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“Não adianta investir em segurança se a sua tecnologia está obsoleta”, destaca staff engineer global do Google

A digitalização é presente em nossa vida e será, cada vez mais, algo extremamente participativo da nossa experiência como indivíduos.

Quem não compreender isso, ficará de fora do jogo global. As inovações com inteligência artificial, principalmente, tratarão de participar de todas as formas de empoderamento das empresas: desde as tomadas de decisão, cuidado, dados e informações.

O nível operacional, tático e estratégico passará por uma leitura de dados, por isso, cada vez mais, é necessário que também possamos nos proteger dessa nova fronteira que está se estabelecendo.

A palestra de Marcelo Pinheiro, staff engineer do Google, trouxe essa concepção para lidarmos com o que o futuro nos apresentará. Para acalmar corações, a primeira estratégia é compreender e reconhecer as vulnerabilidades que existem em nossos negócios.

Cibersegurança é lidar com prevenção e, em algumas oportunidades, perdas. O risco é algo que sempre teremos e nossas ações antecipadas serão direcionadores se haverá algum incidente ou não.

Mais do que isso: a diretriz do negócio que vai decidir o que acontece. Proteção não é algo da área de tecnologia e muito menos algo passageiro. É preciso conhecer desde o conselho e dos meandros de governança administrativa, a fim de que as principais proteções sejam acionadas, colocadas e escolhidas.

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Quem está nos mirando?

Essa pergunta foi respondida com facilidade por Marcelo Pinheiro. Constantemente e em quase todos os instantes de nossa vida, as proteções de informação sofrem ataques. Como o especialista brincou: “É uma série de auditorias”.

Os criminosos são parte destas ações, mas, hoje em dia, os ativistas, ataques entre nações, conflitos de interesses e até motivações individuais estão neste front de batalha. E isso não acontece de maneira distinta.

Todos os setores de transporte são afetados. O marítimo tem uma proteção diferente por conta de sua geolocalização em alguns momentos, mas também está tão suscetível quanto as outras.

Afinal, na cadeia mais frágil de acesso está o humano. Phishing e e-mails ainda são majoritariamente os caminhos de ataques (94%). As táticas rápidas são mudadas, fornecidas e até facilmente mudadas enquanto está sendo acessado.

Por isso, Marcelo dá dicas para a construção de uma criação permanente de Conselho sobre Cibersegurança no Setor do Transporte. Afinal, a reunião de dados e cuidado são questões similares nesta área, mas exige uma complexidade de entendimento dos aparatos de trabalho existente – Principalmente pelo modo como os trabalhadores se comportam.

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“Comunicação não é o que você diz: é o que o outro escuta”, destaca Thomas Brieu

A tarde do segundo dia de Executive Program, em parceria com o Sest Senat, começou em consonância com a manhã sobre o entendimento dos nossos padrões mentais corpóreos.

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Dessa vez, os padrões mentais estão relacionados às questões de comunicação. Thomas Brieu, especialista em comunicação e escutatória, trouxe incríveis insights sobre a maneira pela qual podemos ir além de nossos vícios e produzir comunicações que realmente escutem, envolvam e consiga criar vínculos de engajamento com as pessoas ao nosso redor.

A aceleração já foi palco das conversas neste programa. Nossa percepção está cada vez mais deslocada e quase tudo se transforma durante estas interações, menos a relação entre indivíduos.

Ao mesmo tempo, por conta do exponencial aumento de informações, fisiologicamente tentamos dar conta de diferentes pontos de estímulos. Nossa atenção fica cada vez mais limitada para as interações e se perdem no mar de experiências digitais.

O que se vai neste período? Nosso corpo. Nossa empatia e imaginação se vão junto com estes processos e, cada vez mais, colocamos a angústia neste lugar de relação que antes era preenchido pelo outro.

Por isso, a tarde de segunda-feira fria em Embu das Artes foi tomada por uma ideia extremamente interessante e profunda. Compreender o que é necessário, saber colocar o corpo nas comunicações que são produzidas, e entender o porquê deste estado de apreensão do outro ser melhor executado com este corpo presente.

Referenciais, cuidados e tomadas de decisão

Thomas Brieu tem uma gama de definições para os tipos de perguntas que são colocadas. Existem algumas que não colocam a escuta em trabalho, outras impõe limite para quem escuta, algumas conseguem atribuir atenção e até criar vínculo.

Porém, antes disso, é interessante perceber que há uma necessidade de compreender para quem a mensagem está sendo colocada. Comunicação precisa de um outro que o compreenda, que participe da criação desta interação.

Por isso, entender referenciais é uma estratégia crucial para que a comunicação seja produzida de uma maneira compreensiva, em tom de entendimento e efetividade. A realidade é multifacetada e, se mantermos nossos padrões reativos de comunicação, teremos apenas dois movimentos de repulsa e aproximação.

Mas, assim como na palestra de Carla Tieppo, urge uma nova necessidade das lideranças de perceberem de que maneira estamos agindo, como podemos fazer diferentes leituras e de que jeito podemos mudar os padrões mais simples até encontrar os hábitos mais complicados.

Afinal, diálogos e negociações são necessários e precisamos, cada vez mais, promover este tipo de compreensão. É um papel extremamente difícil, que existe vulnerabilidade e atenção, mas seu resultado é extremamente prolífico e cada vez mais estamos em constante aprendizado.

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Precisão e agilidade não podem continuar sendo as únicas diretrizes para nossa vida

O que realmente podemos aos colaboradores, dado o estado em que nos encontramos atualmente?

A pergunta de milhões é o que move os estudos de Carla Tieppo. Em sua fala, apresentado nesta terça-feira, no Executive Program, em parceria com o Sest Senat, a pesquisadora e professora da Santa Casa passou a mostrar como nossos padrões neurais são cada vez mais importantes para compreendermos o estado atual de nossos comportamentos.

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Afinal, há uma tendência e necessidade para que a produção dê conta dos processos atuais. Porém, a maneira que isso está sendo feito não é a melhor otimizada, mesmo parecendo ser eficiente.

Carla mostra como nossa eficiência, como seres humanos, funciona por rapidez e pela questão da necessidade. Somos feitos de instantes. Estas nossas interpretações, ter ideias centrais e fixas em nossos pensamentos, apreender tudo pela experiência já produzida, foi o que “nos trouxe até aqui”.

O sistema lento não é solução, como pensam. Temos que saber o que e como melhorar o nosso próprio sistema neurológico rápido, em que ele seja utilizado por sua energia correta.

A fala de Carla Tieppo se intensifica cada vez mais para entendermos que temos uma rigidez e que ela provém de uma historicidade, composta por uma contingência de experiências. Com isso, faltam aspectos de diferenciação e diálogos que fomentem a diferença.

Precisão e agilidade como fomento para uma eficiência maior em menos tempo não é o principal componente para que as produções sejam otimizadas. É preciso compreender esta noção, para reconhecer nossos vícios e desejos, para só então tentar lidar com o diferente.

Concepções de padrões para liderança

Todas estas ideias são apresentadas para falarmos sobre as principais questões de liderança nas empresas. Nada disso será importante ou se quer fará sentido se não houver uma preocupação com quem escolhe aonde as energias serão dedicadas.

Colaboradores são parte de uma instituição e que tem seus serviços, mas as diretrizes precisam ser também de preocupação quanto ao humano ali designado.

Por isso, Carla retoma este assunto do cuidado com os padrões, vícios e sistemas rápidos para que não haja essa contínua problema dos entraves energéticos.

O problema não está em parar ou mudar a concepção, mas em como podemos utilizar este aspecto de nossa vida para melhorarmos e buscarmos a abundância. Por isso, governança é um fator crucial para que possa florescer, crescer e diversificar ações que tragam uma melhoria de desempenho.

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“Não é a competição que garante disrupção”, afirma David Roberts

O senso comum ainda crê que temos uma constante mudança e movimentação nos nossos processos produtivos por conta da competição entre empresas.

Isso é a maior e mais falsa simetria existente. Empresas não competem, em sua principal atribuição, com outras, mas consigo mesmas. Há, antes de uma disputa externa, uma principal motivação interna para que a empresa consiga se manter em alto nível.

As disrupções, proporcionadas pela tecnologia, são os principais motores para colocar empresas em principais pontos de consumo, visibilidade e preponderância no mercado.

O principal sinal disso é a criação de outros mercados e é por isso que a competição não é indicativo da transformação. Antes, o que falávamos que seria o entendimento de computação e digitalização que daria condições para um ótimo futuro, hoje está perdendo seu lugar para a ideia da Nova Teoria da Disrupção.

É isso que David Roberts, expert global da SingularityU, propôs em sua fala no Executive Program em parceria com o Sest Senat. Para o especialista em disrupção, é hora de compreendermos a lógica que está por trás das transformações que o mundo já sofreu.

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Tudo começa pelo entendimento da competição. A Nova Teoria da Disrupção implica entender que há consequências desta transformação, que passam pela produção de um novo mercado, uma diversidade de outros componentes e precificação possível para o público.

Por isso, a competição principal não é a externa e isso se difere da inovação. Se trata de compreender que precisamos enxergar a abundância deste processo, muito mais do que apenas aquisições e conquistas lineares.

Existe uma “veia” da disrupção?

Olhar questões de inovação não é necessariamente o caminho da disrupção. Por isso, David Roberts faz este questionamento e o circunda por toda sua palestra. O que se pode afirmar é que a estabilidade já não garante qualquer tipo de processo estável.

Produtos mais caros, não diversos e que não criam um novo mercado, tecnicamente, só mantém os processos que já são existentes. Disrupção se trata de mudança.

A transformação é um processo contínuo e imutável. A impermanência foi palco de constantes meditações na filosofia oriental, por milênios, e isso continua aqui como uma lei da natureza.

As empresas que não entenderem isso perderão espaço. Crescimento linear não é mais sinônimo de estabilidade e segurança. O crescimento exponencial é o indicativo de principais sucessos no mundo de hoje.

Por conta dessa concepção, diferentes indústrias perceberam a necessidade de disruptar, ao invés de apenas inovar. Desde 2014 estamos percebendo este tipo de mudança e reconhecendo como a capacidade de startups podem nos ajudar a promover modificações nas próprias indústrias, como o venture capital.

E o porquê de uma característica tão específica das startups é bem simples: as disrupções não são anunciadas, transparentes e muito menos claras. É uma característica da disrupção, segundo David Roberts, ser elusiva, se esgueirar durante os processos e aparecer em destaque assim que está solidificada.

Por esta razão a Gartner e Deloitte fazem trabalhos anuais sobre diversos tipos de tecnologias e seus momentos de atuação. É preciso monitorar, entender o que está sendo produzido e de que maneira podemos ser parte desse processo, porque o usuário sempre será aquele que gasta mais do que ganha nesta oportunidade.

O que antes era garantia de um processo estável e a longo prazo, hoje é visto como uma rigidez que não vai permitir o crescimento do futuro. David inclusive aconselha o público presente: “Não adianta apenas olhar o passado e que ele é diretriz de observação do futuro”.

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Mundo do transportes e mindset exponencial: até onde a mobilidade nos transformará?

O primeiro dia do Executive Program, em parceria com o Sest Senat, teve incríveis momentos de inflexão e reflexão proporcionados pelo facilitador da SingularityU Global, Jeff Rogers.

Em nosso típico primeiro dia de chegada, no qual chamamos de Landing, nossa principal preocupação é desenvolver o pensamento exponencial. Com Jeff Rogers, passamos a primeiramente a pensar sobre os 6Ds, conceituados por Peter Diamandis, que podem nos dar perspectiva do momento em que vivemos e quais os próximos passos necessários a serem dados.

Pensar em transporte e mobilidade é uma tarefa que vai além do movimento. As infraestruturas serão diretamente impactadas pela maneira com que a nossa vida será transformada pelas inovações tecnológicas que estão sendo introduzidas nas questões de locomoção.

A tarefa de pensar nisso, com referenciais coletivos e com questões de infraestrutura, exige tempo, cuidado e muita compreensão, em sua perspectiva de entendimento, para que seja possível dar conta de alguns pontos.

Além disso, exige também muita transformação da própria maneira de pensar. O setor tem um impacto grandioso e muito importante nas questões econômicas, coletivas e, principalmente, de saúde. Portanto, ter também este tipo de abordagem é necessário para que possamos mudar nossas concepções no futuro.

Além disso, o primeiro dia contou com uma abertura de grande estilo produzida pelos principais diretores do Sest Senat e seu presidente, Vander Costa.

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Tudo isso foi extremamente importante por conta do momento especial.

O Sest Senat fez 30 anos e o jantar, além de trazer muita festa, foi momento de confluir as principais ideias e tomar fôlego para os próximos três dias de evento que vão dar energia e fomento para o Almenat, em Embu das Artes.

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Expert da SU Brazil marca presença no lançamento de hub de Inteligência Artificial no Learning Village

Com a presença de Alexandre Nascimento, expert da SingularityU Brazil, a CI&T e Learning Village se uniram para criar o hub de Inteligência Artificial nesta quinta-feira (28/09).

A proposta é atrair e convidar cada vez mais negócios para se estruturar com este tipo de tecnologia exponencial. Porém, como podemos entender que uma IA pode ser utilizada em negócios?

Foi essa a tarefa do faculty da SingularityU Global. É necessário entender que a I.A. é extremamente ampla e está além do que é mostrado hoje para nós. A Gartner e outras consultorias que procuram estudar futuro atentam-se aos modelos regenerativos, mas Alexandre Nascimento já destaca: “Isso é apenas uma página, mas não resolve todo nosso problema. Precisamos olhar outras coisas.”

Além da palestra de Alexandre Nascimento, houve uma dinâmica para entender os temas que gostariam de ser tratados neste hub
Além da palestra de Alexandre Nascimento, houve uma dinâmica para entender os temas que gostariam de ser tratados neste hub

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É necessário transformar a cadeia de produção de uma maneira inteligente. Há vários níveis de impacto e isso pode ser visto em gestão de empresa, modelos de negócio, produtos físicos e digitais. A inteligência artificial fará com que os produtos sejam tratados de maneira personalizada e não mais como padrão e média.

A provocação deste hub é ir além dos produtos que são criados: como pensaremos nossos negócios a partir disso? Qual o nosso comportamento e pensamento sobre este ponto? Qual o limite da nossa rigidez para conseguir fazer isso? Como prepararmos a isso?

A I.A. consegue, por exemplo, construir um futuro possível. Não será algo concreto, mas é um simulacro e uma imagem que possa nos mostrar passos que podemos lidar e até riscos que podemos tomar. Não se trata de usar sem parâmetro e sim utilizar isso como uma estratégia de compreender qual diretriz pode ser tomada.

No evento, Alexandre Nascimento destacou diversas vezes o quanto isso não é para assuntar. Se trata de entender que as questões estão sendo mostradas e construídas por aqueles que estão jogando este jogo e obtendo sucesso. Por isso, o hub se torna cada vez mais importante.

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“Não sabemos do futuro e precisamos experimentar alternativas para ele”, destaca Chefe de Inovação e Venture da Deloitte

Os últimos 10 anos foram transformadores para o mundo dos negócios. As maiores empresas, hoje, são de tecnologia e não de energia. Além disso, o modelo e estratégia estão mudando.

De uma rigidez e diretrizes de governança focadas em produtividade, o modelo negócio está se tornando uma prática corporativa de mudança. Isso, feito da maneira mais responsável e pensada possível, permite com que o planejamento e a qualidade de uma organização aumente.

Com as transformações e maleabilidade, é possível dar conta de transformações, diferentes exigências e abrir espaço para possíveis inovações.

Mas, claro, como destaca Glaucia Guarcello, palestrante convidada no Executive Program número 10, tudo depende da escolha, tecnologia e fôlego que temos. Porém, “novos modelos de negócio são importantes para este quesito: se reinventar”, destaca a expert.

Em sua fala, a Diretora de Inovação e Venture da Deloitte destacou o quanto as startups (e unicórnios) são muito importantes.

“São estes tipos de negócios que vão permitir uma experimentação, alternativa e novas propostas. Não sabemos do futuro, por isso precisamos criar alternativas para pensar nisso e esta é a oportunidade que temos hoje”.

Glaucia Guarcello, Chefe de Inovação e Venture na Deloitte, no EP 10
Glaucia Guarcello, Chefe de Inovação e Venture na Deloitte, no EP 10

Importância do questionamento do próprio fazer

Produtos não definem o que uma organização é. Há uma necessidade de compreender toda a construção de enxergar o próprio setor de produção além daquilo que é produto final. Em sua fala, Glaucia mostra como “uma empresa que constrói motor” não é necessariamente apenas uma organização que cria motores para carro.

É um trabalho todo para construir mobilidade, algo muito além do que temos hoje. Se compreendermos isso, poderemos dar perspectiva para as próprias mudanças. Podemos olhar futuro entendendo onde nosso papel pode ser feito.

É neste momento que entender conceitos de inovação se tornam importantes para entender em que momentos uma empresa se encontra e saber o que não fazer. Com isso, é possível compreender quais os trabalhos que estão sendo construídos, os erros que podem se tornar aprendizados e limitantes, além de experimentações que podem nos levar a caminhos que “matem nossa empresa” ou construa um futuro diferente.

É neste ponto que Glaucia demonstra como há horizontes para entender a inovação.

Quando tentamos otimizar os produtos que já existem para os consumidores existentes, estamos trabalhando com inovação em seu core. Isso será o que manterá a organização no mercado atual e permitir manter suas eficientes produções.

Caso procuramos uma solução adjacente, pensamos em uma expansão tímida do negócio. É extremamente importante para compreender quais são os limites e qual passo que está sendo dado, mas ainda não seja disruptivo.

Porém, ao entrarmos na perspectiva transformacional, isso se torna um novo serviço para o mercado já inserido. É a mais arriscada, mas exige uma boa percepção para pensar o que é possível em um futuro próximo e entender as mudanças que os consumidores estão mostrando.

Nada disso funciona isoladamente. Sempre são processos que trabalham juntos, porém, é interessante pensar porque cada uma delas exige uma maneira diferente de ser construída. Com isso, cada uma delas pode nos mostrar necessidades reais e preocupações com nossa organização.

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“O nível de aprendizagem que tive no EP ajudou a transformar minha forma de pensar”

Antes do tempo ser coroado em uma Oração, por Caetano Veloso, ecoado na voz de Djavan e entrado nos corações contemporâneos pela Maria Gadú, o entrave que o tempo proporcionava no âmago dos indivíduos se perpetuou pela história do ocidente.

Da batalha entre Chronos e seus filhos, até a luta entre este titã e Kairós na história da psicologia, tempo foi lido como uma disputa, batalha entre períodos que se interseccionavam e produziam uma sensação comum ao indivíduo: sofrimento.

Essa “batalha com tempo”, na verdade, apenas mostra uma vitória dele e uma relação diferente que cada um de nós tem entre nossos desejos e o que a nossa vida se apresenta. Quando nossas vontades não confluem com o que é mostrado, nos gera angústia, desespero e, muitas vezes, indignação.

Mas o tempo perpetua. Perseverança é uma qualidade imprenscidível para fazer amizade com ele. É, inclusive, um dos “deuses mais lindos”, que nos cura, perpetua e acalenta tudo em seu lugar mais precioso, pertencente à natureza.

No encerramento do Especial 10 edições de Executive Program da SingularityU Brazil, convidamos Luciano André Ribeiro, Sócio e Superintendente Banco PF de Crédito e Recuperação – Itaú Unibanco, para nos contar sua experiência no EP. Para nosso deleite, a reflexão que se manteve durante toda a entrevista foi deste entendimento sobre o que o tempo nos proporciona e nos ensina.

Afinal, com tantas transformações e demandas, querer dar conta de tudo, se apropriar do que é possível, produzir tudo que está ao nosso alcance e garantir eficiência são coisas que muitas vezes não se combinam. Então, é com a maturidade, que Luciano pontua em toda sua fala, que conseguimos criar perspectiva para lidar com o movimento.

É uma tarefa complicada, por isso não se trata apenas do entendimento: é necessário colocar em prática, pontuar, pausar, planejar e estar aberto ao aprendizado contínuo, para compreender as coisas em suas movimentações características.

É uma reflexão que exige nossa pausa. É uma inflexão necessária que exite nossa completa atenção. Por isso, essa riquíssima entrevista você acompanha na íntegra abaixo!

Luciano André Ribeiro trabalha no Itaú desde 1998. Desde então, pontua como é um lugar em que está aliado aos seus valores e conseguiu prover diversas ações de extrema complexidade e inovação nos últimos anos.

SingularityU Brasil: Por favor, se apresente para que todos lhe conheçam!

Luciano André Ribeiro: Eu sou o Luciano André Ribeiro. Sou pai, sou filho, sou marido, sou irmão e sou amigo. Além disso, sou executivo do mercado financeiro. Trabalho em um grande banco. Sou apaixonado por esportes e sou um estudante, que desde o primeiro momento de vida, estou aprendendo, como curioso que sempre fui.

SU Brazil: Esporte… Como é exatamente sua relação com o esporte?

Luciano: Eu sou corredor. Eu corro desde 1994. Já fiz Triathlon, duathlon… Fiz bastante coisa e várias provas. Já fui convocado para a seleção brasileira de duathlon… Então eu tenho uma vida competitiva presente. O que também ajuda muito no mundo corporativo.

SU Brazil: Por que exatamente?

Luciano: Porque é preciso lidar com a pressão e com um nível de competição de uma maneira positiva. Isso não tem que ser algo que coloque um peso adicional em você. Tem que ser algo que motiva, te energiza e te desafie de uma maneira criativa, positiva. Você precisa entender este equilíbrio e saber lidar com essas coisas. Não é fácil. Mesmo fazendo o melhor de você, não é necessariamente um convite confirmado para o primeiro lugar, mas é sim um sentimento de satisfação naquela proposta/evento/dinâmica. Você saber que fez o melhor é muito mais importante do que talvez chegar no primeiro lugar, que pode ser consequência disso.

SU Brazil: Maneira ótima de enxergar a vida, não? Você sempre foi assim?

Luciano: Está amadurecendo… A gente vai aprendendo, né. Quase foi assim.

SU Brazil: O esporte ensinou isso? Ou você já tinha?

Luciano: O esporte… A vida… O amadurecimento… Eu sempre procurei ele, sabe? A gente nunca está maduro como gostaríamos de ser. É o tempo, é a vida, tudo isso que nos ajuda. Mas, é preciso estar muito atento com as coisas que estão acontecendo conosco, sempre tentando tirar o melhor e o que é positivo daquela situação, que talvez possa ser a mais estressante ou de maior desgaste. Até quando não se encaixa. Sempre tem um aprendizado naquilo.

SU Brazil: Ah… Então isso é do Luciano?

Luciano: É… Eu tento! Eu aprendi com muita gente, para ser sincero. Não é do Luciano, apenas. Tive muita gente bacana do meu lado, me ajudando ou até eu observando, para trazer para o Luciano.

SU Brazil: E quem são essas pessoas?

Luciano: Bem, primeiramente é meu pai. A referência do meu pai é bem presente. Acho que a pessoa que mais esteve comigo e me marcou nessa jornada foi ele.

Muitos amigos me ajudaram também. Eu não sou uma pessoa de poucos amigos, então tenho grandes amigos que vou aprendendo o que fazer e o que também não se deve fazer.

Outro ponto foram as lideranças pelo caminho e muitos pares. Estou há muito tempo nessa área e tenho várias referências. Então aproveito para aprender. Sempre queremos aprender aquilo que a gente admira ou que dá certo, mas não necessariamente é com o que nos identificamos. Precisa ter essa particularidade e criar esse vínculo para que seja nosso.

Eu tento seguir assim. Mesmo quando admiro algo, tento ver se isso é realmente genuíno com o meu perfil, personalidade e se o Luciano consegue ser na totalidade com isso.

Ao mesmo tempo, junto a tudo isso, você aprende o que não tem que fazer, né? Desde encaixe e tudo mais.

Essa é a minha jornada. Família e amizade são muito importantes para isso e eu faço questão que sempre estejam presentes. No trabalho aprendi bastante… Então… Por isso tento devolver isso. Eu tive muita ajuda e está na hora de devolver isso, para elas ou para outras pessoas. O aprendizado é compartilhado.

SU Brazil: Como isso tem acontecido?

Luciano: No dia-dia isso sempre precisa estar presente.

Eu sou um cara de transformação, que sempre está ali buscando isso e a melhora das pessoas em sua totalidade. Às vezes isso não é tão bem recebido. Às vezes tem essa limitação e o não-querer e é necessário entendermos isso. Minha gestão e liderança envolve isso e ir atrás de uma maneira de conforto das pessoas, ao mesmo tempo que consigam fazer seu propósito.

Outro ponto é dando aula e palestras. Sempre tento estar presente para levar algumas mensagens e ensinar o que aprendi.

Acredito que as redes sociais, contato, conversas… Eu me faço nisso. Muitos me procuram para ter uma conversa de carreira ou algo do tipo. Às vezes agradecem muito sobre o tempo e a conversa… Mas, muito pelo contrário: sempre é importante para mim. Quando estou dedicando meu tempo, eu estou também recebendo tudo isso.

Eu agradeço muito quem me chama para um café. Isso é fantástico.

SU Brazil: Às vezes o escutar dela é até mais importante do que a conversa em si, né?

Luciano: Totalmente! Em cinco minutos, quando a pessoa traz, isso já muda a cabeça dela e a pessoa sai diferente. Às vezes só precisam de um espaço para falar e eu faço isso.

O Executive Program é uma imersão de 3 dias e meio, nas tecnologias exponenciais que estão moldando o futuro dos negócios. O principal programa da SingularityU Brazil ocorrerá entre os dias 24 a 28 de setembro, no Hotel Almenat Embu das Artes – SP. Garanta sua participação na última turma do ano clicando aqui

SU Brazil: Que fantástico! Isso é parte do aprendizado? Como foi percebendo isso?

Luciano: Olha, a vida vai nos mostrando oportunidades para aprender, né?

Eu falo muito da jornada. As pessoas buscam sucesso em um momento único, mas sucesso é a jornada e a vida que você tem. Até uso a figura de linguagem da metáfora sobre subir uma montanha.

Cada etapa é um aprendizado, uma comemoração e um momento. Mas, não necessariamente é sempre positivo, entende? Tem momento que as coisas se desarrumam. As coisas não são sempre equilibradas. Alguma questão pode ocorrer no meio do caminho e é necessário dar tempo para que as coisas se organizem, até de maneira natural. Por isso, é importante manter o seu próprio equilíbrio.

Manter, refletir e pensar sobre os nossos valores é importante neste momento. É exatamente o motivo de falar e lembrar do meu pai. É referência de valor.

SU Brazil: E como isso foi acontecendo no seu trabalho?

Luciano: Estou há 23 anos no Itaú/Unibanco. É uma história longa, mas acho que a primeira coisa, que também levo para as pessoas, é que é preciso achar um lugar que tenha uma conexão com os seus valores.

É por isso que estou há tanto tempo nessa organização. Os valores, em como tratamos os colaboradores, clientes, os objetivos… O propósito, entende? Ele é semelhante. Eu acordo todos os dias e sinto isso. O lugar me traz tudo isso.

O segundo ponto é aquela pergunta de: “Tanto tempo no mesmo lugar fazendo as mesmas coisas?” e o ponto é esse: não é repetitivo. Estamos sempre ali na parte de inovação, tentando trazer o melhor, procurando impactar melhor e transformar o próprio papel gigante que o banco tem. Desde a parte social e a parte global.

Isso me traz muita vida! Trabalhar para algo que vai apoiar o Brasil é espetacular. Então a gente transcende a atividade que a gente faz. De novo, o propósito.

Assim, não estou falando dos ciclos em alguns trabalhos te definem. Não é isso. Digo que, pela minha experiência, se trata muito de sua motivação própria. Nossa carreira é própria nossa. Chefe ou líder não vai construir isso. Por isso, é necessário sempre refletir como ser melhor, como adaptar, crescer e, caso isso faça sentido, é capaz que fique na mesma empresa por tanto tempo, como eu.

Afinal, eles me permitem crescer! Às vezes são em provocações… Movimentos… Formas de pensar… Tecnologias… É um conjunto perfeito que eu sou fã.

SU Brazil: Desde o começo foi desse jeito?

Luciano: Sim… Mas as prioridades sempre foram diferentes ao longo do tempo.

Como disse, há várias dimensões na minha vida. Nos primeiros anos do meu trabalho, o esporte não era tão mais prioridade, por exemplo. Família está sempre acima de tudo, mas em alguns momentos foi necessário mudar essa chave e tratar, dar tempo em algumas questões mais do que outras.

Se você quer crescer, cada vez mais relevante, é preciso ter prioridade e despender tempo em algumas coisas. Por isso fui buscar outras coisas fora e trazer ao banco. Mudei bastante como profissional, me formar e se tornar verdadeiramente um gestor/líder. Não é algo que é pronto.

A maturidade vem acompanhando com o tempo.

Nunca foi assim, mas, o que sempre digo, é que vai melhorando ao longo do tempo. Com algumas instabilidades, que acontecem na vida e é algo normal sim, natural, quando conseguimos dedicar um tempo, as coisas vão funcionando e tudo vai se encaixando. A questão é elencar sua prioridade.

SU Brazil: Como foi essa preparação?

Luciano: O Executive Program da SingularityU Brazil foi um lugar desse, por exemplo.

A reflexão que proporcionam é super importante por isso. Eu sempre procurei escolas de referência na minha vida. Sou engenheiro de formação, então fui atrás de MBA, cursos internacionais em grandes universidades e ainda sentia que era necessária algo para me “chacoalhar”, no sentido de trazer algo material sobre as transformações do mundo.

Eu sentia muita coisa, mas nada tão claro. Por isso, fui procurar algumas escolas. Cheguei até a SingularityU. Achei a do Brasil, olhei os speakers e achei fantástico. Não estou falando só do networking, mas digo pela diferença, o olhar, aulas boas e ótimos professores.

Depois se tornou um momento incrível, além de uma sala de aula. Foi surpreendente. Mas não foi o que eu procurei ou o que eu esperava. Eu lembro de procurar e pensar: “Eu quero alguém que consiga materializar essas angústias contemporâneas e alguns temas presentes, mas que tenha embasamento e eu chegue no meu emprego com prioridade, para falar e aplicar”. E foi isso: maneiras simples, que mostraram técnicas e impactos na aplicação…

Foi algo muito maior do que eu pensava. Além do bom conjunto, para me deixar mais a vontade em alguns temas relacionados a transformação, a relação que a gente tem durante os quatro dias durante de EPs são relações que ficam para sempre. Pessoas também contribuem muito não só naquele momento, mas depois também.

Se a gente pensar naquele “360”, a gente pode falar que o EP é completo: as experiências que proporciona além da sala de aula tem um impacto gigante. Não sei se é assim internacionalmente, mas aqui no Brasil, eu até brinco, que o Executive Program conseguiu se tropicalizar, trazendo todo conteúdo do mundo de uma maneira cultural brasileira e de um impacto gigante, com uma experiência e tanto.

SU Brazil: Muito legal você falar isso porque o “tropicalizar” às vezes é uma expressão pejorativa que as pessoas usam, né? É interessante ouvir isso.

Luciano: Sim, sem dúvida. Aqui é de uma maneira muito positiva e potente! É importante dar esse tom. Afinal, o EP consegue dar uma leveza das relações que temos entre si, que é do brasileiro, entende? E as conexões, como levamos de maneira positiva, além das provocações dos conteúdos densos e importantes… É uma energia que flui de uma maneira ótima.

Os pilares, que são o conteúdo proporcionados pela SingularityU Brazil, são importantes porque também são aplicáveis e podem ser transmitidos aos outros. É possível levar provocações densas de maneira positiva! Isso é impressionante. Ao sair do programa eu tinha certeza de que seria possível falar sobre aqueles assuntos, com um certo domínio, claro.

É um programa incrível e volto a dizer: o tropicalizar é como você se sente ótimo e bem com temas tão densos e complicados. Às vezes tínhamos medo de debater sobre alguns pontos, por não termos propriedade, mas é essa a construção ali. Conseguíamos criar isso e ter elementos para continuar o debate. Isso é ótimo e muito sutil! Até nas reflexões, construções que fiz… E, quando falava algumas coisas, as pessoas diziam: “cuidado com a ‘deprê’ aqui, tá? Às vezes o conteúdo é muito denso e é difícil não entender todas as camadas”.

E o tropicalizar foi isso: trazer para a nossa realidade, na prática, e trazendo sobre a essência do viver. As coisas vão acontecer, mas terá um caminho para que as transformações ocorram. Nada é do dia do outro, entende? Porque se for, vai cair. É um movimento ótimo trazer tudo isso, dessa maneira tropicalizante, entendendo como podemos transformar, participar e olhar isso no nosso cotidiano, até chegar a verdadeira mudança.

SU Brazil: Que demais essa percepção. Você lembra de algum momento marcante que sentiu isso ‘na pele’?

Luciano: Sim… A dinâmica do Executive Program da SingularityU Brazil é COMPLETA de verdade, entende? A noite também. Às vezes até sonhamos com alguns temas. É uma imersão completa.

Mas, no primeiro jantar, na primeira noite, tiveram alguns momentos que eu pensei: “puts… Isso aqui será diferente.” Como funciona: a gente chega de noite, tem uma apresentação e depois tem o jantar. É um networking, mas era diferente. Tem muito contato, muita gente, mas tem conteúdo e interesse de todos em fazer aquilo ser dinâmico. O nível da conversa também era bem alto.

Não era só sala de aula. Ali eu entendi que era muito além do que só o curso.

No dia seguinte, na primeira aula, com as experiências fora de sala, com interações com startups, pessoas que estarão presentes durante o programa… Ali eu pensei: “acho que vou conseguir materializar aquilo que está tão distante, mas acho que está próximo da minha vida”.

Digo isso desde impressão 3D até ESG, multiverso. Tem aquele ‘para onde a gente vai? E como trazer isso’. Então… Era sempre esses momentos que eu sentia isso.

SU Brazil: Em quais momentos você sentiu que impactou sua vida?

Luciano: Primeiro foi na forma de pensar. Sem dúvida.

Foi neste momento que a percepção foi construída e aí também a coerência das coisas. Eu comecei a pensar sobre as transformações e o que seria apropriado daquilo, porque não funciona assim sem medida.

Várias vezes a gente encontra isso. Olhamos IA regenerativa, tecnologias exponenciais em todos os serviços… Mas não é de um dia para o outro e de forma abrupta. Precisa ter coerência: não deixar de perder valor e sempre potencializar entregas, eficiência, além, claro, de um impacto muito melhor, no ambiente interno e externo.

Então, comecei a pensar: “Como levar x tecnologia para gerar o maior impacto e melhor valor?”. Essa forma de pensar materializou durante o Executive Program.

Agora, citei alguns temas, como realidade virtual. Antes, era algo relacionado a vivência daquela experiência. Porém, a reflexão de trazer a interação com a realidade física/material é extremamente importante. É neste momento que passamos a entender como as coisas lidam na convergência, entende? A ideia é criativa, tentando, novamente, buscar valor.

Tudo que estamos aplicando e, dessa maneira, podem mudar o mundo. Vão transformar nossa vida, desde que lidamos com aquelas diretrizes de pensar em uma vida melhor. Mas, isso tem um tempo e é preciso respeitar o tempo. Então, não precisa ter ruptura, mas muita atenção e coerência para fazer as coisas.

Porque a forma como a transformação vem é muito rápida. Cada vez mais se intensifica. Então, preciso estar atento a tudo que está acontecendo e experimentar.

Esse é o outro elemento que trouxemos: experimentação. Isso é fantástico no Executive Program da SingularityU Brazil. Às vezes a gente pensa que estamos longe e tudo mais, mas é preciso experimentar. Isso é provocação para lidar com as nossas próprias leituras das coisas.

Isso é muito importante. Abre a maneira que olhamos e percebemos as coisas. É preciso olhar a mesma coisa de outros ângulos também. Isso foi com a Impressão 3D, por exemplo. Pode ter órgãos, pontes e tudo isso que eu não fazia ideia e não acreditava. Por isso é bom ter possibilidades e diferentes visões.

SU Brazil: Falando sobre transformação… Existe um sintoma social sobre isso hoje? Você pensa sobre isso? Qual sua percepção?

Luciano: Sinto e muito sobre isso!

Vejo muitas empresas revisitando suas culturas e organização. O comportamento muda, entende? Algumas agendas estão se modificando e isso é consequência destas ações.

De fato, primeiramente precisamos priorizar o humano. Isso está muito claro para mim. Quanto mais digital somos ou quanto mais novas tecnologias estão fazendo parte da nossa vida, mais humanos precisamos ser.

Deste central, vem o elemento importante da experiência do cliente. A prática está mostrando isso e não de uma maneira vazia. Estar no físico, digital, seja onde for, mas o mais importante é onde o cliente está, prefere e utiliza.

Outro ponto é: como lidar com tudo isso que acontece no mundo de dados, em novas tecnologias, para ajudar-nos a ser mais eficiente? Isso é muito fundamental.

É neste ponto que tudo se torna mais profundo. Uma empresa tradicional precisa ser digital? Sim, afinal, tomará as melhores decisões, estará em todos os locais, terá mais impacto com os clientes e melhorará seus produtos. Os produtos físicos precisarão ser digitais: também.

Isso é uma transformação cultural importante. Será necessário. Todo líder precisará ter uma boa agenda de dados e tomada de decisão em análises que não são mais históricas, mas mostradas pelos dados.

No final do dia é aquela preocupação com o futuro. Esse olhar linear acopla o futuro no presente e isso é fundamental, afinal, se eu não olhar hoje, com as velocidades que as transformações acontecem, eu posso ficar para traz. A questão de enrijecer e travar a mudança tem um período e o “até quando” se torna até uma preocupação.

Então, é muito legal o que vemos hoje: empresas tradicionais, de valor gigante, tentando mudar seu olhar, design diferente, transformando sua proposta de valor, chegando ao cliente de outra forma… Novas gerações estão vindo e isso é muito importante. Há vários exemplos passando por isso.

Um que gosto bastante é a manteiga Aviação. Hoje consumimos mais do que antes, continuando com o mesmo valor, mas por que aumentou? Posicionamento, proposta de valor, propaganda, alcance… Isso precisa estar na cultura, entende? Assim funciona! Se não estiver praticável ou aliado ao propósito da empresa… Não funcionará. Cultura é a palavra chave.

SU Brazil: É uma percepção muito boa! Quando você fez o EP estava deste momento também?

Luciano: Acho que estava sendo construído.

Quando fui para o EP, gostaria de entender “para onde o mundo vai”, entende? E quais as tecnologias para isso. Por isso, era necessária uma escola que me ensinasse. No momento da pandemia, nos aproximamos de muitas coisas, de maneira até forçada, por conta da necessidade.

Era aquela corrida pelo Teams, Zoom e tudo mais. Era uma conexão de tudo, em todos os momentos, com aulas, apresentações, na tela e a preocupação de não esquecer que tem um indivíduo do outro lado. Falava-se muito do multiverso, avatares e realidade virtual. Era muita coisa. Eu não sabia se era aquilo mesmo, mas todos continuavam indo. Muito acontecia.

Por isso, eu queria trazer isso de uma maneira mais palatável e tranquila. Eu queria me encontrar dentro desse mundo. Então, não era confusão, mas era claro que não era o melhor entendimento do todo. Era uma experimentação e todos estavam ali tentando, simplesmente.

A partir desse momento eu, como disse, olhei algumas escolas internacionais, até que um colega fez o Executive Program da SingularityU Brazil e disse que valia a experiência. Ficamos sempre com medo, né?  Até que o meu amigo disse: “Fica tranquilo. É até melhor. Confia”.

Foi interessante porque fiquei confortável e tranquilo por fazer o EP daqui. Mas… Quando entrei… Foi algo mais grandioso ainda. Por isso hoje eu falo: “Precisa ir viver… É fantástico, mas precisa ir viver tudo aquilo”.

Então, foi espetacular. O cuidado com as pessoas, com a volta da pandemia e até sobre as expectativas que eu tinha. Cuidar das pessoas exige também entendimento de tecnologia e tinha uma compreensão sobre a doença que passávamos, tudo correto e eu fiquei impressionado com tudo isso.

Ao mesmo tempo, eu queria ser uma liderança que entenderia esse digital. O Edu Ibrahim era a pessoa que eu perguntava sobre a economia, a exponencialidade, novas moedas e tudo mais. Pensar em descentralização, disrupção, na questão monetária… Foi muita reflexão da atividade que eu me dedico e até tudo que o mundo vai passar.

Tem coisas incríveis aparecendo na nossa vida e eu estava ansioso para ter contato com isso.

A Singularity sempre foi uma palavra de muito impacto, né? Uma marca gigantesca e todos que passam por elas são proporcionadas pelo conteúdo e pelo propósito que estão vivendo. É gigante querer transformar o mundo em um lugar melhor impactando pessoas.

Por isso eu só pensei: “Eu quero. Vou dar uma chacoalhada neste momento. Quero ver este impacto. No Brasil mesmo? Quero sim.”

E esse pensamento é comum, mas, agora consigo dizer: um conteúdo, tropicalizado como falamos, do jeito que foi, traz algo gigante.

O nível de aprendizagem que tive no EP, o conteúdo que trago até hoje, mas principalmente a forma de pensar que absorvi de uma maneira muito mais rápida do que antes, foi a melhor questão do curso. Já fiz cursos lá fora e não foi desse jeito. Fico feliz de ter isso no Brasil, aqui tem coisas bacanas e maravilhosas que várias vezes no internacional precisamos ainda tentar abstrair para o nosso contexto, né?

Aqui não. Até as provocações são proporcionadas para a nossa realidade, pensando na própria estrutura brasileira. Está claro que é necessário para que as coisas acontecem. As mensagens são diretas. Tem muita técnica, inteligência e a maneira do nosso comportamento é tratado com provocações. A riqueza está em olhar para tudo isso e tentar tirar o melhor disso, desde nosso almoço, fala e até a maneira em ser coletivo. É espetacular ver tudo isso no programa.

SU Brazil: Você em nenhum momento fala disso com desespero ou angústia. Então, como você enxerga o futuro?

Luciano: Eu não falo com desespero ou angústia porque a SingularityU Brazil me ensinou dessa forma, né? Ali eu entendi que tem um caminho e uma jornada que podemos trilhar, só não podemos ficar esperando. Os caminhos fundamentais estão mostrados. Se cada um fizer sua parte, chegaremos lá.

Agora, é muita coisa acontecendo e muitas provocações. A gente tenta acompanhar. Quando estamos desconfortáveis, a gente precisa ir estudar ou procurar alguém que saiba. É, inclusive, sobre isso que SingularityU Brazil nos provoca: só chegaremos se houver um coletivo, compartilhado, que procure se melhorar neste processo e por isso o networking se torna importante.

Agora, medo do futuro? Nenhum. Talvez o que eu fique um pouco atento é com a velocidade das coisas, para que não falte ou não aconteça algum equívoco. Por isso é necessário ter muita coerência.

Esse mundo de experimentação presente dará mais espaço para tentar. É o que eu vivo no meu trabalho. É um conjunto de experimentações, um respeito coletivo com as pessoas, uma certa forma de lidar com o erro que é mais positiva, tentativas e, principalmente, investimento em questões principais: na pessoa humana. Tudo isso é tempo.

A velocidade e o ritmo precisamos aprender a controlar. Entende por que falo disso? Eu não sei qual é o melhor, mas aprendo todos os dias. A melhor foram da gente ver o futuro, é a construção de agora: sendo melhor um pouquinho todos os dias. Parece um tom subjetivo, mas é por isso que precisamos ter os objetivos claros e a cultura engajada em questões definidas, ao mesmo tempo que as lideranças acompanham e ouvem os valores da organização.

Ao mesmo tempo, é preciso trabalhar algumas expectativas, olhar algumas projeções e ver como podemos lidar com isso também.

Sobre a nossa vida, a principal fonte é o estudo. Sempre precisa estar presente. A aprendizagem é a parte mais importante para entender e fazer desse futuro melhor. Por isso a HSM e a SingularityU Brazil estão fazendo um trabalho espetacular com isso. Aqui, talvez, seja o lugar de maior admiração para mim porque é realmente algo essencial.

Provocação sempre será algo espetacular e aqui é feito da maneira certa.

SU Brazil: Obrigado, Luciano! Você falou muito de tempo em sua fala. O que diria então para o seu ‘eu’ do passado?

Luciano: Ah, eu diria para ele fazer o Executive Program, com certeza.

A gente sempre faz as coisas e depois pensa que poderíamos ter aproveitado mais. O que eu poderia dizer é até ir mais tranquilo, se dedicar mais para a imersão e esquecer um pouco a nossa vida. Mas é difícil. A gente sempre pensa em tudo.

Eu diria para imergir mais. Não olhar o celular, apropriar de tudo e aproveitar de muita coisa bacana que vai aparecer.

Então, de maneira objetiva, eu diria para ir. Como digo para os meus colegas que perguntam, o investimento vale, o tempo de imersão vale e é algo fantástico.

Isso vem de uma premissa que eu falo para os meus filhos: estudo é investimento.

Então, não podemos olhar o todo e ver a quantidade como um pagamento. É investimento. O aproveitamento vem com o tempo. O retorno vem de uma maneira tranquila, fácil. É algo que levo para os meus filhos em todos os meandros de aprendizagem da vida deles.

Agora uma reflexão que eu volto a dar atenção às pessoas que podem vir a ler o texto: faça a imersão completa. Se dedique. Larga o celular, reunião, tudo.

Outro ponto que eu gostaria de dizer: larga essa cobrança. Relaxa. Pergunta, olha, fique curioso. É um ambiente de pura aprendizagem. É um ambiente ótimo, de muita humildade e de respeito. As pessoas são sempre incríveis. O corpo de professores e da SingularityU está sempre ali para te ajudar.

E, impressionantemente, a turma também. No último dia todos se soltam! Faça antes. Aproveita, porque esse negócio vai te transformar e vai te fazer melhor.

Eu diria até para aquele Luciano que ele sairá melhor e muito bem.

Confesso que sempre penso em voltar e novas oportunidades. Eu sinto falta. É muito bom.

SU Brazil: Muita gente briga com o tempo, Luciano. Você não. Isso é fantástico! Você passa isso adiante?

Luciano: É um desafio e tanto, né?

Eu tento passar para os meus filhos. Com o mais velho eu trago de uma forma presente, principalmente sobre essa questão consciente do tempo. Acho até legal que os feedbacks positivos na escola são neste ponto, de tratar temáticas de uma maneira compreensiva e como ele é generoso.

Isso é muito importante e precisa ter equilíbrio. Não é fácil. Talvez até eu não tenha muito como digo aqui, mas sempre buscar isso é o mais importante, entende? E a relação do tempo é isso.

A partir do momento que começamos a entender que ele é o maior ativo que a gente tem, se torna muito importante para tentarmos equilibrar todas as nossas dimensões da nossa vida.

Algumas frases marcam minha vida e uma delas é: “perdendo tempo é que se ganha vida”. Parece simples, mas nos ajuda nas piores situações possíveis e que já me ajudou muito. Então, nos momentos que são duros e sem alternativa, ela traz a ideia de sair da situação, fazer outras coisas e tirar o foco.

Desconectar é importante. Tenho um líder que sempre fala para “dar uma espairecida” ou “tomar um café”. Um looping de pensamento dificilmente dará certo. Precisa perder esse tempo, para ganhar vida e fôlego. É muito importante ter isso na nossa vida e, por isso, equilibrar.

Com meu filho mais novo ele está aprendendo a equilibrar tudo: do esporte e até a família. É uma gestão de prioridade. É algo que eu tenho comigo, como falei lá no começo sobre o trabalho. As prioridades mudam, mas é necessário ter isso em mente e perceber como estamos usando nosso tempo com isso.

É muito importante. É um desafio grande, mas a melhor forma é a gente sendo a gente e sendo verdadeiro nisso. Talvez as pessoas não recebam muito bem isso, em certos momentos, mas, com o tempo, entendem o valor disso e das nossas prioridades. Eu acho isso crucial e faço isso com meus pares, família, lideranças, time… Precisa ter esse cuidado.

Talvez a única coisa que a gente precise refletir sobre o mundo corporativo, de uma maneira geral, é que estamos muito nestas atividades técnicas e entregas. Porém, como podemos equilibrar isso com o humano? É um pouco o que eu digo da fase: despluga um pouco. Sai da planilha/reunião. Pensa um pouco e volta para o trabalho.

Ficar no piloto automático do cotidiano vai te sugando e perdemos essa capacidade. É preciso voltar e entender esse equilíbrio. Como lidar com o tempo, o precisar fazer, o ser humano, o cuidado… Tudo isso… É fundamental conseguir dar harmonia para isso.

E precisamos ser nós nisso. Não dá para cumprirmos um papel. Se estamos só nisso, perdemos tempo e somos apenas funcionais. Nos perdemos. Precisamos ser genuínos e nós 100% do tempo. Não tem um Luciano do Itaú, o Luciano Pai… Não. É preciso que sejamos nós mesmos na totalidade e equilibrar isso com os processos que são necessários.

Mas é assim que se aproveita o tempo e, em uma vida finita, é o mínimo, não é?

Por isso, outro ponto, é parar no final do dia e pensar: “Está valendo a pena? Faz sentido para mim?” Se sim, segue. Se não, é necessário retornar, acertar expectativas, talvez mudar algo, mas seguir com a atividade.

Espero que meus filhos entendam isso e vejo nas interações que isso é bem presente. Então, passar isso é muito importante.

SU Brazil: E quem é a pessoa que deveria fazer o EP?

Luciano: Acho que não há um perfil definido e isso é bem rico.

Tem uma diversidade presente importante e as possibilidades são bem diversas. É possível trazer ângulos diferentes.

Minha sugestão é que a pessoa tenha um nível de maturidade, como pessoa e como profissional, grande. O nível de conversa é bom. Os assuntos são profundos, o entendimento do mundo corporativo é alto. Então, é necessário ter este conhecimento.

A questão é o nível adequado sobre o conteúdo e experiência. De resto, como empresário, executivo, gestor… Seja quem for, caso tenha um nível de maturidade, vai dar certo.

E, claro, precisa querer mais. Pensar em desenvolvimento e melhora é algo crucial e a pessoa precisa querer transformar o Brasil e o mundo de uma maneira melhor. É até o propósito do programa, então é preciso que a pessoa esteja aliada a isso.

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“É preciso fazer um trabalho de formiguinha e um cara como o David pode fazer a diferença na vida das pessoas”

O tempo da experimentação prolongada se foi. Cada diretriz e ação, pensando no futuro, precisa ter direcionamento, diretriz, governança e objetivos claros de impacto social e ambiental para que possamos reverter a situação que nos encontramos.

Isso é parte da missão da SingularityU e isso é princípio ativo no Executive Program. Cada fala, speaker, ação e propósito envolve a maior preocupação com o nosso planeta e isso não pode ser negociável.

Em virtude destas atribuições, a tentativa é cada vez mais produzir ambientes que se proponham a pensar, refletir e mostrar maneiras de tornar este princípio ativo na vida das empresas brasileiras.

Além disso, nada é feito por apenas um. Neste especial de 10 edições do EP, convidamos Martha Letícia, Cofundadora da Agência Terruá, para trazer uma reflexão sobre a importância da pausa e inflexão nos ‘trabalhos de formiguinha’ necessários para que a mudança efetivamente chegue.

Com uma inteligência esclarecida, política e extremamente compreensiva nas diversas camadas existentes, Martha nos convida a refletir sobre nosso papel como indivíduos e a necessidade de cada vez mais entendermos nosso próprio passo.

É necessária uma responsabilidade maior sobre nossas ações e fazer o que realmente está sob o nosso alcance. Martha Letícia foi a pessoa que insistiu e levou Karine Oliveira, da Wakanda, para o EP e você confere este papo na íntegra abaixo!

Martha Leticia fez questão de trazer Karine Oliveira, da Wakanda, e nos contou como isso aconteceu em entrevista.
Martha Leticia fez questão de trazer Karine Oliveira, da Wakanda, e nos contou como isso aconteceu em entrevista.

SingularityU Brazil: Então, para começar, quem é a Martha Letícia?

Martha Letícia: Bom, eu sou a Martha. Sou uma empresária que atua a partir de Brasília. Digo isso porque Brasília, é um hub, né? Não só pelo fato da questão estrutural geográfica do Brasil, mas é um acesso para o resto do Brasil e, na verdade, internacionalmente é reconhecido assim também.

Então eu atuo a partir de Brasília, para clientes nacionais e internacionais dentro da área da comunicação. A gente faz o que é chamado de branding experience, traduzido como experiência de marca. Então é se preocupar com o que o usuário daquela marca possa vai experenciar em sua vivência com aquela marca, trabalhamos recall também. Isso é o que eu faço.

Eu acho que um pouco do que me define… Porque a gente vai descobrindo ao longo do tempo, que que define a gente vai mudando também essas definições… Mas o que hoje me define é que sou uma mulher nortista, que teve uma jornada importante para mim, claro, e relevante na vida das pessoas, sabe? Acabei criando alguns projetos, empresas e coisas que foram agrupando pessoas e aglutinando interesses em comuns, alguns deles inéditos…

Então acho que teve um papel no ineditismo, em relação ao que eu faço. O que me orgulha! Me deixa feliz pelo que eu já entreguei. Agora, nessa nova fase da minha vida, eu espero ter um outro tipo de papel assim, mais coletivo.

Eu acho que eu tive papel relevante para algumas pessoas, do ponto de vista de carreira profissional, desenvolvimento profissional de colaboradores que atuaram comigo. Então acho que isso teve uma relevância empresarial bacana, da qual eu me orgulho.

Nessa nova fase da minha vida, com 50 anos, e eu quero um papel que também tem alguma relevância social, entende? Mais coletiva. Em que a minha entrega seja para além dessa questão empresarial, mais do que esse ponto que eu já tive a entrega aqui que me satisfez e me satisfaz.

Então, agora eu quero que também tenha um papel dessa perspectiva coletiva.

SU BR: Isso também envolve a Agência Terruá, na qual você é fundadora?

Martha: Na verdade não. Isso é particular meu.

Claro que eu levo a agência junto, porque a acabo colocando a agência nessa perspectiva. A própria Wakanda, da Karine Oliveira, é um projeto pro bono que eu estou querendo começar a fazer para ajudá-los no desenvolvimento.

A agência, enquanto empresa, tem todo um perfil mercadológico, é funcional. Eu não acho que o trabalho social e coletivo precisa ser filantrópico. Eu acho que ele pode ser remunerado, ele pode ser um negócio também. Mas, a Agência Terruá tem outro caminho, apesar de que fará nesse paralelo essas questões.

Esse olhar mais voltado para a questão coletiva é uma perspectiva minha, que eu, obviamente, levo Agência naturalmente, mas vou desenvolver outras questões paralelas.

SUBR: E como que surgiu isso então, Marta? Essa questão parece até um chamado de querer fazer o coletivo.

Martha: É uma jornada que muita gente percorre, né? Acho que várias pessoas têm esse chamado em algum momento.

Mas acho eu, que se você está trabalhando com consciência, se você tem autoconsciência, em algum momento você tem ali tua estrutura base formada para que esse chamado apareça.

Eu acho que tem gente com esse chamado desde sempre e começa a jornada a partir desse olhar. Não foi o meu caminho. Meu caminho foi mais conservador, vamos dizer assim.

Eu percorri um caminho meu e, a partir do momento que eu me sentia segura nesse caminho, eu me senti segura para isso.

Creio que tem algum momento que a gente precisa entregar para a sociedade o que coletamos, né? De experiências de vida, de network, de perspectiva… Porque, se você não fizer isso, acho que o teu propósito nessa Terra estará precarizado. Vai faltar alguma coisa que você precisa entregar do ponto de vista de jornada de vida, entende?

Em tese, comecei tarde, mas foi o que eu pude dentro da minha perspectiva de caminho, né?

SUBR: Acredito que nunca é tarde para ouvir isso… Enquanto a gente é genuíno e passa a olhar para o coletivo, sempre será extremamente importante, não é?

Martha: É… É o que penso nas minhas reflexões. E eu acredito muito nisso. Eu insisti, por exemplo, em algumas coisas, inclusive as pequenas. Eu insisti, por exemplo, em levar a Karine, da Wakanda, para que ela ocupasse espaço dentro dos EPs e pudesse ter essa diversidade.

Afinal, precisa ter uma perspectiva de alguém que não está na bolha. Tem que ter uma perspectiva de alguém que está fora desse desse universo hétero-normativo branco. Afinal, é privilégio mesmo, né? Não dá para dizer que não é. É privilégio.

SUBR: Aproveitando, como foi o processo de chegar até o EP?

Martha: Bem, essa foi fácil: eu trabalho com targeting, então as propagandas e links patrocinados nas redes sociais chegam fácil em mim.

Me chamaram atenção porque, obviamente, eu conheço a marca. Dentro dessa bolha eu conheço a Singularity. É uma marca que tem uma grande reputação.

Eu sabia que a HSM estava trabalhando junto com ela e agora estavam no Brasil. Então, teve um momento que isso pode ser possível com meu momento de vida. Falo disso porque porque tempo é uma coisa preciosíssima.

Então, finalmente eu pude ir e pensei que seria um bom momento. Eu já conhecia algumas coisas superficialmente. Conversei com algumas pessoas que tinham feito, aqui e fora do país, na Singularity global.

Achei bem interessante a proposta, pensando nessa perspectiva disruptiva. Eu queria ver se a versão brasileira também seria, então achei interessante experimentar.

SUBR: E foi tão disruptivo quanto você esperava?

Martha: Em alguns momentos sim e em outros não.

Faltou uma disrupção relacionada a mudar nossa lógica de comportamento, entende? As falas são muito boas. Os experts trazem coisas interessantíssimas, mas na hora de aplicar, a gente precisa envolver o público de uma maneira radicalmente transformadora.

Poderíamos nos conectar antes e buscar caronas na tentativa de compartilhar e gastar menos combustível, por exemplo. O lugar que estávamos dava garrafas de água de plástico, mesmo com a SingularityU Brazil entregando garrafas de inox. Entende?

Então, ficava com a impressão de que não adiantava só o falar. Era necessário propor mais ações de sustentabilidade e ‘chacoalhar’ a mente das pessoas mesmo, entende? Já cheguei em um momento da minha vida que acho necessário tornar isso mais pragmático e que as pessoas sintam na pele o esforço que precisa ter para ser realmente transformador e disruptivo.

Agora, dentro das temáticas, é lógico que foi interessantíssimo e impressionante. O David Roberts é fantástico, cara. Fantástico mesmo. A apresentação dele foi incrível.

Foi o tipo de apresentação que eu gosto muito, porque ele fala nas pausas. Ele faz pausas e ele fala durante as pausas. Ele coloca um silêncio em você e a sua cabeça precisa acompanhar tudo isso em forma de reflexão. Daí ele continua e as pessoas se incomodaram! Eu estava achando brilhante. Genial.

A hora que ele estava mais falando é a hora do silêncio, porque tudo aquilo ecoava enquanto você raciocinava. E, se você estava preocupado em ocupar o espaço vazio, você não estava ouvindo o que ele estava dizendo de verdade. Você não parou para pensar em toda aquela complexidade. Ele queria que você acompanhasse o pensamento dele.

Então achei aquilo genial. Eu estava ali conectado com ele de outro jeito. E que pena que as pessoas não percebem isso. Eu não acho que todo mundo precisa perceber isso de cara, porque cada um está num patamar de consciência e de percepção do mundo.

Eu acho que ele podia já dar um disclaimer na entrada: “De uma maneira gentil eu trabalho assim. Eu falo. Eu paro. Eu penso…” Eu sou parecida, mas tem gente que precisa de manual, amigo.

Tem gente que não consegue perceber assim de maneira rápida, sem orientação. Às vezes precisa de instruções. Então, o David devia destacar isso. Acho que assim entenderiam o qual brilhante ele foi.

SU BR: Acho que hoje as pessoas não entendem a pausa e necessidade de reflexão, né? Tentam ocupar isso…

Martha: Pois é! E tem uma coisa relacionada de tentar preencher esse silêncio, pegando o celular, por exemplo… Mas, eu achei genial aquela palestra.

Eu adoro quem faz esse tipo de coisa, porque é o tempo que você deixar a pessoa absorver. Aqueles segundos são importantes para refletir e não me incomodam em nada.

O Executive Program é uma imersão de 3 dias e meio, nas tecnologias exponenciais que estão moldando o futuro dos negócios. O principal programa da SingularityU Brazil ocorrerá entre os dias 24 a 28 de setembro, no Hotel Almenat Embu das Artes – SP. Garanta sua participação na última turma do ano clicando aqui

SU BR: Então houve uma reflexão pós-EP?

Martha: Teve sim uma reflexão, de como que foi esse processo. Tudo na minha vida eu levo com reflexão, né?

Observar um evento como esse é e feito dessa forma, com as pausas… Reflexão de tudo neste campo de observação foi algo muito interessante para minha vida.

SUBR: Teve alguma reflexão específica? Como foi esse processo?

Martha: É um pouco disso que estou falando. É todo o campo de observação que o curso proporciona. É riquíssimo, com pessoas diversas e inteligentes, bem posicionadas. É uma Disneylândia do campo de observação, então você brinca de observar o tempo inteiro.

Então sim. Tive várias reflexões a partir dali, com várias perspectivas, que me afetaram. Algumas coisas não mudaram a minha perspectiva. Vivi a vida inteira com locais feitos para networking, sei como funciona e é normal.

Mas, olhar que pequenas coisas podem mudar cada uma das pessoas neste lugar é algo interessante porque você precisa fazer um trabalho de formiguinha, entende? Um cara como o David pode fazer a diferença na vida das pessoas. A inflexão é boa por isso, para entendermos isso também.

SUBR: E como foi esse processo para sua vida depois do EP 6?

Martha: Cara, acho que se você vive uma coisa que isso não muda em nada a tua perspectiva, você não aproveitou da melhor forma o que você está vivendo.

Então, é claro que ajuda nessa minha jornada, mas eu eu falando como sugestão e para aproveitar um evento rico como esse. Do ponto de vista de que outras pessoas podem aproveitar mais. Acho que precisa desses disclaimers, como disse, principalmente nestes pontos mais importantes.

É nessas palestras, como a do David, que é realmente impressionante e precisamos ter atenção. A da Carla Tieppo também é fantástica porque mostra como nosso cérebro está se modulando neste momento e deixamos de acrescentar coisas importantes, como nosso próprio cuidado. É uma perspectiva cerebral que eu fiquei extremamente interessada.

O Edu Ibrahim traz outra perspectiva boa sobre economia e impacto social que deve ser falado e mudado.

Mas fechar com o David… Foi essencial. Ele fecha dizendo que nada disso vai ficar de pé se não tiver a questão social.

É fenomenal porque dá alguma chance para que os principais agentes pensem nestas questões. Afinal, são eles o ponto de decisão do futuro e que realmente farão impactos globais.

Acho que a semente que você planta na cabeça das pessoas é relevante, entende?

O Dante traz um pouco disso. Ele deveria até fechar também junto ao David, por conta das transversalidades e entender a perspectiva global de disrupção. Precisa ter algo mais profundo e ser cobrada mais atenção sobre isso.

SU BR: Aproveitando que estamos falando de impacto social, foi por essa razão que você insistiu para que a Karine da Wakanda fosse ao EP. Como foi isso?

Martha: Eu ficava impressionada com o círculo que estava ali montado, então pensava: ‘bora quebrar essa bolha?’ E eu fiquei desde o primeiro dia dizendo: “Ela precisa estar aqui”. Eu fiquei desde o primeiro dia conversando com o Reynaldo e com a Poli. Ela é incrível, entende? Ela foi Forbes under 30, tem um trabalho impressionante, começou ali ‘na marra’, leva o assunto, tenta construir essa tradução de linguagem e o trabalho é de um impacto regional gigantesco.

Se isso não for disruptivo, eu não sei mais o que é. É disso que sempre precisa estar aliado quando falamos de transformações inéditas.

SUBR: Já que estamos falando disso, como é que precisamos ir ao EP para entender essa disrupção e aproveitar o máximo possível?

Martha: No mundo ideal, teria mais atividades que todos apresentassem suas vulnerabilidades e aquelas questões que mencionei sobre disrupção das nossas ações. Bem transformador mesmo.

Mas, com a imersão que se apresenta voltada às tecnologias e aprendizados para o seu negócio, precisa ter algumas questões além do comportamento superficial dos negócios. Afinal, as relações são anteriores a isso, entende? Ninguém faz negócio com o negócio. São as pessoas que estão ali presentes.

Eu não estou falando da questão linear de comprar acessos e fazer networking. Isso é o básico.  É possível fazer um aquecimento disso antes. Eu digo mais de estar vulnerável, encontrar pessoas aleatórias, se diferenciar, trocar depoimentos e histórias além dos sucessos… Conhecer as pessoas de verdade. Ter a troca!

Talvez fosse interessante ter outras dinâmicas mais “forçadas” neste assunto, colocando pessoas para sentar que não se conhecem, apresentar o outro… Coisas assim, entende? Eu sou cara de pau, então eu falei com todo mundo que eu queria, mas nem todo mundo é assim.

Me tornei investidora-anjo de uma startup assim, fiz amizade com o Dante dessa maneira. Virou um amigo querido. Adoro conversar e trocar ideia com ele. Sou fã demais do trabalho!

A própria Carla Tieppo. A gente se aproximou aí no começo e foi maravilhoso. Enfim, eu me aproximei de todo mundo que eu achei interessante. A mulher do Murilo Gun, a Dani, também tive alguma proximidade com ela. Enfim, são as conexões que acabam rolando, então. Isso é ‘massa’.


SUBR:
O que a Marta pretende para o futuro coletivo que você está pensando? Quais os próximos passos?

Martha: Cara, estou sempre atenta a essas a essas situações assim, como estamos tendo. Eu estou sempre interessada em como eu posso passar um pouco mais de conhecimento e poder ajudar. Precisa ter esse catalisador de questões relevantes e atuais de algum jeito, né? Esse papo nosso aqui tem a ver com isso. Eu estou doando meu tempo para falar sobre isso, porque eu acho que isso é uma coisa que vale muito a pena.

Me interessa propagar esses pensamentos e ver se as pessoas vão finalmente entender que precisamos fazer alguma coisa porque este mundo não está dando certo. Então eu estou sempre a fim de fazer essas conexões. Me chamam sempre pra papo sobre esse assunto.

Principalmente para mostrar perspectivas para as pessoas. Eu sou de Belém do Pará, nortista. Com muito orgulho, eu acho o máximo ser da Amazônia.

Outro dia estava conversando com uma pessoa e a gente estava falando o quanto o norte tem um privilégio fantástico que é do ponto de vista da alimentação. A gente tem aqui o peixe e frutos muito abundantes. Então difícil você ver uma pessoa aqui que não tenha de alguma forma de comer, mesmo o mais pobre, de algum jeito ele tem acesso a essas coisas.

Essa alimentação é muito fortalecida por essas proteínas.

E por que que eu estou dizendo isso?

Porque das 3 coisas importantes para uma pessoa ser inteligente, alimentação é uma extremamente importante. Então a gente tem essa coisa da alimentação muito forte. Se tivéssemos uma projeto estrutural de educação, como tem Pernambuco, como tem é o Ceará, o que seria do Pará?

Ceará é uma estrutura de fundamento educacional imenso, maior do que muitos lugares no Brasil, muito melhor que São Paulo, muito melhor que o Rio de Janeiro e sul do país.

São Paulo é incrível na bolha, não é? Mas estou falando para além da bolha: não tem discussão. No Brasil, as referências são é Pernambuco e Ceará as melhores, né? Estão sempre em destaque aí nas olimpíadas que existem.

Então, se o Pará tivesse uma coisa dessa… A gente brinca que é ter um monte de Nobel, porque a coisa da alimentação a gente tem muito forte aqui, muito forte. A questão é a disputa e alcance.

Se você tem quantidade de pessoas disputando, algumas vão ser destacar fortemente, claro. Agora, se você tem só meia dúzia disputando… Fica mais difícil.

Então, o meu ponto de vista de futuro é estar sempre contribuindo de alguma forma com este olhar, com essa perspectiva, para tentar fazer a diferença ou fazer, no mínimo, com que as pessoas parem para pensar sobre.

SUBR: Então a Martha do futuro está voltada para a Educação do Pará?

Martha: Totalmente voltado na área da educação do Pará. A área de educação é uma área que me chama muita atenção. Eu acho que é o da perspectiva social. Por este motivo a Wakanda me chamou muito atenção, porque é uma perspectiva de educação. É a forma da gente mudar o mundo, para mim.

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“Foi no EP que me diziam: ‘”seu negócio precisa dar certo para nossa sociedade se desenvolver'”

Ademir Piccoli é referência em inovação, futuro e direito. Por conta de sua atuação em todas as regiões do nosso país, quando falamos de tecnologia e processos jurídicos, raramente a J.Ex não é mencionada. Inclusive, seus eventos são extremamente importantes para circulação de perspectivas de melhora na justiça brasileira.

Ao lado da SingularityU Brazil, seu propósito empreendedor de trazer inovações e expertises em tecnologia cresceu exponencialmente e hoje impacta praticamente todas as regiões do país no campo da justiça.

Em entrevista para o especial 10 edições de EP, o mais interessante da conversa é que o caminho parecia ser desenhado, mas é ‘fácil ser engenheiro de obra pronta’.

Por isso, o papo interessante foi mostrando os caminhos que Piccoli foi tomando até chegar em um momento em que viu o quanto a demanda era grande. Isso aconteceu no 1º Executive Program da SingularityU Brazil, em 2020.

Este papo você confere, na íntegra, abaixo!

Por conta do xTech Legal, Piccoli esteve em diversas imersões do Executive Program e está sempre procurando mais desenvolvimento, atualização e inovação para a justiça brasileira.

SingularityU Brazil: Piccoli, por favor, se apresente para todos.

Ademir Piccoli: Sou Ademir Piccoli, idealizador e CEO do J.Ex, que é uma empresa que atua no mercado jurídico, no segmento de justiça, com educação, consultoria, conteúdo e eventos.

O Ademir, mais conhecido como Piccoli, é uma pessoa inquieta, ansiosa, agitada e que gosta de experimentar coisas novas. Ao mesmo tempo que gosta de se conectar com o futuro. Gosto de dar o nome de “investigador do futuro”, porque estou sempre prospectando e entendendo onde a gente pode aplicar novas tecnologias e aproveitar este momento de transformação para avançarmos.

Penso nisso tudo para aproveitarmos tudo isso que está se desenvolvendo e aproveitarmos como pessoa, consultoria e empresa. Tudo isso de acordo com o conceito que o Peter Diamandis, da Singularity, tem sobre escassez e abundância, proporcionadas pelas tecnologias exponenciais.

SU Brazil: E como a J.Ex surgiu?

Piccoli: Eu sou advogado de formação, só que eu tive uma experiência muito interessante no setor público, quando fui convidado para gerir a maior empresa de processamento de dados de tecnologia da informação, chamada PROSERGS. Passei 08 anos na administração e presidência. Passei a gostar de tecnologia.

Então, se entendermos o desenho, eu era do campo do direito, passei a estar conectado com tecnologia até o fim da minha jornada na empresa. Depois fui para o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul assessorar a presidência neste ponto de encontro: direito, tecnologia e inovação.

A partir daí eu resolvi trilhar este caminho, de forma privada. Eu saí do setor público em 2014 e comecei minha jornada na J.Ex, que está completando 10 anos de empreendedorismo nesta área de direito, tecnologia e inovação.

SU Brazil: E como você chegou até a SingularityU Brazil?
Piccoli:
Na verdade, foram nestas pesquisas e experiências com tecnologia e inovação, que eu descobri através de palestras de outros lugares e até procurando online. Eu cheguei até a SingularityU, fui falar com pessoas que já tinham contato com ela e ido para um Executive Program.

É um grande investimento, então eu estava ali naquele momento de preparo para até a imersão, internacional. Foi nesse momento em que chegou a notícia que teria uma SingularityU aqui no Brasil e que também teria um curso de imersão. De repente anunciaram o Executive Program em 2020.

Era quase no ‘quintal da minha casa’. Eu sou gaúcho. Aconteceu lá na serra de Bento Gonçalves, perto de onde eu morava. Obviamente eu tive que participar.

O Executive Program é uma imersão de 3 dias e meio, nas tecnologias exponenciais que estão moldando o futuro dos negócios. O principal programa da SingularityU Brazil ocorrerá entre os dias 24 a 28 de setembro, no Hotel Almenat Embu das Artes – SP. Garanta sua participação na última turma do ano clicando aqui

SU Brazil: Foi neste momento que a J.Ex uniu forças com a SingularityU Brazil e criaram o xTech Legal?

Piccoli: Sim! A partir daquela imersão, o xTech Legal foi criado.

E foi interessante, porque quando eu fiz o pitch, falando do meu negócio, me chamou muita atenção que várias empresas, com seus diretores e fundadores, vieram falar comigo e diziam: “Preciso que seu negócio dê certo, porque isso é bom para mim.”

Afinal, nosso trabalho impacta em toda a justiça brasileira. Nosso trabalho é reduzir o tempo de fluxo de um processo judicial. Se trata de diminuir o tempo que uma sentença possa acontecer. Se trata de melhorar a expectativa de justiça do cidadão brasileiro.

Então, quando isso acontece, reduz o custo para as empresas e do próprio país, porque melhora também a visão do setor público, como algo que funciona direito. Então temos observado a grande evolução que acontece a partir do nosso trabalho. Vemos os resultados, as pessoas retornam com isso e até agradecem.

A economia gerada em estados diferentes, segmentos diferentes, setores distintos vão se conectando e aproveitando o investimento e ação que o outro está fazendo, principalmente neste tipo de letramento que o xTech Legal oferece.

Quando eu falei isso, em 2020, no 1º Executive Program da SingularityU Brazil, vários executivos me diziam: “Precisa dar certo. Você sabe disso, né? Porque precisamos nos desenvolver como sociedade. Isso vai resolver muitos problemas”.

Então ali a ficha caiu e me deu mais energia para avançar um pouco mais. Quando tive aquela experiência, aqueles conteúdos de alto nível, com grandes professores, que trazem visão em inteligência artificial, blockchain, big data analytics e tudo mais, mostra o potencial de transformação.

Então eu entendi que aquelas tecnologias exponencias poderiam se construir em uma versão para a área do direito. De imediato eu comecei a tratar esta ideia com a SingularityU Brazil e criarmos uma versão jurídica.

A ideia prosperou e, no final de 2021, um pouco depois da pandemia, fizemos a 1ª turma. Hoje (agosto de 2023) fizemos a 6ª turma. É um sucesso absoluto: temos mais de 300 alunos formados no assunto de justiça pela SingularityU Brazil. Os líderes de alto nível da justiça no Brasil são impactados pela SU Brazil, uma forma não imaginada.

SU Brazil: Você tinha ideia de que seria tanto sucesso?
Piccoli:
Sinceramente não.

A ideia é que fosse uma turma por ano, mas estamos na sexta turma em 2 anos. Já há uma comunidade muito grande. A comunidade do xTech Legal é grande e está impactando o Brasil inteiro, em diferentes estados.

É um programa que formou líderes que tiveram este letramento que a SingularityU e a J.Ex criou e estão levando para seus colaboradores. As instituições estão sendo afetadas por tudo isso que criamos, com uma visão arrojada, do pensamento exponencial, mudança de mindset, necessidade de inovação e desenvolvimento como sociedade, a partir da tecnologia.

SU Brazil: Você fez mais algum EP?
Piccoli:
Eu participei em outras edições, até como parceiro, para entender a evolução.

Em abril de 2023 eu participei novamente, para me atualizar, estar neste networking e também enxergar como melhorar o meu negócio.

É importante até para ver as visões que estão sendo criadas e alimentar o xTech Legal. Os assuntos são próximos e os conteúdos riquíssimos, então faz parte do DNA da SingularityU Brazil mostrar futuros, tecnologias novas, discussões atuais. Uma imersão é assim.

Chegamos até convidar convidados para o xTech Legal e para o J.Ex, entende? Vários eventos que produzimos são pessoas que estiveram no EP e nos encantaram. Isso é ótimo. Alimenta a mim e o nosso projeto. Afinal, o valor pode ser agregado e construído junto, né?

Um exemplo foi a Gláucia Guarcello, que não está no xTech Legal, mas é professora do EP e palestrou sobre o contexto de inovação em um evento do J.Ex. A Wilma Bolsoni, da Flow School, também partipou. Trouxemos o exercício da respiração em alguns eventos. Isso é importante.

Sempre estamos próximos para nos alimentarmos com mais novidades, entender novas possibilidades e outros agentes que podem nos ajudar, né? E as startups disruptivas também. Sempre é importante!

SU Brazil: O que você diria para quem quer fazer o EP?

Piccoli: Mergulha e vai para cima, porque o resultado é incrível e é uma experiência que todos deveriam ter.

Todos deveriam ter oportunidades para mudar a maneira de ver, entender e fazer as coisas. Se não, seremos robôs e repetiremos os mesmos padrões. Se a gente sai e vai para uma imersão de 3-4 dias, você sai diferente.

E o mais importante de tudo: precisa aplicar o que a gente aprende, senão a gente perde.  

SU Brazil: E agora o que você diria para o Piccoli de 2020, próximo ao EP 1?

Piccoli: Parabéns por ter feito! O resultado foi muito maior do que imaginávamos, principalmente no impacto que continua sendo gerado.