Superlotação, ausência de médicos e enfermeiros, falta de estrutura física, pacientes espalhados por corredores de hospitais e prontos-socorros, demora no atendimento, falta de medicamentos, entre outros problemas, é a triste realidade brasileira. O descontentamento de quem utiliza os serviços de saúde pública no Brasil tem se tornado cada vez mais visível.
A saúde no País se divide em pública e suplementar. A saúde pública está estruturada no Sistema Único de Saúde — mais conhecido como SUS —, já a saúde suplementar é a saúde privada, que compreende os planos de saúde.
Desde que o SUS foi criado, houve resultados bastante positivos, porém o sistema enfrenta inúmeras dificuldades, comprometendo a qualidade do atendimento à população, além de se apresentar bastante discrepante no território nacional. Mesmo com o direito legal, muitas famílias ainda não conseguem atendimento adequado na rede pública.
Vale destacar a discrepância entre os valores investidos nos dois sistemas de saúde: o SUS investe cerca de R$ 103 bilhões por ano e atende 75% da população brasileira; já a saúde suplementar, que atende apenas 25% dos cidadãos, investe R$ 90,5 bilhões. Ou seja, os gastos por paciente são, em média, três vezes mais altos na saúde suplementar do que na saúde pública. Contudo, o sistema privado também não escapa de críticas, por conta de suas mensalidades caras e serviços sem cobertura.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, agência da ONU especializada em saúde, o parâmetro ideal de atenção à saúde é de 1 médico para cada mil habitantes. O Brasil supera essa razão: hoje, são 2,11 médicos para cada mil habitantes. Porém a distribuição dos serviços pelo país é bastante desigual.
Dados de 2015 mostram que o Brasil gastava cerca de 3,1% do PIB em saúde pública. São em média 525 dólares por habitante gastos anualmente no País. Em outros países onde há sistema de saúde pública semelhante ao daqui, investem-se, em média, 3 mil dólares anuais.
Um dos principais agravantes dessa situação é o envelhecimento da população brasileira. Uma pesquisa realizada pelo IBGE mostrou que, em 2016, 26 milhões de habitantes tinham mais de 60 anos. Como nessa faixa etária os problemas de saúde se tornam mais recorrentes, isso representa alto custo para a saúde pública.
Por essas e outras razões, nos encontramos no 124º lugar no ranking da OMS em qualidade de saúde. Apesar disso, o SUS tem nichos de excelência, locais que conseguem fazer transplante de rim, córnea e mesmo de fígado, que é um dos mais complexos, além do controle da AIDS, programa usado como modelo em outros países. Entretanto, por falta de investimento e mão de obra, muitos hospitais e centros de pesquisas estão ameaçados de encerrar suas atividades.
Pode-se afirmar que a saúde do Brasil está em coma, respirando por aparelhos, entre a vida e a morte. Será que novas medidas poderão salvá-la? Será que esse caso é reversível? A saúde tem estado focada na doença, mas é preciso focar a prevenção, pois prevenir reduz as chances de doenças e, em consequência, reduz os gastos necessários com tratamento.
E como anda o uso das novas tecnologias em nosso país? E nos outros países? Não deixe de participar do SingularityU Brazil Summit deste ano, para conferir tudo sobre como a inovação e as novas tecnologias poderão nos ajudar a melhorar a saúde da população brasileira.
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