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“Se todo mundo pensa igual, não é preciso de todo mundo”, destaca diretora de Inovação da Deloitte

Até onde você se sente seguro no desconforto?

Todo conteúdo construtivo precisa de um ambiente convidável para surgir, nutrir e florescer. Não adianta pensarmos que a construção está apenas na execução: ele se inicia a partir de discussões.

Por isso, Glaucia Guarcello, Chief Innovation Officer e Deloitte Ventures Leader, destacou o papel da diversidade nos negócios atuais, principalmente se querem atrelar suas construções com os cenários de inovação atuais.

Desde seus meandros mais particulares, como times que realmente tenham pessoas de diferentes perspectivas sociais, e até relacionado ao negócio que está sendo construído, o papel do diverso é envolver múltiplas perspectivas e compreensões para que diferentes referenciais se tornem fomento para o desenvolvimento.

No segundo dia do Programa Liderança de Propósito, o enfoque foi essencial para construir os líderes que buscarão desenvolvimento neste futuro disruptivo. É necessário compreender o caráter e importância da vulnerabilidade na discussão.

Para isso ocorrer, a liderança precisa ter inteligência para lidar com o estranhamento e saber ouvir, mesmo em posições de desconforto. Ideias são também questões de poder e, muitas vezes, se tornam diretrizes por hierarquias e imperativos que não são realmente um acordo e comprometimento.

Sem ele, como haverá responsabilidade nos processos que são feitos? A hora de construção de uma ideia é a hora do comprometimento e do futuro: é nesse momento que a accountability surge e designado a cada um deles.

Porém, como destacado, isso precisa de uma segurança psicológica que é proporcionada pela liderança. A resiliência, escuta e acolhimento aparecem neste momento e são cruciais para proporcionais tentativas, inovações e complexas relações que podem se estabelecer.

Antes de pensar em inovação e oportunidades de negócio, precisamos compreender a questão interna e quem faz parte destas realizações. Inovação é uma cultura e exige essa empreitada de transformação, que traz bons frutos quando bem executada.

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“Se você não está vivendo um mundo de ficção científica, você já está atrasado”, destaca expert da SingularityU

A aceleração já é uma realidade da nossa experiência. Cada vez mais percebemos que a velocidade das tecnologias e dos processos que existem socialmente está aumentando. As inovações aparecem e, às vezes, mudam realidades em poucos anos.

Até a resistência quanto a inovação diminuiu. Afinal, silenciosamente, a disrupção vai se consolidando nas nossas experiências e cada vez mais a utilizamos na maioria dos processos existentes na nossa vida.

O que cada vez mais precisa ser entendido é que a disrupção vai além do que simplesmente já é estabelecido. Como dito por David Roberts, silenciosamente as mudanças são produzidas nesta convergência e é difícil apreender isso em um primeiro momento.

Por esta razão, Ricardo Cavallini, em sua fala no Liderança de Propósito, destaca a importância de compreender lógicas que estão por trás dos estabelecimentos das tecnologias: a exponencialidade.

Entender este conceito é estar atento e enxergar que a mudança está acontecendo. O impacto vai chegar, mas depende do tempo, o momento e entre as convergências de diferentes ordens, afinal, tecnologias complementam diferentes tecnologias, como a inteligência artificial está se estabelecendo em diversas frentes da nossa existência.

Cavallini destaca o quanto isso é difícil, principalmente pela nossa natureza e pelo tempo da nossa existência. Os 6Ds podem ajudar neste momento, mas é sempre necessário estar a par da situação e permitir que a complexidade seja prolífica, afinal, a mudança estará – se já não está – presente.

O que era impossível, deixou de ser

Quando falamos sobre impressões 3D, a coisa mais importante é entender que os futuros estão além da imaginação que temos hoje. Não se trata apenas de disrupção, mas é uma qualidade aberta de criar coisas inimagináveis.

A ficção científica é também um modelo de representação, mas outros tipos de tecnologias exponenciais fazem parte desta realização. Carnes feitas em impressoras 3D, proteínas, vacinas, prédios… O impacto disso ainda é inimaginável, por isso é necessário estarmos a par destas situações.

O que podemos compreender do futuro é a colaboração e a convergência das séries de tecnologias que estão sendo criadas. É necessário ter mente aberta e cada vez mais crer o inimaginável pode ser construindo a qualquer momento.

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“É cada vez mais necessário destacar a ligação entre sustentabilidade e tecnologia”, destaca Diretora da HSM

O Liderança de Propósito começou seu segundo dia da forma mais brasileira existente: um sol maravilhoso, que banha o verde clorofilado das árvores da Mata Atlântica presentes no Distrito Itaqui. Essa junção de fenômenos da natureza tomou conta, inclusive, do aprendizado da manhã.

Afinal, estamos vivendo em uma mudança de era e, para a Head da SingularityU Brazil e Diretora de Conteúdo da HSM, Poliana Abreu, hoje devemos compreender a característica do momento: a Convergência.

No momento, é extremamente necessário deixar de lado os espaços que isolados ou que apenas pertencem a uma parte. Precisamos compreender que as coisas estão atreladas. Não se trata mais de um “ou”, mas um “e”, que procura trazer as complexidades para serem entendidas interdisciplinarmente.

Nesta conexão, o que não podemos deixar de compreender e questionar é o propósito que está sendo criado. As conexões e ligações tem um motivo, principalmente intencionado por nós e é também dever reconhecer o porquê de determinadas ações.

Ao unir tecnologia nos negócios a relação não é diferente. Precisamos entender o porquê dessa relação, se é realmente necessária e por qual motivação está sendo colocada. Não podemos simplesmente atribuir ou impor algo sem entender as cadeias complexas de impacto para o que acontece.

Por exemplo, a especialista destacou em sua palestra, no Liderança de Propósito, programa realizado entre a SingularityU Brazil e o Distrito Itaqui, o quanto as preocupações às vezes se tornam excludentes.

A mesa do CEO e do C-Level, destaca Poliana Abreu, muitas vezes tem investimentos para tecnologia ou apenas ESG:

“Não há mais necessidade disso. As relações são extremamente convergentes e podemos compreender que as coisas são complementares. Precisamos dar um pulo além do que nos aparece e compreender que os propósitos trarão padrões de desenvolvimento. Tecnologias não farão nada sem motivação nossa.”

Precisamos aprender a encarar as temáticas existentes

Em sua palestra, Poliana Abreu destacou o quanto algumas tecnologias e temáticas são mais subestimadas, em certos momentos presentes e críticos, e superestimadas à longo prazo.

A tecnologia sofre isso. O impacto curto é sempre descrente e, muitas vezes, ouvimos essa questão de “não acreditar” no que está acontecendo. Porém, é algo que, silenciosamente, vai se mostrando concreta com o tempo.

ESG techs sofrem isso de uma maneira extremamente mais intensa. A eletrificação dos carros, por exemplo, ainda é algo que é caro, mas que já possui horizonte de futuro. Mesmo assim, não vemos tantas mudanças de infraestrutura.

A retenção de carbono é algo claramente feito e presente. Há países investindo neste tipo de tecnologia e, cada vez mais, será uma necessidade de desenvolvimento no mundo inteiro e até em diferentes meios – ainda é feito por usinas, mas, com o tempo, será menor e extremamente mais poderoso.

Com as pesquisas mostradas, Poliana demonstrou como o propósito é extremamente importante para o desenvolvimento empresarial. As empresas que estão se sustentando neste pilar procuram inovação e melhora.

A partir de um ponto inicial, as diretrizes e governança se tornam garantias de uma sustentabilidade maior e implica cada vez mais procurar ferramentas para uma melhor produção, cuidado e até inovação.

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A referencialidade como fator de diretriz ao futuro

No último dia de Executive Program, em parceria com o Sest Senat, Sally Dominguez, inventora, futurista e expert global da SingularityU, participou a manhã inteira convidando os empresários do transporte nacional a pensarem sobre o futuro das mobilidades.

Como característica de suas palestras, Sally trouxe diferentes tecnologias que já estão sendo criadas e cada vez mais o público se assustava com tamanha criatividade e criação de novos produtos.

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O que Sally destacou em sua palestra é que apenas os pensamentos sobre mobilidade, direcionados ao futuro, se sustentarão se houver uma preocupação relacionada às cidades e a expectativa de cada vez mais chegar rápido aos destinos.

Nesse sentido, as maiores inovações que estão crescendo exponencialmente se destacam pelo transporte vertical. Cada vez mais teremos drones e veículos que permitam esta locomoção, o que, consequentemente, transformará a estrutura das nossas cidades.

Afinal, há material para isso. Os tetos podem se transformar em colmeias com produtos que serão entregues sem a necessidade de uma cadeia de organização humana. Os carros podem se transformar em células de aglomeração destes produtos, por exemplo, sem a necessidade de saída de um motorista, que logo se tornará autônomo e fará outro serviço nele.

E, diferente de uma angústia e medo, a tarefa é cada vez mais pensar nas possibilidades de jeitos simples, que acolham e passam pelo entendimento da solução. Afinal, o que queremos precisa ser preponderante e maior do que todos os outros processos.

Ideias além dos setores e lucros ainda invisíveis

Outro insight maravilhoso proposto por Sally foi entender que diferentes disrupções podem criar mercados fantásticos e com situações que podem ser otimizadas.

Conforme a eletrificação for tomando forma em nossa existência, cada vez mais os espaços de estacionamento de shoppings, por exemplo, vão se tornar espaços de carregamento, centros de delivery e até sustentação de processos que já são criados.

Afinal, são polos de serviços e, muitas vezes, semelhantes. Por isso, precisarão se redesenhar para atrair atenção e cada vez mais serem práticos, senão, perderão dinheiro, oportunidade e negócio. Energias limpas, como a solar, cada vez mais estarão próximas e de maneira prática. Com terrenos grandes como este estabelecimento, é possível se tornar também um polo produtivo de energia.

Além disso, Sally mostrou como pensamos o uso de hidrogênio ainda de uma maneira extremamente abstrata, mas que pode ser próxima e ainda solucionar outro problema grande que temos em nossa sociedade.

O Brasil desperdiça muito alimento. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, 33% da produção mundial de alimentos é perdida por ano. No Brasil, desperdiçamos 30% dos nossos alimentos, com um número por volta de 46 milhões de toneladas por ano.

Isso poderia ser revertido em centros de produção de energia de biomassa. Segundo Sally, é possível produzir 800kg de hidrogênio renovável por dia com pelo menos 20.000 toneladas de biomassa. Ou seja: é possível resolver um problema, lucrar com ele e ainda resolver a questão da queima de combustíveis fósseis.

A tarefa do futuro seria ainda liar isso com uma combustão que não produzisse CO2, porém, se há essa curiosidade, compreensão de diferentes setores e a proposta, por que não achar uma solução?

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“Chegou a hora de pensarmos muito além do que nossa história permite”, destaca Sally Dominguez

Falar de um tempo em que ainda chegará exige cuidado e muito acolhimento. É um trabalho de pensamento que comprime vontades com extremas responsabilidades para que o caminho que seja tomado não seja infindável ou maléfico.

Para uma futurista e inventora, isso é algo cotidiano e se torna um padrão mental de compreender o futuro. Por isso, o trabalho é também mostrar aos outros como isso pode ser possível.

Este foi o trabalho de Sally Dominguez, faculty global da SingularityU, que atualmente trabalha com a NASA no Centro de Pesquisa Langley construindo a visão de 2040 da empresa. Com mais background próximo de lideranças globais, Sally tem responsabilidade, cuidado e extrema expertise ao tratar do assunto.

Desta vez o assunto principal foi transformar a maneira com que pensamos transporte. Mobilidade é algo a se pensar individualmente, de exoesqueletos, por exemplo, até a questão de repensar a infraestrutura para manter sustentável sistemas autônomos.

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Porém, para Sally, o destaque e que deve ser principal neste momento é não inibirmos com a concepção de realidade que possuímos no momento. Afinal, como Carla Tieppo e Thomas Brieu mostraram, nosso cérebro se constitui majoritariamente de padrões de sobrevivência.

Esperança como inclinação para uma boa liderança

Em sua fala, Sally Dominguez tratou de destacar um ponto extremamente importante para pensarmos o futuro: nosso comportamento como líderes. Diferentemente de olhar apenas execuções, Sally destaca como uma liderança que compreenda o outro e que se permite pensar sobre o futuro é fundamental para criar novas perspectivas.

Afinal, quando há uma esperança e capacidade de olhar o futuro com cuidado, a liderança atua de maneira compreensiva e passa a questionar a si própria nestes cenário. É neste ponto em que nascem as propostas genuínas e que podem ser inovadoras.

Nesse sentido, a inventora e futurista destacou várias abordagens que podem ser colocadas para praticar inovação e disrupção, mas, em todas elas, o primeiro eixo diferencial era a proposição de cada um.

“Terceirizar responsabilização não é escopo do futuro e depende da nossa atuação atual”, ressalta a expert.

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“Você não deve usar I.A. para problemas antigos”, destaca professor de Columbia e Expert SU Global

Mesmo parecendo algo extremamente contraintuitivo, Hod Lipson, Professor de Robótica da Universidade de Columbia, iniciou o terceiro dia do Executive Program, em parceria com o Sest Senat, derrubando algums mitos que o hype em inteligência artificial propõe sobre seus usos.

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A principal corrida que se estabeleceu neste ano foi a tentativa de uso de uma inteligência artificial em nossos processos cotidianos. Por conta das falas, muitos acharam que já era hora de utilizar esta ferramenta e introduzi-la, mas não é assim que funciona.

O crescimento exponencial desta tecnologia é extremamente acelerado. Este movimento não vai mudar e, em um futuro não distante, cada vez mais entenderemos que ela fará parte das nossas experiências, escolhas, estratégias e diretrizes de comportamento.

Por isso, não necessariamente precisamos colocá-las em nossos processos. Na verdade, precisamos entender, segundo Hod Lipson, que a principal função dela é resolver novos problemas e ajudar em soluções que ainda serão necessárias.

O olhar para o futuro

Para Hod Lipson, existem três tipos de tecnologias que as inteligências artificiais estão proporcionando uma realização mais rápida.

Além das questões de tomada de decisão e até simulação de alguns panoramas, essa tecnologia exponencial, aplicada à robótica, tem se mostrado extremamente eficiente na produção de atividades paralelas, fotônicas e quântica.

A I.A. já participa destas construções em processo que podem ser feitos mimetizados ou até para ajudar os já existentes. Ao mesmo tempo, as tecnologias que utilizam de luz para alguns processos de execução (como em lasers) e até para rever sua própria atividade, com a computação quântica e ir além do machine learning (data-driven) tão utilizado hoje.

Os dados hoje são principais matérias-primas e fontes de riqueza para as empresas. Quanto mais o tempo passa, cada vez mais há uma construção de ambientes para a leitura das plataformas e que permitam uma nova leitura dataficada do mundo.

Porém, o futuro é algo além disso e a tentativa, tal como Alexandre Nascimento mostrou no dia anterior, é até anteriorizar este processo e sugestionar o que pode ser necessário para cada um.

Portanto, neste momento histórico, a nossa tentativa é compreender de que maneira estaremos dentro deste movimento de inovação e de que jeito pode ser benéfico para nossos próximos passos. Por isso, reconhecer e ter diagnósticos sobre os problemas que já existem são importantes, para entendermos como a I.A. pode servir como algo muito maior do que apenas uma solução pontual.

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“Não adianta investir em segurança se a sua tecnologia está obsoleta”, destaca staff engineer global do Google

A digitalização é presente em nossa vida e será, cada vez mais, algo extremamente participativo da nossa experiência como indivíduos.

Quem não compreender isso, ficará de fora do jogo global. As inovações com inteligência artificial, principalmente, tratarão de participar de todas as formas de empoderamento das empresas: desde as tomadas de decisão, cuidado, dados e informações.

O nível operacional, tático e estratégico passará por uma leitura de dados, por isso, cada vez mais, é necessário que também possamos nos proteger dessa nova fronteira que está se estabelecendo.

A palestra de Marcelo Pinheiro, staff engineer do Google, trouxe essa concepção para lidarmos com o que o futuro nos apresentará. Para acalmar corações, a primeira estratégia é compreender e reconhecer as vulnerabilidades que existem em nossos negócios.

Cibersegurança é lidar com prevenção e, em algumas oportunidades, perdas. O risco é algo que sempre teremos e nossas ações antecipadas serão direcionadores se haverá algum incidente ou não.

Mais do que isso: a diretriz do negócio que vai decidir o que acontece. Proteção não é algo da área de tecnologia e muito menos algo passageiro. É preciso conhecer desde o conselho e dos meandros de governança administrativa, a fim de que as principais proteções sejam acionadas, colocadas e escolhidas.

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Quem está nos mirando?

Essa pergunta foi respondida com facilidade por Marcelo Pinheiro. Constantemente e em quase todos os instantes de nossa vida, as proteções de informação sofrem ataques. Como o especialista brincou: “É uma série de auditorias”.

Os criminosos são parte destas ações, mas, hoje em dia, os ativistas, ataques entre nações, conflitos de interesses e até motivações individuais estão neste front de batalha. E isso não acontece de maneira distinta.

Todos os setores de transporte são afetados. O marítimo tem uma proteção diferente por conta de sua geolocalização em alguns momentos, mas também está tão suscetível quanto as outras.

Afinal, na cadeia mais frágil de acesso está o humano. Phishing e e-mails ainda são majoritariamente os caminhos de ataques (94%). As táticas rápidas são mudadas, fornecidas e até facilmente mudadas enquanto está sendo acessado.

Por isso, Marcelo dá dicas para a construção de uma criação permanente de Conselho sobre Cibersegurança no Setor do Transporte. Afinal, a reunião de dados e cuidado são questões similares nesta área, mas exige uma complexidade de entendimento dos aparatos de trabalho existente – Principalmente pelo modo como os trabalhadores se comportam.

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“Comunicação não é o que você diz: é o que o outro escuta”, destaca Thomas Brieu

A tarde do segundo dia de Executive Program, em parceria com o Sest Senat, começou em consonância com a manhã sobre o entendimento dos nossos padrões mentais corpóreos.

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Dessa vez, os padrões mentais estão relacionados às questões de comunicação. Thomas Brieu, especialista em comunicação e escutatória, trouxe incríveis insights sobre a maneira pela qual podemos ir além de nossos vícios e produzir comunicações que realmente escutem, envolvam e consiga criar vínculos de engajamento com as pessoas ao nosso redor.

A aceleração já foi palco das conversas neste programa. Nossa percepção está cada vez mais deslocada e quase tudo se transforma durante estas interações, menos a relação entre indivíduos.

Ao mesmo tempo, por conta do exponencial aumento de informações, fisiologicamente tentamos dar conta de diferentes pontos de estímulos. Nossa atenção fica cada vez mais limitada para as interações e se perdem no mar de experiências digitais.

O que se vai neste período? Nosso corpo. Nossa empatia e imaginação se vão junto com estes processos e, cada vez mais, colocamos a angústia neste lugar de relação que antes era preenchido pelo outro.

Por isso, a tarde de segunda-feira fria em Embu das Artes foi tomada por uma ideia extremamente interessante e profunda. Compreender o que é necessário, saber colocar o corpo nas comunicações que são produzidas, e entender o porquê deste estado de apreensão do outro ser melhor executado com este corpo presente.

Referenciais, cuidados e tomadas de decisão

Thomas Brieu tem uma gama de definições para os tipos de perguntas que são colocadas. Existem algumas que não colocam a escuta em trabalho, outras impõe limite para quem escuta, algumas conseguem atribuir atenção e até criar vínculo.

Porém, antes disso, é interessante perceber que há uma necessidade de compreender para quem a mensagem está sendo colocada. Comunicação precisa de um outro que o compreenda, que participe da criação desta interação.

Por isso, entender referenciais é uma estratégia crucial para que a comunicação seja produzida de uma maneira compreensiva, em tom de entendimento e efetividade. A realidade é multifacetada e, se mantermos nossos padrões reativos de comunicação, teremos apenas dois movimentos de repulsa e aproximação.

Mas, assim como na palestra de Carla Tieppo, urge uma nova necessidade das lideranças de perceberem de que maneira estamos agindo, como podemos fazer diferentes leituras e de que jeito podemos mudar os padrões mais simples até encontrar os hábitos mais complicados.

Afinal, diálogos e negociações são necessários e precisamos, cada vez mais, promover este tipo de compreensão. É um papel extremamente difícil, que existe vulnerabilidade e atenção, mas seu resultado é extremamente prolífico e cada vez mais estamos em constante aprendizado.

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Precisão e agilidade não podem continuar sendo as únicas diretrizes para nossa vida

O que realmente podemos aos colaboradores, dado o estado em que nos encontramos atualmente?

A pergunta de milhões é o que move os estudos de Carla Tieppo. Em sua fala, apresentado nesta terça-feira, no Executive Program, em parceria com o Sest Senat, a pesquisadora e professora da Santa Casa passou a mostrar como nossos padrões neurais são cada vez mais importantes para compreendermos o estado atual de nossos comportamentos.

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Afinal, há uma tendência e necessidade para que a produção dê conta dos processos atuais. Porém, a maneira que isso está sendo feito não é a melhor otimizada, mesmo parecendo ser eficiente.

Carla mostra como nossa eficiência, como seres humanos, funciona por rapidez e pela questão da necessidade. Somos feitos de instantes. Estas nossas interpretações, ter ideias centrais e fixas em nossos pensamentos, apreender tudo pela experiência já produzida, foi o que “nos trouxe até aqui”.

O sistema lento não é solução, como pensam. Temos que saber o que e como melhorar o nosso próprio sistema neurológico rápido, em que ele seja utilizado por sua energia correta.

A fala de Carla Tieppo se intensifica cada vez mais para entendermos que temos uma rigidez e que ela provém de uma historicidade, composta por uma contingência de experiências. Com isso, faltam aspectos de diferenciação e diálogos que fomentem a diferença.

Precisão e agilidade como fomento para uma eficiência maior em menos tempo não é o principal componente para que as produções sejam otimizadas. É preciso compreender esta noção, para reconhecer nossos vícios e desejos, para só então tentar lidar com o diferente.

Concepções de padrões para liderança

Todas estas ideias são apresentadas para falarmos sobre as principais questões de liderança nas empresas. Nada disso será importante ou se quer fará sentido se não houver uma preocupação com quem escolhe aonde as energias serão dedicadas.

Colaboradores são parte de uma instituição e que tem seus serviços, mas as diretrizes precisam ser também de preocupação quanto ao humano ali designado.

Por isso, Carla retoma este assunto do cuidado com os padrões, vícios e sistemas rápidos para que não haja essa contínua problema dos entraves energéticos.

O problema não está em parar ou mudar a concepção, mas em como podemos utilizar este aspecto de nossa vida para melhorarmos e buscarmos a abundância. Por isso, governança é um fator crucial para que possa florescer, crescer e diversificar ações que tragam uma melhoria de desempenho.

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“Não é a competição que garante disrupção”, afirma David Roberts

O senso comum ainda crê que temos uma constante mudança e movimentação nos nossos processos produtivos por conta da competição entre empresas.

Isso é a maior e mais falsa simetria existente. Empresas não competem, em sua principal atribuição, com outras, mas consigo mesmas. Há, antes de uma disputa externa, uma principal motivação interna para que a empresa consiga se manter em alto nível.

As disrupções, proporcionadas pela tecnologia, são os principais motores para colocar empresas em principais pontos de consumo, visibilidade e preponderância no mercado.

O principal sinal disso é a criação de outros mercados e é por isso que a competição não é indicativo da transformação. Antes, o que falávamos que seria o entendimento de computação e digitalização que daria condições para um ótimo futuro, hoje está perdendo seu lugar para a ideia da Nova Teoria da Disrupção.

É isso que David Roberts, expert global da SingularityU, propôs em sua fala no Executive Program em parceria com o Sest Senat. Para o especialista em disrupção, é hora de compreendermos a lógica que está por trás das transformações que o mundo já sofreu.

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Tudo começa pelo entendimento da competição. A Nova Teoria da Disrupção implica entender que há consequências desta transformação, que passam pela produção de um novo mercado, uma diversidade de outros componentes e precificação possível para o público.

Por isso, a competição principal não é a externa e isso se difere da inovação. Se trata de compreender que precisamos enxergar a abundância deste processo, muito mais do que apenas aquisições e conquistas lineares.

Existe uma “veia” da disrupção?

Olhar questões de inovação não é necessariamente o caminho da disrupção. Por isso, David Roberts faz este questionamento e o circunda por toda sua palestra. O que se pode afirmar é que a estabilidade já não garante qualquer tipo de processo estável.

Produtos mais caros, não diversos e que não criam um novo mercado, tecnicamente, só mantém os processos que já são existentes. Disrupção se trata de mudança.

A transformação é um processo contínuo e imutável. A impermanência foi palco de constantes meditações na filosofia oriental, por milênios, e isso continua aqui como uma lei da natureza.

As empresas que não entenderem isso perderão espaço. Crescimento linear não é mais sinônimo de estabilidade e segurança. O crescimento exponencial é o indicativo de principais sucessos no mundo de hoje.

Por conta dessa concepção, diferentes indústrias perceberam a necessidade de disruptar, ao invés de apenas inovar. Desde 2014 estamos percebendo este tipo de mudança e reconhecendo como a capacidade de startups podem nos ajudar a promover modificações nas próprias indústrias, como o venture capital.

E o porquê de uma característica tão específica das startups é bem simples: as disrupções não são anunciadas, transparentes e muito menos claras. É uma característica da disrupção, segundo David Roberts, ser elusiva, se esgueirar durante os processos e aparecer em destaque assim que está solidificada.

Por esta razão a Gartner e Deloitte fazem trabalhos anuais sobre diversos tipos de tecnologias e seus momentos de atuação. É preciso monitorar, entender o que está sendo produzido e de que maneira podemos ser parte desse processo, porque o usuário sempre será aquele que gasta mais do que ganha nesta oportunidade.

O que antes era garantia de um processo estável e a longo prazo, hoje é visto como uma rigidez que não vai permitir o crescimento do futuro. David inclusive aconselha o público presente: “Não adianta apenas olhar o passado e que ele é diretriz de observação do futuro”.