Categorias
Sem categoria

Chapter Summit: SingularityU Brazil

Na última semana, nos dias 6 e 7 de maio, aconteceu o primeiro SingularityU Brazil Chapter Summit.

Temas como inovação de resultados, empreendedorismo de impacto e ferramentas de criação de futuro foram apresentados e debatidos ao longo de dois dias de summit.

No primeiro dia, os chapters Conrado Scholchauer e Matheus Lima, mediados pelo co-CEO da SingularityU Brazil, Reynaldo Gama, discutiram sobre as habilidades essenciais para lidar com os desafios das próximas décadas – e qual o papel da tecnologia nesse processo.

Há um ano, fiz uma pesquisa sobre as habilidades do futuro. As 4 principais são: a capacidade de aprender, a curiosidade, a curadoria do conteúdo absorvido e a adaptabilidade.” – Conrado Scholchauer

A flexibilidade cognitiva é a capacidade da gente abrir mão de conceitos e teorias, para aderir a uma nova. E tomar decisões em um mundo volátil demanda muita criatividade. Você só consegue resolver um problema que nunca existiu se conseguir imaginar uma solução que nunca ninguém supôs, isso requer capacidade cognitiva criativa. Como aumentar isso? Com repertorio, vivências e a habilidade de estar efetivamente vivendo o presente – se permitindo ter raciocínios críticos a todo instante” – Matheus Lima

Quer saber mais sobre os interessantes insights de Scholchauer e Lima? Clique aqui.

Mais tarde, foi a vez de Guilherme Soárez, co-CEO da SingularityU Brazil, moderar o debate entre os chapters Diego Julidori, Filipe Braga Ivo e Vinícius Debian, sobre os chamados 12 grandes desafios globais, após o cenário de pandemia. Durante a conversa, os convidados fizeram um raio-x dos setores que podem revolucionar o futuro da economia, do meio-ambiente e da sociedade. Assim como as oportunidades de negócios para organizações com soluções inovadoras.

O primeiro grande desafio é o da energia, que se correlaciona com meio ambiente, fome, abrigo, espaço, água. E, depois, começamos a pensar nas necessidades sociais: resiliência, desastres, governança, saúde, educação, prosperidade e segurança. Essas são as necessidades que a Singularity quer direcionar seus esforços para colaborar na busca pela solução através da tecnologia, empreendedorismo e do indivíduo – que é o agente de transformação de tudo. Há 10, 20 anos, a gente achava que os grandes problemas do mundo seriam resolvidos pelos governos ou grandes corporações, nunca tinha a ver com a gente. Agora, é tudo com a gente!” – Filipe Braga Ivo

Como as pessoas podem se preparar para receber esse mundo novo? Como o aprendizado exponencial pode acontecer sem estarmos de fato preparados para receber e trabalhar os novos tipos de tecnologia? Esse é o desafio.” – Vinícius Debian

O primeiro mindset é: não existe receita de bolo, todos nós precisaremos nos adaptar. É necessário estar aberto a todo tipo de ideia, por mais irracional que ela pareça. Diz-se que o homem razoável se adapta ao mundo e o homem irracional tenta adaptar o mundo a si mesmo. Mas o progresso vai depender do homem irracional. Porque não vai ser pensando e fazendo as coisas do mesmo jeito que haverá evolução” – Diego Julidori

Você pode assistir a esse debate inspirador sobre cada um dos 12 desafios neste link.

No segundo dia de summit virtual, o gerente de conteúdo da HSM Thomaz Gomes moderou os chapters Anna Paula Graboski, Brenno Faro e Marcus Casaes. O encontro promoveu um debate sobre como a combinação entre empreendedorismo de impacto e tecnologias exponenciais pode ser usada para reverter momentos de escassez em cenários de prosperidade.

A melhor forma de se tornar um bilionário, é vendendo algo a $1 para 1 bilhão de pessoas. Esse é um pensamento trazido pelo Peter Diamandis dentro do conceito de abundância. E, qual mercado te permite vender um bilhão de qualquer coisa? Os mercados que se propõem a solucionar os grandes problemas do mundo. Fome, energia, água. É possível gerar resultado fazendo bem à cadeia produtiva, à descentralização de riqueza, gerando empregos, pagando acima da média de mercado, etc. É possível ter um negócio lucrativo. E o melhor jeito de fazer isso é através da resolução real de um problema. Se cada vez mais empresários olharem por essa ótica, teremos aí um caminho viável para um novo mundo” – Anna Paula Graboski

É necessário pensar um pouco para além do nosso ímpeto de atender às necessidades sem uma inteligência por trás. Um exemplo: havia demanda por máscaras. Pensamos se distribuir essas máscaras, fazendo apenas uma ponte entre doadores e pessoas que necessitavam desses itens, ajudaria. Ou se poderíamos fazer mais, conectando costureiras autônomas sem renda com pessoas precisando dos seus serviços. Nosso modelo conseguiu apoio da iniciativa porque acreditamos que a doação é uma ação isolada, mas criar uma mecânica por trás gira a economia. O dinheiro de doação é apenas um dinheiro. Em ações como a que propomos, a cada R$1 na nossa ação, R$3 são gerados na economia do país. Quando falamos de sustentabilidade, falamos de prosperidade, de meio ambiente… Assistencialismo é importante, mas não é isso que vai mudar o mundo” – Brenno Faro

É preciso entender que precisamos de negócios que superem os modelos B2C, B2B. Precisamos de negócios Human2Human. O propósito precisa vir. Para que você empreende? Que tipo de impacto sua empresa gera para a sociedade? Se ela fechar, que falta fará ao consumidor? O ser humano precisa ser o ponto focal” – Marcus Casaes

Você pode checar o papo entre Graboski, Faro e Casaes na primeira parte deste vídeo

No mesmo dia, ficou sob o comando do COO da SingularityU Brazil, Álvaro Machado, o debate sobre inovação de resultados. Os chapters Alexandre Uehara, Ana Beatriz Portela e Renato Cunha debateram sobre qual é a melhor estratégia para criar movimentos de transformação digital que atendam às demandas de empresas e pessoas, entre a urgência do momento e a oportunidade de disrupção.

Já se fala sobre transformação digital há um tempo. Muitos diziam que conheciam, que sabiam do que se tratava, mas em meio à pandemia, viram que dominar a teoria não é o mesmo que estar pronto. Acredito que o início de tudo deve ser na cultura da empresa, com as pessoas. Não adianta investir em transformação digital sem que os colaboradores estejam preparados e tenham aderido ao novo mindset.” – Alexandre Uehara

A transformação digital consiste na melhora do desempenho, aumento de alcance, atingimento de melhores resultados. Mas isso requer métodos. Transformação digital passa necessariamente por transformação cultural. Os processos, as diretrizes, as plataformas, tudo precisa estar muito alinhado para engajar as pessoas. Vamos trabalhar na era da coletividade mais que nunca” – Ana Beatriz Portela

Eu gosto muito da fala do Yurval Harari de que uma pandemia dá um fast forward na história. Temos acompanhado nos últimos 5 anos as pautas: revolução digital, inovação, propósito. Mas a pandemia coloca as coisas em um outro patamar e, de um dia para o outro, as resistências cessam. Entra em campo um senso de urgência, de sobrevivência. Estamos vivendo um momento histórico único, doloroso, mas que exige que nós, enquanto sociedade e organizações, que nos adaptemos rapidamente focando em eficiência e valores relevantes” – Renato Cunha

Esses e outros pensamentos sobre as transformações digitais pós-Corona vírus, você encontra na segunda parte deste vídeo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.