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SingularityU Brazil no SXSW!

A presença da Singularity University Brazil no South by Southwest (SXSW) é sempre um marco, alimentando as mentes curiosas e inovadoras que buscam transformar o mundo ao seu redor. Como uma referência de conhecimento e criatividade, a SingularityU atrai uma multidão ávida por explorar as últimas tendências em tecnologia, ciência e impacto social.

Nos corredores movimentados do SXSW, os participantes são recebidos por palestras inspiradoras, workshops interativos e demonstrações de tecnologia de ponta, enquanto os correspondentes da SingularityU estarão trazendo informações para quem nos acompanham por aqui!

Conheça o time de correspondentes que estará em Austin, no Texas, para a cobertura do SXSW 2024:

  • Dilma Campos é CEO e Partner da Nossa Praia e Head de ESG da BPartners.co Conselheira da Universidade São Judas, 99 jobs, Ampro – Associação de Marketing Promocional, São Paulo Companhia de Dança e Solum Capital.

  • Andrea Cruz é CEO Serh1 Consultoria, experts em gestão de carreira na atualidade.

  • Poliana Abreu – Head da SingularityU Brazil e Diretora de Conteúdo da HSM

  • Aline Ferraz é Head de Vendas e Negócios na HSM e SingularityU Brazil

  • Marcel Nobre é fundador e CEO da BetaLab, uma edtech inovadora, e atua como professor na HSM/Singularity, FIA Business School e Belas Artes, além de ser mentor de Startups pela Ace Startups.

  • Reynaldo Gama é CEO da HSM, Learning Village e co-CEO da SingularityU Brazil
  • Glaucia Guarcello é COO na The Bakery, Professora de Inovação na SingularityU Brazil e USP;

  • Dante Freitas é palestrante, empreendedor e Cofundador do Gravidade Zero (educação), Stape Music, Loomi (Atelier de Software), Plataforma aca.so e Plataforma IKONE Global Social League.
  • Ademir Piccoli é idealizador do J.Ex e empreendedor nato, movido pela ideia de que é possível transformar a Justiça no Brasil melhorando o acesso, a efetividade e a celeridade com inteligência, tecnologia e inovação.

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A área de Gente e Gestão está pronta para lidar com a desafiadora Inteligência Artificial (IA)?

Por Ivan Cruz, cofundador da Athon Consulting e da Mereo

Este artigo que você está lendo poderia ter sido pensado e escrito por uma máquina, e não por um humano. Pudera: a inteligência artificial (AI, na sigla em inglês) saiu dos filmes de ficção e está cada vez mais presentes no nosso dia a dia e nas companhias. De acordo com a empresa de pesquisa e consultoria Gartner, até 2025, 30% das mensagens enviadas por grandes organizações serão geradas por AI.

Em linhas gerais, esse tipo de inteligência está relacionada ao desenvolvimento de sistemas de computador capazes de realizar tarefas que exigem inteligência humana, caso da percepção visual, do reconhecimento de fala, da tomada de decisão e da tradução entre idiomas. Envolve a criação de algoritmos e modelos que permitem que as máquinas processem informações, aprendam com dados, tomem decisões, resolvam problemas e interajam com o ambiente de maneira inteligente. No Brasil, 41% das empresas já a incorporaram, apontam dados da IBM, e a tendência é de crescimento, uma vez que a adoção está se tornando mais acessível às empresas, há crescente incorporação em aplicativos de negócios padrão e a necessidade de reduzir custos e automatizar processos-chave.

Mas onde entra o setor de Gente e Gestão neste processo? Essa tecnologia é capaz de automatizar uma série de tarefas inerentes ao setor, como recrutamento e seleção, gestão de conhecimento e avaliação de desempenho. Para se ter uma ideia, 40% dos funcionários de PMEs afirmam que a empresa onde trabalham estão usando a tecnologia na área de Gente e Gestão – os dados são da Capterra. Isso denota, de certa forma, que o setor tem se realinhado nas suas prioridades, refletindo as novas necessidades da força de trabalho moderna.

Algumas empresas do setor tem ido mais além e trabalhado com o que chamamos de IA generativa. São, de acordo com Fernandes (2023), tecnologias capazes de impactar todo tipo de empresa e de qualquer porte, sejam no segmento industrial, comércio ou, até, na prestação de serviços, tendo em vista sua imensa capacidade de contribuição ao trabalho já realizado pelos colaboradores atualmente em diferentes âmbitos de seus trabalhos. O uso massivo das ferramentas em IA Generativa vem, explica Ramos (2023), principalmente, impulsionado pelos usuários colaboradores devido à sua simplicidade. Com uma interface de linguagem natural, como um chat, por exemplo, tem tornado a tecnologia mais acessível, até para os usuários com pouco ou sem conhecimento em IA.

Hoje, pontuam especialistas do MIT Technology Review, a integração eficaz dessas tecnologias é crucial para o êxito da estratégia de negócios das empresas. Apesar da rápida evolução tecnológica, do interesse das empresas sobre o tema e da crescente presença dessas ferramentas no ambiente corporativo, ainda há desafios significativos na implementação bem-sucedida da IA generativa. Porém, também tem se demonstrado não uniforme, apontam estudiosos do tema, com determinadas empresas e setores demonstrado maior capacidade de absorver e implementar essas tecnologias.

A ideia de incorporar AI generativa implica na busca por simplificar e agilizar a análise de dados, fornecendo aos usuários uma ferramenta poderosa para obter os dados de maneira mais rápida e precisa. O objetivo não é apenas aumentar a produtividade do colaborador, mas sim facilitar o entendimento dos dados, possibilitando a identificação de tendências, padrões e oportunidades de melhoria de maneira mais eficiente. Como resposta, as pessoas são impulsionadas e, consequentemente, as organizações.

Exemplos de empresas que estão inserindo a IA generativa nos seus processos não faltam. Cito alguns casos:

● O Carrefour utiliza o bot Hopla, que auxilia clientes a escolher produtos em sua plataforma de comércio eletrônico na França de acordo com seu orçamento e seus hábitos de consumo, oferecendo sugestões para evitar desperdícios;

● A Linx, especialista em tecnologia para o varejo, desenvolveu o Linx Chat Commerce, que utiliza uma rede neural própria e o ChatGPT para solucionar demandas específicas dos varejistas de diversos segmentos, como aumentar o engajamento do consumidor e melhorar as conversões;

● A construtora MRV Engenharia utiliza a tecnologia desde o atendimento ao consumidor até o processo de compras de materiais. Exemplo: quando o consumidor entra no site da companhia, se interessa por um imóvel e clica no botão “chat 24 horas”, há um chatbot atendendo. Com isso, a MRV consegue manter uma central de atendimento com estrutura mais enxuta e menos atendentes;

● O Bradesco conta com a BIA, uma inteligência artificial que funciona como uma assistente pessoal para os clientes. Ela permite a execução de atividades como transferências e pagamentos usando a identificação por voz, por exemplo;

● A Uber usa a inteligência artificial em um chatbot, que responde a 30 mil mensagens por semana, com índice de satisfação maior que 95%, segundo a empresa;

● O Itaú usa ferramentas de inteligência artificial em diversas áreas, como na parte jurídica do banco, na qual a IA é usada para leitura de cerca de 70 mil processos por mês.

Motivos para usar a IA generativa não faltam. Considerando que uma das tendências é um setor mais voltado para o People Analytics, a criação de relatórios de desempenho individualizados para colaboradores, certamente, trará um retorno considerável sobre a identificação de oportunidades de desenvolvimento. Essa tecnologia pode ser peça-chave na jornada do colaborador na empresa, uma vez que oferece uma valiosa assistência aos gerentes na criação de informações, análise e resumo de feedback extenso e baseado em critérios, como avaliações numéricas e outros indicadores de desempenho respaldados por dados. Nesse caso, a um clique, os gestores podem obter um resumo que destaca os aspectos mais relevantes e predominantes do desempenho de um funcionário ao longo da sua jornada. Este resumo servirá como um guia para os gerentes, que podem ter uma condução mais correta com seus liderados, permitindo a identificação do crescimento e a definição de oportunidades de desenvolvimento para o futuro.

A AI generativa também é fundamental no alcance de metas. Organizações com dificuldade no planejamento estratégico e na definição de seus indicadores podem utilizar a tecnologia para auxiliar os gestores na formulação de metas específicas, mensuráveis, alcançáveis e relevantes para seus negócios. A plataforma pode gerar sugestões de metas e ações com base no histórico e em dados de mercado, tornando o processo de estabelecimento de metas muito mais eficaz, além de facilitar a leitura de dados e a assertividade na tomada de decisões.

De acordo com Viola (2023), há três métodos principais de implementação desta tecnologia: 1) aquisição de software com IA integrada; 2) uso de modelos de terceiros via integrações; 3) desenvolvimento de modelos próprios com dados públicos e privados. Muitas organizações preferem as duas primeiras opções, em razão da baixa complexidade de uso da tecnologia, custos baixos de implantação e até a necessidade de mão de obra. Outras acabam por escolher a terceira via, pois maximizam as vantagens competitivas, permitindo controle total sobre a IA, desde treinamento até governança, visando proteger dados e cumprir padrões éticos e legais, ou até garantindo propriedade e controle sobre modelos cruciais para inovação e monetização.

Logo, ter infraestrutura, talento e acesso a dados são fundamentais para estar na fronteira da inovação em IA generativa. Porém, não é uma tarefa fácil definir a maneira correta de se implementar a tecnologia. Para Bersin (2023), ao se tratar de implementar a IA generativa no RH, por exemplo, é fundamental pensar em um problema de cada vez. Ou seja, qual é o objetivo da implementação”. É essencial identificar os principais desafios ou áreas nas quais é preciso otimizar e melhorar a eficiência e avaliar as necessidades específicas da organização, desde o recrutamento até o treinamento e desenvolvimento. Ainda, buscar uma solução escalável, planejada a longo prazo. Escolher uma solução que possa crescer com as necessidades da companhia. Além disso, é preciso envolver a equipe responsável por colocar a implementação dessa tecnologia em ação, capacitando a equipe para que atue com a tecnologia. As soluções baseadas em IA precisam de cuidados e alimentação contínuos.

Dados de 2023 do Capgemini Research Institute’s mostram que a grande maioria das empresas, que ainda estão entendendo como aderir à tecnologia aos seus produtos e serviços, tem um uso mais simplificado das ferramentas de IA disponíveis e abertas no mercado. Utilizando o ChatGPT, Copilot, Bard, entre outras, os colaboradores enxergam a IA generativa como um meio para aumentar a eficiência, se liberando de tarefas rotineiras e possibilitando a concentração em aspectos mais estratégicos do trabalho.

Embora seja algo muito novo e desafiador, a AI veio para ficar e pode avançar a passos largos. Executivos precisam entender olhar para a tecnologia e compreender de que forma ela pode impulsionar a inovação, a tomada de decisões e a eficiência, e também onde ela não pode fornecer valor. É necessário, também, ter presente as distinções entre restrições técnicas e organizacionais, como barreiras culturais, escassez de pessoal capacitado e o desafio de incorporar a IA em produtos e processos. Fato é que a implementação de tecnologias avançadas, como a IA generativa, traz consigo potenciais riscos que precisam ser cuidadosamente considerados e mitigados, pondera Sears (2023). Eles podem estar diretamente ligados à própria tecnologia, por isso é crucial, por exemplo, estabelecer proteções regulamentares, de conformidade, de segurança cibernética e de privacidade eficientes para que as ferramentas de IA generativa possam acessar fontes de dados variadas, com segurança.

Este texto não foi escrito por uma máquina, e sim por um humano entusiasta da AI. Vejo nessa tecnologia um potencial gigantesco de redução de custos, operações mais eficientes, agilidade nos processos e aumento da produtividade. Ou seja, uma oportunidade para gestores, investidores e colaboradores. E pelo jeito todo mundo ganha.

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Todos preparados para o SXSW 2024?

O South by Southwest (SXSW) é um dos maiores eventos de tecnologia, música, cinema e cultura do mundo, sediado anualmente na cidade de Austin, Texas. Sua história remonta a 1987, quando foi fundado por Roland Swenson, Louis Jay Meyers, Louis Black e Nick Barbaro, ainda como um festival musical. No Upload do SXSW 2024 feito no Learning Village, a White Rabbit destacou o quanto este evento ainda é reconhecido desta maneira pelos moradores de Austin. Porém, com sua grandeza, rapidamente expandiu-se para incluir as indústrias de cinema e tecnologia, tornando-se um ponto de encontro para profissionais e entusiastas de diversas áreas.

Ao longo dos anos, o evento cresceu exponencialmente, atraindo milhares de participantes de todo o mundo. O evento é conhecido por sua atmosfera única de criatividade e inovação, proporcionando uma plataforma para artistas emergentes, startups promissoras e figuras proeminentes das indústrias de entretenimento e tecnologia. Desde palestras inspiradoras até shows musicais memoráveis, o SXSW oferece uma variedade de experiências enriquecedoras para seus participantes.

Uma das características distintivas do SXSW é seu formato multidisciplinar, que permite a interação entre diferentes setores e o cruzamento de ideias. Isso resulta em colaborações inovadoras e oportunidades de networking incomparáveis, onde empreendedores podem se conectar com investidores, cineastas podem encontrar distribuidores e músicos podem alcançar novos públicos.

Ao longo dos anos, o SXSW também se tornou um palco para importantes lançamentos e anúncios, com grandes empresas de tecnologia revelando suas últimas inovações e tendências emergentes sendo debatidas e exploradas em profundidade. Além disso, o evento desempenha um papel significativo no impulso da economia local de Austin, gerando receita para empresas locais e promovendo o turismo na região.

Como o SXSW é mais do que apenas um evento, teremos cobertura in loco deste evento. Será um ponto de encontro para mentes criativas e visionárias de todo o mundo e não poderíamos estar de fora dessa. Sua história de sucesso reflete a capacidade de unir diversas indústrias em um ambiente de colaboração e inspiração, impulsionando a inovação e influenciando a cultura global de maneiras profundas e significativas.

Mais SXSW dentro do SXSW

O empreendedorismo e a inovação serão temas recorrentes no SXSW 2024, com uma ênfase especial na criação de empresas e soluções que abordem desafios globais. Startups e empresas de tecnologia terão a oportunidade de apresentar suas ideias e produtos inovadores, enquanto investidores e mentores oferecerão orientação e suporte para impulsionar o crescimento e o sucesso. Também serão discutidas questões relacionadas ao financiamento de startups, estratégias de crescimento e a ética nos negócios.

Porém, o que poucos sabem é que há outras temáticas distintas durante o evento. Por exemplo, o SXSW Edu começa antes do evento principal. Neste momento, dado a necessidade de letramento e transformação na área de educação, será discutido como as organizações podem se adaptar e preparar seus colaboradores para os desafios do futuro. Além disso, serão exploradas novas abordagens para o ensino e a aprendizagem, incluindo o papel da tecnologia na educação remota e no desenvolvimento de habilidades para a era digital.

Além disso, o SXSW 2024 destacará questões relacionadas à sustentabilidade e responsabilidade social. Com crescente preocupação com as mudanças climáticas e o impacto ambiental das atividades humanas, o evento irá abordar soluções inovadoras para promover práticas sustentáveis nos negócios, design urbano, agricultura e outras áreas. Também serão discutidas estratégias para promover a equidade social e a inclusão, visando construir comunidades mais justas e acessíveis para todos.

A arte e a cultura ocuparão um lugar central no SXSW de 2024, com uma variedade de painéis, performances e exibições que celebram a criatividade em suas diversas formas. Desde música e cinema até literatura e artes visuais, o evento oferecerá uma plataforma para artistas emergentes e estabelecidos compartilharem seus trabalhos e explorarem novas ideias. Também será dado destaque ao papel da cultura na promoção do diálogo intercultural e na construção de pontes entre comunidades diversas.

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Para além da transformação digital: um olhar para os Sistemas Sociais

Alcançar práticas mais coerentes passam por entender desafios complexos além do sistema mecânico que uma empresa possui

Por Alexandre Magno

 A transformação digital frequentemente é interpretada como um fenômeno estritamente tecnológico, no entanto, sua essência transcende a mera aplicação de inovações. A verdadeira transformação – dentro, e fora das organizações -, reside na reconfiguração profunda dos sistemas sociais, que impacta não apenas o cenário tecnológico, mas também as interações humanas.

O avanço da maturidade digital é, sem dúvidas, mais do que necessário para que as empresas possam impulsionar suas posições no mercado de forma mais significativa. Na pesquisa conduzida pelo Opinion Box em parceria com a Ploomes, que demostra essa realidade, . os dados apontam uma notável transformação digital no cenário B2B brasileiro, em que 68% das companhias evidenciaram um aumento em sua presença digital desde o início da pandemia.

Especificamente, 73% delas incorporaram mais ferramentas digitais em suas operações, indicando uma resposta ágil e adaptativa às mudanças no ambiente de negócios. Esse dado não apenas ressalta a rápida adoção de tecnologias, mas também sinaliza uma mudança significativa na mentalidade e nas estratégias utilizadas, impactando diretamente os mais diversos sistemas sociais.

Quando nos referimos a sistemas sociais, estamos, na verdade, explorando a intrincada rede de relações, processos e estruturas que compõem uma comunidade. Esses sistemas manifestam-se em diversas formas e escalas, desde pequenos grupos até comunidades e situações mais amplas e complexas.

Aspectos cruciais incluem relações interpessoais, restrições do sistema – que podem restringir ou mesmo habilitar possibilidades -, normas e valores, influência, papéis e identidades sociais, traços culturais, adaptação, conflitos e cooperação. Compreender essa dinâmica é essencial, pois exerce uma influência significativa no comportamento humano e nas dinâmicas desses grupos.

O framework Cynefin como uma bússola para compreender os sistemas sociais em transformação

Há mais de duas décadas, Dave Snowden desenvolveu o Cynefin, um framework que se tornou uma ferramenta valiosa para compreender a complexidade dos sistemas sociais e agir de forma apropriada em determinadas ocasiões.

O Cynefin destaca a necessidade de uma abordagem contextualizada e menos simplificada para promover transformações positivas em situações específicas. Afinal, a resolução ou exploração dos problemas dentro desses sistemas exige o reconhecimento e a compreensão de sua real complexidade. O framework posiciona os problemas em cinco domínios distintos:

  1. Claro (Clear): que têm causas e efeitos claros, e a solução é evidente. Aqui, as melhores práticas e padrões podem ser aplicados.
  2. Complicado (Complicated): têm uma solução, mas ela pode exigir especialização ou análise mais aprofundada. Especialistas e boas práticas podem ser decisivos nesse domínio.
  3. Complexo (Complex): não têm uma solução clara, e as relações causais só são compreendidas em retrospectiva. Sondagem e  experimentação disciplinada são necessárias para encontrar soluções.
  4. Caótico (Chaotic): além de não haver relação clara entre causa e efeito, a ação imediata para estabilizar a situação se faz necessário – idealmente em uma transição para o domínio complexo para que se entenda melhor a situação.
  5. Confuso (Aporetic/Confused): um estado intencional ou acidental de desconhecimento, onde a natureza, ou mesmo existência do problema ainda não está clara, e a abordagem apropriada precisa ser determinada.

Sendo o Cynefin um framework a ser aplicado em sistemas sociais, reconhecemos que os desafios enfrentados em interações humanas muitas vezes, para nosso desgosto, se enquadram no domínio complexo. A complexidade das relações, a diversidade de valores, e a influência de fatores culturais tornam difícil prever e controlar os resultados. 

A armadilha da transformação genérica

No mundo corporativo, por exemplo, é comum ver empresas adotando uma única abordagem de transformação para todos os setores como a implementação generalizada de squads, OKRs ou design.

No entanto, essa prática pode não se mostrar eficaz na dinâmica atual das organizações. Segundo a teoria da complexidade, muitos dos nossos sistemas sociais, como as empresas, operam em uma dinâmica altamente complexa, onde o que funciona em um contexto pode ser ineficaz em outro e o sucesso de ontem pode ser um obstáculo hoje.

Portanto, a transformação, seja ela tecnológica ou não, não pode ser abordada de maneira uniforme, ou puramente inspirada em uma história de sucesso, por exemplo, “se a Amazon ou a Apple fazem desta maneira, quero fazer também”. 

A complexidade dos sistemas sociais exige uma compreensão profunda de cada contexto organizacional. Aqueles que buscam a inovação devem abandonar a mentalidade de “tamanho único” e adotar abordagens mais contextualizadas, flexíveis e adaptáveis.

Empresas complexas precisam entender a complexidade, e não tentar evitá-la

A grande maioria dos executivos que lideram uma transformação digital na sua empresa, concordam quanto à complexidade encontrada ao longo dessa jornada – aliás, pouquíssimos diriam que tem em mãos um desafio de clara e simples resolução. E é nessa contradição que temos um grande desafio comportamental para a liderança moderna: se reconhecemos que nossos desafios são complexos por que insistimos em implementar soluções simples? 

Nessa linha, olhar para a empresa como um sistema social que é, e não como um sistema mecânico, ajudará a alcançar uma prática mais coerente.  O Cynefin pode ajudar o executivo a não apenas entender em qual contexto social se encontra e sobre seu grau de complexidade, mas, principalmente, em como agir de forma apropriada em cada um desses contextos.

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Primeiro implante de chip cerebral em um ser humano: o que isso significa?

Por Leandro Mattos, Expert da SingularityU e Fundador da CogniSigns

A Neuralink, uma empresa de vanguarda no desenvolvimento de interfaces cérebro-computador (BCIs), alcançou um marco histórico com a realização do primeiro implante de um chip cerebral em um ser humano. Fundada por Elon Musk, a missão da Neuralink é revolucionar a forma como interagimos com a tecnologia e abordar desafios neurológicos complexos através de avanços em neurotecnologia.

Esta inovação representa um novo capítulo na medicina e na tecnologia, prometendo capacidades que parecem ter saído diretamente de um filme de ficção científica. Através de minúsculos fios implantados no cérebro, o dispositivo da Neuralink pode captar sinais neurais com uma precisão sem precedentes, possibilitando o controle de dispositivos externos com o pensamento e abrindo potenciais caminhos para tratamento de diversas condições neurológicas.

Em resumo, este dispositivo inovador é composto por 64 fios, cada um contendo 16 eletrodos, resultando em um total de 1024 canais. Notavelmente, todo esse sistema é compacto o suficiente para caber em uma área do tamanho de uma moeda de 1 real.

Os fios ou threads são extremamente finos e flexíveis, inseridos no cérebro para captar a atividade neural. Cada threads é mais fino do que um fio de cabelo humano, o que reduz o risco de danos ao tecido cerebral durante a implantação. Um robô cirúrgico especializado foi desenvolvido pela Neuralink para realizar a implantação desses threads de forma precisa.

O chip funciona capturando sinais elétricos do cérebro através dos eletrodos nos threads. Estes sinais são então processados por um dispositivo externo, que traduz os sinais neurais, permitindo o controle de computadores ou outros dispositivos externos através do pensamento.

O funcionamento do chip (Reprodução)

Esta tecnologia apresenta um potencial significativo para ajudar pessoas com diversas condições médicas como paralisia, doença de Parkinson, esclerose múltipla, cegueira, entre outras. A Neuralink também tem a ambição de, no futuro, permitir uma simbiose entre humanos e inteligência artificial, visando expandir as capacidades cognitivas humanas.

A aprovação para a realização desse implante pioneiro veio da FDA, a agência reguladora dos EUA, que garante a segurança e eficácia de dispositivos médicos. Este aval é crucial, pois confirma o potencial terapêutico e a segurança do dispositivo, permitindo que a Neuralink prossiga para ensaios clínicos em humanos. Tal aprovação sublinha a importância da regulamentação rigorosa e do escrutínio ético no avanço de tecnologias disruptivas.

Vale lembrar que a base científica por trás da Neuralink e de tecnologias similares deve muito ao campo global das neurociências, onde o Brasil se destaca notavelmente. A inspiração inicial para a criação da Neuralink pode ser rastreada até os trabalhos inovadores do professor Miguel Nicolelis, um neurocientista brasileiro cujas pesquisas pioneiras em interfaces cérebro-máquina abriram caminho para avanços significativos na área. Essa conexão destaca a importância da colaboração e do compartilhamento de conhecimento no progresso científico.

Em um recente episódio de podcast, tive a oportunidade de discutir com Mário Ayres, um paciente com lesão medular e mestrando em neuroengenharia, sobre as promessas da Neuralink e outras tecnologias em neurociências. Mário compartilhou sua perspectiva única de cadeirante, misturando conhecimento técnico com esperanças pessoais de como tais inovações podem melhorar a vida das pessoas com deficiências. Nossa conversa abriu um panorama sobre como a interseção entre a ciência, a tecnologia e as experiências humanas individuais ilumina o caminho para um futuro onde as limitações físicas podem ser significativamente mitigadas ou até mesmo superadas.

Leandro participou do podcast NeuroMario, ao lado de Mario Ayres, e você pode acessá-lo clicando neste link

“Como um paciente com lesão medular, a notícia do avanço da tecnologia da Neuralink traz para mim esperança. Viver com uma lesão medular é enfrentar diariamente desafios que vão além da mobilidade; é uma jornada constante de adaptação, resiliência e busca por independência”, afirma Mário. E finaliza dizendo que “cada avanço nessa área não é apenas um passo científico; é um sinal de esperança para mim e para muitos outros que vivem com limitações físicas. Nosso sonho de recuperar uma parte da nossa antiga vida ganha um pouco mais de cor com essas inovações. Estou ansioso e esperançoso para ver o impacto que a Neuralink e tecnologias semelhantes terão em nossas vidas no futuro.”

No caso de Mário, a solução em desenvolvimento pela Neuralink pode estabelecer uma conexão funcional entre o cérebro e a parte inferior da medula espinhal, que, apesar de permanecer saudável, perdeu sua funcionalidade devido à interrupção causada pela lesão. Este avanço representa a criação de uma “ponte” neural, que visa restaurar a comunicação entre o cérebro e as áreas afetadas, potencialmente permitindo a recuperação de funções motoras e sensoriais perdidas. Esta abordagem inovadora busca superar os desafios impostos pela lesão medular, reativando a capacidade do corpo de responder aos comandos cerebrais, mesmo em áreas que foram previamente desabilitadas pelo trauma.

A precisão para uma cirurgia dessas é feita a partir de um robô criado pela Neuralink (Reprodução)

Em suma, a Neuralink não é apenas uma empresa de tecnologia; é um farol de esperança para o futuro da interação humana com máquinas e um testemunho do poder da ciência para transformar vidas. Através da colaboração internacional, do rigor científico e da inovação, estamos caminhando para uma era onde as barreiras entre o cérebro humano e a tecnologia começam a se dissolver, abrindo possibilidades antes inimagináveis para o tratamento de doenças neurológicas e a expansão das capacidades humanas.

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Pesquisa aponta Guilherme Horn alcança entre as três pessoas mais influentes da tecnologia em 2023

Segundo o G1, a Agência Nexxt Media Research fez uma pesquisa sobre o setor de tecnologia e listou os 30 brasileiros mais influentes no setor de tecnologia no ano de 2023.

Guilherme Horn, Head de Mercados estratégicos da Meta e Expert na SingularityU Brazil, estava na terceira posição deste ranking. Com posição estratégica na empresa do Whatsapp, é de se esperar que sua influência seja altíssima nesse ponto.

Afinal, utilizamos o aplicativo como forma de comunicação no país. Cerca de 198 milhões de pessoas possuem conta e estamos atrás apenas da India neste quesito.

Seu trabalho penetra as nossas vidas constantemente e, aqui na SingularityU Brazil, ainda trata de questões de blockchain, tokenização e economia, principalmente pensando no futuro não-tão distante das tecnologias exponenciais.

Além disso, O faculty é investidor-anjo, palestrante, escritor, executivo, conselheiro de empresas e mentor em suas atribuições. Em 2000, junto com outros sócios, fundou a Ágora, corretora de valores que foi líder do mercado até a venda para o banco Bradesco, em 2008, por 500 milhões de dólares.

Em 2010, Horn fundou a Órama, considerada a primeira plataforma digital de investimentos do país, reconhecida pela Amazon Web Services (AWS), em 2012, como uma das fintechs mais inovadoras do mundo.

Após a venda da Órama, em 2014, foi para a Accenture, onde ocupou a posição de Diretor de Inovação para a América Latina. Deixou a empresa para assumir uma cadeira no Conselho de Administração do Banco do Brasil e, foi direto Executivo do Banco BV.

Após esta trajetória, Horn se tornou Membro do Conselho da ABFinthecs (Associação Brasileira de Fintechs), da Anjos do Brasil, da Câmara de Comércio Brasil-Israel e mentor voluntário na Endeavor.

Na SingularityU Brazil, Horn dá palestras sobre blockchain, economia e tokenização. Esteve presente na última edição do Executive Program e estará conosco em abril na próxima edição!

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Jovem de 17 anos, mentorada por Leandro Mattos, é a mais nova na lista Under 30 da Forbes!

A renomada revista global Forbes divulga anualmente uma lista com 90 personalidades brasileiras (com menos de 30 anos) de destaque nas áreas artísticas, esportivas e acadêmicas. Millena Xavier foi destaque na categoria Ciência e Educação por ter fundado a Prep Olimpíadas, ONG que fomenta a participação de jovens em olimpíadas científicas.

Ela nasceu em Juiz de Fora e mudou-se para Viçosa, em 2022, para cursar um colégio federal. Lá teve a oportunidade de se desenvolver academicamente por meio de feiras e eventos científicos. Em dezembro, a indicação de Milena Xavier, realizada por Leandro Mattos, professor da Singularity University Brazil e fundador da CogniSigns, foi selecionada para fazer parte da seleta lista da Forbes Under 30.

Com 17 anos, ela é a mais nova da lista 2023 e uma das 5 mais novas da história da Forbes Brasil. A lista Under 30 é feita em cada região do mundo, sendo tal lista dividida em: Brasil, Américas, Europa e Ásia.

Para conferir a matéria completa com todos os premiados, clique aqui.

Leandro Mattos, Millena e Andressa, no stand da Stimully, no Bossa Summit
Leandro Mattos, Millena Xavier e Andress Roveda

Leandro Mattos, Global Faculty da SingularityU, destacou que encontrou Millena no Bossa Summit, ao expor outro empreendimento no qual está empenhando seu trabalho (Stimully).

O expert conta que Milena se apresentou e começou a contar sobre sua pesquisa sobre a causa autista. Foi então que ela compartilhou seu sonho audacioso: tornar-se uma Forbes Under 30.

A CogniSigns faz um trabalho parecido, atuando na identificação de habilidades excepcionais e padrões de comportamento associados à Altas Habilidades. Imediatamente, Leandro e Andressa, parceira na Stimully, contam que imediatamente notaram que Millena possuía um potencial extraordinário. Decidiram, então, que poderiam contribuir significativamente para seu crescimento.

“Nos meses seguintes, tivemos o privilégio de mentorar Millena, em busca de seu sonho. Nosso trabalho juntos envolveu não apenas a partilha de conhecimentos e técnicas, mas também o acesso a uma rede de contatos que poderia ampliar suas oportunidades”, conta Leandro Mattos: “Este período de mentoria foi uma jornada enriquecedora para todos, culminando na sua bem-sucedida seleção na Forbes Under 30.”

Leandro Mattos é Faculty da SingularityU Brazil

Esta história inspiradora de Millena Xavier e sua jornada para a lista Forbes Under 30 ressoa com uma mensagem profunda e universal: quando talento, apoio e dedicação se entrelaçam, as fronteiras do possível se expandem grandemente. Este caso exemplifica que, independentemente das barreiras iniciais, com perseverança, orientação adequada e um desejo incansável de superar, as possibilidades para alcançar o sucesso são, de fato, infinitas. A história de Milena é um lembrete poderoso de que, em um mundo onde o apoio e a orientação são acessíveis, o futuro brilhante é uma realidade tangível para muitos jovens talentosos.

“Ver Millena alcançar esse reconhecimento foi, para nós, uma confirmação de que, com oportunidade, orientação e os recursos certos, jovens talentosos podem realmente florescer e realizar seus sonhos mais ousados. Sua inclusão na lista da Forbes Under 30 não é apenas um testemunho de seu trabalho árduo e dedicação, mas também um indicativo de seu brilhante futuro pela frente”, contou Leandro Mattos.

Para conhecer mais deste trabalho incrível de Millena e ficar de olho nessa promessa, não deixe de acompanha-lá por seu site!

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“Se todo mundo pensa igual, não é preciso de todo mundo”, destaca diretora de Inovação da Deloitte

Até onde você se sente seguro no desconforto?

Todo conteúdo construtivo precisa de um ambiente convidável para surgir, nutrir e florescer. Não adianta pensarmos que a construção está apenas na execução: ele se inicia a partir de discussões.

Por isso, Glaucia Guarcello, Chief Innovation Officer e Deloitte Ventures Leader, destacou o papel da diversidade nos negócios atuais, principalmente se querem atrelar suas construções com os cenários de inovação atuais.

Desde seus meandros mais particulares, como times que realmente tenham pessoas de diferentes perspectivas sociais, e até relacionado ao negócio que está sendo construído, o papel do diverso é envolver múltiplas perspectivas e compreensões para que diferentes referenciais se tornem fomento para o desenvolvimento.

No segundo dia do Programa Liderança de Propósito, o enfoque foi essencial para construir os líderes que buscarão desenvolvimento neste futuro disruptivo. É necessário compreender o caráter e importância da vulnerabilidade na discussão.

Para isso ocorrer, a liderança precisa ter inteligência para lidar com o estranhamento e saber ouvir, mesmo em posições de desconforto. Ideias são também questões de poder e, muitas vezes, se tornam diretrizes por hierarquias e imperativos que não são realmente um acordo e comprometimento.

Sem ele, como haverá responsabilidade nos processos que são feitos? A hora de construção de uma ideia é a hora do comprometimento e do futuro: é nesse momento que a accountability surge e designado a cada um deles.

Porém, como destacado, isso precisa de uma segurança psicológica que é proporcionada pela liderança. A resiliência, escuta e acolhimento aparecem neste momento e são cruciais para proporcionais tentativas, inovações e complexas relações que podem se estabelecer.

Antes de pensar em inovação e oportunidades de negócio, precisamos compreender a questão interna e quem faz parte destas realizações. Inovação é uma cultura e exige essa empreitada de transformação, que traz bons frutos quando bem executada.

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“Se você não está vivendo um mundo de ficção científica, você já está atrasado”, destaca expert da SingularityU

A aceleração já é uma realidade da nossa experiência. Cada vez mais percebemos que a velocidade das tecnologias e dos processos que existem socialmente está aumentando. As inovações aparecem e, às vezes, mudam realidades em poucos anos.

Até a resistência quanto a inovação diminuiu. Afinal, silenciosamente, a disrupção vai se consolidando nas nossas experiências e cada vez mais a utilizamos na maioria dos processos existentes na nossa vida.

O que cada vez mais precisa ser entendido é que a disrupção vai além do que simplesmente já é estabelecido. Como dito por David Roberts, silenciosamente as mudanças são produzidas nesta convergência e é difícil apreender isso em um primeiro momento.

Por esta razão, Ricardo Cavallini, em sua fala no Liderança de Propósito, destaca a importância de compreender lógicas que estão por trás dos estabelecimentos das tecnologias: a exponencialidade.

Entender este conceito é estar atento e enxergar que a mudança está acontecendo. O impacto vai chegar, mas depende do tempo, o momento e entre as convergências de diferentes ordens, afinal, tecnologias complementam diferentes tecnologias, como a inteligência artificial está se estabelecendo em diversas frentes da nossa existência.

Cavallini destaca o quanto isso é difícil, principalmente pela nossa natureza e pelo tempo da nossa existência. Os 6Ds podem ajudar neste momento, mas é sempre necessário estar a par da situação e permitir que a complexidade seja prolífica, afinal, a mudança estará – se já não está – presente.

O que era impossível, deixou de ser

Quando falamos sobre impressões 3D, a coisa mais importante é entender que os futuros estão além da imaginação que temos hoje. Não se trata apenas de disrupção, mas é uma qualidade aberta de criar coisas inimagináveis.

A ficção científica é também um modelo de representação, mas outros tipos de tecnologias exponenciais fazem parte desta realização. Carnes feitas em impressoras 3D, proteínas, vacinas, prédios… O impacto disso ainda é inimaginável, por isso é necessário estarmos a par destas situações.

O que podemos compreender do futuro é a colaboração e a convergência das séries de tecnologias que estão sendo criadas. É necessário ter mente aberta e cada vez mais crer o inimaginável pode ser construindo a qualquer momento.

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“É cada vez mais necessário destacar a ligação entre sustentabilidade e tecnologia”, destaca Diretora da HSM

O Liderança de Propósito começou seu segundo dia da forma mais brasileira existente: um sol maravilhoso, que banha o verde clorofilado das árvores da Mata Atlântica presentes no Distrito Itaqui. Essa junção de fenômenos da natureza tomou conta, inclusive, do aprendizado da manhã.

Afinal, estamos vivendo em uma mudança de era e, para a Head da SingularityU Brazil e Diretora de Conteúdo da HSM, Poliana Abreu, hoje devemos compreender a característica do momento: a Convergência.

No momento, é extremamente necessário deixar de lado os espaços que isolados ou que apenas pertencem a uma parte. Precisamos compreender que as coisas estão atreladas. Não se trata mais de um “ou”, mas um “e”, que procura trazer as complexidades para serem entendidas interdisciplinarmente.

Nesta conexão, o que não podemos deixar de compreender e questionar é o propósito que está sendo criado. As conexões e ligações tem um motivo, principalmente intencionado por nós e é também dever reconhecer o porquê de determinadas ações.

Ao unir tecnologia nos negócios a relação não é diferente. Precisamos entender o porquê dessa relação, se é realmente necessária e por qual motivação está sendo colocada. Não podemos simplesmente atribuir ou impor algo sem entender as cadeias complexas de impacto para o que acontece.

Por exemplo, a especialista destacou em sua palestra, no Liderança de Propósito, programa realizado entre a SingularityU Brazil e o Distrito Itaqui, o quanto as preocupações às vezes se tornam excludentes.

A mesa do CEO e do C-Level, destaca Poliana Abreu, muitas vezes tem investimentos para tecnologia ou apenas ESG:

“Não há mais necessidade disso. As relações são extremamente convergentes e podemos compreender que as coisas são complementares. Precisamos dar um pulo além do que nos aparece e compreender que os propósitos trarão padrões de desenvolvimento. Tecnologias não farão nada sem motivação nossa.”

Precisamos aprender a encarar as temáticas existentes

Em sua palestra, Poliana Abreu destacou o quanto algumas tecnologias e temáticas são mais subestimadas, em certos momentos presentes e críticos, e superestimadas à longo prazo.

A tecnologia sofre isso. O impacto curto é sempre descrente e, muitas vezes, ouvimos essa questão de “não acreditar” no que está acontecendo. Porém, é algo que, silenciosamente, vai se mostrando concreta com o tempo.

ESG techs sofrem isso de uma maneira extremamente mais intensa. A eletrificação dos carros, por exemplo, ainda é algo que é caro, mas que já possui horizonte de futuro. Mesmo assim, não vemos tantas mudanças de infraestrutura.

A retenção de carbono é algo claramente feito e presente. Há países investindo neste tipo de tecnologia e, cada vez mais, será uma necessidade de desenvolvimento no mundo inteiro e até em diferentes meios – ainda é feito por usinas, mas, com o tempo, será menor e extremamente mais poderoso.

Com as pesquisas mostradas, Poliana demonstrou como o propósito é extremamente importante para o desenvolvimento empresarial. As empresas que estão se sustentando neste pilar procuram inovação e melhora.

A partir de um ponto inicial, as diretrizes e governança se tornam garantias de uma sustentabilidade maior e implica cada vez mais procurar ferramentas para uma melhor produção, cuidado e até inovação.