O fim do Sest Senat Summit 2023 foi marcado pela palestra de David Roberts, expert global da SingularityU, com o estilo, empreitada e busca pelo engajamento global que dá um dos propósitos à vida do especialista.
Quando falamos de disrupção e inovação, sempre caímos nas amarras das impossibilidades e terceirizamos as soluções para instituições, sejam elas empreendimentos privados ou governamentais.
Porém, o empreendedor em série e expert da SingularityU destaca a necessidade de nutrir o contrário deste pensamento: engajar os não-envolvidos neste universo do empreendedorismo, com coragem e liderança necessária, para continuarmos produzindo mais agentes da mudança e produzirmos nossa diferença no mundo.
Para que isso seja possível, é necessário manter a diretriz de luta pelo propósito positivo social. Mudanças climáticas, questões de equidade, fome e sede no mundo podem ser transformadas e vão precisar deste auxílio diverso de diferentes indivíduos com papéis sociais distintos.
Em um certo momento do século passado, a camada de ozônio teve seu fim premeditado, como mostrou David Roberts. Porém, com a mudança dos usos de alguns produtos que danificavam essa proteção na atmosfera e consciência populacional, o processo foi revertido e hoje estamos mantendo estas condições para não voltar ao problema do passado.
Ao mesmo tempo, sempre deixamos claro que isso é uma condição e continuamos nosso projeto para que isso não ocorra. É um trabalho exaustivo, que exige nosso esforço e persistência.
Nesse sentido, o expert da SingularityU salienta a necessidade de compreender que, com as tecnologias exponenciais, o sonhar e desejar ainda é algo possível, principalmente para resolvermos e decidirmos qual maneira lidaremos com o futuro.
As “prisões mentais” como repressão ao nosso potencial
O expert global da SingularityU destaca o quão importante é compreendermos o que podemos fazer para causar um impacto positivo na sociedade. Para David, nos limitarmos ou reprimirmos nossos desejos de propósito global é apenas uma questão de condicionamento, mas que a mudança é possível em todos os meandros positivos da sociedade.
Os não-envolvidos, para David, não são necessariamente condescendentes. Na verdade, se trata de pessoas que não acreditam que são parte da transformação mudança e realização.
Em algumas linhas de psicologia, o nome disso é dado de “prisão mental/emocional” ou “gaiola mental”, que se define por limitar-se às crenças limitantes, preceitos e pensamentos que bloqueiam seu crescimento. Isso, em tese, não é um bloqueio físico, mas uma maneira condicionada do nosso cérebro reduzir suas ações e suas possibilidades de fazer.
Com o futuro, entendendo-o como questão do agora, é fundamental co-criarmos diferentes maneiras de poder produzir impactos sociais benéficos que envolvam os players não óbvio e envolvidos, mas que possuem o mesmo propósito.
Coragem, propósito e ideia são pontos que podem ser realizadas e há espaço para isso, mas exigem esperança e contínuo exercício da perseverança dos não-envolvidos, aliados aos já batalhadores.
Ao fim do painel, o convite feito foi de promover sustentabilidade e cuidar das questões essenciais para nossa sobrevivência. Mas, antes a isso, é necessário cuidar do coletivo e enxergar que há oportunidade enquanto houver pulsão de vida.