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A Interseção Criativa: Arte, Inteligência Artificial e o Futuro da Colaboração

Na terceiro dia de SXSW 2024, a palestra "Criatividade em Fluxo: Arte & Inteligência Artificial", conduzida por Brooke Hopper e Debbie Millman, foram exploradas questões cruciais sobre como a arte e a inteligência artificial se entrelaçam no cenário contemporâneo. 

Um dos pontos centrais discutidos foi a responsabilidade das empresas na utilização de dados para treinar IA, enfatizando a necessidade premente de transparência radical nesse processo, tanto com dados licenciados quanto não licenciados. 

"Não vemos isso acontecendo hoje em dia. Estamos vendo processos serem construídos e cada vez mais agem por questões de ambições desconhecidas. Precisamos nos preparar para isso", destacou Hopper.

Uma das ideias foi criar um tipo de sinalização para que fosse possível identificar conteúdos gerados por IA. Essa estratégia é crucial, especialmente diante dos desafios éticos impostos pelos deep fakes, onde a distinção entre realidade e falsificação torna-se cada vez mais tênue.

A palestra ressaltou também a diferença fundamental entre a criatividade humana e a das máquinas, destacando que enquanto a IA pode potencializar a criatividade humana, ela não é e não será capaz de substituí-la. 

Essa reflexão enfatizou a importância da colaboração entre humanos e IA para gerar resultados criativos verdadeiramente inovadores. Projetando-se para o futuro, vislumbra-se uma crescente proximidade entre humanos e IA, resultando em experiências criativas mais imersivas e ricas nos próximos 10 anos. 

Esse avanço será impulsionado pelo design computacional e pela contínua interação entre os dois domínios, promovendo um ambiente de colaboração e crescimento mútuo.

“A IA não compete com a nossa criatividade, pelo contrário, ela possibilita que consigamos fazer novas coisas com o seu uso, amplificando nossa criatividade", destacou Millman.
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A importância do design para humanizar a tecnologia

Por Marcel Nobre, CEO da Beta Lab.

O Design in Tech Report 2024, apresentado por John Maeda, Vice-Presidente de Design e Inteligência Artificial na Microsoft, trouxe insights valiosos sobre a interseção entre design e IA.

Maeda destacou a discrepância entre as aspirações das empresas em criar grandes e elaborados sites e as expectativas das pessoas, que muitas vezes desejam apenas uma experiência simples e intuitiva, representada por um único botão. É preciso tomar um cuidado com isso, porque nem sempre as soluções são dadas apenas por IA e sim por uma concepção anterior do que já era feito, por isso a importância de desenhar e refletir sobre o que ocorre.

Ao longo da apresentação, foram delineados três tipos de design: clássico, design thinking e design computacional. Porém, o ano de 2018 marcou um ponto de inflexão, com a ascensão de questões como ética tecnológica, design inclusivo, trabalho remoto e o lançamento da Runway, plataforma de IA.

Com isso, o especialista provocou reflexões sobre o futuro do trabalho remoto, questionando se essa modalidade será permanente. Ele, inclusive, compartilhou uma análise comparativa entre o filme “The Stop Motion Samurai Film HIDARi” e a IA SORA, destacando o papel da arte na percepção da qualidade do trabalho criativo.

O Vice-Presidente de Design e IA ressaltou o avanço dos robôs em termos de inteligência, força e velocidade, exemplificando com os casos das empresas Bostons Dynamics e Unitree H1. Ele também mencionou inovações como o Sinerider, da Hack Club, e a Poetry Camera, uma câmera capaz de transformar fotos em poesia.

Em relação à evolução do design, Maeda enfatizou a importância da criação de modelos grandes e pequenos, a flexibilidade entre abordagens abertas e fechadas, e a crescente tendência das pessoas em desenvolver seus próprios modelos GPTs (Geradores de Texto Pré-Treinados).

Além disso, foram abordadas estratégias de design, desde o método artesanal até o desenvolvimento de sistemas e prompts de IA, destacando a importância das habilidades de marketing e produto.

Por fim, Maeda ressaltou que o design humaniza a tecnologia, mas alertou para a necessidade de não humanizar excessivamente a IA, promovendo uma reflexão sobre os limites éticos e morais na interação entre humanos e máquinas.

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“A tendência é que as produções, inclusive culturais, acabem se tornando educativas”, destaca Kondzilla, empresário e produtor de sucesso

O momento da Gerando Falcões, na Casa SP, trouxe uma perspectiva crítica sobre o crescimento do fenômeno cultural da Favela e o impacto pode ser tão grande que fez Kondzilla afirmar: “sorte dos gringos que não falamos inglês!”

Existe uma grande geração “Nem-nem”, como dizemos. São jovens que não estão trabalhando ou estudando. Para Edu Lyra, isso é um “tiro no pé” e o maior sentido é: são pessoas que acabarão indo contra a direção necessária para tornar a própria relação social sustentável.

Um dos assuntos tratados na palestra, que contou com a presença de Marilia Marton, Secretária do Governo do Estado de São Paulo, ao lado de seu co-colaborador Armando Júnior e Renato Barreiros, da Fábrica de Cultura, foi a questão da educação e da capacitação no trabalho.

Kond, empresário e produtor da Kondzilla, maior portal e produtora de funk do Brasil há pelo menos 15 anos, destacou a importância de olharmos as produções muito além da própria manifestação cultural. A tendência, para o empresário, é olhar estes processos com olhares mais pedagógicos e educacionais e isso precisa também ser a complexidade que a indústria digital precisa ter.

“Há particularidades de comunicação e nichos, seja na Microsoft, BTG, Google. É uma tendência que isso ocorra e cada vez mais será necessário ter essa perspectiva. Integrar e treinar precisa ter essa capacitação constante e assim podermos garantir que estes trabalhos também sejam acessíveis para a economia criativa”, destacou Kond.

Kond ainda destacou o quanto o “mindset” precisa mudar e é tarefa nossa perpetuar a ideia de que a educação é sim o futuro, se tratando em questões de capacitação e cada vez mais referenciais.

Quando a questão foi “O que teremos que acertar?”, a palestra passou a discutir sobre o crescimento da cultura da periferia de São Paulo. É bem claro, inclusive por todos os paulistanos, o quanto a cultura da favela ressoa na cidade e no mercado, como um todo.

O estilo, as músicas, a maneira de comemorar e o tamanho do mercado cresceu exponencialmente nos últimos dez anos. Renato Barreiros, da Fábrica de Cultura, destacou o quanto é necessário ganhar espaço e até internacionalizar com o tamanho que poderia ter.

Na moda isso já chegou às passarelas de Paris e Itália. Cada vez mais outros tipos de estéticas brasileiras, como o futebol, dão forma a essa escala e mostram um potencial gigantesco que isso pode ressoar em diferentes pontos geográficos em um futuro não tão distante.

“O projeto precisa continuar como missão do Estado. Precisamos não desistir e dar continuidade aos projetos como uma inteligência de nação. Não podemos desistir de nada e de ninguém”, destaca Edu Lyra.

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“Se nós conseguirmos fornecer a oportunidade de estudo, água, tecnologia, se inovar e entregar, temos a mina de ouro nas nossas mãos que são as favelas”, destaca CEO da Boogie Naipe

“Está tudo aqui e só precisamos nos desprender do preconceito.”

É dessa maneira que Eliane Dias, CEO da produtora musical Boogie Naipe, que cuida dos Racionais MC’s, inicia a discussão do painel “Favela-X e Favela 3D: a corrida social”, no SXSW 2024.

Ao lado Renata Ruggiero, da CCR, Nina Rentel Scheliga, Diretora de Tecnologias Sociais na Gerando Falcões, e Mayara Lyra, a Casa SP, iniciativa da InvestSP, agência de desenvolvimento do Estado de São Paulo, que tem como objetivo desenvolver o Estado por meio da atração de investimentos, promoção de exportações, incentivo à inovação e melhorias no ambiente de negócios, foi palco de um momento crucial de tornar visível as transformações que estão ocorrendo nas favelas de São Paulo e quais são os principais projetos que dão autonomia às pessoas que vivem nestes locais.

A Gerando Falcões atua com diversas conexões sociais, desde remodelagem, até assistência em saúde e até esforços sociais. A ideia, com o Programa Decolagem, é também trazer vários mentores para ajudar as famílias que estão procurando superar as barreiras que existem neste país tão desigual, desde problemáticas de gêneros até questões relacionadas à juventude.

A tentativa, então, é personalizar soluções. Nina Scheliga traz essa perspectiva para mostrar que não há uma unidade de entendimento e que é necessário um tempo dedicado e atenção para que as oportunidades sejam criadas e alternativas sejam co-criadas pelas pessoas.

“Antecipar as soluções não são coisas fáceis. Precisamos fazer leituras das disposições e inclinações das famílias também. Por isso usamos inteligência artificial para isso, mas sempre procurando compreender como usá-la a nosso favor e não reproduzir problemáticas”, destaca a Diretora de Tecnologias Sociais da Gerando Falcões.

Mayara, que está à frente da ASMARA, destaca este ponto da transformação a partir dos insumos que existem em seu cotidiano. Ao estimular o empreendedorismo, segundo Mayara Lyra, pôde perceber como a mulher da periferia puxa toda a família e consegue transformar a realidade de sua família.

Estas ações que mostram e permitem autonomia são importantes para o contínuo impacto social. Tal como Eliane Dias coloca: “Sucesso é poder fazer aquilo que quer” e isso provém de iniciativas e contínuo trabalho de criação potencial que a favela tem, que precisa, cada vez mais ser olhado sem estas problemáticas preconceituosas e suas barreiras.

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“Água não deveria ser vista como elemento abundante. Há todo um processo que se perde por não entendermos o ciclo fechado”, destaca Head de Sustentabilidade da Sabesp no Favela Day, no SXSW

No painel sobre o Futuro das Cidades e o Ciclo da Água do Favela Day, no SXSW 2024, participaram Virgínia Ribeiro, Head de Sustentabilidade da Sabesp, Kdu dos Anjos, CEO da Lá da Favelinha e Sócio do Coletivo Levante, Pedro Sutter, Chief Sustentability, Risk & Compliance Officer na CCR, e foi mediado por Eco Moliterno, CCO da Accenture.

Diversas questões cruciais foram abordadas em relação à gestão urbana, sustentabilidade e nossa relação com a água. Virgínia Ribeiro, da Sabesp, enfatizou a importância de repensar este componente vital como um recurso finito. Isso, segundo a especialista, é crucial para trazer soluções de ciclo fechado e reduzir o impacto ambiental.

“Muito dos nossos problemas são pela falta de cuidado e achar que a abundância compreende usar sem mediação alguma”, destacou a Head de Sustentabilidade.

Além disso, em sua fala inicial, compartilhou projetos inovadores, como a captura de gás metano para a produção de biocombustível, reuso de água em indústrias e utilização do lodo como fertilizando orgânico.

Kdu dos Anjos trouxe à tona a questão da moradia nas periferias e o uso da arte na concepção de soluções habitacionais. Ele ressaltou a importância de compreender as necessidades individuais dos moradores e destacou projetos que visam melhorar a eficiência térmica das casas, como o uso de tijolos horizontais.

Quando questionado sobre a questão da mobilidade para o desenvolvimento econômico e social, Pedro Sutter, da CCR, mencionou projetos que visam melhorar a infraestrutura de transporte, como o metrô de Salvador, que reduziu significativamente o tempo de deslocamento dos usuários e está prospectando a automação de suas ações pelas plataformas.

No que diz respeito às tendências futuras, Virgínia destacou a implementação de tecnologias de Internet das Coisas (IoT) para o saneamento, como hidrômetros inteligentes, enquanto Kdu compartilhou seu próximo projeto de uma Galeria de Arte acessível em realidade aumentada e virtual.

Ao final do painel, Kdu emocionou a plateia ao recitar um poema autoral, dando voz à vida e às experiências dos moradores das periferias urbanas, destacando a importância da inclusão e da representatividade nos debates sobre o futuro das cidades.

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Explorando o Além: Libertando o Poder da IA Futura

Por Marcel Nobre, CEO da Beta Lab.

Na palestra “Beyond The Horizon: unleash the power of future AI” apresentada por Joe Kehoe e Jeremy Kolpak, da Avenade X, durante o SXSW 2024, foram discutidas diversas dimensões que moldam a evolução da inteligência artificial.

Na fala dos experts, destacaram o quanto a IA pode trazer impactos tanto positivos quanto negativos para a sustentabilidade, porém, seu potencial para ajudar é imensamente maior do que para prejudicar.

Três variáveis cruciais foram destacadas neste momento: o tamanho físico, o poder computacional e o consumo de energia.

Desde 2018, presenciamos uma transformação significativa nos processos que a IA está produzindo. Saímos de simples jogos de xadrez com previsão de jogadas para jogos muito mais complexos, repletos de interações e cenários diversos. A IA Generativa tem mostrado tamanha melhora, inclusive, nas suas produções de conteúdo.

Entretanto, foi necessário apontar tamanho consumo de energia nestas ações. Em um dado buscado por pesquisadores, os palestrantes mostraram que um prompt de IA pode gerar 4 a 5 vezes mais pegada de carbono do que uma simples pesquisa no Google.

Além disso, a geração de uma única imagem consome mais energia do que uma carga inteira de um celular, e mil imagens têm um impacto equivalente ao de dirigir 4,1 milhas.

Isso se torna ainda mais alarmante quando consideramos o uso indiscriminado da IA, especialmente quando oferecida gratuitamente para curiosos que a exploram sem limites.

Calma, há solução

Uma saída interessante apresentada foi o GenAI, que adiciona inteligência a qualquer dado e pode prever a quantidade de energia a ser produzida com base na previsão do tempo, ajudando empresas a otimizar sua produção de energia e reduzir seu impacto ambiental.

Aprofundando nesta problemática, Kehoe e Kolpak trouxeram também a importância de direcionar o marketing empresarial. Afinal, o ESG já está mudando algumas concepções, porém, agora há a necessidade de considerar métricas de impacto de carbono. Com tantos dados sobre o comportamento humano disponíveis, o relacionamento entre as marcas e os consumidores está se transformando.

No cerne dessa discussão está a ideia de que a IA otimiza e amplia a inteligência humana, fornecendo um aprendizado adaptativo que pode ajudar na consecução das metas de vida individuais.

E, ao projetarmos nosso olhar para o futuro, podemos imaginar um cenário em que, daqui a 20 anos, o machine learning aprenderá cada vez mais com essa tecnologia, ampliando seu uso para outras áreas, como o combate a doenças em larga escala.

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Confira as principais tendências tecnológicas de 2024 que serão discutidas no SXSW 2024!

No mundo em rápida transformação da tecnologia, a sessão da manhã do primeiro dia de SXSW 2024 mostrou que está pronto para reunir mentes brilhantes e visionárias para discutir as últimas tendências que moldarão o futuro.

Ferramentas generativas, que produzem texto, imagens e vídeos a partir de prompts, estão revolucionando a indústria tecnológica, fazem parte desta construção. Porém, há muito mais do que isso que a Inteligência Artificial ainda prospectará: a preocupação ambiental está cada vez mais presente nestes festivais de inovação, pesquisas genéticas e transformando cada vez mais nossa capacidade de inteligência por computação e automação…

Para isso, neste primeiro dia fizemos um apanhado de 10 tendências para compreendermos o conteúdo que será discutido no SXSW:

IA Onipresente

Estamos entrando na era da IA. Centenas de milhões de pessoas interagiram diretamente com ferramentas generativas, como o ChatGPT, que produzem texto, imagens, vídeos e muito mais a partir de prompts. Sua popularidade reformulou a indústria de tecnologia, tornando a OpenAI um nome familiar e levando Google, Meta e Microsoft a investirem pesadamente na tecnologia.

Energia Solar

Este tipo de energia limpa está sendo rapidamente implantada em todo o mundo e é fundamental para os esforços globais de redução das emissões de carbono. Além disso, estamos começando a aprofundar as pesquisas nessa área, coisa que demorou anos para acontecer, afinal, a maioria da luz solar que atinge os painéis de hoje não está sendo convertida em eletricidade. Por isso, cada vez mais a luta é adicionar uma camada de pequenos cristais pode tornar os painéis solares mais eficientes e outras tecnologias relacionadas a pintura em paredes para que isso se torne cada vez mais palpável.

Realidade virtual

A Apple começará a enviar seu primeiro headset de realidade mista, o Vision Pro, este ano. Sua característica principal é o display de maior resolução já feito para um dispositivo desse tipo. Haverá um aplicativo fantástico? É cedo, mas a empresa mais valiosa do mundo fez uma aposta audaciosa de que a resposta será sim.


Medicamentos para perda de peso
O aumento global da obesidade foi chamado de epidemia pela Organização Mundial da Saúde. Medicamentos como Mounjaro e Wegovy estão entre as ferramentas mais poderosas que pacientes e médicos têm para tratá-la. Evidências sugerem que eles até podem proteger contra ataques cardíacos e derrames.

Sistemas geotérmicos aprimorados
A energia geotérmica é limpa, sempre disponível e virtualmente ilimitada. No entanto, devido a desafios de engenharia, mal arranhamos a superfície do que ela pode oferecer. Novas técnicas de perfuração, que cavam mais fundo e em lugares onde não podíamos antes, estão liberando mais calor da Terra para produzir energia limpa.

Chiplets – Semicondutores ou chips interligados entre si
Está se tornando extremamente difícil reduzir o tamanho dos transistores – a tendência que define a Lei de Moore e impulsionou o progresso na computação por décadas. Os engenheiros agora devem encontrar novas maneiras de tornar os computadores mais rápidos e eficientes. Os chiplets são pequenos chips especializados que podem ser interligados para fazer tudo o que um chip convencional faz e mais

O primeiro tratamento de edição genética
Novos tratamentos baseados em CRISPR estão em desenvolvimento há anos. Nas últimas semanas de 2023, um da Vertex se tornou o primeiro a obter aprovação regulatória tanto no Reino Unido quanto nos EUA por sua capacidade de curar a doença falciforme, uma condição potencialmente fatal. Não será o último.

Supercomputadores – Exaescala

Os supercomputadores mais rápidos do mundo agora podem realizar mais de um “exaflop” em cálculos (isso é um 1 seguido por 18 zeros). Novas máquinas que podem processar dados científicos a essas velocidades permitirão que os cientistas realizem simulações mais sofisticadas do clima, fissão nuclear, turbulência e muito mais.

Bomba de calor
Não se deixe enganar pelo nome. As bombas de calor são eletrodomésticos que podem tanto resfriar quanto aquecer edifícios, e uma adoção mais ampla poderia reduzir substancialmente as emissões. As vendas aumentaram em todo o mundo; nos EUA, elas superaram os fornos a gás pela primeira vez. Novos tipos que funcionam em temperaturas mais altas também poderiam ajudar a descarbonizar a indústria.

O fim do Twitter

Elon Musk comprou o site agora conhecido como X em 2022, e praticamente nada sobre ele tem sido o mesmo desde então. Ele demitiu a maioria dos funcionários e dispensou a moderação de conteúdo, afastando anunciantes e usuários. Agora, à medida que alternativas como Bluesky, Threads e outros ganham espaço, a praça central da cidade deu lugar a salas privadas. Será uma corrida interessante para acompanharmos.

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SingularityU Brazil no SXSW!

A presença da Singularity University Brazil no South by Southwest (SXSW) é sempre um marco, alimentando as mentes curiosas e inovadoras que buscam transformar o mundo ao seu redor. Como uma referência de conhecimento e criatividade, a SingularityU atrai uma multidão ávida por explorar as últimas tendências em tecnologia, ciência e impacto social.

Nos corredores movimentados do SXSW, os participantes são recebidos por palestras inspiradoras, workshops interativos e demonstrações de tecnologia de ponta, enquanto os correspondentes da SingularityU estarão trazendo informações para quem nos acompanham por aqui!

Conheça o time de correspondentes que estará em Austin, no Texas, para a cobertura do SXSW 2024:

  • Dilma Campos é CEO e Partner da Nossa Praia e Head de ESG da BPartners.co Conselheira da Universidade São Judas, 99 jobs, Ampro – Associação de Marketing Promocional, São Paulo Companhia de Dança e Solum Capital.

  • Andrea Cruz é CEO Serh1 Consultoria, experts em gestão de carreira na atualidade.

  • Poliana Abreu – Head da SingularityU Brazil e Diretora de Conteúdo da HSM

  • Aline Ferraz é Head de Vendas e Negócios na HSM e SingularityU Brazil

  • Marcel Nobre é fundador e CEO da BetaLab, uma edtech inovadora, e atua como professor na HSM/Singularity, FIA Business School e Belas Artes, além de ser mentor de Startups pela Ace Startups.

  • Reynaldo Gama é CEO da HSM, Learning Village e co-CEO da SingularityU Brazil
  • Glaucia Guarcello é COO na The Bakery, Professora de Inovação na SingularityU Brazil e USP;

  • Dante Freitas é palestrante, empreendedor e Cofundador do Gravidade Zero (educação), Stape Music, Loomi (Atelier de Software), Plataforma aca.so e Plataforma IKONE Global Social League.
  • Ademir Piccoli é idealizador do J.Ex e empreendedor nato, movido pela ideia de que é possível transformar a Justiça no Brasil melhorando o acesso, a efetividade e a celeridade com inteligência, tecnologia e inovação.

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A área de Gente e Gestão está pronta para lidar com a desafiadora Inteligência Artificial (IA)?

Por Ivan Cruz, cofundador da Athon Consulting e da Mereo

Este artigo que você está lendo poderia ter sido pensado e escrito por uma máquina, e não por um humano. Pudera: a inteligência artificial (AI, na sigla em inglês) saiu dos filmes de ficção e está cada vez mais presentes no nosso dia a dia e nas companhias. De acordo com a empresa de pesquisa e consultoria Gartner, até 2025, 30% das mensagens enviadas por grandes organizações serão geradas por AI.

Em linhas gerais, esse tipo de inteligência está relacionada ao desenvolvimento de sistemas de computador capazes de realizar tarefas que exigem inteligência humana, caso da percepção visual, do reconhecimento de fala, da tomada de decisão e da tradução entre idiomas. Envolve a criação de algoritmos e modelos que permitem que as máquinas processem informações, aprendam com dados, tomem decisões, resolvam problemas e interajam com o ambiente de maneira inteligente. No Brasil, 41% das empresas já a incorporaram, apontam dados da IBM, e a tendência é de crescimento, uma vez que a adoção está se tornando mais acessível às empresas, há crescente incorporação em aplicativos de negócios padrão e a necessidade de reduzir custos e automatizar processos-chave.

Mas onde entra o setor de Gente e Gestão neste processo? Essa tecnologia é capaz de automatizar uma série de tarefas inerentes ao setor, como recrutamento e seleção, gestão de conhecimento e avaliação de desempenho. Para se ter uma ideia, 40% dos funcionários de PMEs afirmam que a empresa onde trabalham estão usando a tecnologia na área de Gente e Gestão – os dados são da Capterra. Isso denota, de certa forma, que o setor tem se realinhado nas suas prioridades, refletindo as novas necessidades da força de trabalho moderna.

Algumas empresas do setor tem ido mais além e trabalhado com o que chamamos de IA generativa. São, de acordo com Fernandes (2023), tecnologias capazes de impactar todo tipo de empresa e de qualquer porte, sejam no segmento industrial, comércio ou, até, na prestação de serviços, tendo em vista sua imensa capacidade de contribuição ao trabalho já realizado pelos colaboradores atualmente em diferentes âmbitos de seus trabalhos. O uso massivo das ferramentas em IA Generativa vem, explica Ramos (2023), principalmente, impulsionado pelos usuários colaboradores devido à sua simplicidade. Com uma interface de linguagem natural, como um chat, por exemplo, tem tornado a tecnologia mais acessível, até para os usuários com pouco ou sem conhecimento em IA.

Hoje, pontuam especialistas do MIT Technology Review, a integração eficaz dessas tecnologias é crucial para o êxito da estratégia de negócios das empresas. Apesar da rápida evolução tecnológica, do interesse das empresas sobre o tema e da crescente presença dessas ferramentas no ambiente corporativo, ainda há desafios significativos na implementação bem-sucedida da IA generativa. Porém, também tem se demonstrado não uniforme, apontam estudiosos do tema, com determinadas empresas e setores demonstrado maior capacidade de absorver e implementar essas tecnologias.

A ideia de incorporar AI generativa implica na busca por simplificar e agilizar a análise de dados, fornecendo aos usuários uma ferramenta poderosa para obter os dados de maneira mais rápida e precisa. O objetivo não é apenas aumentar a produtividade do colaborador, mas sim facilitar o entendimento dos dados, possibilitando a identificação de tendências, padrões e oportunidades de melhoria de maneira mais eficiente. Como resposta, as pessoas são impulsionadas e, consequentemente, as organizações.

Exemplos de empresas que estão inserindo a IA generativa nos seus processos não faltam. Cito alguns casos:

● O Carrefour utiliza o bot Hopla, que auxilia clientes a escolher produtos em sua plataforma de comércio eletrônico na França de acordo com seu orçamento e seus hábitos de consumo, oferecendo sugestões para evitar desperdícios;

● A Linx, especialista em tecnologia para o varejo, desenvolveu o Linx Chat Commerce, que utiliza uma rede neural própria e o ChatGPT para solucionar demandas específicas dos varejistas de diversos segmentos, como aumentar o engajamento do consumidor e melhorar as conversões;

● A construtora MRV Engenharia utiliza a tecnologia desde o atendimento ao consumidor até o processo de compras de materiais. Exemplo: quando o consumidor entra no site da companhia, se interessa por um imóvel e clica no botão “chat 24 horas”, há um chatbot atendendo. Com isso, a MRV consegue manter uma central de atendimento com estrutura mais enxuta e menos atendentes;

● O Bradesco conta com a BIA, uma inteligência artificial que funciona como uma assistente pessoal para os clientes. Ela permite a execução de atividades como transferências e pagamentos usando a identificação por voz, por exemplo;

● A Uber usa a inteligência artificial em um chatbot, que responde a 30 mil mensagens por semana, com índice de satisfação maior que 95%, segundo a empresa;

● O Itaú usa ferramentas de inteligência artificial em diversas áreas, como na parte jurídica do banco, na qual a IA é usada para leitura de cerca de 70 mil processos por mês.

Motivos para usar a IA generativa não faltam. Considerando que uma das tendências é um setor mais voltado para o People Analytics, a criação de relatórios de desempenho individualizados para colaboradores, certamente, trará um retorno considerável sobre a identificação de oportunidades de desenvolvimento. Essa tecnologia pode ser peça-chave na jornada do colaborador na empresa, uma vez que oferece uma valiosa assistência aos gerentes na criação de informações, análise e resumo de feedback extenso e baseado em critérios, como avaliações numéricas e outros indicadores de desempenho respaldados por dados. Nesse caso, a um clique, os gestores podem obter um resumo que destaca os aspectos mais relevantes e predominantes do desempenho de um funcionário ao longo da sua jornada. Este resumo servirá como um guia para os gerentes, que podem ter uma condução mais correta com seus liderados, permitindo a identificação do crescimento e a definição de oportunidades de desenvolvimento para o futuro.

A AI generativa também é fundamental no alcance de metas. Organizações com dificuldade no planejamento estratégico e na definição de seus indicadores podem utilizar a tecnologia para auxiliar os gestores na formulação de metas específicas, mensuráveis, alcançáveis e relevantes para seus negócios. A plataforma pode gerar sugestões de metas e ações com base no histórico e em dados de mercado, tornando o processo de estabelecimento de metas muito mais eficaz, além de facilitar a leitura de dados e a assertividade na tomada de decisões.

De acordo com Viola (2023), há três métodos principais de implementação desta tecnologia: 1) aquisição de software com IA integrada; 2) uso de modelos de terceiros via integrações; 3) desenvolvimento de modelos próprios com dados públicos e privados. Muitas organizações preferem as duas primeiras opções, em razão da baixa complexidade de uso da tecnologia, custos baixos de implantação e até a necessidade de mão de obra. Outras acabam por escolher a terceira via, pois maximizam as vantagens competitivas, permitindo controle total sobre a IA, desde treinamento até governança, visando proteger dados e cumprir padrões éticos e legais, ou até garantindo propriedade e controle sobre modelos cruciais para inovação e monetização.

Logo, ter infraestrutura, talento e acesso a dados são fundamentais para estar na fronteira da inovação em IA generativa. Porém, não é uma tarefa fácil definir a maneira correta de se implementar a tecnologia. Para Bersin (2023), ao se tratar de implementar a IA generativa no RH, por exemplo, é fundamental pensar em um problema de cada vez. Ou seja, qual é o objetivo da implementação”. É essencial identificar os principais desafios ou áreas nas quais é preciso otimizar e melhorar a eficiência e avaliar as necessidades específicas da organização, desde o recrutamento até o treinamento e desenvolvimento. Ainda, buscar uma solução escalável, planejada a longo prazo. Escolher uma solução que possa crescer com as necessidades da companhia. Além disso, é preciso envolver a equipe responsável por colocar a implementação dessa tecnologia em ação, capacitando a equipe para que atue com a tecnologia. As soluções baseadas em IA precisam de cuidados e alimentação contínuos.

Dados de 2023 do Capgemini Research Institute’s mostram que a grande maioria das empresas, que ainda estão entendendo como aderir à tecnologia aos seus produtos e serviços, tem um uso mais simplificado das ferramentas de IA disponíveis e abertas no mercado. Utilizando o ChatGPT, Copilot, Bard, entre outras, os colaboradores enxergam a IA generativa como um meio para aumentar a eficiência, se liberando de tarefas rotineiras e possibilitando a concentração em aspectos mais estratégicos do trabalho.

Embora seja algo muito novo e desafiador, a AI veio para ficar e pode avançar a passos largos. Executivos precisam entender olhar para a tecnologia e compreender de que forma ela pode impulsionar a inovação, a tomada de decisões e a eficiência, e também onde ela não pode fornecer valor. É necessário, também, ter presente as distinções entre restrições técnicas e organizacionais, como barreiras culturais, escassez de pessoal capacitado e o desafio de incorporar a IA em produtos e processos. Fato é que a implementação de tecnologias avançadas, como a IA generativa, traz consigo potenciais riscos que precisam ser cuidadosamente considerados e mitigados, pondera Sears (2023). Eles podem estar diretamente ligados à própria tecnologia, por isso é crucial, por exemplo, estabelecer proteções regulamentares, de conformidade, de segurança cibernética e de privacidade eficientes para que as ferramentas de IA generativa possam acessar fontes de dados variadas, com segurança.

Este texto não foi escrito por uma máquina, e sim por um humano entusiasta da AI. Vejo nessa tecnologia um potencial gigantesco de redução de custos, operações mais eficientes, agilidade nos processos e aumento da produtividade. Ou seja, uma oportunidade para gestores, investidores e colaboradores. E pelo jeito todo mundo ganha.

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Todos preparados para o SXSW 2024?

O South by Southwest (SXSW) é um dos maiores eventos de tecnologia, música, cinema e cultura do mundo, sediado anualmente na cidade de Austin, Texas. Sua história remonta a 1987, quando foi fundado por Roland Swenson, Louis Jay Meyers, Louis Black e Nick Barbaro, ainda como um festival musical. No Upload do SXSW 2024 feito no Learning Village, a White Rabbit destacou o quanto este evento ainda é reconhecido desta maneira pelos moradores de Austin. Porém, com sua grandeza, rapidamente expandiu-se para incluir as indústrias de cinema e tecnologia, tornando-se um ponto de encontro para profissionais e entusiastas de diversas áreas.

Ao longo dos anos, o evento cresceu exponencialmente, atraindo milhares de participantes de todo o mundo. O evento é conhecido por sua atmosfera única de criatividade e inovação, proporcionando uma plataforma para artistas emergentes, startups promissoras e figuras proeminentes das indústrias de entretenimento e tecnologia. Desde palestras inspiradoras até shows musicais memoráveis, o SXSW oferece uma variedade de experiências enriquecedoras para seus participantes.

Uma das características distintivas do SXSW é seu formato multidisciplinar, que permite a interação entre diferentes setores e o cruzamento de ideias. Isso resulta em colaborações inovadoras e oportunidades de networking incomparáveis, onde empreendedores podem se conectar com investidores, cineastas podem encontrar distribuidores e músicos podem alcançar novos públicos.

Ao longo dos anos, o SXSW também se tornou um palco para importantes lançamentos e anúncios, com grandes empresas de tecnologia revelando suas últimas inovações e tendências emergentes sendo debatidas e exploradas em profundidade. Além disso, o evento desempenha um papel significativo no impulso da economia local de Austin, gerando receita para empresas locais e promovendo o turismo na região.

Como o SXSW é mais do que apenas um evento, teremos cobertura in loco deste evento. Será um ponto de encontro para mentes criativas e visionárias de todo o mundo e não poderíamos estar de fora dessa. Sua história de sucesso reflete a capacidade de unir diversas indústrias em um ambiente de colaboração e inspiração, impulsionando a inovação e influenciando a cultura global de maneiras profundas e significativas.

Mais SXSW dentro do SXSW

O empreendedorismo e a inovação serão temas recorrentes no SXSW 2024, com uma ênfase especial na criação de empresas e soluções que abordem desafios globais. Startups e empresas de tecnologia terão a oportunidade de apresentar suas ideias e produtos inovadores, enquanto investidores e mentores oferecerão orientação e suporte para impulsionar o crescimento e o sucesso. Também serão discutidas questões relacionadas ao financiamento de startups, estratégias de crescimento e a ética nos negócios.

Porém, o que poucos sabem é que há outras temáticas distintas durante o evento. Por exemplo, o SXSW Edu começa antes do evento principal. Neste momento, dado a necessidade de letramento e transformação na área de educação, será discutido como as organizações podem se adaptar e preparar seus colaboradores para os desafios do futuro. Além disso, serão exploradas novas abordagens para o ensino e a aprendizagem, incluindo o papel da tecnologia na educação remota e no desenvolvimento de habilidades para a era digital.

Além disso, o SXSW 2024 destacará questões relacionadas à sustentabilidade e responsabilidade social. Com crescente preocupação com as mudanças climáticas e o impacto ambiental das atividades humanas, o evento irá abordar soluções inovadoras para promover práticas sustentáveis nos negócios, design urbano, agricultura e outras áreas. Também serão discutidas estratégias para promover a equidade social e a inclusão, visando construir comunidades mais justas e acessíveis para todos.

A arte e a cultura ocuparão um lugar central no SXSW de 2024, com uma variedade de painéis, performances e exibições que celebram a criatividade em suas diversas formas. Desde música e cinema até literatura e artes visuais, o evento oferecerá uma plataforma para artistas emergentes e estabelecidos compartilharem seus trabalhos e explorarem novas ideias. Também será dado destaque ao papel da cultura na promoção do diálogo intercultural e na construção de pontes entre comunidades diversas.