conhecimento, mas é expurgada pelo mercado.
SU:O que você diria para quem fará o EP? Há uma maneira de se preparar?
Renata Brasil: Acho que, para aproveitar – e eu tive isso de uma forma inconsciente – é olhar para onde está indo. Ir porque é da SingularityU Brazil e são bons pela tecnologia é só um ponto.
O que eu diria é: vá para o Executive Program estudado, lendo o material recomendado e pensa na sua vida pessoal e profissional neste momento. Pensa no seu momento. Faça uma reflexão sobre si. Para você aproveitar mais, precisa ter esse momento de entendimento próprio. O que aconteceu nos últimos anos da sua vida? Quais foram os momentos mais incríveis que você se lembra? Quais foram os momentos mais difíceis?
É uma técnica que faz trazer nossa consciência para o presente. É aqui que entendemos o que nos conecta agora. Escolhe uma destes momentos que você pensou. Isso com certeza é uma coisa que no seu presente está te construindo. É importante parar e entender isso.
A HSM traz um lado humano muito interessante com a Wilma Bolsoni, do Flow. Então, falar sobre a energia do coração, falar sobre si mesmo é algo único. Por isso a pessoa que fará o EP precisa chegar com um olhar não só profissional ou pensando em como impactar o maior número de pessoas positivamente, mas olhando para si e tentando entender qual o nosso impacto neste mundo.
Eu saí desnorteada após a última palestra, quando me questionaram: “O que você está esperando para mudar o mundo acabar?” Por isso precisa entender tudo. Olhar para o planeta, mas olhar para o seu entorno, para o seu filho, seu parceiro, amigos e entender o legado que você vai deixar nessa Terra.
O EP mexe muito com isso. Se você for com a blindagem executiva, você não vai tirar o melhor dessa experiência de imersão. Você fica apenas no executive e não aproveita o program. Leva sua história e pensa no que quer daqui para frente, porque temos, diante de nós, uma longevidade maior e podemos pensar sobre isso.
Precisamos refletir sobre isso. Ciclone no Brasil, verão pior, inverso seco e ao mesmo tempo muito quente… Precisamos falar sobre sustentabilidade, ESG, olhar para o planeta. Há 20 anos falamos disso. Agora continua o mesmo e o EP continua provocando e convocando às pessoas a isso.
Este programa nos convoca. É fantástico. Eu já estudava isso, mas depois o EP eu vi que precisamos cuidar do ser humano e tentar colocar isso em prática, de uma maneira mais sustentável, ambiental e ajudar o coletivo.
As pessoas sempre pensam no amanhã, mas o negócio está acontecendo hoje. O que você vai fazer pela catástrofe climática? Pelo planeta? Pelo aquecimento? Eu levo isso nas empresas. Poucos estão preparados, mas nosso trabalho é esse.
SU:O que você diria para aquela Renata do primeiro dia de Executive Program?
Renata Brasil: Aproveita. É uma oportunidade única e de privilégio. Aproveite muito, pelas pessoas, pelo vinho, pelo programa. Tenha esse espírito curioso. Aproveite o quanto puder. O conselho que posso dar também é: desliga o celular. Entre em imersão. Não somos capazes de absorver tudo ao mesmo tempo. Participe da plenária, participe dos restaurantes. Sei que há o vício e demanda, mas desliga o celular, coloca no quarto. Faça diferente. Aproveite todos os dias do melhor jeito possível. O conteúdo é ótimo, a vivência é profunda e maravilhosa.
As Deep Techs são negócios, geralmente startups, que buscam desenvolver novas tecnologias, a partir de testes e pesquisas aprofundadas, tentando trazer soluções de alto impacto para a sociedade
Também chamadas de HardTech, são consideradas a nova onda da inovação. Estes tipos de negócio propõem soluções inéditas para desafios complexos e buscam impulsionar a transformação de vários setores sociais, incluindo as partes de biotecnologia, computação e engenharia.
Diferentemente das Deep Techs, hoje a indústria tecnologia geralmente utiliza tecnologias digitais de baixa complexidade de desenvolvimento, baseada em conhecimentos já testados e amplamente utilizados no mercado.
Por exemplo: startups que são plataformas de serviços (aquelas que conectam prestadores de serviço com o público alvo), se baseiam em conhecimentos de programação e modelos de negócio já testados e validados por muitas empresas. Elas também acabam tendo um custo menor de desenvolvimento. Algumas startups, que usam blockchain, IA e outras linguagens que já são muito difundidas, não necessariamente se encaixam no conceito de Deep Techs.
Apesar de esse conceito ainda ser novo e fluido, segundo Ana Calçado, CEO da Wylinka, podemos dizer que as Deep Techs utilizam tecnologias de ponta, que misturam ‘bites e átomos’, ou seja, tem um componente físico, além do hardware (embora não seja uma regra), mas trabalha com um conhecimento de fronteira e que tem ciclos de desenvolvimento mais complexos e mais caros, com complexidades de regulação e impacto social.
Se trata de compreender como este tipo de novo modelo de negócio atua, principalmente em suas necessidades e lucros que não são imediatos. Atualmente, 62,5% dos departamentos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&D+I) trabalham de forma distinta, de acordo com uma pesquisa realizada pela Beta-i Brasil. Por isso é tão importante passar a reconhecer as diferenças deste mercado.
Porque, com estes propósitos, as Deep Techs permitem que o desenvolvimento de produtos, ou modelos de negócios, tragam uma rede de complexidade diferente. Isso faz com que haja uma maior ação em busca de prioridades coletivas e planetárias, como um futuro mais sustentável.
Para Ana Calçado, presidente da Wylinka, as Deep Techs tangibilizam as descobertas científicas, com o objetivo de desenvolver soluções pioneiras, capazes de auxiliar questões crônicas da sociedade.
“Promissores e em constante evolução, as deep techs são essenciais para enfrentar os maiores desafios atuais, como mudanças climáticas, doenças, produção de alimentos, desigualdade de acesso à educação, mobilidade, entre outros”, complementa.
Nesse sentido, a especialista listou abaixo alguns setores que estão (e serão) ainda mais impactados no futuro, por meio das Deep Techs, trazendo alguns exemplos deste fenômeno.
Meio ambiente
As Deep Techs auxiliam arduamente no combate ao aquecimento global, uma vez que implementam matrizes de eficiência energética e energia limpa, além do desenvolvimento de cadeias de fornecimento sustentáveis e plataformas de apoio à economia circular. Essenciais para combater as mudanças climáticas e proteger o meio ambiente, elas também promovem a expansão dos modelos de crédito e a compensação de CO2.
A Re.Green é uma deep tech que nasceu com o objetivo de restaurar florestas tropicais em larga escala. O foco principal é restaurar um milhão de hectares na Amazônia e Mata Atlântica e, com isso, capturar 15 milhões de toneladas de carbono por ano, ao mesmo tempo que estão conservando a biodiversidade e capacitando a comunidade local.
Os projetos estão localizados em Eunápolis e Potiraguá na Bahia. Um dos diferenciais do trabalho é um sistema atualizado e mais confiável para contabilizar os créditos de carbono gerados pelo reflorestamento, o que tem sido um desafio para startups e iniciativas do setor.
Saúde digital
Profundas transformações são provocadas na sociedade com a chegada da tecnologia. Logo, as Deep Techs democratizam o acesso da população à serviços médicos, e até auxiliam no tratamento de doenças, ao passo que identificam fatores sociais e ambientais do paciente pela fala durante a consulta. Ágil e personalizada, elas trazem, em especial, soluções avançadas para uma cura eficaz do paciente.
A Quantis é uma plataforma de alto desempenho para biomateriais humanos, focada em saúde que traz novas soluções para a área de medicina regenerativa e engenharia de tecidos. Utilizam-se das mais recentes pesquisas do setor em biotecnologia e incorporam os resultados para criar um método inédito de produção em alta escala de insumos bioidênticos de alta performance. Este, pode impactar os resultados de todos os setores ligados à saúde, medicina e cosmética.
Mobilidade
Muito associada ao desenvolvimento de modelos de negócios mais justos, confiáveis e descentralizados, para a mobilidade urbana, as deep techs traz otimização do fluxo de pessoas em áreas de alta concentração populacional, fora a economia do compartilhamento, a exemplo dos aplicativos de entrega. Aqui, é possível observar o aumento de veículos autônomos não tripulados, que são constantemente utilizados para realização de inúmeras funções.
A COPPE-UFRJ tem como objetivo obter um futuro mais sustentável sobre quatro rodas, investindo em ônibus não poluentes. Existem três protótipos de veículos elétricos que estão testando e, a partir destes modelos, a ideia é renovar toda a frota de coletivos de Maricá, região metropolitana do Rio de Janeiro, que hoje possui 125 veículos. A COPPE faz testes com os ônibus elétricos e calcula que 800 quilos de CO² deixarão de ser lançados na atmosfera. Os ônibus seguem em operação por cerca de dois anos para testes, o objetivo da novidade é poder se expandir para todos os ônibus do país.
Em um universo dos negócios onde prazos são desafios constantes e resultados são o alvo, a gestão de projetos é uma poderosa ferramenta para o sucesso.
Pode parecer um pouco dramático falar assim, mas o gerenciamento merece a devida atenção — e muitas vezes não leva.
Está se falando da habilidade de “ orquestrar”pessoas, recursos e ideias em prol de um objetivo comum que faz toda a diferença.
Se você é um líder em busca de eficiência e resultados extraordinários, podemos ajudar você com esse tema nesse artigo.
Entenda o que é, quais são os benefícios que proporciona e como colocá-la em prática!
Afinal, o que é um projeto?
Primeiro, é essencial compreender o que exatamente significa a palavra “projeto”.
No contexto empresarial, um projeto é um empreendimento temporário com o objetivo de criar um produto, serviço ou resultado único.
Ele é caracterizado por ser limitado no tempo, possuir um escopo bem definido e contar com recursos específicos.
Basicamente, um projeto é como uma jornada estruturada, com etapas claras e um destino a ser alcançado.
Por essa razão, pode envolver desde a construção de um novo prédio até o desenvolvimento de um novo software, mas o ponto central é que ele tem um começo e um fim determinados.
Então, o que é gestão de projetos?
Agora, então, vamos entender o que é esse gerenciamento.
A gestão de projetos se dedica a planejar, executar e gerenciar todas as etapas envolvidas em um projeto, com o objetivo de alcançar resultados bem-sucedidos.
Para as lideranças, isso significa ter o controle total sobre as iniciativas estratégicas da organização, garantindo que sejam entregues dentro dos prazos, orçamentos e requisitos estabelecidos.
É a capacidade de direcionar equipes, alocar recursos e tomar decisões assertivas que impulsiona a eficiência, minimiza riscos e maximiza os resultados obtidos em cada empreendimento.
A gestão de projetos é a chave para transformar visões em realidade e conduzir a empresa ao sucesso em um ambiente dinâmico e desafiador.
A importância da gestão de projetos
A gestão de projetos desempenha um papel fundamental nas organizações, independentemente do setor ou tamanho.
Ela envolve a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas para planejar, executar e controlar os projetos de forma eficiente e eficaz.
A importância dessa prática reside no fato de que ela permite às empresas alcançar resultados desejados, otimizar o uso de recursos, controlar riscos e atender aos prazos e orçamentos estabelecidos.
E para as lideranças empresariais, é ainda mais crucial.
Mas por que?
É ela que permite que os líderes tenham uma visão clara e abrangente dos projetos em andamento, possibilitando a tomada de decisões estratégicas e o alinhamento dos projetos aos objetivos organizacionais.
Além disso, a gestão de projetos capacita os líderes a coordenar equipes multidisciplinares, estabelecer metas realistas, monitorar o progresso e resolver desafios ao longo do caminho.
Essa é uma habilidade essencial para as lideranças, pois garante a entrega bem-sucedida de projetos e impulsiona o sucesso geral da organização.
Quais são os benefícios da gestão de projetos?
A gestão de projetos oferece uma série de benefícios significativos para as organizações e suas lideranças.
Ao adotar uma abordagem estruturada e eficaz para gerenciar projetos, é possível obter os seguintes benefícios:
alinhamento estratégico: ela permite que os líderes alinhem os projetos com os objetivos estratégicos da organização. Isso garante que cada projeto contribua para o crescimento e o sucesso a longo prazo da empresa;
otimização de recursos: com gerenciamento, os recursos, como tempo, dinheiro, equipe e materiais, são alocados de forma eficiente. Isso evita desperdícios e garante que os recursos sejam utilizados da melhor maneira possível;
controle de prazos e orçamentos: ela ajuda a estabelecer prazos realistas e a controlar o progresso do projeto em relação a esses prazos. Além disso, ela permite um controle efetivo dos custos do projeto, evitando estouros orçamentários e garantindo uma gestão financeira adequada;
gestão de riscos: a identificação e o gerenciamento de riscos são elementos essenciais. Os líderes podem antecipar possíveis obstáculos e tomar medidas proativas para mitigar os riscos, minimizando assim impactos negativos nos projetos;
melhoria da comunicação e colaboração: ela promove uma comunicação clara e eficaz entre os membros da equipe e todas as partes interessadas. Isso facilita a colaboração, o alinhamento de expectativas e o compartilhamento de informações essenciais para o sucesso do projeto.
Esses benefícios não apenas melhoram a eficiência e a eficácia dos projetos, mas também fortalecem a liderança e a capacidade de entrega de resultados positivos — o que ajuda a organização como um todo.
Metodologias para a gestão de projetos
Metodologias para a gestão de projetos desempenham um papel fundamental na garantia do sucesso e na eficácia do trabalho realizado.
Elas fornecem estruturas e abordagens sistemáticas para planejar, executar e controlar projetos de forma organizada.
Existem duas categorias principais de metodologias de gestão de projetos: as clássicas e as ágeis.
Cada uma delas possui características distintas que se adequam a diferentes contextos e necessidades empresariais.
Metodologias clássicas
As metodologias clássicas, como o modelo de cascata (waterfall) e o modelo de ciclo de vida em V, são baseadas em uma abordagem sequencial e linear.
Elas seguem uma série de fases bem definidas, como análise de requisitos, design, desenvolvimento, testes e implementação.
Vale dizer também que essas metodologias são adequadas para projetos com requisitos estáveis e bem definidos, em que é possível antecipar todas as etapas do projeto desde o início.
No entanto, elas podem ser um tanto menos flexíveis quando há mudanças de requisitos durante o projeto.
Metodologias ágeis
As metodologias ágeis, como é o caso do Kanban, são caracterizadas por uma abordagem iterativa e incremental.
Elas enfatizam a entrega de valor de forma rápida e contínua, por meio de ciclos curtos de trabalho chamados de iterações.
A equipe de projeto colabora de forma mais flexível, respondendo a mudanças e adaptando-se aos requisitos em constante evolução.
As metodologias ágeis são especialmente eficazes em projetos com requisitos voláteis e complexos, permitindo maior interação com os clientes e feedback contínuo ao longo do processo.
Qual é o ciclo de vida de um projeto?
O ciclo de vida de um projeto refere-se à sequência de fases e atividades que um projeto passa, desde a sua concepção até a sua conclusão.
Existem diferentes abordagens para o ciclo de vida de um projeto e cada uma com suas características e formas de gerenciamento.
Há dois tipos principais de ciclo de vida: o ciclo de vida preditivo e o ciclo de vida adaptativo. Vamos explorar as características e vantagens de cada um deles.
Ciclo de vida preditivo
No ciclo de vida preditivo, também conhecido como ciclo de vida tradicional ou em cascata, as fases do projeto são planejadas e executadas de forma sequencial.
Cada fase depende da conclusão da fase anterior, seguindo uma abordagem mais linear. As etapas comuns em um ciclo de vida preditivo incluem definição de requisitos, planejamento, execução, monitoramento e controle, e encerramento.
Essa abordagem é adequada quando o escopo do projeto é bem definido e as mudanças são mínimas. Então, quais são as situações usadas?
É comumente utilizado em projetos de engenharia, construção civil e indústrias com processos mais estáveis.
Os benefícios do ciclo de vida preditivo incluem maior previsibilidade, planejamento mais detalhado e controle rigoroso sobre o progresso do projeto.
Ciclo de vida adaptativo
Por outro lado, o ciclo de vida adaptativo, também conhecido como ciclo de vida iterativo ou incremental, é caracterizado por um maior grau de flexibilidade e adaptabilidade às mudanças.
Nesse tipo de abordagem, o projeto é dividido em iterações ou incrementos menores, permitindo a entrega de valor de forma mais rápida e contínua ao longo do tempo.
No ciclo de vida adaptativo, as fases do projeto são repetidas em ciclos sucessivos, com base no aprendizado e feedback obtidos em cada iteração.
Isso permite uma maior colaboração entre os membros da equipe, adaptação a mudanças de requisitos e maior capacidade de resposta às necessidades do cliente ou do mercado.
Uma metodologia utilizada no ciclo de vida adaptativo é o Scrum. Se você já ouviu falar, é porque ele é bem comum mesmo.
Essa alternativa se baseia em sprints de curta duração para entregar incrementos de valor de forma iterativa.
Ela é mais aplicada em projetos de desenvolvimento de software, onde os requisitos podem evoluir ao longo do tempo.
Como fazer uma gestão de projetos eficiente?
Fazer uma gestão de projetos eficiente, apesar de ser importante, não é fácil, certo? Mas há alguns caminhos que tornam esse percurso mais simples.
A seguir, veja 4 dicas para isso.
Escolha a metodologia que mais faz sentido ao seu negócio
Ao iniciar um projeto, é fundamental escolher a metodologia de gestão que melhor se adequa às características do seu negócio e do projeto em si.
Mas como fazer isso?
Considerando os requisitos, o escopo, a cultura organizacional e a capacidade de adaptação às mudanças.
Seja um ciclo de vida preditivo ou adaptativo, a escolha correta da metodologia será essencial para orientar as atividades, processos e tomadas de decisão ao longo do projeto.
Sempre monitore os indicadores
Um aspecto crucial para um gerenciamento eficiente é o monitoramento constante dos indicadores de desempenho.
É o momento de definir métricas e KPIs relevantes para o seu projeto e acompanhar regularmente o progresso em relação a esses indicadores. Isso permitirá identificar desvios, antecipar problemas e tomar ações corretivas de forma ágil.
O uso de ferramentas de gestão de projetos e relatórios periódicos contribui para uma melhor visualização e análise dos resultados.
Revise o planejamento periodicamente
O planejamento inicial do projeto é importante, mas ele não deve ser estático.
À medida que o projeto avança, surgem novas informações, requisitos podem mudar e imprevistos podem ocorrer (essa deve ser uma premissa para toda execução de um planejamento, na verdade).
Portanto, é essencial realizar revisões periódicas do planejamento, reavaliar prazos, recursos, riscos e ajustar as estratégias conforme necessário.
Essa prática garante que o projeto esteja alinhado com as expectativas e necessidades do cliente e permite uma melhor adaptação às mudanças do ambiente.
Invista na qualificação da equipe
A gestão de projetos eficiente depende também da qualificação da equipe envolvida. Certifique-se de que os membros da equipe possuam as habilidades e conhecimentos necessários para desempenhar suas funções de forma eficaz.
Para isso também, o ideal é promover treinamentos, capacitações e o desenvolvimento contínuo dos profissionais, visando aprimorar suas competências técnicas e gerenciais.
Uma equipe qualificada aumenta a eficiência, a produtividade e a capacidade de enfrentar os desafios do projeto.
Ao seguir essas práticas, você estará no caminho para uma gestão de projetos eficiente, que visa o alcance dos objetivos propostos, a entrega de valor e a satisfação do cliente.
Lembre-se: cada projeto é único. A adaptação das abordagens e estratégias é essencial para lidar com as particularidades e desafios específicos de cada empreendimento.
Como a gestão de projetos pode se relacionar com inovação?
A gestão de projetos e a gestão da inovação estão intrinsecamente relacionadas, pois, quando adequada, pode impulsionar e facilitar o processo de inovação nas organizações.
Esse gerenciamento oferece uma estrutura organizada para a implementação de ideias e produtos inovadores.
Ele estabelece metodologias, processos e ferramentas que auxiliam na definição de objetivos, na identificação de requisitos, na alocação de recursos e no acompanhamento do progresso.
Essa estrutura, então, gera um ambiente propício para a geração e execução de projetos
inovadores.
Ao mesmo tempo, esse gerenciamento abrange a identificação e o gerenciamento de riscos. E o que isso tem a ver?
No contexto da inovação, onde há maior incerteza e probabilidade de enfrentar desafios únicos, o gerenciamento de riscos se torna ainda mais crucial.
Ao aplicar técnicas de gestão de projetos, como análise de riscos, planejamento de contingências e monitoramento contínuo, é possível mitigar os riscos associados à inovação e aumentar as chances de sucesso.
Conclusão
Esse assunto é um campo essencial para as lideranças empresariais que desejam impulsionar a inovação e alcançar o sucesso em seus empreendimentos.
Ao compreender a importância da gestão de projetos, gestores podem aproveitar seu potencial para otimizar recursos, minimizar riscos e alcançar resultados consistentes.
Através de metodologias adequadas, monitoramento de indicadores, revisão periódica de planejamento e investimento na capacitação da equipe, é possível garantir uma gestão eficiente que traga resultados positivos.
Como dito, ela também se relaciona diretamente com a inovação: fornece a estrutura necessária para transformar ideias em realidade, promove a colaboração entre equipes multidisciplinares e enfatiza a entrega de valor aos clientes.
Ao adotar práticas sólidas de gestão de projetos, as empresas podem impulsionar o avanço, se destacar no mercado e se adaptar às demandas em constante evolução.
Se você quer estar a frente, aproveite para conhecer o Futur.e Me!
O Deep Fake é um tipo de Inteligência Artificial que cada vez mais circula na nossa sociedade. Principalmente por conta do entretenimento, há várias maneiras de se utilizar deste instrumento tecnológico e que pode ser aproveitado também em diversas esferas sociais.
De questões políticas até propagandas comerciais, esta nova maneira de produzir conteúdos tem levantado várias questões éticas sobre direito a imagem, quem é a pessoa que se beneficia (em royalties) com esta realização e qual o limite para essa produção de conteúdo.
Nesta semana, a Volkswagen lançou uma campanha institucional sobre os 70 anos da empresa. Nela, Elis Regina, dirigindo uma Kombi de sua época, aparece junto de sua filha, Maria Rita, dirigindo uma Kombi mais recente e elétrica.
O par produz um dueto que emociona e toca os corações para quem entende a relação entre elas e se apega na realização entre mãe e filha. Alguns fazem críticas sobre o sentido de uso da música “Como nossos pais”, de Belchior, que dá liga entre o vínculo das duas personagens. Outros se perguntam se é correto utilizar imagem, corpo, movimentação e voz de alguém que não é mais presente.
Em meio a esta complexa relação com o produto comunicacional, o especialista em Inteligência Artificial da SingularityU Brazil, Alexandre Nascimento, nos concedeu uma entrevista sobre o caso. Em suas falas, o expert faz uma análise sobre o produto e ainda destaca algumas atenções necessárias.
Confira a entrevista na íntegra:
A propaganda da Volkswagen apresenta um bom exemplo do potencial do uso da IA na indústria criativa?
Alexandre Nascimento: Sim, é um excelente exemplo. O custo de fazer esse tipo de criação ficou muito menor e mais acessível, bem como o produto final está muito bem exec utado. Antes, o investimento necessário para fazer alguns efeitos era proibitivo (caro) para a maior parte dos anunciantes. Hoje, estamos vendo uma democratização e até comoditização de vários efeitos, que, portanto, passam a estar ao alcance de muitos, senão todos.
Mas vale ressaltar que esse exemplo é apenas a ponta do iceberg do que iremos ver nos próximos anos. A indústria publicitária vai ser completamente transformada com o uso da inteligência artificial, como tive o prazer de comentar recentemente numa entrevista que dei para o Meio & Mensagem (última questão).
Podemos chamar a peça publicitária de um “bom” exemplo quando se discute deep fake? Quais seriam os maus exemplos? Que tipo de dilema ético sobre “ressuscitar” pessoas com uso de IA a gente se depara em um momento como esse? Como podemos ter essa discussão?
Alexandre Nascimento: Do ponto de vista da criação: sim. Podemos dizer que é um bom exemplo. E, sem dúvida, quando vemos a utilização da mesma tecnologia para criar vídeos falsos, com pessoas dizendo algo que não disseram, em qualquer contexto que gere impressões negativas e opiniões sobre uma pessoa, que não fez algo e não disse o que foi criado, isso é extremamente preocupante. Infelizmente se tornou mais comum do que muitos podem acreditar. Tais recursos estão sendo utilizados há um bom tempo na política, na desinformação, e, para suportar teorias da conspiração, que criam sentimentos negativos e desinformação para o público em geral.
Mas, há um aspecto importante que vai além do “bom” uso sob a ótica da maravilha tecnológica a serviço da criação. De fato, desde 2019, há uma discussão muito grande sobre a nova indústria da imortalidade digital e principalmente seus aspectos éticos.
Em 2020, a Microsoft patenteou uma técnica que permite imortalizar alguma pessoa à partir de suas imagens e conteúdos deixados em redes sociais, permitindo que qualquer um de nós possamos ter uma versão eletrônica imortal. Do ponto de vista tecnológico, é espetacular. Do ponto de vista ético, há muita discussão.
Por exemplo, no caso do comercial, sem dúvida é uma belíssima peça publicitária, que provoca uma emoção muito positiva no público. Por outro lado, a Elise Regina não teve oportunidade de decidir pelo uso de sua imagem, pois imagino que ela não tenha deixado isso em um testamento ou em algum documento com seus desejos, de forma explícita, visto que seria muito difícil prever este estágio de desenvolvimento da tecnologia.
Então, há muita gente que questione mesmo este exemplo de boa utilização, quando se trata de associar uma pessoa falecida com uma marca ou com uma geração de conteúdo que tenha fins comerciais.
Trata-se de um assunto polêmico e muito complexo, em que eu mesmo tenho opinião dividida, pois os dois lados têm argumentos, muito bons inclusive. E, é esse tipo de paradoxo que estamos vivendo hoje e que é tema da apresentação que faço no xTech Legal da SU, onde membros do judiciário como juízes, promotores, analistas e desembargadores participam.
O fato é que começaremos a ver uma regulação desse tipo de coisa, e, provavelmente vamos ter que expressar nossos desejos de forma oficial sobre o que autorizamos a fazer com nossa imagem antes de morrermos. Por exemplo, eu não gostaria de que uma imagem digital minha fosse associada à algumas marcas que não admiro e que não tenho alinhamento de valores, mesmo que seja uma peça publicitária incrível e que desperte emoções positivas em todos. Trata-se de um desejo pessoal meu que eu quero que seja respeitado. Por outro lado, eu autorizaria o uso de minha imagem para outras organizações com propósitos que eu acredito.
Em suma, trata-se de um tema que está sendo fruto de discussão há alguns anos e vai perdurar.
O Deep Fake (embedar o texto anterior) é um tipo de Inteligência Artificial que cada vez mais circula na nossa sociedade. Principalmente por conta do entretenimento, há várias maneiras de se utilizar deste instrumento tecnológico e que pode ser aproveitado também em diversas esferas sociais.
De questões políticas até propagandas comerciais, esta nova maneira de produzir conteúdos tem levantado várias questões éticas sobre direito a imagem, quem é a pessoa que se beneficia (em royalties) com esta realização e qual o limite para essa produção de conteúdo.
Nesta semana, a Volkswagen lançou uma campanha institucional sobre os 70 anos da empresa. Nela, Elis Regina, dirigindo uma Kombi de sua época, aparece junto de sua filha, Maria Rita, dirigindo uma Kombi mais recente e elétrica.
O par produz um dueto que emociona e toca os corações para quem entende a relação entre elas e se apega na realização entre mãe e filha. Alguns fazem críticas sobre o sentido de uso da música “Como nossos pais”, de Belchior, que dá liga entre o vínculo das duas personagens. Outros se perguntam se é correto utilizar imagem, corpo, movimentação e voz de alguém que não é mais presente.
Em meio a esta complexa relação com o produto comunicacional, o especialista em Inteligência Artificial da SingularityU Brazil, Alexandre Nascimento, nos concedeu uma entrevista sobre o caso. Em suas falas, o expert faz uma análise sobre o produto e ainda destaca algumas atenções necessárias.
Confira a entrevista na íntegra:
A propaganda da Volkswagen apresenta um bom exemplo do potencial do uso da IA na indústria criativa?
Alexandre Nascimento: Sim, é um excelente exemplo. O custo de fazer esse tipo de criação ficou muito menor e mais acessível, bem como o produto final está muito bem exec utado. Antes, o investimento necessário para fazer alguns efeitos era proibitivo (caro) para a maior parte dos anunciantes. Hoje, estamos vendo uma democratização e até comoditização de vários efeitos, que, portanto, passam a estar ao alcance de muitos, senão todos.
Mas vale ressaltar que esse exemplo é apenas a ponta do iceberg do que iremos ver nos próximos anos. A indústria publicitária vai ser completamente transformada com o uso da inteligência artificial, como tive o prazer de comentar recentemente numa entrevista que dei para o Meio & Mensagem (última questão).
Podemos chamar a peça publicitária de um “bom” exemplo quando se discute deep fake? Quais seriam os maus exemplos? Que tipo de dilema ético sobre “ressuscitar” pessoas com uso de IA a gente se depara em um momento como esse? Como podemos ter essa discussão?
Alexandre Nascimento: Do ponto de vista da criação: sim. Podemos dizer que é um bom exemplo. E, sem dúvida, quando vemos a utilização da mesma tecnologia para criar vídeos falsos, com pessoas dizendo algo que não disseram, em qualquer contexto que gere impressões negativas e opiniões sobre uma pessoa, que não fez algo e não disse o que foi criado, isso é extremamente preocupante. Infelizmente se tornou mais comum do que muitos podem acreditar. Tais recursos estão sendo utilizados há um bom tempo na política, na desinformação, e, para suportar teorias da conspiração, que criam sentimentos negativos e desinformação para o público em geral.
Mas, há um aspecto importante que vai além do “bom” uso sob a ótica da maravilha tecnológica a serviço da criação. De fato, desde 2019, há uma discussão muito grande sobre a nova indústria da imortalidade digital e principalmente seus aspectos éticos.
Em 2020, a Microsoft patenteou uma técnica que permite imortalizar alguma pessoa à partir de suas imagens e conteúdos deixados em redes sociais, permitindo que qualquer um de nós possamos ter uma versão eletrônica imortal. Do ponto de vista tecnológico, é espetacular. Do ponto de vista ético, há muita discussão.
Por exemplo, no caso do comercial, sem dúvida é uma belíssima peça publicitária, que provoca uma emoção muito positiva no público. Por outro lado, a Elise Regina não teve oportunidade de decidir pelo uso de sua imagem, pois imagino que ela não tenha deixado isso em um testamento ou em algum documento com seus desejos, de forma explícita, visto que seria muito difícil prever este estágio de desenvolvimento da tecnologia.
Então, há muita gente que questione mesmo este exemplo de boa utilização, quando se trata de associar uma pessoa falecida com uma marca ou com uma geração de conteúdo que tenha fins comerciais.
Trata-se de um assunto polêmico e muito complexo, em que eu mesmo tenho opinião dividida, pois os dois lados têm argumentos, muito bons inclusive. E, é esse tipo de paradoxo que estamos vivendo hoje e que é tema da apresentação que faço no xTech Legal da SU, onde membros do judiciário como juízes, promotores, analistas e desembargadores participam.
O fato é que começaremos a ver uma regulação desse tipo de coisa, e, provavelmente vamos ter que expressar nossos desejos de forma oficial sobre o que autorizamos a fazer com nossa imagem antes de morrermos. Por exemplo, eu não gostaria de que uma imagem digital minha fosse associada à algumas marcas que não admiro e que não tenho alinhamento de valores, mesmo que seja uma peça publicitária incrível e que desperte emoções positivas em todos. Trata-se de um desejo pessoal meu que eu quero que seja respeitado. Por outro lado, eu autorizaria o uso de minha imagem para outras organizações com propósitos que eu acredito.
Em suma, trata-se de um tema que está sendo fruto de discussão há alguns anos e vai perdurar.
Tecnologias que se utilizam de inteligências artificiais estão produzindo vários ruídos, principalmente quando são utilizadas em alguma produção estética cultural. Isso não é novidade. Desde o começo do ano, o ChatGPT circula como uma alternativa e um instrumento que pode ajudar na prática do dia-dia, por exemplo e cada vez mais nossas ações se beneficiam destes novos instrumentos de automação.
Nessa semana, quem causou outro alvoroço foi campanha institucional da Volkswagen, que recriou a cantora Elis Regina – morta há 41 anos – para reencontrar sua filha, Maria Rita, em um dueto. No vídeo, Elis e Maria Rita estão dirigindo uma kombi, cada uma delas com o respectivo veículo de seu tempo cronológico, mas se encontram pelo caminho, cantando a música “Como nossos pais”, do Belchior.
A técnica usada para recriar este acontecimento, no comercial “Gerações”, se chama deep fake (deep learning + fake). Se trata do uso de uma inteligência artificial para criar vídeos, áudios, falas que não são verdadeiras, mas produzidas com uma inserção externa que não estava no conteúdo original.
Em 2017, uma febre aconteceu no Brasil: a troca de rostos e imagens de pessoas. Tal como o ChatGPT, este tipo de construção ficou aberta para quem quisesse, incluindo um plug-in famoso no Facebook, e vários aplicativos deixavam essa façanha muito próxima de qualquer pessoa com acesso ao conhecimento desta tecnologia e com internet.
Naquele momento houve uma discussão sobre os dados, que são fornecidos nesta pequena e inocente brincadeira. Com o tempo, a inteligência artificial passou a se recriar, ao ponto de algumas ferramentas que utilizam esta tecnologia deixassem seu código aberto.
Assim, ao mesmo tempo em que utilizava a tecnologia de machine learning, foi permitido que os usuários treinassem esse instrumento. Com o tempo, além da substituição, a rede neural passou a mapear o rosto de uma pessoa, unir ao corpo de outra e cada vez mais parecer ‘natural’ ou ‘verdadeiro’.
Então, com o passar dos anos, essa tecnologia performava leituras mundiais e tinha um sistema de feedback que permitia uma melhor execução a cada prática. Portanto, cada vez que os usuários utilizavam a imagem/vídeo ou faziam críticas ao processo, ele continuamente ia se aperfeiçoando.
Com o tempo, este software passou a ter uma melhor eficiência e conseguir estruturar melhores produtos com o montante de dados que foi reunido. Hoje o deep fake atua até de forma regenerativa, com alguns aplicativos de fotos e geração de imagens, que sugestionam ser as mais interessantes para aquela iniciativa.
Tal como no comercial da Volkswagen, Zico, lenda do Futebol e ídolo do Flamengo, teve um momento com seu pai, em um comercial do Mercado Livre, onde conversava e o ouvia mais uma vez, graças a produção de uma Inteligência Artificial.
Ainda sobre propagandas, a Samsung trouxe diferentes ‘Maísas’ em sua propaganda de Black Friday, em 2021, e fez esta brincadeira, com a atriz do passado e do presente, simultaneamente, para chamar atenção do seu público. Em outro momento, a NotCo usou uma inteligência artificial regenerativa para fazer as pessoas imaginarem animais ao fim de sua expectativa de vida, sem necessariamente passarem por um abate.
Mesmo não sendo um uso efetivo de IA, é comum no entretenimento brasileiro utilizar remixes e ouvir músicas modificadas. Paramore e Péricles estão muito mais conectados do que pensamos, por exemplo. Mas, além disso, as vozes estão tomando outro rumo e novos covers utilizando IA estão ficando cada vez mais comuns.
Este ano houve uma polêmica sobre direitos autorais de vozes utilizadas para produzir músicas. As gravadoras e os artistas se reuniram para se protegerem desta nova oportunidade, que enxergam como ameaça, mas as reproduções continuam. O YouTube é recheado de covers inimagináveis até alguns anos atrás, como Freddie Mercury cantando Thriller, de Michael Jackson.
O uso destas inteligências artificiais é muito aproveitado no entretenimento brasileiro. Há muitas páginas de redes sociais que utilizam esta tecnologia como brincadeira. Alguns viram até personalidades, como o Justin Bieber brasileiro, por exemplo, que utilizava um aplicativo do Facebook com esta tecnologia de Deep Fake, ou o Manoel Gomes (famoso pelo hit Caneta Azul), que tem covers de clássicos nacionais.
Os exemplos são variados – temos até Will Smith baiano (brasileiro) que usa o aplicativo Impressions para modificar o seu rosto – e este tipo de utilização criou até um nicho que disputa espaços no mundo do entretenimento digital: Os sósias não fazem uso de nenhum aplicativo – são apenas parecidos com as personalidades mundiais – e fazem questão de se diferenciar destes famosos digitais, que utilizam Inteligência Artificial para ficarem semelhantes com estes ídolos mundiais.
Mais do que pensamos e menos do que parece: Quais os cuidados necessários que devemos tomar com esta tecnologia?
Deep Fake é algo comum em nossa realidade social digital. As redes sociais estão permeadas por estes acontecimentos, desde memes até vídeos que são usados politicamente para alguma estratégia. O famoso discurso falso, do ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, produzido em 2017, mostrou isso. Vários pesquisadores mundiais destacaram e deixaram claro o tipo de cuidado que devemos ter sobre o uso deste instrumento.
Na época, vários problemas foram levantados sobre isso e que nossa atenção deveria ser mais cuidadosa. Hoje a Kaspersky, empresa global de antivírus, destaca que há um mercado (em alta) com essa tecnologia na dark web e é preciso um cuidado maior para enxergarmos como estes usos acontecem em nosso cotidiano.
Recentemente, houve o caso do vídeo de Zelensky, Primeiro Ministro da Ucrânia, em que declarava o fim da guerra contra a Rússia e que seu país estava rendido. Isso voltou a chamar atenção e criar uma preocupação para sabermos como é utilizado. Por isso, é necessário compreender que tipo de produto cada um de nós estamos consumindo, mesmo que chegue por Whatsapp ou pessoas confiáveis, além de procurar fontes de informações verdadeiras.
Agências de fatos e informações, páginas de notícias e repetições das mesmas informações em portais internacionais podem ser um caminho para verificar se nosso consumo nas redes sociais é verdadeiro ou modificado pela construção de uma pessoa que utilizou inteligência artificial.
Por isso, precisamos tomar alguns cuidados e fazermos trabalho de verificação. Nesse sentido, é necessário tomar conhecimento sobre a autoria (pois há escrita por inteligências artificiais e sem comprometimento ou responsabilidade da situação) do produto. Além disso, verificar o perfil da primeira mensagem ou de onde se sucedeu, pois há falsas personas feitas nas redes sociais (que já são criações de IA também).
Outro ponto muito discutido e que precisa de atenção é desconfiar de transmissões ao vivo. Já existem aplicativos, como o DeepFaceLive, que conseguem fazer lives e transformar o rosto da pessoa que está falando. É importante e crucial compreender quem é o autor e como a situação está sendo construída para nosso consumo. Mesmo que apenas ‘passamos tempo’ nas redes sociais, o terreno não é tão inocente quanto parece.
Ontem (28/06) o 1º Hub de Inovação e Educação da América Latina, Learning Village, foi palco de um encontro muito especial. Gary A. Bolles, expert Global em Futuro do Trabalho da Singularity University, esteve presente e fez o lançamento de seu novo livro em pleno Learning Village.
O especialista apresentou sua mais nova obra traduzida para o português no Learning Circle, um clube de estudos, negócios e networking exclusivo para sócios, C-levels e executivos formados pela HSM, SingularityU Brazil, Learning Village e B2B.
A comunidade do Learning Circle reúne conhecimento de ponta, aprendizado direto com os maiores experts e mentores do mundo, além de experiências de alto nível para construir conexão entre os membros, que aproveitaram para uma sessão de autógrafos com o especialista em Futuro do Trabalho.
Seu livro “As Próximas Regras do Trabalho” trata-se de uma maior percepção sobre o presente e em como ele participa da construção de trabalho no futuro, que vai precisar compreender as disrupções que estão acontecendo por conta das inteligências artificiais. Além disso, Gary também trata sobre questões de liderança e formas flexíveis de trabalho nas suas obras, além de estar em um momento esclarecedor sobre a necessidade de criarmos um propósito para o nosso trabalho no futuro.
Gary é um especialista e parceiro que sempre está presente nas ações da HSM. No ano passado, o expert participou da HSM+, falando sobre as novas experiências virtuais e nos deu uma entrevista exclusiva. Para acessá-la, basta clicar no link abaixo:
O 9º Executive Program chegou ao fim nesta quinta-feira (21/06). Com isso, vários insights e aprendizagens ainda estão borbulhando na cabeça dos participantes e há muito o que colocar em prática.
Mas, antes do “até logo”, já pensando na próxima edição, David Roberts, expert da SingularityU e premiado CEO, fez questão de dar destaques ao modelo de negócio de startups.
Por conta de sua construção e posição no mercado, o especialista em empreendedorismo destacou tamanha capacidade, plasticidade e oportunidade que este tipo de negócio permite. Com uma organização disposta diferente, as startups conseguem produzir disrupções com mais facilidade.
Ao afirmar isso, David trouxe também a reflexão sobre a diferença entre inovação e disrupção. Para o especialista, fazer as mesmas coisas, só que de uma forma mais eficiente, é uma capacidade de inovar. Enquanto que a forma disruptiva está em fazer novas coisas e tornar as antigas obsoletas.
“Estamos falando sobre disrupção inovativa há mais de 30 anos, mas as duas coisas não são a mesma coisa”, deixou claro o especialista da SingularityU.
A guerra interna nas organizações
Para o premiado CEO, as empresas grandes normalmente se dividem em departamentos, de níveis hierárquicos, que acabam separando e alienando cada área existente.
Nesse sentido, se há uma ideia proposta por um setor, ela ou demorará para chegar em outros ou terá uma grande rigidez que vai reprimir a ideia disruptiva: “Assim, as ideias morrem sem nem colocarem-na em prática”.
Afinal, há um medo. Disrupção significa que há a necessidade de tentar entender uma questão da sociedade, que pode ainda não ter um mercado completamente definido e, por isso, se torna um tanto quanto imprevisível. Por isso, é necessário trazer consumidores, enquanto revê seus próprios planos, e ter uma ação flexível, que garanta a segurança desta empreitada.
Enquanto isso, a inovação está pensando sobre um problema já entendido, em um mercado estruturado, com métodos tradicionais e que precisam de uma execução da organização.
São concepções diferentes e que exigem nosso maior entendimento para assimilarmos as dificuldades dessa jornada que é empreender. Uma empresa se intimida com essa situação. Mas, como David retoma, as tecnologias exponenciais e novas ferramentas que estarão no mundo trarão transformações, com mais maleabilidade e flexibilidade.
Com o tempo, estes instrumentos digitais estarão presentes em todos os setores da sociedade. Para o especialista, será algo necessário para as organizações:
“Nós seremos incrivelmente poderosos com este tipo de tecnologia, de uma forma que ninguém imagina. Podemos até não gostar do que estamos nos tornando ou do que já somos, mas podemos fazer diferente se começarmos a procurar a disrupção com um propósito e não apenas aumentar nossa eficiência.”
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