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Wolfgang Fengler: as novas tecnologias e a revolução do Big Data

O economista austríaco Wolfgang Fengler acumula quase duas décadas de análise de cenários para o Banco Mundial. Ao longo desse período, ele tornou-se conhecido pela conexão entre dinâmicas macroeconômicas e tecnologias de inovação. Com projetos realizados em quatro continentes, Fengler será um dos destaques da programação do Exponential Finance Brazil, que acontece nos dias 10 e 11 de setembro, em São Paulo. Em uma das palestras mais aguardadas do evento, ele apresentará as oportunidades de inteligência artificial e machine learning para o mercado financeiro.

Defensor da aplicação de ferramentas de Big Data para solucionar grandes problemas da humanidade, Fengler acredita que a ciência de dados pode ser uma poderosa aliada para alcançar as metas de desenvolvimento sustentável da ONU. Durante uma apresentação no SU Global Summit 2018, ele afirmou que o desafio é conectar novas tecnologias a necessidades reais de empresas e pessoas. Tal descompasso é ilustrado por uma metáfora com o petróleo: assim como acontece com o diesel e a gasolina, os dados só ganham valor quando são devidamente extraídos, refinados e entregues às pessoas de uma forma que elas possam utilizá-los da melhor forma possível.

Você sabe como a liderança liberal impacta as empresas? Entenda mais sobre esse modelo

A preocupação em criar soluções que diminuam o abismo entre a prosperidade oferecida por novas tecnologias e os milhões de pessoas em situação de fome e pobreza no mundo. O Relógio Mundial da Pobreza é um dos seus principais projetos nessa área. Trata-se de uma plataforma que monitora os índices de pobreza no mundo, mostrando em tempo real as estatísticas de cada país. O sistema apontou recentemente a Nigéria como a população mais pobre do mundo. A descoberta teve repercussão global, ganhando destaque em veículos como Financial Times e Washington Post.

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Infográfico: como funciona uma rede de blockchain

Nos últimos anos, o blockchain despontou como uma das principais promessas para revolucionar a economia global. A tecnologia ganhou aderência entre empresas de praticamente todos os setores, dos hospitais aos bancos e seguradoras (as oportunidades para o mercado financeiro serão discutidas no Exponential Finance Brazil, em setembro). O funcionamento de redes de blockchain, no entanto, permanece um mistério para a maioria dos usuários finais – e para muitos dos profissionais dessas indústrias. Para esclarecer boa parte dessas questões, a Singularity University produziu um infográfico que explica os principais pontos do processo. Veja abaixo para entender melhor (em inglês – clique na imagem para ver o conteúdo na íntegra).

Leia também: Como a tecnologia do proptech pode transformar o mercado imobiliário?

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Will Weisman: as tecnologias de um futuro que já chegou

Responsável pela organização dos Global Summits da Singularity University, o americano Will Weisman está confirmado como mestre de cerimônias do Exponential Finance Brazil, que acontecerá em São Paulo, nos dias 10 e 11 de setembro. Ao longo de sua carreira como investidor e empreendedor, Weisman ganhou destaque pela conversão de tecnologias exponenciais em oportunidades de negócio. A conexão entre tendências e ferramentas de mercado foi um dos temas centrais de sua última apresentação do Global Summit. Conheça abaixo quais são os três movimentos que estão aproximando o futuro previsto por Weisman da realidade das empresas.

Robótica
Antes relegados a roteiros de filmes de ficção científica, os robôs já estão ocupando o seu lugar no mercado. Segundo uma pesquisa realizada pela Transparency Market Research, o mercado mundial de robótica deverá atingir o valor de US$ 147,26 bilhões até o final de 2025. Com índices de adesão cada vez mais altos em países da América do Norte, Europa e Estados Unidos, essa tendência já pode ser observada em diversas áreas, como o mercado aeroespacial, a indústria automotiva e a agropecuária.

Energia renovável
Os efeitos negativos causados pelas mudanças climáticas fizeram com que o consumo de energia se tornasse um dos principais desafios para governos e empresas. Nos últimos anos, surgiram tecnologias de armazenamento que tornaram as fontes renováveis mais acessíveis e rentáveis. A expansão desse mercado deve ser tão impactante quanto os seus benefícios: de acordo com um levantamento feito pela Energy Storage Association, o segmento deve crescer 17 vezes mais até 2023.

Inteligência Artificial
Estima-se que o mercado de IA atinja a marca de US $ 169.411,8 milhões até 2025, segundo o Allied Market Research. Pouco a pouco, as discussões sobre a competição com a mão-de-obra humana deram lugar a uma mentalidade orientada pela colaboração entre pessoas e máquinas – e pela importância dessa tecnologia para resolver grandes problemas mundiais. A saúde e a educação estão entre as áreas mais promissoras desse movimento.

Quer conhecer as últimas tendências e tecnologias do mercado financeiro? Inscreva-se no Exponential Finance Brazil. O principal summit de finanças exponenciais do país acontece do dia 10 e 11 de setembro, em São Paulo.

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Marc Goodman e os novos perigos da era digital

Autor do best-seller “Future Crimes” e Chair de Política, Lei e Ética da Singularity University, o americano Marc Goodman se consolidou como uma referência internacional nas áreas de crimes cibernéticos e terrorismo digital. Ao longo de mais duas décadas de atuação, Goodman desenvolveu projetos junto a organizações como Interpol, ONU e OTAN, além de colaborações com governo dos Estados Unidos. Em setembro, ele estará no Exponential Finance Brazil, em São Paulo, para falar sobre os novos desafios de segurança digital e os riscos de vulnerabilidade no setor financeiro.

Ao mesmo tempo que aponta os benefícios e conveniências resultantes do uso de novas tecnologias, Goodman é conhecido por destacar os perigos do mundo hiperconectado – onde ele acredita que hackers e criminosos estão sempre um passo à frente. A dicotomia entre liberdade de inovação e controle de (más) intenções é o tema central de seu trabalho. Uma versão resumida de sua teoria pode ser conferida nesse TED, visualizado por cerca de 1,2 milhões de pessoas.

Segundo Goodman, a fragilidade de sistemas de segurança pode atingir até mesmo gigantes digitais, como já aconteceu recentemente com Instagram e Facebook. Os ataques podem vir dos lugares mais inusitados, de terroristas políticos a gangues especializadas na mineração de dados de consumidores. Nesse cenário, o potencial de estrago para instituições financeiras – e seus clientes – pode ser enorme.



Adepto da linha de que “não existe almoço grátis”, o especialista aponta a relação entre o aumento exponencial do compartilhamento dados e a explosão de crimes digitais. Quando não existe valor a ser pago por determinado serviço, a mercadoria costuma ser as informações consumidor. Ou seja: o custo para acessar serviços e plataformas digitais costuma ser mais alto do que parece. “Quanto mais dados você produz e armazena, mais o crime organizado fica feliz em consumi-los”, costuma dizer em suas apresentações.

Dependendo do ponto de vista, converter informações de consumidores em estratégia de vendas e análises preditivas pode parecer inofensivo. Mas, na opinião de Goodman, é preciso repensar os impactos dessa prática e, sobretudo, discutir como países, governos e órgãos regulatórios estão lidando com a questão. Em um mundo onde os dados das pessoas estão cada vez mais vulneráveis, ele deixa uma dica básica para começar a se proteger de ataques digitais: nunca deixe de atualizar os programas de seu smartphone (os bugs de versões anteriores são brechas atrativas para criminosos).

Natália Fazenda
Jornalista e curadora de conteúdo da HSM

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Como o blockchain pode mudar o mundo (além do bitcoin)

O blockchain ganhou notoriedade pelas criptomoedas (destaque especial para o bitcoin). As possibilidades de aplicação, no entanto, vão muito além do setor financeiro. Ao oferecer uma alternativa segura e descentralizada de transmissão de dados, a tecnologia apresenta potencial para revolucionar a maior parte das indústrias nos próximos anos.

Para o americano Eric Pulier, um dos principais analistas do mercado de tecnologia, o blockchain surge como uma nova maneira de ressignificar o valor de uma transação entre duas partes, sem a necessidade de intermediários ou terceiros para estabelecer vínculos de confiança. Essa mesma transparência e segurança, tão explorada pelo mercado financeiro, começa a aparecer em outros setores. Conheça três exemplos de como a tecnologia vem sendo usada para mudar a vida das pessoas.

1- Saúde

Algumas healthtechs já estão se aproveitando dos benefícios do blockchain para solucionar desafios de gerenciamento de dados de assistência médica. A MedicalChain, em Londres, desenvolveu uma plataforma para pacientes controlarem o acesso a seus registros. Já a Nano Vision, combinou a tecnologia com inteligência artificial para coletar dados de nível molecular − e encontrar tendências que possam levar a novas descobertas na medicina.

2- Administração pública

O governo do Reino Unido contratou a solução de blockchain da startup Govcoin para administrar pagamentos de benefícios a funcionários. A Estônia, por sua vez, fechou uma parceria com a Ericsson para gerenciar registros públicos com a tecnologia. Na Coréia do Sul, a Samsung está desenvolvendo sistemas de blockchain para facilitar a gestão das redes de transporte e segurança pública.

3- Terceiro setor

Um estudo realizado pela Trading View aponta que 43% das pessoas não confiam em instituições de caridade. Para aumentar a transparência de processos do terceiro setor, algumas startups passaram a desenvolver soluções de blockchain para compartilhar informações financeiras de doadores (de maneira segura). É o caso da BitGive plataforma usada por organizações como Save the Children, The Water Project e Medic Mobile.

O que é DAO? Leia nosso artigo que explica o que são e como funcionaam as Organizações Autônomas Descentralizadas.

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O melhor e o pior da Libra, segundo Anne Connelly

Previsto para o ano que vem, o lançamento da Libra, criptomoeda desenvolvida pelo Facebook, aumentou as expectativas sobre a popularização dos sistemas financeiros descentralizados. Antes mesmo de chegar ao mercado, a iniciativa – apoiada por um consórcio que inclui gigantes como Uber, Paypal e Mastercard – vem despertando sentimentos conflitantes entre analistas do setor. Os possíveis impactos positivos e negativos foram discutidos em um artigo publicado recentemente pela canadense Anne Connelly, Faculty da Singularity University. Considerada uma das principais especialistas em blockchain da atualidade, Connely é um dos destaques da programação do Exponential Finance Brazil, que acontece entre os dias 10 e 11 de setembro, em São Paulo.



Na opinião de Connelly, o lado cheio do copo está no potencial de inclusão financeira de populações desbancarizadas. Os altos índices de penetração do Facebook entre diversos extratos sociais teria muito a contribuir nesse sentido (imagine pagar contas e fazer depósitos pelo Messenger ou pelo WhatsApp, por exemplo?). A possibilidade de escolher moedas de lastros alternativos e serviços livres de taxas seria outro benefício. Todos esses fatores pressionariam governos, bancos e órgãos regulatórios a adotarem políticas mais justas e transparentes.

Agora, o lado vazio: o Facebook não é exatamente conhecido pelas políticas de transparência e respeito à privacidade dos usuários (existem controvérsias se a Libra pode ser considerada uma solução 100% blockchain, inclusive). O ecossistema apoiado por grandes players, por sua vez, pode ser outro problema. Embora seja essencial para acelerar a curva de adesão da Libra, a presença dessas corporações poderia levar ao conflito de interesses de empresas e consumidores. No médio prazo, a rede de parcerias tende a colocar o próprio conceito de descentralização em xeque.

Para se consolidar como uma solução de massa, a Libra tem como principal desafio conquistar a confiança dos usuários finais e de representantes da indústria tradicional. Na visão de Connelly, tudo se resume à seguinte questão: quando separamos a circulação do dinheiro da gestão pública, quem herda o controle sobre o sistema financeiro?

Thomaz Gomes
Gerente de conteúdo da HSM

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Os sete princípios da nova Economia Exponencial

Chair de Economia e Finanças da Singularity University, o canadense Amin Toufani é considerado uma das principais vozes do movimento de tecnologias exponenciais. Seus estudos sobre um mundo cada vez mais veloz e conectado deram origem ao conceito de Exonomics, teoria que prevê a ascensão de organizações orientadas pela abundância de recursos e pela democratização do acesso a indústrias fechadas. Um dos destaques da programação do Exponential Finance Brazil, evento que acontece entre os dias
10 e 11 de setembro, em São Paulo, Toufani é um dos principais defensores do uso de ferramentas digitais para potencializar as capacidades de indivíduos e corporações. Conheça abaixo os sete “Ps” que formam os pilares da Economia Exponencial prevista por ele.

PESSOAS
O avanço da tecnologia e a democratização do acesso a ferramentas de negócio permitiram que pessoas comuns explorem possibilidades antes restritas a governos e empresas. O vácuo de inclusão tecnológica,no entanto, ainda existe e continua a gerar desigualdade e desequilíbrio social.

PROPRIEDADE
Ao permitir o compartilhamento de recursos ociosos (de automóveis a horas de trabalho) as novas empresas da economia compartilhada colocaram em xeque nossas percepções sobre o conceito de propriedade. Os efeitos desse movimento já podem ser percebidos na desvalorização gradual de ativos físicos e na popularização de serviços virtuais e descentralizados.

PRODUÇÃO
O acesso aos meios de produção e a popularização das plataformas de financiamento (representados pelo movimento maker e pelos sites de crowdfunding, por exemplo) trouxeram novas possibilidades de customização.
A oferta de produtos e serviços tende ficar cada vez mais personalizada para o consumidor final.



PREÇO
A relação entre oferta, demanda e preço final também está mudando. Os valores de produtos estão mais voláteis, dinâmicos e ajustados em tempo real. O sistema de cobrança do Uber e os leilões de marketplaces são dois exemplos claros dessa tendência.

PODER
A diminuição de barreiras para criar um negócio abriu novas possibilidades de transferência de poder entre startups e grandes corporações. Em um mercado cada vez mais orientado pela lógica de plataformas digitais, a disputa por bases consumidores está cada vez mais nivelada pela capacidade de criar soluções escaláveis e baseadas em necessidades globais.

POLÍTICA
A transferência de poder para o indivíduo aumentou a responsabilidade da comunidade empreendedora. Criar um negócio se tornou praticamente um ato político. Nesse cenário, saem na frente as iniciativas baseadas na construção de um mundo mais equilibrado e sustentável.

PROSPERIDADE
A combinação dos fatores acima trazem perspectivas otimistas. O desafio de empresas, governos e indivíduos é adotar uma mentalidade de “pensar grande” que esteja à altura de todo o potencial oferecido pelo cenário atual.

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SingularityU Brazil Summit: aprendizados do evento

A 2ª edição do SingularityU Brazil Summit trouxe uma perspectiva diferente, empolgante e inovadora ao mostrar que é possível apostar no Brasil como uma potência em tecnologias exponenciais para solucionar os maiores problemas do país. Com palestras focadas nos setores de educação, saúde, segurança pública, infraestrutura, comida, energia, meio ambiente e finanças, o primeiro dia teve como objetivo mostrar aquilo que o país ainda pode melhorar através da tecnologia.

Jeffrey Rogers, palestrante e designer de experiências educacionais interativas, foi quem abriu o evento, mostrando um panorama sobre como o mundo mudou nos últimos anos de forma assustadoramente rápida e como ele continuará se transformando ainda mais no futuro, graças às tecnologias exponenciais.

“Há um papel para cada um de nós. O futuro já está aqui. E o amanhã vai ser sempre muito diferente de hoje”, comentou Rogers.

Começando pela revolução dos smartphones, Jeffrey afirmou que quando foram criados, ninguém tinha ideia do quanto esses dispositivos seriam capazes de mudar a forma como nos comunicamos, nos informamos, ouvimos música e nos comportamos.

Levando a discussão sobre as novas tecnologias mais além, o palestrante comentou sobre o impacto dessas tecnologias em diversas áreas, como na saúde, onde os algoritmos e a inteligência artificial já têm tido um papel essencial no diagnóstico de inúmeras doenças, como o câncer. “Nesse mundo de mudanças aceleradas, temos oportunidades de viver novos desafios”, afirmou ele.

Solucionando os principais desafios do Brasil

No Brasil, saúde e educação ainda são grandes desafios. Em relação à educação, os dados apontam: há cerca de 12 milhões de analfabetos, mais da metade dos adultos entre 25 e 64 anos não concluíram o Ensino Médio, quase 2 milhões de crianças e jovens de 4 a 17 anos estão fora da escola e 6,8 milhões de crianças de 0 a 3 anos estão sem vaga em creche. O que faz parecer que a Educação nunca foi uma prioridade no país.

Mas há esperanças! Em sua palestra, Taddy Blecher mostrou como a educação é uma poderosa aliada para empoderar pessoas e tirá-las da miséria. Ele, que é pioneiro do movimento em prol do ensino universitário gratuito na África do Sul, contou sobre sua experiência ao criar 6 instituições de nível superior de livre acesso e conseguir, por meio delas, que mais de 17.050 sul-africanos desempregados recebessem instrução, encontrassem emprego e passassem da pobreza para a classe média.

Sabendo que hoje, no Brasil, existem cerca de 50 milhões de pessoas na pobreza, Taddy afirmou que a raiz dos problemas de desigualdade é o desenvolvimento humano e que é necessário usar a engenharia humana de forma adequada para solucioná-los.

“Se nossos problemas são causados por humanos, nós humanos podemos resolvê-los”, afirmou Taddy Blecher.

Ainda segundo Taddy, a educação no Brasil não é eficaz porque o nosso sistema está desatualizado. Ela pode ter sido eficaz em uma outra época, mas enfatiza que precisamos treinar humanos para serem humanos. Há uma crise de talentos no mundo, porque precisamos incentivar os jovens a aprender sobre robótica, tecnologia, desenvolvimento de aplicativos e prepará-los para as novas tecnologias que estão chegando. Mas nada disso pode ser feito se faltar uma educação básica de qualidade e o desenvolvimento de capacidades humanas, como a inteligência emocional, por exemplo. “É preciso inovação e comprometimento”, declarou Taddy.

Isso também vale para a área de saúde. Muito já tem sido feito para melhorar vários aspectos neste setor. A tecnologia e a medicina sempre andaram juntas, mas é preciso mais do que apenas novas tecnologias para que a inovação aconteça.

Tiffany Vora, chefe de departamento e vice-diretora de Medicina e Biologia Digital na Singularity University, começou sua palestra afirmando que se você tem um corpo, você precisa se importar com a biologia, porque ela faz parte de quem somos.

“Todos os grandes avanços que estamos vendo agora nas ciências médicas e na biologia devem ser realmente importantes para você. Porque o que vamos ver nos próximos dois anos, cinco anos, dez anos, vinte anos, é que essas tecnologias se tornam partes cada vez mais relevantes de nossas vidas”, comentou Tiffany.

A tecnologia, principalmente no ramo da medicina e da biologia, não só avançou muito e de forma cada vez mais rápida com o passar dos anos, como se tornou incrivelmente barata e acessível. Em 2001, o custo para sequenciar o primeiro genoma era de bilhões. Hoje, essa tecnologia custa cerca de US $ 1.000 dólares. Você deve estar se perguntando qual é a importância de sequenciar seu DNA, não é mesmo? As informações provenientes dessa tecnologia revelam uma série de detalhes sobre o seu organismo, inclusive a probabilidade de você desenvolver algumas doenças crônicas no futuro. Isso é essencial para que você possa tratar a doença antes que ela aconteça.

Outro aspecto importante que as novas tecnologias estão oferecendo é justamente em relação ao tratamento de doenças. Em uma roda de conversa ao lado de Glaucia Alves e José Rubinger, a brasileira Bruna Paese contou sobre o IUBI, um robô que acompanha a rotina de crianças em tratamento de doenças crônicas, como o câncer.

Sabendo que no mundo há cerca de 235 milhões de crianças que sofrem por causa desse tipo de enfermidade e que 55% delas não fazem o tratamento adequado para cuidar dessas enfermidades, o IUBI nasceu com o propósito de ajudar tanto os pais como os médicos a dar continuidade aos tratamentos, de uma maneira que seja divertido para a criança. O robô criado por Bruna funciona com uma inteligência artificial que interage com o paciente, gamifica sua rotina para que ela se engaje no tratamento e faça pequenas mudanças diárias para melhorar sua saúde.

“A educação passa pelo processo de saúde. E a saúde passa pelo processo de educação”, defendeu Bruna.
Educação é a base de tudo

Em qualquer área, a inovação não acontece sem a educação. José Rubinger passou os últimos 10 anos criando tecnologias que pudessem auxiliar o processo de aprendizagem e a inclusão de deficientes físicos na sociedade. Ao abordar este tema, ele mostrou os impactos que a tecnologia tem tido nessa área e o quanto o Brasil está à frente de outros países nesse aspecto.

“No mundo, mais de 3% das pessoas possuem algum tipo de deficiência motora. Entretanto, muitas escolas não estão preparadas para recebê-las”, afirmou José Rubinger.

Outro setor que está sendo impactado pelas novas tecnologias, como impressoras 3D, IoT, inteligência artificial, entre outas, é o de infraestrutura. Apesar de ainda ser um processo lento aqui no Brasil, pois é preciso uma mudança de mindset para a implantação de transformações significativas. Glaucia Alves, engenheira de inovação na Deloitte, esteve presente no evento para falar sobre os desafios que o país enfrenta nesta área.

Segundo ela, as tecnologias como robótica e realidade virtual serão exponenciais se também trabalharmos no desenvolvimento de pessoas, usando-as junto a ferramentas tecnológicas para melhorar os problemas de infraestrutura.

No Brasil, a infraestrutura é considerada um elefante branco. Apesar de contribuir com 6% do PIB mundial, o país investe alto nesse setor, mas sem se preocupar com cuidados ambientais. Os índices de desperdício na construção chegam a 80%.

Glaucia também ressaltou que uma das barreiras em relação à infraestrutura é a falta de pessoas capacitadas para utilizar as tecnologias.

Multiplicando as perspectivas

Com o objetivo de oferecer uma experiência mais dinâmica para o público, na parte da tarde, a arena principal se dividiu em 4. Cada palco focou em um tema específico, apresentando cases de sucesso em que a tecnologia já tem sido aplicada no Brasil para solucionar problemas nas áreas da saúde, segurança pública, educação e infraestrutura.

Na arena de educação, contamos com a presença de Murilo Gun e João Paulo Guerra Barrera. Em um papo animado, Murilo falou sobre a importância da criatividade e de desenvolver essa capacidade para poder lidar com as transformações digitais que impactam o mundo. Já João Paulo, de apenas 8 anos de idade, defendeu que não há idade para aprender e que o aprendizado deve ser contínuo ao longo da vida.

Na área da saúde, Alessandra Zonari apresentou seu projeto, o OneSkin. Por meio da biotecnologia, sua empresa tem como objetivo reverter o envelhecimento. Essa solução só é possível, hoje, graças ao sequenciamento do genoma. Ela acredita que com as novas tecnologias, no futuro, seremos capazes de criar novos modos de envelhecer, com mais saúde e maior qualidade de vida.

Felipe Fontes e Samira Bueno falaram sobre segurança pública. No Brasil, a cada 5 horas acontece um sequestro relâmpago, menos de 8% dos homicídios são resolvidos e a cada 11 minutos uma mulher é estuprada. Com dados preocupantes, o país tem um grande potencial para usar a tecnologia para reverter o cenário atual de segurança pública.

Drones e reconhecimento de imagem já são utilizados na segurança pública de muitas cidades brasileiras. No carnaval deste ano, em Recife, uma pessoa que estava sendo procurada pela polícia foi presa graças a uma câmera com a tecnologia de reconhecimento facial.

Segundo Felipe Fontes, é preciso pensar em como trabalhar na segurança pública de uma maneira que ela consiga antecipar situações emergenciais, evitando que o crime aconteça.

“Uma política de segurança pública eficiente é aquela que não só protege em emergências, mas que também auxilia as pessoas a adotarem hábitos saudáveis e a obterem uma vida mais digna e feliz, de forma sustentável”, afirmou Felipe Fontes.

Outra dificuldade, afirmou Samira Bueno, está em treinar os profissionais para o uso dessas tecnologias. “Hoje, existem inúmeras ferramentas que podem auxiliar no sistema de segurança pública, mas não há treinamento aos profissionais. Isso não resolverá o problema.”

Eduardo Ferreira Lima, diretor da Avantia Tecnologia e Engenharia, empresa que desenvolve e implanta soluções de análise inteligente de imagens, foi além. Ele defende que o que faz a tecnologia funcionar são as pessoas, e que uma boa solução para a segurança pública do Brasil pode vir de uma rede de compartilhamento de informações.
“Para o problema do trânsito, temos o aplicativo Waze. O que faz ele ser um sucesso não é a tecnologia, são as pessoas. A tecnologia é apenas o meio”, defendeu Eduardo Ferreira Lima.

Para mudar o futuro, precisamos olhar para o passado

Para encerrar o primeiro dia de SU Brazil Summit com chave de ouro, Pascal Finette promoveu uma forte reflexão sobre aprendermos com o passado para continuar inovando no futuro. O diretor do departamento de Empreendedorismo e Inovação Aberta da Singularity University afirmou que em um mundo se transformando de forma cada vez mais rápida, o amanhã será drasticamente diferente do dia de hoje, porém, o passado é a única coisa que conhecemos e o único ponto de referência com o qual podemos nos relacionar.

Além disso, Pascal fez o público pensar sobre o uso da tecnologia e o quanto precisamos pensar nela como uma grande facilitadora para acabar com grandes problemas da humanidade, como a desnutrição, por exemplo, que mata muitas crianças no mundo todo a cada 8 segundos.

“Eu acho que tudo que nós vimos neste mundo se resume às decisões que estamos tomando. Quão bom nós somos diante das decisões que estamos tomando hoje?” – afirmou Pascal Finette.

E o que ficou de aprendizado é o fato de que as novas tecnologias serão a chave para a resolução de inúmeros problemas, mas que a decisão em abrir a porta parte de cada um. E você, como tem pensado em transformar o futuro?

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Ondas: o próximo ‘boom’ de energia renovável!

Conhecido como “Ocean Wave Power”, o conceito de energia das ondas não é novo, e é considerado um dos recursos naturais mais significativos do planeta. Desde 1890 muitas tentativas foram testadas, mas foi preciso o avanço das tecnologias para que o sistema começasse a dar bons resultados.

Durante os anos anteriores de testes e estudos, os esforços em comercializar “Ocean Wave Power” falharam devido a problemas de custo, eficiência e vulnerabilidade às tempestades. Algumas tempestades geravam ondas muito altas – de até 25 a 30 pés de altura, ou mais –, o que ameaçava danificar o equipamento de coleta de energia.

Entretanto, as novas tecnologias estão mudando a forma como a energia das ondas é coletada. Um novo sistema projeta boias que não precisam de manutenção cara e podem ser deixadas alimentando a energia da rede elétrica silenciosamente. E, quando há tempestades, as boias podem ser submergidas ou retiradas da água.

Em um estaleiro em Portland, Oregon, um novo dispositivo gerador de energia está quase pronto. Em meados de maio, ele será levado até o Havaí para o primeiro teste em larga escala da tecnologia conectada à rede. Meses depois, outras duas novas tecnologias também irão para o Havaí para começar seus próprios testes. É um grande passo em direção à adoção mais ampla de uma forma de energia renovável que ainda não existe comercialmente: as ondas.

A energia das ondas, que captura a eletricidade gerada pelo movimento das ondas do oceano, é um recurso que poderia suprir 10% das necessidades mundiais de eletricidade, diz John McCarthy, CEO da Ocean Energy, empresa sediada na Irlanda, que testa o primeiro dispositivo.

A plataforma da empresa, que já passou por mais de três anos de testes no Atlântico, gera energia à medida que a água empurra o ar através de uma turbina, e as turbinas de fiação convertem o movimento em eletricidade. Uma fazenda de ondas de 100 megawatts poderia abastecer mais de 18.000 casas. O equipamento também poderia ser usado para alimentar usinas de dessalinização, fazendas de peixes no mar ou até mesmo data centers subaquáticos do tipo que a Microsoft está testando (servidores geram muito calor, então colocá-los no oceano é uma maneira de mantê-los frescos).



Mesmo que fontes energéticas como a energia eólica e a energia solar continuem a crescer rapidamente e tenham seus custos reduzidos, a energia das ondas pode ter um papel importante neste setor. “Em muitos locais ao redor do mundo, é mais um recurso complementar do que um recurso competitivo, e isso tem a ver com as horas do dia e da estação que as ondas tendem a atingir o pico em relação à energia solar”, diz Balakrishnan Nair, presidente e diretor técnico de Oscilla Power, outra empresa de “Ocean Wave Power”, que planeja começar os testes no mesmo local do Havaí.

No noroeste do Pacífico, por exemplo, as ondas tornam-se mais intensas no inverno, quando a luz solar diminui. As ondas também são uma fonte de energia mais estável e previsível do que a energia eólica ou solar, que precisam de baterias ou de outra forma de armazenamento (ou backup de usinas de energia fóssil), quando o sol ou o vento não estão disponíveis.

“Para alguém que está tentando operar a rede elétrica, saber quando esse recurso vai estar disponível para eles é incrivelmente valioso”, diz Bryson Robertson, professor de engenharia da Oregon State University e codiretor do Pacific Marine Energy Center. Pesquisadores de três universidades estão trabalhando para avaliar o potencial dessa energia e ajudar a impulsionar o setor. A tecnologia também pode ser particularmente útil para ilhas remotas que atualmente dependem de fontes de energia importadas, como o diesel, que são caras e não têm espaço para usinas solares ou eólicas de grande escala, ou que desejam suplementar outras energias renováveis.

Nair descreve o sistema da Oscilla Power, por exemplo, como “o oposto de um barco”. Em vez de ficar o mais estável possível na água, ele se move ao máximo, capturando energia de diferentes tipos de ondas. Em ondas mais fortes, pode balançar de frente para trás ou para cima e para baixo e, para ondas mais fracas, pode se mover de um lado para o outro. “O efeito líquido de tudo isso é que se traduz em uma captura de energia muito alta, que aborda uma das principais fraquezas dos dispositivos de energia das ondas”, diz Nair. “Tradicionalmente”, diz ele, “a maioria dos projetos se concentra em tentar capturar energia de um tipo de onda, o que significa que eles são ineficientes.”

Apesar da falta de investimentos na área, essa fonte de energia pode finalmente estar mais perto de acontecer. Após os testes de um ano no Havaí, por exemplo, a empresa diz que em breve estará pronta para começar a vender seu sistema.

“É uma oportunidade que está à espera de florescer há muito tempo”, diz Nair. “Se você olhar para as patentes mais antigas de energia, elas voltaram na década de 1790. Por isso, as pessoas vêm tentando fazer isso há muito tempo.” Mas foi apenas nos últimos anos que a tecnologia avançou a ponto de possibilitar mais testes e acelerar o ritmo da inovação. “Nós, como uma indústria, estamos em um bom momento agora para realmente fazer isso acontecer.”

No Brasil, um projeto piloto de energia de ondas foi instalado na Usina do Porto do Pecém, no Ceará, em 2012. O projeto é financiado pela Tractebel Energia e conta com apoio do Governo do Estado do Ceará, mas foi interrompido por falta de verba.

No futuro, espera-se que o potencial da energia das ondas oceânicas possa gerar até 2,64 trilhões de quilowatts por ano, o equivalente a 66% da eletricidade gerada nos EUA em 2017. No entanto, pode-se levar uma década ou mais para desenvolver sistemas de energia das ondas que sejam eficientes e seguros para o meio ambiente. A energia das ondas é um recurso energético renovável promissor que pode substituir uma parte dos combustíveis fósseis que consumimos atualmente.

*texto traduzido e adaptado de Fast Company

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Aplicações práticas e eficientes de Blockchain

Blockchain é uma das tecnologias emergentes que vem ganhando grande destaque no cenário tecnológico mundial. Inicialmente criada para possibilitar transações seguras entre Bitcoins, seu potencial tecnológico vem alcançando outras aplicações que não se restringem às criptomoedas, atraindo o interesse de bancos, empresas e governos.

O grande diferencial dessa tecnologia está no registro criptografado das informações, com impressões digitais que geram uma dinâmica de encadeamento segura e confiável, além de ser baseada em uma estrutura descentralizada e de sempre registrar quaisquer alterações que ocorram na cadeia, tornando as informações trocadas ainda mais seguras. Essas vantagens possibilitam o surgimento de aplicações Blockchain que irão mudar a dinâmica do setor empresarial nos próximos anos.

Confira abaixo algumas delas:

Contratos Inteligentes

Os contratos inteligentes são pequenos programas que automaticamente realizam acordos entre várias partes quando determinadas condições são cumpridas. Como esses miniprogramas são executados em Blockchain, não há intermediários para gerenciar a transação ou cobrar taxas. Assim, aplicações como empréstimos e títulos de propriedade podem ser gerenciados e processados automaticamente, e dados confidenciais como registros médicos podem ser protegidos e acessados somente por certas pessoas sob condições predefinidas.

A plataforma de Internet das Coisas Slock.it, por exemplo, oferece contratos inteligentes para permitir que o cliente alugue, venda ou compartilhe propriedades, sejam elas uma bicicleta ou um apartamento.

Pagamentos e transferências de dinheiro

O envio e o recebimento de pagamentos são as aplicações mais populares de Blockchain atualmente, uma vez que seu início esteve diretamente relacionado com as criptomoedas. Em e-commerces e transferências internacionais, essa tecnologia surge como alternativa aos cartões de crédito e ao PayPal. Com o Blockchain, a transferência de fundos é realizada de forma direta, rápida e segura para qualquer pessoa do mundo a taxas muito baixas. Esta última característica se dá por conta da inexistência de intermediários, o que diminui a transferência de fundos entre bancos e taxas de transações excessivas.



Essa aplicação é muito útil para empresas que tenham funcionários remotos ou estejam envolvidas com o mercado global, contemplando de pequenos empreendedores a grandes empresas e bancos. Empresas como a Abra, a Bitwage e a Coinpip são destaques na realização de transferência de fundos e administração da folha de pagamento por meio de Blockchain. As próximas startups movimentarão ainda mais o setor, fornecendo serviços que possam ser aplicados a muitos aspectos da atividade cotidiana de uma empresa, como corte de custos, aumento da confiança no sistema e simplificação de processos onde há várias partes envolvidas para uma interação específica, contribuindo para a redução de burocracia.

Armazenamento em Nuvem Distribuído

O armazenamento em nuvem será outra aplicação de Blockchain da qual as empresas poderão se beneficiar. A maioria das empresas optam por utilizar os serviços em nuvem oferecidos por grandes nomes, como Amazon ou Google, para armazenamento e acesso de seus dados. Para isso, porém, revelam grande parte de suas informações comerciais. Além disso, esses serviços podem chegar a um alto preço e muitos dos principais provedores ainda se mostram vulneráveis a ataques externos.

Dentro desse contexto, o Blockchain pode ser utilizado pelas empresas proporcionando bancos de dados confiáveis, descentralizados, criptografados e não editáveis. A integração dessa tecnologia para computação em nuvem tornará possível que empresas mantenham vantagens competitivas ao mesmo tempo em que protejam informações valiosas de negócios. A criptografia nativa do Blockchain também pode ser utilizada para a proteção de redes de dispositivos interconectados contra interferência externa.

Segundo a VentureBeatStorj – empresa que utiliza Blockchain para fornecer armazenamento em nuvem acessível, rápido e seguro aos usuários -, em um futuro próximo, essa tecnologia funcionará de modo semelhante à forma como se aluga um quarto no Airbnb. No caso, o aluguel será de espaço em disco, o que poderá gerar receita tanto para grandes empresas como para usuários comuns.

Recursos Humanos

No mercado empresarial, o setor de Recursos Humanos é uma das peças essenciais para uma empresa alcançar sucesso ou fracasso. Entretanto, muitas vezes o setor é criticado pela falta de transparência e confiabilidade. No processo de recrutamento, por exemplo, é comum empresas serem acusadas de ocultarem informações do processo para alavancar posições de terceiros.

Para resolver esse problema, empresas, órgãos governamentais e instituições de ensino poderão fazer uso do Blockchain, fornecendo parte dos dados do candidato para ser armazenada de maneira imutável na rede de blocos. Por exemplo, durante o processo educacional, o desempenho acadêmico será registrado em um ID individual de um aluno, que é então armazenado em Blockchain e permitirá que cada empregador avalie o progresso acadêmico verdadeiro de um candidato. Da mesma forma, empresas terão seus próprios IDs, pelos quais os candidatos poderão acessar informações das mesmas, incluindo taxas de rotatividade de mão de obra e indicadores-chave de desempenho.

Quanto mais empresas e candidatos a emprego optarem por transferir suas informações em redes de Blockchain públicas amplamente acessíveis, mais rápido toda a indústria se beneficiará ao gerar insights reais e tomar melhores decisões de negócio, ao mesmo tempo em que ajudará a solucionar problemas sociais, como diferenças salariais entre homens e mulheres.

Cadeia de Suprimentos

Os mercados estão conectados por meio de rotas de comércio globais cada vez mais robustas, mas o volume total de informações de transporte processadas mostra que existe uma grande disparidade nos dados ao se tentar monitorar a jornada individual de um produto.

A aplicação de Blockchain em uma cadeia de suprimentos poderia resolver esse tipo de problema por meio da criação de um histórico permanente de produto, reduzindo custos, identificando erros humanos e evitando atrasos. Fornecedores e consumidores se beneficiariam, tendo uma maior percepção do processo de fabricação dos produtos que utilizam, por meio do acesso à rede Blockchain, para investigar variáveis como entrega ou manutenção de produtos.

Para certas indústrias em que a alta manutenção de bens na cadeia de suprimentos é especialmente crucial, podemos imaginar como o Blockchain pode intervir para garantir que as metas de qualidade sejam atingidas. Por exemplo, as indústrias de ciências médicas ou aeroespaciais poderiam facilmente utilizar a tecnologia para garantir que as peças e os produtos químicos utilizados em seu trabalho sejam provenientes de uma fonte respeitável e tenham todos os requisitos de armazenamento necessários atendidos até o seu destino final. Provenance e SkuChain são apenas dois exemplos de empresas que estão aplicando Blockchain na cadeia de suprimentos.

Lahis Almeida desenvolvedora de Internet das Coisas na ART IT, especializada em soluções e serviços de TI. Ink. Comunicação