A tarde do segundo dia de Executive Program, em parceria com o Sest Senat, começou em consonância com a manhã sobre o entendimento dos nossos padrões mentais corpóreos.
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Dessa vez, os padrões mentais estão relacionados às questões de comunicação. Thomas Brieu, especialista em comunicação e escutatória, trouxe incríveis insights sobre a maneira pela qual podemos ir além de nossos vícios e produzir comunicações que realmente escutem, envolvam e consiga criar vínculos de engajamento com as pessoas ao nosso redor.
A aceleração já foi palco das conversas neste programa. Nossa percepção está cada vez mais deslocada e quase tudo se transforma durante estas interações, menos a relação entre indivíduos.
Ao mesmo tempo, por conta do exponencial aumento de informações, fisiologicamente tentamos dar conta de diferentes pontos de estímulos. Nossa atenção fica cada vez mais limitada para as interações e se perdem no mar de experiências digitais.
O que se vai neste período? Nosso corpo. Nossa empatia e imaginação se vão junto com estes processos e, cada vez mais, colocamos a angústia neste lugar de relação que antes era preenchido pelo outro.
Por isso, a tarde de segunda-feira fria em Embu das Artes foi tomada por uma ideia extremamente interessante e profunda. Compreender o que é necessário, saber colocar o corpo nas comunicações que são produzidas, e entender o porquê deste estado de apreensão do outro ser melhor executado com este corpo presente.
Referenciais, cuidados e tomadas de decisão
Thomas Brieu tem uma gama de definições para os tipos de perguntas que são colocadas. Existem algumas que não colocam a escuta em trabalho, outras impõe limite para quem escuta, algumas conseguem atribuir atenção e até criar vínculo.
Porém, antes disso, é interessante perceber que há uma necessidade de compreender para quem a mensagem está sendo colocada. Comunicação precisa de um outro que o compreenda, que participe da criação desta interação.
Por isso, entender referenciais é uma estratégia crucial para que a comunicação seja produzida de uma maneira compreensiva, em tom de entendimento e efetividade. A realidade é multifacetada e, se mantermos nossos padrões reativos de comunicação, teremos apenas dois movimentos de repulsa e aproximação.
Mas, assim como na palestra de Carla Tieppo, urge uma nova necessidade das lideranças de perceberem de que maneira estamos agindo, como podemos fazer diferentes leituras e de que jeito podemos mudar os padrões mais simples até encontrar os hábitos mais complicados.
Afinal, diálogos e negociações são necessários e precisamos, cada vez mais, promover este tipo de compreensão. É um papel extremamente difícil, que existe vulnerabilidade e atenção, mas seu resultado é extremamente prolífico e cada vez mais estamos em constante aprendizado.