Categorias
Sem categoria

RV e Healthcare: como a realidade virtual pode ajudar no tratamento e diagnóstico de doenças

Nos últimos dois anos, houve uma explosão nas aplicações de realidade virtual (RV) principalmente para uso na área da saúde, em busca de diagnósticos e tratamentos para inúmeras doenças, em especial câncer, Alzheimer e até depressão.


Por que essa tecnologia significa um grande salto para o healthcare e está entre as tendências de 2019? Isso é simples de explicar. A Realidade Virtual tem a capacidade de transportá-lo para dentro do corpo humano – para acessar e visualizar áreas que, de outra forma, seriam impossíveis de alcançar.


Atualmente, os estudantes de medicina costumam aprender por meio de cadáveres, que são difíceis de se obter e (obviamente) não reagem da mesma maneira que um paciente vivo. Com a RV, no entanto, é possível visualizar detalhes minuciosos de qualquer parte do corpo em uma impressionante reconstrução CGI de 360 ° e criar cenários de treinamento que reproduzem procedimentos cirúrgicos comuns.


É fato que isso acaba beneficiando tantos os médicos quanto os pacientes, especialmente na execução de procedimentos perigosos, como cirurgia cardíaca, por exemplo. Porém, o que torna essa tecnologia tão especial é que ela também está sendo estudada e testada para diagnosticar e tratar doenças psicológicas e degenerativas, como o Alzheimer.


A realidade virtual no diagnóstico de Alzheimer


Segundo um relatório anual sobre o Alzheimer, o número de pessoas afetadas com a doença tende a aumentar cada vez mais com o passar dos anos. Até 2025, estima-se que o número de pessoas com 65 anos ou mais com Alzheimer poderá atingir 7,1 milhões – um aumento de quase 29% em relação aos 5,5 milhões afetados em 2018.


Apesar de décadas de pesquisa médica em tratamentos para retardar o curso progressivo da doença ou impedi-la completamente, ainda não se sabe o que faz essas proteínas (que se alojam nas redes neurais do cérebro, causando danos irreparáveis aos bilhões de neurônios que transmitem os sinais elétricos que constroem memórias) se reunirem e, portanto, como remover ou bloqueá-las. E, apesar de o Alzheimer ser a quinta doença que mais mata no mundo, os níveis de financiamento para pesquisas ficaram surpreendentemente atrasados em relação ao câncer e à doença cardiovascular.




Entretanto, cientistas da Universidade Politécnica de Tomsk (TPU) e Siberian State University Medical, na Rússia, descobriram uma maneira de identificar pessoas que podem desenvolver a doença mais tarde, por meio da Realidade Virtual. Até agora, o sistema foi testado em 50 voluntários, tanto pessoas saudáveis quanto aquelas que já foram diagnosticadas com Alzheimer.


Os pesquisadores acreditam que obter o diagnóstico precoce para estes tipos de doença degenerativas, como Parkinson também, pode ser crucial para que, no futuro, o sistema não seja usado apenas para diagnosticar, mas também para o tratamento e reabilitação das mesmas.


Saúde Mental e Terapia Psicológica


A RV também oferece a oportunidade de desenvolver terapias mais personalizadas, especialmente em saúde mental. Ela já está sendo usada para tratar PTSD, fobias e condições psiquiátricas, como transtorno de conversão, e está mostrando excelentes resultados. Uma revisão de estudos publicados recentemente concluiu que a realidade virtual, especialmente quando combinada com outras intervenções psicológicas, mostrou um potencial para uma mudança de comportamento positiva para uma série de condições de saúde mental. À medida que a RV se tornar mais acessível, ajudará a impulsionar seu uso e eficácia como terapia e tratamento.


Ainda não sabemos as capacidades completas de tratamento da RV. Como acontece com qualquer medicamento ou tratamento, a realidade virtual continuará a ser refinada à medida que pesquisadores descobrirem mais sobre ela. Porém, no próximo ano, essa tecnologia tem grandes chances de emergir dos estudos clínicos para suprir essas e outras necessidades. De acordo com este relatório, o mercado global de Heatlhcare por meio da RV deverá crescer 31% até 2023. E 2019 tem tudo para ser o ano em que essa tecnologia mostra ser uma parte essencial da medicina tradicional.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.