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Para além da transformação digital: um olhar para os Sistemas Sociais

Alcançar práticas mais coerentes passam por entender desafios complexos além do sistema mecânico que uma empresa possui

Por Alexandre Magno

 A transformação digital frequentemente é interpretada como um fenômeno estritamente tecnológico, no entanto, sua essência transcende a mera aplicação de inovações. A verdadeira transformação – dentro, e fora das organizações -, reside na reconfiguração profunda dos sistemas sociais, que impacta não apenas o cenário tecnológico, mas também as interações humanas.

O avanço da maturidade digital é, sem dúvidas, mais do que necessário para que as empresas possam impulsionar suas posições no mercado de forma mais significativa. Na pesquisa conduzida pelo Opinion Box em parceria com a Ploomes, que demostra essa realidade, . os dados apontam uma notável transformação digital no cenário B2B brasileiro, em que 68% das companhias evidenciaram um aumento em sua presença digital desde o início da pandemia.

Especificamente, 73% delas incorporaram mais ferramentas digitais em suas operações, indicando uma resposta ágil e adaptativa às mudanças no ambiente de negócios. Esse dado não apenas ressalta a rápida adoção de tecnologias, mas também sinaliza uma mudança significativa na mentalidade e nas estratégias utilizadas, impactando diretamente os mais diversos sistemas sociais.

Quando nos referimos a sistemas sociais, estamos, na verdade, explorando a intrincada rede de relações, processos e estruturas que compõem uma comunidade. Esses sistemas manifestam-se em diversas formas e escalas, desde pequenos grupos até comunidades e situações mais amplas e complexas.

Aspectos cruciais incluem relações interpessoais, restrições do sistema – que podem restringir ou mesmo habilitar possibilidades -, normas e valores, influência, papéis e identidades sociais, traços culturais, adaptação, conflitos e cooperação. Compreender essa dinâmica é essencial, pois exerce uma influência significativa no comportamento humano e nas dinâmicas desses grupos.

O framework Cynefin como uma bússola para compreender os sistemas sociais em transformação

Há mais de duas décadas, Dave Snowden desenvolveu o Cynefin, um framework que se tornou uma ferramenta valiosa para compreender a complexidade dos sistemas sociais e agir de forma apropriada em determinadas ocasiões.

O Cynefin destaca a necessidade de uma abordagem contextualizada e menos simplificada para promover transformações positivas em situações específicas. Afinal, a resolução ou exploração dos problemas dentro desses sistemas exige o reconhecimento e a compreensão de sua real complexidade. O framework posiciona os problemas em cinco domínios distintos:

  1. Claro (Clear): que têm causas e efeitos claros, e a solução é evidente. Aqui, as melhores práticas e padrões podem ser aplicados.
  2. Complicado (Complicated): têm uma solução, mas ela pode exigir especialização ou análise mais aprofundada. Especialistas e boas práticas podem ser decisivos nesse domínio.
  3. Complexo (Complex): não têm uma solução clara, e as relações causais só são compreendidas em retrospectiva. Sondagem e  experimentação disciplinada são necessárias para encontrar soluções.
  4. Caótico (Chaotic): além de não haver relação clara entre causa e efeito, a ação imediata para estabilizar a situação se faz necessário – idealmente em uma transição para o domínio complexo para que se entenda melhor a situação.
  5. Confuso (Aporetic/Confused): um estado intencional ou acidental de desconhecimento, onde a natureza, ou mesmo existência do problema ainda não está clara, e a abordagem apropriada precisa ser determinada.

Sendo o Cynefin um framework a ser aplicado em sistemas sociais, reconhecemos que os desafios enfrentados em interações humanas muitas vezes, para nosso desgosto, se enquadram no domínio complexo. A complexidade das relações, a diversidade de valores, e a influência de fatores culturais tornam difícil prever e controlar os resultados. 

A armadilha da transformação genérica

No mundo corporativo, por exemplo, é comum ver empresas adotando uma única abordagem de transformação para todos os setores como a implementação generalizada de squads, OKRs ou design.

No entanto, essa prática pode não se mostrar eficaz na dinâmica atual das organizações. Segundo a teoria da complexidade, muitos dos nossos sistemas sociais, como as empresas, operam em uma dinâmica altamente complexa, onde o que funciona em um contexto pode ser ineficaz em outro e o sucesso de ontem pode ser um obstáculo hoje.

Portanto, a transformação, seja ela tecnológica ou não, não pode ser abordada de maneira uniforme, ou puramente inspirada em uma história de sucesso, por exemplo, “se a Amazon ou a Apple fazem desta maneira, quero fazer também”. 

A complexidade dos sistemas sociais exige uma compreensão profunda de cada contexto organizacional. Aqueles que buscam a inovação devem abandonar a mentalidade de “tamanho único” e adotar abordagens mais contextualizadas, flexíveis e adaptáveis.

Empresas complexas precisam entender a complexidade, e não tentar evitá-la

A grande maioria dos executivos que lideram uma transformação digital na sua empresa, concordam quanto à complexidade encontrada ao longo dessa jornada – aliás, pouquíssimos diriam que tem em mãos um desafio de clara e simples resolução. E é nessa contradição que temos um grande desafio comportamental para a liderança moderna: se reconhecemos que nossos desafios são complexos por que insistimos em implementar soluções simples? 

Nessa linha, olhar para a empresa como um sistema social que é, e não como um sistema mecânico, ajudará a alcançar uma prática mais coerente.  O Cynefin pode ajudar o executivo a não apenas entender em qual contexto social se encontra e sobre seu grau de complexidade, mas, principalmente, em como agir de forma apropriada em cada um desses contextos.

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Primeiro implante de chip cerebral em um ser humano: o que isso significa?

Por Leandro Mattos, Expert da SingularityU e Fundador da CogniSigns

A Neuralink, uma empresa de vanguarda no desenvolvimento de interfaces cérebro-computador (BCIs), alcançou um marco histórico com a realização do primeiro implante de um chip cerebral em um ser humano. Fundada por Elon Musk, a missão da Neuralink é revolucionar a forma como interagimos com a tecnologia e abordar desafios neurológicos complexos através de avanços em neurotecnologia.

Esta inovação representa um novo capítulo na medicina e na tecnologia, prometendo capacidades que parecem ter saído diretamente de um filme de ficção científica. Através de minúsculos fios implantados no cérebro, o dispositivo da Neuralink pode captar sinais neurais com uma precisão sem precedentes, possibilitando o controle de dispositivos externos com o pensamento e abrindo potenciais caminhos para tratamento de diversas condições neurológicas.

Em resumo, este dispositivo inovador é composto por 64 fios, cada um contendo 16 eletrodos, resultando em um total de 1024 canais. Notavelmente, todo esse sistema é compacto o suficiente para caber em uma área do tamanho de uma moeda de 1 real.

Os fios ou threads são extremamente finos e flexíveis, inseridos no cérebro para captar a atividade neural. Cada threads é mais fino do que um fio de cabelo humano, o que reduz o risco de danos ao tecido cerebral durante a implantação. Um robô cirúrgico especializado foi desenvolvido pela Neuralink para realizar a implantação desses threads de forma precisa.

O chip funciona capturando sinais elétricos do cérebro através dos eletrodos nos threads. Estes sinais são então processados por um dispositivo externo, que traduz os sinais neurais, permitindo o controle de computadores ou outros dispositivos externos através do pensamento.

O funcionamento do chip (Reprodução)

Esta tecnologia apresenta um potencial significativo para ajudar pessoas com diversas condições médicas como paralisia, doença de Parkinson, esclerose múltipla, cegueira, entre outras. A Neuralink também tem a ambição de, no futuro, permitir uma simbiose entre humanos e inteligência artificial, visando expandir as capacidades cognitivas humanas.

A aprovação para a realização desse implante pioneiro veio da FDA, a agência reguladora dos EUA, que garante a segurança e eficácia de dispositivos médicos. Este aval é crucial, pois confirma o potencial terapêutico e a segurança do dispositivo, permitindo que a Neuralink prossiga para ensaios clínicos em humanos. Tal aprovação sublinha a importância da regulamentação rigorosa e do escrutínio ético no avanço de tecnologias disruptivas.

Vale lembrar que a base científica por trás da Neuralink e de tecnologias similares deve muito ao campo global das neurociências, onde o Brasil se destaca notavelmente. A inspiração inicial para a criação da Neuralink pode ser rastreada até os trabalhos inovadores do professor Miguel Nicolelis, um neurocientista brasileiro cujas pesquisas pioneiras em interfaces cérebro-máquina abriram caminho para avanços significativos na área. Essa conexão destaca a importância da colaboração e do compartilhamento de conhecimento no progresso científico.

Em um recente episódio de podcast, tive a oportunidade de discutir com Mário Ayres, um paciente com lesão medular e mestrando em neuroengenharia, sobre as promessas da Neuralink e outras tecnologias em neurociências. Mário compartilhou sua perspectiva única de cadeirante, misturando conhecimento técnico com esperanças pessoais de como tais inovações podem melhorar a vida das pessoas com deficiências. Nossa conversa abriu um panorama sobre como a interseção entre a ciência, a tecnologia e as experiências humanas individuais ilumina o caminho para um futuro onde as limitações físicas podem ser significativamente mitigadas ou até mesmo superadas.

Leandro participou do podcast NeuroMario, ao lado de Mario Ayres, e você pode acessá-lo clicando neste link

“Como um paciente com lesão medular, a notícia do avanço da tecnologia da Neuralink traz para mim esperança. Viver com uma lesão medular é enfrentar diariamente desafios que vão além da mobilidade; é uma jornada constante de adaptação, resiliência e busca por independência”, afirma Mário. E finaliza dizendo que “cada avanço nessa área não é apenas um passo científico; é um sinal de esperança para mim e para muitos outros que vivem com limitações físicas. Nosso sonho de recuperar uma parte da nossa antiga vida ganha um pouco mais de cor com essas inovações. Estou ansioso e esperançoso para ver o impacto que a Neuralink e tecnologias semelhantes terão em nossas vidas no futuro.”

No caso de Mário, a solução em desenvolvimento pela Neuralink pode estabelecer uma conexão funcional entre o cérebro e a parte inferior da medula espinhal, que, apesar de permanecer saudável, perdeu sua funcionalidade devido à interrupção causada pela lesão. Este avanço representa a criação de uma “ponte” neural, que visa restaurar a comunicação entre o cérebro e as áreas afetadas, potencialmente permitindo a recuperação de funções motoras e sensoriais perdidas. Esta abordagem inovadora busca superar os desafios impostos pela lesão medular, reativando a capacidade do corpo de responder aos comandos cerebrais, mesmo em áreas que foram previamente desabilitadas pelo trauma.

A precisão para uma cirurgia dessas é feita a partir de um robô criado pela Neuralink (Reprodução)

Em suma, a Neuralink não é apenas uma empresa de tecnologia; é um farol de esperança para o futuro da interação humana com máquinas e um testemunho do poder da ciência para transformar vidas. Através da colaboração internacional, do rigor científico e da inovação, estamos caminhando para uma era onde as barreiras entre o cérebro humano e a tecnologia começam a se dissolver, abrindo possibilidades antes inimagináveis para o tratamento de doenças neurológicas e a expansão das capacidades humanas.

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Pesquisa aponta Guilherme Horn alcança entre as três pessoas mais influentes da tecnologia em 2023

Segundo o G1, a Agência Nexxt Media Research fez uma pesquisa sobre o setor de tecnologia e listou os 30 brasileiros mais influentes no setor de tecnologia no ano de 2023.

Guilherme Horn, Head de Mercados estratégicos da Meta e Expert na SingularityU Brazil, estava na terceira posição deste ranking. Com posição estratégica na empresa do Whatsapp, é de se esperar que sua influência seja altíssima nesse ponto.

Afinal, utilizamos o aplicativo como forma de comunicação no país. Cerca de 198 milhões de pessoas possuem conta e estamos atrás apenas da India neste quesito.

Seu trabalho penetra as nossas vidas constantemente e, aqui na SingularityU Brazil, ainda trata de questões de blockchain, tokenização e economia, principalmente pensando no futuro não-tão distante das tecnologias exponenciais.

Além disso, O faculty é investidor-anjo, palestrante, escritor, executivo, conselheiro de empresas e mentor em suas atribuições. Em 2000, junto com outros sócios, fundou a Ágora, corretora de valores que foi líder do mercado até a venda para o banco Bradesco, em 2008, por 500 milhões de dólares.

Em 2010, Horn fundou a Órama, considerada a primeira plataforma digital de investimentos do país, reconhecida pela Amazon Web Services (AWS), em 2012, como uma das fintechs mais inovadoras do mundo.

Após a venda da Órama, em 2014, foi para a Accenture, onde ocupou a posição de Diretor de Inovação para a América Latina. Deixou a empresa para assumir uma cadeira no Conselho de Administração do Banco do Brasil e, foi direto Executivo do Banco BV.

Após esta trajetória, Horn se tornou Membro do Conselho da ABFinthecs (Associação Brasileira de Fintechs), da Anjos do Brasil, da Câmara de Comércio Brasil-Israel e mentor voluntário na Endeavor.

Na SingularityU Brazil, Horn dá palestras sobre blockchain, economia e tokenização. Esteve presente na última edição do Executive Program e estará conosco em abril na próxima edição!

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Jovem de 17 anos, mentorada por Leandro Mattos, é a mais nova na lista Under 30 da Forbes!

A renomada revista global Forbes divulga anualmente uma lista com 90 personalidades brasileiras (com menos de 30 anos) de destaque nas áreas artísticas, esportivas e acadêmicas. Millena Xavier foi destaque na categoria Ciência e Educação por ter fundado a Prep Olimpíadas, ONG que fomenta a participação de jovens em olimpíadas científicas.

Ela nasceu em Juiz de Fora e mudou-se para Viçosa, em 2022, para cursar um colégio federal. Lá teve a oportunidade de se desenvolver academicamente por meio de feiras e eventos científicos. Em dezembro, a indicação de Milena Xavier, realizada por Leandro Mattos, professor da Singularity University Brazil e fundador da CogniSigns, foi selecionada para fazer parte da seleta lista da Forbes Under 30.

Com 17 anos, ela é a mais nova da lista 2023 e uma das 5 mais novas da história da Forbes Brasil. A lista Under 30 é feita em cada região do mundo, sendo tal lista dividida em: Brasil, Américas, Europa e Ásia.

Para conferir a matéria completa com todos os premiados, clique aqui.

Leandro Mattos, Millena e Andressa, no stand da Stimully, no Bossa Summit
Leandro Mattos, Millena Xavier e Andress Roveda

Leandro Mattos, Global Faculty da SingularityU, destacou que encontrou Millena no Bossa Summit, ao expor outro empreendimento no qual está empenhando seu trabalho (Stimully).

O expert conta que Milena se apresentou e começou a contar sobre sua pesquisa sobre a causa autista. Foi então que ela compartilhou seu sonho audacioso: tornar-se uma Forbes Under 30.

A CogniSigns faz um trabalho parecido, atuando na identificação de habilidades excepcionais e padrões de comportamento associados à Altas Habilidades. Imediatamente, Leandro e Andressa, parceira na Stimully, contam que imediatamente notaram que Millena possuía um potencial extraordinário. Decidiram, então, que poderiam contribuir significativamente para seu crescimento.

“Nos meses seguintes, tivemos o privilégio de mentorar Millena, em busca de seu sonho. Nosso trabalho juntos envolveu não apenas a partilha de conhecimentos e técnicas, mas também o acesso a uma rede de contatos que poderia ampliar suas oportunidades”, conta Leandro Mattos: “Este período de mentoria foi uma jornada enriquecedora para todos, culminando na sua bem-sucedida seleção na Forbes Under 30.”

Leandro Mattos é Faculty da SingularityU Brazil

Esta história inspiradora de Millena Xavier e sua jornada para a lista Forbes Under 30 ressoa com uma mensagem profunda e universal: quando talento, apoio e dedicação se entrelaçam, as fronteiras do possível se expandem grandemente. Este caso exemplifica que, independentemente das barreiras iniciais, com perseverança, orientação adequada e um desejo incansável de superar, as possibilidades para alcançar o sucesso são, de fato, infinitas. A história de Milena é um lembrete poderoso de que, em um mundo onde o apoio e a orientação são acessíveis, o futuro brilhante é uma realidade tangível para muitos jovens talentosos.

“Ver Millena alcançar esse reconhecimento foi, para nós, uma confirmação de que, com oportunidade, orientação e os recursos certos, jovens talentosos podem realmente florescer e realizar seus sonhos mais ousados. Sua inclusão na lista da Forbes Under 30 não é apenas um testemunho de seu trabalho árduo e dedicação, mas também um indicativo de seu brilhante futuro pela frente”, contou Leandro Mattos.

Para conhecer mais deste trabalho incrível de Millena e ficar de olho nessa promessa, não deixe de acompanha-lá por seu site!

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“Se todo mundo pensa igual, não é preciso de todo mundo”, destaca diretora de Inovação da Deloitte

Até onde você se sente seguro no desconforto?

Todo conteúdo construtivo precisa de um ambiente convidável para surgir, nutrir e florescer. Não adianta pensarmos que a construção está apenas na execução: ele se inicia a partir de discussões.

Por isso, Glaucia Guarcello, Chief Innovation Officer e Deloitte Ventures Leader, destacou o papel da diversidade nos negócios atuais, principalmente se querem atrelar suas construções com os cenários de inovação atuais.

Desde seus meandros mais particulares, como times que realmente tenham pessoas de diferentes perspectivas sociais, e até relacionado ao negócio que está sendo construído, o papel do diverso é envolver múltiplas perspectivas e compreensões para que diferentes referenciais se tornem fomento para o desenvolvimento.

No segundo dia do Programa Liderança de Propósito, o enfoque foi essencial para construir os líderes que buscarão desenvolvimento neste futuro disruptivo. É necessário compreender o caráter e importância da vulnerabilidade na discussão.

Para isso ocorrer, a liderança precisa ter inteligência para lidar com o estranhamento e saber ouvir, mesmo em posições de desconforto. Ideias são também questões de poder e, muitas vezes, se tornam diretrizes por hierarquias e imperativos que não são realmente um acordo e comprometimento.

Sem ele, como haverá responsabilidade nos processos que são feitos? A hora de construção de uma ideia é a hora do comprometimento e do futuro: é nesse momento que a accountability surge e designado a cada um deles.

Porém, como destacado, isso precisa de uma segurança psicológica que é proporcionada pela liderança. A resiliência, escuta e acolhimento aparecem neste momento e são cruciais para proporcionais tentativas, inovações e complexas relações que podem se estabelecer.

Antes de pensar em inovação e oportunidades de negócio, precisamos compreender a questão interna e quem faz parte destas realizações. Inovação é uma cultura e exige essa empreitada de transformação, que traz bons frutos quando bem executada.

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“Se você não está vivendo um mundo de ficção científica, você já está atrasado”, destaca expert da SingularityU

A aceleração já é uma realidade da nossa experiência. Cada vez mais percebemos que a velocidade das tecnologias e dos processos que existem socialmente está aumentando. As inovações aparecem e, às vezes, mudam realidades em poucos anos.

Até a resistência quanto a inovação diminuiu. Afinal, silenciosamente, a disrupção vai se consolidando nas nossas experiências e cada vez mais a utilizamos na maioria dos processos existentes na nossa vida.

O que cada vez mais precisa ser entendido é que a disrupção vai além do que simplesmente já é estabelecido. Como dito por David Roberts, silenciosamente as mudanças são produzidas nesta convergência e é difícil apreender isso em um primeiro momento.

Por esta razão, Ricardo Cavallini, em sua fala no Liderança de Propósito, destaca a importância de compreender lógicas que estão por trás dos estabelecimentos das tecnologias: a exponencialidade.

Entender este conceito é estar atento e enxergar que a mudança está acontecendo. O impacto vai chegar, mas depende do tempo, o momento e entre as convergências de diferentes ordens, afinal, tecnologias complementam diferentes tecnologias, como a inteligência artificial está se estabelecendo em diversas frentes da nossa existência.

Cavallini destaca o quanto isso é difícil, principalmente pela nossa natureza e pelo tempo da nossa existência. Os 6Ds podem ajudar neste momento, mas é sempre necessário estar a par da situação e permitir que a complexidade seja prolífica, afinal, a mudança estará – se já não está – presente.

O que era impossível, deixou de ser

Quando falamos sobre impressões 3D, a coisa mais importante é entender que os futuros estão além da imaginação que temos hoje. Não se trata apenas de disrupção, mas é uma qualidade aberta de criar coisas inimagináveis.

A ficção científica é também um modelo de representação, mas outros tipos de tecnologias exponenciais fazem parte desta realização. Carnes feitas em impressoras 3D, proteínas, vacinas, prédios… O impacto disso ainda é inimaginável, por isso é necessário estarmos a par destas situações.

O que podemos compreender do futuro é a colaboração e a convergência das séries de tecnologias que estão sendo criadas. É necessário ter mente aberta e cada vez mais crer o inimaginável pode ser construindo a qualquer momento.

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“É cada vez mais necessário destacar a ligação entre sustentabilidade e tecnologia”, destaca Diretora da HSM

O Liderança de Propósito começou seu segundo dia da forma mais brasileira existente: um sol maravilhoso, que banha o verde clorofilado das árvores da Mata Atlântica presentes no Distrito Itaqui. Essa junção de fenômenos da natureza tomou conta, inclusive, do aprendizado da manhã.

Afinal, estamos vivendo em uma mudança de era e, para a Head da SingularityU Brazil e Diretora de Conteúdo da HSM, Poliana Abreu, hoje devemos compreender a característica do momento: a Convergência.

No momento, é extremamente necessário deixar de lado os espaços que isolados ou que apenas pertencem a uma parte. Precisamos compreender que as coisas estão atreladas. Não se trata mais de um “ou”, mas um “e”, que procura trazer as complexidades para serem entendidas interdisciplinarmente.

Nesta conexão, o que não podemos deixar de compreender e questionar é o propósito que está sendo criado. As conexões e ligações tem um motivo, principalmente intencionado por nós e é também dever reconhecer o porquê de determinadas ações.

Ao unir tecnologia nos negócios a relação não é diferente. Precisamos entender o porquê dessa relação, se é realmente necessária e por qual motivação está sendo colocada. Não podemos simplesmente atribuir ou impor algo sem entender as cadeias complexas de impacto para o que acontece.

Por exemplo, a especialista destacou em sua palestra, no Liderança de Propósito, programa realizado entre a SingularityU Brazil e o Distrito Itaqui, o quanto as preocupações às vezes se tornam excludentes.

A mesa do CEO e do C-Level, destaca Poliana Abreu, muitas vezes tem investimentos para tecnologia ou apenas ESG:

“Não há mais necessidade disso. As relações são extremamente convergentes e podemos compreender que as coisas são complementares. Precisamos dar um pulo além do que nos aparece e compreender que os propósitos trarão padrões de desenvolvimento. Tecnologias não farão nada sem motivação nossa.”

Precisamos aprender a encarar as temáticas existentes

Em sua palestra, Poliana Abreu destacou o quanto algumas tecnologias e temáticas são mais subestimadas, em certos momentos presentes e críticos, e superestimadas à longo prazo.

A tecnologia sofre isso. O impacto curto é sempre descrente e, muitas vezes, ouvimos essa questão de “não acreditar” no que está acontecendo. Porém, é algo que, silenciosamente, vai se mostrando concreta com o tempo.

ESG techs sofrem isso de uma maneira extremamente mais intensa. A eletrificação dos carros, por exemplo, ainda é algo que é caro, mas que já possui horizonte de futuro. Mesmo assim, não vemos tantas mudanças de infraestrutura.

A retenção de carbono é algo claramente feito e presente. Há países investindo neste tipo de tecnologia e, cada vez mais, será uma necessidade de desenvolvimento no mundo inteiro e até em diferentes meios – ainda é feito por usinas, mas, com o tempo, será menor e extremamente mais poderoso.

Com as pesquisas mostradas, Poliana demonstrou como o propósito é extremamente importante para o desenvolvimento empresarial. As empresas que estão se sustentando neste pilar procuram inovação e melhora.

A partir de um ponto inicial, as diretrizes e governança se tornam garantias de uma sustentabilidade maior e implica cada vez mais procurar ferramentas para uma melhor produção, cuidado e até inovação.

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A referencialidade como fator de diretriz ao futuro

No último dia de Executive Program, em parceria com o Sest Senat, Sally Dominguez, inventora, futurista e expert global da SingularityU, participou a manhã inteira convidando os empresários do transporte nacional a pensarem sobre o futuro das mobilidades.

Como característica de suas palestras, Sally trouxe diferentes tecnologias que já estão sendo criadas e cada vez mais o público se assustava com tamanha criatividade e criação de novos produtos.

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O que Sally destacou em sua palestra é que apenas os pensamentos sobre mobilidade, direcionados ao futuro, se sustentarão se houver uma preocupação relacionada às cidades e a expectativa de cada vez mais chegar rápido aos destinos.

Nesse sentido, as maiores inovações que estão crescendo exponencialmente se destacam pelo transporte vertical. Cada vez mais teremos drones e veículos que permitam esta locomoção, o que, consequentemente, transformará a estrutura das nossas cidades.

Afinal, há material para isso. Os tetos podem se transformar em colmeias com produtos que serão entregues sem a necessidade de uma cadeia de organização humana. Os carros podem se transformar em células de aglomeração destes produtos, por exemplo, sem a necessidade de saída de um motorista, que logo se tornará autônomo e fará outro serviço nele.

E, diferente de uma angústia e medo, a tarefa é cada vez mais pensar nas possibilidades de jeitos simples, que acolham e passam pelo entendimento da solução. Afinal, o que queremos precisa ser preponderante e maior do que todos os outros processos.

Ideias além dos setores e lucros ainda invisíveis

Outro insight maravilhoso proposto por Sally foi entender que diferentes disrupções podem criar mercados fantásticos e com situações que podem ser otimizadas.

Conforme a eletrificação for tomando forma em nossa existência, cada vez mais os espaços de estacionamento de shoppings, por exemplo, vão se tornar espaços de carregamento, centros de delivery e até sustentação de processos que já são criados.

Afinal, são polos de serviços e, muitas vezes, semelhantes. Por isso, precisarão se redesenhar para atrair atenção e cada vez mais serem práticos, senão, perderão dinheiro, oportunidade e negócio. Energias limpas, como a solar, cada vez mais estarão próximas e de maneira prática. Com terrenos grandes como este estabelecimento, é possível se tornar também um polo produtivo de energia.

Além disso, Sally mostrou como pensamos o uso de hidrogênio ainda de uma maneira extremamente abstrata, mas que pode ser próxima e ainda solucionar outro problema grande que temos em nossa sociedade.

O Brasil desperdiça muito alimento. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, 33% da produção mundial de alimentos é perdida por ano. No Brasil, desperdiçamos 30% dos nossos alimentos, com um número por volta de 46 milhões de toneladas por ano.

Isso poderia ser revertido em centros de produção de energia de biomassa. Segundo Sally, é possível produzir 800kg de hidrogênio renovável por dia com pelo menos 20.000 toneladas de biomassa. Ou seja: é possível resolver um problema, lucrar com ele e ainda resolver a questão da queima de combustíveis fósseis.

A tarefa do futuro seria ainda liar isso com uma combustão que não produzisse CO2, porém, se há essa curiosidade, compreensão de diferentes setores e a proposta, por que não achar uma solução?

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“Chegou a hora de pensarmos muito além do que nossa história permite”, destaca Sally Dominguez

Falar de um tempo em que ainda chegará exige cuidado e muito acolhimento. É um trabalho de pensamento que comprime vontades com extremas responsabilidades para que o caminho que seja tomado não seja infindável ou maléfico.

Para uma futurista e inventora, isso é algo cotidiano e se torna um padrão mental de compreender o futuro. Por isso, o trabalho é também mostrar aos outros como isso pode ser possível.

Este foi o trabalho de Sally Dominguez, faculty global da SingularityU, que atualmente trabalha com a NASA no Centro de Pesquisa Langley construindo a visão de 2040 da empresa. Com mais background próximo de lideranças globais, Sally tem responsabilidade, cuidado e extrema expertise ao tratar do assunto.

Desta vez o assunto principal foi transformar a maneira com que pensamos transporte. Mobilidade é algo a se pensar individualmente, de exoesqueletos, por exemplo, até a questão de repensar a infraestrutura para manter sustentável sistemas autônomos.

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Porém, para Sally, o destaque e que deve ser principal neste momento é não inibirmos com a concepção de realidade que possuímos no momento. Afinal, como Carla Tieppo e Thomas Brieu mostraram, nosso cérebro se constitui majoritariamente de padrões de sobrevivência.

Esperança como inclinação para uma boa liderança

Em sua fala, Sally Dominguez tratou de destacar um ponto extremamente importante para pensarmos o futuro: nosso comportamento como líderes. Diferentemente de olhar apenas execuções, Sally destaca como uma liderança que compreenda o outro e que se permite pensar sobre o futuro é fundamental para criar novas perspectivas.

Afinal, quando há uma esperança e capacidade de olhar o futuro com cuidado, a liderança atua de maneira compreensiva e passa a questionar a si própria nestes cenário. É neste ponto em que nascem as propostas genuínas e que podem ser inovadoras.

Nesse sentido, a inventora e futurista destacou várias abordagens que podem ser colocadas para praticar inovação e disrupção, mas, em todas elas, o primeiro eixo diferencial era a proposição de cada um.

“Terceirizar responsabilização não é escopo do futuro e depende da nossa atuação atual”, ressalta a expert.

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“Você não deve usar I.A. para problemas antigos”, destaca professor de Columbia e Expert SU Global

Mesmo parecendo algo extremamente contraintuitivo, Hod Lipson, Professor de Robótica da Universidade de Columbia, iniciou o terceiro dia do Executive Program, em parceria com o Sest Senat, derrubando algums mitos que o hype em inteligência artificial propõe sobre seus usos.

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A principal corrida que se estabeleceu neste ano foi a tentativa de uso de uma inteligência artificial em nossos processos cotidianos. Por conta das falas, muitos acharam que já era hora de utilizar esta ferramenta e introduzi-la, mas não é assim que funciona.

O crescimento exponencial desta tecnologia é extremamente acelerado. Este movimento não vai mudar e, em um futuro não distante, cada vez mais entenderemos que ela fará parte das nossas experiências, escolhas, estratégias e diretrizes de comportamento.

Por isso, não necessariamente precisamos colocá-las em nossos processos. Na verdade, precisamos entender, segundo Hod Lipson, que a principal função dela é resolver novos problemas e ajudar em soluções que ainda serão necessárias.

O olhar para o futuro

Para Hod Lipson, existem três tipos de tecnologias que as inteligências artificiais estão proporcionando uma realização mais rápida.

Além das questões de tomada de decisão e até simulação de alguns panoramas, essa tecnologia exponencial, aplicada à robótica, tem se mostrado extremamente eficiente na produção de atividades paralelas, fotônicas e quântica.

A I.A. já participa destas construções em processo que podem ser feitos mimetizados ou até para ajudar os já existentes. Ao mesmo tempo, as tecnologias que utilizam de luz para alguns processos de execução (como em lasers) e até para rever sua própria atividade, com a computação quântica e ir além do machine learning (data-driven) tão utilizado hoje.

Os dados hoje são principais matérias-primas e fontes de riqueza para as empresas. Quanto mais o tempo passa, cada vez mais há uma construção de ambientes para a leitura das plataformas e que permitam uma nova leitura dataficada do mundo.

Porém, o futuro é algo além disso e a tentativa, tal como Alexandre Nascimento mostrou no dia anterior, é até anteriorizar este processo e sugestionar o que pode ser necessário para cada um.

Portanto, neste momento histórico, a nossa tentativa é compreender de que maneira estaremos dentro deste movimento de inovação e de que jeito pode ser benéfico para nossos próximos passos. Por isso, reconhecer e ter diagnósticos sobre os problemas que já existem são importantes, para entendermos como a I.A. pode servir como algo muito maior do que apenas uma solução pontual.