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Um panorama por Ricardo Cavallini

Com décadas de internet, não é preciso gastar saliva para defender o impacto que a tecnologia tem causado na sociedade.

A mudança e tecnológica, mas o grande impacto é cultural e de negócios. E não se trata de uma mudança pontual, mas de uma evolução contínua.

Com o avanço de tecnologias exponenciais, o impacto será ainda maior e mais rápido. Inteligência artificial, impressão 3D, Crispr, Internet das Coisas e Computadores quânticos, a curva da mudança ficará mais íngreme e irá impactar tudo a nossa volta, do comportamento humano ao ambiente de negócios em todas as indústrias e segmentos.

Ray Kurzweil, co-fundador e chanceler da Singularity University traduz bem o que isso pode significar. Segundo ele, com o avanço tecnológico exponencial, os próximos 100 anos serão equivalentes a 20 mil anos.

Com tantas mudanças, o exercício de olhar para frente e escutar quem se destaca neste exercício é inevitável. Olhar para grandes pensadores é um caminho óbvio.

O historiador e filósofo Yuval Noah Harari, tem falado muito sobre os riscos de controle governamental, aumento da desigualdade e desaparecimento dos empregos.

Já Peter Diamandis, co-fundador da Singularity University, defende a ideia de abundância, mostrando não apenas que o presente é muito melhor que o passado (menos guerras, menos fome etc.) mas também que o futuro será muito melhor do que o presente.

É natural olharmos para estas duas visões como antagônicas e ficarmos em dúvida se devemos ser pessimistas ou otimistas em nossas análises.

Porém, o que precisamos entender é que não se trata de pessimismo ou otimismo, a provocação que ambos estão fazendo é que precisamos construir o nosso futuro.

As duas provocações são pertinentes e não são visões contraditórias, precisamos urgentemente, como pessoas, profissionais, empresas, indústrias, governos e sociedade, tomar os cuidados para evitar os riscos e desafios que estão sendo impostos, mas ao mesmo tempo, investir para criar e desenvolver todas as soluções que farão do futuro, algo muito melhor que o presente.

Como diria Peter Drucker, a melhor maneira de prever o futuro, é criá-lo.

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