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Comunicado Oficial – Comitê de Prevenção e Cuidados COVID-19 SU Brazil

Com o estado de pandemia de Coronavírus declarado na última quarta-feira, 11 de março, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a SingularityU Brazil gostaria de comunicar a todos que está alinhada com as orientações do Governo brasileiro, do Ministério da Saúde e do Centro de Contingência do Coronavírus do Estado de SP.

Nossa posição é de serenidade, prudência e respeito ao bem-estar público. Estamos preparados para ajudar a combater o Coronavírus e, por isso, estamos divulgando o summit virtual sobre o COVID-19 da Singularity University.

O evento reúne profissionais e especialistas de diversas áreas como Dr. Divya Chander (Neurociência), Dra. Tiffany J. Vora (Medicina & Biologia Digital), Dr. Daniel Kraft (Medicina), Dr. Eric Rasmussen (Resiliência a Desastres, Saúde Global), Raymond McCauley (Biologia Digital), Dr. Mariana Dahan (Identity Management), Dr. David A. Bray (Impacto, Disrupção), Amory B. Lovins (Energia), Dr. Robert Muggah (Segurança, Cidades Inteligentes e Data Visualization), Elie Losleben (Diversidade, Inclusão e Liderança), Dr. Sonny Kohli (Aparelhagem Médica & Wearables), Alex Gladstein (Blockchain, Governança), Jamie Metzl (Futurista), James Ehrlich (Cidades Inteligentes & Meio Ambiente), Charlene Li (Liderança, Disrupção e Customer Experience), Gary Bolles (Futuro do Trabalho), Aaron Frank ((Realidade Aumentada e Realidade Virtual), Peter Xing (Transhumanismo), Lisa Andrews (Finanças e Negócios), Onicio Leal Neto (PhD em Saúde Pública), Christina Gerakiteys (Propósito Transformacional & Impacto), Paul D. Roberts (Innovation Design e Estratégia), Chipp Norcross (VP de Programas de Família & Aprendizado).

O Summit Virtual é gratuito e acontece de 16 a 18 de março pelo link: https://su.org/summits/covid-19-virtual-summit

Com objetivo de preservar a segurança e a saúde de nossa base de clientes, parceiros e colaboradores, estamos redefinindo formatos, cronogramas e rotinas de trabalho de nossas equipes internas e externas.

Por ora, estamos mantendo a data do programa Executive Program que acontece de 28/06 a 02/07 e estamos adiando o evento Exponential Agribusiness Summit que aconteceria em 12 de agosto em Brasília.

Avisaremos sobre a nova data em breve.

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Como a inteligência de dados pode ajudar no enfrentamento do coronavírus

A confirmação de pandemia pela OMS (Organização Mundial de Saúde) abriu um novo capítulo na crise global desencadeada pelo coronavírus. Em um cenário de medo e incerteza, a inteligência de dados pode ser uma ferramenta essencial para coordenar ações coletivas de acesso a informações públicas e tomadas de decisão. É o que diz Onicio Leal Neto, epidemiologista, cientista, PhD em Saúde Pública, pesquisador sênior do departamento de Economia da Universidade de Zurich e cofundador da Epitrack.


Palestrante confirmando do “COVID-19 The State & Future of Pandemics”, summit virtual da Singularity University que acontecerá de 16 a 18 de março (a inscrição é gratuita), Onicio falou com o blog da SU Brazil sobre como a tecnologia pode ser usada para a ajudar governos e organizações a navegar nesse momento de crise.

Qual é o papel da inteligência de dados no cenário apresentada pelo coronavírus?

Não é a primeira vez que a humanidade vivencia uma pandemia, mas talvez seja a primeira vez estejamos atravessando uma pandemia com uma pulverização tão grande de informação através de meios tecnológicos, como temos observado.
E isso, é claro, gera muitos desafios na tentativa de coordenar informações confiáveis, evitar fakenews e fazer uso correto das mídias sociais em uma situação tão crítica como essa do COVID-19. Felizmente, o uso de tecnologias e inteligência de dados no combate a situações como essa não é algo novo. Já existem plataformas que se utilizam de inteligência coletiva na coleta de informações sobre o surgimento ou ocorrência de doenças, há pelo menos 10 anos.

A sociedade tem um papel fundamental no manejo e alimentação de sistemas como esse que preenchem a lacuna que existe entre o adoecimento do indivíduo e o momento em que ele é contabilizado como um caso confirmado, no sistema de saúde. A inteligência coletiva é capaz de gerar uma antecipação em relação a número de casos, por exemplo. E, se conseguimos antecipar uma situação, conseguimos minimizar os danos que essa situação pode causar.

Nos EUA temos movimentos como a “Citizen Scientist Association” que é o envolvimento do público em pesquisas científicas – sejam pesquisas conduzidas pela comunidade ou investigações globais. Educadores, cientistas e gerentes de dados se unem para fomentar a ciência cidadã.

Na Europa, também existem movimentos de ciência participativa em que o cidadão comum é agente imprescindível. Os governos se beneficiam com sistemas como esse, que agem de maneira complementar às abordagens tradicionais. Quando os sistemas atuais de vigilância e saúde em governos (não só no Brasil, mas em outros lugares do mundo) precisam levantar informações em tempo oportuno, sistemas como esses colaboram de maneira rápida.

Como o crowdsourcing e o mobile health podem ser usados em situações como essa?

Crowdsourcing e plataformas de mobile health têm sido muito utilizadas nos EUA, Canadá, Porto Rico, por boa parte Europa e, também, no Brasil. Essas ferramentas demandam que seus usuários forneçam detalhes sobre seus sintomas e, a partir dessas informações, é possível identificar tendências referentes às doenças, gerando mapas de risco.

Essas tecnologias atuam diretamente na antecipação de riscos de ocorrência ou disseminação de surtos de doenças. Viabilizando, assim, um planejamento mais assertivo, para que os danos não sejam tão extensos – como seriam se não tivéssemos uma abordagem como essa.

O Brasil esteve no hall de países que utilizaram essa tecnologia em grandes eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Recentemente, o Governo Federal lançou uma plataforma que solicita informações dos cidadãos sobre seus sintomas com o intuito de mapearem regiões com alguma tendência de ocorrência de surtos.

A parte positiva de uma situação como essa é que a gente começa a ressignificar velhos métodos, velhas estratégias, e começa a buscar inovação na contenção surtos, epidemias e pandemias.


Como a tecnologia pode ser aplicada na resolução direta do desafio atual da sociedade?

A tecnologia em uma situação como essa não se resume à coleta de dados. O usuário não tem apenas a obrigação de fornecer dados sobre a sua saúde.

Sim. Essas tecnologias informam o usuário e passam uma mensagem: você é parte da construção de um cenário de melhoria na saúde pública. O cidadão se vê como parte fundamental na coleta de informações que a comunidade médica e científica utilizarão para definir cenários e diretrizes.

Quando você traz o cidadão para perto e o coloca como ator estratégico na construção coletiva de informações, isso tem um grande ganho: ele se sente parte daquilo e fica muito mais engajado com a situação, ajudando e melhorando sistemas, com dados recorrentes.

A tecnologia tem esse papel de ser um meio para unir pessoas em busca de soluções para situações brandas ou mais críticas, como essa que estamos vivendo. O coronavírus acaba sendo uma oportunidade de mudarmos velhos conceitos e partir para o que de fato pode melhorar essa situação.

Já temos casos de boas práticas em relação ao COVID-19?

Aqui na Suíça, empresas estão começando a pedir para que seus funcionários não venham trabalhar, com o intuito de protegê-los. E, realmente, agora é um momento muito sensível de proteção ao bem-estar coletivo. Então, práticas organizacionais que visam evitar o contato social colaboram no que pode ser um dos principais pilares na contenção do avanço no número de casos.

Se não existe contato entre pessoas doentes – ou pessoas que têm o vírus, mas estão assintomáticas – com pessoas saudáveis, é óbvio que os casos diminuirão. E as empresas precisam entender que, em algum momento, essa interrupção da relação social será necessária. Pelo menos de uma maneira temporária, por um bem muito maior que é evitar a disseminação do vírus.

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Carros voadores: o que falta para virar realidade

Leonardo da Vinci projetou desenhos para um “movimento aéreo em forma de parafuso” na década de 1480, mas o vôo vertical prático não surgiu até meados do século XX. A habilidade de decolar e pousar em qualquer lugar parecia definir o futuro. Na realidade, os altos custos operacionais, o ruído irritante do rotor e o ponto único de falha inatos aos helicópteros impediam que eles se tornassem opções de trânsito acessíveis e amplamente aceitas. As companhias aéreas de helicópteros aumentaram e diminuíram durante as décadas seguintes, e o destino dessas empresas foi sendo traçado pelo aumento dos custos de combustível e alguns acidentes proeminentes.

Os projetos atuais de táxi aéreo elétrico e híbrido-elétrico, possibilitados por melhorias contínuas na densidade de armazenamento de energia e na propulsão elétrica, prometem resolver os problemas fundamentais apresentados pelos helicópteros. Além dos custos de combustível consideravelmente mais baixos oferecidos pelos veículos de decolagem e aterrissagem vertical e híbridos elétricos, os motores elétricos são mais simples e mais baratos de se manter do que os motores de turbina. A propulsão elétrica distribuída – potencializando em torno de quatro a dezenas de rotores energizados separadamente – pode reduzir a emissão total de ruído do veículo e descartar as preocupações com a segurança associadas a um único rotor principal (embora as baterias tenham seus próprios desafios significativos de segurança).

A proposta de valor do trânsito em 3D

Há uma razão pela qual as pessoas com recursos viajam de helicóptero e aviões particulares: é muito mais rápido do que seguir pelas ruas cada vez mais congestionadas, embora o tráfego aéreo seja limitado pelos locais de pouso disponíveis. Comparando uma viagem de carro de 482 km a um voo de avião, o céu é certamente a melhor opção – mas para uma viagem de 32 km pela cidade, como a mobilidade aérea urbana espera oferecer, há muito menos tempo para se economizar.

Mas e se a rota proposta contiver um obstáculo geográfico que impeça viagens rápidas no solo, como o porto de Vancouver – ou condições de tráfego tão ruins quanto Mumbai, São Paulo ou Los Angeles? A Blade Air Mobility, que atualmente oferece serviço na cidade de Nova York, a partir de um heliporto na Baixa Manhattan até o aeroporto JFK (e muitos outros destinos), cobra US$ 200,00 por uma viagem de helicóptero de cinco minutos sobre o East River, que atualmente leva mais de uma hora de táxi ou transporte público.

Obviamente, a experiência da Blade não leva somente cinco minutos para ir de porta em porta, especialmente se o destino final de uma pessoa não é um heliponto ou um aeroporto. Uma vez que incluímos o tempo do trânsito terrestre de e para o helicóptero, além da espera da partida, jornalistas do New York Post descobriram que esse serviço era três minutos mais lento que o transporte público.

A proposta de valor de tempo por dinheiro da mobilidade aérea urbana dependerá da redução do tempo gasto viajando de e para os nós de transporte aéreo e do aumento da produtividade dos passageiros. O transporte aéreo comercial geralmente é desconectado de outras formas de transporte urbano; os aeroportos quase sempre estão além dos limites da cidade – fora do alcance de restrições complicadas de zoneamento e espaço aéreo.

A mobilidade aérea urbana deverá ser adequadamente integrada às opções existentes e futuras de metrô, ônibus e outros meios de transporte público para que a economia de tempo total da viagem ao ar seja realizada. Atualmente, muitas cidades também não têm heliportos suficientes para construir uma rede útil de destinos; um desafio que as empresas de investimento em infraestrutura e desenvolvimento imobiliário estão começando a enfrentar.

Além de gerar economia de tempo, o custo do transporte urbano em 3D para o consumidor deve diminuir para que se torne um mercado digno das avaliações, estimadas na casa dos trilhões de dólares, feitas por analistas.

Blade, Uber e Voom, apenas para citar algumas empresas, reduziram substancialmente o custo do transporte sob demanda de helicópteros, de milhares de dólares por viagem para aproximadamente US$ 200 através da tecnologia, dados, e compartilhamento de viagens. Os veículos elétricos e, eventualmente, a autonomia prometem reduzir ainda mais esse custo, mas isso será suficiente para apresentar uma alternativa viável em termos de custo para carros e transporte público?

A mobilidade aérea urbana também está tentando atingir uma meta de custo móvel, à medida que fabricantes de automóveis e empresas de tecnologia investem bilhões em recursos de direção autônoma, veículos elétricos e recursos avançados de fabricação – todos os quais ameaçam reduzir o custo e a fricção do transporte baseado em carros, que tem a enorme vantagem física de não ter que superar a gravidade. O Uber revolucionou a experiência do carro sob demanda de maneiras inimagináveis ​​há 10 anos. Com o que os táxis aéreos terão que concorrer quando estiverem certificados e prontos para o horário nobre?

Texto traduzido e adaptado do Singularity Hub

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O poder de processamento do cérebro humano

Use um supercomputador a cada segundo de cada dia e, eventualmente, seu armazenamento será preenchido, sua velocidade diminuirá e seus componentes queimarão.

Mesmo assim nossos cérebros funcionam com uma eficácia surpreendente em quase todos os momentos de nossas vidas. Por 40 anos, os cientistas se perguntam como os delicados componentes biológicos, anexados em uma pilha aparentemente caótica, podem manter o armazenamento contínuo de informações por décadas. Mesmo quando neurônios individuais morrem, nossas redes neurais se reajustam, refinando suas conexões para sustentar a transmissão de dados ideal. Diferentemente de um jogo de telefone com mensagens que se deterioram cada vez mais, de algum modo nossos neurônios se auto-agrupam em um estado “mágico”, onde eles podem renovar quase todos os componentes individuais de sua composição proteica interior, mas ainda assim mantendo as memórias armazenadas.

Recentemente, uma equipe da Universidade de Washington, em St. Louis, combinou gravações neurais de ratos com a modelagem computacional para desvendar um dos maiores mistérios do cérebro: por que, mesmo com componentes barulhentos, ele é tão poderoso? Ao analisar os padrões de disparo de centenas de neurônios ao longo de dias, a equipe encontrou evidências que sustentam um tipo de “regime computacional” que pode estar por trás de todos os pensamentos e comportamentos que surgem naturalmente de faíscas elétricas no cérebro – incluindo a consciência.

A resposta, por acaso, origina-se de uma ideia confusa e controversa da física teórica: a criticidade. Pela primeira vez, a equipe observou um “puxão” abstrato que atrai as redes neurais de volta a um estado funcional ideal, para que nunca se afastem de seus dedicados “pontos de ajuste”, determinados pela evolução. Ainda mais impressionante? Essa força atraente de alguma forma surge de um universo oculto de leis físicas enterradas na arquitetura de redes neurais inteiras, sem nenhum neurônio ditando seu curso.

“É uma idéia elegante que o cérebro possa sintonizar uma propriedade emergente a um ponto perfeitamente previsto pelos físicos”, disse Dr. Keith Hengen, autor principal do estudo

Ponto de atração

O “ponto de atração” é uma maneira matemática de descrever o equilíbrio das forças naturais (como a música de Guerra nas Estrelas). Um exemplo fácil de imaginar é uma mola em formato espiral, como as que estão dentro dos colchões: você pode esticá-las ou esmagá-las ao longo dos anos, mas elas geralmente voltam ao estado inicial.

Esse estado inicial é um atrator. Um princípio semelhante, embora muito mais abstrato, orienta a atividade neural, especialmente os principais fatores de comunicação do cérebro: neurônios inibitórios e excitatórios. Pense neles como o yin e yang da atividade elétrica no cérebro. Ambos enviam “picos” de eletricidade a seus vizinhos, com os neurônios inibitórios enfraquecendo a transmissão, e os excitatórios, amplificando a mensagem. Quanto mais sinais chegam, mais picos eles emitem – algo chamado de “taxa de disparo”, como a música de batidas por minuto da atividade cerebral.

Ainda assim, até os neurônios individuais têm um nível limitado de ativação. Normalmente, eles nunca podem disparar tanto que isso atrapalhe suas estruturas físicas. Em outras palavras, os neurônios são autolimitados. Em uma escala mais ampla, as redes neurais também possuem um sintonizador “grã-fino” global que funciona na maioria das sinapses: estruturas em forma de cogumelo que se projetam dos ramos neurais, onde os neurônios se comunicam.

Se a rede ficar muito excitada, o sintonizador se reduzirá a sinais de transmissão “silenciosos” antes que o cérebro se ative em um estado de caos – vendo coisas que não existem, como na esquizofrenia. Mas essa redução também impede que as redes neurais se tornem apáticas, como pode acontecer em outros distúrbios neurológicos, incluindo demência.

“Quando os neurônios se combinam, eles buscam ativamente um regime crítico”, explicou Hegen. De alguma forma,os grupos de neurônios interligados alcançam um estado de atividade bem na fronteira do caos e da quietude, garantindo que eles idealmente tenham alto nível de armazenamento e processamento de informações – sem cair em uma avalanche de atividades e subsequente exaustão.

Olhos bem fechados

A compreensão de como o cérebro atinge a criticidade é enorme, não apenas para preservar as habilidades do cérebro com a chegada da idade e de doenças, mas também para construir melhores máquinas que imitam o cérebro. Até agora, segundo a equipe, o trabalho sobre criticidade tem sido teórico; nós queríamos identificar sinais reais no cérebro.

A equipe de Hegen aproveitou os eletrodos modernos de alta densidade, que podem gravar a partir de centenas de neurônios por um período de dias. Eles deram início com duas perguntas: 1) o córtex – a região mais externa do cérebro envolvida em funções cognitivas superiores – consegue manter a atividade cerebral em um ponto crítico? 2) isso acontece por causa dos neurônios individuais, que tendem a restringir seus próprios níveis de atividade?

Aí vem a parte divertida: ratos com tapa-olho de pirata. O bloqueio da entrada de sinais luminosos em um olho causa uma reorganização gigantesca da atividade neural ao longo do tempo, e a equipe monitorou essas alterações durante uma semana. Primeiro, em ratos correndo ao redor de suas gaiolas com eletrodos implantados, a equipe registrou sua atividade neural enquanto os animais tinham os dois olhos abertos. Usando um método matemático para analisar os dados em “avalanches neuronais” – cascatas de picos elétricos que permanecem relativamente locais em uma rede – a equipe descobriu que o córtex visual ondulava à beira da criticidade, independentemente se era em plena luz do dia ou à noite. Pergunta um, resolvida.

Em seguida, a equipe tapou um único olho em seus ratos. Depois de pouco mais de um dia, os neurônios que carregam informações do olho de pirata ficaram quietos. No entanto, no quinto dia, os neurônios se recuperaram, de volta à ativa para seu padrão “atrator” – exatamente o que a equipe previu.

No entanto, surpreendentemente a criticidade da rede não seguiu uma linha do tempo semelhante. Quase imediatamente após bloquear os olhos, os cientistas viram uma mudança maciça em seu estado de rede longe da criticidade – isto é, longe da computação ideal.

“Parece que, assim que há uma incompatibilidade entre o que o animal espera e o que está passando por esse olho, a dinâmica computacional se desfaz”, disse Hengen.

Em dois dias, sobretudo, a rede retrocedeu a um estado de quase criticidade, muito antes dos neurônios individuais recuperarem seus níveis de atividade. Ou seja, a computação máxima no cérebro não ocorre porque os componentes individuais dos neurônios também estão trabalhando no máximo; pelo contrário, mesmo com componentes imperfeitos, as redes neurais convergem naturalmente para a criticidade ou para soluções ideais.

Venha à tona

Fenômenos emergentes, como pensamento e consciência complexos, são frequentemente conduzidos a discussões filosóficas. Será que nossas mentes são mais do que somente um disparo elétrico? Existe alguma propriedade abstrata e especial, como o “qualia” (termo usado na filosofia que define as qualidades subjetivas das experiências mentais conscientes), que se origina de leis físicas mensuráveis?

Em vez de recorrer a teorias sem argumentos, a equipe seguiu o segundo caminho: eles foram atrás das bases biológicas da criticidade. Usando métodos computacionais, eles experimentaram vários modelos diferentes do córtex visual, brincando com vários parâmetros até encontrar um modelo que se comportasse da mesma maneira que seus ratos de um olho só.

Exploramos mais de 400 combinações de parâmetros diferentes, segundo a equipe, e menos de 0,5% dos modelos corresponderam à nossa observação. Os modelos bem-sucedidos tinham uma coisa em comum: todos apontavam para conexões inibitórias como o ponto crucial para alcançar a criticidade.

Em outras palavras, o cálculo ideal no cérebro não se deve ao pó mágico das fadas; a arquitetura das conexões inibitórias é uma raiz fundamental sobre a qual princípios físicos abstratos e complexos, como a criticidade, podem crescer e orientar a função cerebral.

Essas são notícias extremamente boas para o aprendizado profundo e outros modelos de IA. Atualmente, a maioria utiliza poucas conexões inibitórias, e o estudo aponta imediatamente para uma maneira de avançar em direção à criticidade em redes neurais artificiais. Armazenamento maior e melhor transmissão de dados – quem não quer isso? Indo ainda mais longe, para alguns, a criticidade pode até representar uma maneira de definir a consciência em nossos cérebros e potencialmente em máquinas, embora a idéia seja controversa.

Ainda mais em breve, a equipe acredita que a criticidade pode ser usada para examinar redes neurais em distúrbios neurológicos. A auto-regulação debilitada pode resultar em Alzheimer, epilepsia, autismo e esquizofrenia, disse Hengen. Os cientistas sabem há muito tempo que muitos de nossos distúrbios cerebrais mais preocupantes se devem a desequilíbrios na rede, mas é difícil identificar uma causa exata e mensurável. Graças à criticidade, podemos finalmente ter uma maneira de dar uma espiada no mundo oculto das leis físicas em nossos cérebros – e ajustá-las à saúde.

“Intuitivamente, faz sentido que a evolução tenha selecionado os pequenos fragmentos que dão origem a uma solução ideal [na computação do cérebro]. Mas o tempo dirá. Há muito trabalho a ser feito “, disse Hengen.

Texto traduzido e adaptado do Singularity Hub

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Um novo cenário para o mercado de alimentação

Comida. O que comemos e cultivamos será profundamente transformado na próxima década.

A agricultura de interior já é projetada para ser uma indústria de US$ 40,25 bilhões até 2022, com uma taxa de crescimento anual composta de 9,65%. Enquanto isso, a indústria de impressão 3D para alimentos deve chegar a uma taxa ainda mais alta, com média de 50% de crescimento anual.

E as tecnologias exponenciais convergentes – da ciência dos materiais à agricultura digital conduzida pela IA – não estão desacelerando. Os atuais avanços em breve permitirão que nosso planeta aumente sua produção de alimentos em quase 70%, usando uma fração do setor imobiliário e dos recursos, para alimentar 9 bilhões até metade do século.

Qual alimento você consome, como ele foi cultivado, e como ele vai parar no seu estômago? Todos esses processos vão pegar carona na onda dos exponenciais convergentes, revolucionando as necessidades humanas mais básicas.

Impressão de Alimentos
A impressão 3D já teve um profundo impacto no setor manufatureiro. Agora, podemos imprimir em centenas de materiais diferentes, produzindo qualquer coisa, desde brinquedos a casas, e até órgãos. No entanto, estamos finalmente vendo o surgimento de impressoras 3D que podem por si só imprimir alimentos.

A startup israelense Redefine Meat, por exemplo, quer combater a produção industrial de carne usando impressoras 3D que podem fabricar carne, sem necessidade de animais. A impressora absorve gordura, água e três fontes diferentes de proteínas vegetais, usando esses ingredientes para imprimir uma matriz de fibra de carne com gordura e água comprimidas, imitando assim a textura e o sabor da carne real. Com lançamento previsto para 2020 (a um custo de US$ 100.000), suas máquinas estão rapidamente se tornando mais acessíveis para clientes a utilização em escala industrial.

O Anrich3D, por sua vez, visa levar esse processo um passo adiante: refeições de impressão 3D personalizadas de acordo com registros médicos e padrões de saúde dos consumidores. Atualmente em fase de pesquisa e desenvolvimento na Universidade Tecnológica de Nanyang, em Cingapura, a empresa espera fazer seus primeiros testes de degustação em 2020. Estas são apenas algumas das muitas startups de impressão 3D de alimentos que estão surgindo. Os benefícios de tais inovações são ilimitados.

A impressão 3D de alimentos não só garantirá aos consumidores o controle sobre os ingredientes e misturas que eles consomem, mas também está começando a permitir novas inovações no sabor, democratizando opções de refeições muito mais saudáveis ​​em categorias da culinária recém-personalizáveis.

Agricultura Vertical
A agricultura vertical, na qual os alimentos são cultivados em pilhas verticais (nos arranha-céus e nos prédios, e não nos campos), marca um caso clássico de tecnologias exponenciais convergentes. Na última década, a tecnologia passou de um punhado de experimentos em estágio inicial para uma indústria em crescimento.

Hoje, a refeição americana média percorre de até 4 mil quilômetros para chegar ao prato do consumidor. Conforme resumido pelo pesquisador do Instituto Worldwatch, Brian Halweil, “estamos gastando muito mais energia para levar comida para a mesa do que a energia que obtemos ao ingeri-la”. Além disso, quanto mais alimentos saem do solo, menos nutritivos eles se tornam, perdendo em média 45% de sua composição nutritiva antes de serem consumidos.

Além de reduzir as perdas de tempo e transporte, a agricultura vertical elimina uma série de problemas na produção de alimentos. Baseando-se em hidroponia e aeroponia, as fazendas verticais nos permitem cultivar 90% menos água do que a agricultura tradicional – o que é fundamental para o nosso planeta cada vez mais sedento.

Um dos principais players do setor é a americana Plenty Inc. Com mais de US$ 200 milhões em investidos pelo Softbank, a Plenty está adotando uma abordagem tecnológica inteligente para a agricultura de interior. As plantas crescem em torres de 6 metros de altura, monitoradas por dezenas de milhares de câmeras e sensores, otimizadas por grandes conjuntos de dados e aprendizado de máquina. Isso permite que a empresa empacote 40 plantas no espaço anteriormente ocupado por 1. O processo também produz rendimentos 350 vezes maiores que as terras agrícolas ao ar livre, usando menos de 1% da quantidade de água.

Outra startup importante do setor é a Aerofarms. A tecnologia desenvolvida pela empresa permite cultivar até 900 toneladas de folhas verdes sem luz solar ou solo. Para isso, a Aerofarms utiliza LEDs controlados por IA para fornecer comprimentos de onda de luz otimizados para cada planta. Usando aeroponia, a empresa entrega nutrientes misturando-os diretamente nas raízes das plantas – sem necessidade de solo.

Texto traduzido e adaptado do Singularity Hub

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5 tendências de blockchain (para os próximos 5 anos)

Embora seja mais conhecido por sua aplicação em criptomoedas, o blockchain está à beira de revolucionar fundamentalmente cadeias de suprimentos, assistência médica, eleições e setor imobiliário. Um dos empreendedores mais bem-sucedidos em tecnologia governamental e empresarial, Eric Pulier é dos principais especialistas em blockchain da atualidade. Nos próximos cinco anos, ele prevê cinco tendências para o blockchain, cada uma preparada para incomodar os principais concorrentes e gerar modelos de negócios totalmente novos até 2024.

1-NFTs
Um NFT é um token no blockchain Ethereum que contém metadados exclusivos que o diferenciam de outros tokens – eles podem ser usados para armazenar informações muito mais complexas. Documentos do governo, como certidões de casamento, registros de propriedades, classificações de qualidade alimentar e carteiras de motorista, podem ser transformados em token usando NFTs. No varejo, os clientes podem usar a tecnologia para verificar a legitimidade de produtos de luxo, por exemplo.

2-Tokens de segurança
Os tokens de segurança são valores mobiliários criptográficos e programáveis que servem como um ativo que também pode entrar em ação. Os tokens de segurança podem pagar dividendos, pagar juros, ou até investir em outros tokens ou ativos, entre outras funções. Contratos inteligentes, por exemplo, permitirão que os ativos paguem dividendos automaticamente em uma data específica, se os critérios forem atendidos.

3-Ativos usados como tokens
Nos próximos cinco anos, os tokens de segurança começarão a representar uma nova forma de liquidez em ativos que tradicionalmente carecem de liquidez, como o setor de imóveis e a indústria de artes plásticas. Pulier prevê que esses ativos começarão a ser negociados 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano. Malta e Suíça lideram os esforços de desenvolvimento de infraestrutura para ativos usados como token. A SEC (Comissão de Valores Mobiliários) dos EUA e a ESMA (Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados) da UE já começaram a emitir comentários sobre os planos de inaugurar as regulações.

4-Identidade auto-soberana
À medida que os ataques cibernéticos continuam a proliferar, novas formas de verificação de identidade entrarão em cena para proteger os usuários. A identidade auto-soberana permitirá que os usuários mantenham uma única identidade digital em várias plataformas enquanto selecionam as informações que desejam compartilhar em cada uma. Esse modo de interação transformaria drasticamente o mercado digital atual que transformava dados pessoais em uma mercadoria. Para serviços financeiros, os trabalhos Know-Your-Customer e Combate à Lavagem de Dinheiro poderão ser transferíveis de um banco para outro (dizimando os custos). Na área da saúde, as identidades auto-soberanas colocarão os prontuários médicos de volta nas mãos de pacientes individuais. A transparência do acesso se tornará o novo padrão.

5 – Discurso livre
A tendência das sociedades hierárquicas em direção a estruturas em rede tornou-se cada vez mais predominante nas últimas décadas. O blockchain vai apenas acelerar essa transição em todo o mundo, desencadeando impactos sociais profundos. Ao permitir a confiança em vastas redes de controle descentralizado, o blockchain estará prestes a desbloquear um fenômeno que poucas sociedades humanas já haviam alcançado antes.

Texto traduzido e adaptado do Singularity Hub

Entenda também o que são as Organizações Autônomas Descentralizadas (DAOs)

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A IA na resolução do problema de desperdício de comida

Globalmente, cerca de um terço da comida é perdida ou desperdiçada a cada ano da fazenda para a geladeira, representando cerca de 1,3 bilhão de toneladas. O preço econômico é estimado em quase US $ 1 trilhão por ano.

De acordo com as estatísticas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), se pudéssemos reverter essa tendência, teríamos comida suficiente para alimentar a população subnutrida do mundo, além de atender às necessidades nutricionais de cerca de 10 bilhões de pessoas até 2050.

A tecnologia tem ajudado a combater a fome no mundo . Atualmente, a maioria das conversas sobre o impacto da tecnologia em qualquer setor da economia envolve inevitavelmente inteligência artificial. Na área de desperdício de alimentos não é diferente.

Um relatório da Fundação Ellen MacArthur e do Google estima que as tecnologias que empregam IA para reduzir o desperdício de alimentos podem ajudar a gerar até US $ 127 bilhões por ano até 2030.

Essas tecnologias podem detectar quando as frutas estão prontas para serem colhidas para a colheita e os algoritmos podem prever a demanda para garantir que os varejistas não sobrecarreguem determinados alimentos.

De olho na agricultura
Empresas como a Centaur Analytics , da Califórnia, estão usando redes avançadas de sensores e inteligência artificial para análise de culturas. A startup de cinco anos usa sensores de nível militar para coletar dados sobre uma variedade de condições em instalações de armazenamento pós-colheita, como caixas de grãos.

Os dados são analisados na nuvem por algoritmos que aprenderam a detectar quais condições podem levar à deterioração precoce do produto – ou mesmo se houver uma ameaça de infestação de pragas. A empresa pode ir um passo além e prever a qualidade do grão no futuro com base nas condições passadas e atuais.

Não são apenas as startups que estão lançando soluções centradas na IA para reduzir o desperdício e deterioração de alimentos. A Microsoft tem divulgado como seus aplicativos de IA, como os Serviços Cognitivos do Azure, ajudaram a garantir que uma fazenda de gado leiteiro na Austrália produza leite de alta qualidade com segurança e eficiência.

Um sofisticado sistema de monitoramento de temperatura que usa sensores e as tecnologias de IA da Microsoft pode detectar variações de temperatura em tanques e caminhões de armazenamento. A máquina envia um alerta para evitar que o leite estrague se ocorrer um problema sério, como uma falha elétrica no sistema de refrigeração.

Em um relatório de 2018, a organização sem fins lucrativos ReFed disse que cerca de US $ 125 milhões foram investidos em startups de desperdício de alimentos, mas estimou que o setor privado precisaria responder por cerca de um terço do total de US $ 18 bilhões em investimentos para atingir a meta de redução de 20%.

O apetite por reduzir o desperdício de comida está aumentando. É apenas uma questão de saber se podemos suportar o custo inicial no desenvolvimento da tecnologia para que isso aconteça.

*Texto traduzido e adaptado da Singularity University

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Inteligência artificial: a lógica implacável por trás da tecnologia

Ainda é difícil mensurar o impacto – ou até mesmo o potencial – da Inteligência Artificial na economia e na sociedade. Mas já parece evidente que produtos e serviços que utilizam inteligência artificial estarão cada vez mais presentes em nossas vidas.

A velocidade nos avanços da tecnologia oferece um desafio e tanto para quem tenta prever o futuro da IA. Porém, em vez de focarmos no desconhecido, podemos examinar o que já sabemos sobre inteligência artificial, suas aplicações atuais e seus impactos nos próximos anos.

Plataformas de inteligência artificial são baseadas na coleta de volumes massivos de dados e no seu processamento por algoritmos (calibrados a partir dos parâmetros de experiências passadas e da identificação de padrões para a tomada de decisões).

Na tentativa de simular a inteligência, os engenheiros de IA criaram máquinas com a capacidade de:

1. Perceber o ambiente circundante (que pode ser apenas de dados)
2. Detectar padrões nesse ambiente
3. Aprender com os padrões e atualizar a memória experiencial

Leia também: Finanças corporativas e a sua importância nas empresas

Essas etapas são então repetidas até que existam dados suficientes para fazer previsões seguras e dar suporte à tomada de decisões. O que torna a IA tão notável é a velocidade, a precisão e a qualidade que ela traz para esse processo aprendizado. E isso pode ameaçar boa parte do mercado de trabalho.

Entenda o que são people skills e como desenvolvê-las!

Seres humanos precisam comer, dormir e satisfazer uma miríade de necessidades pessoais. As máquinas, por sua vez, não possuem nenhuma dessas demandas ou qualquer tipo de fadiga mental.

Os algoritmos estão constantemente aprimorando sua compreensão do ambiente, atualizando sua “perspectiva” da realidade e retificando a probabilidade de suas previsões.

Alguns acham que essa lógica implacável é a parte mais ameaçadora da inteligência artificial.Por outro lado, é justamente esse aspecto que permite que as máquinas encontrem soluções que a mente humana ainda não consegue alcançar.

*Texto traduzido e adaptado do Guia Exponencial da Inteligência Artificial, da Singularity University

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Como a inteligência artificial afeta nossa vida?

Algumas das aplicações mais poderosas e prevalentes de inteligência artificial são aquelas sobre as quais nem chegamos a imaginar: as IAs que gerenciam nossas pesquisas no Google, desviam o spam de nossa caixa de entrada, selecionam os anúncios que vemos ao navegarmos na internet, identificam pessoas nas fotos de nossa página nos Facebook e recomendam os produtos que compramos na Amazon.

Não importa onde moramos ou trabalhamos, uma coisa é certa: cada vez mais, uma parcela cada vez maior da infraestrutura técnica de nossa sociedade é movida por IA. Ainda que muitas inteligências artificiais passem facilmente despercebidas – pois não falam conosco, como o Siri, nem realizam tarefas físicas, como dirigir nossos Teslas –, elas atuam incessantemente nos bastidores, executando funções cruciais como reconhecimento de padrões, resolução de problemas, criação de relatórios e otimização.

A tecnologia da inteligência artificial está se alastrado por quase todos os aspectos de nossa vida. Por exemplo, ela já nos ajuda a continuarmos vivos graças a sua integração com os serviços médicos e de saúde, e influencia toda a economia por meio da sua integração com finanças.

É essa variedade de casos de uso que tende a tornar a IA tão difícil de entender, mas é também o que a torna tão poderosa. A possibilidade de adicionar uma camada de IA a praticamente qualquer tecnologia significa que, à medida que a IA progride, cada vez mais o mundo à nossa volta parecerá adquirir vida.

Esse “despertar” alterará drasticamente a vida como a conhecemos, desde nosso lazer e atividades de negócio até nossa saúde e espiritualidade. Segundo o futurista Jason Silva, “a IA é talvez a avó de todas as tecnologias exponenciais – e certamente transformará o mundo e a raça humana de maneiras que mal podemos conceber.”

*Texto traduzido e adaptado do Guia Exponencial da Inteligência Artificial, da Singularity University

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O blockchain e o futuro dos aplicativos descentralizados

Vamos começar pelo básico: aplicativos descentralizados (DApps) são plataformas de software de código aberto (open source) e executados em redes peer-to-peer (P2P ou ponto a ponto), utilizando um cadastro distribuído de blockchain. Do mesmo modo como o bitcoin e o blockchain mudaram nossa maneira de pensar sobre moedas digitais, os aplicativos descentralizados podem mudar nossa maneira de pensar sobre software. Juntos, os contratos inteligentes e os aplicativos descentralizados tendem a expandir o alcance de ferramentas de blockchain. Com isso, o blockchain poderá fornecer as bases para plataformas mais ampla, capazes de hospedar uma enorme variedade de aplicativos, em vez de limitar-se ao bitcoin e outras criptomoedas. O sistema mais comum utilizado para criar aplicativos descentralizados é o Ethereum, plataforma global de código aberto que dá suporte a criptomoedas e a vários outros tipos de aplicativos, incluindo contratos inteligentes. O Ethereum permite que desenvolvedores de todo o mundo criem, implementem e distribuam aplicativos descentralizados com rapidez e segurança. Uma das grandes vantagens da Ethereum é permitir que um único blockchain hospede um número infinito de aplicativos. Como esses aplicativos são descentralizados, eles podem ser dimensionados e disponibilizados rapidamente para todos que fizerem parte da plataforma. Nos próximos anos, a criação desse tipo de ecossistema talvez possa ser o ponto de virada na consolidação do blockchain como tecnologia de massa. *Texto traduzido e adaptado do Guia Exponencial do Blockchain, da Singularity University

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